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5 AZEVEDO, A lvaro Vi l laça. Teoria geral dos contratos típicos e atípicos. São Pau lo: Atlas, 2002.
6 Por todos: DINIZ, Maria Helena. Código Civil a notado. 1 5. ed. São Pau lo: Saraiva, 201 O. p. 369.
CAP. 5 • TEORIA GERAL DOS CONTRATOS 1 601
conceito deve ser visto em sentido amplo, de modo a englobar todas
as figuras negociais em que as cláusulas são preestabelecidas ou
predispostas, caso do contrato-tipo e do contrato formulário, figuras
negocias em que as cláusulas são predeterminadas até por um terceiro.
Esses contratos até são comercializados, em alguns casos. A título de
exemplo, podem ser citados os contratos de locação de imóvel vendidos
em papelarias. O Código de Defesa do Consumidor cuidou de definir
o contrato de adesão no seu art. 54: "contrato de adesão é aquele
cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou
estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços,
sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente
seu conteúdo". De toda sorte, como se verá a seguir, o contrato de
adesão não necessariamente será de consumo. Destaque-se que o
Código Civil de 2002 protege o aderente como vulnerável em dois
dispositivos, que ainda serão estudados (arts. 423 e 424).
b) Contrato paritário ou negociado aquele em que o conteúdo é ple
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regra geral pelo sistema civil brasileiro, pelo que consta do art. 1 07
do CC, que consagra o princípio da liberdade das formas. Exemplo:
prestação de serviço.
c) Contrato solene aquele que exige solenidade pública. O art. 1 08
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7 VENOSA, Sílvio de Salvo. Código Civil interpretado. São Pau lo: Saraiva, 201 O. p. 1 20.
CAP. 5 • TEORIA G ERAL DOS CONTRATOS 1 603
repercute no acessório. Desse modo, sendo nulo o contrato principal,
nulo será o acessório; sendo anulável o principal o mesmo ocorrerá
com o acessório; ocorrendo prescrição da dívida do contrato principal,
o contrato acessório estará extinto; e assim sucessivamente. Todavia,
deve ficar claro que o que ocorre no contrato acessório não repercute
no principal. Assim sendo, a nulidade do contrato acessório não gera
a nulidade do contrato principal; a anulabilidade do contrato acessório
não gera a nulidade relativa do principal e assim de forma sucessiva.
A conclusão é retirada do art. 1 84 do CC, segundo o qual "Respeitada
a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não
o prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalidade da
obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas
não induz a da obrigação principal".
8 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil brasileiro. Contratos e atos unilaterais. 7. ed. São Paulo:
Saraiva, 201 O. v. 3, p. 1 1 5.
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LEONARDO, Rodrigo Xavier. Os contratos coligados. Disponível em: <http://www.rodrigoxavier
leonardo.eom.br/arqu ivos/20 1 503 1 91 92927.pdf>. Acesso em 1 8 de maio de 2 0 1 5 .
604 1 MANUAL DE DIREITO CIVIL · VOLUM E Ú NICO Flávio Tartuce
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KONDER, Carlos Nelson. Contratos conexos. Rio de Janeiro: Renovar, 2006. p. 275-277.
606 1 MANUAL DE DIREITO CIVI L · VOLUM E Ú N ICO Flávio Tartuce
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