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Prefácio • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • iii
I Conjuntos Numéricos • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 1
I.1 Relação entre Elementos e Conjuntos 1
I.2 Conjunto Universo, Unitário e Vazio 2
I.3 Relação entre Conjuntos 2
I.4 Reunião e Intersecção 3
I.5 Conjuntos Numéricos 4
I.5.1 Números Naturais 4
I.5.2 Números Inteiros 5
I.5.3 Números Racionais 6
I.5.4 Números Reais 6
I.5.5 Números Complexos 9
I.6 Infinito: Algo essencialmente matemático 9
I.7 Exercícios 10
II Conceito de Função • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 13
II.1 Sistema Cartesiano Ortogonal 14
II.2 Conceito de Função 14
II.3 Exercícios 15
III.4 Exercícios 23
IV Função do 2o Grau 25
¯
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Este material tem a sua origem nas notas de aula da disciplina de Introcução ao Cálculo,
que ministro na Faculdade UnB de Planaltina - UnB, no Curso de Licenciatura em Ciências
Naturais. O objetivo desta disciplina é fazer uma revisão da Matemática Elementar, neces-
sária para a disciplina de Cálculo 1. Sendo uma disciplina de dois créditos, o seu conteúdo
não chega a esgotar de forma plena, os temas abordados. Logo o objetivo destas notas é
que elas sejam o ponto de partida e leitura e atividades complementares serão sugeridas ao
final de cada capítulo.
Exemplo I.2 O conjunto dos quatro elementos, que na visão dos povos atingos (gregos e
chineses) era essencial à vida humana no planeta.
Exemplo I.3 Seja o conjunto A formado pelos números naturais menores ou igual a cinco.
Na linguagem matemática A = x ∈ N|x 6 5 ou A = 0, 1, 2, 3, 4, 5. Neste caso temos:
Observação I.1 A sentença {1} ∈ A não tem sentido, pois neste caso temos dois conjuntos.
O primeiro é o conjunto formado somente pelo elemento 1 e segundo é o conjunto A
descrido acima.
Definição I.1 — Conjunto Unitário Chama-se conjunto unitário aquele que possui um único ele-
mento.
S = {x ∈ N|x2 − 1 = 0}
Definição I.2 — Conjunto Vazio Chama-se conjunto vazio aquele que não possui elemento algum. De-
notamos por ∅
Exemplo I.5 Seja o conjunto A = {x ∈ R|x2 + 1 = 0}. Este conjunto é vazio. Por que? Tente
achar uma uma solução.
Definição I.3 Com a notação A ⊂ B indicamos que todos os elementos de A são elementos de B. Em
linguagem matemática temos.
A ⊂ B ⇔ (∀x)(x ∈ A ⇒ x ∈ B)
I.4 Reunião e Intersecção 3
• ∅ ⊂ A.
• A ⊂ A.
• Se A ⊂ B e B ⊂ A então A = B.
• Se A ⊂ B e B ⊂ C então A ⊂ C.
Observação I.2 Na Matemática usamos uma linguagem simbólica para expressar defini-
ções e propriedades. Como em qualquer linguagem, existem regras que devem ser obe-
decidas para que não se tenha dúvidas sobre o que se deseja expressar. Veja o seguinte
exemplo
x − 4 = 4x + 5 ⇔ x − 4x = 5 + 4
⇔ −3x = 9
9
⇔ x= = −3
−3
No exemplo acima temos, passo a passo, a resolução de uma equação do primeiro grau.
Ela é reconhecida e compreencivel, tanto para um aluno no Brasil, como também para
um aluno na Alemanha. Como em qualquer linguagem, se você não souber se expressar
corretamente nela, você terá dificuldades de compreender as ideias e concentos que a
expressão deseja transmitir. Procure exercitar o uso desta liguagem, pois assim você irá
se aprimorar nesta linguagem.
A ∪ B = {x|x ∈ A ou x ∈ B}
• A ∪ A = A.
• A ∪ ∅ = A.
• Se A ∪ B = B ∪ A.
• Se (A ∪ B) ∪ C = A ∪ (B ∪ C).
A ∩ B = {x|x ∈ A e x ∈ B}
• A ∩ A = A.
• A ∩ U = A.
• Se A ∩ B = B ∩ A.
• Se (A ∩ B) ∩ C = A ∩ (B ∩ C).
A ∪ B = {0, 1, 3, 4, 5, 7, 9}
A ∩ B = {0, 3, 5}
N = {0, 1, 2, 3, . . .}
Recebe este nome, pois é o conceito mais elementar que temos de números e que já está
presente em nossas vidas desde quando nascemos (veja em O Instinto Matemático de Keith
Devlin).
Neste conjunto temos duas operações fundamentais, a adição e a multiplicação, que
satisfazem as seguintes propriedades:
(a + b) + c = a + (b + c)
(a · b) · c = a · (b · c)
a+b=b+a
a·b=b·a
I.5 Conjuntos Numéricos 5
a+0=a
a·1=b
a · (b + c) = ab + ac
a+c=b+c
a·c =b·c
A operação de subtração não é uma operação fechada no conjunto N, pois para quaisquer
a e b em N, não temos garantia que a − b ∈ N. Esta dificuldade é superada com a introdução
de um novo conjunto.
a + (−a) = 0
a − b = a + (−b), ∀a, b ∈ Z
Observe que esta propriedade diz que dado um elemento de Z existe outro elemento tal
que a adição entre eles resulta no elemento neutro (no caso da adição é o zero). Se tentarmos
fazer o mesmo com a multiplicação, não obteremos sucesso, ou seja, para todo a em Z, não
temos garantia que exista um b, também em Z tal que a · b = 1. Novamente, necessitamos
de outro conjunto para superar esta dificuldade.
6 Conjuntos Numéricos
1
a· =1
a
a
Observe que todo número inteiro a pode ser escrito na forma de fração , logo temos
1
que Z ⊂ Q.
0.10110111011110111110111111....
que não é um decimal finito e nem uma dízima periódica, ou seja não pode ser escrito
a
na forma , a, b ∈ Z e portanto não é um número racional. Chamamos estes núme-
b
ros de números irracionais. Outros exemplos de números irracionais mais conhecidos são
I.5 Conjuntos Numéricos 7
√
π = 3.141592..., 2 = 1.4142..., e = 2.71828..... Alguns autores usam I para denotar este
conjunto, outros preferem não usar qualquer tipo de notação para o mesmo.
O conjunto dos números reais, denotado por R, é formado pela união do conjunto dos
irracionais com conjunto dos racionais, ou seja, R = I ∪ Q.
Nos conjuntos numéricos distinguimos três subconjuntos notáveis: Os não nulos (quando
0 não pertence ao conjunto)
Os não negativos,
Os não positivos,
O conjunto dos números reais são representados numa reta direcionada, como mostra a
figura abaixo:
x+b=c
x+b = c
x + b + (−b) = c + (−b)
x=c−b
Observe que este procedimento justifica a regra: Está somando, passa para o outro
lado trocando o sinal.
Se agora temos xb = c, com b 6= 0 e desejamos isolar a variável x, também usamos a
propriedade [P.5], multiplicando cada membro por 1/b, obtendo.
xb = c
1 1
xb = c
b b
c
x=
b
8 Conjuntos Numéricos
Este procedimento justifica a regra: Está multiplicando, passa para o outro lado
dividindo.
Regras de sinal
Sendo a, b ∈ R, as seguintes regras são válidas:
(a) −(−a) = a.
(c) (−a)(−b) = ab
Intervalos
Intervalos são subconjuntos dos reais que podem assumir uma das seguintes formas:
Dado os números reais a e b, com a < b definimos os intervalos:
acha uma das soluções (x = 4, substitua na equação e comprove este fato). No entanto esta
fórmula apresenta a solução da forma:
q
3 √ q
3 √
x = 2 + −121 + 2 − −121.
√
Observe que esta apresenta −121 que não é um número real, e novamente outro con-
junto se faz necessário para superar esta dificuldade.
Leitura Complementar
Complementação ao conteúdo e exercícios extras podem ser encontrados em:
10 Conjuntos Numéricos
I.7 Exercícios
Exercício I.1 Dados A = {1, 2, 3, 4} e B = {2, 4}, classifique as sentenças em verdadeiras
ou falsa
3 é elemento de A.
B está contido em A.
4 pertence a B.
{2, 3} pertence a A.
1 não está em B
1. A = {x ∈ R | 1 6 x 6 2}
2. B = {x ∈ R | 0 < x < 3}
3. C = {x ∈ R | x 6 0 ou x > 3}
4. D = A ∪ B
5. E = B ∩ C
I.7 Exercícios 11
Exercício I.7 Escreva na forma de intervalo, cada um dos conjuntos do exercício anterior
(a) A ∩ B
(b) A ∪ B
então a = c e b = d.
II — Conceito de Função
Num processo de causa e efeito podemos ter uma relação entre duas variáveis. Uma variável
independente, que representa o fator causador do efeito e outra dependente, que representa o
efeito em si. Como exemplo vamos considerar um gás em recipiente de volume fixo. A relação
entre a variação da temperatura e a pressão que este gás exerce no recipiente satisfaz uma
relação linear da forma p = K × t, onde p representa a pressão (variável dependente de
t), K é uma constante que depende do gás e do volume do recipiente e t representa a
temperatura. Conforme a temperatura aumenta a pressão aumenta numa proporção de K.
Para cada valor de t temos um valor de p correspondente. Este fato pode ser representado
por um par ordenado da forma (t, p), no qual assumimos que a variável independente é a
primeira e a dependente a segunda. Processos de causa e efeito podem ser representados por
todos os pares ordenados que definem o processo. A este conjunto chamamos de relação.
Considere os conjuntos T = {20, 50, 100, 150, 200, 250} e P = {0.65, 0.78, 0.87, 1.95, 5.85},
temos a relação de A em B
Aos elementos de cada conjunto A e B que pertencem a relação damos nomes especiais.
Definição II.1 — Domínio e Imagem Ao conjunto de todos os valores de A que pertence a relação
chamamos de domínio da relação e ao conjunto de todos os valores de B, que estão na relação chamamos
de conjunto imagem da relação.
No nosso exemplo acima temos que Dom(R) = {20, 50, 150} e Im(R) = {0.78, 1.95, 5.85}
.
14 Conceito de Função
Definição II.2 — Função Dizemos que f é uma função de A em B se a cada elemento de A está
associado a um único elemento de B. Notação:
f: A→B
x 7→ f (x)
.
Como exemplo, considere as três funções abaixo e observe o que elas tem de diferente.
( ( (
f : R→R f : R+ → R f : R+ → R+
x 7→ f (x) = x2 x 7→ f (x) = x2 x 7→ f (x) = x2
Observe que na definição temos duas condições que tornam a função um caso especial
de relação:
• a cada elemento de A: Isto significa que todo elemento do conjunto A deve estar
relacionado com algum elemento de B.
Desta forma, podemos dizer que conceitualmente uma função representa uma processo de
causa e efeito, onde, cada valor da variável independente gera um único valor de efeito, mas o
mesmo valor de efeito pode ser gerado por valores diferentes da variável independente. Uma
consequência imediata desta definição temos que o domínio da função é próprio conjunto
A. O conjunto B é chamado de contra domínio e a imagem de f é um subconjunto de B.
Até o momento consideramos conjuntos que são finitos, porém uma função pode ser
definida em conjuntos infinitos. Neste caso não teremos como descrever os todos os pares
ordenados que representam a função. Neste caso a função é definida por uma lei de formação,
ou seja uma expressão que mostra como os elementos de A se relacionam com os elementos
de B. Considere a função f : R → R em que f (x) = 2x + 1. Note que o par ordenado
(1,3) pertence a função, pois f (1) = 2 · 1 + 1 = 3. Por outro lado, o par ordenado (2,1) não
pertence a relação. pois f (2) = 2 · 2 + 1 = 5 6= 1. Não temos como testar todos os números
reais para descrever a função, o que justifica outra forma de representação, o gráfico da
função.
Leitura Complementar
Complementação ao conteúdo e exercícios extras podem ser encontrados em:
• Giordano, Weir Hass; Thomas, George B., Cálculo 1 Vol 1 (2012), Editora
Pearson Education - Br.
II.3 Exercícios
Exercício II.1 Dado os conjuntos A = {−2, −1, 0, 1, 2, 3} e B = {0, 2, 4, 6, 8, 10}. Classifi-
que como verdadeiro os conjuntos abaixo que representam uma relação de A em B.
R = {(−1, 0), (1, 0), (−2, 4), (0, 0)}
R = {(−1, 6), (−1, 2), (2, −2), (2, 0)}
16 Conceito de Função
1. R = {(x, y) ∈ A × B | y = 2x − 1}
2. R = {(x, y) ∈ A × B | 2 = x + y}
3. R = {(x, y) ∈ A × B | x 6 y}
Exercício II.4 Quais das relações acima representam uma função de A em B? Determine
o domínio e a imagem de cada uma das relações acima.
Exercício II.7 Quais das relações, representadas graficamente abaixo, são funções?
II.3 Exercícios 17
Exercício II.9 Qual dos gráficos abaixo representa uma função de R∗+ em R?
Um vendedor recebe mensalmente um salário composto por duas partes: uma parte fixa de
R$ 1.500,00 e outra que corresponde a 6% (0,06) sobre o valor das vendas mensais. O valor
mensal do salário do vendedor pode ser obtido pela função s(x) = 1.500, 00 + 0, 06x, onde
x representa o valor das vendas realizadas no mês. Este tipo de função mostra uma relação
linear na variável x, ou seja para cada variação de uma unidade de x o valor da função
altera seu valor em 0,06. Este tipo de função é chamada de função de 1¯o grau ou função
afim.
Esta característica da função afim será uma ferramenta para a análise do comportamento
de outras funções. Em geral, o domínio da função afim é o conjunto dos números reais, porém
este domínio pode ser restringido a um intervalo de acordo com a características do problema
que a função representa. Analisando o nosso exemplo que modela o salário do vendedor,
temos que o domínio da função é [0, ∞[, pois não tem sentido falar em valor de vendas
negativo. (Tente descobrir o conjunto imagem).
A representação gráfica da função de 1¯o grau é uma reta. Os pontos da forma (x, y) que
pertencem a esta reta satisfazem uma equação da forma f (x) = y = mx + b, que mostra
como as variáveis x e y se relacionam. Sabemos que num plano, uma reta é determinada de
de forma única se conhecemos dois pontos distintos que pertencem a mesma. Desta forma,
vamos ver como podemos obter a equação da reta que passa por dois pontos distintos dado.
Considerando dois pontos quaisquer distinto P1 (x1 , y1 ) e P2 (x2 , y2 ) e um ponto qualquer
que pertença a reta P (x, y), como na figura abaixo
III.2 Posição relativa entre duas retas 21
• r1 é paralela a r2 se m1 = m2 .
Na figura abaixo temos duas retas, uma sendo y = −2x + 1 e outra sendo y = 0.5x + 0.5.
Estas retas são perpendiculares, pois −2 × 0.5 = −1.
22 Função do 1o Grau
¯
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• Giordano, Weir Hass; Thomas, George B., Cálculo 1 Vol 1 (2012), Editora
Pearson Education - Br.
III.4 Exercícios
Exercício III.1 Determine a função afim de tal forma que f (1) = 2 e tem coeficiente angular
igual a -2. Faça um esboço do gráfico.
Exercício III.2 Considerando um gás em recipiente de volume fixo. A relação entre a vari-
ação da temperatura e a pressão que este gás exerce no recipiente satisfaz uma relação
linear da forma p = K × t, onde p representa a pressão (variável dependente de t),
nR
K = é uma constante que depende do gás e do volume do recipiente e t representa
V
a temperatura. Para um determinado recipiente um gás apresenta K = 0.86 e outro gás
apresenta K = 0.92. Faça um esboço do gráfico da relação entre pressão e temperatura
para cada um dos gases.
Exercício III.6 Ache o conjunto solução para cada uma das equações.
1. 4x + 3 = 5 − x
2 3 8 2
2. x+ = x−
7 5 7 3
√ √
3. 3x + 2 = 2x − 4
5
4. (0.212121...)x + = (0.121212...)x + 2
4
24 Função do 1o Grau
¯
Exercício III.7 Ache o conjunto solução para cada uma das inequações.
1. 2x + 3 6 6 − x
1 2 7 1
2. x+ > x−
5 3 3 5
√ √
3. 2x + 3 < 5x − 7
4
4. (0.333...)x + = (1.1222...)x + 3
7
2 x−2
(c) 4 − x 6 −2x + 3 (d) >1
5 2x + 3
IV — Função do 2 Grau o
Vamos considerar os seguinte problema: Para construir uma estufa retangular temos 400
metros de tela para as paredes. Deseja-se que a estufa tenha a maior área possível. Quanto
deve ter cada lado da estufa? Podemos ilustrar o problema com a figura abaixo.
A área de um retângulo é obtida pelo produto dos seus lados. Desta forma o valor da
área é uma função de x, onde A(x) = x(200 − x) = 200x − x2 . O que desejamos é achar
o valor de x que torna o valor da área o máximo possível. A função A(x) representa uma
função quadrática e conhecendo as suas características, poderemos responder a questão.
Em geral, uma função quadrática tem a forma f (x) = ax2 + bx + c, onde a, b, c ∈ R.
No nosso exemplo temos que a = −1 b = 200 e c = 0. Para achar a solução do nosso
problema devemos conhecer algumas propriedades da função que depende dos valores de
suas constantes, que veremos a seguir.
Para pensar: Qual o domínio da função A(x)?
26 Função do 2o Grau
¯
P.2 A curva cruza o eixo y no ponto (0, c), isto é, o valor da função em x = 0.
P.3 A existência de raízes (pontos em que a função cruza o eixo x) depende do valor de
∆ = b2 − 4ac. Se ∆ > 0 teremos duas raízes reais distintas, x1 e x2 , dadas abaixo pela
fórmula de Báskara. Se ∆ = 0, teremos uma raiz de multiplicidade dois ( x1 = x2 ). Se
∆ < 0 não termos raízes reais.
√ √
−b + ∆ −b − ∆
x1 = e x2 =
2a 2a
−b −∆
P.4 As coordenadas do vértice são xv = e yv = . Este ponto representa o ponto de
2a 4a
máximo se a < 0 ou de mínimo se a > 0.
Neste caso o conjunto solução é dado pela única raiz (S = {xv }), que coincide com o vértice.
Sendo ax2 + bx + c 6 0 com ∆ > 0 e a > 0 tem-se
28 Função do 2o Grau
¯
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• Giordano, Weir Hass; Thomas, George B., Cálculo 1 Vol 1 (2012), Editora
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IV.3 Exercícios 29
IV.3 Exercícios
Exercício IV.1 Considere a função que representa a área da estufa A(x) = x(200 − x) =
200x −x . Faça um esboço do gráfico. Encontre o valor de cada lado da estufa que fornece
2
Exercício IV.2 No texto mostramos as três possibilidades de uma inequação, quando a > 0.
Faça o esboço do gráfico e determine o conjunto solução para os casos em que a < 0.
(a) x2 − 3x + 7 = x · (x + 4)
(b) x2 + 1 = −5
(c) x2 + 2 = 4x
(d) x4 + 2x2 − 3 = 0
Exercício IV.4 Sendo kx2 + 2kx − k = 0 determine os valores de k tal que a equação
apresente: (a) Uma solução; (b) Duas soluções distintas; (c) Nenhuma solução.
Exercício IV.5 Ache o conjunto solução das inequações. Faça a representação gráfica.
(a) x2 − 2x + 3 > x − 2
x2
(b) − 2x > 3
3
(c) x2 − 4x + 2 < −x2 + 3x − 4
(d) x2 + 2x − 4 < 0
Agumas funções elementares são usadas como modelos para representação de um conceito,
como distância, crescimento ou decaimento populacional. Nas seções que se segue aborda-
remos algumas dessas funções, descrevendo as suas propriedades.
Vamos analisar a função f (x) = x3 . Montando uma tabela de valores e montando o gráfico
temos.
x x3 ponto
-2 -8 A
-3/2 -27/8 B
-1 -1 C
0 0 D
1 1 E
3/2 27/8 F
2 8 G
32 Outras Funções Elementares
Podemos observar que a função é crescente, isto é ∀x1 , x2 ∈ R, se x1 < x2 ⇒ f (x1 ) <
f (x2 ). Apresenta o conjunto Dom = R e Im = R. Em geral uma função da forma f (x) = xn
apresenta uma das possibilidades de gráficos.
Dom = Im = R Dom = R Im = R+
1
V.2 Função Reciproca f (x) =
x
1
Vamos inicialmente construir o gráfico da função f (x) = Montando uma tabela de valores
x
temos temos.
V.3 Função Modular 33
1
x ponto
x
-2 -1/2 A
-1 -1 B
-1/2 -2 C
-1/4 -4 D
1/4 4 E
1/2 2 F
1 1 G
2 1/2 H
A função modular é aquela que associa a cada valor de x a seu módulo, ou seja f : R → R+
e f (x) = |x|. Graficamente temos,
Observe que o gráfico da função modular é o gráfico da reta f (x) = x, onde a parte negativa
é refletida em relação ao eixo x.
√
Para Pensar: Qual o significado de x2 ?
x+3=7⇒x=7−3⇒x=4
e do segundo caso
−(x + 3) = 7 ⇒ −x − 3 = 7 ⇒ −x = 7 + 3 ⇒ −x = 10 ⇒ x = −10
Logo o conjunto solução é S = {4, −10}. Podemos observar, que substituindo x por um
desse valores, temos que a equação é verdadeira.
Uma inequação modular envolve a função modular e para a sua resolução usamos uma
das propriedades (P.4) ou (P.5). Como exemplo considere a inequação |2x + 5| 6 2. Pela
propriedade (P.4) seque que:
7
|2x + 5| 6 2 ⇔ −2 6 2x + 5 6 2 ⇔ −7 6 2x 6 −2 ⇔ − 6 x 6 −1
2
Com isto temos o conjunto solução dado por S = {x ∈ R | − 7/2 6 x 6 −1}.
V.4 Função Composta 35
Esta função chama-se função composta de g e f , denotada por h(x) = (g ◦ f )(x) = g(f (x)).
Observe que a condição essencial para a existência da composta é que a imagem de f tem
que ser um subconjunto do domínio da g. Em geral, (g ◦ f )(x) 6= (f ◦ g)(x). Observe que o
domínio de h(x) é o domínio da f (x) e sua imagem é subconjunto da imagem de g(x).
Como exemplo, vamos considerar as funções f : R → R tal que f (x) = x2 − 3 em
√
g : R → R+ tal que g(x) = x. Observe que a imagem de f está contida no domínio de g,
√
então h(x) = (g ◦ f )(x) = g(f (x)) = x2 − 3.
Por outro lado a imagem de g também está contida no domínio de f , então podemos
√
definir w(x) = (f ◦ g)(x) = f (g(x)) = ( x)2 − 3 = x − 3.
Para pensar: Qual é o domínio da função w(x)?
Definição V.1 — Sobrejetora Uma função f de A em B é sobrejetora se, e somente se, para todo y
em B existe um x em A tal que y = f (x)
36 Outras Funções Elementares
Definição V.2 — Injetora Uma função f de A em B é injetora se, e somente se, quaisquer que seja x1
e x2 de A, se x1 6= x2 então f (x1 ) 6= f (x2 ).
Em outras palavras, dois elementos distintos do domínio, não tem a mesma imagem. A
função f não é injetora, pois −2 6= 2 e f (−2) = 4 = f (2). Já a função g é injetora.
Definição V.3 — Bijetora Uma função f de A em B é bijetora se, e somente se, f é sobrejetora e
injetora.
Nem toda função possui inversa, para isto é necessário que esta seja bijetora. No caso
da f não podemos dizer que h é sua inversa, pois f (−2) = 4 e h(4) 6= −2. Com relação a
composição temos um resultado importante, (g ◦ g −1 )(x) = (g −1 ◦ g)(x) = x. Isto pode ser
visto pela simetria que os gráficos da função e sua inversa tem sobre a reta f (x) = x, como
mostra a figura abaixo
V.7 Exercícios 37
Leitura Complementar
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V.7 Exercícios
Exercício V.1 Esboce o gráfico das seguintes funções definidas em R.
(a) f (x) = x3 + 1
(c) f (x) = 2 − x3
Exercício V.6 Para cada função abaixo mostre que ela é bijetora, ache a inversa e esboce
o gráfico da função e sua inversa.
x
Exercício V.7 Sendo as funções reais f (x) = 2x + 4 e g(x) = − 2, determine (g ◦ f )(x)
2
e (f ◦ g)(x).
Exercício V.8 Sendo a função f : R → R tal que f (x) = 5x − 15. Verifique se a função é
injetora, sobrejetora e bijetora. Caso exista, ache a função inversa.
(a) f (x) = |x + 3|
√
Exercício V.10 Esboce o gráfico de f (x) = x2 e compare com o o gráfico da função
f (x) = |x|. Determine o conjunto domínio e o conjunto imagem das funções. Faça uma
comparação entre as funções.
(a) |x + 2| = 3
(b) |x2 + 2x − 1| = 3
(c) |2x − 7| = |x + 1|
(e) |x2 − 4x + 2| = | − 3 + x|
(a) |x − 5| 6 3
Exercício V.13 Esboce o gráfico da função f (x) = |x2 − x| e ache os valores de x tal que
f (x) < 2.
(a) |x − 3| = |x + 2|
Vamos considerar o seguinte problema: Numa cultura temos uma estimativa de 250.000
bactérias e que estas se reproduzem a uma taxa de 5% por hora. Qual será o número de
bactérias após 5 horas? Quanto tempo será necessário para que o número de bactérias seja
o dobro da população inicial? Para responder tais questões temos que encontrar o modelo
matemático que represente o fenômeno. Primeiramente vamos entender o significado da taxa
5
de 5%. Calcular 5% de um valor corresponde a multiplicar este valor por = 0.05. Assim
100
se temos uma população inicial de 250.000, após a primeira hora teremos
A segunda hora inicia com 262.500 bactérias na cultura e quanto terminar a segunda
hora teremos
Repetindo o processo, podemos ver que para x horas teremos que o número de bactérias
será dado pela função:
f (x) = 250.000(1.05)x
Este tipo de função é chamada de função exponencial. A forma geral da função exponen-
cial é f (x) = cbx , onde c, b ∈ R e b > 0. As propriedades da função exponencial dependem
das propriedades de potenciação.
42 Função Exponencial e Logarítmica
(
a0 = 1
a =
n
an = a · an−1 , ∀n, n > 1
(E.1) am · an = am+n .
am
(E.2) = am−n .
an
(E.3) (a · b)n = an · bn .
n
a an
(E.4) = com b 6= 0.
b bn
1
(E.6) a−n =
an
Dado um número real a e um número natural n sabemos que existe um número real b
√
tal que an = b. O número b é chamado de raiz n-ésima de a. Notação n a. Para que esta
definição seja coerente com a propriedade (E.5), temos que
√ 1
n
a = an
ou seja a n-ésima raiz de um número pode ser expressa pela potência de um número,
com expoente racional.
Definição VI.1 Sendo a e b números reais e positivos, com a 6= 1, chama-se logaritmo de b na base a,
o valor de x, tal que, a elevado ao expoente x seja igual a b. Em linguagem simbólica temos:
loga b = x ⇔ ax = b
(L.1) loga 1 = 0.
(L.2) loga a = 1.
logc b
(L.6) loga b = (mudança de base).
logc a
Representação Gráfica
A função logarítmica de base a é uma função f : R+
∗ → R tal que x 7→ f (x) = loga x, onde
f (x) = y ⇔ g(y) = x.
Leitura Complementar
Complementação ao conteúdo e exercícios extras podem ser encontrados em:
• Giordano, Weir Hass; Thomas, George B., Cálculo 1 Vol 1 (2012), Editora
Pearson Education - Br.
VI.4 Exercícios 45
VI.4 Exercícios
Exercício VI.1 Classificar em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das sentenças abaixo:
53 · 52 = 56
2 3 · 3 = 63
52 − 42 = 32
27
= (−2)2
25
(a2 · b3 )4 + (a3 · b4 )2
(c)
(a3 · b2 )3
(d) [(a3 · b2 )2 ]3
(a) 2x = 64
1
(b) 8x =
32
√ √
(c) ( 3)x = 81
3
(d) 9x+2 = 27
(a) f (x) = 2x
(a) loga (b · c)
(d) logb c
Exercício VI.8 Para cada função abaixo mostre que ela é bijetora, ache a inversa e esboce
o gráfico da função e sua inversa.
(c) logb c
(d) loga 1
Exercício VI.10 Considere que a população de bactérias de uma amostra satisfaz a função
f (t) = 2000 · 1.02t, onde t representa o tempo em horas. Determime se as afirmações
abaixo são verdadeiras ou falsas e justifique suas respostas.
Nesta amostra temos uma taxa de crescimento de 10, 2%.
Após cinco horas a população terá crescido mais de 10 %.
Para que a população seja o dobro da população inicial é necessário pelo menos 36 horas.
VI.4 Exercícios 47
(a) a3
(b) a13
(c) loga b4
Quando uma abelha encontra um campo de flores, ao retornar para a coméia ela deve passar
a informação as demais abelhas. Para isto ela realiza uma dança, que traduzida passa duas
informações. Uma delas é a direção, que pode ser traduzida pelo ângulo que a direção tem
em relação ao sol. A segunda é a distância que o campo está da coméia.
Este exemplo mostra um tipo de problema que usamos o conceito de ângulo. O mesmo con-
ceito foi usado por Eratóstenes, ( viveu entre 276 a.C. e 194 a.C) para medir a circunferência
da terra (pesquise sobre o assunto).
1
Graus: Um grau corresponde a do círculo trigonométrico.
360
1
Grados: Um grado corresponde a do círculo trigonométrico.
400
Usaremos o radiano como medida de ângulo. Para alguns ângulos, temos o valor exato
de seu seno e cosseno, como mostra a figura abaixo.
VII.1 Triângulos Retângulos 51
O lado oposto ao ângulo reto é chamado de hipotenusa, enquanto que os outros lados
são chamados de catetos. O lados, se relacional, pelo famoso Teorema de Pitágoras, A soma
52 Noções de Trigonometria
dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. Considerando a nossa figura
temos que b2 = a2 + c2 .
Três propriedades relacionam as medidas dos lados e as dos ângulos de um triângulo
retângulo. Com relação ao ângulo γ temos:
c a c
sen γ = , cos γ = , tan γ =
b b a
Com relação ao ângulo β temos:
a c a
sen β = , cos β = , tan β =
b b c
P.1 A imagem da função seno é o intervalo [−1, 1], isto é −1 6 sen x 6 1 para todo x real,
como pode ser visto no círculo trigonométrico.
Graficamente temos:
P.1 A imagem da função cosseno é o intervalo [−1, 1], isto é −1 6 cos x 6 1 para todo x
real, como pode ser visto no círculo trigonométrico.
Graficamente temos:
P.2 A imagem da função cosseno é R, isto é −∞ 6 tan x 6 ∞ para todo x real, como pode
ser visto no círculo trigonométrico.
Graficamente temos:
Relações Trigonométricas
Apresentamos algumas relações trigonométricas, que envolve a função seno e cosseno.
Leitura Complementar
Complementação ao conteúdo e exercícios extras podem ser encontrados em:
• Giordano, Weir Hass; Thomas, George B., Cálculo 1 Vol 1 (2012), Editora
Pearson Education - Br.
VII.5 Exercícios
Exercício VII.1 Calcule os ângulos internos de um triângulo retângulo cujos os catetos são
a = 9 e c = 12.
Exercício VII.2 Um observador vê um prédio, construído num terreno plano, sob um ângulo
de 60 . Afastando-se do edifício mais 30 metros, passa a ver o edifício sob ângulo de 45o .
o
Exercício VII.3 Calcule os lados os lados de um triângulo retângulo, sabendo que a hipo-
tenusa vale 3 e um dos ângulos internos mede 30o . e c = 12.
Exercício VII.4 Imagine que você necessita fazer a medição da Torre de TV. Como pode-
ríamos fazer isto, usando um transferidor, régua e caneta?
Exercício VII.5 Esboce o gráfico das funções abaixo. Em cada caso analise a periodicidade
da função.