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CONHENCENDO O ESPIRITO SANTO

MANUAL DA ESCOLA BIBLICA


DOMINICAL

PASTOR JOSÉ GOMES DE FREITAS

IGREJA PRESBITERIANA RENOVADA


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TEXTO: SALMOS 104:30

ESPÍRITO SANTO

INTRODUÇÃO.

A doutrina do Espírito Santo é básica na revelação do novo testamento e


fundamental na vida do homem que nasceu de novo e experimentou a vida de
Deus em seu Espírito. Infelizmente, alguns aspectos da doutrina,
especialmente aqueles relacionados com a experiência prática do cristão, tem
servido de motivo para discórdia e até sisões no meio do arraial do povo de
Deus. É preciso interpretar a verdade acerca do Espírito Santo a luz do ensino
claro e uniforme da palavra de Deus, com humildade e dependência dele
mesmo, procurando diligentemente guardar a unidade do espírito, no vínculo
da paz (Ef 4:3). O nosso objetivo é oferecer ao povo de Deus algumas
orientações importantes, sobre a pessoa e obra do Espírito Santo. Creio que a
igreja do Senhor será profundamente edificada através do estudo criterioso a
respeito da terceira pessoa da trindade. Pretendo apresentar neste trabalho
as seguintes coisas:

A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO.

I O ESPÍRITO SANTO É DEUS PORQUE SUA NATUREZA É


DIVINA.

A natureza básica essencial da divindade é espírito. Em João 4:24 Jesus


fala da natureza essencial de Deus, e afirma que Deus é espírito, e o Espírito
Santo é o Espírito de Deus, e conseqüentemente tem a mesma natureza
divina, portanto, podemos afirmar que ele é da mesma substância essencial da
divindade.

Os arianos, no quarto século, negaram a divindade de Jesus Cristo e do


Espírito Santo. Segundo eles, o Filho é primeira criatura do pai, e o Espírito
Santo é a primeira criatura do filho. A igualdade essencial do Filho e do Espírito
com o pai foi sacrificada a fim de conservar a unidade divina.
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Para combater o arianismo, realizou-se o Concílio de Nicéia, em 325 d.C.


o Concílio foi um acontecimento impressionante, um dos grandes marcos da
vida da Igreja. Acorreram Bispos da Ásia Menor, Palestina, Egito, Síria, e até
Bispos de fora do Império Romano, ou seja, de todos os lugares onde a
Cristandade tinha se estabelecido com vigor, como a longínqua Índia e a
Mesopotâmia, além de delegados da África do Norte. O Papa Silvestre, Bispo
de Roma que já estava ancião e impossibilitado de comparecer pessoalmente,
mandara dois presbíteros como seus delegados. Estiveram presentes ao
Concílio 320 Bispos, mais grande número de presbíteros, diáconos e leigos.
Por maioria quase absoluta (apenas dois Bispos não quiseram firmar a
resolução final) foi redigido o Credo de Nicéia que confirmava a verdade em
que a Cristandade unida, à exceção dos seguidores de Ário, sempre acreditara:
Jesus Cristo, Deus Encarnado, é ponto fundamental do Cristianismo. O próprio
Credo, a seguir, estabeleceria o conteúdo da fé da Igreja. Ali ficou decidido que
o Filho é da mesma essência daí Pai (co-essencial com o Pai). Atanásio
(c.295-373), um dos principais opositores de Ário, declarou: “Existe então uma
Trindade, santa e completa, que confessamos como Deus em [as pessoas do]
Pai, Filho e Espírito Santo, o qual não contém nada estranho ou externo
mesclado com sigo mesmo, nem é composto de um que cria e outro que foi
criado, pois todos são criadores; possui uma só essência, em sua natureza
divisível, sendo sua atividade una. O Pai faz tudo através do Verbo [e] no
Espírito. Logo, a unidade do Santo Triúno é preservada. Assim, um só Deus é
pregado na Igreja, “o qual é sobre todos (Ef 4.6), age por meio de todos e está
em todos”... É uma Trindade não apenas no nome e na maneira de falar, mais
em verdade e realidade”. Veja como ficou redigido o credo de Nicéia:

O Credo de Nicéia

O Sínodo de Nicéia firmou este Credo:

«Cremos em um só Deus, Pai Todo-Poderoso,


criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis.
E em um só Senhor Jesus Cristo,
o Filho de Deus,
unigênito do Pai,
da substância do Pai;
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Luz de Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado, não criado,
consubstancial ao Pai;
por quem foram criadas todas as coisas que estão no céu ou na terra.
O qual por nós homens e para nossa salvação, desceu (do céu),
se encarnou e se fez homem.
Padeceu e ao terceiro dia ressuscitou e subiu ao céu.
Ele virá novamente para julgar os vivos e os mortos.
E (cremos) no Espírito Santo.
E quem quer que diga que houve um tempo em que o Filho de Deus não
existia,
ou que antes que fosse gerado ele não existia,
ou que ele foi criado daquilo que não existia,
ou que ele é de uma substância ou essência diferente (do Pai),
ou que ele é uma criatura,
ou sujeito à mudança ou transformação,
todos os que falem assim,
são anatematizados pela Igreja Católica e Apostólica.»
Você não gostaria de discutir com a classe alguns pontos importantes
sobre o credo de Nicéia?

II. ELE É DEUS PORQUE ESTAVA PRESENTE NA CRIAÇÃO.

Ele tirou as coisas do nada, do vazio, e do vazio fez o universo (Gn 1:1-2).

O Espírito é a pessoa divina por meio da qual Deus Pai infunde a vida,
conserva, renova e conduz à realização. - No Antigo Testamento, Deus cria por
meio da Sua Palavra (O Verbo, o Cristo), mas o seu “Sopro” (Espírito Santo)
será o protagonista da criação. Veja Gn 1.7.16.25.26: O espírito santo é a
Pessoa divina por meio da qual Deus Pai infunde em nós a vida.

Os cristãos dos primeiros séculos foram particularmente sensíveis a esta


verdade. Ambrósio afirma que a Escritura “não somente ensinou que sem o
Espírito nenhuma criatura pode perdurar, mas também que o Espírito é o
criador de toda criatura. E quem poderia negar que seja obra do Espírito Santo
a criação da terra, se é obra do Espírito a sua renovação?”. Atanásio diz que
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“todo o bem desce do Pai, por meio do Filho, e chega até nós no Espírito
Santo”

.A afirmação de que tudo foi criado no Espírito significa que toda a


criação está marcada pela bondade divina. Geralmente se afirma que Deus
criou todos os seres com um ato livre e amoroso de Sua vontade. A Criação é
o transbordamento livre e gratuito da eterna dinâmica de Amor entre o Pai e o
Filho, cujo laço é o Espírito Santo. Assim, como não poderia ser o Espírito
Santo, o doador da Vida, se é Ele mesmo esta vida?

O Espírito Santo não é somente a testemunha direta do recíproco amor


entre o Pai e o Filho, do qual deriva toda a obra da Criação, mas é Ele próprio
esse Amor. Ambrósio afirma que não somente o Espírito colabora com o Pai e
o Filho na criação do mundo, mas é Aquele que, como um artista divino, põe
ordem no mundo, tornando-o belo. Os primeiros exegetas e escritores da Igreja
viam o mundo como um sacramento, sinal vivo e que remete àquele que o
criou e sustenta. Basílio afirma: “Quero despertar em ti uma profunda
admiração pela criação, a fim de que em todo lugar, contemplando as plantas e
as flores, sejas tomado por uma viva lembrança do Criador.

Assim é que, para a tradição da Igreja, devemos contemplar o mundo


com os sentidos espirituais, superando a exterioridade das coisas para aí se
descobrir Deus, e o Seu desígnio de amor para nós. É necessário readquirir o
coração puro, para vislumbrar na natureza a providência divina feita de amor e
sabedoria.

O verso dois do primeiro capitulo de Genesis, apresenta um quadro de


calamidade, de caos, de trevas, de melancolia, mas em meio a essa situação
calamitosa, eis que surge uma cena maravilhosa. O Espírito de Deus pairava
sobre a face das águas. Ou seja, o Espírito se manifesta incubando sobre as
águas, chocando-as, dando vida ao universo. E de repente, surge à beleza, a
limpeza, a abundância, a vida. Tudo foi criado pelo poder do Espírito Santo. –
“O Espírito de Deus me fez, e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida”.
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III. ELE É O PRESERVADOR DA VIDA POR ISSO É DEUS.

Em Jó 34:14,15 encontramos uma das mais belas e significativas


afirmações bíblicas a esse respeito: “Se ele pusesse o seu coração contra o
homem, e recolhesse para si o seu espírito e o seu fôlego. Toda a carne
juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó” O que o texto está dizendo
é que quem energiza, quem sustenta toda vida, quem mantém os corações
latejando, o sangue correndo; quem preserva a fotossíntese dos vegetais;
enfim, quem mantém vivo tudo que tem vida em todo o universo, é o Espírito
de Deus.

Como este ser onisciente e cheio de graça criou todas as coisas, assim
Ele sustenta todas as coisas. Ele é o preservador bem como o criador de todas
as coisas que existem. “Ele sustenta todas as coisas pela palavra do seu
poder,” isto é, pela sua poderosa palavra.

É lógico que Ele conhece todas as coisas que fez e todas as coisas que
preserva de momento a momento; do contrário Ele não poderia preservá-las
nem continuar a dar-lhes o ser que lhes tinha dado. Não é estranho que aquele
que é onipresente, que “enche o céu e a terra,” que está em todo lugar, veja o
que está em todo lugar onde Ele está intimamente presente.

Se os olhos dos homens podem discernir as coisas a uma pequena


distância, os da águia podem fazê-lo a uma distância maior; os de um anjo o
que está a uma distância mil vezes maior, talvez possam ver toda a superfície
da terra de uma vez; como não verá o olho de Deus todas as coisas através de
toda a extensão da criação? Consideremos especialmente que nada está
distante daquele em quem “nós vivemos, nos movemos e temos nosso ser.”

O Salmo 104:5-30 afirma que o Espírito Santo continua atuando hoje


na perspectiva da renovação da natureza e do cosmos. Deus não apenas
criou, mas continua mantendo, renovando e criando dentro da criação. O texto
se refere a preservação da vida, dizendo que Deus prossegue mantendo-a
através do envio do seu Espírito.
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IV. ELE É DEUS PORQUE POSSUI ATRIBUTOS DIVINOS.

A palavra atributo, vem do latim ad, para, e tribuere, atribuir, ou seja,


aquilo que é atribuído a alguma coisa. Na teologia cristã, o termo veio a ser
usado para indicar aquelas qualidades ou propriedades atribuídas a Deus,
como parte de sua natureza.

Champlin, em sua enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia, apresenta


algumas definições de célebres filósofos e teólogos

1. Para Aristóteles, “o mundo divide-se em substâncias individuais e


atributos dessas substâncias. Os atributos são aquelas características
predicáveis à substância, seguindo as categorias de tempo, lugar, relação,
espaço, posição, estados ativo ou passivos, etc.”

2. Para Tomás de Aquino, e também no escolasticismo, isso “envolvia


uma adaptação das idéias aristotelianas, com elementos transcendentais
adicionais, com o único, o verdadeiro, o bom atributo de tudo, e especialmente,
no caso de Deus.”

3. Para Spinoza, “os atributos, são aquelas características que


constituem a essência.”

4. Na teologia, os atributos de Deus, podem ser definidos como


aquelas características que distinguem a natureza divina, inseparáveis da idéia
de Deus, e que constituem a base e a razão de suas diferentes manifestações
as suas criaturas.

ATRIBUTOS DO ESPIRITO SANTO

Há três atributos pertencentes à deidade de cada uma das pessoas da


Trindade que são: Onipotência, Onisciência e Onipresença. Estes atributos não
foram conferidos a anjos nem aos homens.

a) Onipotência
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Por onipotência se entende que todo o poder que há no Universo físico


ou espiritual, tem sua origem em Deus.
O poder do Pai é o mesmo existente no Filho e no Espírito Santo. Então em
sua onipotência, o Espírito Santo faz o que lhe apraz, realizando milagres e
prodígios (Rm 15.19 por força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito
Santo; de maneira que, desde Jerusalém e circunvizinhanças até ao Ilírico,
tenho divulgado o evangelho de Cristo).

b) Onisciência

Onisciência vem de duas palavras latinas: "OMINES" que significa


TUDO e "SCIENTIA" que quer dizer CIÊNCIA. O Espírito Santo, do mesmo
modo que o Pai e o Filho, tem total conhecimento de todas as coisas. Sua
sabedoria é infinita, singular e indescritível. Ele sabe tudo acerca de si mesmo
e do que criou Sl 139.2,11,13 (SENHOR, tu me sondas e me conheces. Sabes
quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus
pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os
meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a
conheces toda). Conhece os homens profundamente 1 Rs 8.39 (ouve tu nos
céus, lugar da tua habitação, perdoa, age e dá a cada um segundo todos os
seus caminhos, já que lhe conheces o coração, porque tu, só tu, és conhecedor
do coração de todos os filhos dos homens;).
Ninguém pode esconder dele coisa alguma. Nem um só pensamento nosso
passa despercebido do Espírito Santo Jr 16.17 (Porque os meus olhos estão
sobre todos os seus caminhos; ninguém se esconde diante de mim, nem se
encobre a sua iniqüidade aos meus olhos).

c) Onipresença

O Espírito Santo penetra em todas as coisas e perscruta o nosso


entendimento, pois ele está presente em toda a parte. Ele não se divide em
várias manifestações, porque sua presença é total em cada lugar onde estiver:
Sl 139.7-10 ( Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da
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tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo
abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos
confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me
susterá.
d) Imutabilidade.

Ela é própria do Espírito Santo. Significa que Ele está livre de toda
mudança (Ml 3.6).
Tudo o que se diz a respeito dele, como Deus Espírito, é perfeito e imutável.
Este atributo não é exclusivo de uma pessoa da Trindade, mas pertencem as
três (Rm 1.23; Hb 1.1
e) Eternidade
.
Ela é um atributo intrínseco na divindade (Hb 9.14). Por isso, o autor da
Carta aos Hebreus identifica o Espírito Santo como “o Espírito Eterno”.
Ele transcende a todas as limitações temporais. Dois outros termos ligados à
eternidade ilustram e aclaram ainda mais este atributo.
O Espírito Santo é infinito e imenso. Por infinidade, entende-se que sua
existência não tem fim. Nada confina o Espírito Santo no espaço, nem o retém
no tempo. Por imensidade, compreende-se que o Espírito é total, pleno e
completo. Ele não se divide, mas pode estar presente em toda parte com todo
o seu Ser (Sl 139.7-12).
Notem isto: os anjos são espíritos criados sem corpos materiais, mas nem por
isso estão em todo o lugar ao mesmo tempo. Os homens são espíritos
corporalizados e, portanto, limitados no espaço. Nem aos anjos e nem aos
homens lhes é atribuída à qualidade divina da “imensidade”. A plenitude
pertence, de fato, única e exclusivamente à divindade (Sl 97.1-12).

V. O ESPÍRITO SANTO É DEUS PORQUE POSSUI NOMES DIVINOS.

Ele é chamado Espírito de Deus (I Co 3:16)

Espírito do Senhor (I Is 11:2)

O Espírito do Deus vivente ( II. Co 3:3)


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O Espírito de Cristo (Rm 8:9)

O Espírito de vida (Rm 8:2)

O Espirito de adoção (Rm 8:15).

A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO.

O Espírito Santo é Deus e é também uma pessoa ele não é uma energia
impessoal, uma mente fria, sem personalidade, sem coração. A Bíblia não o
coloca na categoria de isto, da coisa, mas do tu, do você, da pessoa. Há muita
confusão a esse respeito, inclusive no meio evangélico. Nós nos relacionamos
com Deus e com Jesus, porém quando falamos do Espírito Santo nos
referimos a ele como um poder energético dizemos: Ó Deus manda a força do
teu Espírito, o poder do Espírito, a influência do Espírito. De onde virá essa
idéia a respeito da impessoalidade do Espírito Santo? Essa idéia resulta da má
compreensão das metáforas que a Bíblia usa para caracterizar, manifestar e
expressar a pessoa do Espírito Santo. Vejamos alguns exemplos:

Em João 20:20, Jesus associa o Espírito santo ao fôlego.

Em João 3:8 ele o associa ao vento.

Em Atos 2:1-3 O Espírito Santo se manifesta como o fogo. João Batista


disse que o batismo no Espírito Santo seria também batismo com fogo.

Na verdade, o Espírito Santo é energia, é força, é poder, é dinamite,


mas é sobre tudo pessoa.

Afirmamos que o espírito santo é uma pessoa pelas seguintes


razões:

1. O espírito santo é uma pessoa porque podemos entristecê-lo (ef.


4:30).
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O crente causa tristeza ou pesar ao Espírito Santo Quando não da


importância à sua presença, voz ou direção (Rm 8:5-17; Gl 5:16-25).

O Espírito Santo é uma pessoa capaz da tristeza, da dor e do sofrimento.


Ele sofre quando eu peco, quando você peca, ele vive em nós e se entristece
quando a minha inclinação má me leva a pecar.

Quando há pecado na igreja, o inimigo prevalece contra ela. Aquela que é


vencedora torna-se vencida; que é luz do mundo, perde o brilho; que é sal da
terra, perde o sabor e é pisada pêlos homens. Aquela que outrora recebeu
poder, agora desmaia diante do inimigo.

A maior tragédia do pecado é que ele nos afasta do Espírito Santo e por
causa dele, O Espírito Santo se afasta de nós. O Senhor não comunga com o
pecado. Ele não pode contemplar o mal. Deus não abençoa a desobediência.
Onde há pecado não tratado, não confessado e não abandonado, Deus não
opera. mão de Deus se encolhe onde o pecado se estende.

Os ouvidos de Deus fecham onde o pecado desabrocha. A benção do


céu é retida onde o pecado é praticado.

Onde o pecado é praticado, ou tolerado, O Espírito Santo é apagado, o


Deus da graça é ultrajado, o sangue de Cristo é pisado, o rosto de Jesus é
cuspido e Deus se afasta. (Ef 4:30).

2. O espírito santo é uma pessoa porque pode gemer de dor, ele é


capaz de sentir conosco as agonias de nossa existência. (Rm 8:26-27).

O espírito sente dores não apenas em razão de nossos pecados, mas


também de nossas dores. Ele sente não somente as dores que nossos
pecados causam nele, mas também as dores que sentimos. Paulo diz que o
Espírito intercede por nós quando a nossa existência está imersa em profunda
fraqueza. O Espírito é aquele que se revolve na nossa interioridade, nos
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levando a orar. É também ele que expressa o inexprimível de nossa alma


diante de Deus com gemidos inexprimíveis.

3. O Espírito Santo é Deus porque tem uma mente que pensa, e pensa
de maneira livre. (rm 8:27).

TEXTO: I SAMUEL 16:13.

SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

Símbolo é algum sinal, ou objeto material, representando verdades morais e


espirituais. De modo que para se compreender bem as escrituras sagradas é
preciso ter uma noção clara dos símbolos. Myer Pearlman em seu livro
conhecendo as doutrinas da bíblia, diz que as palavras são veículos
inadequados para transmitir as verdades. Quando muito, apenas revelam a
metade das profundidades do pensamento. Deus achou por bem ilustrar com
símbolos o que de outra maneira devido a pobreza de linguagem humana
nunca poderíamos saber. A Bíblia apresenta vários símbolos para descrever as
operações do Espírito Santo.

1. O primeiro símbolo é o fogo.

Na visão que Ezequiel teve de Deus e do seu trono, ele viu fogo santo,
resplendor e luz brilhante (Ez 1:26-28). Na visão que Daniel teve de Deus, o
seu trono era chamas de fogo, cujas rodas eram fogo ardente. Um rio de fogo
manava e saia de diante do trono (Dn 7:9-10). João, ao descrever a visão do
trono do universo, ele diz que saiam do trono, relâmpagos, trovões e vozes e
diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete Espíritos
de Deus (Ap 4:5). O fogo como símbolo do Espírito Santo fala do seu grande
poder e tem a finalidade de corrigir os defeitos da nossa natureza decaída e
conduzir-nos a perfeição que deve adornar os filhos de Deus.

Vejamos qual é a utilidade do fogo.

1.1 o fogo queima.


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O fogo é um símbolo da presença de Deus (Hb 12:29), Deus é chamado de


um fogo consumidor. A primeira revelação que Deus deu de si mesmo a
Moisés foi na sarça ardente (Ex 3:2). Moisés não entendeu imediatamente o
que via: uma moita comum do deserto que ardia sem ser consumida. As
chamas não eram como nenhuma outra que já tivesse visto. Elas queimavam
sem destruir. O fogo do Espírito de Deus naqueles que ele controla
plenamente, que se rende total e absolutamente a ele, pode queimar para
sempre sem causar destruição.

1.2 o fogo consome.

O fogo do juízo de Deus pode consumir o pecador (I Co 3:10-15). Mas o fogo


santo de Deus consome o pecado nos crentes arrependidos, rendidos. Ele os
purifica, sem destruir sua personalidade. Eles se tornam santos com uma
santidade semelhante a de Cristo (Is 6:1-8). O fogo santo de Deus purifica os
crentes e os tornam mais humanos mais semelhantes ao que Deus planejou
quando os criou. Qualquer sarça será radiante quando queimar com o fogo de
Deus.

1.3 o fogo derrete. (ex 19:16-20).

Este texto fala da grande e visível manifestação de Deus a Israel no Monte


Sinai. Havia aproximadamente cinco milhões de pessoas com Moisés ao pé do
monte, na verdade, era um rochedo de quase dois mil pés de altura. Todo
Monte Sinai tremia violentamente com a presença de Deus (Dt 4:11-12).
Descarga após descarga de trovões reverberavam pelo céu. Os relâmpagos
cortavam continuamente as nuvens. Um toque agudo de trombeta soou cada
vez mais alto. Todo o cume do Monte Sinai ficou coberto de fumaça, nuvens
negras e profunda escuridão. O Senhor desceu então em fogo, as chamas
subiam da escuridão ululante a vista de todo o povo. O alto do monte
resplandecia com o fogo, e a glória de Deus cobria o lugar. Então o coração do
povo se derreteu como cera na presença do Deus de Jacó. O fogo do Espírito
derrete os corações endurecidos e os transformam para a glória do nome de
Jesus.
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1.4 o fogo endurece.

Praticamente, o mesmo fogo que amolece a cera endurece o barro. O


Espírito Santo que torna o crente mais brando, torna-o também mais forte, mais
resistente (At 20:23-24). Os guerreiros são forjados no furor das batalhas (Ef
6:12-18).

1.5 o fogo aquece.

O Espírito Santo qual fogo, torna a alma abrasada por uma ardente paixão,
serviço e zelo por Deus (At 1:8). João Batista profetizou que Jesus batizaria o
seu povo com o Espírito Santo e com fogo. No dia de Pentecostes, Deus
restaurou a glória do Senhor que Ezequiel vira antes de Deus remove-la do
templo séculos atrás (Ez 10:4-18). Desta vez, a glória ardente de Deus dividiu-
se em labaredas de fogo visível que pousaram sobre os discípulos (At 2:1-4).
Este foi o batismo com o Espírito Santo e com fogo que Jesus havia prometido
(At 1:5).

O fogo do Espírito pode ainda purificar, capacitar, encher, iluminar e refletir a


radiância de Deus. Os que vivem verdadeiramente na plenitude do Espírito
Santo são facilmente reconhecidos como homens ou mulheres de Deus.

2. SEGUNDO SÍMBOLO É A ÁGUA.

O Evangelho de João capitulo sete versículo trinta e sete a trinta e nove nos
fala de um acontecimento especial que estava sendo realizado pêlos
judeus,chamado festa dos tabernáculos ( Lv. 23:33-44).

Na festa que durava sete dias, o povo deixava as suas casas e morava em
cabanas ou tendas feitas de ramo de árvore (v. 40,42). Isso mostrava a
bondade da Deus para com o povo durante os 40 anos que viveram saem
habitação no deserto.

2.1 provisão de pão e água.

Exatamente nos último dia da festa, Cristo fica em pé e diz: se alguém tem
sede venha a mim e beba, isso nos mostra que:
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• Cristo é a fonte. (João 4:1-10).


• Cristo, a rocha fendida. (Ex 17:6).
• Paulo diz que a rocha era cristo. (I Co 10:4).
• Portanto ela satisfaz as mais profundas necessidades. (Jo 7:37).
• A sua provisão é inesgotável (7:17).
• Porque procede do altar de Deus (Ez 47:1-2).

2.2 qual é a utilidade da água?

• Refresca e dessedenta (Sl. 42:2;23:2)


• Faz brotar as árvores e a erva. (Jó 14:9); o Espírito Santo renova e
produz frutos em nossas vidas. (Gl. 5:22).
• A água limpa (Hb.10:22). O Espírito Santo lava e limpa o homem (Tt.3.5)
• Fertiliza e faz prosperar (Is.44:3);o Espírito Santo traz bênçãos e
prosperidade na vida de todos os que dele se aproximam (Sl 46).

2.3 qual o valor da água.

A água possui um grande valor pelo fato de ser indispensável a vida. (Rm.
8:10; I Co 12:3).

O Espírito Santo é um verdadeiro rio de vida inundando as nossas almas, e


limpando a poeira do pecado. O poder do Espírito Santo opera no reino
espiritual o que a água faz na ordem material. A água purifica, sacia, refresca e
torna a vida frutífera. Ela purifica o que está sujo e restaura a limpeza. De
modo que a água, é um símbolo adequado da graça divina que não somente
purifica a alma como também lhe acrescenta a beleza divina.

3. O terceiro símbolo é o óleo (zc. 4:2-6).

O profeta Zacarias tem uma visão esplendorosa de um castiçal de ouro puro.


O castiçal é um lampadário de azeite. Servia de apoio as sete lâmpadas, que
se achavam sob o vaso que continha o azeite, e estavam dispostos em
derredor do receptáculo. O azeite fluía do vaso para manter cheias as
lâmpadas. O vaso de azeite representa o poder inesgotável e abundante de
Deus através do Espírito Santo. As lâmpadas representam o povo de Deus,
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que outorga a plenitude da luz ao mundo, por causa do fluxo abundante que
emana do Espírito Santo.

• O azeite fala de restauração, cura, brilho, luz, energia e unção. Diante


dessas realidades, o que o povo de Deus precisa saber?

3.1 precisamos saber em primeiro lugar o que é unção.

Fala-se muito hoje sobre unção. Expressões como: pregador ungido, culto
ungido, unção liberada, unção de cura, tornaram-se comuns em nossa
linguagem. Mais o que vem a ser unção?

Ungir significa primariamente, untar com óleo ou ungüento. No velho


testamento encontramos a unção sendo usada para conferir autoridade,
estabelecer numa posição. Figurativamente, ungir com óleo era um símbolo de
capacitação do Espírito Santo para a execução dos deveres de um oficio, para
o qual alguém era consagrado.

Três classes de pessoas no velho testamento recebiam a unção com óleo: O


rei ( I Sm 24:6); o profeta (I Reis 19:16) e o sacerdote (Ex 28:4-7). Juntamente
com a unção vinha o Espírito Santo sobre eles, capacitando-os para o exercício
de suas funções.

No novo testamento a unção com óleo é usada para o enfermo, enquanto a


unção para o serviço é conferida pelo Espírito Santo sem a necessidade de
qualquer símbolo físico.

A figura central é Jesus, o Messias, sobre quem o Espírito Santo desce em


forma de pomba, na inauguração de seu ministério publico. Jesus é referido
como o ungido de Deus. O próprio termo Cristo é tradução grega da palavra
hebraica que significa ungido. Ele mesmo declara: o Espírito do Senhor está
sobre mim (Lc 4:18;At 10:38). Jesus transporta em si as três unções do velho
testamento. Ele é profeta, sacerdote e rei. O Espírito Santo está sobre ele sem
medida.

3.2 realidades espirituais da unção.


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O cerimonial da unção transmite algumas verdades espirituais que devemos


considerar:

o A UNÇÃO É UM ELEMENTO DIVINO DE SEPARAÇÃO DE


ALGUÉM PARA UMA DETERMINADA MISSÃO.

A bíblia mostra que nós fomos separados do mundo e passamos a viver


como filhos de Deus a partir do momento que tivemos a experiência do novo
nascimento (João 3:3-8). Nesse texto Jesus fala de dois nascimentos:

1. NASCIDO DA CARNE – Nascimento físico, do qual você recebeu uma


certidão civil.

2. NASCIDO DO ESPÍRITO – Nascimento espiritual, que acontece quando


você abre o coração para a palavra de Deus e o Espírito Santo.

O que significa nascer da água e do espírito? Assim como para que você
viesse a terra, foi necessário ser gerado no ventre de sua mãe pela semente de
seu pai, espiritualmente, a semente de Deus, que é Jesus, a palavra viva,
representada pela água, é plantada em seu coração. Ali o Espírito Santo
trabalha, e algo acontece em seu interior: o novo nascimento.

Ou seja, da união entre o Espírito Santo e a palavra, dentro de você, a vida


de Deus é gerada em seu coração. Assim como você sente o vento e não sabe
de onde ele vem ou para onde vai, quando você nasce de novo, percebe uma
mudança interior embora não saiba explicar como as coisas aconteceram. Algo
novo veio a luz. Deus se tornou presente e real. Está dentro de você. Você não
sabe como sabe, mas sabe que sabe que ele veio morar em seu coração. Raia
um novo dia, uma nova esperança, há uma sensação de plenitude!

Você passa a fazer parte do registro de nascimento do livro da vida. Recebe


um novo nome: filho de Deus. Você adquire uma nova identidade. A palavra de
Deus agora o chama de santo, eleito, justo, crente, membro da família de
Deus, herdeiro de Deus, e co-herdeiro com Cristo. O céu é o seu destino final
por direito de novo nascimento. Você passa a estar em aliança com Deus.
Tudo que é seu é de Deus e tudo que é de Deus é seu. Isso é maravilhoso!
18

o A UNÇÃO TRANSMITE HABILIDADE DIVINA PARA O


CUMPRIMENTO DA MISSÃO CONFIADA.
o A UNÇÃO TRAZ UM ELEMENTO DE MUDANÇA DE POSIÇÃO
E DE QUALIDADE DO SER.
o A UNÇÃO FALA DE POSIÇÃO, HABILIDADE E IDENTIDADE.
DEUS INVESTE, CAPACITA E TRANSFORMA.

3.3 o agente da unção.

Antes que Jesus consumasse sua obra na cruz do calvário, ele fez uma
maravilhosa promessa: Se pedirdes alguma coisa em meu nome eu o farei.

Se me amardes guardareis os meus mandamentos.

E eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro consolador, para que fique convosco
para sempre.

O espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê,
nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós
(João 14:16-17). Que promessa extraordinária! Na nova aliança todos os
discípulos seriam privilegiados recebendo o Espirito Santo não apenas sobre
eles mas dentro deles.

Há dois incidentes após a ressurreição de Cristo, que ilustram três facetas


da Unção: Separação, habilidade e identidade.

• NO CENÁCULO (Jo. 20:21-22).

Aqui os discípulos se tornam os primeiros da família de Deus a serem


recriados no espírito pelo poder regenerador do Espírito Santo. Nascem de
novo, são separados do mundo e ocupam uma nova posição. Assumem uma
nova identidade: São filhos de Deus.

• CINQÜENTA DIAS DEPOIS, O ESPIRITO SANTO É DERRAMADO,


CONFORME O RELATO DE ATOS DOS APÓSTOLOS, CAPÍTULO
DOIS.
19

Todos ficaram cheios do Espírito Santo. Esse era o cumprimento da


promessa de Jesus (At. 1:8).

Agora os discípulos recebem a habilidade divina para o cumprimento da


missão. O Espírito Santo é o agente da unção divina, ele ungiu Jesus, ungiu os
Apóstolos e continua a liberar a sua unção na vida dos seus eleitos.

Se no Antigo Testamento o óleo era o símbolo de que o Espírito Santo era


derramado e vinha sobre o ungido, hoje, após a obra de redenção efetuada por
Jesus, o próprio Espírito é o agente, o veiculo do pai, através do qual a unção é
conferida à igreja.

4. O quarto símbolo é o selo (ef. 1:13-14).

O texto acima citado fala da ação da trindade na redenção da humanidade,


Paulo diz que antes que os céus e a terra fossem criados, Deus, nos seus
decretos divinos já tinha escolhido um povo que seria abençoado com toda
sorte de bênçãos espirituais (v.3-5). A partir do versículo sete, o Apóstolo
mostra que Deus filho, assume a forma humana para executar o plano de Deus
pai (Fp. 2:5-8). Os versículos 13 e 14 falam da obra do Espirito Santo, Paulo
diz: Em quem também vós estais depois que ouvistes a palavra da verdade o
Evangelho da vossa salvação e tendo nele também crido, fostes selados com o
Espírito Santo da Promessa, o qual é o penhor da vossa herança para
redenção da possessão de Deus para louvor da sua glória. Paulo está
afirmando que quando o homem aceita o plano de Deus, que foi manifestado e
executado por Jesus cristo, o ser humano recebe o selo do Espirito Santo.
Quero fazer algumas considerações sobre o selo do Espirito em nós.

4.1 o selo do espirito em nós é prova de propriedade.

A cidade de Éfeso era um porto marítimo, e havia ali um grande comércio de


madeira, os grandes senhores enviavam os seus trabalhadores para comprar
as mercadorias, eles compravam, selavam, e depois mandava as pessoas
responsáveis entregá-las no endereço do comprador, a mercadoria era
identificada através do próprio selo do seu senhor. Ao falar do Espirito Santo
como selo, baseado neste costume dos Efésios, o Apóstolo nos ensina que o
20

Espirito Santo em nós é prova autentica de que somos possessão e


propriedade de Deus (I Pd. 2:9).

4.2 selo do Espírito santo em nós é prova de legitimidade e autoridade


(rm. 8:1-17).

Os documentos de então eram reconhecidos e válidos mediante os selos da


união, do estado. Quando Jesus foi sepultado, os principais sacerdotes
pretenderam manter em segurança sua sepultura, selando-a e conservando-a
sob guarda. Violar aquele selo era implícito ataque ao governo romano.

Assim, aquele que ataca um filho de Deus, por ele selado com o Espirito
Santo, ataca a autoridade do governo celestial que nos tem autenticado com
verdadeiros filhos de Deus.

4.3 segurança e preservação.

O Espírito Santo preserva a nossa vida da contaminação do mundo (Sl.


121;46;23).

4.4 o selo é o Espírito santo.

A Bíblia diz que:

• Jesus viveu pelo Espírito Santo (Lc.4:18);


• Jesus se ofereceu e morreu pelo Espírito Santo (Hb.9:14)
• Ressuscitou pelo Espírito Santo (Rm. 8:11)
• Vive em nós pelo Espírito Santo (Cl. 1:27)
• Produz vida em nós pelo Espírito Santo (Gl.6:8).
• O Espírito Santo ajuda o crente a aproximar-se de Deus (Ef 2:18)
• Edifica o crente com templo santo (Ef. 2:21-22)
• Revela o mistério de Cristo (3:4-5)
• Fortalece o crente com poder no homem interior (Ef.3:16)
• Ajuda na oração e na guerra espiritual (Ef.6:18).

4.5 selo do Espírito é o penhor, a garantia a certeza da nossa salvação.


21

Paulo diz que Deus colocou o Espírito no coração do crente como penhor da
nossa herança até o resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.
Penhor é algo que se deixa como garantia de que se vai voltar para efetuar o
pagamento; de que se vai retornar para cumprir uma promessa. O Senhor
Jesus nos deixou o Espirito como penhor, como garantia absoluta da nossa
salvação, como prova de que não só estamos salvos, mas como também um
dia ele voltará, ressuscitará nosso corpo mortal e o tomará como propriedade
exclusiva sua, para louvor da sua glória.

4.6 Espírito santo é nossa garantia de comunhão com deus.

Em I João 3:24 está dito: E aquele que permanece em nós pelo Espirito que
nos deu. Eu permaneço em Deus e Deus permanece em mim. Sei que ele
permanece em mim pelo Espírito que me deu. Deus está com você, morando
em seu coração. Você tem o Espírito acredite nisso!

4.7 Espírito é nossa consolação. (jo 14:16).

Os discípulos de vez em quando se sentiam desanimados, tristes,


alquebrados: deixamos tudo para te seguir, a casa, a família, a pesca, tudo.

Que vamos fazer agora? Jesus vem e os conforta: ouçam, vocês vão Ter
aqui cem vezes mais. Quanto o que está por vir, nem dá para falar. Então eles
retrucam: somos os párias do mundo! O que vai ser de nós? Jesus responde:
vocês vão reinar, vão governar no reino de Deus.

Agora Jesus está para partir, e eles estão murchos, deprimidos, então Jesus
lhes diz: pensem, a mulher quando está para dar a luz ela fica abatida, sente
dores, o que vocês estão sentindo agora são dores de parto da salvação.

Eu vou sentir as agonias. Mais vocês estão vivendo à sombra desta agonia.
A vida, no entanto, não é só de parto. A cruz não ficará erguida para sempre.
Eu vou ressuscitar. Vocês então vão ficar alegres como a mulher, que ao Ter o
filho, toma-o nos braços, chorando, e diz: Graças a Deus meu neném! A
ressurreição vai fazer isto! E mais ainda: Eu vou mandar-lhe outro consolador.
Na verdade Jesus subiu para o céu, mas a igreja ficou retumbante como
22

nunca, alegre, poderosa e transbordante do Espírito. Ela tem a presença do


consolador, presença animadora do Senhor, do próprio Jesus.

TEXTO: ATOS 2:1-4

PLENITUDE DO ESPIRITO SANTO

A Bíblia nos informa em Atos dos Apóstolos capítulo primeiro que Jesus
antes de ser assunto aos céus reuniu os seus discípulos no monte das
oliveiras, com objetivo de transmitir-lhes as últimas instruções concernentes a
missão que eles teriam que desempenhar. Porém os versículos seis e sete
mostram que os discípulos estavam preocupados com a independência política
da nação de Israel. Então Jesus lhes diz que eles não deveriam se preocupar
com os tempos ou épocas que o pai havia estabelecido pelo seu próprio poder,
eles deveriam se preocupar em buscar a plenitude do Espirito santo com o
propósito de se tornarem testemunhas de Jesus em Jerusalém, toda Judéia,
Samaria e até os confins da terra (At. 1:8).

Em Atos capítulo 2, os discípulos estão reunidos quando subitamente algo


extraordinário começa a acontecer, a bíblia diz que de repente, veio do céu um
som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda à casa e todos
ficaram cheios do Espírito Santo. Então os judeus ficam atônitos e começam a
perguntar o que era aquilo.

Na verdade o que estava acontecendo com os discípulos era o cumprimento


das promessas de Jesus registradas no evangelho de João. Vejamos:

1. JESUS PROMETEU QUE ENVIARIA O ESPÍRITO REGENERADOR.


(JOÃO 3:5-6).

Este Espírito regenerador viria para inaugurar a igreja. Uma igreja que nasce
com membros que tem a vida de Deus em seus corações.
23

2. JESUS PROMETE QUE A IGREJA SERIA HABITADA PELO ESPÍRITO


SANTO. (V. 14:16-17).

A igreja se torna o endereço de Deus a residência de Deus na terra.

3. A IGREJA RECEBE O ESPÍRITO REVELADOR DE JESUS. (V. 15:26)

4. A IGREJA RECEBE O ESPÍRITO CONVENCEDOR, DO PECADO DA


JUSTIÇA E DO JUÍZO. (V. 16:7-11).

5. O ESPÍRITO GLORIFICADOR DE JESUS. (V. 16:14).

O capítulo dois de Atos nos informa que a igreja foi abençoada tendo uma
experiência gloriosa com o Espírito Santo. Como o livro de Atos descreve esta
experiência? Descreve-a da seguinte forma:

I. A PRIMEIRA DESCRIÇÃO DESTA EXPERIÊNCIA É UM REVESTIMENTO


DE PODER. (LC. 24:49).

Aqui está uma igreja revestida de poder. Dunamis: Dinamite, poder explosivo
que despedaça as cadeias do pecado, da carne do mundo põe por terra as
portas do inferno. (Mt. 16:18; Ef. 1:17-22...).

A igreja foi gerada para ser o reservatório do poder de Deus na terra.

O mundo busca no ocultismo manifestações sobrenaturais, o povo quer ver


o poder. Queridos o revestimento de poder é uma arma imprescindível que
Deus deu para a igreja a fim de que possamos vencer a batalha que está
dentro de nós. Nenhum de nós escolhe entrar na batalha, mas já estamos nela.
Ou vencemos, ou somos derrotados. (Ef 6:12).

A maior fonte de energia, na terra, não está nos poços de petróleo da Arábia
Saudita, Kuwait, Iraque ou Golfo Pérsico, mas ela está escondida dentro dos
poços e rios do Espírito Santo, dentro do coração da igreja, cheia do Espírito
santo é ai onde está o poder, é ai onde está a glória, é ai onde está a
autoridade. O espírito santo é dinamite!
24

Os homens transformaram o cristianismo em mera religião de letra,de


fórmulas, de cerimônias vazias, mas a nova aliança, não é aliança da letra, que
enche só a cabeça, mas não muda a natureza. A nova aliança é a aliança do
Espírito que enche o coração.Que transforma a natureza e que é canal de
demonstração do poder de Deus.

Em II. Corintios 3:4-6 Paulo faz alusão ao que aconteceu com Moisés,
dizendo que a aliança da letra era gloriosa e tão gloriosa era que quando
Moisés desceu do monte trazendo nas mãos as tábuas da aliança, seu rosto
brilhava.Todavia,Há muito maior glória na aliança do Espírito.

É por isso que hoje Deus está levantando um exército que vai se recusar
viver uma vidinha cristã de alisar bancos de igreja. Sendo cada dia a mesma
coisa. O exército que está sendo levantado por ele é verdadeiramente
possuído pelo seu Espírito e é canal através do qual Deus hoje realiza as
mesmas obras poderosas que realizou na terra por meio de Jesus Cristo de
Nazaré.

II. A SEGUNDA DESCRIÇÃO DESTA EXPERIÊNCIA É CHAMADA DE A


PROMESSA DO PAI (Lc.24:49).

A promessa é uma referência a Isaias 32:15;44:3;Joel 2:28. Deus diz: Eu vou


derramar água. Não importa o teu deserto, a tua sequidão, ele diz que vai
derramar água e fazer o deserto florescer (Atos 2:33 e 39). A promessa do pai
não foi só para aqueles presentes no Dia de Pentecostes (v. 4). Mas também
para todos que cressem em Cristo durante toda esta era: A vós – os ouvintes
de Pedro; a vossos filhos – à geração seguinte; a todos que estão longe. A
terceira geração e as subseqüentes. Todos os salvos precisam receber a
promessa.

III. ESTA EXPERIÊNCIA É CHAMADA DE BATISMO COM O ESPÍRITO


SANTO.

A palavra batizar significa: mergulhar, submergir, estar na esfera de,


envolvido por, sob o domínio de.
25

Quando o homem aceita a Jesus, ele passa a possuir o Espírito Santo (Ef
1:13).

Quando você é batizado no Espírito Santo o Espírito santo possui você. (At
1:5; Ez 47).

Quando você nasce de novo, o Espírito Santo te batiza em Jesus.(Rm 6:3)


(Gl 3:27-28).

Depois Jesus vem, e te batiza com o Espírito Santo. (Lc 3:16).

Nesta experiência do batismo. Há dois verbos:

a. Batizar.
b. Beber.

Em João 7:37-38, Jesus convida: Se alguém tem sede venha a mim e beba.

Em João 4:13-14, Jesus diz para a samaritana que pode criar um poço
dentro dela.

Na experiência de Atos, eles estão na presença de Deus, e começam a


beber, e vão bebendo, e a água do poço vai subindo e de repente Deus
derrama o Espírito Santo, e é água por dentro e água por fora, e começam a
falar em novas línguas, e começam a glorificar a Deus ao mesmo tempo são
revestidos de poder. São envolvidos por um vento, por um fogo. É algo que os
tomam por dentro e por fora e os lança numa mesma dimensão.

Esta experiência é chamada de batismo com o Espírito Santo. O batismo


com o Espírito Santo era uma realidade sempre presente na vida da igreja de
Jerusalém. (Atos 2:38-39).

Porque ao longo de sua trajetória a igreja foi perdendo esse mover de Deus?
Por causa de seus desvios, da sua apostasia, ou seja na medida que a igreja ia
se afastando das verdades bíblicas, o Espírito Santo ia se apagando.
26

Então surgiram os compêndios teológicos tentando mostrar que aquelas


manifestações era só um sinal para ajudar na edificação da igreja primitiva e
que hoje

não é mais necessário. Mas a bíblia diz que o batismo com o Espírito Santo é
para todos que professam sua fé em Cristo. (v. 2:38-39).

Apesar do argumentos contrários, nunca na história da igreja Deus deixou de


manifestar esta benção na vida de pessoas.

No quarto século, o notável teólogo Agostinho, escreveu: Ainda fazemos


como fizeram os apóstolos, quando impuseram as mãos sobre os samaritanos,
invocando sobre eles o Espírito mediante a imposição das mãos. Espera-se por
parte dos convertidos que falem e novas línguas.

Irineu, notável líder da igreja, era discípulo de Policarpo, que por sua vez foi
discípulo do apóstolo João. Irineu escreveu: Temos em nossas igrejas muitos
irmãos que possuem dons espirituais e por meio do espírito falam toda a sorte
de línguas.

A enciclopédia britânica declara que a benção do batismo no Espírito Santo


ocorreu em reavivamentos cristãos durante todas as eras.

TEXTO: ATOS: 2:1-4

A EVIDÊNCIA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO.

De acordo com a bíblia, as línguas desconhecidas é evidencia física inicial


do batismo no Espírito Santo. A bíblia nos informa com precisão o que
acontecia quando os cristãos do primeira século eram cheios do Espírito Santo:
27

Falavam em outras línguas conforme o Espírito santo lhes concedia que


falassem.

O livro de atos, quando o lemos, recebemos um forte sentimento de vida, e


de esperança, diante do maravilhoso, profundo, glorioso e vivo despertamento
que descreve. Atos registra apreciável numero de incidentes que relatam o que
ocorreu quando os crentes foram batizados no Espírito Santo, vejamos:

1. O primeiro registro encontra-se em Atos dois. Este incidente deu


cumprimento a promessa de Jesus, em João 7:37-38. Cada crente no cenáculo
foi cheio do Espírito Santo. No dia de Pentecoste cada um falou em outras
línguas pelo poder sobrenatural do Espírito Santo.

2. Na casa de Cornélio.(Atos 10:43-48)

- Cornélio teve uma visão em que o Senhor lhe fala em recompensa-lo, o


Senhor ordena que ele envie homens a Jope e mande chamar a Pedro que
estava hospedado na casa de um certo Simão o curtidor. Por sua vez, Pedro
tem uma visão onde ele percebe claramente que deve ir a Cesaréia e ouvir o
que Cornélio tinha à lhe dizer. Depois que ouve o relato de Cornélio, Pedro
abre a boca e começa a transmitir aquilo que Deus vai colocando em seu
coração.

- Pedro começa a transmitir uma mensagem em que ressalta alguns aspectos


no ministério de Jesus. Ele afirma a respeito de Jesus as seguintes coisas:

- Que foi ungido com o Espírito Santo.

- Tinha o poder de Deus em sua vida.

- Andou fazendo o bem.

- Curou a todos os oprimidos do diabo.

- Deus era com ele.

- Mataram-no pregando-o em um madeiro.


28

- Mandou que pregassem ao povo e testificou que ele é o que Deus colocou
por juiz de vivos e mortos.

- Aqueles que cressem nele recebia perdão dos pecados. E resultado do


sermão foi o seguinte:

- O Espírito Santo vem sobre todos os que ouvem a mensagem e todos falam
em outras línguas (Atos 10:44-46).

3. Em Éfeso (Atos 19:1-7).

Paulo se aproxima de doze discípulos e lhes perguntam se já haviam


recebido o Espírito Santo, eles então respondem que nunca ouviram falar que
haja Espírito Santo. Paulo então lhes perguntam em que batismo eles foram
imersos, ao que eles respondem que foram batizados no batismo de João.
Paulo então, impõe as mãos sobre eles a fim de que recebessem o Espírito de
Deus Então a palavra nos informa que todos ficaram cheios do Espírito Santo.

Por que Lucas afirma que esses homens ficaram plenos do Espírito? Porque
eles tanto falavam em línguas quanto profetizavam (Atos 19:6).

4. Em Samaria (Atos 8:14-25).

Esse texto nos informa que Filipe, devido a perseguição encabeçada pêlos
judeus aos cristãos, desceu à Samaria, e naquela cidade, ele começou a
anunciar o evangelho.

A Bíblia diz que Deus autenticava a mensagem de Filipe com sinais


maravilhosos: Os espíritos imundos fugiam espavoridos de diante dele, os
coxos se levantavam e andavam e havia grande alegria naquela cidade. A
Bíblia nos diz que os Apóstolos que estavam em Jerusalém, ouvindo que
Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. Esses
Apóstolos foram enviados para catequizar os novos convertidos, para fortalecê-
los e ajudá-los a firmarem-se nos caminhos do Senhor. O versículo quinze do
capitulo oito nos mostra que eles oraram para que os discípulos recebessem o
Espírito Santo. Então impuseram-lhes as mãos e receberam o Espírito Santo.
29

Esse texto não fala claramente que os discípulos falaram em línguas. Contudo
algo nos chama a atenção, que é exatamente o impacto que a descida do
Espírito causou em um mágico chamado Simão. A Bíblia diz que ele era muito
respeitado em Samaria e era visto pêlos samaritanos como uma manifestação
visível do poder de Deus. Porém, ao presenciar as manifestações de curas
através da vida de Filipe, aquele homem ficou impressionado, a ponto de se
converter. Quando Simão percebeu, que pela imposição das mãos dos
Apóstolos, o Espírito era derramado sobre o povo, ofereceu dinheiro a Pedro e
a João a fim de comprar a capacidade de poder impor as mãos sobre as
pessoas e elas receberem o Espírito Santo. A grande questão é a seguinte: O
que provocou uma reação ou admiração tão forte em Simão? Com certeza não
foram as manifestações e expulsões de demônios ou as manifestações de cura
física, pois ele já havia presenciado tudo isso. Algum sinal visível causou ou
chamou a atenção de Simão. A conclusão a que chegamos é que os
discípulos residentes em Samaria, receberam o batismo no Espirito Santo com
a evidência física do falar em outras línguas. Depois, temos a confirmação da
história que informa que os samaritanos falavam em línguas desconhecidas.

5. Em Atos 9:17 –

Lemos que Ananias impôs as mãos sobre Paulo e o mesmo foi cheio do
Espírito Santo. O texto não diz que ele tenha falado em línguas, porém, quando
escreveu a sua primeira carta aos Coríntios, ele dizia: Dou graças a Deus
porque falo mais línguas do que todos vós (I Co 14:18).

- Assim em todos os casos, em que crentes foram batizados com o Espírito


Santo falaram em novas línguas.

- Esta promessa é minha, a experiência de Jerusalém é para minha vida.

- POR QUE FALAR EM LÍNGUAS?

a. Porque significa orar em linha direta com a vontade de Deus I Co 14:14-15

b. É um recurso poderoso na batalha espiritual. Rm 8:26


30

c. Traz edificação espiritual I Co 14:4

d. É um sinal para os não crentes. I Co 14:22

Em I Coríntios Paulo dedicou quase um capitulo inteiro sobre o assunto do


falar em línguas estranhas. Paulo disse algo sobre a interpretação de línguas,
mas o capitulo em sua maior parte, gira em torno do falar em línguas
estranhas. Não são muitos os temas ventilados na Bíblia sobre o qual um
capitulo inteiro foi dedicado a um assunto apenas. Para exemplificar, a oração
reveste-se de capital importância.

Mas em parte alguma na Bíblia encontramos um capitulo inteiro sobre a


oração.

- O dízimo é considerado um assunto de extrema relevância contudo, não


encontramos um capitulo inteiro dedicado a questão da contribuição.

- O batismo nas águas é um assunto de um profundo significado, é um símbolo


importantíssimo do cristianismo, não obstante, não encontramos um capitulo
inteiro dedicado a essa doutrina.

- O novo nascimento considerado a base fundamental da vida cristã, pois sem


regeneração não existe nova vida, existe uma mera religiosidade vazia e
desvirtuada de valores eternos. Também não se encontra um capitulo completo
dedicado a matéria.

- Todos esses assuntos são importantes porém dedicar em um capitulo inteiro


sobre um assunto, é porque Deus queria que seu povo atentasse e praticasse
verdadeiramente essa importante manifestação do Espírito Santo o nosso erro
é que muitas vezes, lemos a palavra de Deus com óculos coloridos pelas
tradições. Ou seja, por muitas vezes nem percebemos a importância daquilo
que a Bíblia diz porque cremos que já sabemos o que ele ensina.

- De acordo com o capitulo 14 de I Coríntios o Apóstolo mostra que as línguas


são importantes porque elas trazem:

1. Descanso e refrigério ao nosso espírito. (Is 28:11-12);


31

2. As línguas vêm como um grande sinal. (Mc 16:17);

- Quando o Espírito Santo foi enviado à terra para tomar o lugar de Jesus, a fim
de estabelecer a igreja, para fazer residência permanente nela, o primeiro
sinal que atestou sua presença foi que eles, os discípulos, falaram em línguas.
Aquele era o sinal de que o Espírito Santo como pessoa era residente e
presidente dentro dos discípulos.

- Quando Jesus chegou ao cenáculo e soprou sobre os discípulos, dizendo:


Recebei o Espírito Santo. Naquela hora os discípulos nasceram de novo. O
espírito deles, foi recriado. Eles, agora, tinham em si mesmos a presença do
Espírito Santo.

Mas quando o Espírito Santo desceu falaram em línguas, esta era a


manifestação de que o Espírito santo agora, lhes tinha. Qual é a diferença? No
novo nascimento eu tenho o Espírito Santo. Mas no batismo no Espírito Santo.
O Espírito Santo me tem. O que isso significa? Significa que Ele tem o meu
Espírito, minha alma e o meu corpo, ele tem minha língua, minhas mãos, ele
me tem por inteiro e por isso pode se manifestar nos nove dons como lhe
apraz.

O Dom de línguas tem sido criticado, combatido e mal interpretado por


muitas pessoas que se declaram especialistas em Bíblia, contudo o assunto
torna-se de fundamental importância para a vida da igreja, pois entendemos
que quanto mais combatida for uma manifestação de Deus maior será a sua
importância.

Na verdade, a importância do desenvolvimento das línguas no seio da igreja


é de tão alto grau e cuidado, que o Apóstolo Paulo decidiu dar recomendações
a respeito deste Dom. Quando abrimos a palavra de Deus em I Corintios 12:28
lemos: A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente Apóstolos; em
segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois operadores de
milagres; depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.
Notem que a última palavra é variedade de línguas. Que variedade de línguas
é esta? Na verdade há vários tipos de línguas. Vejamos:
32

I. O PRIMEIRO TIPO DE LÍNGUA É LÍNGUA PARA AUTO – EDIFICAÇÃO


ESPIRITUAL.

É uma linguagem de oração,é algo privado. Só serve para nós mesmo.

Para sermos canais através dos quais Deus manifesta os dons sobrenaturais
do Espírito Santo, precisamos edificar o nosso espírito. Quanto mais
edificamos o nosso espírito pelo exercício de falar em línguas tanto mais cheio
fica o nosso espírito. Sendo que o poder é liberado em maior medida.

Em Judas 1:20 Lemos: Vós porém amados, edificando-vos na vossa


santíssima fé, orando no Espírito Santo. O que significa orar no Espírito Santo?
Em I Coríntios 14:14 lemos: Porque se eu orar em outra língua, o meu espírito
ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera. Em outras palavras, quando
estamos orando em línguas pelo Espírito Santo estamos orando mesmo. A
minha mente não entende (porque ela é a sede da alma e não do espírito que
experimentou o milagre do nova nascimento), então essa oração em línguas
brota da minha boca é separada da minha mente, eu não penso para falar, eu
não sei o que estou dizendo, a não ser por uma outra manifestação do Espírito
que se chama interpretação de línguas.

Então o que é orar em línguas? É orar em espírito, Paulo está dizendo neste
texto que quando estou orando em línguas, estou orando no espírito com a
ajuda do Espírito Santo. Quando Paulo diz aos Efésios 6:18 orando em todo o
tempo no espírito. Ele está dizendo que nós devemos está em todo o tempo
orando em línguas.

E quando Judas diz: edificando-vos na vossa santíssima fé orando no


espírito, equivale a dizer orando em línguas. Esses textos afirmam que isto nos
edifica. Quando se usa corretamente o dom de línguas, crescemos
espiritualmente, nossa fé se fortalece e nos tornamos em grandes instrumentos
para louvor da glória de Deus.

II. O SEGUNDO TIPO DE LÍNGUAS É LÍNGUAS PARA INTERPRETAÇÃO.


33

Este tipo de línguas não é para o indivíduo em particular, serve para a


congregação. Paulo diz em I Coríntios 14:13, que aquele que fala em língua
ore para que a possa interpretar. Paulo diz ainda que quando estamos na
congregação não devemos ficar falando em línguas. Por que Paulo faz esta
colocação? Porque quando nos reunimos como corpo de Cristo é para edificar
o corpo. Agora quando o corpo adora a Deus, celebra ao Senhor, tira um
momento para ministrar ao Senhor, então todos podem orar em espirito,
porque não estamos concentrados em ninguém, a não ser em Deus.

Porém no momento da palavra, da pregação, a mensagem deve ser numa


língua que a mente possa entender. Se porventura falar em outra língua deve
haver interpretação para que todo o corpo seja edificado.

Quando alguém se levanta na congregação trazendo uma mensagem em


línguas, não está falando a Deus, mas está trazendo uma mensagem em uma
língua que pode ser dos anjos, que pode ser da terra para a congregação, e
neste caso, nesta manifestação depende de uma outra manifestação:
Interpretação de línguas, sendo que isso equivale a profecia. Ou seja, línguas
mais interpretação é igual a uma manifestação semelhante a profecia. Você
pode perguntar: Mas por que Deus traz uma manifestação em línguas? Na
verdade, as manifestações sobrenaturais do Espírito santo revelam que Deus
está presente na igreja. A presença do Cristo vivo com poder está dentro da
igreja.

É sobre esse tipo de língua que no capitulo doze de. I Coríntios Paulo
pergunta: Falam todos em outras línguas? E a resposta é não. Todos podeis e
deveis falar em línguas para a edificação espiritual, porém nem todos recebem
na congregação, uma mensagem em línguas.

III. O TERCEIRO TIPO DE LÍNGUA É LÍNGUA COMO UM SINAL PARA O


INCRÉDULO (I Coríntios 14:22).

A mensagem que alguém traz em línguas, na congregação, não é


necessariamente uma língua desconhecida aqui na terra, é uma língua como
34

um sinal para o incrédulo, é uma língua estrangeira conhecida. Esta


manifestação de línguas pode acontecer de duas maneiras:

a) Quando alguém está falando em português, e o alemão, por exemplo escuta


em alemão.

b. Quando alguém se levanta, por exemplo, e fala em alemão, e outra


pessoa faz a interpretação.

Joohn L. Sherrill em seu livro eles falam em outras línguas, relata a


experiência vivida por um Missionário entre os Pahns no interior da África. O
relato é o seguinte:

"O reverendo H. B. Garlock e sua esposa, vindos de Toms River, estado de


nova Jérsei, apresentaram-se como voluntários para uma perigosa
incumbência: deveriam ir à África como missionários entre os Pahns. E o
motivo era simples. Os Pahns eram canibais.

A família Garlock chegou na Libéria e armou acampamento juntamente com


um grupo de crente africanos, cujas fronteiras tribais eram contíguas ao
território dos Pahns. Quase que imediatamente a Sra. Garlock ficou afetada
pela malária. Seu pequeno suprimento de medicamentos logo ficou esgotado, e
a febre continuava subindo. Garlock teve muita dificuldade em persuadir aos
nativos a tomarem uma rota mais curta, até a costa, para irem buscar mais
medicamentos, porque tal caminho atravessava o território dos Pahns.

Finalmente, portanto, Garlock convenceu ao chefe africano que era possível


evitar as áreas mais perigosas, e que se o medicamento não chegasse logo, a
Sra. Garlock bem poderia vir a falecer. Certa manhã, madrugada ainda, um
grupo de homens saiu do acampamento e partiram, cheios de apreensões,
para trazer de volta os suprimentos.

Cerca do meio dia o líder dos carregadores repentinamente apareceu à


entrada da cabana de barro onde jazia enferma a Sra. Garlock. Vinha quase
sem fôlego. Ofegante, conseguiu revelar o que tinha acontecido. Um de seus
35

homens havia sido capturado pêlos canibais. O africano assegurou aos dois
missionários que a menos que o homem pudesse ser livrado, seria comido.

Garlock percebeu que a culpa fora sua. Providencialmente, a febre de sua


esposa começara a diminuir naquela mesma manhã, cerca de uma hora depois
que o grupo partira em busca de socorros médicos. Sem a menor hesitação,
Garlock adentrou-se pessoalmente pelo território dos Pahns, levando consigo
alguns poucos guerreiros selecionados, tentaria libertar o homem aprisionado.

Pouco antes do anoitecer, o pequeno grupo chegou à aldeia, onde o


carregador estava retido. Uma cerca de madeira cercava o agrupamento de
choças, mas ninguém estava de guarda do lado de fora. Garlock espiou
cuidadosamente através da cerca e viu que uma das choças tinha sentinelas
postados defronte.

Dois homens armados de lanças, estavam agachados do lado de fora, no


chão.

Seus cabelos estavam entrelaçados em longas tranças; seus dentes


incisivos haviam sido limados em ponta.

Aquela era a prisão, decidiu Garlock. Voltou-se para os seus homens. Eu


vou entrar, sussurrou ele. Se houver dificuldades, façam todo o barulho que
puderem. Eu tentarei escapar no meio da confusão.

Garlock estava contando com dois fatos, para ajuda-lo. Um deles era a
probabilidade que os Pahns nunca tinham visto um homem branco: e esperava
que isto lhe desse a vantagem da surpresa.

O outro é que ele acreditava nas histórias miraculosas da Bíblia que narram
ajudas sobrenaturais que chegam no momento mais critico da necessidade.
Garlock estava orando quando entrou na área cercada dos canibais. Orava
para que Deus lhe mostrasse, passo a passo o que deveria fazer.

Andando o mais alto e reto que podia, Garlock se encaminhou diretamente


para a entrada da choça que servia de prisão. As sentinelas ficaram por demais
36

atônitas para faze-lo parar. Passou pelo meio deles e se meteu pela choça a
dentro. Do lado de fora havia o guarda, que começara a gritar: ouviu pés
baterem de encontro a terra batida, enquanto outros corriam para virem unir-se
a eles. No escuro interior da choça , Garlock foi engatinhando para a frente até
que suas mãos tocaram em uma figura amarrada no poste central da choça.

Garlock tirou uma faca do bolso e cortou as cordas que o amarravam. O


carregador falou com ele. Parecia incapaz, entretanto, de qualquer esforço em
seu próprio proveito.

Garlock veio arrastando o homem aterrorizado pela porta afora. Mas só pôde
chegar até ali. Na clareira havia uma multidão ululante, ameaçadora, de
africanos armados de facões, lanças e machadinhas.

Garlock procurou escutar seus próprios homens, do lado de fora, que


deveriam estar fazendo ruído para distrair a atenção dos canibais. Mas, do lado
de fora, tudo era o maior silencio. Garlock compreendeu que fora abandonado.

Nada lhe restava senão tentar um blefe. Com grande deliberação, colocou o
prisioneiro encostado na choça, e então ele mesmo se sentou sobre o crânio
de elefante que havia ao lado da entrada. Durante todo o tempo, entretanto,
estava orando. A multidão manteve distância, ainda gritando e movimentando-
se em círculos, mas sem aproxima-se.

Apareceu a lua cheia. Garlock estava calmamente sentado sobre a cabeça


do elefante. Finalmente, o povo se agachou em grande semicírculo, defronte
da choça. No centro desse anel, Garlock conseguiu perceber o chefe da tribo e,
ao lado dele, o feiticeiro da vila.

Subitamente, o feiticeiro se levantou. Correu alguns poucos passos na


direção de Garlock, e então parou. Trazia um bastão de cana, sacudiu-o na
direção de Garlock, e então começou a andar em passos largos, entre o
missionário e o chefe da tribo, falando em altas vozes e gesticulando
ocasionalmente em direção do prisioneiro. Garlock não podia entender uma
palavra do que o feiticeiro dizia, mas era claro para ele que estava sendo
julgado.
37

O feiticeiro arengou Garlock dessa maneira durante uma hora, e então, mui
abruptamente, parou. Chegou pela primeira vez diretamente até Garlock, e
espiou de perto o seu rosto. O feiticeiro esticou o pescoço para frente, e tornou-
o a recua-lo, em meio às vivas dos nativos que a tudo completavam com o
maior interesse. E então, com grande ostentação, colocou o bastão no chão,
aos pés de Garlock. E deu alguns passos para traz, esperando.

Sobreveio o silêncio sobre a tribo. Garlock entendeu que chegara agora o


tempo dele falar em sua defesa.

Mas, como?! Garlock não conhecia uma única palavra do idioma pahn. A
multidão começou a ficar inquieta.

Lutando para ganhar tempo, Garlock se levantou e apanhou o bastão.


Instantaneamente os nativos fizeram silêncio. E, enquanto esperavam, Garlock
orava.

"Senhor, mostra-me o que devo fazer. Envia o teu Santo Espírito para
ajudar-me".

De repente, Garlock começou a tremer violentamente. Isso o assustou,


porque não queria que os canibais percebessem que ele estava com medo.
Mas, juntamente com o tremor, veio o senso da proximidade do Espírito Santo.
Subiram-lhe à mente as palavras de Jesus: "... não vos preocupeis com o que
havereis de dizer mas o que vos for concedido naquela hora, isso falai; porque
não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo"(Mc. 13:11).‘Garlock foi
invadido por estranha ousadia. Respirou fundo e começou a falar. De seus
lábios saiu um borbotar de palavras que ele não compreendia.

Garlock percebeu que os nativos se inclinavam para a frente, cativados. E


entendeu que as palavras, quaisquer que fossem elas, produziam notável
efeito sobre os seus ouvintes. Sabia sem a menor sombra de dúvida, que
estava falando aos Pahns, no próprio idioma deles.
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Durante vinte minutos Garlock falou aos Pahns. E então, tão subitamente
como surgira o poder da fala, assim mesmo desapareceu, e Garlock
compreendeu que chegara ao fim de seu discurso. E se sentou.

Houve um momento de expectativa quando o chefe e o feiticeiro juntaram as


cabeças para conferenciarem juntos. E então levantando-se o feiticeiro, deu
uma ordem, e lhe foi trazido um galo branco. Com um golpe, o feiticeiro torceu
o pescoço do galo. E aspergiu parte do sangue na testa de Garlock e do
prisioneiro. Posteriormente Garlock interpretou a cena, como significando que o
galo tomara o seu lugar: Sangue tinha de ser derramado, mas algo que ele
dissera, enquanto falava no Espirito, tinha convencido aquela gente que ele e o
prisioneiro deveriam ir livres.

Poucos minutos mais tarde, Garlock e o homem capturado caminhavam pela


floresta de volta ao posto missionário. O chefe da tribo tinha até mesmo suprido
dois de seus homens para guiarem-nos durante a primeira porção da jornada.
Passado algum tempo, os Pahns desistiram de sua existência canibalesca e se
converteram ao cristianismo. Garlock tem certeza que o inicio dessa
conversão, teve por semente aquela ocasião em que, tendo como holofote a
lua cheia, fez seu discurso em uma língua de cujo sentido não entendeu uma
única palavra".

O mesmo poder que estava a disposição da igreja primitiva está hoje


também a nossa disposição. Aleluia!

IV. O QUARTO TIPO DE LÍNGUAS SÃO AS LÍNGUAS QUE NOS LEVAM AOS
GEMIDOS INTERCESSÓRIOS DO ESPIRITO SANTO (Rm. 8:26).

O Espírito Santo foi concedido a cada pessoa que nasceu de novo, e fez
nela a sua habitação permanente na terra. Seu endereço no mundo é o
coração de todo aquele que foi regenerado por ele mesmo mediante a obra
redentora de Cristo Jesus.

O Espírito Santo tem tudo o que o crente precisa para viver a vida cristã de
modo agradável ao pai, em completa vitória assumindo sua função sacerdotal e
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profética. O crente só terá que afinar o coração a esse maravilhoso Espírito e


seguir a sua liderança.

O Espírito é acima de tudo um Espírito de oração. Deus no-lo prometeu


como o Espírito de graça e súplicas. Ele é o Espírito de adoção, baseados no
qual clamamos: aba, pai, é ele quem nos habilita a ir ao pai e adorá-lo em
espírito e em verdade (Jo 4:24). Ele é o inspirador das sagradas escrituras que
serve de base para toda a nossa vida de oração, é o Espírito da revelação que
da parte de Deus nos foi enviado a fim de compreendermos as coisas que nos
foram dadas gratuitamente por Deus. Ele é a fonte de todo o poder miraculoso
de Deus. E é o Espírito de vida que em nós habita. Esse doce consolador,
confortador, fortalecedor, conselheiro, advogado e mestre, é nosso Espírito de
sabedoria e entendimento. Ele está conosco e vive em nós, assiste-nos e
permanecerá conosco até que nos entregue a Jesus.

A oração é o respirar do Espírito em nós. Ou seja, o poder na oração deriva


da nossa dependência do seu poder em nós. Nossa vida de oração é o
termômetro da liberdade que lhes damos em nosso viver. Sem ele, não há
oração e a intercessão não passa de palavra ocas, vazias, destituídas de vidas,
significado e poder.

Só o Espírito Santo conhece as profundezas de Deus. Ele vive em nós e nos


assiste: (Rm 8:26-27).

Entregar-se ao Espírito Santo é o caminho para orar dentro da harmonia do


plano divino. Ele é o Espírito da intercessão, o revelador dos mistérios de
Deus, o que gera em nosso espírito o amor e a compaixão de Deus; ele nos
leva a Deus e nos ajuda em toda forma de oração.

O Espírito nos dá uma linguagem de oração. Ele vem em nosso auxilio e


transmite ao nosso espírito uma linguagem que nos permite orar por questões
que transcendem a mente e entendimento. Paulo declara: pois aquele que ora
em línguas não fala aos homens mas a Deus, visto que ninguém o entende ou
percebe o seu significado, porque o Espírito Santo fala verdades secretas e
coisas ocultas, que não são claras ao entendimento. Se eu oro em línguas
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desconhecidas, meu espírito pelo Espírito santo em mim ora (I Coríntios 14:2-
14).

Quem recebeu de Deus a habilidade de orar em línguas, tem sido


grandemente equipado para a intercessão. Muitas vezes, quando estamos
lidando com os problemas de outras pessoas ou nações, não temos muito
conhecimento da causa real ou necessidade. Não sabemos de fato orar como
convém. É ai que essa linguagem de oração, dada pelo Espírito Santo em
palavras concedidas por ele, desempenha o seu importante papel capacitando-
nos a orar desse modo adequado, dentro da vontade de Deus.

A expressão intercede com gemidos inexprimíveis, refere-se em parte, a


esse tipo de oração. Ela quer dizer expressões que não podem ser articuladas
na linguagem comum. Como o Espírito Santo vive em nosso coração, e a partir
daí intercede na terra, dá-nos as expressões apropriadas para a intercessão
que ultrapassa nosso entendimento.

Contudo, a oração no espírito não é feita apenas em línguas desconhecidas.


O Espírito Santo pode me levar a orar com meu entendimento por coisas
profundas. Ou seja, na intercessão tanto podemos orar em português, quanto
em línguas (I Co. 14:15). Paulo indaga: Que farei então? Orarei com meu
espírito pelo Espírito Santo que está em mim, mas também orarei com o meu
entendimento, cantarei com o meu espírito pelo Espírito santo que está em
mim, mas também cantarei com a minha mente.

Orando em línguas, pelo Espírito Santo podemos interceder até nas línguas
das nações.

As palavras não morrem. Estão vivas, carregando a atmosfera com poder de


vida ou morte, falar os propósitos de Deus na terra, em todas as línguas é uma
forma de influenciar espiritualmente as nações.

Toda oração originada em nosso espírito pelo Espírito de Deus


fundamentada nas sagradas escrituras, feita em convicção, no poder do nome
de Jesus, produzirá o seu efeito na terra (Ap. 8:1-6).
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OS DONS DO ESPIRITO SANTO

Texto: I Coríntios 12:1-7.

Os dons são armas poderosas que Deus colocou a disposição da igreja


para que possamos vencer a batalha que está dentro de nós. A nossa luta não
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é contra carne e sangue, mas sim, contra os principados, as potestades, contra


exército organizado da maldade, nas regiões celestes.

Os homens transformaram o cristianismo em mera religião de letras, de


fórmulas de cerimônias vazias, mas a nova aliança, não é a aliança da letra,
que enche só a cabeça, mas não muda a natureza. A nova aliança é a aliança
do Espírito que enche o coração, que transforma a natureza,que é canal da
demonstração do poder de Deus.

As pessoas são fascinadas pelo sobrenatural, por isso envolvem-se no


mundo do ocultismo.

1. superstições
2. ocultismo profundo
3. ciências ocultas

Essas pessoas chegam na igreja e encontram um povo sem vida, sem


animo, sem entusiasmo, ouvem um sermão morto, sem manifestação de poder,
então elas se desanimam e voltam as práticas antigas.

Porém Deus está levantando um exército que é verdadeiramente possuído


pelo Espírito Santo, flui com seu Espírito e é canal através do qual Deus hoje,
realiza as mesmas coisas, as mesmas obras poderosas que realizou na terra
por meio de Jesus Cristo.

Jesus gerou um corpo, uma igreja e colocou a sua disposição tudo aquilo
de que ele dispunha.

O novo nascimento nos coloca na posição de filhos, mas o batismo com o


Espírito Santo nos coloca na posição de soldados. Sendo que o soldado
precisa ser treinado, precisa conhecer as armas, precisa saber manejas as
armas.

Deus não nos deixou sem recursos. Esse exército que é a igreja, tem toda a
inteligência de que precisa, através da palavra de conhecimento, da palavra da
sabedoria e do discernimento de espírito. Esse exército tem todo o poder de
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que precisa, através dos dons da fé, da operação de milagres e dos dons de
curar. Tem toda a inspiração de que precisa, através da profecia, variedade de
línguas e através da interpretação.

No primeiro versículo de I Coríntios 12, Paulo vai falar a respeito de


assuntos espirituais. No versículo 4 lemos o seguinte: “ora os dons são
diversos, mas o Espírito é o mesmo”. Versículos 5,6 e também há diversidade
de ministérios, mas o Senhor é o mesmo, e há diversidade de operações, mas
é o mesmo Deus que opera tudo em todos.

Então vemos que o Espírito Santo opera os dons I coríntios 12:8. Jesus
opera os ministérios Efésios 4:11. e Deus pai realiza as operações 12:28.

A manifestação do Espírito é dada a cada um para um fim proveitoso, para


o que for útil. É exercido pelo corpo.

Os ofícios falam de pessoas,o Senhor deu pessoas a igreja. Quem são


elas? Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres Efésios 4:11. Jesus
estabeleceu os cinco ofícios básicos na igreja. Esses ofícios visam treinar o
corpo para que ele realize a obra do ministério, para que ocupe a sua função
nas operações de Deus. Vamos usar os dedos para exemplificar os ofícios.

1. Polegar. Apóstolo. O dedo que dar força a tudo, que segura.


2. Indicador. Profeta. É o dedo do assim diz o Senhor, mostra a direção,
o caminho.
3. Médio. Evangelista, a cruz permanece sempre para a pregação do
evangelho.
4. Anular. Pastor é o dedo do coração, o pastor precisa de muito amor
para poder conduzir o rebanho do Senhor.
5. Mínimo. Mestre. Extrai os tesouros da palavra, para enriquecer a
igreja.

Então temos as manifestações do Espírito, temos os cinco ofícios dados por


Jesus e várias operações realizadas por Deus e tudo visa a edificação do
corpo.
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Por que I coríntios 12: 28 não fala de pastor e evangelista? Porque aqui
está tratando das operações realizadas por Deus. E a verdadeira marca de
um evangelista são os dons de curar e as operações de milagres. O pastor
é aquele que tem governos operando através de seu ministério.

QUAIS AS OPERAÇÕES DENTRO DO CORPO?

Socorro, Governo, assistências, auxiliares, ajudadores. Esse grupo faz


parte da operação em que a maioria da igreja pode operar. Qual é a sua
operação? É aquela em que você tem prazer em realizar. Um cuida do
louvor, outro do som, outro, da tesouraria. E tudo é feito para a glória de
Deus.

Os dons do Espírito Santo podem ser classificados em três grupos de três.

1. Dons de revelação. Dons sobrenaturais que revelam alguma coisa

Palavra do conhecimento v. 8

Palavra da sabedoria v.8

Discernimento de espírito v. 10.

2. Dons de poder. Manifestações sobrenaturais que fazem alguma


coisa.

Dons de curar

Operações de milagres.

3. Dons de inspiração. Dons sobrenaturais que falam alguma coisa.

Profecia

Variedade de línguas

Interpretação de línguas.
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Vejamos agora o primeiro grupo

Dons de Revelação I coríntios 12 :7-8.

A palavra de Conhecimento

Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando


conhecimento a respeito de pessoas, de circunstancias ou de verdades bíblicas.- cf. At.
5.1-10; 10.47,48; 13.2; 15.7-11; II Rs 6.8-17; 8.7-15; Jô. 2.25; 1.46,47; 4.17,18; 11.4-
11; Mt. 21.2; Lc. 22.8-13; 22.34; At. 27.10
• A palavra do conhecimento não e conhecimento natural
• A palavra do conhecimento não e um profundo conhecimento da Bíblia
• A palavra do conhecimento não e conhecer a Deus mediante comunhão com Ele.

Manifestação do dom da palavra do conhecimento. No ministério de :


• Jesus – Jô. 2.25; 4.1ss; 11.4-11; Mt. 21.2
• Pedro – At. 10.9-19
• Ananias – At. 9.10ss
• Eliseu – II Rs. 5.21-24

A palavra de Sabedoria

Trata-se de uma enunciação do Espírito Santo aplicando a palavra de Deus, ou a sua


sabedoria, a uma determinada situação – At. 6.3,10; 15.13-21; 27.10, 23-24.
Existem três tipos de sabedoria:
a) Satânica – Ez. 28.12-17; Tg. 3.14-16
b) Humana – Lc. 14.28-32
c) Divina – I Co. 2.6

A palavra da sabedoria no ministério de Jesus:


a) Em sua resposta ao homem avarento – Lc. 12.13ss
b) Nas respostas aos seus inimigos – Mt. 21.25; 22.21,32
c) Nos acusadores da mulher adultera – Jô. 8.1ss

O discernimento dos espíritos

a) Capacidade especial para julgasse profecias e enunciações proféticas, provem do


Espírito de Deus.
b) Poder sobrenatural para detectar o domínio dos espíritos e suas atividades
c) Implica o poder do discernimento espiritual, revelação sobrenatural dos planos e
propósitos do inimigo e suas forças.

O que não é discernimento dos espíritos


a) Não é habilidade para descobrir falha dos outros
b) Não é leitura de pensamentos
c) Não tem relação com a psicologia.
Vide I Jo.4.1-3; At.8.10-13; Lc.13.11-16; Mc.9.25; I Tm.4.1; Ap. 13.14; Jr. 23.21-26
Lc. 8.29; Mt. 24.24.
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Os Dons de Poder

Fé sobrenatural comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus,


para a realização de milagres.

Existe três tipos de Fé:


1. Fé natural;
2. Fé salvadora;
3. Fé como um dom do Espírito.

As dimensões da Fé
• Sem fé – Hb. 11.6
• Fé crescente – 2 Ts. 1.3
• Fé pequena – Mt. 14.28-31
• Fé Grande – Mt. 15.21-28

Exemplos específicos:

• O centurião de cafarnaum – Mt. 8.5-13


• Um leproso – Lc. 17.11-19
• Dois cegos – Mt. 9.27-29
• O pai do jovem lunático – Lc. 9.36-50

Dons de Curar

Restauração da saúde de alguém, por meios sobrenaturais divinos. – cf. Mt. 4.23,24; Jô.
6.2; Lc. 4.40,41, At. 4.30; 5.15,16; 9.32-34.

Dom de Operação de Maravilhas


Poder divino sobrenatural para alterar o curso da natureza. Consiste de dois plurais:
dunamis (façanhas de grande poder sobrenatural) e energema (resultados eficazes). Esse
dom pode estar relacionado à proteção, provisão, expulsão de demônios, alteração de
circunstancias ou juízo.

Exemplos específicos:
• No ministério de Paulo – At. 13.4-12; 19.11
• No ministério de Pedro – At. 9.36-43
• No ministério de Elias – I Rs. 17.8-16-24; II Rs. 1.9-15
• No ministério de Eliseu – II Rs. 4.38-41,42-44; 6.1-7
• No ministério de Moisés – Ex.15.23-25; Nm. 16.1-21-33
• No ministério de Jesus – Jô. 6.5-14; Lc. 8.22-25
• Vide outros exemplos: Js. 10.12-15; Is. 38.1-8; Ex. 13.17-22
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Dons de Elocução

Dom de profecia

A palavra mais usada no sentido de profeta, na língua hebraica, inclui a idéia de:
BORBULHAR de uma fonte d’água, TRANSBORDAR de um caldeirão fervendo,
ALEGRAR-SE com uma visão, e também, DESCOBRIR A VERDADE POR
OBSERVAÇAO. Portanto um profeta é aquele que fala em nome de alguém,
predizendo a maneira pela qual Deus vai agir no meio de seu povo.

A finalidade da profecia
a) Exortar;
b) Consolar;
c) edificar a igreja.

Existe três tipos de profetas


a) profeta do obvio;
b) profeta da confusão;
c) profeta de Deus.

Exemplos específicos do dom da profecia

a) Ágabo profetizou uma grande fome – At. 11.28-30


b) Na igreja de Antioquia havia crentes com esse dom – At. 13.1-3
c) Na igreja de Corinto – I Co. 14.1ss

Dom de variedades de línguas

Estudamos de forma profunda sobre este dom, quando falamos sobre o batismo no
Espírito Santo. Para maiores esclarecimentos, volte um pouco e veja o assunto
novamente.

O dom de interpretação de línguas

Devemos ter em conta que o DOM é sobrenatural e não pode ser interpretado pelo fato
de alguém ter aprendido algum idioma humano. Aqui vemos em foco o que é
sobrenatural e não o que é natural.

Conclusão: Que Deus nos ajude a manter sempre acesa a chama do Espírito, para que
possamos sempre desejar os seus dons e abundar neles para a glória de Deus Pai. Meu
amado irmão busque os dons do Espírito, pois eles te capacitarão de uma maneira
gloriosa para o trabalho do Mestre. Amém!

A Deus seja Glória!!!


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