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TITON, Vagner1
MINATTI, João2
MULLER, Cristiane3
RESUMO:
O presente artigo apresenta relatos de experiência do Estágio Supervisionado do 6º período do
curso de Licenciatura em Música da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, realizado no
Colégio Salesiano Parque Dom Bosco. A proposta deste projeto teve como foco desenvolver a
prática de conjunto explorando ritmos nordestinos, utilizando instrumentos de percussão. As
aulas foram planejadas de modo a instruir os alunos sobre a execução de cada instrumento de
percussão, assim como reproduzir ritmos e improvisar. Este trabalho desenvolveu a música
através da prática instrumental, valorizando sua beleza como expressão artística e incentivando
sua apreciação e prática, ao mesmo tempo que proporcionou aos alunos a experiência de fazer
parte de um grupo de percussão que realizou uma apresentação para um público.
INTRODUÇÃO
1
Acadêmico do 6º período do Curso de Licenciatura em Música da Univali.
2
Acadêmico do 6º período do Curso de Licenciatura em Música da Univali.
3
Professora Orientadora da disciplina de estágio supervisionado: Pesquisa da prática
pedagógica do 6º período do Curso de Licenciatura em Música da Univali.
propostas, uma vez que o resultado dos alunos, na maioria das vezes, tenha sido de
grande satisfação.
O fato de a escola possuir uma variedade de instrumentos de percussão à
disposição dos acadêmicos foi de extrema importância para o desenvolvimento deste
projeto, já que além de sua execução básica ser relativamente mais simples comparados
a outros instrumentos, eles despertam o interesse musical dos alunos e proporcionam a
possibilidade de uma rica exploração sonora, desenvolvendo a percepção musical junto
de alguns sentidos. Os instrumentos de percussão são uma ótima ferramenta para a
aprendizagem musical em suas diversas modalidades como, por exemplo, a criação e a
reprodução. A execução destes instrumentos de exige um mínimo de condicionamento
técnico por parte dos alunos, tornando possível a realização das propostas deste projeto,
como a composição e a performance musical.
A prática de conjunto proporciona uma rica experiência musical, onde cada
aluno exerce uma função que influencia diretamente no resultado sonoro do conjunto,
assim incentivando cada integrante a se ouvir e ouvir os colegas ao seu redor, ao mesmo
tempo em que interage musicalmente em conjunto.
Entre os autores citados para embasar os conteúdos se destacam Cecília França e
Keith Swanwick, por seu trabalho sobre apreciação, composição e performance, e como
essas práticas se relacionam e se completam para construir um aprendizado musical
completo e significativo.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
METODOLOGIA
Em certa ocasião os alunos se dirigiram até a sala de música da escola para pegar
os instrumentos de percussão, em seguida se dirigiram até o pátio da escola, onde
seriam realizadas as atividades da aula neste dia. Ao invés dos alunos participarem da
aula sentados dentro da sala, esta semana a prática de execução dos instrumentos foi
variada, já que os alunos foram instruídos a formarem um círculo no pátio, para tocarem
em pé. Após a organização do conjunto de percussão, com cada naipe em seu devido
lugar, os acadêmicos tiveram uma conversa com os alunos onde falaram sobre o ensaio
geral e a apresentação final que iria ocorrer em algumas semanas. Devido a esta
conversa, foi realizada uma breve revisão das duas músicas instrumentais trabalhadas
até o momento, Asa Branca e Feira de Mangaio. Nesta revisão foram lembrados os
ritmos principais, as convenções e o momento em que deveriam ser tocadas, e
principalmente a seção especial de pergunta e resposta rítmica, realizada no decorrer de
uma música.
O foco principal desta aula foi revisar e reforçar a terceira peça musical que fará
parte da apresentação final. Esta peça é uma composição composta pelo improviso de
ritmos baseados em uma célula rítmica inicial tocada por algum aluno. Após um aluno
iniciar tocando um padrão rítmico que se repete, um a um, os outros alunos começaram
a tocar seus respectivos instrumentos de percussão de forma a acompanhar e
complementar o ritmo base tocado pelo primeiro aluno, não necessariamente repetindo a
célula. Após o momento em que todos os alunos estavam tocando, um acadêmico
indicou, através de gestos combinados previamente, diferentes dinâmicas que foram
executadas por todos os alunos. Para finalizar a peça os alunos foram parando de tocar
seus instrumentos aos poucos, até que um único aluno que continuava tocando era
aquele que iniciou o ritmo, que em seguida finalizava com uma convenção.
Nestas três últimas aulas, ensaiamos todo o repertório para a apresentação, que
era composto pelas músicas: Asa branca, Feira de Mangaio e a composição
improvisada. Em todas as aulas fizemos o mesmo sistema, ensaiamos as duas músicas já
conhecidas, sempre revezando os instrumentos percussivos entre os alunos, e metade da
aula ficava para a composição improvisada, dando vez a todos os alunos de começarem
uma composição, seguindo pelos colegas que improvisavam células rítmicas em cima
do padrão inicial. E para finalizar, fizemos a apresentação final para os alunos dos
outros estagiários de música.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS:
MINAYO Maria Cecília de Souza. Pesquisa Social: Teoria, Método e Criatividade. 23ª
ed. Petrópolis: Vozes, 1994.
SANTIAGO, Patrícia. A integração da prática deliberada e da prática informal...
Per Musi, Belo Horizonte, n.13, 2006, p.52-62
SWANWICK, Keith. Ensinando música musicalmente. Tradução de Alda Oliveira e
Cristina Tourinho. São Paulo: Moderna, 2003.