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Critérios de agrupamento
Reescrita de conto
3. Agrupar os mais agitados com outros mais calmos e os mais tímidos com
os extrovertidos é um bom critério?
Silvia Helena Rocha Barroso, Fortaleza, CE
Atenta a isso, Ana Cristina Marotto, que leciona Matemática para o 4º ano no
Colégio Equipe, em São Paulo, não usa as características pessoais dos alunos
como critério principal para formar grupos. Em uma atividade cujo objetivo
era a resolução de problemas, ela se certificou primeiro de que os quatro
integrantes da equipe tivessem habilidades matemáticas distintas, verificadas
durante a atividade de diagnóstico. "Só depois de garantir isso, procurei levar
em conta a afinidade entre eles. O relacionamento nunca foi um empecilho
para que solucionassem as questões propostas."
Os erros não acontecem quando se tem em mente que o mais relevante para
definir as formas de agrupamento é levar as crianças a avançar. Fazer um
diagnóstico detalhado também é essencial para pensar nos desafios que
precisam ser vencidos por elas, nas hipóteses e nos saberes que cada uma
apresenta e, acima de tudo, nos progressos a promover. Alguns deles,
necessitam de esforço individual. "Antes de apresentar um trabalho coletivo,
é preciso avaliar se é realmente a hora de promover a troca de conhecimento
ou se é melhor pedir que cada aluno faça o seu", diz Lino de Macedo, do
Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da
Personalidade da USP.
Papel do professor
Disciplina Matemática
Objetivos Desenvolver e debater
em grupos diferentes estratégias
de cálculo mental
Conteúdo Cálculo mental
Critérios de agrupamento
Organização ascendente, iniciando
com o trabalho individual, depois
em duplas (cada um apresentava
uma estratégia diferente ou a mesma estratégia com resultados errados) e,
por fim, em quartetos (análise da estratégia mais econômica)
Papel do professor Ana Paula Kordash observou as estratégias dos alunos e,
com base nisso, fez agrupamentos ao longo da atividade. Durante o trabalho,
pedia que eles explicitassem suas estratégias de cálculo
Interação entre alunos Em dupla, cada um defendeu seu ponto de vista e
suas estratégias para o colega. Quando as duplas formaram um quarteto,
ambas mostraram as formas de calcular para, todos juntos, estabelecerem o
caminho mais preciso
Dar autonomia não significa deixar de intervir. César Coll diferencia dois
mecanismos de influência do educador: as situações de construção dirigida
de conhecimento e as de construção colaborativa. A primeira se caracteriza
pela participação coletiva da turma com a orientação docente. A segunda é
marcada pela interação entre os pares. Nesse momento, no entanto, é
comum ver crianças sem assistência e livres para fazer o que quiserem - o
que não garante a troca de conhecimentos.
Para evitar que isso ocorra, deve-se notar que o trabalho em grupo
transforma o papel tradicional do mestre, que passa a criar as condições para
que a garotada tome decisões e resolva as situações-problema sem ter o
processo todo dirigido. Cabe a ele definir a tarefa a ser realizada, dar
instruções e sugestões de encaminhamentos, indicar materiais, explicar as
regras sobre cooperação entre os participantes e fazer correções de rotas.
Na atividade em grupo, tem lugar uma troca horizontal (aluno com aluno) e
não vertical (professor com aluno). Por isso, tirar uma dúvida do grupo não
significa responder às perguntas, mas levar os integrantes a relacionar
conhecimentos e informações que levem à resposta.
Sim, desde que haja um objetivo geral e comum a todos os grupos. Essa
situação se justifica, por exemplo, no caso em que é preciso variar o grau de
desafio da proposta para melhor atender à diversidade da classe. Maria Lúcia
Castanheira, vice-diretora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da
Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, diz que quando
cada equipe tem uma tarefa, o professor deve planejar bem cada uma delas.
"Isso demanda mais tempo do que se todos tivessem o mesmo desafio e
inclui orientar o que cada grupo fará e ressaltar a importância de se
cumprirem os objetivos específicos e os gerais."
Disciplina Geografia
Objetivo Redigir um texto
informativo sobre um dos rios do
estado de São Paulo
Conteúdo Bacia hidrográfica
Critérios de agrupamento Duplas
que iriam pesquisar diferentes informações sobre o mesmo conteúdo
Papel do professor Vera Lúcia Guastapaglia indicou a bibliografia e os sites a
serem pesquisados e orientou a seleção das informações mais importantes.
Durante a redação do texto, garantiu que os dois alunos participassem e se
revezassem na função de escriba
Interação entre alunos Cada dupla escolheu o rio que gostaria de conhecer e
definiu o que ambos iriam pesquisar em casa. Em classe, os dois
selecionaram os dados mais relevantes e, com base neles, redigiram um texto
relacionando as informações pesquisadas
10. Alguns pais dizem que, nos trabalhos em grupo, o filho faz tudo e
outros, que a criança só copia do colega. Como resolver isso?
Maria Lúcia Monteiro, São Paulo, SP
Se realmente há quem faça tudo ou não faça nada, os pais têm razão.
Quando eles estavam na escola, provavelmente esse tipo de atividade não
envolvia a interação, mas a divisão de tarefas. Nesse caso, o trabalho acaba
sendo feito individualmente, e as produções reunidas antes da entrega, sem
construção coletiva de conhecimento nem orientação do professor.
Vale esclarecer que ter um papel não significa ter uma tarefa e dar conta dela
sozinho. A criança precisa saber qual é a sua função no grupo - definida de
acordo com o que precisa aprender ou ensinar -, e desempenhá-la com a
ajuda dos demais.
CONTATOS
Alda Luiza Carlini
Camilla Schiavo Ritzmann
Colégio Equipe, R. Bento Frias, 223, 05423-050, São Paulo, SP, tel. (11) 3579-9150
EMEF Leandro Klein, R. Prestes Maia, 100, 09572-690, São Caetano do Sul, SP, tel. (11) 4232-6023
EMEF Manuel Egídio, Pça. Egídio Cruz, s/nº, 46820-000, Bonito, BA
EMEF Professor Anézio Cabral, R. Venezuela, 155, 06033-220, Osasco, SP, tel. (11) 3609-6183
Heloisa Helena Garcia
Juliana Pacheco Neto
Lino de Macedo
Maria Lúcia Castanheira
Maria Virgínia Gastaldi
Priscila Monteiro
BIBLIOGRAFIA
A Formação Social da Mente, Lev Vigotski, 224 págs., Ed. Martins Fontes, tel. (11) 3241-3677, 39,80 reais
Aprendizagem Escolar e Construção do Conhecimento, César Coll, 160 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 48
reais
Desenvolvimento da Inteligência e Interacção Social, Anne Nelly Perret-Clermont, 414 págs., Ed. Instituto Piaget,
tel. (51) 3371-3383, 71,70 reais
O Trabalho em Pequenos Grupos na Sala de Aula , Joan Bonals, 184 págs., Ed. Artmed (edição esgotada)
INTERNET
Neste site, textos sobre interação produzidos na Universidade de Barcelona (em espanhol)
Endereço da página:
https://novaescola.org.br/conteudo/1475/como-agrupo-meus-alunos
Links da página
http://www.psyed.edu.es/grintie