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Objeto:
Finalidade:
Preservar a sociedade e proporcionar o seu
desenvolvimento. É um meio de controle social
formalizado, que representa a espécie mais aguda de
intervenção estatal. O controle, que visa a exclusiva tutela
de bens jurídicos, vedando ao direito penal interferência no
âmbito da moral, da religião, da ética, enfim, de tudo que
diga respeito às convicções íntimas dos cidadãos.
Direito Penal
Contextualização da Finalidade:
Não se constitui em mecanismo para propor
mudanças na ordem social ou constituir uma ética em
qualquer sentido. Tradicionalmente, entende-se que o
direito penal visa a proteger os bens jurídicos fundamentais
(todo valor reconhecido pelo direito). No crime de furto,
por exemplo, o resultado é representado pela ofensa ao
bem jurídico "patrimônio"; no homicídio, há lesão ao bem
jurídico "vida humana"; na coação, uma violação à
liberdade individual. Essa seria a tríade fundamental de
bens jurídicos tutelados coativamente pelo Estado: vida,
liberdade e propriedade.
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL
1. Preventiva;
2. Normativa;
3. Valorativa;
4. Finalista;
5. Instrumental;
6. Sancionador;
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL
1. Preventiva:
Antes de punir o infrator da ordem
jurídico-penal, estabelece normas proibitivas e
comina penas, visando evitar a prática do
crime.
Havendo a lesão ao bem protegido a
sanção abstrata, através do processo legal
transforma-se em efetiva atuando sobre o
infrator.
2. Normativa: porque formado por um
conjunto de normas jurídicas (princípios e
regras) que definem as infrações de natureza
penal e suas consequências jurídicas
correspondentes (penas ou medidas de
segurança).
3. Valorativo: porque a proibição legislativa de
uma determinada conduta, através da norma
penal, importa em uma valoração negativa
que conduz à criminalização da mesma.
4. Finalista: Consiste na sua atuação e, defesa
da sociedade, visando proteger bens jurídicos
fundamentais como garantia de sobrevivência da
ordem jurídica.
1. Legalidade;
2. Reserva Legal;
3. Anterioridade;
4. Lesividade;
5. Taxatividade;
6. Culpabilidade;
7. Irretroatividade da Lei Penal;
8. Abolitio Criminis;
9. Insignificância.
Os Princípios do Direito
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever
legal ou no exercício regular de direito
Causas excludentes da ilicitude
I - Estado de necessidade: Quando o autor pratica a conduta
para salvar de perigo atual direito próprio ou alheio.
a) IMPUTABILIDADE;
1. Inimputabilidade
2. Coação irresistível
3. Obediência hierárquica
4. Erro de Proibição
Inimputabilidade
A inimputabilidade está prevista no art. 26 do Código Penal, e
a redução da pena em razão de semi-inimputabilidade no parágrafo
único do mesmo artigo, a ver:
“Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental
ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo
da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
Coação irresistível
A coação irresistível ocorre quando uma pessoa emprega
força física ou ameaça a outra pessoa para que ela cometa um
crime. A primeira parte do art. 22 do Código Penal faz previsão da
coação irresistível:
“Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em
estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior
hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.(Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”
Obediência hierárquica
A obediência hierárquica, como causa de exclusão de
culpabilidade, ocorre quando um servidor público pratica um crime sob
ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico.
A segunda parte do art. 22 do Código Penal estabelece que:
“Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em
estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior
hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.(Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”
De acordo com Júlio Fabbrini Mirabete, “trata-se, segundo a
doutrina, de um caso especial de erro de proibição. Supondo obedecer
a uma ordem legítima do superior, o agente pratica o fato incriminado.”
Ocorrendo a justificante, no processo disciplinar, o servidor
público que obedeceu a ordem não manifestamente ilegal deverá ser
absolvido, e o chefe que deu a ordem deve ser responsabilizado, pois
incumbia a ele conhecer da legalidade de seus atos.
Erro de proibição
O erro de proibição ocorre quando o sujeito ativo não sabe que sua
conduta é contrária ao Direito Penal, ou seja, não tem consciência da
ilicitude de sua conduta.
Julio Fabbrini Mirabete diz que:
O sujeito ativo, nesse caso, equivoca-se ao pensar que sua ação é
lícita. É certo que a ninguém é permitido alegar o desconhecimento da
lei, nos termos do art. 21 do Código Penal. No entanto, o sujeito pode
não compreender bem a lei. Assim, deve ser lida a segunda parte do
artigo 21, que se colaciona abaixo:
“Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a
ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-
la de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou
se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível,
nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”
No Direito Administrativo, pode ocorrer que o servidor público
desconheça as várias leis (portarias, resoluções, etc.) que existem
acerca do funcionamento da Administração, bem ainda pode fazer uma
leitura errônea delas.
Causas supralegais de exclusão da culpabilidade
Parte dos penalistas entende que por mais previdente que possa ser o
legislador, não pode elencar todos os casos em que a inexigibilidade de outra
conduta deve excluir a culpabilidade. Assim, é admissível a existência de um
fato, não previsto pelo legislador como causa de exclusão de culpabilidade,que
apresente todos os requisitos do princípio da não-exigibilidade de
comportamento lícito.
Em relação às causas supralegais de exclusão da culpabilidade, Rogério
Sanches enumera duas:
a) Doença mental;
a) Doença mental;
Transtornos mentais são alterações do
funcionamento da mente que prejudicam o
desempenho da pessoa na vida familiar, na
vida social, na vida pessoal, no trabalho,
nos estudos, na compreensão de si e dos
outros, na possibilidade de autocrítica, na
tolerância aos problemas e na
possibilidade de ter prazer na vida em
geral.
b) Desenvolvimento mental incompleto
Os atos preparatórios
São aqueles que o agente planeja a execução do crime (Exemplo: Um
revolver será o meio pelo qual o agente matará a vítima. Portanto, a aquisição
dessa arma trata-se de ato preparatório para o crime de homicídio).
A execução
É o ato pelo qual o agente inicia a prática dos elementos descritos no tipo
penal. É dizer que "o agente começa a realizar o fato que a lei define como crime".
Por exemplo: Fulano saca a arma e dispara contra a vítima. Nesse caso, a
intenção de sacar a arma e apertar o gatilho é o início da execução, independente
da consumação desse crime.
A consumação
É o ato pelo qual o agente chega ao resultado pretendido. No crime de
homicídio a consumação ocorre com a morte da pessoa; no crime de furto, a
consumação ocorre com a posse pacífica do bem subtraído; etc.
CONTEXTUALIZAÇÃO
Exemplo:
O agente que adquire uma arma de fogo sem registro para matar
seu desafeto. Nesse exemplo, embora a aquisição da arma de fogo
seja um ato preparatório para o crime de homicídio, ela também
configura o crime de posse ou porte de arma de fogo (art. 16 do
Estatuto do Desarmamento), ou seja, o ato preparatório, neste caso,
também é um crime autônomo.
A desistência voluntária e o Arrependimento eficaz
Estão previstos no artigo 15 do Código Penal. Senão vejamos:
Crime impossível
Consiste naquele em que o meio usado na intenção de cometê-lo, ou
o objeto-alvo contra o qual se dirige, tornem impossível sua realização.
Segundo o código penal brasileiro, em seu artigo 17, senão vejamos: