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Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos
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Sumário
1 – O Autor 4
2 - Prefácio 5
3 – Sistema de Simulação Empresarial 6
4 – Dados do Projeto 6
5 – Fluxo de Caixa 14
6 – Balanços 16
7 – Analítico das Contas do Balanço 16
8 – Demonstração de Resultado do Exercício - DRE 18
9 – Analítico das Principais Contas da DRE 18
10 – Necessidade Líquida de Capital de Giro - NLDCG 19
11 – Ciclo Financeiro 20
12 – Custos e Despesas 20
13 – Margem de Contribuição 20
14 – Ponto de Equilíbrio 21
15 – Fluxo de Caixa Global 21
16 – Fluxo de Caixa para os Acionistas / Sócios 22
17 – Análise de Sensibilidade da Estrutura de Recursos 24
18 – Indicadores Econômico-Financeiros do Projeto 25
19 – Análise Econômico-Financeira do Projeto 26
20 – Definições dos Indicadores Econômico-Financeiros 28
21 – Definição da Necessidade Líquida de Capital de Giro 37
22 – Projeção da Necessidade Líquida de Capital de Giro 38
23 – Ciclo Financeiro - CF 42
24 – Taxa Interna de Retorno - TIR 43
25 – Valor Presente Líquido - VPL 46
26 – Roteiro de Informações para Elaboração de Projetos 47
27 – Preenchimento das Planilhas 50
28 – Bibliografia 53
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1 - O AUTOR
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2 - PREFÁCIO
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3 - SISTEMA DE SIMULAÇÃO EMPRESARIAL
4 – DADOS DO PROJETO
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Caso a empresa venha a comprar os produtos na modalidade a prazo, arcará com
juros para com os fornecedores, bem como se vender a prazo cobrará juros dos seus
clientes.
O valor total dos investimentos encontra-se discriminado abaixo no demonstrativo de
“Usos e Fontes” do projeto:
Usos e Fontes
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3
USOS:
Capital de Giro 1.496.664
Móveis e Utensílios 150.000
Veículos / Empilhadeiras 300.000 150.000 150.000
Máquinas / Equipamentos 50.000 50.000
TOTAL DOS USOS 1.946.664 200.000 200.000
FONTES:
Recursos Próprios 1.646.664
Financiamentos 300.000
Recursos Gerados 200.000 200.000
TOTAL DAS FONTES 1.946.664 200.000 200.000
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A remuneração desejada para os recursos próprios aportados é de 18% ao ano e, a
avaliação de viabilidade econômico-financeira deverá ser realizada através das
metodologias do Valor Presente Líquido - VPL e da Taxa Interna de Retorno - TIR.
As projeções foram realizadas a preços da data zero, embora alguns itens, por
conservadorismo, tenham sofrido correções.
A quantidade de colaboradores também sofreu ajustes, em função do crescimento do
volume de negócios ao longo do período. (Vide planilha de “Despesas Operacionais”,
no CD)
Os montantes referentes aos aportes de capital, por parte dos sócios, bem como os
valores, prazos e taxas inerentes aos financiamentos contratados estão informados na
planilha de Fluxo de Caixa. (Vide planilha do Fluxo de Caixa, no CD)
As projeções realizadas abrangem um período de quatro anos, sendo que ao final o
projeto será vendido ou encerrado.
Os dados utilizados na elaboração do projeto são meramente ilustrativos, visando
unicamente à exposição da metodologia adotada.
Produtos
Discriminação Produtos
Mesas A
Cadeiras com braço B
Cadeiras sem braço C
A – Mesas
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
96.000 100.800 105.840 111.132
Crescimento anual % 5 5 5
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A – Mesas
%
Modalidades Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
À vista 70 70 70 70
A prazo 30 30 30 30
Discriminação $
A - Mesas 53,00
B - Cadeiras com braço 24,00
C - Cadeiras sem braço 19,00
Discriminação %
A - Mesas 55,00
B - Cadeiras com braço 55,00
C - Cadeiras sem braço 60,00
Markup representa o percentual que será aplicado ao preço de custo de cada produto
para o estabelecimento do preço de venda, na modalidade à vista.
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Preços de venda para recebimento à vista
Discriminação $
A - Mesas 82,15
B - Cadeiras com braço 37,20
C - Cadeiras sem braço 30,40
A – Mesas
Anos 1 a 4
% de vendas a prazo 15 20 65
Prazos concedidos – Em Dias 30 60 120
Anos 1 a 4
% de vendas a prazo 30 30 40
Prazos concedidos – Em Dias 30 60 120
Anos 1 a 4
% de vendas a prazo 60 20 20
Prazos concedidos – Em Dias 60 90 120
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Percentuais de compras dos produtos versus prazos de pagamentos
A planilha de “Memória de Cálculo”, constante do sistema, informa, em função das
quantidades vendidas e do saldo de estoque estabelecido através do prazo médio de
rotação dos estoques, o total adquirido em unidades e reais, em função dos prazos de
pagamentos negociados com os fornecedores.
Adiante resumo dos percentuais de compras versus prazos de pagamentos.
Os juros pagos nas compras a prazo são proporcionais aos prazos negociados com os
fornecedores.
A – Mesas
Compras à vista - Anos 1 a 4 – 45%
Compras a prazo
Anos 1 a 4
% de compras a prazo 10 20 25
Prazos pagamentos – Em Dias 30 60 90
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Anos 1 a 4
PRODUTOS PMRE
A - Mesas 60 dias
B – Cadeiras com braço 60 dias
C – Cadeiras sem braço 60 dias
OUTROS DADOS
A empresa remunera seus vendedores através do pagamento de comissões no
percentual de 5,00% sobre as vendas / receita operacional bruta.
Destina também anualmente 6,00% incidente sobre as vendas / receita operacional
bruta para despesas de propaganda e marketing.
O projeto prevê os seguintes impostos sobre as compras, vendas / receita operacional
bruta e sobre o lucro:
Anos 1 a 4
IMPOSTOS %
ICMS 18,00
PIS 1,65
COFINS 7,60
CSSL 9,00
Imposto de Renda 15,00
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Taxas de Depreciação - ano
Incremento % 3 3 3
Despesas de Pessoal
Depósito
$
Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Despesas 70.850 85.995 102.245 119.600
Encargos 60.223 73.096 86.908 101.660
Administração
$
Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Despesas 195.650 213.623 223.795 233.968
Encargos 166.303 181.579 190.226 198.872
Comercial
$
Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Despesas 115.700 121.485 127.270 133.055
Encargos 98.345 103.262 108.180 113.097
OBS: Os encargos foram calculados com base no percentual de 85,00% sobre o montante da
folha de pagamento. Está previsto, a partir do ano 2, um aumento anual sobre a folha de
pagamento e acréscimo do quadro de pessoal. (Vide discriminação na planilha de “Despesas
Operacionais”, no CD)
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5 – FLUXO DE CAIXA
Na planilha Fluxo de Caixa encontra-se o detalhamento de todas as contas, bem como
as condições negociadas dos empréstimos em termos de prazos e taxas.
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Vendas 13.740.710 14.424.938 15.143.853 15.899.245
Obs.: Um terço do valor contratado será amortizado no próprio ano da contratação e o saldo no exercício
seguinte.
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Amortização dos Empréstimos de Longo Prazo
Valor: $150.000 (Ano 1)
$
Prazo Saldo Amortização Juros PMT
Devedor
Data 0 150.000
Ano 1 140.049 9.951 37.500 47.451
Ano 2 127.610 12.439 35.012 47.451
Ano 3 112.061 15.549 31.902 47.451
Ano 4 92.625 19.436 28.015 47.451
Ano 5 68.330 24.295 23.156 47.451
Ano 6 37.961 30.369 17.082 47.451
Ano 7 37.961 9.490 47.451
Total 150.000 182.159 332.159
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6 – BALANÇOS
Ativo
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Caixa e Bancos 505.053 516.528 690.521 1.079.279
Duplicatas a Receber 1.348.027 1.415.455 1.486.316 1.560.786
Estoques 1.162.442 1.220.538 1.281.588 1.345.746
ATIVO CIRCULANTE 3.015.521 3.152.521 3.458.425 3.985.812
ATIVO NÃO CIRCULANTE 375.000 460.000 505.000 350.000
IMOBILIZADO LÍQUIDO 375.000 460.000 505.000 350.000
Imobilizações 450.000 650.000 850.000 850.000
(-) Depreciação (75.000) (190.000) (345.000) (500.000)
TOTAL DO ATIVO 3.390.521 3.612.521 3.963.425 4.335.812
Passivo
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Fornecedores à Pagar 1.013.804 921.600 969.468 1.019.848
Financiamentos 112.439 25.500 31.875 39.844
Imposto de Renda / CSSL 117.601 103.729 103.744 109.830
PASSIVO CIRCULANTE 1.243.844 1.050.829 1.105.087 1.169.522
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 127.610 214.149 182.274 142.430
Financiamentos Longo Prazo 127.610 214.149 182.274 142.430
Capital Social 1.646.664 1.646.664 1.646.664 1.646.664
Reservas 372.403 700.878 1.029.400 1.377.195
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.019.068 2.347.543 2.676.064 3.023.860
TOTAL DO PASSIVO 3.390.521 3.612.521 3.963.425 4.335.812
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ESTOQUES
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
PRODUTO A 652.823 685.464 719.737 755.724
PRODUTO B 253.515 268.725 284.849 301.940
PRODUTO C 256.104 266.349 277.002 288.083
TOTAL 1.162.442 1.220.538 1.281.588 1.345.746
IMOBILIZAÇÕES
$
Imobilizações Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Móveis e Utensílios 150.000 150.000 150.000 150.000
Veículos / Empilhadeiras 300.000 450.000 600.000 600.000
Máquinas / Equipamentos 50.000 100.000 100.000
Total 450.000 650.000 850.000 850.000
FORNECEDORES A PAGAR
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
PRODUTO A 691.141 626.963 658.311 691.227
PRODUTO B 258.099 236.714 250.917 265.972
PRODUTO C 64.564 57.923 60.240 62.650
TOTAL 1.013.804 921.600 969.468 1.019.848
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9 – ANALÍTICO DAS PRINCIPAIS CONTAS DA DRE
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
VENDAS À VISTA:
PRODUTO A 5.520.480 5.796.504 6.086.329 6.390.646
PRODUTO B 1.852.560 1.963.714 2.081.536 2.206.429
PRODUTO C 2.173.600 2.260.544 2.350.966 2.445.004
TOTAL 9.546.640 10.020.762 10.518.831 11.042.079
VENDAS A PRAZO:
PRODUTO A 2.806.196 2.946.506 3.093.832 3.248.523
PRODUTO B 1.389.439 1.472.805 1.561.174 1.654.844
PRODUTO C 1.346.461 1.400.320 1.456.332 1.514.586
TOTAL 5.542.097 5.819.631 6.111.338 6.417.953
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 15.088.737 15.840.393 16.630.169 17.460.032
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
PESSOAL 266.500 299.618 326.040 353.568
ENCARGOS SOBRE PESSOAL 226.525 254.675 277.134 300.532
DESPESAS OPERACIONAIS 364.800 375.744 387.016 398.627
TOTAL 857.825 930.036 990.190 1.052.727
DESPESAS COMERCIAIS/VENDAS
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
PESSOAL 115.700 121.485 127.270 133.055
ENCARGOS SOBRE PESSOAL 98.345 102.262 108.180 113.097
PUBLICIDADE 905.324 950.424 997.810 1.047.602
COMISSÕES 754.437 792.020 831.508 873.002
ENCARGOS S/ COMISSÕES 641.271 673.217 706.782 742.051
TOTAL 2.515.077 2.640.407 2.771.550 2.908.807
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DESPESAS FINANCEIRAS
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
DESPESAS CURTO PRAZO 27.000 18.000
DESPESAS LONGO PRAZO 37.500 65.012 59.912 53.537
TOTAL 64.500 83.012 59.912 53.537
11 - CICLO FINANCEIRO – CF
Em Dias
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
PMRV 32,16 32,17 32,17 32,18
(+) PMRE 60,00 60,00 60,00 60,00
(=) Total 92,16 92,17 92,17 92,18
(-) PMPC 32,63 32,70 32,76 32,82
(=) CICLO FINANCEIRO 59,53 59,47 59,42 59,36
12 - CUSTOS E DESPESAS
Variáveis
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Custo Mercadorias Vendidas 6.974.649 7.323.226 7.689.530 8.074.477
(+) Impostos sobre Vendas 4.111.681 4.316.507 4.531.721 4.757.859
(+) Publicidade 905.324 950.424 997.810 1.047.602
(+) Comissões e Encargos 1.395.708 1.465.236 1.538.291 1.615.053
(=) TOTAL 13.387.362 14.055.393 14.757.352 15.494.991
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Fixos
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Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Despesas Administrativas 857.825 930.036 990.190 1.052.727
(+) Despesas Comerciais 214.045 224.747 235.450 246.152
(+) Despesas Financeiras 64.500 83.012 59.912 53.537
(+) Depreciação 75.000 115.000 155.000 155.000
(+) Impostos sobre Lucros 117.601 103.729 103.744 109.830
(=) TOTAL 1.328.971 1.456.525 1.544.296 1.617.246
13 - MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Receita Operacional Bruta 15.088.737 15.840.393 16.630.169 17.460.032
(-) Custos / Despesas Variáveis 13.387.362 14.055.393 14.757.352 15.494.991
(=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 1.701.375 1.785.000 1.872.817 1.965.041
Em %
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Receita Operacional Bruta 100,00 100,00 100,00 100,00
(-) Custos – Despesas Variáveis 88,72 88,73 88,74 88,75
(=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 11,28 11,27 11,26 11,25
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15 - FLUXO DE CAIXA GLOBAL
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16 - FLUXO DE CAIXA PARA OS SÓCIOS
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Discriminação Data 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Resultado Líquido Exercício 372.403 328.475 328.522 347.795
(+) Depreciação 75.000 115.000 155.000 155.000
(=) GERAÇÃO DE CAIXA 447.403 443.475 483.522 502.795
(-) NLDCG 1.496.664 217.728 84.043 88.248
(+) RETORNO DA NLDCG 1.886.684
(-) COMPRAS IMOBILIZAÇÕES 450.000 200.000 200.000
(+) VENDA IMOBILIZAÇÕES 350.000
(-) AMORTIZAÇÃO EMPRÉSTIMOS CP 50.000 100.000
(-) AMORTIZAÇÃO EMPRÉSTIMOS LP 9.951 20.400 25.500 31.875
(-) PAGTO. EMPRÉSTIMO BALANÇO 182.274
(=) FLUXO A DISPOSIÇÃO DOS SÓCIOS I (1.646.664) 387.452 (94.653) 173.978 2.437.083
(+) EMPRÉSTIMOS CONTRATADOS 120.000
(=) FLUXO A DISPOSIÇÃO DOS SÓCIOS II (1.646.664) 387.452 25.347 173.978 2.437.083
COMENTÁRIOS
Considera-se como valor do investimento apenas o total dos recursos próprios
aportados pelos sócios.
Ao Resultado Líquido do Exercício de cada ano adicionam-se as depreciações,
encontrando-se a Geração de Caixa do projeto. A partir desse resultado registram-se
as saídas das necessidades líquidas de capital de giro, ano a ano, e o respectivo
retorno no ano 4, término do projeto. O valor das novas imobilizações previstas e o
valor de venda das mesmas, as amortizações dos empréstimos contraídos, o
pagamento do saldo da dívida com as instituições financeiras no ano 4, devem ser
informados nesse demonstrativo.
Verifica-se que no ano 2 o saldo do Fluxo a Disposição dos Sócios I é negativo em
$94.653 indicando que a geração de caixa de $443.475 não foi suficiente para
suportar a necessidade de capital de giro, a aquisição de novas imobilizações e as
amortizações dos empréstimos de curto e longo prazo.
Somando-se a esse saldo o valor do empréstimo contratado, temos o que o Fluxo de
Caixa a Disposição dos Sócios II passa a ser todo ele positivo.
A TIR é de 19,33% ao ano e o VPL descontado a 18,00% ao ano de $62.797,
indicando a viabilidade do empreendimento para os investidores.
A soma dos fluxos de caixa intermediários representa o valor do Patrimônio Líquido do
projeto no ano 4, $3.023.860.
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Outra forma de se avaliar o projeto pode ser através da comparação do montante dos
recursos aportados pelos sócios no início do período versus o Patrimônio Líquido ao
final da vida útil do projeto, conforme fluxo adiante indicado:
Registre-se que embora ocorressem saldos a disposição, estes não foram retirados
pelos sócios, incorporando-se ao Patrimônio Líquido do projeto.
A TIR encontrada de 16,41% ao ano mostra que a rentabilidade encontra-se abaixo
da desejada. O cálculo do VPL com a taxa de 18,00% ao ano indica destruição de
riqueza em $86.991.
Caso ocorram novos aportes de recursos durante o projeto esses valores devem ser
registrados no fluxo de caixa anteriormente informado.
Dependendo do fluxo de caixa adotado, para o cálculo da TIR, encontram-se taxas
diferentes que deverão ser interpretadas com a devida cautela, para a decisão de
aceitação ou não do investimento.
Diversas alternativas poderão ser simuladas no software de simulação empresarial até
encontrar-se a melhor proporcionalidade entre recursos próprios e de terceiros,
visando a maximização da rentabilidade para os sócios.
“Registre-se que uma menor utilização de capital próprio, implica em maior montante
disponível para os sócios. A alternativa para aplicação deste montante disponível
ocorrerá a taxas de mercado, inferiores aquela do projeto”.
Nesse caso, a TIR global do negócio, projeto / aplicação, poderá diminuir, implicando
em novas simulações para a determinação do mix ideal entre recursos próprios e de
terceiros (bancos).
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17 - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE COM RELAÇÃO A ESTRUTURA
DE RECURSOS PARA FINANCIAR O PROJETO
$
Discriminação Hipótese 5 Hipótese 6
Valor do Projeto 1.946.664 1.946.664
Capital Próprio 946.664 946.664
Empréstimo CP 200.000
Empréstimo LP 800.000 1.000.000
Empréstimo LP - Ano 2 120.000 120.000
VPL 49.925 33.624
TIR 19,63% 19,17%
Observações:
A hipótese 1 é a que foi adotada no presente trabalho. Na hipótese 2 os sócios
financiaram o projeto com empréstimos apenas de curto prazo e na hipótese 3
preferiram financiamentos de longo prazo.
Na hipótese 4 os sócios têm que entrar com mais $300.000 para completar o valor do
projeto e não depender de recursos de terceiros. Verifica-se também a não
necessidade da contratação do financiamento no valor de $120.000.
Nas hipóteses 5 e 6 os saldos de caixas verificados através do Fluxo de Caixa –
Método Direto do projeto situa-se num nível arriscado. Nessas duas últimas hipóteses,
visto o capital social aportado situar-se num montante menor do que foi originalmente
previsto, verifica-se uma sobra de recursos da ordem de $700.000 para os sócios.
O sistema de simulação deverá ser utilizado para a determinação da proporcionalidade
ideal entre recursos próprios e de terceiros, especialmente financiamentos.
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18 - INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS DO PROJETO
Índices de Liquidez
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Liquidez Geral 2,20 2,49 2,69 3,04
Liquidez Corrente 2,42 3,00 3,13 3,41
Liquidez Seca 1,49 1,84 1,97 2,26
Índices de Estrutura
%
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Participação Capitais Terceiros 67,93 53,89 48,11 43,39
Participação Financiamentos 11,89 10,21 8,00 6,03
Imobilização Patrimônio Líquido 18,57 19,59 18,87 11,57
Índices de Retorno
%
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Retorno sobre as Receitas - ROS 3,39 2,85 2,72 2,74
Lucro Bruto / Receita Líquida 36,46 36,45 36,44 36,43
Retorno s/ os Investimentos -ROI 10,98 9,09 8,29 8,02
Retorno s/ Patrimônio Líquido - ROE 22,62 16,26 13,99 13,00
Giro do Ativo
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Giro do Ativo 3,24 3,19 3,05 2,93
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EBITDA
$
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano 4
Resultado Operacional Liquido 490.005 432.204 432.265 457.625
(+) Despesas Financeiras 64.500 83.012 59.912 53.537
(+) Depreciação 75.000 115.000 155.000 155.000
(=) EBITDA 629.505 630.216 647.177 666.162
Dias
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
PMRV 32,16 32,17 32,17 32,18
PMPC/F 32,63 32,70 32,76 32,82
Os prazos médios de rotação dos estoques, para os três produtos, mostram que o
projeto mantém, em média, mercadorias estocadas por 60 dias. Devido a natureza
dos produtos comercializados, mesas e cadeiras, este nível de estoques parece
elevado, estendendo o ciclo financeiro e pressionando a necessidade líquida de capital
de giro.
A rentabilidade verificada através da relação Resultado Líquido do Exercício sobre a
Receita Operacional Líquida, ROS, evidencia uma baixa rentabilidade, em todos os
anos, se comparada com outras empresas atuantes no mesmo segmento.
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O Resultado Líquido do Exercício sobre Patrimônio Líquido mostra uma rentabilidade
decrescente ao longo do período.
O ponto de equilíbrio contábil, em percentual, está assim discriminado:
%
Discriminação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano4
PEC 71,20 75,79 76,92 76,71
A TIR calculada em função dos recursos próprios aportados versus Patrimônio Líquido
no ano 4, é de 16,41% ao ano e o VPL negativo em $86.991, considerando a mesma
taxa de desconto de 18,00% ao ano.
Fluxo de Caixa a Disposição dos Sócios – (Aporte inicial versus Patrimônio Líquido, ano 4)
$
Discriminação Data 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
FLUXO A DISPOSIÇÃO DOS SÓCIOS (1.646.664) 3.023.860
As diferenças encontradas entre as taxas deverão ser analisadas com cautela para
aceitação ou não da realização dos investimentos.
CONCLUSÃO
Acredita-se que o projeto possa ser aceito se a decisão for calcada na TIR de 19,33%
ao ano, encontrada através do Fluxo de Caixa a Disposição dos Sócios II.
No caso da TIR de 16,41%, calculada através dos recursos aportados no ano 1, versus
Patrimônio Líquido do ano 4, o projeto deverá ser rejeitado, pois a diferença
apresenta-se significativa. Este fato indica que devido a não retirada dos saldos, ou
mesmo, a não utilização dos mesmos para alavancar um volume maior de negócios,
diminuiu a rentabilidade do projeto.
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ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Indica quanto a empresa poderá dispor em dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto
e longo prazo para pagar suas dívidas totais.
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ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE – ILC
Ativo Circulante
ILC = --------------------------
Passivo Circulante
Indica quanto a empresa poderá dispor em dinheiro, bens e direitos realizáveis em até
365 dias (curto prazo), ou seja, no próximo exercício, para honrar seus compromissos
no mesmo período.
ÍNDICES DE ESTRUTURA – IE
São aqueles que relacionam a composição de recursos próprios e de terceiros.
Os índices de estrutura patrimonial avaliam a segurança que a empresa oferece aos
capitais alheios e revelam sua política de obtenção de recursos e de alocação dos
mesmos nos diversos itens do Ativo.
O Ativo de uma empresa é financiado pelos capitais próprios (PL) e por capitais de terceiros
(Obrigações). Quanto maior for a participação de capitais de terceiros nos negócios de uma
empresa, maior será o risco a que eles (terceiros) estão expostos.
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PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS – PCT
COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO – CE
Passivo Circulante
CE = ------------------------------------------------------- x 100
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
PARTICIPAÇÃO DE FINANCIAMENTOS - PF
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Quanto menor o resultado, melhor, pois indica que a empresa depende, em pequena
escala, de recursos de terceiros, onerosos.
Ativo Permanente
IPL = -------------------------- x 100
Patrimônio Líquido
Essa relação mostra quanto do ativo permanente da empresa está financiado pelos
recursos próprios (patrimônio líquido), evidenciando, dessa forma, a maior ou menor
dependência de aporte de recursos de terceiros para manutenção de seus negócios.
A avaliação é no sentido de que quanto menor a relação, melhor será.
De modo geral, o ativo permanente apresenta baixa liquidez e retorno em longo
prazo.
A correta administração dos recursos de uma empresa pressupõe um adequado
"casamento" dos prazos das aplicações dos recursos com os prazos das fontes.
Convencionou-se dizer que o Ativo Permanente é financiado pelo Patrimônio Líquido
(pois são recursos próprios que também estão "permanentes" na empresa) ou por
financiamentos de longo prazo.
Em princípio, o ideal é que as empresas imobilizem a menor parte possível de seus
recursos próprios. Assim, não ficarão na dependência de capitais alheios para a
movimentação normal de seus negócios.
O analista deve atentar para os casos em que a empresa possui financiamentos de
longo prazo para novos investimentos, como, por exemplo, expansão, re-localização
ou modernização de seu parque. Nesses casos, o índice IPL poderá apresentar-se em
níveis muito elevados. A política de obtenção de fontes de longo prazo revela decisão
administrativa correta dos empresários.
ENDIVIDAMENTO GERAL - EG
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Este índice revela o grau de endividamento total da empresa com recursos de
terceiros.
Expressa a proporção de recursos de terceiros financiando o Ativo e,
complementarmente, a fração do Ativo que está sendo financiada pelos recursos
próprios.
A análise desse indicador por diversos exercícios mostra a política de obtenção de
recursos da empresa. Isto é, se a empresa vem financiando o seu Ativo
predominantemente com recursos próprios ou de terceiros e em que proporção.
Quanto menor for o endividamento, menor o risco que a empresa estará oferecendo
aos capitais de terceiros.
Entretanto, deve-se considerar que determinadas empresas convivem muito bem com
endividamento relativamente elevado, principalmente quando o endividamento tiver
um perfil de longo prazo, ou quando o passivo de curto prazo não for oneroso, mas
fruto de uma adequada administração de prazos de fornecedores.
A análise da adequação deste índice para a empresa dependerá, entre outros
aspectos, de comparações com os índices apresentados por outras empresas do
mesmo setor econômico, da tendência demonstrada na análise de diversos exercícios,
da composição do endividamento (curto ou longo prazo) e, ainda, do custo financeiro
dessas dívidas.
ÍNDICES DE ROTAÇÃO – IR
Os índices de rotação mostram-se importantes na análise econômico-financeira
indicando a periodicidade com que determinadas contas se renovam.
Os indicadores de prazos médios, também conhecidos como de atividade, indicam a
dinâmica de algumas verbas, isto é, quantos dias elas levam para girar durante o
exercício (Rotação). Não devem ser analisados individualmente, mas sempre em
conjunto.
A análise dos prazos médios constitui importante instrumento para se conhecer a
política de compra, estocagem e venda adotada pela empresa. Pode-se constatar a
eficiência com que os recursos estão sendo administrados (Duplicatas a Receber,
Estoques e Fornecedores).
Todos os indicadores de prazos médios pressupõem que os valores utilizados como
numerador (Duplicatas a Receber, Estoques e Fornecedores) não sofrem grandes
alterações durante o exercício.
Assim, por exemplo, se a conta estoques apresenta o valor de $50.000,00 no
encerramento do Balanço, pressupõe-se que a empresa mantenha um estoque médio
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desse valor durante o exercício. Deve-se ressalvar que determinadas empresas que
possuem vendas sazonais podem distorcer os prazos médios apresentados ao final do
exercício.
Duplicatas a Receber
PMRVP = ---------------------------------- x Dias do Período
Vendas a Prazo
Indica, em média, quantos dias a empresa leva para receber suas vendas realizadas
na modalidade a prazo.
Duplicatas a Receber
PMRV = ---------------------------------x Dias do Período
Vendas Brutas
Indica, em média, quantos dias a empresa leva para receber suas vendas realizadas
nas modalidades à vista e a prazo.
Saldo de Estoques
PMRE = ------------------------------------------ x Dias do período
Custo das Mercadorias Vendidas
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Indica quantos dias, em média, a empresa leva para pagar suas compras realizadas
na modalidade a prazo.
Indica quantos dias, em média, a empresa leva para pagar suas compras totais
efetuadas nas modalidades à vista e a prazo.
ÍNDICES DE RENTABILIDADE – IR
Os índices de retorno, ou rentabilidade, medem a lucratividade do empreendimento
através da comparação dos lucros gerados com diversos grupos de contas.
Dessa forma, é possível aferir-se o percentual da performance do empreendimento
num determinado período.
A avaliação deve ser no sentido de que quanto maior, melhor.
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RETORNO SOBRE AS VENDAS LÍQUIDAS – ROS (Return on Sales)
Esse índice mede o retorno do lucro líquido sobre as vendas líquidas ou receita
operacional líquida. Quanto maior o resultado, melhor.
Lucro Bruto
Fórmula = ----------------------------------------------------------- x 100
Vendas Líquidas (Receita Operacional Líquida)
Esse índice mede o retorno do lucro bruto sobre as vendas líquidas ou receita
operacional líquida. Quanto maior o resultado, melhor.
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O índice de retorno sobre o patrimônio líquido mostra quanto os proprietários da
empresa estão ganhando em relação aos seus recursos investidos na empresa.
Quanto maior o resultado, melhor.
GIRO DO ATIVO – GA
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21 – NECESSIDADE LÍQUIDA DE CAPITAL DE GIRO – NLDCG
Obs.: No presente trabalho vamos considerar apenas os saldos das contas a receber, estoques e
fornecedores.
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Fórmula para cálculo da NLDCG = Saldo de Duplicatas a Receber mais Saldo de
Estoques menos Saldo a Pagar aos Fornecedores.
A Necessidade Líquida de Capital de Giro está diretamente ligada ao ciclo financeiro do
projeto / empresa.
A necessidade líquida de capital de giro indica o montante de recursos necessários
para se manter o giro dos negócios, devido à insuficiência das fontes operacionais.
Havendo insuficiência de fontes operacionais a empresa terá de supri-las através de
recursos oriundos do sistema financeiro.
22 - PROJEÇÃO DA NLDCG
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% de Vendas a Total Vendas Quantidades Prazos de
Prazo a Prazo Vendidas Vendas
(1) (2) (1) x (2) Concedidos
0,15 28.800 4.320 30
0,20 28.800 5.760 60
0,65 28.800 18.720 120
100 28.800
Prazos Preços c/
Dias Juros - $
30 86,67
60 91,44
120 101,77
30 0,1334 4,002
60 O,1877 11,262
120 0,6789 81,468
96,732
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O resultado indica o prazo médio de recebimento das vendas a prazo de 96,732 dias.
Através da fórmula (Duplicatas a Receber / Vendas a Prazo) x 360 estima-se o saldo
de Duplicatas a Receber, para o produto mesa, ano 1. Assim, tem-se: (DR /
2.806.196) x 360 = 96,732 donde, DR = (2.806.196 x 96,732) / 360 = $754.020
SALDO DE ESTOQUE
Anteriormente, no item 4 - Dados do Projeto, foi definido que o prazo médio de
rotação do estoque (PMRE) do produto mesa, ano 1, seria de 60 dias.
As vendas foram estabelecidas, nesse mesmo período, em 96.000 unidades.
Assim, aplicando a fórmula (Saldo de Estoque / Unidades Vendidas (CMV)) x 360 =
PMRE, tem-se:
(Saldo de Estoque / 96.000) x 360 = 60
Saldo de Estoque = (96.000 x 60) / 360 = 16.000 unidades.
Conhecendo-se o estoque inicial, as quantidades vendidas e o saldo final do estoque,
encontram-se as unidades compradas: Estoque Inicial + Compras – Vendas = Estoque
Final
Substituindo: 0 + C - 96.000 = 16.000, donde C = 96.000 + 16.000 = 112.000
unidades compradas.
O demonstrativo abaixo informa as compras em percentuais, os prazos de
pagamentos, as compras em quantidades e os montantes das compras totais em
reais.
Ano 1 À Vista A Prazo A Prazo A Prazo Total
Compras em % 45 10 20 25 100
Prazos de Pagamentos – Em dias 30 60 90
Preço de Custo Unitário - $ 53,00 55,38 57,88 60,48
Compras em Quantidades 50.400 11.200 22.400 28.000 112.000
Compras totais em $ 2.671.200 620.312 1.296.452 1.693.491 6.281.455
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EXPURGO DOS IMPOSTOS
$
23 - CICLO FINANCEIRO – CF
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CICLO FINANCEIRO
Diminuindo:
Aumentando:
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FC1 FC 2 FC n
FC O = 1
+ 2
+ ... +
(1 + i) (1 + i ) (1 + i) n
Deduzindo-se:
n FC j
FC o = ∑
J =1 (1 + i ) j
Onde:
FC0 = valor do fluxo de caixa no momento zero;
FCj = fluxos previstos de entradas ou saídas de caixa em cada período de tempo;
i = taxa de desconto que iguala, em determinada data, as entradas com as saídas
previstas de caixa. Trata-se da taxa interna de retorno.
Exemplo:
Admita que uma instituição financeira tenha feito um empréstimo a uma empresa no
valor de $50.000,00 para ser liquidado em duas prestações mensais e sucessivas de
$26.130,54 cada.
Graficamente, tem-se a seguinte representação:
26.130,54 26.130,54
0 1 2
(50.000,00)
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A taxa de 3,0% ao mês representa, diante das características do método da TIR, a
taxa de juros que iguala, em determinada data, a entrada de caixa com as saídas de
caixa.
Podemos dizer também que a taxa de 3,00% ao mês é a taxa que torna o valor
presente líquido do investimento igual a zero.
A data focal para o cálculo da TIR pode ser definida livremente, sem que isso interfira
no seu resultado.
No exemplo anterior, ao fixar a data focal ao fim do segundo mês, verifica-se que a
taxa não se altera, permanecendo em 3% ao mês.
50.000,00 (1+i)2 = 26.130,54 (1+i)1 + 26.130,54
50.000,00 (1,03)2 = 26.130,54 (1,03) + 26.130,54
53.045,00 = 26.914,46 + 26.130,54
53.045,00 = 53.045,00
Pode-se verificar que o VPL será igual a zero quando as grandezas futuras,
descontadas com uma determinada taxa, produzir um valor presente para o fluxo de
caixa que seja igual ao investimento inicial (desembolso) colocado no ponto zero da
escala de tempo.
Decisão de investimento considerando a TIR:
• Custo de capital < TIR,o projeto deve ser aceito (VPL > 0)
• Custo de capital = TIR, indiferente aceitar ou não (VPL = 0)
• Custo de capital > TIR, o projeto deve ser rejeitado (VPL <0).
• Percebe-se facilmente que o método da TIR apresenta, segundo o processo
decisório informado, os mesmos resultados que o VPL. No entanto, pode
apresentar problemas tais como:
• Seu cálculo é complexo e demanda a utilização de calculadora financeira ou
planilhas eletrônicas.
• Os fluxos de caixa intermediários devem ser reinvestidos à taxa interna de
retorno.
• O método da TIR pode gerar taxas múltiplas de retorno se o fluxo de caixa
mudar de sinal mais de uma vez.
• O método da TIR ignora as diferenças de escala, na hora da comparação de dois
projetos mutuamente excludentes.
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25 - VALOR PRESENTE LÍQUIDO - VPL
O valor presente líquido para análise de projetos é calculado pela diferença entre o
valor presente dos fluxos de caixa previstos, e o valor presente dos investimentos,
descontados a taxa escolhida para remunerar os recursos aplicados.
Fórmula:
CFjn
VPL = - CF0 + ∑ -------------
n
(1 + i)
O método do valor presente líquido, VPL, é a técnica mais conhecida e também a mais
utilizada na avaliação de investimentos.
Através dessa metodologia concentram-se todos os valores futuros esperados do fluxo
de caixa na data zero.
A taxa de remuneração requerida pelos sócios para remunerar os recursos próprios
aportados deve ser a taxa utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros.
A decisão de investimento com base no método do VPL é simples e pode ser resumida
da seguinte forma:
• VPL > 0, o projeto deve ser aceito.
• VPL = 0, é indiferente aceitar ou não.
• VPL < 0, o projeto deve ser rejeitado.
Se o VPL for positivo, teremos que na data zero o valor presente de todos os fluxos de
caixa descontados à taxa “i”, é maior do que o capital investido.
Temos que:
• O capital investido é recuperado.
• A remuneração do investimento supera a taxa de atratividade da empresa, “i”.
• O projeto gera um ganho de riqueza que, na data zero, a valor presente, é
representado pelo VPL.
26.130,54 26.130,54
0 1 2
(50.000,00)
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1 2
-50.000,00 + 26.130,54/(1+0,03) + 26.130,54/(1+0,03) = 0
A taxa de 3,00% ao mês, encontrada no cálculo da TIR, torna o Valor Presente Líquido
igual a zero. Se descontado a taxa de 2,00% ao mês, teremos o valor presente líquido
de $734,04, > 0, indicando que a essa taxa haverá geração de riquezas, ou seja, a
taxa interna de retorno é superior a 2,00% ao mês.
I – PROPONENTE
II – O PROJETO
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• Justificar o tamanho/porte do projeto;
• Indicar e justificar a viabilidade da localização escolhida.
IV – INVESTIMENTOS
VI – IMPACTO AMBIENTAL
VII – FATURAMENTO
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X – FONTES DE FINANCIAMENTOS DOS INVESTIMENTOS
XI – USOS E FONTES
XII – GARANTIAS
PLANILHA DE PREMISSAS
Indicar para os três produtos, em todos os anos, os seguintes dados:
VENDAS
Vendas Anuais em Unidades: informar na célula do ano 1 as vendas previstas em
unidades.
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Crescimento Anual das Vendas em Percentual: a partir do ano 2 informar o
crescimento/decréscimo previsto para as vendas projetadas, em unidades.
MIX DE VENDAS
Percentual de Vendas à Vista em Quantidades: informar o percentual esperado para
as vendas na modalidade à vista.
OUTROS DADOS
TAXAS DE DEPRECIAÇÃO
Neste campo deverão ser indicadas as taxas de depreciação referentes a cada item
dos bens imobilizados. Taxas diferenciadas daquelas estabelecidas legalmente
poderão ser utilizadas, mas, neste caso, o cálculo dos impostos incidentes sobre o
lucro deverá ser revisto.
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DESPESAS OPERACIONAIS
Informar as despesas operacionais necessárias ao funcionamento do projeto tais como
aluguel, água, material de escritório, combustível, seguros, entre outras.
A partir do ano 2 é possível estimar-se percentuais de aumento para essas despesas.
DESPESAS DE PESSOAL
DEPÓSITO/ADMINISTRAÇÃO/COMERCIAL
Informar as funções previstas, número de colaboradores e os respectivos salários.
A partir do ano 2 é possível a estimativa de aumento dos salários nominais através da
informação dos percentuais previstos, digitados nas células “INCREMENTO EM %”.
Encargos trabalhistas, incidentes sobre a folha de pagamento, deverão ser estimados.
28 - BIBLIOGRAFIA
1 - Rêgo, Ricardo Bordeaux e outros – Viabilidade Econômico-Financeira de projetos,
FGV - Editora, 2006.
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