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Agradecimentos

Ao Dr. Bezerra de Menezes, espírito de luz que tem me inspirando e orientado


na solução de inúmeras questões.
A minha esposa e filhos pela paciência com as minhas constantes rabugices e
peripécias.

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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Sumário

1 – O Autor 4
2 - Prefácio 5
3 – Sistema de Simulação Empresarial 6
4 – Dados do Projeto 6
5 – Fluxo de Caixa 14
6 – Balanços 16
7 – Analítico das Contas do Balanço 16
8 – Demonstração de Resultado do Exercício - DRE 18
9 – Analítico das Principais Contas da DRE 18
10 – Necessidade Líquida de Capital de Giro - NLDCG 19
11 – Ciclo Financeiro 20
12 – Custos e Despesas 20
13 – Margem de Contribuição 20
14 – Ponto de Equilíbrio 21
15 – Fluxo de Caixa Global 21
16 – Fluxo de Caixa para os Acionistas / Sócios 22
17 – Análise de Sensibilidade da Estrutura de Recursos 24
18 – Indicadores Econômico-Financeiros do Projeto 25
19 – Análise Econômico-Financeira do Projeto 26
20 – Definições dos Indicadores Econômico-Financeiros 28
21 – Definição da Necessidade Líquida de Capital de Giro 37
22 – Projeção da Necessidade Líquida de Capital de Giro 38
23 – Ciclo Financeiro - CF 42
24 – Taxa Interna de Retorno - TIR 43
25 – Valor Presente Líquido - VPL 46
26 – Roteiro de Informações para Elaboração de Projetos 47
27 – Preenchimento das Planilhas 50
28 – Bibliografia 53

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1 - O AUTOR

Marcus Manoel Fomm


Pós-Graduado em Mercado de Capitais pela Escola de Pós-Graduação em Economia do
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas - RJ, graduado em
Economia pela Faculdade de Economia e Finanças do Rio de Janeiro, membro da
Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra.
Exerceu a função de economista sênior no Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico e Social, foi diretor Administrativo Financeiro de diversas empresas
localizadas no Pólo Petroquímico de Camaçari – BA.
Economista responsável pelos projetos de viabilidade econômico-financeira, voltados a
captação de recursos através da emissão de debêntures, para a TELEMIG (MG) e
TELESP (SP).
Autor de diversos artigos sobre finanças corporativas, livro / software de Simulação
Empresarial aplicado em trabalhos de consultoria e instituições de ensino superior.
É professor nos cursos de MBA da FGV-RJ, cursos de extensão no Centro Universitário
de Barra Mansa – UBM e apresentador de seminários e programas de treinamento
para diversas organizações.
Atualmente presta consultoria empresarial nas áreas de administração e finanças.

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2 - PREFÁCIO

O tema, Análise de Viabilidade de Projetos, da forma que está apresentado nesta


obra, calcado na utilização do software de Simulação Empresarial, permite que este
assunto de elevada complexidade, seja abordado de maneira fácil e objetiva,
possibilitando excelente compreensão.
O economista Marcus Fomm nos apresenta uma poderosa ferramenta de simulação
que permite, através de conceitos teóricos aplicados a prática, a elaboração e análise
de projetos de investimento.
Trata-se de uma oportunidade diferenciada para alunos, professores e profissionais
ligados à área de projetos desenvolverem ainda mais sua competência de saber fazer,
fundamental para atender a crescente demanda do mercado de trabalho.
Saber tomar decisões e resolver problemas, calcado na avaliação de informações, é
fundamental na execução de projetos de investimentos.
No presente trabalho o professor Marcus Fomm apresenta um roteiro para nos ajudar
a trilhar esse caminho.

Caroline Mantovani Fomm


Advogada

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3 - SISTEMA DE SIMULAÇÃO EMPRESARIAL

O software de Simulação Empresarial, constante do CD que acompanha a presente


publicação, foi desenvolvido com a finalidade de possibilitar a projeção dos principais
demonstrativos financeiros utilizados na elaboração e avaliação de projetos de
investimento.
A partir do preenchimento das planilhas Premissas, Despesas Operacionais e Fluxo de
Caixa, indicadas no CD, com as premissas do projeto, o sistema gera
automaticamente os seguintes relatórios:
• Fluxo de Caixa.
• Balanços.
• Demonstração de Resultado do Exercício.
• Demonstração do Fluxo de Caixa Global.
• Demonstração do Fluxo de Caixa a Disposição dos Sócios.
• Necessidade Líquida de Capital de Giro.
• Ciclo Operacional.
• Capital de Giro e Capital Circulante Líquido.
• Ponto de Equilíbrio.
• Pagamento de Juros e Amortização dos Empréstimos.
• Cálculo dos Impostos.
• Indicadores Econômico-Financeiros do Projeto.
• Resumo.
• Memória de Cálculo.

As premissas do projeto deverão ser registradas no software, nas células


marcadas com a cor “verde”.

4 – DADOS DO PROJETO

Para o desenvolvimento das técnicas empregadas, adotou-se, como exemplo, a


elaboração de um projeto que prevê a comercialização de móveis de plástico: mesas,
cadeiras com braço e cadeiras sem braço.
Os produtos serão adquiridos de diversos fornecedores, estocados e revendidos no
atacado e no varejo. Tanto a aquisição como venda dos produtos poderá ser realizada
nas modalidades à vista e a prazo.

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Caso a empresa venha a comprar os produtos na modalidade a prazo, arcará com
juros para com os fornecedores, bem como se vender a prazo cobrará juros dos seus
clientes.
O valor total dos investimentos encontra-se discriminado abaixo no demonstrativo de
“Usos e Fontes” do projeto:

Usos e Fontes
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3

USOS:
Capital de Giro 1.496.664
Móveis e Utensílios 150.000
Veículos / Empilhadeiras 300.000 150.000 150.000
Máquinas / Equipamentos 50.000 50.000
TOTAL DOS USOS 1.946.664 200.000 200.000

FONTES:
Recursos Próprios 1.646.664
Financiamentos 300.000
Recursos Gerados 200.000 200.000
TOTAL DAS FONTES 1.946.664 200.000 200.000

Os sócios pretendem financiar o projeto, ano1, com $1.646.664 de recursos próprios


e empréstimos no valor total de $300.000, sendo $150.000 de curto prazo e
$150.000 de longo prazo. (Vide planilha do Fluxo de Caixa, no CD)
O demonstrativo de Usos e Fontes indica investimentos adicionais nos anos 2 e 3 no
total de $200.000 por ano. Nesse caso serão financiados com recursos gerados pelo
projeto.
Os investidores prevêem a contratação de um financiamento de longo prazo no valor
de $120.000, no ano 2, destinado a manutenção do nível de caixa em patamar
considerado adequado ao projeto.
Está previsto a constituição de uma empresa “limitada” com tributação calculada com
base na apuração do lucro real.
Não haverá distribuição de lucros aos sócios durante o período do projeto, sendo,
nesse caso, incorporados ao Patrimônio Líquido da empresa.
A empresa terá sua sede num galpão alugado que será utilizado para armazenar as
mercadorias e funcionar como ponto de vendas.

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A remuneração desejada para os recursos próprios aportados é de 18% ao ano e, a
avaliação de viabilidade econômico-financeira deverá ser realizada através das
metodologias do Valor Presente Líquido - VPL e da Taxa Interna de Retorno - TIR.
As projeções foram realizadas a preços da data zero, embora alguns itens, por
conservadorismo, tenham sofrido correções.
A quantidade de colaboradores também sofreu ajustes, em função do crescimento do
volume de negócios ao longo do período. (Vide planilha de “Despesas Operacionais”,
no CD)
Os montantes referentes aos aportes de capital, por parte dos sócios, bem como os
valores, prazos e taxas inerentes aos financiamentos contratados estão informados na
planilha de Fluxo de Caixa. (Vide planilha do Fluxo de Caixa, no CD)
As projeções realizadas abrangem um período de quatro anos, sendo que ao final o
projeto será vendido ou encerrado.
Os dados utilizados na elaboração do projeto são meramente ilustrativos, visando
unicamente à exposição da metodologia adotada.

DADOS DO PROJETO, CONSTANTES DO SISTEMA DE SIMULAÇÃO

Produtos
Discriminação Produtos
Mesas A
Cadeiras com braço B
Cadeiras sem braço C

Vendas previstas em unidades e crescimento anual


Estudo de mercado indicou a viabilidade de vendas e crescimento das mesmas,
conforme demonstrado.

A – Mesas
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
96.000 100.800 105.840 111.132
Crescimento anual % 5 5 5

B – Cadeiras com braço


Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
83.000 87.980 93.259 98.854
Crescimento anual % 6 6 6

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C – Cadeiras sem braço


Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
110.000 114.400 118.976 123.735
Crescimento anual % 4 4 4

Proporcionalidade entre as vendas à vista e a prazo


(Em relação às unidades estimadas para vendas)

A – Mesas
%
Modalidades Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
À vista 70 70 70 70
A prazo 30 30 30 30

B – Cadeiras com braço


%
Modalidades Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
À vista 60 60 60 60
A prazo 40 40 40 40

C – Cadeiras sem braço


%
Modalidades Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
À vista 65 65 65 65
A prazo 35 35 35 35

Preços de custo dos produtos para pagamento à vista

(Negociados com os fornecedores)

Discriminação $
A - Mesas 53,00
B - Cadeiras com braço 24,00
C - Cadeiras sem braço 19,00

Markup praticado sobre os preços de custo

Discriminação %
A - Mesas 55,00
B - Cadeiras com braço 55,00
C - Cadeiras sem braço 60,00

Markup representa o percentual que será aplicado ao preço de custo de cada produto
para o estabelecimento do preço de venda, na modalidade à vista.
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Preços de venda para recebimento à vista

Discriminação $
A - Mesas 82,15
B - Cadeiras com braço 37,20
C - Cadeiras sem braço 30,40

Percentuais de vendas a prazo versus prazos concedidos


Obs.: Os percentuais de vendas a prazo e o prazos concedidos para pagamento foram estabelecidos em
função do total das vendas previstas em unidades, na modalidade a prazo, anteriormente discriminada.
Os juros praticados são proporcionais aos prazos concedidos.

A – Mesas

Anos 1 a 4
% de vendas a prazo 15 20 65
Prazos concedidos – Em Dias 30 60 120

Juros Praticados nas Vendas a Prazo


%
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Taxas ao mês 5,50 5,50 5,50 5,50

B – Cadeiras com braço

Anos 1 a 4
% de vendas a prazo 30 30 40
Prazos concedidos – Em Dias 30 60 120

Juros praticados nas vendas a prazo


%
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Taxas ao mês 4,75 4,75 4,75 4,75

C – Cadeiras sem braço

Anos 1 a 4
% de vendas a prazo 60 20 20
Prazos concedidos – Em Dias 60 90 120

Juros praticados nas vendas a prazo


%
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Taxas ao mês 5,50 5,50 5,50 5,50

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Percentuais de compras dos produtos versus prazos de pagamentos
A planilha de “Memória de Cálculo”, constante do sistema, informa, em função das
quantidades vendidas e do saldo de estoque estabelecido através do prazo médio de
rotação dos estoques, o total adquirido em unidades e reais, em função dos prazos de
pagamentos negociados com os fornecedores.
Adiante resumo dos percentuais de compras versus prazos de pagamentos.
Os juros pagos nas compras a prazo são proporcionais aos prazos negociados com os
fornecedores.

A – Mesas
Compras à vista - Anos 1 a 4 – 45%
Compras a prazo
Anos 1 a 4
% de compras a prazo 10 20 25
Prazos pagamentos – Em Dias 30 60 90

Juros incorridos nas compras a prazo


%
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Taxas ao mês 4,50 4,50 4,50 4,50

B – Cadeiras com braço


Compras à vista - Anos 1 a 4 – 50%
Compras a prazo
Anos 1 a 4
% de compras a prazo 10 10 30
Prazos pagamentos – Em Dias 30 60 90

Juros incorridos nas compras a prazo


%
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Taxas ao mês 4,00 4,00 4,00 4,00

C – Cadeiras sem braço


Compras à vista - Anos 1 a 4 – 80%
Compras a prazo
Anos 1 a 4
% de compras a prazo 10 10 0
Prazos pagamentos – Em Dias 30 60 0

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Juros incorridos nas compras a prazo


%
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Taxas ao mês 3,50 3,50 3,50 3,50

Prazos Médios de Rotação dos Estoques - PMRE


Estabelecidos pelos gestores do projeto como ideais para o negócio.

Anos 1 a 4
PRODUTOS PMRE
A - Mesas 60 dias
B – Cadeiras com braço 60 dias
C – Cadeiras sem braço 60 dias

OUTROS DADOS
A empresa remunera seus vendedores através do pagamento de comissões no
percentual de 5,00% sobre as vendas / receita operacional bruta.
Destina também anualmente 6,00% incidente sobre as vendas / receita operacional
bruta para despesas de propaganda e marketing.
O projeto prevê os seguintes impostos sobre as compras, vendas / receita operacional
bruta e sobre o lucro:
Anos 1 a 4
IMPOSTOS %
ICMS 18,00
PIS 1,65
COFINS 7,60
CSSL 9,00
Imposto de Renda 15,00

Imobilizações Necessárias Previstas


(Informadas no demonstrativo de Usos e Fontes)
$
Imobilizações Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Móveis e Utensílios 150.000
Veículos / Empilhadeiras 300.000 150.000 150.000
Máquinas / Equipamentos 50.000 50.000
Total 450.000 200.000 200.000

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Taxas de Depreciação - ano

Móveis e Utensílios 10%


Veículos / Empilhadeiras 20%
Máquinas / Equipamentos 20%

Despesas Operacionais e de Pessoal - Resumo

O detalhamento das despesas pode ser verificado na planilha de Despesas


Operacionais, constante do software.
Despesas Operacionais
$
Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Despesas 364.800 375.744 387.016 398.627

Incremento % 3 3 3

Despesas de Pessoal
Depósito
$
Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Despesas 70.850 85.995 102.245 119.600
Encargos 60.223 73.096 86.908 101.660

Administração
$
Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Despesas 195.650 213.623 223.795 233.968
Encargos 166.303 181.579 190.226 198.872

Comercial
$
Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Despesas 115.700 121.485 127.270 133.055
Encargos 98.345 103.262 108.180 113.097

OBS: Os encargos foram calculados com base no percentual de 85,00% sobre o montante da
folha de pagamento. Está previsto, a partir do ano 2, um aumento anual sobre a folha de
pagamento e acréscimo do quadro de pessoal. (Vide discriminação na planilha de “Despesas
Operacionais”, no CD)

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5 – FLUXO DE CAIXA
Na planilha Fluxo de Caixa encontra-se o detalhamento de todas as contas, bem como
as condições negociadas dos empréstimos em termos de prazos e taxas.
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Vendas 13.740.710 14.424.938 15.143.853 15.899.245

(+) Duplicatas Recebidas 1.348.027 1.415.455 1.486.316

(=) Total Recebimento Vendas 13.740.710 15.772.964 16.559.308 17.385.561

(-) Fornecedores 10.171.200 10.238.351 10.605.851 11.136.747

(-) Impostos 1.063.767 1.669.283 1.732.312 1.813.110

(-) Despesas Administrativas 857.825 930.036 990.190 1.052.727

(-) Despesas Comerciais 2.515.077 2.640.407 2.771.550 2.908.807

(=) Saldo Operacional (867.160) 294.887 459.405 474.171

(-) Pagamento de Juros 64.500 80.012 59.912 53.537

(-) Amortização Empréstimos 59.951 120.400 25.500 31.875

(-) Compra de Imobilizações 450.000 200.000 200.000

(=) Saldo Líquido (1.441.611) (108.525) 173.993 388.758

(+) Capital Social 1.646.664

(+) Empréstimos C. Prazo 150.000

(+) Empréstimos L. Prazo 150.000 120.000

(=) Saldo de Caixa do Ano 505.053 11.475 173.993 388.758

(+) Saldo Caixa Ano Anterior 505.053 516.528 690.521

(=) Saldo de Caixa Acumulado 505.053 516.528 690.521 1.079.279

Amortização do Empréstimo de Curto Prazo


Valor: $150.000 (Ano 1)
$
Prazo Saldo Amortização Juros PMT
Devedor
Data 0 150.000
Ano 1 100.000 50.000 27.000 77.000
Ano 2 100.000 18.000 118.000
Total 150.000 45.000 195.000

Obs.: Um terço do valor contratado será amortizado no próprio ano da contratação e o saldo no exercício
seguinte.

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Amortização dos Empréstimos de Longo Prazo
Valor: $150.000 (Ano 1)
$
Prazo Saldo Amortização Juros PMT
Devedor
Data 0 150.000
Ano 1 140.049 9.951 37.500 47.451
Ano 2 127.610 12.439 35.012 47.451
Ano 3 112.061 15.549 31.902 47.451
Ano 4 92.625 19.436 28.015 47.451
Ano 5 68.330 24.295 23.156 47.451
Ano 6 37.961 30.369 17.082 47.451
Ano 7 37.961 9.490 47.451
Total 150.000 182.159 332.159

Valor: $120.000 (Ano 2)


$
Prazo Saldo Amortização Juros PMT
Devedor
Data 0 120.000
Ano 1 112.039 7.961 30.000 37.961
Ano 2 102.088 9.951 28.010 37.961
Ano 3 89.649 12.439 25.522 37.961
Ano 4 74.100 15.549 22.412 37.961
Ano 5 54.664 19.436 18.525 37.961
Ano 6 30.369 24.295 13.666 37.961
Ano 7 30.369 7.592 37.961
Total 120.000 145.727 265.727

Obs.: Empréstimos liquidados através do Sistema de Amortização Francês.

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6 – BALANÇOS

Ativo
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Caixa e Bancos 505.053 516.528 690.521 1.079.279
Duplicatas a Receber 1.348.027 1.415.455 1.486.316 1.560.786
Estoques 1.162.442 1.220.538 1.281.588 1.345.746
ATIVO CIRCULANTE 3.015.521 3.152.521 3.458.425 3.985.812
ATIVO NÃO CIRCULANTE 375.000 460.000 505.000 350.000
IMOBILIZADO LÍQUIDO 375.000 460.000 505.000 350.000
Imobilizações 450.000 650.000 850.000 850.000
(-) Depreciação (75.000) (190.000) (345.000) (500.000)
TOTAL DO ATIVO 3.390.521 3.612.521 3.963.425 4.335.812

Passivo
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Fornecedores à Pagar 1.013.804 921.600 969.468 1.019.848
Financiamentos 112.439 25.500 31.875 39.844
Imposto de Renda / CSSL 117.601 103.729 103.744 109.830
PASSIVO CIRCULANTE 1.243.844 1.050.829 1.105.087 1.169.522
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 127.610 214.149 182.274 142.430
Financiamentos Longo Prazo 127.610 214.149 182.274 142.430
Capital Social 1.646.664 1.646.664 1.646.664 1.646.664
Reservas 372.403 700.878 1.029.400 1.377.195
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.019.068 2.347.543 2.676.064 3.023.860
TOTAL DO PASSIVO 3.390.521 3.612.521 3.963.425 4.335.812

7 – ANALÍTICO DAS PRINCIPAIS CONTAS DO BALANÇO


DUPLICATAS A RECEBER (Contas a Receber)
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
PRODUTO A 754.020 791.720 831.307 872.872
PRODUTO B 298.351 316.262 335.238 355.352
PRODUTO C 295.646 307.472 319.771 332.562
TOTAL 1.348.027 1.415.455 1.486.316 1.560.786

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ESTOQUES
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
PRODUTO A 652.823 685.464 719.737 755.724
PRODUTO B 253.515 268.725 284.849 301.940
PRODUTO C 256.104 266.349 277.002 288.083
TOTAL 1.162.442 1.220.538 1.281.588 1.345.746

IMOBILIZAÇÕES
$
Imobilizações Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Móveis e Utensílios 150.000 150.000 150.000 150.000
Veículos / Empilhadeiras 300.000 450.000 600.000 600.000
Máquinas / Equipamentos 50.000 100.000 100.000
Total 450.000 650.000 850.000 850.000

FORNECEDORES A PAGAR
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
PRODUTO A 691.141 626.963 658.311 691.227
PRODUTO B 258.099 236.714 250.917 265.972
PRODUTO C 64.564 57.923 60.240 62.650
TOTAL 1.013.804 921.600 969.468 1.019.848

8 - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE


$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Receita Operacional Bruta 15.088.737 15.840.393 16.630.169 17.460.032
(-) Impostos sobre Vendas 4.111.681 4.316.507 4.531.721 4.757.859
(=) Receita Operacional Líquida 10.977.056 11.523.886 12.098.448 12.702.173
(-) Custo Mercadorias vendidas 6.974.649 7.323.226 7.689.530 8.074.477
(=) Lucro Bruto 4.002.407 4.200.660 4.408.918 4.627.696
(-) Despesas Administrativas 857.825 930.036 990.190 1.052.727
(-) Depreciação 75.000 115.000 155.000 155.000
(-) Despesas Comerciais/Vendas 2.515.077 2.640.407 2.771.550 2.908.807
(-) Despesas Financeiras 64.500 83.012 59.912 53.537
(=) Resultado Operacional Liquido 490.005 432.204 432.265 457.625
(-) IR / CSSL 117.601 103.729 103.744 109.830
(=) Resultado Líquido Exercício 372.403 328.475 328.522 347.795
Resultado Líquido Acumulado 372.403 700.878 1.029.400 1.377.195

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
18
9 – ANALÍTICO DAS PRINCIPAIS CONTAS DA DRE
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
VENDAS À VISTA:
PRODUTO A 5.520.480 5.796.504 6.086.329 6.390.646
PRODUTO B 1.852.560 1.963.714 2.081.536 2.206.429
PRODUTO C 2.173.600 2.260.544 2.350.966 2.445.004
TOTAL 9.546.640 10.020.762 10.518.831 11.042.079
VENDAS A PRAZO:
PRODUTO A 2.806.196 2.946.506 3.093.832 3.248.523
PRODUTO B 1.389.439 1.472.805 1.561.174 1.654.844
PRODUTO C 1.346.461 1.400.320 1.456.332 1.514.586
TOTAL 5.542.097 5.819.631 6.111.338 6.417.953
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 15.088.737 15.840.393 16.630.169 17.460.032

CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS


$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
PRODUTO A 3.916.936 4.112.782 4.318.422 4.534.343
PRODUTO B 1.521.087 1.612.352 1.709.094 1.811.639
PRODUTO C 1.536.626 1.598.091 1.662.015 1.728.496
TOTAL 6.974.649 7.323.226 7.689.530 8.074.477

DESPESAS ADMINISTRATIVAS
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
PESSOAL 266.500 299.618 326.040 353.568
ENCARGOS SOBRE PESSOAL 226.525 254.675 277.134 300.532
DESPESAS OPERACIONAIS 364.800 375.744 387.016 398.627
TOTAL 857.825 930.036 990.190 1.052.727

DESPESAS COMERCIAIS/VENDAS
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
PESSOAL 115.700 121.485 127.270 133.055
ENCARGOS SOBRE PESSOAL 98.345 102.262 108.180 113.097
PUBLICIDADE 905.324 950.424 997.810 1.047.602
COMISSÕES 754.437 792.020 831.508 873.002
ENCARGOS S/ COMISSÕES 641.271 673.217 706.782 742.051
TOTAL 2.515.077 2.640.407 2.771.550 2.908.807

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
19
DESPESAS FINANCEIRAS
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
DESPESAS CURTO PRAZO 27.000 18.000
DESPESAS LONGO PRAZO 37.500 65.012 59.912 53.537
TOTAL 64.500 83.012 59.912 53.537

10 - NECESSIDADE LÍQUIDA DE CAPITAL DE GIRO – NLDCG


$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Duplicatas a Receber 1.348.027 1.415.455 1.486.316 1.560.786
(+) Estoques 1.162.442 1.220.538 1.281.588 1.345.746
(=) Total 2.510.468 2.635.993 2.767.904 2.906.532
(-) Fornecedores 1.013.804 921.600 969.468 1.019.848
(=) NLDCG 1.496.664 1.714.393 1.798.436 1.886.684
VARIAÇÃO DA NLDCG 1.496.664 217.728 84.043 88.248

11 - CICLO FINANCEIRO – CF
Em Dias
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
PMRV 32,16 32,17 32,17 32,18
(+) PMRE 60,00 60,00 60,00 60,00
(=) Total 92,16 92,17 92,17 92,18
(-) PMPC 32,63 32,70 32,76 32,82
(=) CICLO FINANCEIRO 59,53 59,47 59,42 59,36

12 - CUSTOS E DESPESAS
Variáveis
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Custo Mercadorias Vendidas 6.974.649 7.323.226 7.689.530 8.074.477
(+) Impostos sobre Vendas 4.111.681 4.316.507 4.531.721 4.757.859
(+) Publicidade 905.324 950.424 997.810 1.047.602
(+) Comissões e Encargos 1.395.708 1.465.236 1.538.291 1.615.053
(=) TOTAL 13.387.362 14.055.393 14.757.352 15.494.991

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
20
Fixos
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Despesas Administrativas 857.825 930.036 990.190 1.052.727
(+) Despesas Comerciais 214.045 224.747 235.450 246.152
(+) Despesas Financeiras 64.500 83.012 59.912 53.537
(+) Depreciação 75.000 115.000 155.000 155.000
(+) Impostos sobre Lucros 117.601 103.729 103.744 109.830
(=) TOTAL 1.328.971 1.456.525 1.544.296 1.617.246

13 - MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Receita Operacional Bruta 15.088.737 15.840.393 16.630.169 17.460.032
(-) Custos / Despesas Variáveis 13.387.362 14.055.393 14.757.352 15.494.991
(=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 1.701.375 1.785.000 1.872.817 1.965.041

Em %
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Receita Operacional Bruta 100,00 100,00 100,00 100,00
(-) Custos – Despesas Variáveis 88,72 88,73 88,74 88,75
(=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 11,28 11,27 11,26 11,25

14 - PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL - PEC


$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Receita Operacional Bruta 15.088.737 15.840.393 16.630.169 17.460.032
(-) Custos / Despesas Variáveis 13.387.362 14.055.393 14.757.352 15.494.991
(=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 1.701.375 1.785.000 1.872.817 1.965.041
(-) Custos Fixos 1.328.971 1.456.525 1.544.296 1.617.246
(=) Resultado Líquido do Exercício 372.403 328.475 328.522 347.795
Preço Médio Praticado 52,21 52,25 52,28 52,32
Ponto Equilíbrio Contábil 10.743.104 12.004.941 12.791.757 13.393.881
Ponto de Equilíbrio em % 71,20 75,79 76,92 76,71
Ponto de Equilíbrio em Unidades 205.767 229.771 244.660 256.003

Fórmula do Ponto de Equilíbrio Contábil - PEC:


PEC = CF / % MC
OBS: Para cálculo deve ser retirado do custo fixo os valores referentes aos impostos sobre o lucro.

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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15 - FLUXO DE CAIXA GLOBAL

Discriminação Data 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


Resultado Líquido Exercício 421.423 391.564 374.055 388.483
(+) Depreciação 75.000 115.000 155.000 155.000
(=) GERAÇÃO DE CAIXA 496.423 506.564 529.055 543.483
(-) NLDCG 1.496.664 217.728 84.043 88.248
(+) RETORNO DA NLDCG 1.886.684
(-) COMPRAS IMOBILIZAÇÕES 450.000 200.000 200.000
(+) VENDA IMOBILIZAÇÕES 350.000
(-) AMORTIZAÇÃO EMPRÉSTIMOS CP

(-) AMORTIZAÇÃO EMPRÉSTIMOS LP

(-) PAGTO. EMPRÉSTIMO BALANÇO

(=) FLUXO DE CAIXA GLOBAL (1.946.664) 496.423 88.836 245.012 2.691.919

No Fluxo de Caixa Global não são consideradas as despesas financeiras (juros) e as


amortizações dos financiamentos. Nesse caso, o pagamento do saldo da dívida dos
empréstimos contraídos, constantes do Balanço ano 4, também não foi considerado.
O Resultado Líquido do Exercício aumenta devido a não inclusão das despesas
financeiras.
O VPL deve ser calculado com a taxa referente ao custo médio ponderado de capital
(CMPC), pois o projeto prevê a utilização de recursos de terceiros (financiamentos
bancários). Para cálculo do CMPC, o custo do capital próprio deverá ser informado na
planilha de Fluxo de Caixa Global, constante do CD, na célula marcada na cor verde.
A TIR do Fluxo de Caixa Global é de 19,40% ao ano e o VPL, descontado a taxa de
18,27% ao ano (CMPC), positivo em $60.438,46, indicando a viabilidade do projeto.
(Vide planilha de Fluxo de Caixa Global no CD)
O valor do investimento deve ser considerado pelo total, $1.946.664.

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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16 - FLUXO DE CAIXA PARA OS SÓCIOS
$
Discriminação Data 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Resultado Líquido Exercício 372.403 328.475 328.522 347.795
(+) Depreciação 75.000 115.000 155.000 155.000
(=) GERAÇÃO DE CAIXA 447.403 443.475 483.522 502.795
(-) NLDCG 1.496.664 217.728 84.043 88.248
(+) RETORNO DA NLDCG 1.886.684
(-) COMPRAS IMOBILIZAÇÕES 450.000 200.000 200.000
(+) VENDA IMOBILIZAÇÕES 350.000
(-) AMORTIZAÇÃO EMPRÉSTIMOS CP 50.000 100.000
(-) AMORTIZAÇÃO EMPRÉSTIMOS LP 9.951 20.400 25.500 31.875
(-) PAGTO. EMPRÉSTIMO BALANÇO 182.274
(=) FLUXO A DISPOSIÇÃO DOS SÓCIOS I (1.646.664) 387.452 (94.653) 173.978 2.437.083
(+) EMPRÉSTIMOS CONTRATADOS 120.000
(=) FLUXO A DISPOSIÇÃO DOS SÓCIOS II (1.646.664) 387.452 25.347 173.978 2.437.083

COMENTÁRIOS
Considera-se como valor do investimento apenas o total dos recursos próprios
aportados pelos sócios.
Ao Resultado Líquido do Exercício de cada ano adicionam-se as depreciações,
encontrando-se a Geração de Caixa do projeto. A partir desse resultado registram-se
as saídas das necessidades líquidas de capital de giro, ano a ano, e o respectivo
retorno no ano 4, término do projeto. O valor das novas imobilizações previstas e o
valor de venda das mesmas, as amortizações dos empréstimos contraídos, o
pagamento do saldo da dívida com as instituições financeiras no ano 4, devem ser
informados nesse demonstrativo.
Verifica-se que no ano 2 o saldo do Fluxo a Disposição dos Sócios I é negativo em
$94.653 indicando que a geração de caixa de $443.475 não foi suficiente para
suportar a necessidade de capital de giro, a aquisição de novas imobilizações e as
amortizações dos empréstimos de curto e longo prazo.
Somando-se a esse saldo o valor do empréstimo contratado, temos o que o Fluxo de
Caixa a Disposição dos Sócios II passa a ser todo ele positivo.
A TIR é de 19,33% ao ano e o VPL descontado a 18,00% ao ano de $62.797,
indicando a viabilidade do empreendimento para os investidores.
A soma dos fluxos de caixa intermediários representa o valor do Patrimônio Líquido do
projeto no ano 4, $3.023.860.

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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Outra forma de se avaliar o projeto pode ser através da comparação do montante dos
recursos aportados pelos sócios no início do período versus o Patrimônio Líquido ao
final da vida útil do projeto, conforme fluxo adiante indicado:

Discriminação Data 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


FLUXO A DISPOSIÇÃO DOS SÓCIOS (1.646.664) 3.023.860

Registre-se que embora ocorressem saldos a disposição, estes não foram retirados
pelos sócios, incorporando-se ao Patrimônio Líquido do projeto.
A TIR encontrada de 16,41% ao ano mostra que a rentabilidade encontra-se abaixo
da desejada. O cálculo do VPL com a taxa de 18,00% ao ano indica destruição de
riqueza em $86.991.
Caso ocorram novos aportes de recursos durante o projeto esses valores devem ser
registrados no fluxo de caixa anteriormente informado.
Dependendo do fluxo de caixa adotado, para o cálculo da TIR, encontram-se taxas
diferentes que deverão ser interpretadas com a devida cautela, para a decisão de
aceitação ou não do investimento.
Diversas alternativas poderão ser simuladas no software de simulação empresarial até
encontrar-se a melhor proporcionalidade entre recursos próprios e de terceiros,
visando a maximização da rentabilidade para os sócios.
“Registre-se que uma menor utilização de capital próprio, implica em maior montante
disponível para os sócios. A alternativa para aplicação deste montante disponível
ocorrerá a taxas de mercado, inferiores aquela do projeto”.
Nesse caso, a TIR global do negócio, projeto / aplicação, poderá diminuir, implicando
em novas simulações para a determinação do mix ideal entre recursos próprios e de
terceiros (bancos).

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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17 - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE COM RELAÇÃO A ESTRUTURA
DE RECURSOS PARA FINANCIAR O PROJETO

O empréstimo contratado de $120.000, no ano 2, destina-se a manter um nível de


caixa julgado adequado para o projeto.
$
Discriminação Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3 Hipótese 4
Valor do Projeto 1.946.664 1.946.664 1.946.664 1.946.664
Capital Próprio 1.646.664 1.646.664 1.646.664 1.946.664
Empréstimo CP 150.000 300.000
Empréstimo LP 150.000 300.000
Empréstimo LP - Ano 2 120.000 120.000 120.000
VPL 62.797 75.022 50.571 75.418
TIR 19,33% 19,54% 19,11% 19,40%

$
Discriminação Hipótese 5 Hipótese 6
Valor do Projeto 1.946.664 1.946.664
Capital Próprio 946.664 946.664
Empréstimo CP 200.000
Empréstimo LP 800.000 1.000.000
Empréstimo LP - Ano 2 120.000 120.000
VPL 49.925 33.624
TIR 19,63% 19,17%

Observações:
A hipótese 1 é a que foi adotada no presente trabalho. Na hipótese 2 os sócios
financiaram o projeto com empréstimos apenas de curto prazo e na hipótese 3
preferiram financiamentos de longo prazo.
Na hipótese 4 os sócios têm que entrar com mais $300.000 para completar o valor do
projeto e não depender de recursos de terceiros. Verifica-se também a não
necessidade da contratação do financiamento no valor de $120.000.
Nas hipóteses 5 e 6 os saldos de caixas verificados através do Fluxo de Caixa –
Método Direto do projeto situa-se num nível arriscado. Nessas duas últimas hipóteses,
visto o capital social aportado situar-se num montante menor do que foi originalmente
previsto, verifica-se uma sobra de recursos da ordem de $700.000 para os sócios.
O sistema de simulação deverá ser utilizado para a determinação da proporcionalidade
ideal entre recursos próprios e de terceiros, especialmente financiamentos.

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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18 - INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS DO PROJETO

Índices de Liquidez
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Liquidez Geral 2,20 2,49 2,69 3,04
Liquidez Corrente 2,42 3,00 3,13 3,41
Liquidez Seca 1,49 1,84 1,97 2,26

Índices de Estrutura
%
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Participação Capitais Terceiros 67,93 53,89 48,11 43,39
Participação Financiamentos 11,89 10,21 8,00 6,03
Imobilização Patrimônio Líquido 18,57 19,59 18,87 11,57

Prazo Médio de Recebimento das Vendas


Dias
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
PMRV 32,16 32,17 32,17 32,18

Prazo Médio de Rotação dos Estoques


Dias
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
PMRE 60,00 60,00 60,00 60,00

Prazo Médio de Pagamento das Compras / Fornecedores


Dias
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
PMPC 32,63 32,70 32,76 32,82

Quociente de Posicionamento Relativo - QPR


Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
QPR 0,99 0,98 0,98 0,98

Índices de Retorno
%
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Retorno sobre as Receitas - ROS 3,39 2,85 2,72 2,74
Lucro Bruto / Receita Líquida 36,46 36,45 36,44 36,43
Retorno s/ os Investimentos -ROI 10,98 9,09 8,29 8,02
Retorno s/ Patrimônio Líquido - ROE 22,62 16,26 13,99 13,00

Giro do Ativo
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Giro do Ativo 3,24 3,19 3,05 2,93

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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Índices Relacionados à Dívida Onerosa


Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Endividamento Oneroso/ Ativo Total - % 7,08 6,63 5,40 4,20
Índice Cobertura de Juros - $ 9,76 7,59 10,80 12,44

EBITDA
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Resultado Operacional Liquido 490.005 432.204 432.265 457.625
(+) Despesas Financeiras 64.500 83.012 59.912 53.537
(+) Depreciação 75.000 115.000 155.000 155.000
(=) EBITDA 629.505 630.216 647.177 666.162

19 – ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DO PROJETO


Os índices de liquidez mostram que o projeto apresenta-se, nas respectivas datas,
com boa capacidade de pagamento a curto, médio e longo prazo.
A participação de capitais de terceiros decresceu ao longo do período, evidenciando
uma adequada proporcionalidade entre os recursos dos sócios e de terceiros.
A relação de financiamentos versus patrimônio líquido também declinou ao longo do
período, demonstrando que o projeto vem dependendo cada vez menos de
financiamentos de curto e longo prazo.
O fluxo de recursos, avaliado através dos prazos médios de recebimento das vendas e
pagamento das compras ou, aos fornecedores, ocorre praticamente no mesmo prazo,
indicando uma posição de equilíbrio entre recebimentos e pagamentos.

Dias
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
PMRV 32,16 32,17 32,17 32,18
PMPC/F 32,63 32,70 32,76 32,82

Os prazos médios de rotação dos estoques, para os três produtos, mostram que o
projeto mantém, em média, mercadorias estocadas por 60 dias. Devido a natureza
dos produtos comercializados, mesas e cadeiras, este nível de estoques parece
elevado, estendendo o ciclo financeiro e pressionando a necessidade líquida de capital
de giro.
A rentabilidade verificada através da relação Resultado Líquido do Exercício sobre a
Receita Operacional Líquida, ROS, evidencia uma baixa rentabilidade, em todos os
anos, se comparada com outras empresas atuantes no mesmo segmento.

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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O Resultado Líquido do Exercício sobre Patrimônio Líquido mostra uma rentabilidade
decrescente ao longo do período.
O ponto de equilíbrio contábil, em percentual, está assim discriminado:
%
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano4
PEC 71,20 75,79 76,92 76,71

Dessa forma, a receita de equilíbrio, em função da receita projetada, situa-se em


patamar elevado apresentando reduzido espaço para geração de lucro.
O EBITDA do projeto manteve-se praticamente constante ao longo do período,
situando-se num patamar médio de $643.265, ano.
A TIR do Fluxo de Caixa a Disposição dos Sócios II, abaixo discriminado, indica
rentabilidade de 19,33% ao ano e VPL positivo de $62.797 utilizando-se a taxa de
desconto de 18,00% ao ano, requerida pelos sócios.
$
FLUXO PARA OS SÓCIOS II (1.646.664) 387.452 25.347 173.978 2.437.083

A TIR calculada em função dos recursos próprios aportados versus Patrimônio Líquido
no ano 4, é de 16,41% ao ano e o VPL negativo em $86.991, considerando a mesma
taxa de desconto de 18,00% ao ano.

Fluxo de Caixa a Disposição dos Sócios – (Aporte inicial versus Patrimônio Líquido, ano 4)

$
Discriminação Data 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
FLUXO A DISPOSIÇÃO DOS SÓCIOS (1.646.664) 3.023.860

As diferenças encontradas entre as taxas deverão ser analisadas com cautela para
aceitação ou não da realização dos investimentos.

CONCLUSÃO
Acredita-se que o projeto possa ser aceito se a decisão for calcada na TIR de 19,33%
ao ano, encontrada através do Fluxo de Caixa a Disposição dos Sócios II.
No caso da TIR de 16,41%, calculada através dos recursos aportados no ano 1, versus
Patrimônio Líquido do ano 4, o projeto deverá ser rejeitado, pois a diferença
apresenta-se significativa. Este fato indica que devido a não retirada dos saldos, ou
mesmo, a não utilização dos mesmos para alavancar um volume maior de negócios,
diminuiu a rentabilidade do projeto.
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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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20 - DEFINIÇÕES DOS INDICADORES ECONOMICOS-FINANCEIROS

ÍNDICES DE LIQUIDEZ

Os índices de liquidez fornecem uma visão da capacidade da empresa em saldar seus


compromissos na data de encerramento do exercício. A análise pode ser efetuada em
relação a uma situação de curto, médio e longo prazo.
Na interpretação dos índices de liquidez a análise dos prazos de recebimentos e
pagamentos apresenta-se de fundamental importância.
Embora a avaliação dos índices de liquidez possa indicar uma situação confortável, a
diferença de prazos, entre recebimentos e pagamentos, pode ocasionar dificuldades
para a liquidação dos compromissos assumidos.
Essa é uma das limitações verificadas no estudo dos índices de liquidez.
O fluxo de caixa continua sendo o melhor demonstrativo para aferição da situação
financeira e da capacidade de pagamento de uma empresa.
De maneira geral, define-se que QUANTO MAIOR a liquidez, MELHOR será a situação
financeira da empresa.
Devemos ter em mente, no entanto, que um alto índice de liquidez não representa,
necessariamente, boa saúde financeira. O cumprimento das obrigações nas datas
previstas depende de uma adequada administração dos prazos de recebimento e de
pagamento.
Assim, uma empresa que possui altos índices de liquidez, mas mantém mercadorias
estocadas por períodos elevados, recebe com atraso suas vendas a prazo ou mantém
duplicatas incobráveis na conta Duplicatas a Receber poderá ter problemas de
liquidez, ou seja, poderá ter dificuldades para honrar seus compromissos nos
vencimentos.

ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL – ILG

Ativo Circulante + Ativo Não Circulante ( Realizável a Longo Prazo)


ILG = -----------------------------------------------------------------------------------------
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante (Exigível a Longo Prazo)

Indica quanto a empresa poderá dispor em dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto
e longo prazo para pagar suas dívidas totais.

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE – ILC

Ativo Circulante
ILC = --------------------------
Passivo Circulante

Indica quanto a empresa poderá dispor em dinheiro, bens e direitos realizáveis em até
365 dias (curto prazo), ou seja, no próximo exercício, para honrar seus compromissos
no mesmo período.

ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA – ILS

Ativo Circulante - Estoques


ILS = --------------------------------------
Passivo Circulante

Mostra quanto a empresa poderá dispor em dinheiro, aplicações financeiras,


duplicatas a receber e outros créditos de curto prazo, exclusive estoques, para honrar
seus compromissos de curto prazo, isto é, aqueles constantes do passivo circulante.
Este índice é uma medida mais rigorosa para avaliação da liquidez da empresa.
Indica o quanto poderá dispor de recursos circulantes, sem vender seus estoques,
para fazer frente a suas obrigações de curto prazo.
Se a liquidez seca for igual ou maior que 1, pode-se dizer que a empresa não depende
da venda de estoques para saldar seus compromissos de curto prazo.
Por outro lado, quanto menor do que a unidade, maior será a dependência de venda
dos estoques para honrar suas dívidas.

ÍNDICES DE ESTRUTURA – IE
São aqueles que relacionam a composição de recursos próprios e de terceiros.
Os índices de estrutura patrimonial avaliam a segurança que a empresa oferece aos
capitais alheios e revelam sua política de obtenção de recursos e de alocação dos
mesmos nos diversos itens do Ativo.
O Ativo de uma empresa é financiado pelos capitais próprios (PL) e por capitais de terceiros
(Obrigações). Quanto maior for a participação de capitais de terceiros nos negócios de uma
empresa, maior será o risco a que eles (terceiros) estão expostos.

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS – PCT

Passivo Circulante + Passivo Não Circulante


PCT = ------------------------------------------------------- x 100
Patrimônio Líquido

Mostra a relação entre os recursos de terceiros e os recursos próprios. Quanto maior o


valor encontrado, define-se como pior. No entanto, pode ocorrer que um maior
endividamento propicie algumas vantagens à empresa em termos de crescimento e
melhor remuneração dos recursos próprios investidos. Uma menor participação de
recursos próprios, eleva o risco do negócio para terceiros que financiaram a empresa.

COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO – CE

Passivo Circulante
CE = ------------------------------------------------------- x 100
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante

O índice de CE é uma medida da qualidade do passivo da empresa, em termos de


prazos. Compara o montante de dívidas no curto prazo com o endividamento total.
Admite-se que, quanto mais curto o vencimento das parcelas exigíveis, maior será o
risco oferecido pela empresa. De outra forma, empresas com endividamento
concentrado no longo prazo, principalmente decorrente de investimentos efetuados,
oferecem uma situação mais tranqüila no curto prazo.
Interpreta-se este indicador no sentido de que quanto menor, melhor, pois elevadas
dívidas em curto prazo podem comprometer a liquidez da empresa no sentido de
honrar seus compromissos.

PARTICIPAÇÃO DE FINANCIAMENTOS - PF

Financiamentos de Curto e Longo Prazo


PF = ------------------------------------------------- x 100
Patrimônio Líquido

Compara a relação entre os financiamentos, de curto e longo prazo, com os recursos


próprios, ou seja, o Patrimônio Líquido.

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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Quanto menor o resultado, melhor, pois indica que a empresa depende, em pequena
escala, de recursos de terceiros, onerosos.

IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO – IPL

Ativo Permanente
IPL = -------------------------- x 100
Patrimônio Líquido

Essa relação mostra quanto do ativo permanente da empresa está financiado pelos
recursos próprios (patrimônio líquido), evidenciando, dessa forma, a maior ou menor
dependência de aporte de recursos de terceiros para manutenção de seus negócios.
A avaliação é no sentido de que quanto menor a relação, melhor será.
De modo geral, o ativo permanente apresenta baixa liquidez e retorno em longo
prazo.
A correta administração dos recursos de uma empresa pressupõe um adequado
"casamento" dos prazos das aplicações dos recursos com os prazos das fontes.
Convencionou-se dizer que o Ativo Permanente é financiado pelo Patrimônio Líquido
(pois são recursos próprios que também estão "permanentes" na empresa) ou por
financiamentos de longo prazo.
Em princípio, o ideal é que as empresas imobilizem a menor parte possível de seus
recursos próprios. Assim, não ficarão na dependência de capitais alheios para a
movimentação normal de seus negócios.
O analista deve atentar para os casos em que a empresa possui financiamentos de
longo prazo para novos investimentos, como, por exemplo, expansão, re-localização
ou modernização de seu parque. Nesses casos, o índice IPL poderá apresentar-se em
níveis muito elevados. A política de obtenção de fontes de longo prazo revela decisão
administrativa correta dos empresários.

ENDIVIDAMENTO GERAL - EG

Passivo Circulante + Passivo Não Circulante


EG = -------------------------------------------------------------- x 100
Ativo Total

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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Este índice revela o grau de endividamento total da empresa com recursos de
terceiros.
Expressa a proporção de recursos de terceiros financiando o Ativo e,
complementarmente, a fração do Ativo que está sendo financiada pelos recursos
próprios.
A análise desse indicador por diversos exercícios mostra a política de obtenção de
recursos da empresa. Isto é, se a empresa vem financiando o seu Ativo
predominantemente com recursos próprios ou de terceiros e em que proporção.
Quanto menor for o endividamento, menor o risco que a empresa estará oferecendo
aos capitais de terceiros.
Entretanto, deve-se considerar que determinadas empresas convivem muito bem com
endividamento relativamente elevado, principalmente quando o endividamento tiver
um perfil de longo prazo, ou quando o passivo de curto prazo não for oneroso, mas
fruto de uma adequada administração de prazos de fornecedores.
A análise da adequação deste índice para a empresa dependerá, entre outros
aspectos, de comparações com os índices apresentados por outras empresas do
mesmo setor econômico, da tendência demonstrada na análise de diversos exercícios,
da composição do endividamento (curto ou longo prazo) e, ainda, do custo financeiro
dessas dívidas.

ÍNDICES DE ROTAÇÃO – IR
Os índices de rotação mostram-se importantes na análise econômico-financeira
indicando a periodicidade com que determinadas contas se renovam.
Os indicadores de prazos médios, também conhecidos como de atividade, indicam a
dinâmica de algumas verbas, isto é, quantos dias elas levam para girar durante o
exercício (Rotação). Não devem ser analisados individualmente, mas sempre em
conjunto.
A análise dos prazos médios constitui importante instrumento para se conhecer a
política de compra, estocagem e venda adotada pela empresa. Pode-se constatar a
eficiência com que os recursos estão sendo administrados (Duplicatas a Receber,
Estoques e Fornecedores).
Todos os indicadores de prazos médios pressupõem que os valores utilizados como
numerador (Duplicatas a Receber, Estoques e Fornecedores) não sofrem grandes
alterações durante o exercício.
Assim, por exemplo, se a conta estoques apresenta o valor de $50.000,00 no
encerramento do Balanço, pressupõe-se que a empresa mantenha um estoque médio
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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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desse valor durante o exercício. Deve-se ressalvar que determinadas empresas que
possuem vendas sazonais podem distorcer os prazos médios apresentados ao final do
exercício.

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS A PRAZO - PMRVP

Duplicatas a Receber
PMRVP = ---------------------------------- x Dias do Período
Vendas a Prazo

Indica, em média, quantos dias a empresa leva para receber suas vendas realizadas
na modalidade a prazo.

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS - PMRV

Duplicatas a Receber
PMRV = ---------------------------------x Dias do Período
Vendas Brutas

Indica, em média, quantos dias a empresa leva para receber suas vendas realizadas
nas modalidades à vista e a prazo.

PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES – PMRE

Saldo de Estoques
PMRE = ------------------------------------------ x Dias do período
Custo das Mercadorias Vendidas

O prazo médio de rotação dos estoques indica quantos dias, em média, as


mercadorias ficam estocadas antes de serem vendidas.

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS A PRAZO - PMPCP

Saldo a Pagar aos Fornecedores


PMPCP = -------------------------------------------- x Dias do Período
Compras a Prazo

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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Indica quantos dias, em média, a empresa leva para pagar suas compras realizadas
na modalidade a prazo.

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS – PMPC

Saldo a Pagar aos Fornecedores


PMPF = ----------------------------------------------- x Dias do Período
Compras Totais (à vista e a prazo)

Indica quantos dias, em média, a empresa leva para pagar suas compras totais
efetuadas nas modalidades à vista e a prazo.

QUOCIENTE DE POSICIONAMENTO RELATIVO – QPR

Prazo Médio de Recebimento das Vendas


QPR = -----------------------------------------------------------
Prazo Médio de Pagamento das Compras

O quociente de posicionamento relativo correlaciona o prazo médio de recebimento


das vendas com o prazo médio de pagamento das compras.
Se o resultado for superior a 1 significa que a empresa demora mais para receber
suas vendas do que para pagar suas compras. Se inferior a 1, recebe antes o produto
de suas vendas e paga depois seus compromissos pelas aquisições efetuadas.
Nesse caso, a necessidade de recursos para o giro dos negócios poderá ser maior ou
menor, dependendo dos prazos médios de recebimentos e pagamentos.

ÍNDICES DE RENTABILIDADE – IR
Os índices de retorno, ou rentabilidade, medem a lucratividade do empreendimento
através da comparação dos lucros gerados com diversos grupos de contas.
Dessa forma, é possível aferir-se o percentual da performance do empreendimento
num determinado período.
A avaliação deve ser no sentido de que quanto maior, melhor.

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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RETORNO SOBRE AS VENDAS LÍQUIDAS – ROS (Return on Sales)

Lucro Líquido (Resultado Líquido do Exercício)


Fórmula = ---------------------------------------------------------------- x 100
Vendas Líquidas (Receita Operacional Líquida)

Esse índice mede o retorno do lucro líquido sobre as vendas líquidas ou receita
operacional líquida. Quanto maior o resultado, melhor.

LUCRO BRUTO SOBRE VENDAS LÍQUIDAS

Lucro Bruto
Fórmula = ----------------------------------------------------------- x 100
Vendas Líquidas (Receita Operacional Líquida)

Esse índice mede o retorno do lucro bruto sobre as vendas líquidas ou receita
operacional líquida. Quanto maior o resultado, melhor.

RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO – ROI (Return on Investment)

Lucro Líquido (Resultado Líquido do Exercício)


Fórmula = ------------------------------------------------------------- x 100
Ativo Total

Indica a rentabilidade que a empresa está conseguindo em relação ao seu


investimento total. Quanto maior o resultado, melhor.

RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO – ROE (Return on Equity)

Lucro Líquido (Resultado Líquido do Exercício)


Fórmula = ---------------------------------------------------------------- x 100
Patrimônio Líquido
Ou,
Lucro Líquido (Resultado Líquido do Exercício)
Fórmula = ------------------------------------------------------------- x 100
Patrimônio Líquido – Lucro Líquido

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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O índice de retorno sobre o patrimônio líquido mostra quanto os proprietários da
empresa estão ganhando em relação aos seus recursos investidos na empresa.
Quanto maior o resultado, melhor.

GIRO DO ATIVO – GA

Vendas Líquidas (Receita Operacional Líquida)


GA = ----------------------------------------------------------------
Ativos Totais

O giro do ativo indica o nível de eficiência da utilização dos investimentos realizados


no empreendimento. Quanto maior o resultado, melhor. Quanto maior o giro, mais
probabilidade de geração de lucro.

ÍNDICES RELACIONADOS À DÍVIDA ONEROSA


São índices que estão diretamente relacionados com as dívidas onerosas,
provenientes de empréstimos.

ENDIVIDAMENTO ONEROSO SOBRE O ATIVO TOTAL - EO

Passivo Circulante Oneroso + Passivo Não Circulante Oneroso


EO = -------------------------------------------------------------------------------- x 100
Ativo Total

Esse índice mostra o percentual da participação da dívida onerosa no financiamento


do ativo total. Indica a dependência da empresa por capitais de terceiros onerosos,
para financiar seu ativo total. Quanto maior o resultado, pior.

ÍNDICE DE COBERTURA DE JUROS - ICJ

Resultado Operacional Líquido + Despesas Financeiras + Depreciação


ICJ = -----------------------------------------------------------------------------------------
Despesas Financeiras

Esse índice mostra a capacidade da empresa em gerar recursos para pagar as


despesas financeiras. A interpretação é de que o resultado quanto maior, melhor.

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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21 – NECESSIDADE LÍQUIDA DE CAPITAL DE GIRO – NLDCG

A necessidade líquida de capital de giro é a diferença entre determinadas contas do


ativo e passivo circulante, representativas de aplicações e fontes de recursos,
relacionadas com o nível de atividade da empresa.
As principias contas classificadas como “aplicações” e “fontes” de recursos são:
Aplicações:
Duplicatas a receber
Estoques
Despesas antecipadas
Fontes:
Fornecedores
Salários a pagar
Impostos e taxas a pagar

Obs.: No presente trabalho vamos considerar apenas os saldos das contas a receber, estoques e
fornecedores.

Caso as aplicações sejam superiores às fontes, tem-se a indicação de que a


organização necessita de recursos para financiar o giro dos negócios.
Se as fontes forem superiores às aplicações, a empresa dispõe de fontes de recursos,
inclusive para financiar outras aplicações.
O montante das duplicatas a receber pode ser fortemente influenciado através dos
percentuais de vendas a prazo, prazos de vendas concedidos aos clientes e preços de
venda praticados.
O montante dos estoques é função dos prazos médios de rotação dos estoques, do
preço de aquisição das mercadorias, entre outras.
Elevado montante de estoque pode representar recursos empatados que, nesse caso,
pressionará a necessidade líquida de capital de giro.
Despesas maiores com prêmio de seguro, movimentação, mão de obra, energia, entre
outras, podem ocorrer.
O montante de contas a pagar aos fornecedores deriva do volume comprado, dos
percentuais de compras a prazo e dos prazos de pagamentos negociados.
A correta administração dos prazos de pagamentos aos fornecedores mostra-se
importante para que o caixa não seja pressionado.

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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Fórmula para cálculo da NLDCG = Saldo de Duplicatas a Receber mais Saldo de
Estoques menos Saldo a Pagar aos Fornecedores.
A Necessidade Líquida de Capital de Giro está diretamente ligada ao ciclo financeiro do
projeto / empresa.
A necessidade líquida de capital de giro indica o montante de recursos necessários
para se manter o giro dos negócios, devido à insuficiência das fontes operacionais.
Havendo insuficiência de fontes operacionais a empresa terá de supri-las através de
recursos oriundos do sistema financeiro.

DECISÕES QUE AFETAM A NECESSIDADE LÍQUIDA DE CAPITAL DE GIRO -


NLDCG

DECISÕES IMPACTOS NA NLDCG


Diminuição Prazo Médio Recebimento Vendas Diminui
Aumento Prazo Médio Recebimento Vendas Aumenta
Diminuição Prazo Médio Rotação Estoques Diminui
Aumento Prazo Médio Rotação Estoques Aumenta
Diminuição Prazo Médio Pagamento Compras Aumenta
Aumento Prazo Médio Pagamento Compras Diminui

22 - PROJEÇÃO DA NLDCG

Para projeção da NLDCG vamos trabalhar somente com as principais contas


envolvidas no cálculo: Duplicatas a Receber, Estoques e Saldo a Pagar aos
Fornecedores. Desenvolvemos para efeito de raciocínio a demonstração do cálculo
apenas para o produto mesa, ano 1, pois o software de simulação efetua os cálculos
para determinação da necessidade global considerando todos os produtos, nos quatro
anos estudados.

DETERMINAÇÃO DO SALDO DE DUPLICATAS A RECEBER


O saldo de Duplicatas a Receber tem origem nas vendas realizadas na modalidade a
prazo.
Anteriormente foi informado, para o produto mesa, ano 1, que o projeto prevê vendas
de 96.000 unidades, sendo 30% vendidos a prazo, ou seja, 28.800 unidades.
Do total de 28.800 unidades que serão comercializadas a prazo, os administradores
pretendem, conforme informado no item 4 - Dados do Projeto, estabelecer os
seguintes percentuais de vendas a prazo versus prazos de vendas concedidos:

______________________________________________________________________________________________
Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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% de Vendas a Total Vendas Quantidades Prazos de
Prazo a Prazo Vendidas Vendas
(1) (2) (1) x (2) Concedidos
0,15 28.800 4.320 30
0,20 28.800 5.760 60
0,65 28.800 18.720 120
100 28.800

Os preços unitários para vendas a prazo, considerando os juros praticados,


proporcionais aos prazos concedidos, são:

Prazos Preços c/
Dias Juros - $
30 86,67
60 91,44
120 101,77

Considerando os preços da tabela anterior versus as quantidades vendidas a prazo


tem-se:

Prazos Preços - $ Quantidade Total - $ % sobre o


(1) (2) (1) x (2) Total
30 86,67 4.320 374.407 13,34
60 91,44 5.760 526.666 18,77
120 101,77 18.720 1.905.124 67,89
28.800 2.806.196 100,00

O projeto comercializará 28.800 unidades, do produto mesa, representando um


faturamento a prazo de $2.806.196.

Calcula-se a média ponderada dos prazos concedidos e os percentuais vendidos em


cada prazo:
Prazos % s/ Total MP
(1) (2) (1) x (2)

30 0,1334 4,002
60 O,1877 11,262
120 0,6789 81,468
96,732

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
40
O resultado indica o prazo médio de recebimento das vendas a prazo de 96,732 dias.
Através da fórmula (Duplicatas a Receber / Vendas a Prazo) x 360 estima-se o saldo
de Duplicatas a Receber, para o produto mesa, ano 1. Assim, tem-se: (DR /
2.806.196) x 360 = 96,732 donde, DR = (2.806.196 x 96,732) / 360 = $754.020

DETERMINAÇÃO DO SALDO DE ESTOQUE E DA DÍVIDA PARA COM OS


FORNECEDORES

SALDO DE ESTOQUE
Anteriormente, no item 4 - Dados do Projeto, foi definido que o prazo médio de
rotação do estoque (PMRE) do produto mesa, ano 1, seria de 60 dias.
As vendas foram estabelecidas, nesse mesmo período, em 96.000 unidades.
Assim, aplicando a fórmula (Saldo de Estoque / Unidades Vendidas (CMV)) x 360 =
PMRE, tem-se:
(Saldo de Estoque / 96.000) x 360 = 60
Saldo de Estoque = (96.000 x 60) / 360 = 16.000 unidades.
Conhecendo-se o estoque inicial, as quantidades vendidas e o saldo final do estoque,
encontram-se as unidades compradas: Estoque Inicial + Compras – Vendas = Estoque
Final
Substituindo: 0 + C - 96.000 = 16.000, donde C = 96.000 + 16.000 = 112.000
unidades compradas.
O demonstrativo abaixo informa as compras em percentuais, os prazos de
pagamentos, as compras em quantidades e os montantes das compras totais em
reais.
Ano 1 À Vista A Prazo A Prazo A Prazo Total
Compras em % 45 10 20 25 100
Prazos de Pagamentos – Em dias 30 60 90
Preço de Custo Unitário - $ 53,00 55,38 57,88 60,48
Compras em Quantidades 50.400 11.200 22.400 28.000 112.000
Compras totais em $ 2.671.200 620.312 1.296.452 1.693.491 6.281.455

Para valorizar o saldo do estoque final de 16.000 unidades dividi-se o valor do


estoque comprado após o expurgo dos impostos, pela quantidade comprada e
multiplica-se o valor encontrado pelas unidades do estoque final:
$4.569.758/ 112.000 = $49,796 x 16.000 unidades = $652.823

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41
EXPURGO DOS IMPOSTOS
$

ESTOQUES Unidades Valor ICMS COFINS PIS Líquido


Estoque Inicial 0
(+) Compras 112.000 6.281.455 1.130.662 477.391 103.644 4.569.758
(-) Vendas (CMV) 96.000 5.384.104 969.139 409.192 88.838 3.916.936
(=) Estoque Final 16.000 897.351 165.523 68.199 14.806 652.823

DETERMINAÇÃO DA DÍVIDA PARA COM OS FORNECEDORES


O demonstrativo abaixo mostra que do total comprado, 112.000 unidades, a empresa
adquiriu 50.400 unidades à vista, 11.200 unidades com 30 dias, 22.400 unidades com
60 dias e 28.000 unidades com 90 dias.
Informa também as compras em percentuais, os prazos de pagamentos, e os
montantes comprados em reais.
A média ponderada dos prazos de pagamentos versus montantes comprados em cada
prazo, fornece o prazo médio de pagamento aos fornecedores de 39,61 dias.
Aplica-se a fórmula (Saldo a Pagar aos Fornecedores (SP) / Compras no Ano) x 360 =
Prazo Médio de Pagamento aos Fornecedores.
Assim, temos: (SP / 6.281.455) x 360 = 39,61, com resultado de $691.141.
O saldo a pagar aos fornecedores, em reais, do produto mesa, no ano 1, é de
$691.141.

Ano 1 À Vista A Prazo A Prazo A Prazo Total


Compras em % 45 10 20 25 100
Prazos de Pagamentos – Em dias 0 30 60 90
Preço de Custo Unitário - $ 53,00 55,38 57,88 60,48
Compras em Quantidades 50.400 11.200 22.400 28.000 112.000
Compras em $ 2.671.200 620.312 1.296.452 1.693.491 6.281.455
Compras $ / Total Comprado – Em % 42,53 9,88 20,64 26,96 100,00
Prazo Médio Pagamento Fornecedores 39,61
Saldo a Pagar aos Fornecedores - $ 691.141

Compras em % = Estabelecido pelos administradores, informado na seção Dados do


Projeto.
Prazos de Pagamentos - Em Dias = Negociado pelos administradores junto aos
fornecedores, informado na seção Dados do Projeto.
Preço de Custo Unitário - $ = Preços de custo do produto para pagamento nas
modalidades à vista e a prazo. No pagamento a prazo, o preço de custo à vista será
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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
42
acrescido de juros de 4,5% ao mês, proporcional ao prazo de pagamento, calculado
na modalidade de juros compostos.
Compras em Quantidades = Foi determinado anteriormente que o volume de
compras anual seria de 112.000 unidades. Na seção Dados do Projeto está
discriminado que a empresa adquirirá 45% na modalidade à vista, 10% com 30 dias,
20% com 60 dias e 25% com 90 dias.
Compras em $ = Preço de custo unitário, em cada prazo de compra, multiplicado
pelas respectivas quantidades compradas.
Compras em $ / Total Comprado – Em % = Trata-se do montante adquirido em
cada prazo de pagamento dividido pelo total das compras.
Prazo Médio de Pagamento das Compras ou aos Fornecedores = Média
ponderada dos prazos de pagamentos versus montantes comprados nos respectivos
prazos.
Saldo a Pagar aos Fornecedores - $ (SP) = Resultado da aplicação da fórmula
(Saldo a Pagar aos Fornecedores (SP) / Compras no Ano) x 360 = Prazo Médio de
Pagamento aos Fornecedores.
A planilha de Memória de Cálculo constante do software deverá ser consultada.
Dispondo-se dos saldos das Duplicatas a Receber, Estoques e do montante a pagar
aos Fornecedores, para todos os produtos e anos, podemos determinar a Necessidade
Líquida de Capital de Giro do projeto e suas variações para todos os anos. Informado
no item 10 – Determinação da Necessidade Líquida de Capital de Giro.

23 - CICLO FINANCEIRO – CF

O ciclo financeiro de uma empresa/projeto comercial compreende as seguintes fases:

• Compra de mercadorias e os pagamentos aos fornecedores, caracterizando o


“prazo médio de pagamento das compras ou, aos fornecedores” – PMPC/F.
• Estocagem das mercadorias a serem revendidas, representando o “prazo médio
de rotação dos estoques” - PMRE.
• Recebimento das mercadorias vendidas, representado o “prazo médio de
recebimento das vendas” – PMRV.
O ciclo financeiro pode ser definido como o período compreendido entre o
desembolso pelo pagamento aos fornecedores e o recebimento dos clientes, pelas
vendas efetuadas.

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CICLO FINANCEIRO

DECISÕES QUE AFETAM O CICLO FINANCEIRO

Diminuindo:

• Aumento do prazo médio de pagamento das compras – PMPC/F

• Diminuição do prazo médio de rotação dos estoques – PMRE

• Diminuição do prazo médio de recebimento de vendas – PMRV

Aumentando:

• Diminuição do prazo médio de pagamento das compras – PMPC/F

• Aumento do prazo médio de rotação dos estoques – PMRE

• Aumento do prazo médio de recebimento de vendas – PMRV

Fórmula: CF = PMRV + PMRE – PMPC/F


A correta administração do ciclo financeiro é fundamental para a saúde financeira e
minimização da necessidade líquida de capital de giro da empresa / projeto.
Ressalta-se que nem sempre são possíveis decisões favoráveis a redução do ciclo
financeiro, pois depende de aceitação do mercado, das práticas adotadas pelos
concorrentes etc..

24 - TAXA INTERNA DE RETORNO – TIR


A taxa interna de retorno é a taxa de juros (de desconto) que iguala, em um
determinado momento do tempo, o valor presente das entradas (fluxos à disposição
dos sócios, acionistas, investidores) com o das saídas (investimentos, aportes de
recursos) previstas de caixa.
O momento zero é adotado como o início da operação, embora, no caso de um
projeto, os investimentos ocorram antes do marco zero.
Adota-se que o momento zero é a “data focal” de comparação dos fluxos de caixa.

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A taxa interna de retorno é identificada da seguinte forma:

FC1 FC 2 FC n
FC O = 1
+ 2
+ ... +
(1 + i) (1 + i ) (1 + i) n

Deduzindo-se:

n FC j
FC o = ∑
J =1 (1 + i ) j

Onde:
FC0 = valor do fluxo de caixa no momento zero;
FCj = fluxos previstos de entradas ou saídas de caixa em cada período de tempo;
i = taxa de desconto que iguala, em determinada data, as entradas com as saídas
previstas de caixa. Trata-se da taxa interna de retorno.
Exemplo:
Admita que uma instituição financeira tenha feito um empréstimo a uma empresa no
valor de $50.000,00 para ser liquidado em duas prestações mensais e sucessivas de
$26.130,54 cada.
Graficamente, tem-se a seguinte representação:

26.130,54 26.130,54

0 1 2
(50.000,00)

Resolvendo a expressão com o auxílio de uma calculadora financeira, tem-se o custo


efetivo mensal de 3,0% ao mês.

26 .130 ,54 26 .130 ,54


50 .000 ,00 = +
(1,03 ) (1,03 ) 2

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A taxa de 3,0% ao mês representa, diante das características do método da TIR, a
taxa de juros que iguala, em determinada data, a entrada de caixa com as saídas de
caixa.
Podemos dizer também que a taxa de 3,00% ao mês é a taxa que torna o valor
presente líquido do investimento igual a zero.
A data focal para o cálculo da TIR pode ser definida livremente, sem que isso interfira
no seu resultado.
No exemplo anterior, ao fixar a data focal ao fim do segundo mês, verifica-se que a
taxa não se altera, permanecendo em 3% ao mês.
50.000,00 (1+i)2 = 26.130,54 (1+i)1 + 26.130,54
50.000,00 (1,03)2 = 26.130,54 (1,03) + 26.130,54
53.045,00 = 26.914,46 + 26.130,54

53.045,00 = 53.045,00

Pode-se verificar que o VPL será igual a zero quando as grandezas futuras,
descontadas com uma determinada taxa, produzir um valor presente para o fluxo de
caixa que seja igual ao investimento inicial (desembolso) colocado no ponto zero da
escala de tempo.
Decisão de investimento considerando a TIR:
• Custo de capital < TIR,o projeto deve ser aceito (VPL > 0)
• Custo de capital = TIR, indiferente aceitar ou não (VPL = 0)
• Custo de capital > TIR, o projeto deve ser rejeitado (VPL <0).
• Percebe-se facilmente que o método da TIR apresenta, segundo o processo
decisório informado, os mesmos resultados que o VPL. No entanto, pode
apresentar problemas tais como:
• Seu cálculo é complexo e demanda a utilização de calculadora financeira ou
planilhas eletrônicas.
• Os fluxos de caixa intermediários devem ser reinvestidos à taxa interna de
retorno.
• O método da TIR pode gerar taxas múltiplas de retorno se o fluxo de caixa
mudar de sinal mais de uma vez.
• O método da TIR ignora as diferenças de escala, na hora da comparação de dois
projetos mutuamente excludentes.

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25 - VALOR PRESENTE LÍQUIDO - VPL
O valor presente líquido para análise de projetos é calculado pela diferença entre o
valor presente dos fluxos de caixa previstos, e o valor presente dos investimentos,
descontados a taxa escolhida para remunerar os recursos aplicados.
Fórmula:
CFjn
VPL = - CF0 + ∑ -------------
n
(1 + i)

O método do valor presente líquido, VPL, é a técnica mais conhecida e também a mais
utilizada na avaliação de investimentos.
Através dessa metodologia concentram-se todos os valores futuros esperados do fluxo
de caixa na data zero.
A taxa de remuneração requerida pelos sócios para remunerar os recursos próprios
aportados deve ser a taxa utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros.
A decisão de investimento com base no método do VPL é simples e pode ser resumida
da seguinte forma:
• VPL > 0, o projeto deve ser aceito.
• VPL = 0, é indiferente aceitar ou não.
• VPL < 0, o projeto deve ser rejeitado.
Se o VPL for positivo, teremos que na data zero o valor presente de todos os fluxos de
caixa descontados à taxa “i”, é maior do que o capital investido.
Temos que:
• O capital investido é recuperado.
• A remuneração do investimento supera a taxa de atratividade da empresa, “i”.
• O projeto gera um ganho de riqueza que, na data zero, a valor presente, é
representado pelo VPL.

Exemplo: Descontar o fluxo de caixa abaixo a taxa de 3,00% ao mês.

26.130,54 26.130,54

0 1 2
(50.000,00)

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1 2
-50.000,00 + 26.130,54/(1+0,03) + 26.130,54/(1+0,03) = 0

A taxa de 3,00% ao mês, encontrada no cálculo da TIR, torna o Valor Presente Líquido
igual a zero. Se descontado a taxa de 2,00% ao mês, teremos o valor presente líquido
de $734,04, > 0, indicando que a essa taxa haverá geração de riquezas, ou seja, a
taxa interna de retorno é superior a 2,00% ao mês.

26 - ROTEIRO DE INFORMAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

I – PROPONENTE

• Informar o nome da empresa titular do projeto, constituída ou a constituir;


• Informar o endereço para correspondências, telefones, “fax”, e-mail e pessoas
para contatos;
• Informar o número do registro no CGC-MF, tratando-se de empresa já
constituída;
• Informar os nomes, endereço e participação de cada sócio no capital da
empresa (se pessoa jurídica, discriminar os respectivos controladores até o
nível de pessoas físicas);
• Informar os nomes dos dirigentes da empresa;
• Informar os nomes, atividades e respectivos patrimônios líquidos de outras
empresas integrantes do grupo empresarial;
• Incluir histórico sobre a evolução do grupo empresarial;
• Apresentar balanços dos três últimos exercícios e balancete recente.

II – O PROJETO

• Indicar a ação a ser desenvolvida e o ramo de atividade (exemplo: implantação


de fábrica de móveis; ampliação do frigorífico; modernização da fábrica de
confecções; instalação de hotel, etc.);
• Informar a capacidade a ser instalada (por linha de produto);
• Indicar as metas de produção (do início das operações até a estabilização;
quando tratar-se de empresa já existente, apresentar também dados da
produção presente);
• Apresentar os motivos/justificativas para a realização do projeto;

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• Justificar o tamanho/porte do projeto;
• Indicar e justificar a viabilidade da localização escolhida.

III – ESTUDO DE MERCADO

• Definir o mercado pretendido;


• Apresentar dados abrangentes sobre a oferta e a demanda dos produtos a
serem comercializados;
• Apresentar a relação dos principais concorrentes e discorrer sobre o padrão da
concorrência no mercado;
• Explanar sobre a estratégia de comercialização a ser adotada;
• Informar sobre a disponibilidade de matérias-primas e sua localização.

IV – INVESTIMENTOS

• Detalhar os investimentos a serem realizados;


• Justificar os valores desses investimentos com plantas/orçamentos das obras e
instalações, e com propostas de fornecimento de equipamentos, móveis, etc.;
• Apresentar cálculo detalhado da necessidade líquida de capital de giro.
Obs.: Deverão ser anexados ao projeto cópias das plantas, orçamentos, propostas, etc., documentos que
devem estar devidamente formalizados.

V – TECNOLOGIA E PROCESSO PRODUTIVO

• Informar sobre a concepção tecnológica escolhida, a sua adequação ao


processo produtivo e aos produtos;
• Comentar sobre o grau de modernidade dessa tecnologia;
• Informar sobre a procedência e a disponibilidade da tecnologia para o projeto
(se de domínio público, se fornecida pelos fabricantes dos equipamentos, se
será adquirida por contrato, etc.);
• Detalhar o processo produtivo a ser empregado, o ciclo de produção, o fluxo de
materiais e os coeficientes de entradas e saídas por fase da produção;
• Informar sobre a competência da empresa com vistas ao emprego e absorção
da tecnologia e ao “know-how” para operacionalizar o processo produtivo;
• Comentar sobre outras alternativas tecnológicas justificando a escolha feita
para o projeto.
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Obs.: Anexar cópias de eventuais contratos ou acordos relativos à aquisição de tecnologia ou de “know-
how”.

VI – IMPACTO AMBIENTAL

• Detalhar as providências previstas no projeto para a proteção ambiental, se


necessário;
• Informar sobre o processo de licenciamento junto aos órgãos competentes.

VII – FATURAMENTO

• Projetar o faturamento anual do empreendimento desde o início das operações


até a sua estabilização;
• Informar e justificar os preços de vendas previstos para cada produto;
• Comentar sobre eventuais efeitos sazonais ou cíclicos com influência sobre o
faturamento;
• Indicar o faturamento atual quando tratar-se de empresa já existente.

VIII – PROJEÇÃO DOS CUSTOS E DESPESAS

• Detalhar os custos variáveis e os custos fixos anuais do projeto, por item,


apresentando coeficientes de consumo e preços unitários das matérias-primas,
materiais secundários e embalagens; quadro detalhado de mão-de-obra; custos
tributários; despesas de vendas; despesas administrativas; custo dos produtos
para revenda; etc.

IX – PROJEÇÃO DOS RESULTADOS

• Projetar os resultados líquidos anuais esperados durante o período de vida útil


do empreendimento;
• Apurar a geração de caixa do projeto a partir dos resultados líquidos;
• Apresentar o Fluxo de Caixa à Disposição dos Acionistas / Sócios;
• Apresentar junto a essas projeções os valores atualmente obtidos quando
tratar-se de empresa já existente;
• Apurar o ponto de equilíbrio da empresa;
• Apurar a taxa interna de retorno e o valor presente líquido do projeto.

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X – FONTES DE FINANCIAMENTOS DOS INVESTIMENTOS

• Especificar as fontes de recursos e respectivos valores pretendidos para


financiar os investimentos previstos para o projeto;
• Justificar/demonstrar a capacidade dos empreendedores para realizar o
montante de recursos próprios previstos.

XI – USOS E FONTES

• Com base nos investimentos e nas fontes de recursos previstos, apresentar o


quadro de usos e fontes do projeto, com cronograma de realização.

XII – GARANTIAS

• Discriminar os bens disponíveis para servir de garantia aos financiamentos


pretendidos. Os bens devem estar livres de ônus e possuir documentação
completa. Algumas instituições financeiras aceitam, no caso de garantia por
hipoteca, que bens sejam dados em segunda ou terceira hipoteca.

27 – PREENCHIMENTO DAS PLANILHAS


O sistema de simulação calcula, após a introdução das variáveis do projeto referentes
ao ano 1, o valor total do investimento decorrente das imobilizações em ativos fixos e
necessidade de capital de giro. (Usos)
Alterando-se as variáveis informadas no ano 1 o valor total dos investimentos no
projeto será automaticamente recalculado.
A partir do ano 2 é possível proceder-se modificações nas variáveis inicialmente
previstas sem que o valor total do investimento no projeto seja alterado.
As células marcadas com a cor verde são aquelas que aceitam o preenchimento com
as premissas do projeto. As demais, por segurança, foram bloqueadas.

PLANILHA DE PREMISSAS
Indicar para os três produtos, em todos os anos, os seguintes dados:
VENDAS
Vendas Anuais em Unidades: informar na célula do ano 1 as vendas previstas em
unidades.

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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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Crescimento Anual das Vendas em Percentual: a partir do ano 2 informar o
crescimento/decréscimo previsto para as vendas projetadas, em unidades.
MIX DE VENDAS
Percentual de Vendas à Vista em Quantidades: informar o percentual esperado para
as vendas na modalidade à vista.

PREÇOS – CUSTO / VENDA


Preço de Custo à Vista do Produto / Unidade: informar os preços de custo dos
produtos, negociados com os fornecedores, para todos os produtos.
Markup: indicar os percentuais que deverão incidir sobre os preços de custo para o
estabelecimento dos preços de venda, na modalidade à vista.
TAXAS DE JUROS
Taxas de Juros ao Mês para Compras a Prazo: anotar as taxas de juros, negociadas
com os fornecedores, para as compras realizadas na modalidade a prazo.
Taxas de Juros ao Mês para Vendas a Prazo: anotar as taxas de juros praticadas nas
vendas a prazo.
MODALIDADES DE COMERCIALIZAÇÃO A PRAZO
Percentual de Vendas a Prazo: vendas a prazo estão previstas e, nesse caso, deverão
ser informados os percentuais previstos de vendas a prazo em função dos prazos de
comercialização programados.
Prazos de Comercialização: informar os prazos concedidos aos clientes para as vendas
a prazo.
MODALIDADES DE COMPRAS DE ESTOQUE E PAGAMENTO AOS FORNECEDORES
Compras em Percentual: informar os percentuais de compras em função dos prazos
de pagamentos negociados com os fornecedores.
Prazos de pagamentos: informar os prazos de pagamentos negociados com os
fornecedores.
Prazo Médio de Rotação dos Estoques: indicar o prazo médio de rotação dos estoques,
adequado ao negócio.

OUTROS DADOS
TAXAS DE DEPRECIAÇÃO
Neste campo deverão ser indicadas as taxas de depreciação referentes a cada item
dos bens imobilizados. Taxas diferenciadas daquelas estabelecidas legalmente
poderão ser utilizadas, mas, neste caso, o cálculo dos impostos incidentes sobre o
lucro deverá ser revisto.
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OUTRAS DESPESAS SOBRE VENDAS


Comissões sobre Vendas: informar os percentuais que deverão ser adotados para a
remuneração dos vendedores.
Publicidade sobre Vendas: informar os percentuais que deverão incidir sobre a Receita
Operacional Bruta para determinação do montante dos recursos que serão destinados
à realização de publicidade e marketing.
IMPOSTOS
Nas células apropriadas os percentuais referentes aos impostos incidentes sobre as
compras, vendas e lucro deverão ser informados.
IMOBILIZAÇÕES
Informar as imobilizações necessárias ao funcionamento do projeto. O Sistema de
Simulação calcula as depreciações de acordo com as taxas informadas, registrando
respectivamente nos demonstrativos do Balanço e da Demonstração de Resultado do
Exercício - DRE.

PLANILHA DE DESPESAS OPERACIONAIS

DESPESAS OPERACIONAIS
Informar as despesas operacionais necessárias ao funcionamento do projeto tais como
aluguel, água, material de escritório, combustível, seguros, entre outras.
A partir do ano 2 é possível estimar-se percentuais de aumento para essas despesas.

DESPESAS DE PESSOAL
DEPÓSITO/ADMINISTRAÇÃO/COMERCIAL
Informar as funções previstas, número de colaboradores e os respectivos salários.
A partir do ano 2 é possível a estimativa de aumento dos salários nominais através da
informação dos percentuais previstos, digitados nas células “INCREMENTO EM %”.
Encargos trabalhistas, incidentes sobre a folha de pagamento, deverão ser estimados.

PLANILHA DO FLUXO DE CAIXA


Nessa planilha deverão ser registradas as seguintes variáveis:
• Aporte de recursos adicionais, sob a forma de capital social, a partir do ano 2.
• Contratação de empréstimos de curto e longo prazo, a partir do ano 2.
• Contratação, no ano 1, de empréstimos de curto e longo prazo destinados ao
atendimento das necessidades de recursos para a realização do projeto.
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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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• Condições dos financiamentos de curto e longo prazo, em termos de prazos e
taxas de juros.
Obs.: Na contratação de empréstimo de curto prazo a suposição é a de que o
pagamento do principal ocorrerá na proporção de 1/3 no ano da contratação e o saldo
no ano seguinte. O pagamento dos juros será anual, proporcional aos meses de
utilização.
O prazo do financiamento poderá ser de um a doze meses, tanto no ano da
contratação, bem como no ano seguinte, do pagamento.
Para empréstimo de longo prazo o pagamento do principal e juros ocorrerá
anualmente. O empréstimo de longo prazo deverá ter como prazo máximo sete anos.

PLANILHA DO FLUXO DE CAIXA GLOBAL


Nessa planilha deverá ser informado, na célula apropriada, o custo do capital próprio
que será utilizado no cálculo do custo médio ponderado de capital.
O CMPC encontrado servirá como a taxa de desconto para o cálculo do Valor Presente
Líquido – VPL.

PLANILHA DO FLUXO DE CAIXA A DISPOSIÇÃO DOS SÓCIOS


Informar nessa planilha a taxa de remuneração desejada pelos sócios. O sistema
utilizará a taxa informada para o cálculo do Valor Presente Líquido – VPL dos Fluxos
de Caixa a Disposição dos Sócios I e II, bem como do fluxo de caixa que compara os
recursos aportados pelos sócios com o valor do Patrimônio Líquido no ano 4, data do
término ou venda do projeto.

28 - BIBLIOGRAFIA
1 - Rêgo, Ricardo Bordeaux e outros – Viabilidade Econômico-Financeira de projetos,
FGV - Editora, 2006.

2 - Puccini, Abelardo de Lima, Matemática Financeira, 7ª Edição, Editora Saraiva,


2007.

3 - Samanez, Carlos Patrício, Matemática Financeira, 3ª Edição, Prentice Hall.

4 - Fomm, Marcus Manoel, Simulação Empresarial, UniverCidade Editora, 2004.

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