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CENTRO CIRÚRGICO

Relatório de Atividades
2013
No ano de 2011 e primeiro semestre de 2012, o Centro Cirúrgico funcionou de maneira parcial e
precária, em decorrência da prolongada paralisação dos médicos. Após a solução destes problemas,
2013 foi o primeiro ano completo de funcionamento pleno do Centro Cirúrgico.
O objetivo deste relatório é fornecer uma visão sintética e sucinta da evolução de alguns índices
de produção e de alguns indicadores assistenciais e administrativos. A análise detalhada e mais
profunda de cada indicador e dos inúmeros fatores que influenciaram sua evolução foge ao escopo
desta apresentação.

Número total de cirurgias


O número total de procedimentos realizados no Centro Cirúrgico foi de 14.053 no ano de 2013.
A média mensal foi de 1.171 cirurgias, com evidente tendência ao crescimento. No entanto, é de se
esperar que em futuro próximo esta média se estabilize, pois a complexidade cirúrgica crescente faz
com que se torne impossível aumentar o número de procedimentos muito além dos números atuais.
Para que isso aconteça, será necessário ampliar o número de salas disponíveis ou abrir novos horários
de agendamento (vespertino ou sábado).
A impressão de queda ao final do ano deve-se à sazonalidade. Historicamente, os meses de
Janeiro, Fevereiro, Novembro e Dezembro são os meses com menor número de cirurgias.

Número de Cirurgias
1500
1344 1288
1256 1303
1213
1250

1149 1223
1163 1135
1000
1037 990
952
750

500

250

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
SUS e Clínica Civil
As cirurgias de pacientes da Clínica Civil são agendadas para apenas uma das salas (sala 12). As
outras 16 salas do Centro Cirúrgico são reservadas para pacientes do SUS, sendo uma sala para
urgências e emergências e quinze salas para cirurgias eletivas. Pacientes do SUS têm suas cirurgias
agendadas de segunda à sexta-feira, enquanto os pacientes da Clínica Civil podem ter cirurgias eletivas
agendadas também para sábado.
Em 2013, foram operados 992 pacientes de Clínica Civil (particular e convênios), com uma
média de 82 procedimentos por mês. Estes pacientes representaram 7,1% do total de procedimentos
realizados no Centro Cirúrgico.

SUS e Clínica Civil


1400
82
102 86
1200 115 65 86
75 84 84
1000 79
63
71
800

600 1262 1186 1217


1074 1141 1079 1148 1137
1051
958 927 881
400

200

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
SUS Civil

Clínica Civil - Convênios


140 14

120 115 12
102
100 10
84 86 86 84
79 75 82
80 9,2 71 8
63 65
7,6 7,2 7,9 7,4 7,5
60 7,0 6,6 6
6,4 6,5 6,1
5,4
40 4

20 2

0 0
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Total Porcentagem
Duração média das cirurgias
A duração média das cirurgias foi de praticamente duas horas (118,5 minutos), o que reflete o
grande número de procedimentos de grande porte e de alta complexidade aqui realizados.

Duração Média da Cirurgia (minutos)


180

148
150
123 128
114 116 117
120 106
120 117
109 113 111
90

60

30

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Levando-se em conta que muitos procedimentos antes agendados para o CCA estão sendo
realizados no Centro Cirúrgico, pode-se prever que após a futura reabertura do CCA, a duração média
das cirurgias nas 17 salas do Centro Cirúrgico poderá aumentar ainda mais.

Permanência em sala
O tempo médio de permanência de cada paciente em sala cirúrgica foi de 158 minutos.
Comparando-se com a duração média de cada procedimento cirúrgico, verifica-se que, em média, cada
paciente permaneceu em sala por 39 minutos além do tempo cirúrgico. Este tempo inclui a preparação
anestésica antes do início da cirurgia (posicionamento, acesso venoso, monitorização, entubação), bem
como a reversão da anestesia após o final do procedimento cirúrgico. Este é um índice que
possivelmente possa ser reduzido, embora esteja diretamente vinculado à alta complexidade das
cirurgias realizadas.
Permanência Total em Sala (minutos)
210

180

150 44 13
45 42 45
41 40 42 38 39 37
120 43

90
148
60 123 120 128 117 114 116 117
109 113 106 111
30

0
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Duração da Cirurgia Permanência em Sala

Início da primeira cirurgia


A meta em 2013 foi tentar colocar todos os pacientes em sala até as 7h30. Este seria o primeiro
passo para se atingir a meta de iniciar as cirurgias às 7h30. Ainda há uma série de dificuldades a serem
vencidas, entre as quais o transporte dos pacientes para a Recepção do Centro Cirúrgico, as frequentes
trocas de pacientes por parte das equipes cirúrgicas, a agilidade de preparo das salas, problemas com a
reserva de sangue e derivados, além do horário de chegada de alguns anestesistas e cirurgiões. O atraso
médio foi de 25 minutos, o que significa que, em média, os pacientes entram em sala às 7h55.

Entrada da Primeira Cirurgia


9:00

8:40

8:30

7:59 8:13
8:00 7:56
7:51 7:51
7:55 7:53 7:54 7:55
7:52 7:51
7:30

7:00
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Término da última cirurgia
A meta em 2013 foi terminar o último procedimento, isto é, retirar o último paciente da sala
cirúrgica por volta das 19h. Ao contrário do horário de início, que deve ser fixo, o horário de término
obrigatoriamente será variável. O ideal é que, em média, o último paciente seja transferido da sala
cirúrgica para a Recuperação Pós-Anestésica às 19h (ou pouco antes), pois este é o horário em que
termina o plantão dos anestesiologistas. Os abusos que ocorriam no passado, com muitos
procedimentos eletivos entrando longas horas pelo horário noturno, já foram controlados. Por outro
lado, há uma tendência inversa em se terminar a última cirurgia muito antes das 19h. A difícil meta que
agora se impõe é aproximar-se o máximo possível de um ponto de equilíbrio entre o excessivamente
tarde e o excessivamente cedo. Em 2013, em média, os pacientes saíram de sala cirúrgica às 18h27.
Nos últimos quatro meses do ano, a média caiu para as 17h43.

Saída da Última Cirurgia


20:00
19:58 19:53 19:50 19:55

19:30

19:00

18:30

18:00 17:46
17:45 17:49 17:50 17:41
17:30 17:45
17:38
17:28
17:00
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Tempo de intervalo
No ano de 2013, o tempo médio de intervalo foi de 35 minutos, que ficou muito próximo da
meta (30 minutos). É possível melhorar o processo de troca de salas para tentar reduzir a meta atual e
melhorar este índice. Contudo, a complexidade das cirurgias muitas vezes exige extensa e cuidadosa
limpeza da sala, impondo limites ao que se pode estabelecer como meta sem prejudicar a segurança da
assistência.
Intervalo entre Cirurgias (minutos)
45
40
40 37 35 35 35
35 38 33
37
30 34
32 31 31
25
20
15
10
5
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Suspensão de cirurgias
As cirurgias eletivas devem ser agendadas até às 12h da véspera, para que haja tempo hábil
para se providenciar e esterilizar todos os materiais e equipamentos necessários. Portanto, foram
computadas para análise apenas as suspensões ocorridas após as 12h da véspera. As suspensões (e
trocas) feitas antes deste prazo não afetam a logística de preparo do Centro Cirúrgico e são
consideradas normais e aceitáveis.

Suspensão após as 12 hs
80
69
70
60
60
52 54
48 57 51
50 54
51
48 49
40
41
30

20

10

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Durante o ano de 2013, a média de cirurgias suspensas foi de 53 por mês (2,6 por dia útil). Para
uma média de 1171 cirurgias realizadas por mês (57,2 por dia), o índice de cirurgias suspensas em
relação ao total de cirurgias agendadas é, em média, de 4,5 %.
Mais da metade destas suspensões envolve agendamento incorreto (muitas vezes ligado à troca
de pacientes), falta de condições clínicas, desistência do paciente ou outras. Espera-se que grande parte
destas causas possam ser evitadas ou minimizadas com o início da rotina do ambulatório pré-
anestésico.

Taxa de ocupação de salas


Para a taxa de ocupação foi considerado o horário das 7h30 às 19h. A sala foi considerada
ocupada durante todo o tempo em que o paciente nela permaneceu, somado ao intervalo normal de
limpeza e preparo para a cirurgia seguinte. Foram considerados normais os intervalos de até 30 minutos
entre as cirurgias, exceto para os procedimentos de Oftalmologia, cujos intervalos foram padronizados
em 15 minutos. Atrasos na chegada do paciente em sala no primeiro horário, e intervalos maiores que
estes, bem como o término da última cirurgia antes das 19h foram considerados como tempo de sala
ociosa.
No ano de 2013, segundo os critérios citados, a taxa média de ocupação das 17 salas foi de 80,9
%. Em alguns meses ou para algumas especialidades, este índice pode ultrapassar 100%, em função de
cirurgias que ultrapassam as 19h ou urgências operadas em salas adicionais.
Ocupação de Sala Cirúrgica
Card-Ped 46,4
Neuro-Ped 54,4
Card-Adulto 57,4
Tórax-Pul 59,1
Civil 59,7
Oft-Córnea 60,8
Pediátrica 68,5
Urologia-Ped 70,9
Oft-Crist 74
GO-Endosc 75,1
Gastro-Baço 76,3
Oft-Glauco 76,6
Urgência 77,9
Dor 79,2
Ortop-Mão 79,2
GO-Cirurg 82,7
Oft-Retina 82,8
Ortop-Quad 82,9
Oft-Oculo 83,7
Ortop-Trau 83,8
Ortop-Colu 87,4
Ortop-Ped 88,2
Procto 88,4
Ortop-Joe 88,5
Vascular 88,6
Card-Marcap 88,7
Gastro-Figado 89,7
Gastro-Estom 90,5
Oft-Estrab 90,6
CCP-Ortog 90,7
Gastro-Panc 92,2
Neuro-Geral 92,4
GO-Onco 94,1
Neuro-Colu 94,7
CCP 95,5
Otorrino 96,3
Urologia 98,6
Plástica 99,5
Gastro-Bari 99,9
Ortop-Onco 102,3

0 20 40 60 80 100 120
Duração do dia cirúrgico
A taxa de ocupação das salas está diretamente relacionada a outros indicadores, entre os quais:
o índice de suspensão de cirurgias, o tempo médio de cada paciente em sala, o tempo de intervalo entre
os procedimentos, a hora de início da primeira cirurgia e a hora de término da última cirurgia.
Combinando os dois últimos indicadores temos a duração do dia cirúrgico, isto é, o tempo decorrido
desde que o primeiro paciente entrou em sala até o momento em que o último paciente saiu de sala.

Duração do Dia Cirúrgico


15:00

12:03 12:00 11:58 12:00


12:00
9:54
9:00 9:46 9:58 9:56 9:45
9:37 9:25 9:06
6:00

3:00

0:00
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Média de permanência na Recuperação


A média de permanência dos pacientes na Recuperação Pós-Anestésica era inicialmente muito
alta devido ao costume de se deixar pacientes “internados” na RPA. Muitas cirurgias eram realizadas
sem que o paciente tivesse um leito de retaguarda disponível. Por este motivo, os pacientes chegavam a
ficar alguns dias na RPA, atendidos em condições precárias e inadequadas, até sua transferência para
outro leito ou até sua alta hospitalar. Este problema foi (em grande parte) resolvido, e a média de 3h24
nos últimos 9 meses do ano, com níveis se mantendo estáveis, está bastante próxima do ideal.
Permanência na RPA (horas)
12
10,6 10,8
10

4 3,5
4,0
3,4 3,3 3,3 3,4 3,5
3,1 3,3 3,1
2

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Média de permanência na UTI-Tórax


A média de permanência dos pacientes internados na UTI-Tórax tem se mantido pouco acima de
48 horas. Este é um indicador que não tem sido trabalhado, pois aguarda a mudança do objetivo
estratégico do setor. Em 2013 a média de permanência de pacientes na UTI-Tórax foi de 2,3 dias. Após
a futura reforma da RPA (prevista para 2014) e ampliação do número de leitos das outras UTIs do HC, o
objetivo do Centro Cirúrgico nesta área será dispor de uma UTI com dez leitos, com internações de curta
permanência e maior rotatividade, focada principalmente no pós-operatório imediato dos pacientes de
alta complexidade.

Permanência na UTI-RPA (dias)


3,5

2,9 3,3
3,0
2,6 2,9
2,4 2,4
2,5
2,2

2,0
2,0
1,7 1,7 1,8
1,5 1,7

1,0

0,5

0,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Óbitos no Centro Cirúrgico
Durante o ano de 2013 houve apenas cinco óbitos em sala cirúrgica (1 : 2.800 cirurgias) e cinco
óbitos na Recuperação Pós-Anestésica (1 : 2.800 cirurgias). Um total de apenas dez óbitos para cerca de
14.000 cirurgias, grande parte das quais de alta complexidade, reflete o grau de excelência da instituição
através da atuação de suas equipes cirúrgicas e anestésicas e seus serviços de enfermagem.
Evidentemente, esforços serão feitos para diminuir ainda mais este índice, embora cientes de que a
média obtida é um resultado muito bom para a complexidade dos pacientes que aqui são operados.

Óbitos no Centro Cirúrgico


3

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
CC RPA

Óbitos após a alta do Centro Cirúrgico


Embora esteja formalmente além do âmbito de ação desta gestão, é importante acompanhar o
número de óbitos que ocorrem no pós-operatório precoce, mesmo que ocorridos fora do Centro
Cirúrgico. Com este intuito, começamos a acompanhar a evolução dos pacientes após seu
encaminhamento para as demais unidades do Hospital das Clínicas.
Durante o ano de 2013, este acompanhamento mostrou a ocorrência de 22 óbitos nas primeiras
24 horas (média de 1,8 por mês, ou 1 para cada 638 cirurgias) e 51 óbitos nas primeiras 48 horas (média
de 4,2 por mês ou 1 para cada 276 cirurgias). A análise dos fatores relacionados a estes eventos
extrapola os objetivos deste relatório, mas certamente tais fatores estão vinculados ao porte das
cirurgias e à gravidade dos pacientes aqui operados.
Óbitos após a alta do Centro Cirúrgico
6

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

24 hs 48 hs

Pontuação das equipes cirúrgicas


Após a implantação do novo Regimento Interno do Centro Cirúrgico, e a definição das regras de
análise de desempenho das equipes cirúrgicas, houve uma evidente mudança de cultura e de atitude
por parte dessas equipes. Ocorreu de início (Out/Nov 2012) uma rápida adaptação às novas regras
implantadas, principalmente com relação à correta identificação do paciente, à marcação do local a ser
operado e à assinatura do termo de consentimento. Nota-se também outra evidente mudança de
patamar quando se completou o primeiro período de seis meses de avaliação e foi elaborada nova
grade cirúrgica baseada no desempenho das equipes (Abr/Mai 2013).

Eventos gerando pontuação


50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Apesar da melhora ocorrida neste indicador, é provável que os números voltem a subir com a
mudança de foco para outras normas, como trocas indevidas na ordem das cirurgias agendadas, falta de
preenchimento da Ficha Operatória e do pedido de AP, e falta de encaminhamento ao Ambulatório Pré-
Anestésico.

Comentários
Apesar de terem sido implantadas com sucesso novas normas de trabalho, apesar da evolução
favorável de alguns indicadores, e apesar de alguns processos terem passado por melhoras substanciais,
muito ainda resta por fazer.
Entre os desafios a serem enfrentados em futuro próximo estão: a implantação de novos
protocolos cirúrgicos e anestésicos, a padronização de materiais e equipamentos para cada tipo de
procedimento, o controle de custos por paciente e procedimento cirúrgico, a melhoria dos processos na
Central de Material (incluindo sua reforma física), o aperfeiçoamento nos processos de solicitação de
materiais consignados, a implantação de manutenção preventiva para os principais equipamentos, a
adequação de um local para guarda de equipamentos (atualmente espalhados pelos corredores), a
redução da carência de instrumentadores cirúrgicos, a possível abertura de salas para procedimentos
eletivos aos sábados e a construção do novo Centro de Cirurgia Ambulatorial.

Elaboração: Dr. Roberto de Oliveira Cardoso dos Santos


Coordenador do Bloco Cirúrgico

Dados fornecidos pelo GAD

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