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Bloco 2

Asfaltos
Modificados

ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos


Autoria

As aulas contidas neste CD foram elaboradas pela


seguinte equipe de professores:

 Liedi Légi Bariani Bernucci - Universidade de São Paulo

 Jorge Augusto Pereira Ceratti - Universidade Federal do Rio Grande


do Sul

 Laura Maria Goretti da Motta - Universidade Federal do Rio de


Janeiro

 Jorge Barbosa Soares - Universidade Federal do Ceará

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Lista dos assuntos do
CD completo
Este CD contém 30 aulas, em 10 blocos organizados
por assunto:
 Bloco 1 – Introdução
 Bloco 2 – Asfaltos
 Bloco 3 – Agregados e Fíler
 Bloco 4 – Tipos de Revestimentos Asfálticos
 Bloco 5 – Dosagem de Misturas Asfálticas e de Tratamento superficial
 Bloco 6 – Propriedades Mecânicas de Misturas Asfálticas
 Bloco 7 – Materiais de Bases e Soluções de Pavimentação Asfáltica
 Bloco 8 – Técnicas Executivas
 Bloco 9 – Avaliação de Pavimentos Asfálticos
 Bloco 10 – Técnicas de Restauração e Reabilitação de Pavimentos Asfálticos

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Observação

O conteúdo das aulas aqui apresentadas tem caráter educacional


e foi elaborado pelos quatro autores a partir das respectivas
experiências em ensino, pesquisa e extensão. As informações
possuem a contribuição de alunos e profissionais envolvidos
nestas atividades.

Na melhor de suas possibilidades, os autores registraram o crédito


devido nas diversas informações, incluindo fotos e figuras.
Nenhuma informação deverá ser entendida como conselho ou
recomendação de qualquer ordem.

Os materiais referidos não poderão ser copiados, reproduzidos,


adaptados, publicados ou distribuídos em qualquer forma sem o
consentimento prévio dos autores.

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Asfaltos Modificados

 Por polímeros

 Por borracha de pneu

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Razões para Substituição de Asfaltos
Convencionais por Modificados

 Rodovias com alto volume de tráfego


(ex.:corredores de ônibus).
 Melhoria da resistência à formação de trilhas de
roda e ao trincamento por fadiga.
 Aumento da coesividade e adesividade.
 Criação de membranas de proteção das camadas
superficiais de reflexão de trincas.
 Revestimento de pontes para diminuir
susceptibilidade térmica e aumentar resistência à
flexão.

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Razões para Substituição de Asfaltos
Convencionais por Modificados

 Redução de custos de manutenção de pavimentos.

 Aumento da resistência ao envelhecimento e à


oxidação.

 Aumento da resistência à abrasão de misturas.

 Uso de filmes mais espessos de ligante nos


agregados.

 Aplicações em misturas CA e nas misturas não


convencionais: SMA, ultradelgados, módulo elevado,
camadas drenantes e microrrevestimentos.

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O Que São Polímeros

 Macromoléculas: moléculas gigantescas que resultam do


encadeamento de dez mil ou mais átomos de carbono,
unidos por ligações covalentes, podendo ser naturais
(madeira, borracha, lã, asfalto, etc.) ou sintéticas
(plásticos, borrachas, adesivos, etc.).
 Polímeros (do grego “muitas partes”) são
macromoléculas sintéticas, estruturalmente simples,
constituídas de unidades estruturais repetidas em sua
longa cadeia, denominadas monômeros.
 Os homopolímeros são constituídos por apenas um
monômero, e os copolímeros são os que apresentam
pelo menos dois monômeros em sua estrutura.

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Principais Tipos de Polímeros (1)

 Termorrígidos: são aqueles que não se fundem, degradam


numa temperatura limite e endurecem irreversivelmente
quando aquecidos a uma temperatura que depende de sua
estrutura química. Apresentam cadeias moleculares que
formam rede tridimensional que resiste a qualquer mobilidade
térmica.
Por exemplo: resina epóxi, poliester, poliuretano.

 Termoplásticos: são aqueles que se fundem e se tornam


maleáveis reversivelmente quando aquecidos. Normalmente
consistem de cadeias lineares, mas podem ser também
ramificadas. São incorporados aos asfaltos à alta temperatura.
Por exemplo: polietileno, polipropileno, PVC.

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Principais Tipos de Polímeros (2)

 Elastômeros: são aqueles que, desde que vulcanizados,


apresentam propriedades elásticas. Quando aquecidos,
decompõem-se antes de amolecer. Não vulcanizados
apresentam comportamento plástico.
Por exemplo: SBR (estireno butadieno).

 Elastômeros termoplásticos: são aqueles que, a


baixa temperatura, apresentam comportamento elástico,
mas quando aumenta a temperatura passam a apresentar
comportamento termoplástico.
Por exemplo: SBS (estireno butadieno estireno) e EVA
(Etileno acetato de vinila).

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Polímeros Empregados na
Modificação de Asfalto – PIARC (1999)

 Espanha: 39% SBR, 26% EVA,  Hungria: 45% SBS, 39% SBR
18% SBS e 12% SB. e 15% EVA.

 França: 80% elastômeros e 20%  Polônia: 61% SBS, 36% SBR


plastômeros. e 3% NR.

 Portugal: 66% SBS e 33% EVA.  Áustria: 76% SBS, 18%


resinas e 6% NR.
 Malásia: 72% NR e 28% SBS.
 Argentina: SBR em
 Austrália: 44% SBS, 34% BMP e microrrevestimento, EVA em
23% EVA. camada drenante e SBS em
CBUQ.

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Especificações de Asfaltos
Modificados por Polímeros
Existem muitas especificações no mundo:
 Brasil
 do DNER (atual DNIT) para modificação por SBS
 da Comissão de Asfalto IBP – ANP

 EUA
 SUPERPAVE
 ASTM para modificações por SBR, EVA e SBS

 Europa: para modificações por elastômeros e para


modificações por plastômeros.

 Especificações para modificações por borracha moída de pneu.

 Especificações por misturas de EVA com SBS ou PIB.

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Equipamentos de Mistura

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Conformação Espacial do SBS

 Copolímero
Domínio
em bloco. Butadiênico
AAAAABBBBBAAAAA

 Os triblocos
A
A
A
A
podem ser B
B
parcialmente AAAAABBXBBAAAAA
B
B
hidrogenados A
A
A
A

A = Estireno
Domínio B = Butadieno
Estirênico

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Morfologia do Asfalto
Modificado por SBS

Microscópio Ótico de Fluorescência*

asfalto polímero domínio PS


enriquecido inchado
de asfaltenos
constituintes de
cadeia PB asfalto de baixo PM

* Ensaio de controle durante a produção

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Morfologia do Asfalto
Modificado por SBS

Ensaio de controle durante a produção

Matriz Asfáltica Matriz polimérica Asfalto polímero

Microscópio Ótico de
Fluorescência

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Asfaltos Modificados por SBS

 Temperatura de usinagem e de compactação mais


elevadas devido à alta viscosidade.

 SBS é o polímero que confere as melhores propriedades


elásticas ao ligante modificado.

 SBS é de difícil incorporação, requer equipamentos


sofisticados, formulação bem ajustada e bom controle das
condições operacionais.

 Estabilidade à estocagem é fator importante e depende do


tipo de fabricação.

 Apresenta boa resistência ao envelhecimento

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Especificação do DNER de
Asfalto Modificado por SBS

Alguns avanços e algumas restrições que podem ser mudadas:


Misturas a quente
Um só tipo de produto;
Ductilidade a 25ºC: não deveria ser especificada;
Ausência de limite máximo para viscosidade;
Retorno elástico mínimo de 85%;
Viscosidade cinemática: deveria ser dinâmica.

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Fatores a serem considerados em
Asfaltos Modificados por SBS

 Mecanismo de modificação - inchamento e posterior formação


de duas fases na escala micro.

 Micromorfologia compatível é sensível a tratamentos térmicos.

 Inversão da matriz asfáltica  polimérica ocorre em teores de


4 a 6%, que coincidem com faixa usual de utilização e com a
variação drástica de propriedades (Ponto Amolecimento).

 Seleção de ligante que acarrete compatibilidade é questão


econômica.

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Morfologia do SBR

 Copolímero randômico.

 Apresenta-se sob forma de látex de fácil dispersão no CAP.

 PM altos acarretam aumento de viscosidade, limitando seu


emprego em 3%.

 Propriedades mecânicas inferiores às do SBS.

 Existem vários tipos de SBR de mesmo teor de estireno,


mas com propriedades distintas que resultam em misturas
compatíveis com CAP de diferentes procedências.

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Asfaltos Modificados por SBR

 SBR é facilmente incorporado ao CAP e não requer


agitador de alto cisalhamento.

 Alta viscosidade a alta temperatura.

 Compatibilidade é fator crítico à semelhança do SBS.

 Teor limitado a 3,5% em peso correspondendo a PG 70.

 Melhor grau de desempenho PG não está associado ao


maior retorno elástico.

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Morfologia do EVA

 Maior teor de acetato, maior


caráter amorfo e se aproxima
de elastômero.

 Menor teor de acetato, maior


a cristalinidade,
comportamento plastomérico.

 Solubiliza em frações
saturadas devido a natureza Região Cristalina

alifática - seqüências
Região Amorfa
etilênicas de alto PM.

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Asfaltos Modificados por EVA

 São fluidos pseudoplásticos acima de 100ºC.


 Apesar de ser considerado um plastômero, a região amorfa do EVA
confere elasticidade, permitindo valores de retorno elástico de até
60%.
 Ligante com 5% de EVA apresenta valores de ângulos de fase e
toughness& tenacity a 25ºC bem próximos aos obtidos com ligantes
com 3% de SBS.
 Fácil incorporação.
 Apresenta boa resistência ao envelhecimento.
 Estabilidade à estocagem não é fator crítico, não é dependente da
composição do CAP.

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Morfologia do PE (Polietileno)

 Conformação plana com regularidade de cadeia,


cristalino.

 PE funcionalizado com ramificações de 4 a 5 átomos


de carbono, visualizadas por NMR produzem
misturas compatíveis e menor viscosidade, devido ao
menor volume molar e semelhança de parâmetros de
solubilidade do CAP e polímero.

 Fácil dispersão no CAP.

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Asfaltos Modificados por PE

 Obtenção de asfaltos modificados compatíveis e


com baixa viscosidade a alta temperatura.

 A incorporação do PE não requer alto


cisalhamento.

 Boa resistência ao envelhecimento.

 Promove resistência à deformação permanente.

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Ensaios para Asfaltos
Modificados
 Consistência: penetração e  Parâmetros reológicos:
viscosidade. módulo complexo G*,
ângulo de fase.
 Segurança: ponto de fulgor.
 Ensaios de desempenho:
 Densidade.
ponto de amolecimento,
 Elasticidade: retorno elástico a ponto de ruptura Fraass e
25ºC, antes e após RTFOT. coesividade.
 Compatibilidade: variação do  Resistência ao
ponto de amolecimento. envelhecimento: variação do
ponto de amolecimento e
 Outros ensaios de elasticidade: penetração.
toughness & tenacity,
ductilidade a 4, 5, 7, 10, 13 e  Grau de desempenho
15ºC, tração & alongamento, SUPERPAVE.
força – ductilidade.

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Compatibilidade de Asfaltos
Modificados por SBS

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Estabilidade à Estocagem

Duas definições

 COMPATÍVEL - Inexiste a separação de fases, sem


precauções com manuseio, estocagem sem agitação.

 SEMICOMPATÍVEL - A separação de fases pode ocorrer.


A separação lenta pode ser evitada usando estocagem
com agitação, e a separação rápida de fases requer
agitação intensa, mesmo em transporte rápido.

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ASTM D 5892 Compatibilidade

 Ensaio que quantifica


estabilidade à estocagem.

 Correlaciona muito bem com


observações em microscopia
ótica por fluorescência.

 Correlaciona com resultados


de tempo de relaxação do
spin hidrogênio por NMR.

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Ensaio de separação de fases

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Coesividade Vialit

Coesão, J/cm2
1,6
1,4 CAP 20
Asfalto AMP
1,2
Modificado
1,0 por Polímero
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0 20 40 60 80 100

Temperatura, °C

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Coesividade Vialit

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ASTM D 5801
Toughness & Tenacity

Prensa Instron

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ASTM D 5801
Toughness & Tenacity

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Recuperação Elástica
ASTM D 6084

 Utiliza o dutilômetro;

 Molde modificado;

 Teste realizado a 25°C ou


a 4°C;

 Velocidade de estiramento
de 5 cm/min.

 Distingue bem materiais


modificados com
elastômeros dos demais.

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Recuperação Elástica
ASTM D 6084 – NBR 15086

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Especificação de asfalto-polímero
(SBS)
Comissão de Asfalto do IBP (2005) – ANP 2007

GRAU (Ponto de Amolecimento min./Recuperação elástica min) Método 50/65 55/75 60/85 65/90
Ensaios na amostra virgem ABNT Limite de Especificação
Penetração 25oC, 5s, 100g, dmm NBR-6576 45-70 45-70 40-70 40-70
Ponto de Amolecimento min., oC NBR-6560 50 55 60 65
Ponto de Fulgor, min. oC NBR-11341 235 235 235 235
Viscosidade Brookfield a 135 oC, spindle 21, 20 RPM, max. cP NBR-15184 1500 3000 3000 3000
Viscosidade Brookfield a 150 oC, spindle 21, 20 RPM, max. cP NBR-15184 1000 2000 2000 2000
Viscosidade Brookfield a 177 oC, spindle 21, 20 RPM, max. cP NBR-15184 500 1000 1000 1000
Ensaio de separação de Fase, max., oC NBR-15166 5 5 5 5
Recuperação Elástica a 25 oC, 20cm, min. % NBR-15086 65 75 85 90
Ensaios no Resíduo do RTFOT
Variação de Massa, max., % NBR-15235 1 1 1 1
Aumento do Ponto de Amolecimento, oC, max. NBR-6560 6 7 7 7
Redução do Ponto de Amolecimento, oC, max. NBR-6560 3 5 5 5
Percentagem de Penetração Original, min. NBR-6576 60 60 60 60
Percentagem de Recuperação Elástica Original a 25oC, min. NBR-15086 80 80 80 80

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Degradação de Asfalto Modificado
por SBS por Envelhecimento

GPC

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Efeito do teor de SBS na
Penetração

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Comparação de Propriedades
de Asfaltos Modificados

PG Máximo de Asfaltos Modificados por SBS, EVA & Ponto de Amolecimento de Asfaltos Modificados por SBS, EVA &
PE PE

Amolecimento,°C
Temp. em G*/sen d =

90 90
85
80
2,2 kPa, °C

Ponto
80
75 70 PA-SBS
PG M áx-SBS
70 PG M áx-EVA 60 PA-EVA

65 PA-PE
PG M áx-PE
50
60
2 3 4 5 6 7 8
2 3 4 5 6 7 8
Teor de Polímero, % Teor de Polímero, %

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Propriedades do Asfalto
Modificado com BMP

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Comparação de Propriedades
de Asfaltos Modificados

Retorno Elástico de Asfaltos Modificados por SBS, EVA Viscosidade Cinemática a 135°C de Asfaltos
& PE Modificados por SBS, EVA & PE

2500
120
Retorno Elástico, %

2000

Visc@135°C, cP
100
80 1500

60 1000 Visc135-SBS
Visc135-EVA
40 500 Visc135-PE
RE-SBS
20 RE-EVA
RE-PE 0
0 2 3 4 5 6 7 8
2 3 4 5 6 7 8 Teor de Polímero, %
Teor de Polímero, %

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Aumento do Ponto de Amolecimento
da Mistura com o Teor de Polímero

120

PONTO DE AMOLECIMENTO (ºC)


100

80

60

40
0 4 8 12 16 20
TEOR DE POLÍMERO SBS (% m/m)

Figura VI - Influência de teor de polímero sobre o ponto de amolecimento.

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Caracterização do Ligante Asfáltico
Superpave (Superior Pavement)

 Propriedades a
temperaturas
intermediária/alta
 reômetro de
cisalhamento
dinâmico (DSR)
 viscosímetro
rotacional (Brookfield)

 Propriedades a baixa temperatura


 reômetro de fluência de viga (BBR)
 teste de tração direta (DT)

 Propriedades ligadas à durabilidade


 estufa de filme fino rotativo (RTFOT)
 vaso de envelhecimento sob pressão (PAV)

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Especificação de Ligantes
Superpave

Sistema de classificação baseado


na temperatura do pavimento

PG 70-22

grau de temperatura
desempenho média das mínima de
máximas de pavimento
7 dias
consecutivos

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Especificações Superpave
Adaptada para Asfalto Modificado

Inclusão de testes adicionais:

 Retorno elástico

 Ângulo de fase

 Força – ductilidade (force - ductility)

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Dependência do Ângulo de
Fase com a Temperatura

90

CAP
80
CAP + Polímero

70

d (graus)
60

50

40

30
40 45 50 55 60 65 70 75 80 85
Temperatura (°C)

Fig. VII - Ângulo de fase (d) versus Temperatura.

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Modificação Elastomérica x
CAP Convencional

DESVANTAGENS
 risco de estocagem a
VANTAGENS longo prazo
 maior coesão  risco de ligante
 melhor adesão heterogêneo
 alta viscosidade*
 resistência ao envelhecimento**
 maior elasticidade
 resistência a tensões cisalhantes
 maior benefício/custo

* evita reflexão de trincas


** asfalto borracha se destaca entre os
demais nestas propriedades
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Asfalto Borracha

Modificação de CAP por


acréscimo de borracha
moída de pneu.

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Asfaltos Modificados por
Borracha Moída de Pneu (BMP)
 São fluidos pseudoplásticos acima de 100ºC.
 Processo de incorporação utiliza alta temperatura e alto
cisalhamento que propicia desvulcanização parcial da
borracha moída durante a incorporação no asfalto.
 Processo depende do tamanho da partícula para garantia de
compatibilidade.
 Menor tamanho de partícula da borracha propicia maior
viscosidade a alta temperatura.
 Misturas com borracha de pneu requerem 3 a 4 vezes mais
quantidade que polímero virgem para alcançar as mesmas
propriedades reológicas, devido ao fato de a borracha conter
40 a 50% de elementos não polímeros e os polímeros
estarem vulcanizados.
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CONAMA 258-99
Resolução 26/08/99

I - a partir de 01/01/2002: para cada quatro pneus


novos fabricados no País ou pneus importados,
inclusive aqueles que acompanham os veículos
importados, as empresas fabricantes e as
importadoras deverão dar destinação final a um pneu
inservível;

II - a partir de 01/01/2003: para cada dois pneus novos


fabricados no País ou pneus importados, ..., as
empresas fabricantes e as importadoras deverão dar
destinação final a um pneu inservível.

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CONAMA 258-99
Resolução 26/08/99
III - a partir de 01/01/2004:
a) para cada um pneu novo fabricado no País ou pneu novo
importado, ..., as empresas fabricantes e as importadoras deverão
dar destinação final a um pneu inservível;
b) para cada quatro pneus reformados importados, de qualquer tipo,
as empresas importadoras deverão dar destinação final a cinco
pneus inservíveis;

IV - a partir de 01/01/2005:
a) para cada quatro pneus novos fabricados no País ou pneus novos
importados, ..., as empresas fabricantes e as importadoras deverão
dar destinação final a cinco pneus inservíveis;
b) para cada três pneus reformados importados, de qualquer tipo, as
empresas importadoras deverão dar destinação final a quatro
pneus inservíveis.

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Tipos de Uso da Borracha de Pneu
em Revestimentos Asfálticos

 Processo úmido: incorporação ao


CAP como um polímero modificador
das características.

 Processo seco: incorporação à


mistura asfáltica como substituição de
parte do agregado.

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Requisitos da Borracha Moída
de Pneu para Processo Úmido

Peneira % Passante
BMP Tipo 1 BMP Tipo 2
# 8 (2,36 mm) 100 ---
# 10 (2,00 mm) 95 – 100 100
# 16 (1,80 mm) 40 – 60 70 – 100
# 30 (600 mm) 0 – 20 25 – 60
# 50 (300 mm) 0 – 10 0 – 20
# 100 (150 mm) 0–4 0 – 10
# 200 (75 mm) --- 0–5

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Borracha Moída de Pneu

COMPOSIÇÃO TÍPICA
(ASTM D 297 – Termogravimetria)

 Cinzas – 8 % máx
 Negro de fumo – 28 a 38%
 SBR – 42 a 65%
 Borracha natural – 22 a 39%
 Solúveis em acetona – 6 a 16%

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Incorporação de Borracha
Moída de Pneu
PROCESSO
ÚMIDO

3
1 Pneus usados
2 Sacos de borracha
transformam-se... moída
Borracha é
misturada
com o
betume
4
Silos dos
agregados
6
5 Agregados aquecidos no BMP é misturado
tambor/secador com os agregados

7
Os caminhões são carregados
8 e levados para a obra A mistura betuminosa
com BMB é colocada em
silos

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Exemplo de Amostra de
Asfalto Borracha

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Exemplo de Amostra de
Asfalto Borracha

asfalto - borracha CAP 50/70

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Especificação de asfalto
borracha
Proposta: Comissão de Asfalto do IBP (2007)

ASFALTO BORRACHA
ENSAIO NORMA
TIPO AB8 TIPO AB22
Penetração (25ºC, 100g, 5 segundos), 0,1 mm NBR 6576 30 - 70 30 - 70
Ponto de Amolecimento, mín., ºC NBR 6560 55 57
Viscosidade Brookfield (175ºC, 20 rpm, splindle 3), cP Projeto #037 800 - 2000 2200 - 4000
Ponto de Fulgor, mín., °C NBR 11341 235 235
Recuperação Elástica Ductilômetro (25ºC, 10 cm), mín.,
% NBR 15086 50 55
Estabilidade à Estocagem, máx., °C NBR 15166 9 9
ENSAIOS NO RESÍDUO DO RTFOT
Variação de Massa do RTFOT, máx., % NBR 15235 1,0 1,0
Variação do Ponto de Amolecimento, máx., °C NBR 6560 10 10
Porcentagem da Penetração Original, mín. % NBR 6576 55 55
Porcentagem da Recuperação Elástica Original, (25ºC,
NBR 15086 100 100
10 cm) mín. %

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Especificação asfalto
borracha (DER/PR ES- 28/05)

Cimento asfáltico modificado com adição de borracha de pneumáticos


Ensaio Característica Exigência
Mínima Máxima
DNER- ME 003/94 Penetração, 100g, 5s, 25ºC, 0,1mm 25 75
DNER- ME 148/94 Ponto de fulgor, ºC 235 -
DNER –ME 193/96 Densidade relativa, 25ºC 1,00 1,05
ABNT NBR 6560/00 Ponto de Amolecimento, ºC 55 -
NLT 329/91 Recuperação elástica por torção 50
ABNT NBR 14736/01 Efeito do calor e do ar
Variação em massa,% - 1,0
Porcentagem da penetração original 50
ASTM 2196/99 Viscosidade Brookfield a 175ºC, cP 800 2500

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Usina Móvel de
Preparação de AMB

Arizona - USA

Controle de qualidade
em campo pelo
viscosímetro

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Incorporação da Borracha
de Pneu

ESTOCÁVEL NÃO ESTOCÁVEL


 Alta temperatura;  Inchamento superficial da
borracha nos maltenos do
 Agitação em alto cisalhamento;
CAP;
 Despolimerização;
 Borracha com maior tamanho
 Desvulcanização; de partícula;
 Reação da borracha  Rápida incorporação para
desvulcanizada e despolimerizada evitar redução de viscosidade;
com moléculas do CAP;
 Não ocorre despolimerização
 Menor viscosidade; nem desvulcanização;
 Borracha com menor tamanho de  Agitação em baixo
partícula. cisalhamento.

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Exemplo de
usina de CA
com caminhão
tanque de
asfalto
borracha
estocável
alimentando a
fabricação da
mistura

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Máquina de produção de asfalto
borracha não estocável (Brasil)

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Requisitos Físicos do Asfalto Borracha
ASTM D 6114 - Não Estocável

TIPOS – EM FUNÇÃO DO CLIMA


PROPRIEDADES
1 - QUENTE 2 - MODERADO 3 - FRIO

Visc. Rotacional a 117°C, Pa.s 1,5 – 4 1,5 – 4 1,5 – 4

Penetração a 4°C, 200g, 60 s, dmm 10 mín. 15 mín. 25 mín.

Ponto de Amolecimento, °C 58 mín. 54 mín. 51 mín.

Resiliência a 25°C, % 30 mín. 25 mín. 15 mín.

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Ensaios de asfalto borracha:
Torção

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Ensaios de asfalto borracha:
Resiliência

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Asfalto Modificado por Borracha
Retarda Reflexão de Trinca

Exemplo

Segmento 8 – AMB

Segmento 7 – PG 76-10
Asfalto Convencional
Foto: Leite, 2002

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Aplicações de Asfaltos Borracha

 Concreto asfáltico denso;

 Membranas absorvedoras de tensão (SAM);

 Camada intermediária anti-reflexão de trincas (SAMI);

 Concreto asfáltico descontínuo (Gap Graded);

 Camada porosa de atrito (Aberto);

 Camada Selante (Cape Seal);

 Tratamento superficial.

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Asfaltos Modificados por
Polímeros ou borracha
 São fluidos pseudoplásticos acima de 100ºC.
 A estimativa de viscosidade a diferentes temperaturas
por extrapolação não é válida.
 A viscosidade não pode ser determinada através de
viscosímetros capilares ou Saybolt Furol.
 Deve ser determinada em viscosímetros dinâmicos com
registro da taxa de cisalhamento e geometria adequada
da haste.
 SUPERPAVE está estudando medidas mais adequadas
para medir a viscosidade a alta temperatura para
asfaltos polímeros e asfalto borracha.
 Dificuldade de estabelecer temperaturas de misturação
e compactação.

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Asfaltos Modificados
por Produtos Naturais

Produtos: gilsonita, asfaltita, asfalto natural


de Trinidad:

 Melhoram a susceptibilidade térmica e a resistência


à formação de trilhas de roda, sem prejudicar a
resistência à fadiga;

 Uso na Europa, EUA, Argentina;

 No Brasil existe uma experiência em Brasília com


asfaltita (Liberatori, 2000), entre outros testes.

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Ensaios de Desempenho

Ligantes modificados
 Observam-se muitas alterações em relação aos CAP
tradicionais;

Nas misturas asfálticas:


 Além do próprio ligante, existem outras variáveis que
influenciam no desempenho e devem ser consideradas:
granulometria e natureza dos agregados, dosagem de ligante e
volume de vazios.

Análise de desempenho:
 Melhorias do desempenho propiciadas por ligantes modificados
devem ser analisadas para cada caso e em que condições de
projeto.

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Asfaltos mais Adequados às
Condições Brasileiras
 Resistência à fadiga: asfaltos modificados por SBS, SBR, BMP e EVA.
 Resistência à deformação permanente: asfaltos modificados por SBS,
BMP, PE e EVA ou CAP 40.
 Em CBUQ a seleção do tipo e teor de polímero a ser empregado no
asfalto modificado pode ser efetuada a partir do critério SUPERPAVE.
 Em revestimentos drenantes, é necessário o uso de asfaltos
modificados.
 Em microrrevestimentos: SBR ou SBS, ou mistura de EVA com PIB,
na ordem de 3 a 4%,
 Através da seleção do valor do módulo de resiliência e/ou resistência
à tração adequados àquele tipo de serviço (função do projeto), a partir
de banco de dados.

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Asfaltos mais Adequados
às Condições Brasileiras

 Escolha do teor e tipo de polímero depende


do clima, tráfego e tipo de serviço desejado.

 SUPERPAVE trouxe vantagens na avaliação


do asfalto modificado, permitindo medidas
de ângulo de fase e correlações com
desempenho em misturas modificadas.

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Observações Finais

O pavimento é uma estrutura complexa, que


requer dimensionamento adequado, controle
da usinagem e da aplicação do revestimento
betuminoso, e ainda controle de cargas
durante o serviço, sendo o asfalto modificado
por polímero apenas um dos materiais que
podem ser empregados no revestimento
superficial, que não é o único responsável
pelo desempenho.

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