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Universidade de São Paulo

Escola Politécnica

PMT 2414 – Processos Metalúrgicos II

LINGOTAMENTO
CONTÍNUO

Edmundo Cepeda Arlindo NUSP 5432901

Oswaldo Maestro Guimaraes NUSP 6482628

Stuart Blackaby NUSP 6484422


Sumário

Introdução ....................................................................................3

Lingotamento................................................................................3

Solidificação...................................................................................4

Transmissão de calor.....................................................................4

Variáveis sobre o fluxo de calor no molde.....................................5

Velocidade no Lingotamento.........................................................5

Conicidade do molde.....................................................................5

Pó fluxante.....................................................................................6

Contração na solidificação.............................................................6

Lingote...........................................................................................7

BULGING.....................................................................................9

Defeitos..........................................................................................9

Trincas longitudinais.....................................................................10

Trincas Transversais.....................................................................10

Trinca estrela.................................................................................11

Poros..............................................................................................11

Inclusões........................................................................................11

Objetivo.........................................................................................12

Conclusão......................................................................................12

Bibliografia....................................................................................13
INTRODUÇÃO

O lingotamento contínuo é a forma de processamento da massa líquida homogênea de metal que


provém da produção do aço em conversor ou forno elétrico. Neste processo o aço é solidificado
em um molde de cobre refrigerado a água e posteriormente por aspersão de água.

O produto do processo de lingotamento contínuo é chamado de lingote. O lingote idealmente é


um material homogêneo físico e quimicamente, sem inclusões, cavidades, porosidade, entre
outros. Porém, é impossível obter o lingote ideal no processo de solidificação, além de poder
ocorrer defeitos superficiais como trincas e dobras.

Devido a esses fatos, a grande importância no processo é estudar e conhecer as características da


solidificação a fim de reduzir ao máximo a ocorrência desses defeitos.

LINGOTAMENTO

A grande parte do aço produzido no mundo, aproximadamente 90%, é feita através do processo
de lingotamento contínuo devido ao seu elevado grau de rendimento metálico. Com ele é
possível fazer aços semi-acabados com diferentes seções transversais, placas e tarugos. O
processo só não é utilizado em casos de produção de aços de elevada qualidade.

No Lingotamento a massa de aço líquido é resfriada ao passar por um molde de cobre


refrigerado a água, onde se forma uma casca sólida de espessura suficiente para suportar a
pressão ferrostática presente no aço. Em seguida a massa é extraída em um sistema de rolos até
deixar o molde, onde segue para a segunda etapa de resfriamento que é feita por aspersão de
água em sprays e pela perda de calor por radiação, até que toda a massa se solidifique. A figura
a seguir demonstra o processo descrito:
O molde de cobre em questão se movimenta de forma oscilante na direção do lingotamento, a
fim de favorecer a lubrificação. A lubrificação é feita através de pó fluxante, uma escória,
adicionada no topo do molde, que tem baixo ponto de fusão e viscosidade.

Além de ser utilizado para a lubrificação, o pó fluxante tem outras funções no sistema, pois tem
a capacidade de absorver inclusões não metálicas, proteger o aço líquido contra reoxidação e
controlar a transferência de calor entre o aço e o molde.

Uma variável fundamental para o controle do Lingotamento é o controle da massa de aço no


molde, que é feito através de um distribuidor intermediário que controla o fluxo. Este controle
permite que sejam feitas diversas corridas em seqüência, o que melhora o rendimento e confere
o caráter contínuo do processo.

SOLIDIFICAÇÃO

Transmissão de calor

O processo basicamente consiste na solidificação do metal. Logo, como a forma que ocorre
solidificação é muito importante para determinar as propriedades do sólido, o controle da
maneira como é extraído o calor da massa líquida é fundamental. O estudo da extração do calor
é feito a partir de modelagem matemática.
A figura a seguir, representa o perfil de temperaturas na região do molde:
Variáveis sobre o fluxo de calor no molde

A formação da casca sólida, que acontece no molde, é determinada pelo fluxo de calor que
passa por ele. Este fluxo depende das diversas variáveis a seguir.

Velocidade no Lingotamento

A velocidade de lingotamento altera o fluxo de calor no molde, pois quanto maior ela for maior
a massa de aço que passa por ele, aumentando o fluxo de calor e diminuindo o tempo de
residência no molde, tornando a casca sólida mais fina. Nessas condições, a pressão ferrostática
presente na massa liquida no interior tem maior facilidade em empurrar a casca contra a parede
do molde.
O gráfico a seguir mostra a relação entre a velocidade com o fluxo de calor:

Conicidade do molde

Como o aço diminui de volume na solidificação, é preciso que as dimensões do molde reduzam,
de maneira cônica, no sentido do lingotamento para compensar essa contração volumétrica, a
fim de que o fluxo de calor se mantenha constante ao longo do molde. Além disso, a forma do
molde influi na forma final do produto, evitando defeitos superficiais. Para determiná-la é
preciso conhecer o tipo de aço e a velocidade do lingotamento.
Pó fluxante

O pó fluxante é uma das principais variáveis de controle do fluxo de calor no molde. Quando o
aço contrai na solidificação, a variação volumétrica que existe é preenchida por uma camada
dele, que tem influência direta no transporte de calor no molde.

O gráfico a seguir relaciona o fluxo de calor à viscosidade do pó em uma temperatura próxima a


de utilização:

Analisando o gráfico ilustrado acima, percebe-se que para viscosidades muito altas ou baixas
tem-se um elevado fluxo de calor. A baixas viscosidades o filme de pó formado entre o metal e
o molde é muito fluido e pode ser interrompido pela pressão ferrostática de assumir sua posição
de aplicação. Já a altas viscosidades o filme formado é muito fino, já que a escória não tem
fluidez suficiente, impondo uma menor resistência entre placa e molde. Logo, deve-se utilizar
um pó de viscosidade ideal para que ele não tenha dificuldade em ocupar o vazio formado pela
contração do metal e forme um filme de espessura suficiente que tenha a resistência térmica
necessária.

CONTRAÇÃO NA SOLIDIFICAÇÃO

Durante o processo de solidificação do aço, ocorre uma contração volumétrica devido à


diferença de densidades entre o aço nos estados líquido e sólido. A variação de volume é de
aproximadamente 4%, o suficiente para formar vazios no interior do lingote, em forma de
porosidade e rechupe, que devem ser evitados para garantir as propriedades mecânicas
desejadas. Para isso, é feito um controle do avanço de solidificação nas direções transversal e
longitudinal, garantindo uma “solidificação direcional”.
O controle do avanço de solidificação é feito basicamente através de um projeto adequado da
lingoteira (conicidade, relação altura/diâmetro) na direção transversal, e da aplicação de peças
isolantes que são colocadas no topo ta lingoteira, para garantir que essa região seja a ultima a
solidificar, concentrando a variação volumétrica nela, direção longitudinal.

LINGOTE

Estrutura

A estrutura de um lingote é determinada por sua forma, tamanho e orientação de seus grãos,
além dos defeitos presentes na estrutura, como poros e heterogeneidades.

Pode-se dividir a estrutura do lingote em três zonas. A zona equiaxial fina de superfície, a zona
colunar e a zona pastosa. O tamanho das zonas é função das condições de solidificação, como a
direção de extração de calor e do superaquecimento, além da composição do aço.

A zona equiaxial fina de superfície aparece devido a grande nucleação que ocorre pelo contato
do metal com a parede fria do molde. A zona é composta de cristais dendríticos equiaxiais que
crescem até encontrarem impedimentos espaciais.
A zona colunar é a região que os cristais formados pela nucleação devida ao gradiente térmico
crescem de modo que os grãos que se alongam mais estão na orientação cristalográfica
favorável, na direção de extração do calor.
A zona equiaxial central é uma nucleação causada pelo crescimento das dentritas na
região central do molde devido ao superresfriamento no interior do molde. A nucleação se inicia
por pontas de dendritas trazidas por correntes de convecção do metal líquido. A figura a seguir
ilustras as regiões descritas:
Compisição

A composição do aço produzido em lingotamento contínuo pode ser medida levando em


consideração a segregação do elemento de liga introduzido ao longo da seção do material.

A figura a seguir demonstra a segregação em um lingote:

Para realizar essa medição utilizam-se microssondas que medem a quantidade de elemento de
liga no local analizado, ou seja, a microssegregação. Além da microssegregação, em um lingote
é possível estudar a macrossegregação que retrata as diferenças de composição química
existentes entre um espaçamento no interior do aço, maior que a distância de espaçamento das
dendritas. Essas diferenças podem ser caracterizadas como macrossegregação em A, em V e de
base e topo.
A macrossegregação em A ocorre quando o líquido interdendritico, com mais solutos, flutua em
relação ao líquido no interior do lingote, se acentuando uma diferença de composição entre suas
partes.
A macrossegregação em V ocorre no volume que solidifica por último, onde a contração de
solidificação e o fluxo de metal alimentador que vem de cima para baixo criam canais
descendentes de 45° que se unem na região central.
A macrossegregação de base e topo ocorre devido a maior flutuabilidade do líquido rico em
soluto de elementos de liga, que sobe para o topo do lingote, enquanto os cristais mais densos
descem promovendo uma segregação vertical de sua composição química.
BULGING

O bulging é um fenômeno que pode causar problemas de segregação no lingote que não
depende da composição do aço. Ele acontece quando a distância entre os rolos que conduzem o
lingote não têm um intervalo correto entre si. Quando o espaçamento é maior que o necessário,
o sólido cresce para fora, atingindo distância máxima transversal quando está no ponto médio
do intervalo entre rolos consecutivos, e distancia mínima quando chega ao próximo rolo. Logo,
ao atingir o role seguinte a seção transversal é exprimida, impulsionando o líquido
interdendrítico ainda não solidificado no interior do lingote para cima, segregando a composição
química da liga. Para que esse fenômeno seja evitado, é necessário dimensionar os rolos de
sustentação e uma boa consistência sólida da casca. A figura a seguir demonstra o fenômeno
descrito:

DEFEITOS

A grande parte dos defeitos que ocorrem no processe de Lingotamento Continuo ocorrem
durante a primeira etapa de solidificação, no molde. Os defeitos que ocorrem são superficiais,
porém, eles podem se propagar ao logo de todo o lingote, comprometendo suas propriedades.
Isso pode ocorrer por diversos motivos, como preparação inadequada da máquina, oscilações
senoidais na interface sólido/líquido no interior do lingote, ou por ambos juntos.

A ocorrência de defeitos está diretamente relacionada à solidificação e aos mecanismos de


transferência de calor. Os defeitos superficiais que podem ocorrer durante o processo são:
trincas longitudinais, transversais, estrela, de depressão, térmicas, de espremedura e marcas de
oscilação com segregação de soluto.

Além das falhas citadas, existem também inclusões superficiais, porosidade e depressões como
outros defeitos que ocorrem no processo de Lingotamento Continuo, que ocorrem devido a
presença de gases.

Trincas Longitudinais

Trincas longitudinais são defeitos superficiais localizadas no centro, percorrendo o


comprimento do lingote. A trinca é formada pelo escoamento turbulento do metal líquido que
deforma a casca recém-formada no molde. Flutuação do nível do aço no molde também pode
provocar essas deformações.

Esse defeito é agravado pela infiltração de pó fluxante, que interfere na troca de calor local.
Com maior quantidade de pó fluxante, há uma região mais aquecida. A gradiente de temperatura
forma uma tensão térmica que propaga a trinca.

A composição química também influencia na formação de trincas longitudinais. A segregação e


precipitação local de fosforo, carbono, enxofre e manganês nos contornos facilita a propagação
da trinca.

Para evitar a formação dessa trinca, alguns cuidados devem ser tomados. Primeiramente devia-
se minimizar a turbulência no escoamento do liquido para o molde. Evitar a formação de
grandes gradientes de temperatura. Tentar reduzir a troca de calor no molde com diferentes pós
fluxantes.

Trincas Transversais

Trincas transversais ocorrem nas maquinas de lingotamento curvado. Oscilações acentuadas do


lingote ao passar pelos rolos criam tensões superficiais. Essas tensões são agravadas pelo ciclo
de resfriamento e reaquecimento que precipitam elementos de liga.

As trincas transversais podem de evitadas ao buscar um resfriamento continuo sem o ciclo de


reaquecimento. Maior número de sprays, ou uso de pó fluxante evitaria esse reaquecimento.
Melhor qualidade do aço seria outra solução para diminuir a quantidade de precipitados nos
contornos de grão.
Trinca Estrela

A trinca estrela é outro defeito formado na superfície. Esse defeito é formado dentro do molde e
formado a partir de nódulos ou camadas de cobre fundido. O cobre penetra entre os grãos e
provoca a fragilização do material. As trincas estrela propagam quando resfriados rapidamente
devido às tensões térmicas no metal.

Para diminuir a quantidade desses defeitos podemos limitar o contato do metal com o molde de
cobre usando pós fluxantes de viscosidade baixa. Outra opção é usar um molde revestido de
níquel e cromo.

Poros

Porosidade pode ser causada por gases injetados no liquido no processo de acalmar, ou quando
injetado para prevenir obstrução das válvulas. Alguns poros são formados por uma quantidade
alta de oxigênio e carbono no líquido. Essas podem ser removidas por meio de agitação
eletromagnética que impede a acumulação. Outros poros são formados em aços contendo os
elementos; titânio, fósforo e enxofre. A gradiente de concentração de tais ligas cria uma pressão
negativa que suga bolhas de ar que são presas ao solidificar.

Inclusões

A maioria das inclusões vem do metal liquido antes de entrar no molde. No transporte no metal
liquido para o reservatório ocorre oxidação com o ar e turbulência gera inclusões de gases e
precipitados de elementos de liga. Para prevenir a oxidação, o máximo possível é feito para
isolar o metal da atmosfera. Para conseguir isso, metal exposto é coberto com pós ou escoria
sintética. Outras inclusões podem ficar presas nessa escoria. Um agitador eletromagnético no
molde reduz a turbulência do menisco evitando a adsorção de inclusões.
OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é o conhecimento mais detalhado do maior processo responsável pela
produção de aço no mundo, o Lingotamento Contínuo.
A partir dele, foi possível conhecer e entender os fenômenos que ocorre durante a produção de
aço neste processo, os problemas que ocorrem e como prevenir que eles ocorram.
A análise microestrutural do aço neste processo foi feita, a fim de se ter um maior conhecimento
e servir de ferramenta para compreender os fenômenos citados.
Logo, o objetivo do trabalho foi alcançado com sucesso!

CONCLUSÃO

O Lingotamento Contínuo é um processo metalúrgico de extrema importância na atualidade,


pelo fato de ser responsável por 90% da produção global de aço, devido ao seu alto rendimento.
O fator mais importante a ser avaliado quando se trata desse processo é o conhecimento dos
mecanismos de retirada de calor da massa líquida de aço, pois o mecanismo de solidificação é
responsável pelas características do produto sólido e pelo surgimento de diversos tipos de
defeitos.
A forma de estudo e análise do resfriamento é feita por modelagem matemática, mas também
existem outros fatores, mais relacionados à engenharia do processo, como a forma de
processamento e do maquinário que influenciam na solidificação.
Portanto, conhecer os processos e os mecanismos de solidificação é fundamental para entender
o Lingotamento Contínuo, processo metalúrgico antigo, de extrema importância no mercado
atual.
BIBLIOGRAFIA

Simulação do processo de solidificação na etapa de resfriamento primário do lingotamento


contínuo de metais – Marcos Eduardo T. Adorno – Universidade Estadual de Campinas – 1982

Estudo de transferência de calor no lingotamento contínuo de placas – Ricardo César Rodrigues


Alves – Universidade de São Paulo – PECE – 2008

http://www.demet.ufmg.br/docentes/parreiras/PDF/finaldecurso%28
Leo%29.pdf

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