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Memorando nº 206/2018/6ºSIPOA/DINSP
Remetente: 6º SIPOA/DINSP
Atenciosamente,
11/10/2018
Número: 5025663-44.2018.4.03.6100
Classe: MANDADO DE SEGURANÇA
Órgão julgador: 12ª Vara Cível Federal de São Paulo
Última distribuição : 10/10/2018
Valor da causa: R$ 1.000,00
Assuntos: Inspeção Sanitária de Origem Animal, Infração Administrativa, Apreensão
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
FLAMBOIA ALIMENTOS LTDA (IMPETRANTE) LUIS FERNANDO OSHIRO (ADVOGADO)
Chefe do Setor de Inspeção de Produtos de Origem Animal
de São Paulo (IMPETRADO)
UNIAO FEDERAL (IMPETRADO)
Ministério Público Federal (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
11533 10/10/2018 18:24 Petição inicial Petição inicial
692
11533 10/10/2018 18:24 ms sipoa sp termo de apreensão cautelar Petição inicial - PDF
697
11534 10/10/2018 18:24 Procuração Procuração
154
11534 10/10/2018 18:24 Contrato Social Documento de Identificação
157
11534 10/10/2018 18:24 Termo de Aprensao Cautelar Outros Documentos
158
11534 10/10/2018 18:24 Portaria 210-1998 2 Outros Documentos
162
11534 10/10/2018 18:24 PSO Outros Documentos
163
11534 10/10/2018 18:24 RIISPOA Outros Documentos
164
11534 10/10/2018 18:24 Auto de Infração 004-2018 (2) Outros Documentos
165
11534 10/10/2018 18:32 Certidão Certidão
481
11534 10/10/2018 18:42 Outros Documentos Outros Documentos
195
11534 10/10/2018 18:42 CUSTAS Custas
196
11563 11/10/2018 17:38 Decisão Decisão
429
URGENTE
Termos em que,
Pede deferimento.
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Número
Mandado DE do documento: 18101018234720600000010782777
SEGURANÇA N. 502663-44.2018.4.03.6100 -FLAMBOIÃ (5771897) SEI 21052.021547/2018-41 / pg. 5
De Itu para São Paulo, 10 de outubro de 2018
OAB/SP 196.834
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Número
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA SUBSEÇÃO
JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO – ESTADO DE SÃO PAULO, A QUEM ESTA COMPETIR POR
DISTRIBUIÇÃO
URGENTE
Alameda Lorena, 131 – cj. 31 . Jardim Paulista Rua Cuiabá, 51 . Bairro Brasil
01424-000 – São Paulo . SP 13301-350 - Itu . SP
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SEGURANÇA N. 502663-44.2018.4.03.6100 -FLAMBOIÃ (5771897) SEI 21052.021547/2018-41 / pg. 7
I - DOS FATOS
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De acordo, com o Termo de Apreensão Cautelar, os motivos
que determinaram a apreensão cautelar das mercadorias seria a “presença de resíduos de
cutícula na moela produzida pela empresa, ao contrário do que exige a Portaria nº
210/1998, em seu item 4.4.16 (‘remoção total da cutícula’) e ao contrário do que cita o
próprio Procedimento Sanitário Operacional da empresa, em sua página nº 15 (‘limite
crítico: presença de 0% de cutícula na moela’)”.
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Número
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SEGURANÇA N. 502663-44.2018.4.03.6100 -FLAMBOIÃ (5771897) SEI 21052.021547/2018-41 / pg. 9
Diante disto, não se pode permitir a apreensão cautelar de
mercadoria que irão ser produzidos pela Impetrante e que sequer foram objeto de prévia
fiscalização pela Autoridade Coatora.
“Art. 475. O estabelecimento deve realizar controle de seu processo produtivo, por
meio de análises físicas, microbiológicas, físico-químicas, de biologia molecular,
histológicas e demais que se fizerem necessárias para a avaliação da conformidade
de matérias-primas e de produtos de origem animal prevista em seu programa de
autocontrole, de acordo com métodos com reconhecimento técnico e científico
comprovados, e dispondo de evidências auditáveis que comprovem a efetiva
realização do referido controle.”
(...)
“Art. 495. Se houver evidência ou suspeita de que um produto de origem animal
represente risco à saúde pública ou tenha sido alterado, adulterado ou falsificado, o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deverá adotar, isolada ou
cumulativamente, as seguintes medidas cautelares:
I - apreensão do produto;”
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Como podemos verificar acima, o Termo de Apreensão
Cautelar se baseia na fundamentação de que os produtos produzidos pela Impetrante,
representam risco à saúde pública.
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IV – DA INEXISTÊNCIA DE IRREGULARIDADE
“4.4.16. Os miúdos (moela, coração e fígado) deverão ser processados em seção própria e
com fluxo adequado.
As moelas devem ser abertas, para permitir perfeita lavagem interna e remoção total da
cutícula. Deverá ser retirado o saco pericárdio (coração), assim como a vesícula biliar
(fígado). Os miúdos (moela, coração e fígado) devem ser pré-resfriados, imediatamente,
após a coleta e preparação. Acúmulo de miúdos para processamento não será permitido;”
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Note-se, que o item 4.4.16, dispõe que o processamento de
lavagem e remoção da cutícula da moela somente poderá ser realizada na linha de
evisceração, ou seja, tal processamento não poderá ser realizado em outro setor e/ou em
momento posterior.
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O Fumus Boni Iuris está plenamente evidenciado, na medida
em que não se pode permitir a apreensão futura de mercadoria, onde sequer houve a
efetiva fiscalização e análise da mesma, eis que não tem como a Autoridade Coatora prever
o futuro, e se a mercadoria será ou não produzida com qualquer tipo de irregularidade.
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V - DO PEDIDO
Termos em que;
Pede deferimento.
De Itu para São Paulo, 10 de outubro de 2018
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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento :: SISLEGIS http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao...
Senado Federal |ANVISA |Banco Central |Sec. do Tesouro Nacional |IBAMA |Palácio do Planalto
Situação: Vigente
Histórico:
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sendo imprópria sua utilização em ações judiciais.
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Art. 2º Esta Portaria entra em vigor sessenta dias após a data da sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
1 of 1 10/10/2018 18:03
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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO.
SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA.
ANEXO I
REGULAMENTO TÉCNICO DA INSPEÇÃO TECNOLÓGICA E HIGIÊNICO-SANITÁRIA
DE CARNE DE AVES
1. DEFINIÇÕES:
INSTALAÇÕES: refere-se ao setor de construção civil do estabelecimento
propriamente dito e das dependências anexas, envolvendo também sistemas de
água, esgoto, vapor e outros.
EQUIPAMENTOS: refere-se a maquinaria e demais utensílios utilizados nos
estabelecimentos.
RIISPOA: Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de
Origem Animal, aprovado pelo Decreto Nº 30.691, de 29.03.1952, que
regulamentou a Lei Nº 1.283, de 18.12.1950, alterado pelo Decreto Nº 1.255, de
25.06.1962, alterado pelo Decreto Nº 1.236, de 02.09.1994, alterado pelo Decreto
Nº 1.812, de 08.02.1996, alterado pelo Decreto Nº 2.244, de 04.06.1997,
regulamentado pela Lei Nº 7.889, de 23.11.1989.
DIPOA: Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, da
Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura e do
Abastecimento.
SIF: Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura, exercido pelo
DIPOA (em cada estabelecimento industrial).
AVES: entenda-se como as aves domésticas de criação:
a. Gênero Gallus: galetos, frangos, galinhas e galos.
b. Gênero Meleagridis: perus e perus maduros.
c. Gênero Columba: pombos.
d. Gênero Anas: patos e patos maduros.
e. Gênero Anser: gansos e gansos maduros.
f. Gênero Perdix: perdiz, chucar, codorna.
g. Gênero Phaslanus: faisão
h. Numida meleagris: galinha D´Angola ou Guiné.
CARNE DE AVES: entende-se por carne de aves, a parte muscular
comestível das aves abatidas, declaradas aptas à alimentação humana por inspeção
veterinária oficial antes e depois do abate.
CARCAÇA: entende-se pelo corpo inteiro de uma ave após insensibilização
ou não, sangria, depenagem e evisceração, onde papo, traquéia, esôfago,
intestinos, cloaca, baço, órgãos reprodutores e pulmões tenham sido removidos. É
facultativa a retirada dos rins, pés, pescoço e cabeça.
CORTES: entende-se por corte, a parte ou fração da carcaça, com limites
previamente especificados pelo DIPOA, com osso ou sem osso, com pele ou sem
pele, temperados ou não, sem mutilações e/ou dilacerações.
RECORTES: entende-se por recorte a parte ou fração de um corte.
MIÚDOS: entende-se como miúdos as vísceras comestíveis: o fígado sem a vesícula
biliar, o coração sem o saco pericárdio e a moela sem o revestimento interno e seu
conteúdo totalmente removido.
RESFRIAMENTO: é o processo de refrigeração e manutenção da
temperatura entre 0ºC (zero grau centígrado) a 4ºC (quatro graus centígrados
positivos) dos produtos de aves (carcaças, cortes ou recortes, miúdos e/ou
derivados), com tolerância de 1ºC (um grau) medidos na intimidade dos mesmos.
PRÉ-RESFRIAMENTO: é o processo de rebaixamento da temperatura das
carcaças de aves, imediatamente após as etapas de evisceração e lavagem,
realizado por sistema de imersão em água gelada e/ou água e gelo ou passagem
por túnel de resfriamento, obedecidos os respectivos critérios técnicos específicos.
CONGELAMENTO: é o processo de refrigeração e manutenção a uma
temperatura não maior que -12ºC, dos produtos de aves (carcaças, cortes ou
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recortes, miúdos ou derivados) tolerando-se uma variação de até 2ºC (dois graus
centígrados), medidos na intimidade dos mesmos.
TEMPERADO: é o processo de agregar ao produto da ave condimentos e/ou
especiarias devidamente autorizados pelo DIPOA, sendo posteriormente submetido
apenas a refrigeração (resfriamento ou congelamento)
DESINFECÇÃO: designa a operação realizada depois de uma limpeza
completa e destinada a destruir os microrganismos patogênicos, bem como reduzir
o número de microrganismos a um nível que não permita a contaminação do
produto alimentício, utilizando-se agentes químicos e/ou físicos higienicamente
satisfatórios.
Se aplica ao ambiente, pessoal, veículos e equipamentos diversos que
podem ser direta ou indiretamente contaminados pelos animais e produtos de
origem animal.
ROTULAGEM: entende-se como o processo de identificação do alimento
através do rótulo.
RÓTULO: é toda a inscrição, legenda, imagem ou toda a matéria descritiva
ou gráfica que esteja escrita, impressa, estampada, gravada em relevo ou
litografada ou colada sobre a embalagem do alimento (Artigo 795 – RIISPOA,
alterado pelo Decreto N° 2.244 de 04.06.97, publicado no DOU em 05.06.97).
EMBALAGEM: qualquer forma pela qual o alimento tenha sido
acondicionado, empacotado ou envasado.
EMBALAGEM PRIMÁRIA: qualquer embalagem que identifica o produto
primariamente.
EMBALAGEM SECUNDÁRIA: ou "plano de marcação" entende-se pela
identificação de continentes de produtos já totalmente identificados com rótulo
primariamente, sejam quais forem a natureza da impressão e da embalagem.
CONTINENTE: todo o material que envolve ou acondiciona o alimento, total
ou parcialmente, para comércio e distribuição como unidade isolada.
CLASSIFICAÇÃO: entende-se o critério científico ou comercialmente
adotado para estabelecer a classe do alimento, como tal indicado no respectivo
padrão de identificação e qualidade.
LOTE DE AVES: entende-se um grupo de aves da mesma procedência e
alojados em um mesmo local e/ou galpão.
COMESTÍVEL: entende-se como toda matéria-prima e/ou produto utilizado
como alimento humano.
NÃO COMESTÍVEL: entende-se como toda a matéria-prima e/ou produtos
adulterados, não inspecionados ou não destinados ao consumo humano.
ENCARREGADO DA IF: é o Médico Veterinário responsável pelo Serviço de
Inspeção Federal (SIF) no estabelecimento registrado no DIPOA.
Todas as definições acima mencionadas, bem como todas as disposições
constantes na presente norma estão em consonância com o Código Internacional
Recomendado de Práticas de Higiene para a Elaboração de Carne de Aves
(CAC/RCP 14-1976) CODEX ALIMENTARIUS.
ANEXO II
INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS RELACIONADOS COM A TÉCNICA DE INSPEÇÃO
"ANTE MORTEM" E "POST MORTEM"
1. LOCALIZAÇÃO
O matadouro deverá ser instalado no centro de um terreno, elevado cerca
de 1 m (um metro), afastado dos limites da via pública, preferentemente a 5 m
(cinco metros), com entradas laterais que permitam a movimentação e circulação
independente de veículos transportadores de aves vivas e veículos transportadores
de produtos, quando possível com entradas independentes. Deverá dispor de áreas
suficientes para as instalações previstas nas presentes normas e ter pavimentadas
as áreas de circulação e, as demais áreas não construídas, devidamente
urbanizadas.
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O funcionamento dos Matadouros de Aves localizados no perímetro urbano,
além de atender ao disposto no item anterior, somente será autorizado depois de
ouvida a autoridade de saúde pública, meio ambiente e a Prefeitura Municipal
(Artigo 48 do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de
Origem Animal, doravante denominado RIISPOA).
Não será autorizado o funcionamento ou construção de matadouro de aves
quando localizado nas proximidades de outros estabelecimentos que, por sua
natureza, possam prejudicar a qualidade dos produtos destinados à alimentação
humana, que são processados nesses estabelecimentos de abate (artigos 64 e 65
do RIISPOA).
3.2. ESGOTO
3.2.1. Os esgotos de condução de resíduos não comestíveis deverão ser
lançados nos condutores principais, através de piletas e sifões;
3.2.2. As bocas de descarga para o meio exterior deverão possuir grade
metálica à prova de roedores, ou dispositivos de igual eficiência;
3.2.3. Não será permitido o retorno das águas servidas. Permitir-se-á a
confluência da rede das águas servidas dos pré-resfriadores para condução de
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outros resíduos não comestíveis, desde que comprovadamente tais conexões não
promovam nenhum inconveniente tecnológico e higiênico-sanitário.
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3.6. PÉ DIREITO (artigo 34 - item 2 do RIISPOA)
3.6.1. Todas as dependências do abate deverão ter "pé direito" mínimo de
4,00 m (quatro metros);
3.6.2. Desde que as dependências onde manipulam produtos comestíveis
sejam climatizadas e as operações nelas executadas assim o permitirem, o "pé
direito" poderá ser reduzido para 3,00 m (três metros).
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declividade acentuada em direção aos pontos coletores, onde serão instalados
2(dois) ralos de drenagem: 1(um), destinado ao sangue e outro à água de
lavagem;
4.2.5. O sangue coletado deverá ser destinado para industrialização, como
não comestível, ou outro destino conveniente, a critério da Inspeção Federal;
4.2.6. A partir da sangria, todas as operações deverão ser realizadas
continuamente, não sendo permitido o retardamento ou acúmulo de aves em
nenhuma de suas fases, até a entrada das carcaças nas câmaras frigoríficas;
4.2.7. A seção de sangria deverá dispor, obrigatoriamente, de lavatórios
acionados a pedal (ou outro mecanismo que impeça o uso direto das mãos), com
esterilizadores de fácil acesso ao operador;
4.2.8. A sangria deverá estar separada fisicamente da recepção das aves e,
preferentemente, possuir acesso independente de operários.
4.4. EVISCERAÇÃO
4.4.1. Os trabalhos de evisceração deverão ser executados em instalação
própria, isolada através de paredes da área de escaldagem e depenagem,
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compreendendo desde a operação de corte da pele do pescoço, até a "toilette final"
das carcaças.
Nessa seção poderão também ser efetuadas as fases de pré-resfriamento,
gotejamento, embalagem primária e classificação, desde que a área permita a
perfeita acomodação dos equipamentos e não haja prejuízo higiênico para cada
operação;
4.4.2. Antes da evisceração, as carcaças deverão ser lavadas em chuveiros
de aspersão dotados de água sob adequada pressão, com jatos orientados no
sentido de que toda a carcaça seja lavada, inclusive os pés. Em sistemas de
evisceração não automatizados, esses chuveiros poderão ser localizados no início
da calha de evisceração ou na entrada da sala de evisceração;
4.4.3. A evisceração não automatizada será, obrigatoriamente, realizada
com as aves suspensas em ganchos de material inoxidável, presos em trilhagem
aérea mecanizada, sob a qual deverá ser instalada uma calha de material
inoxidável, não corrosível, de superfície lisa e de fácil higienização, de modo que as
vísceras não comestíveis sejam captadas e carreadas para os coletores, ou
conduzidos diretamente para a seção de subprodutos não comestíveis (graxaria);
Os equipamentos automatizados para evisceração (extração de cloaca, corte
abdominal e eventração) deverão obedecer os requisitos previstos no Anexo II,
item 2, do presente Regulamento.
As operações de evisceração automatizadas ou não, deverão ainda, observar
os cuidados necessários para evitar o rompimento de vísceras e o contato das
carcaças com superfícies contaminadas;
4.4.4. A trilhagem aérea será disposta sobre a calha a uma altura tal que
não permita, em hipótese alguma, que as aves aí despenduradas possam tocar na
calha ou em suas águas residuais;
4.4.5. Todas operações que compõem a evisceração e ainda a "Inspeção de
Linha" deverão ser executadas ao longo dessa calha, cujo comprimento deverá ser
no mínimo de 1(um) metro por operário para atender a normal execução dos
trabalhos que nela se desenvolvem, a saber:
4.4.5.1. cortes da pele do pescoço e traquéia;
4.4.5.2. extração de cloaca;
4.4.5.3. abertura do abdômen;
4.4.5.4. eventração (exposição das vísceras);
4.4.5.5. inspeção sanitária;
4.4.5.6. retirada das vísceras;
4.4.5.7. extração dos pulmões;
4.4.5.8. "toilette" (retirada do papo, esôfago, traquéia, etc.);
4.4.5.9. lavagem final (externa e internamente);
4.4.6. Não será permitida a retirada de órgãos e/ou partes de carcaças antes
que seja realizada a inspeção post-mortem, excetuando-se o disposto na alínea
4.3.6 do subitem 4.3 (escaldagem e depenagem);
4.4.7. A calha de evisceração deverá apresentar declive acentuado para o
ralo coletor, a fim de permitir remoção contínua dos resíduos para o exterior da
dependência, de modo a evitar acúmulo na seção;
4.4.8. A largura dessa calha, de borda a borda, será de no mínimo 0,60 m
(sessenta centímetros), observando-se que o afastamento da sua borda até o ponto
de projeção da nora sobre a calha seja, no mínimo, de 0,30 m (trinta centímetros);
4.4.9. A calha disporá de água corrente, sob pressão adequada, fornecida
através de um sistema de canos perfurados, localizados na parte interna e ao longo
da calha, com finalidade de propiciar constante limpeza e contínua remoção dos
resíduos para os coletores;
4.4.9.1. o DIPOA poderá aprovar sistemas alternativos de higienização da
calha de evisceração, desde que observe os preceitos higiênicos do equipamento;
4.4.10. A calha de evisceração disporá de pontos de água localizados em
suas bordas na proporção mínima de 1 (um) para cada 2 (dois) operários,
destinados à lavagem das mãos;
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4.4.11. Na área destinada à abertura do abdômen, eventração, inspeção
sanitária e retirada das vísceras, recomenda-se a instalação, paralela e ao longo do
trilhamento, à altura da metade superior do gancho, de dispositivo a servir de apoio
e guia, impedindo o movimento das carcaças e diminuindo a possibilidade do
contato das vísceras com a carcaça;
4.4.12. A inspeção post-mortem, executada na seção de evisceração,
disporá de:
4.4.12.1. área de "Inspeção de Linha", localizada ao longo da calha de
evisceração, logo após a eventração. Deverá dispor de todo equipamento capaz de
proporcionar eficiência, facilidade e comodidade das operações de inspeção
sanitária, com adequada iluminação (mínima de 500 LUX), bem como, o espaço
mínimo de 1 (um) metro por Inspetor, lavatórios e esterilizadores;
4.4.12.2. área para "inspeção final", contígua à calha de evisceração, dotada
de focos luminosos em número suficiente, dispostos de forma a garantir perfeita
iluminação. Preconiza-se, igualmente, iluminação entre 500 a 600 LUX;
4.4.12.3. sistema de ganchos de material inoxidável, em trilhagem aérea ou
não, instalado de modo a permitir fácil desvio das carcaças suspeitas e eficiente
trabalho de inspeção sanitária;
4.4.12.4. carrinhos, chutes ou recipientes de aço inoxidável, dotados de
fechamento, destinados à colocação das carcaças e vísceras condenadas,
identificados total ou parcialmente pela cor vermelha e, ainda, com a inscrição
"condenado";
4.4.12.5. resfriadores contínuos com água gelada ou água mais gelo,
destinados ao recebimento de carcaças ou partes de carcaças liberadas pela
Inspeção;
4.4.13. Além desses equipamentos descritos anteriormente, deverá estar à
disposição da Inspeção, balança destinada ao controle de absorção de água pelas
carcaças, na operação de pré-resfriamento, bem como termômetro para controle de
temperatura;
4.4.14. As vísceras não comestíveis serão lançadas diretamente na calha de
evisceração e conduzidas aos depósitos coletores ou diretamente para a seção de
subprodutos não comestíveis (graxaria). As vísceras comestíveis serão depositadas
em recipientes de aço inoxidável, material plástico ou similar, após previamente
preparadas e lavadas;
4.4.15. Os pés e pescoço com ou sem cabeça, quando retirados na linha de
evisceração para fins comestíveis, deverão ser imediatamente pré-resfriados, em
resfriadores contínuos por imersão, obedecendo ao princípio da renovação de água
contracorrente e à temperatura máxima de 4ºC. O pré-resfriamento dos pés e
pescoço, com ou sem cabeça, deverá ser realizado em seção adequada (Anexo II,
item 4.4.1);
4.4.16. Os miúdos (moela, coração e fígado) deverão ser processados em
seção própria e com fluxo adequado.
As moelas devem ser abertas, para permitir perfeita lavagem interna e
remoção total da cutícula. Deverá ser retirado o saco pericárdio (coração), assim
como a vesícula biliar (fígado). Os miúdos (moela, coração e fígado) devem ser
pré-resfriados, imediatamente, após a coleta e preparação. Acúmulo de miúdos
para processamento não será permitido;
4.4.17. A gordura cavitária e de cobertura da moela, poderá ser utilizada
para fins comestíveis, quando retirada durante o processo de evisceração, antes da
retirada e abertura da moela e ainda sob o mesmo tratamento dos miúdos
comestíveis;
4.4.18. Os pulmões serão, obrigatoriamente, retirados, através do sistema
de vácuo ou mecânico, preconizando-se a instalação de sistema de higienização dos
instrumentos utilizados. Nos sistemas à vácuo, o equipamento para pressão
negativa e os depósitos de pulmões serão instalados fora da seção;
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4.4.19. A lavagem final por aspersão das carcaças após a evisceração, deve
ser efetuada por meio de equipamento destinado a lavar eficazmente as superfícies
internas e externas.
As carcaças poderão também ser lavadas "internamente" com equipamento
tipo "pistola", ou similar, com pressão d’água adequada.
4.4.19.1. Exige-se a instalação de hidrômetro para controle do volume da
água consumida, de no mínimo 1,5 (um e meio) litros por carcaça, quando trata-se
de pré-resfriamento por imersão em água;
4.4.19.2. A localização do equipamento para lavagem por aspersão das
carcaças (interna e externamente), quando tratar-se de pré-resfriamento por
imersão em água, deverá ser após a evisceração e imediatamente anterior ao
sistema de pré-resfriamento, não se permitindo qualquer manipulação das carcaças
após o procedimento de lavagem;
4.4.19.3. Não será permitida a entrada de carcaças no sistema de pré-
resfriamento por imersão que contenham no seu interior água residual de lavagem
por aspersão e/ou qualquer tipo de contaminação visível nas suas superfícies
externas e internas.
4.4.20. O recolhimento de ovários de aves (reprodutoras ou poedeiras
comerciais) será permitido desde que:
4.4.20.1. A coleta somente será realizada após a liberação das aves por
parte da Inspeção Federal (SIF)
4.4.20.2. A coleta deverá ser feita observando todos os princípios básicos de
higiene, recomendadas pela Inspeção Federal (SIF);
4.4.20.3. O produto deverá ser resfriado, imediatamente, após a coleta, a
uma temperatura máxima de 4ºC;
4.4.20.4. O produto deverá ser armazenado e transportado sob refrigeração
(0ºC) e destinado, exclusivamente, para pasteurização.
4.5. PRÉ-RESFRIAMENTO
4.5.1. Poderá ser efetuado através de:
4.5.1.1. aspersão de água gelada;
4.5.1.2. imersão em água por resfriadores contínuos, tipo rosca sem fim;
4.5.1.3. resfriamento por ar (câmaras frigoríficas);
4.5.1.4. outros processos aprovados pelo DIPOA.
4.5.2. A renovação de água ou água gelada dos resfriadores contínuos tipo
rosca sem fim, durante os trabalhos, deverá ser constante e em sentido contrário à
movimentação das carcaças (contracorrente), na proporção mínima de 1,5 (um e
meio) litros por carcaça no primeiro estágio e 1,0 (um) litro no último estágio.
No sistema de pré-resfriamento por aspersão ou imersão por resfriadores
contínuos, a água utilizada deve apresentar os padrões de potabilidade previstos no
Artigo 62 do RIISPOA, não sendo permitida a recirculação da mesma.
A temperatura da água do sistema de pré-resfriamento por imersão não
deve ser superior a 4ºC.
Se existirem diversos tanques, a entrada e a saída de água utilizada em
cada tanque deve ser regulada, de modo a diminuir progressivamente no sentido
do movimento das carcaças, sendo que a água renovada no último tanque não seja
inferior a:
- 1 (um) litro por carcaça, para carcaças com peso não superior a 2,5 (dois
quilos e meio);
- 1,5 (um meio) litros por carcaça, para carcaças com peso entre 2,5 (dois
quilos e meio) a 5,0 (cinco quilos);
- 2 (dois) litros por carcaça para carcaças com peso superior a 5 (cinco)
quilos.
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4.5.2.2. o gelo adicionado ao sistema de pré-resfriamento por imersão
(4.5.1.2), deve ser considerado nos cálculos das quantidades definidas para
renovação constante de água no sistema;
4.5.3. Nos tanques de pré-resfriamento por imersão (4.5.1.2) com emprego
de etanoglicol, amônia e/ou similares, a renovação deve ser igualmente contínua,
nos termos do item "4.5.2" acima, e com água gelada;
4.5.4. A água de renovação do sistema de pré-resfriamento por imersão
(4.5.1.2) poderá ser hiperclorada, permitindo-se no máximo 5 ppm de cloro livre;
4.5.5. A temperatura da água residente, medida nos pontos de entrada e
saída das carcaças do sistema de pré-resfriamento por imersão (4.5.1.2), não deve
ser superior a 16ºC e 4ºC, respectivamente, no primeiro e último estágio,
observando-se o tempo máximo de permanência das carcaças no primeiro, de
trinta minutos.
4.5.6. Cada tanque do sistema de pré-resfriadores contínuos por imersão
deve ser completamente esvaziado, limpo e desinfetado, no final de cada período
de trabalho (oito horas) ou, quando se fizer necessário, a juízo da Inspeção
Federal;
4.5.7. O reaproveitamento da água nos pré-resfriadores contínuos por
imersão poderá ser permitido, desde que venha a apresentar novamente os
padrões de potabilidade exigidos, após adequado tratamento;
4.5.8. A temperatura das carcaças no final do processo de pré-resfriamento,
deverá ser igual ou inferior a 7ºC. Tolera-se a temperatura de 10ºC, para as
carcaças destinadas ao congelamento imediato;
4.5.9. Os miúdos devem ser pré-resfriados em resfriadores contínuos, por
imersão, tipo rosca sem fim, obedecendo a temperatura máxima de 4ºC e
renovação constante da água, no sentido contrário aos movimentos dos mesmos,
na proporção mínima de 1,5 (um e meio) litros por quilo;
4.5.10. Quando empregada a injeção de ar nos tanques de pré-resfriamento
por imersão (4.5.1.2) para efeito de movimentação de água (borbulhamento),
deverá o mesmo ser previamente filtrado;
4.5.11. O sistema de pré-resfriamento em resfriadores contínuos por
imersão (4.5.1.2), deve dispor de equipamentos de mensuração que permitam o
controle e registro constante:
4.5.11.1. da temperatura da água do tanque, nos pontos de entrada e saída
das carcaças (termômetro);
4.5.11.2. do volume de água renovada no primeiro e último estágio do
sistema (hidrômetro ou similar).
4.6. GOTEJAMENTO
Destinado ao escorrimento da água da carcaça decorrente da operação de
pré-resfriamento. Ao final desta fase, a absorção da água nas carcaças de aves
submetidas ao pré-resfriamento por imersão, não deverá ultrapassar a 8% de seus
pesos.
O gotejamento deverá ser realizado, imediatamente após o pré-
resfriamento, com as carcaças suspensas pelas asas ou pescoço, em equipamento
de material inoxidável, dispondo de calha coletora de água de gotejamento,
suspensa e disposta ao longo do transportador.
Processos tecnológicos diferenciados que permitam o escorrimento da água
excedente nas carcaças de aves decorrente da operação de pré-resfriamento por
imersão em água poderão ser autorizados, desde que aprovados pelo DIPOA.
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"borracha sanitária", que deverá ser resistente, sem bordas desfiáveis e de cor
clara;
4.7.3. Os miúdos e/ou partes de carcaças, quer sejam ou não
comercializados no interior das mesmas, receberão embalagem própria, sendo,
obrigatoriamente, a cabeça e pés embalados individualmente;
4.7.4. As carcaças deverão, de preferência, passar da seção de embalagem
para a antecâmara, através de óculo (portinhola), provido de "cortina de ar" ou, na
ausência deste, de tampa móvel, evitando-se, não somente a perda desnecessária
de frio mas também a circulação desnecessária de carrinhos e continentes outros,
entre essas seções;
4.7.5. Carcaças ou partes de carcaças de aves destinadas a instituições tais
como, hospitais, asilos, colégios, quartéis, fábricas, hotéis e restaurantes, poderão
receber embalagem coletiva (a granel), devidamente identificada, com dispensa do
invólucro individual, desde que sejam destinadas a preparo local;
4.7.6. Uma vez embaladas primariamente, o acondicionamento de carcaças
em embalagens secundárias, será feito em continentes novos e de primeiro uso,
onde tal operação deverá ser feita em dependências à parte da seção de
embalagem primária;
4.7.7. Poderá ser permitida, a critério da Inspeção Federal, para fins de
acondicionamento e/ou transporte, a reutilização de caixas ou recipientes
construídos de material que possibilite adequada higienização;
4.7.8. Carcaças, partes de carcaças e miúdos de aves devem ser
comercializadas devidamente embaladas e rotuladas conforme o disposto no
Capítulo II - Rotulagem - Seção I - Rotulagem em geral - do RIISPOA e alterações;
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5.4. Para o caso de seções de industrialização de produtos cozidos,
defumados, curados, esterilizados e outros, estas deverão obedecer o contido nas
instruções específicas expedidas pelo DIPOA.
5.5. Para a produção de Carne Mecanicamente Separada (CMS) de aves
deverá ser obedecido o contido nas instruções específicas emitidas pelo DIPOA.
6. INSTALAÇÕES FRIGORÍFICAS
6.1. Este conjunto é constituído de antecâmara(s), câmara(s) de
resfriamento, câmara(s) ou túnel de congelamento rápido, câmara(s) de estocagem
e local para instalação do equipamento produtor de frio;
6.2. Essas instalações serão proporcionais à capacidade de abate e
produção;
6.3. As antecâmaras servirão apenas como área de circulação, não sendo
permitido o seu uso para outros fins e deverão ser climatizadas;
6.4. Excepcionalmente, a operação de retirada das carcaças dos continentes
onde foram congeladas, para o acondicionamento em sacos ou outros continentes
secundários, poderá ser permitida, desde que a área assim o comporte e sem
prejuízo das operações normais;
6.5. Nas câmaras de resfriamento, não será permitida a estivagem de
carcaças, entendendo-se como tal, a deposição das carcaças sem seus recipientes
(caixas, bandejas, etc.);
6.6. As carcaças depositadas nas câmaras de resfriamento, deverão
apresentar, temperatura ao redor de -1ºC (menos um grau centígrado) a 4ºC,
tolerando-se no máximo, variação de um grau centígrado:
6.7. A estocagem de aves congeladas deverá ser feita em câmaras próprias,
com temperatura nunca superior a -18ºC (dezoito graus centígrados negativos);
6.8. Mesmo temporariamente ou por razões de ordem técnica, não será
permitido o congelamento de aves nas câmaras de estocagem, quando carcaças
congeladas anteriormente, aí estiverem depositadas;
6.9. As carcaças de aves congeladas não deverão apresentar, na intimidade
muscular, temperatura superior a -12ºC (doze graus centígrados negativos), com
tolerância máxima de 2ºC (dois graus centígrados);
6.10. As instalações frigoríficas deverão apresentar, ainda, as seguintes
características:
6.10.1. antecâmara com largura mínima de 2,00 m (dois metros);
6.10.2. paredes de fácil higienização, resistentes aos impactos e/ou
protegidos parcialmente por estrutura metálica tubular, destinada a amortecer os
impactos dos carrinhos sobre as mesmas;
6.10.3. sistema de iluminação do tipo "luz fria", com protetores à prova de
estilhaçamento;
6.10.4. portas com largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte
centímetros) de vão livre, de superfície lisa e de material não oxidável;
6.10.5. dispor de termômetro e, quando exigidos, de outros aparelhos de
mensuração e registro;
6.10.6. excepcionalmente, serão permitidos estrados de madeira nas
câmaras de estocagem de congelados, para depósito de produtos com embalagem
secundária.
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transportadores, bem como entrada (portal) de acesso à seção para o pessoal que
aí trabalha. Nessas aberturas, recomenda-se a instalação de "cortinas de ar",
visando atenuar a entrada de ar quente do meio ambiente;
7.1.3. proteção (cobertura), mínima de 3 (três) metros, para os veículos
transportadores, na área de acostamento, bem como canaletas para drenagem dos
resíduos no piso.
7.2. Deverá dispor de gabinete de higienização para o pessoal que trabalha
exclusivamente na área frigorífica.
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incineração de carcaças condenadas pela Inspeção, bem como de aves chegadas
mortas ou que tenham morrido na plataforma de recepção;
9.5. A área de recepção de resíduos, junto ao carregamento dos digestores
ou autoclaves, deverá ser totalmente isolada por paredes de alvenaria do restante
das operações (descarga, moagem, etc.), observando-se que a construção seja
orientada no sentido de que, em hipótese alguma, os operários que trabalham na
área de recepção e carregamento tenham acesso às demais fases do
processamento;
9.6. A farinha, quer na sua fase de preparação ("crackling" ou tancage),
quanto na fase final, não poderá ser lançada ou depositada diretamente sobre o
piso. A estocagem, quando feita em sacos, deverá ser sobre estrados, em área
isolada, seca e ventilada.
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a proporção de 1 (um) para 15 (quinze). Os chuveiros, providos de água fria e
quente e localizados em separado dos sanitários, deverão atender á proporção de 1
(um) para cada grupo de 20 (vinte) operários;
10.7.1.4. Todos os sanitários, lavatórios e outras instalações sanitárias
deverão ser mantidas higienizadas e em estado de conservação satisfatório;
10.7.2. O refeitório será instalado convenientemente, de acordo com a
legislação específica, e o seu uso será obrigatório por todos aqueles que façam suas
refeições no estabelecimento, proibindo-se que outras dependências ou áreas dos
estabelecimentos sejam usadas para tal finalidade;
10.7.3. A sede da Inspeção Federal disporá de sala(s) de trabalho,
laboratório, arquivo(s), vestiários e instalações sanitárias, em número e dimensões
suficientes às necessidades dos trabalhos;
10.7.3.1. Será construída com acesso exclusivo e independente de qualquer
outra dependência do estabelecimento.
10.8. Almoxarifado e oficinas serão construídos e localizados em áreas que
não prejudiquem os trabalhos industriais, avaliando-se sua adequabilidade por
ocasião da apresentação dos projetos;
10.9. A rede de esgoto industrial deverá estar ligada a tubos coletores e
estes a um sistema geral de escoamento, dotado de canalização e instalações para
retenção de gorduras, resíduos e corpos flutuantes, bem como para depuração
artificial e tratamento, se for o caso, com desaguadouro em curso de água perene,
ou outro sistema, sempre sujeito à aprovação da autoridade sanitária competente:
10.9.1. Os coletores gerais serão constituídos por condutores fechados ou
tubulações de diâmetro apropriado, dotados de caixas de inspeção;
10.9.2. A rede de esgoto sanitário, sempre independente da de esgoto
industrial, também estará sujeita à aprovação da autoridade sanitária competente.
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Produtos de Origem Animal - RIISPOA. Será compulsoriamente clorada com
garantia de sua inocuidade microbiológica, independente de sua procedência (água
de superfície, represadas, nascentes, poços comuns ou tubulares profundos, rede
pública de abastecimento). A cloração obrigatória, aqui referida. não exclui,
obviamente, o prévio tratamento químico (floculação, sedimentação, filtração e
neutralização), tecnicamente exigido para certas águas impuras, notadamente as
de superfície e de cuja necessidade julgará a Inspeção Federal;
11.1.4.3. O consumo médio de água em matadouros avícolas poderá ser
calculado tomando-se por base o volume de 30 (trinta) litros por ave abatida,
incluindo-se aí o consumo de todas as seções do matadouro. Permitir-se-á volume
médio de consumo inferior, desde que preservados os requisitos tecnológicos e
higiênico-sanitários previstos na presente Norma, mediante aprovação prévia do
DIPOA.
11.1.4.4. Deverá ser instalado mecanismo de alarme sonoro junto ao
sistema de dosagem de cloro da água de abastecimento industrial.
11.1.5. Gabinete de higienização: É o local destinado a higienização das
mãos, dotado de dispositivo para lavagem e desinfecção de botas, adequado ao
número de funcionários e estrategicamente localizado
ANEXO III
HIGIENE DO AMBIENTE DA INSPEÇÃO ANTE MORTEM E POST MORTEM
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
1.1. Exigir-se-á a higienização dos pisos, paredes, equipamentos,
maquinários e instrumentos de trabalho, especialmente das dependências que
manipulem produtos comestíveis, imediatamente após o término dos trabalhos
industriais ou entre turnos;
1.2. As dependências internas, bem como a área circundante do
estabelecimento, serão mantidas livres de insetos, de roedores, cães e outros
animais, cuidando-se, particularmente, dos focos de moscas e baratas;
1.3. O maquinário, carros, tanques, mesas, continentes e demais utensílios,
serão convenientemente identificados de modo a evitar qualquer confusão entre os
destinados a produtos comestíveis e, os utilizados no transporte ou depósito de
produtos não comestíveis e condenados;
1.4. O pessoal que manipula produtos condenados ficará obrigado a
desinfecção das mãos, instrumentos e vestuários, com substâncias apropriadas. O
mesmo se aplica aos operários que lidam com a matéria prima de graxaria
(resíduos);
1.5. Todas as vezes que for necessário, a Inspeção Federal determinará a
substituição, raspagem, pintura e reforma de pisos, paredes, tetos, equipamentos,
etc.
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2.2.1. De um modo geral, a higienização dessa área compreenderá a
remoção dos excrementos (e demais sujidades), lavagem e desinfecção;
2.2.2. A lavagem será executada com dispositivos de água sob pressão, até
a melhor limpeza das superfícies;
2.2.3. As aves que morrerem na plataforma de recepção ou durante o
transporte, serão encaminhadas, com presteza, em recipientes fechados e
identificados, ao forno crematório ou à graxaria, sempre sob controle da Inspeção
Federal.
2.3. Pisos, paredes e tetos, em geral:
2.3.1. Ao terem início os trabalhos da jornada, é indispensável que os pisos
se apresentem irrepreensivelmente limpos em todos os pontos das salas e anexos.
Esta limpeza, no decorrer das operações, deverá também ser mantida da melhor
maneira possível. Para isto é mister a lavagem freqüente, principalmente das áreas
mais propensas à ocorrência de sujidades, com água em volume suficiente e
distribuída de maneira adequada. Todo cuidado deve ser tomado a fim de evitar-se
respingos sobre as carcaças e miúdos. A remoção das sujidades para as canaletas e
ralos e a secagem do piso por meio de rodos, deverá ser operação de natureza
contínua. É importante evitar a estagnação das águas servidas, em qualquer ponto
das seções, devendo constituir-se mesmo uma preocupação que o piso além de
limpo, mantenha-se, tanto quanto possível, seco. As canaletas serão,
constantemente, varridas e lavadas, uma vez que a remoção freqüente dos
resíduos sólidos facilita a fluência e o escoamento da água de lavagem;
2.3.1.1. Terminados os trabalhos da jornada, o piso, os ralos e as canaletas
serão submetidas a uma cuidadosa lavagem com água quente sob pressão;
2.3.2. As paredes também, findos os trabalhos do dia, receberão lavagem
idêntica à do piso e, ocasionalmente, a juízo da Inspeção, uma higienização com
detergentes;
2.3.3. O emprego de lâmpadas ultravioletas e a ozonização das câmaras
com finalidade higiênica, será regulado por instrução própria.
3. HIGIENE DO EQUIPAMENTO
3.1. Todos os equipamentos do matadouro que tenham contato direto ou
indireto com as carnes, deverão estar rigorosamente limpos ao terem início os
trabalhos, condição sem a qual a Inspeção Federal não poderá autorizar o
funcionamento da seção ou seções. Do mesmo modo, no decorrer das operações, a
manutenção da higiene é questão de observância. Quando houver interrupção dos
trabalhos para refeição, também deverá ser aplicado igual procedimento;
3.2. De um modo geral, a limpeza e desinfecção do equipamento serão
levados a efeito com o emprego de água quente sob pressão e aplicada por
dispositivos adequados que se acoplarão em bicos de misturadores de água e
vapor. Além disso usar-se-ão sabões ou detergentes, soluções bactericidas
diversas, desde que aprovadas, seguindo-se sua aplicação de eficiente
enxaguadura;
3.3. A lavagem geral das salas e equipamentos somente será levada a
efeito, depois que o recinto estiver inteiramente livre de produtos comestíveis;
3.4. Não permitir o uso de utensílios em geral com cabos de madeira. As
escovas utilizadas para limpeza de pisos e paredes não poderão, em hipótese
alguma, serem usadas para limpeza de qualquer equipamento;
3.5. Especial atenção deverá ser dada aos seguintes equipamentos:
3.5.1. Escaldadores: Deverão ser completamente esgotados ao final de cada
jornada de trabalho, ou quando se fizer necessário, a juízo da Inspeção Federal,
removendo-se, totalmente, os resíduos aí acumulados e higienizando-os
devidamente;
3.5.2. Depenadeiras: De idêntica forma, deverão ser convenientemente
limpas, observando-se a remoção total das penas aderidas em suas superfícies e
"dedos" depenadores;
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3.5.3. Todos os equipamentos automáticos (para corte de cloaca, corte e
desarticulação de pescoço, corte abdominal, eventração e/ou outros), deverão
dispor de eficiente sistema de higienização contínua, durante todo o
processamento;
3.5.4. Limpador de moelas: A higienização do limpador de moelas deverá
ser auxiliada com o uso de jatos d’água sob pressão;
3.5.5. Extrator de pulmões: Suas tubulações e os depósitos deverão prever
facilidade de remoção dos pulmões aí contidos e adequada limpeza dos
equipamentos;
3.5.6. Resfriadores contínuos ("CHILLER"): Após totalmente esgotados, suas
superfícies deverão ser esfregadas com o auxílio de escovas, cuidando-se,
particularmente, de suas peças internas;
3.5.7. Esteira transportadora de carcaças e miúdos: Sempre que usadas,
deverão prever sistema de lavagem contínua com água preferentemente morna.
3.5.8. Motores: Todas as máquinas terão seus motores devidamente
protegidos e blindados, para a eficiência da limpeza e segurança dos operários;
3.5.9. Recipientes:
3.5.9.1. os recipientes em geral, tanto os reservados aos produtos
comestíveis como aos produtos não comestíveis, logo que fiquem cheios, deverão
ter seu conteúdo imediatamente removido para o destino conveniente;
3.5.9.2. a capacidade dos recipientes nunca deverá ser excedida, a fim de
prevenir o transbordamento da matéria sobre o piso;
3.5.9.3. os recipientes destinados ao transporte e acondicionamento de
produtos comestíveis jamais poderão ser utilizados para outra finalidade;
3.5.9.4. quando as condições de trabalho não permitirem a mecanização do
transporte de resíduos (inclusive condenados) para a graxaria, os recipientes
deverão ser higienizados com água quente e vapor, quando do seu retorno, em
área destinada a esse fim;
3.5.9.5. os recipientes de condenados serão submetidos a rigorosa
desinfecção ao término dos trabalhos;
3.5.10. Trilhos aéreos, correntes e ganchos:
3.5.10.1. a limpeza dos trilhos aéreos será necessária para remoção das
crostas formadas por sangue, penas, detritos, etc., e realizada com auxílio de água
e escovas de "nylon", cujo equipamento deverá estar localizado no retorno dos
transportadores aéreos;
3.5.10. 2. na inspeção post mortem, os ganchos utilizados para a inspeção
final, deverão ser adequadamente higienizados;
3.5.11. Esterilizadores: A água no interior das caixas, quando em uso,
deverá estar à temperatura mínima de 85ºC (oitenta e cinco graus centígrados),
observando-se ainda que o tempo de imersão do instrumental deverá durar pelo
menos 3 (três) minutos. Por esta razão, os operários deverão dispor de facas e/ou
tesouras em duplicata. Exigir-se-á a limpeza diária desses esterilizadores, com
jatos de vapor e a renovação da água deverá ser contínua e quando isto não for
possível, pelo menos 2 (duas) vez por turno;
3.5.12. Caminhões transportadores de produtos:
3.5.12.1. os veículos transportadores de produtos, em seguida ao seu
emprego, deverão ser lavados com água (preferentemente quente) e detergentes,
e ainda desinfectados, cumprindo à inspeção verificar, no momento do embarque,
as condições de atendimento a esses requisitos higiênicos;
3.5.12.2. quando esses veículos forem lavados no próprio estabelecimento,
deverá dispor de local ser apropriado e exclusivo (completamente distinto das
instalações existentes para lavagem de veículos transportadores de aves), devendo
a água ser empregada sob pressão, em torno de 1 (uma) atmosfera.
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4.1. Sangria:
4.1.1 Remoção freqüente de sangue e água, de maneira que a área
apresente sempre o melhor estado de limpeza;
4.1.2. Rigoroso respeito ao que foi prescrito com referência ao tempo de
sangria e início da escaldagem;
4.1.3. Funcionamento perfeito do esgoto da canaleta, para rápida vazão de
sangue;
4.1.4. Os equipamentos e instrumentos de sangria devem ser higienizados
adequadamente, com a necessária frequência.
4.2. Extração da cloaca: Deverá ser efetuada de tal forma que não se faça a
ablação da cloaca (separação) dos aparelhos digestivos e urogenital que nela se
abrem, com a finalidade de diminuir a contaminação das carcaças por fezes, que o
processo tradicional de retirada total de cloaca fatalmente determina. Esta
operação será feita com as aves suspensas pelos pés, executando-se a incisão
"rodelar" da cloaca (pericloaca), deslocando-se da carcaça, sem contudo separá-la
da porção final do intestino.
Os dispositivos automáticos ou mecanizados para execução desta operação
deverão dispor de auto lavagem com água corrente sob pressão.
O dispositivo mecânico (pistola extrator de cloaca) deverá dispor do sistema
para auto lavagem com água corrente, acionado a cada operação, evitando-se a
descarga sobre as carcaças.
4.3. Corte abdominal: Deverá ser efetuado de tal forma que não rompa as vísceras
e proporcione facilidade de exposição das mesmas.
Os dispositivos automáticos para execução desta operação devem dispor de
sistema de auto lavagem, com água corrente sob pressão.
4.4. Interrupção dos trabalhos industriais: Somente poderão ocorrer quando
todas as aves, já sangradas, tiverem seu processamento normal concluído e o
reinício dos trabalhos só se efetuará com as instalações e equipamentos
devidamente limpos.
4.5. Evisceração: Observar os cuidados higiênicos nos procedimentos da
evisceração, especialmente, após a inspeção sanitária.
4.6. Manipulação de carnes e vísceras: Os procedimentos de manipulação de
carnes e vísceras deverão obedecer os princípios básicos de higiene.
5. HIGIENE DO PESSOAL
A higiene dos operários é de primordial importância nos trabalhos do
matadouro. As medidas até agora salientadas, referentes à higienização das
instalações e equipamentos da indústria, estariam diminuídas ou mesmo anuladas
no seu valor, se não fossem acompanhadas das alusivas ao pessoal. A esse
respeito, devem constituir objeto de atenção constante da Inspeção Federal - IF: o
estado de saúde dos que trabalham direta, ou indiretamente, com os produtos, o
asseio e a adequação do seu vestuário e seus hábitos higiênicos, não apenas
relacionados com suas próprias pessoas, como, também, com a maneira de se
conduzirem na execução de suas tarefas.
O estabelecimento deve organizar programa de treinamento de pessoal em
Higiene Industrial e o Serviço de Inspeção Federal - SIF deverá participar da
concepção e execução do mesmo.
5.1. Condição de saúde: A Inspeção Federal deverá fazer observar, com o
maior rigor, os preceitos ao artigo 92 do RIISPOA e seus parágrafos, a seguir
transcritos na íntegra:
"Artigo 92 - Os operários que trabalham na indústria de produtos de origem animal
serão portadores de carteiras de saúde fornecidas por autoridades sanitárias
oficiais. Devem apresentar condições de saúde e ter hábitos higiênicos;
anualmente, serão submetidos a exame, em repartição de saúde pública,
apresentado à Inspeção Federal as anotações competentes em sua carteira, pelas
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quais se verifique que não sofrem doenças que os incompatibilizem com os
trabalhos de fabricação de gêneros alimentícios.
§ 1º - Na localidade onde não haja serviço oficial de Saúde Pública podem ser
aceitos, a juízo do DIPOA, atestados fornecidos por médico particular.
§ 2º - A inspeção médica é exigida, tantas vezes quantas necessárias, para
qualquer empregado dos estabelecimentos, inclusive seus proprietários, se
exercerem atividades industriais.
§ 3º Sempre que fique comprovada a existência de dermatoses, de doenças infecto
contagiosas ou repugnantes e de portadores inaparentes de salmonelas, serão eles
imediatamente afastados do trabalho, cabendo à Inspeção Federal comunicar o fato
à autoridade de Saúde Pública."
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da eficiência, detalhado por seção, especificando, ainda, todas as substâncias
empregadas para tal finalidade.
A lavagem e desinfecção das instalações, equipamentos e utensílios, deve
obedecer o seguinte:
6.1. Pré lavagem com água sob pressão para remoção de sólidos;
6.2. Remoção física por ajuda mecânica ou uso de detergentes;
6.3. Lavagem para a remoção de detergentes e sólidos;
6.4. Aplicação de desinfetantes, quando necessário e, sempre procedido de
completa enxaguagem;
6.5. Os procedimentos de lavagem e desinfecção geral do estabelecimento,
deverão ser executados quando os ambientes estiverem livres dos produtos
comestíveis;
6.6. As soluções empregadas na higiene das instalações, do equipamento e
do pessoal, devem sempre ser aquelas registradas no Ministério da Saúde e ter seu
uso autorizado pelo DIPOA;
6.7. Todo cuidado deverá ser tomado no manuseio da soluções concentradas
de desinfetantes, evitando seu contato com as mucosas oculares e nasais,
principalmente;
6.8. Nos intervalos, não superiores a 1 (uma) hora, para refeição e descanso
dos operários, permite-se somente a lavagem das seções, equipamentos e
utensílios, com água sob pressão.
6.9. O SIF deve conhecer a natureza, periodicidade e resultados decorrentes
do programa de Higiene Industrial desenvolvido pelo estabelecimento.
6.10. O Veterinário do SIF deverá proceder a análise regular dos resultados
do programa de Higiene Industrial do estabelecimento e realizar os exames
complementares que forem necessários.
6.11. Os resultados serão objetos de relatório, cujas conclusões e
recomendações serão levadas ao conhecimento do estabelecimento.
ANEXO IV
INSPEÇÃO ANTEM
1. É atribuição específica do Médico Veterinário, encarregado da Inspeção Federal,
e compreende o exame visual dos lotes de aves destinadas ao abate, bem como o
conjunto de medidas adotadas para a habilitação das mesmas ao processamento
industrial.
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2.4. Identificar lotes de aves com suspeitas de problemas que,
comprovadamente, justifiquem redução na velocidade normal de abate, para
exame mais acurado;
2.5. Possibilitar a identificação de lotes de aves que tenham sido tratados
com antibióticos (através do Boletim Sanitário) para efeito de seqüestro,
objetivando a realização de análises laboratoriais, com vistas a possível presença
de resíduos na carne.
3. A inspeção ante mortem será realizada junto à plataforma de recepção, que deve
possuir área específica e isolada para realização de necrópsia, quando for
necessário.
3.1. A seção de necrópsia deve dispor de equipamentos e utensílios
necessários para a finalidade, inclusive, recipientes próprios para collheita de
materiais para remessa a laboratório. Deve dispor ainda de recipiente de aço
inoxidável, com fechamento hermético, para colocação de aves e/ou despojos após
a necropsia;
3.2. Quando a área de necropsia for contígua à plataforma, deve ser
perfeitamente isolada desta e do corpo industrial, de modo a não permitir
interferência na recepção de aves e no fluxograma operacional da indústria;
3.3. As aves necropsiadas devem ser incineradas em forno crematório, ou
processadas juntas com subprodutos não comestíveis;
3.4. O forno crematório, neste caso, será isolado da indústria,
preferentemente na área próxima à graxaria;
4. Juntamente com a prévia notificação de abate, ou acompanhamento cada lote de
aves, as firmas deverão encaminhar à Inspeção Federal o Boletim Sanitário, no
qual deve conter os seguintes dados: (artigo 129 do RIISPOA).
4.1. Procedência das aves, constando o nome e endereço da granja
produtora e o número do lote ou galpão;
4.2. Nº de aves (inicial e final);
4.3. Doenças detectadas no lote;
4.4. Tipo de tratamento a que o lote foi submetido, especificando o agente
terapêutico usado e duração do tratamento;
4.5. Data de suspensão de ração com antibiótico e/ou coccidiostáticos;
4.6. Data e hora de retirada de alimentação;
4.7. Outros dados julgados necessários;
4.8. Assinatura do Médico Veterinário responsável pelo plantel.
5. Os lotes nos quais foram detectadas aves com suspeita ou, comprovadamente,
portadoras de doenças que justifiquem o abate em separado, deverão ser abatidos
no final da matança normal, sob cuidados especiais (Matança de Emergência
Mediata). Dependendo do caso, as carnes poderão ser declaradas próprias ou
impróprias para o consumo.
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8. Não será permitido o abate de aves submetidas a tratamento com medicamentos
e que não tenha sido obedecido o prazo recomendado entre a suspensão da
aplicação e data de abate.
ANEXO V
INSPEÇÃO POST MORTEM
1. É efetuada individualmente durante o abate, através de exame visual
macroscópico de carcaças e vísceras e, conforme o caso, palpação e cortes.
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7. Os exames realizados nas linhas de inspeção são procedidos por uma fase dita
preparatória, que tem por finalidade, apresentar à inspeção de carcaças e vísceras
em condições de serem eficientemente examinadas, facilitando a visualização
interna e externa e ainda, de preservar, sob o ponto de vista higiênico, as porções
comestíveis. A perfeita execução desta operação é de responsabilidade da empresa.
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SUBSTITUTO 1 1 1 1 1
DAS LINHAS
ANEXO VI
ESQUEMA DE TRABALHO DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL
NOS MATADOUROS DE AVES
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2.6.2. O uso adequado da pistola de cloaca, evitando o seccionamento de
porções intestinais, e a sistemática auto lavagem da mesma;
2.6.3. O corte abdominal é de suma importância, pois dele depende as
condições de apresentação da carcaça e vísceras à inspeção sanitária, ressaltando-
se que nesta tarefa é onde ocorre o maior número de contaminações;
2.6.4. Não permitir a lavagem do piso com mangueiras, quando houver
animais sendo trabalhados, para evitar respingos contaminadores sobre as carcaças
e a trilhagem, ou altura de mesas permitirem esse risco.
2.7. Verificação do trabalho dos funcionários da IF nas linhas de inspeção:
execução integral e correta dos exames, de acordo com as técnicas estabelecidas,
corretos procedimentos nas rejeições efetuadas nas próprias linhas e das
apreensões de peças para Inspeção Final; observância das causas assinaladas nos
quadros marcadores; observância dos cuidados higiênicos, quando da condenação
ou apreensão de peças (lavagem de mãos, desinfecção de facas);
2.8. Verificação do cumprimento, por parte dos operários, da lavagem das
mãos e desinfecção de facas durante os trabalhos de evisceração;
2.9. Verificação do uso correto dos recipientes de produtos comestíveis;
2.10. Verificação do comportamento higiênico dos operários; lavagem das
mãos com água e sabão toda vez que ingressarem na sala, vindos dos gabinetes
sanitários ou de outra dependência do estabelecimento: hábitos higiênicos (não
escarrar, não cuspir, não fumar); lavagem e higienização das botas, com solução
desinfetante;
2.11. Verificação das condições das pias: se estão limpas, desentupidas,
providas de sabão líquido e de toalhas descartáveis;
2.12. Manutenção de limpeza e organização dos trabalhos da área de
Inspeção Federal;
2.13. Verificação de eficiência da lavagem externa de carcaças na saída da
calha de evisceração. A carcaça deve entrar no sistema de pré resfriamento livre de
sujidades ou outro material estranho;
2.14. Controle do perfeito funcionamento do sistema de pré resfriamento por
imersão em água observando os seguintes itens:
2.14.1. Temperaturas corretas nos diversos estágios;
2.14.2. Renovação constante de água, na proporção preconizada, e no
sentido contrário ao movimento de carcaças e miúdos;
2.14.3. Controle da hipercloração da água de renovação do sistema, dentro
dos parâmetros recomendados;
2.14.4. Controle da correta temperatura das carcaças e miúdos à saída do
sistema.
2.15. Controle do índice de absorção de água pelas carcaças de aves
submetidas ao pré-resfriamento por imersão em água, dentro do limite permitido.
Entende-se por índice de absorção o percentual de água adquirida pelas
carcaças de aves durante o processo de matança e demais operações tecnológicas,
principalmente no sistema de pré resfriamento por imersão, uma vez que pequeno
percentual de água absorvida ocorre durante a escaldagem, depenagem e diversas
lavagens na linha de evisceração (em média até 3%).
O sistema de controle da absorção de água em carcaças de aves submetidas
ao pré-resfriamento por imersão deve ser eficiente e efetivo, sem margem a
qualquer prejuízo na qualidade do produto final.
Os métodos oficiais para o referido controle são o Método de Controle
Interno, realizado em nível de processamento industrial pela IF local, e o Método do
Gotejamento para controle de absorção de água em carcaças congeladas de aves
submetidas ao pré-resfriamento por imersão.
2.15.1. Método de Controle Interno: O controle aqui especificado refere-se à
água absorvida durante o pré resfriamento por imersão que está diretamente
relacionado principalmente com a temperatura da água dos resfriadores, tempo de
permanência no sistema, tipo de corte abdominal, injeção de ar no sistema
(borbulhamento) e outros fatores menos significativos.
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A quantidade de água determinada por este método exprime-se em percentagem
do peso total da carcaça de ave no limite máximo de 8% de seus pesos.
2.15.2. Técnica: Baseia-se na comparação dos pesos das carcaças
devidamente identificadas, antes e depois do pré resfriamento por imersão:
2.15.2.1. Nº de carcaças: no mínimo 10 carcaças em cada teste;
2.15.2.2. Separar as carcaças a serem testados após a saída do último
chuveiro da calha de evisceração;
2.15.2.3. Prover o prévio escorrimento da água retida nas cavidades;
2.15.2.4. Pesar, individual ou coletivamente, as carcaças a serem testadas,
determinando assim o peso inicial (Pi);
2.15.2.5. Identificar as carcaças em teste antes de entrarem no sistema de
pré resfriamento por imersão;
2.15.2.6. Retirar as carcaças em teste para pesagem somente após o
gotejamento das mesmas;
2.15.2.7. Pesar, individualmente ou coletivamente, as carcaças em teste,
determinando assim o peso final (Pf);
2.15.2.8. A diferença (D) entre o peso inicial (Pi) e o peso final (Pf)
multiplicada por 100 e dividida pelo peso inicial (Pi), determina o percentual de
água absorvida (A) durante o processamento. D X 100
FÓRMULA: A = D x 100 D = Pf - Pi
Pi
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imersa em água até que a temperatura do centro da ave atinja 4ºC. Para a
determinação do tempo de imersão, utiliza-se a seguinte tabela:
Acima de 2300 gramas, mais 7 minutos por 100g adicionais ou parte. Após o
período de imersão, retirar a embalagem plástica do banho. Abrir um orifício na
parte inferior, de modo que a água liberada pelo descongelamento possa escorrer,
em seguida, a embalagem e seu conteúdo deverão ficar durante uma hora a
temperatura ambiente entre 18 e 25ºC. Retirar a ave descongelada da embalagem
e as vísceras e deixar escoar. Retirar as vísceras e enxugar. Pesar a ave
descongelada juntamente com as vísceras e sua embalagem. Obtém-se, assim, a
medida "M2". Pesar a embalagem que continha as vísceras, obtendo-se assim a
medida "M3".
Cálculos:
% de líquido perdido = M0-M1-M2 x 100
da ave congelada M0-M1-M3
OBS: Para lotes com pesos diferentes, colocar primeiro no banho as aves
mais pesadas. Para cada 100g menos, deixa-se passar 7 minutos, coloca-se então
o próximo lote e assim por diante. No final todas as aves sairão ao mesmo tempo.
Avaliação do Resultado:
Se, para a amostra de 6 carcaças, a quantidade média de água resultante do
descongelamento for superior a 6%, considera-se que a quantidade de água
absorvida durante o pré-resfriamento por imersão ultrapassa o valor limite.
2.16. Controle de volume da água renovada dos resfriadores contínuos;
2.17. Controle da cloração da água de abastecimento;
2.18. Controle da velocidade e do volume da matança;
2.19. Providências tomadas pelo Médico Veterinário, no sentido da correção
das deficiências ou irregularidades constatadas, relacionadas aos assuntos tratados
nos itens anteriores.
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3. APÓS OS TRABALHOS DE MATANÇA:
3.1.Lavagem geral com água quente, sob pressão, com detergente
adequado:
3.1.1. Pisos, paredes;
3.1.2. Equipamentos em geral;
3.1.3. Trilhagem aérea.
4 .ÁREA FRIGORÍFICA:
4.1. Armazenamento:
4.1.1. Registro e controle das temperaturas de câmaras;
4.1.2. Registro e controle do produto armazenado;
4.1.3. Aspecto higiênico (lavagem e desinfecção das câmaras e
antecâmaras);
4.1.4. Verificação das condições adequadas de armazenamento: Estrados;
Distribuição adequada dos produtos armazenados;
Condições de embalagem do produto armazenado.
4.2. Cortes e Desossa:
4.2.1. Registro e controle da temperatura do ambiente (não superior a
15ºC);
4.2.2. Observância dos preceitos higiênicos, quando da realização dos
trabalhos industriais;
4.2.3. Controle e registro das temperaturas dos esterilizadores e carnes;
4.3. Expedição:
4.4. Verificação das condições higiênicas e funcionais do veículo;
4.4.1. Verificação da temperatura do produto para embarque.
5. OUTROS CONTROLES:
5.1. Controle do Programa de combate à insetos e roedores:
5.1.1. Mapeamento dos locais;
5.1.2. Freqüência;
5.1.3. Tipo de sistema utilizado;
5.1.4. Características do produto utilizado;
5.1.5. Relatório de eficiência e medidas adotadas a partir das conclusões
obtidas pelos relatórios.
5.2. Controle do programa de lavagem e desinfecção de depósitos de água
de abastecimento:
5.2.1. Freqüência;
5.2.2. Tipo de sistema utilizado;
5.2.3. Características do produto utilizado.
5.3. Controle da relação dos produtos químicos armazenados e utilizados na
indústria:
5.3.1. Local de armazenagem;
5.3.2. Critérios de segurança;
5.3.3. Memorial descritivo da utilização de cada produto.
5.4. Controle de produtos e rótulos registrados.
5.5. Controle de resultados de análises laboratoriais oficiais.
5.6. Controle de registro de ocorrências diárias em formulários apropriados,
com o registro das providências adotadas.
5.7. Controle de saúde dos funcionários da indústria e Inspeção Federal.
OBS: Os modelos de formulários e mapas a serem utilizados nas IIFF serão
padronizados e disciplinados pelo DIPOA.
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ANEXO VII
INSPEÇÃO ANTE MORTEM
ANEXO VIII
MOVIMENTO MENSAL DE DESTINAÇÃO DAS AVES ABATIDAS PASSADAS PELA
INSPEÇÃO FINAL
ESTABELECIMENTO:
SIF:
MUNICÍPIO:
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Septicemia
Síndrome Ascítica
Síndrome
Hemorrágica
TOTAL
ANEXO IX
DESTINOS E CRITÉRIOS DE JULGAMENTO EM AVES
ABCESSOS
( Artigo 233 do RIISPOA)
Artigo 233 (RIISPOA) - "Os abcessos e lesões supuradas, quando não influírem
sobre o estado geral, ocasionam rejeição da parte alterada."
AEROSSACULITE
As carcaças de aves com evidência de envolvimento extensivo dos sacos
aéreos com aerossaculite ou aquelas com comprometimento sistêmico, deverão ser
condenadas totalmente. As carcaças menos afetadas, podem ser rejeitadas
parcialmente após a remoção e condenação completa de todos os tecidos
envolvidos com a lesão, incluindo o exsudato. As vísceras sempre serão
condenadas totalmente, em caso de aerossaculite.
TUMORES
(Artigos 234 e 197 do RIISPOA)
Qualquer órgão ou outra parte da carcaça que estiver afetada por um tumor
deverá ser condenada e quando existir evidência de metástase, ou que a condição
geral da ave estiver comprometida pelo tamanho, posição e natureza do tumor, a
carcaça e as vísceras serão condenadas totalmente.
Artigo 197 (RIISPOA) - "Tumores malignos - são condenadas as carcaças,
partes de carcaça ou órgão que apresentem tumores malignos, com ou sem
metástase."
Artigo 234 (RIISPOA) - "A presença de neoplasias acarretará rejeição total,
exceto no caso de angioma cutâneo circunscrito, que determina a retirada da parte
lesada."
ASPECTO REPUGNANTE
(Artigos 172 e 236 do RIISPOA) - Síndrome Hemorrágica
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Artigo 172 (RIISPOA) - "Carnes Repugnantes - são assim consideradas e
condenadas as carcaças que apresentem mau aspecto, coloração anormal ou que
exalem odores medicamentosos, excrementiciais, sexuais ou outros considerados
anormais."
Artigo 236 (RIISPOA) - "Devem ser condenadas as aves, inclusive de caça,
que apresentem alterações putrefativas, exalando odor sulfídrico-amoniacal,
revelando crepitação gasosa à palpação ou modificação de coloração da
musculatura."
CAQUEXIA
(Artigo 232 do RIISPOA) "Os animais caquéticos devem ser rejeitados, sejam quais
forem as causas a que esteja ligado o processo de desnutrição".
CONTAMINAÇÃO
(Artigo165 do RIISPOA) "Carcaças contaminadas - as carcaças ou partes de
carcaças que se contaminarem por fezes durante a evisceração ou em qualquer
outra fase dos trabalhos devem ser condenadas.
§1º Serão também condenadas as carcaças, partes de carcaça, órgãos ou
qualquer outro produto comestível que se contamine por contato com os pisos ou
de qualquer outra forma, desde que não seja possível uma limpeza completa.
§2º Nos casos do parágrafo anterior, o material contaminado pode ser
destinado à esterilização pelo calor, a juízo da Inspeção Federal, tendo-se em vista
a limpeza praticada."
CONTUSÃO / FRATURAS
(Artigo 235 do RIISPOA)
Artigo 235 (RIISPOA) - "As lesões traumáticas, quando limitadas, implicam
apenas na rejeição da parte atingida."
Artigo 173 (RIISPOA) - "Parágrafo Único - Quando as lesões hemorrágicas
ou congestivas decorrem de contusões, traumatismo ou fratura, a rejeição deve ser
limitada às regiões atingidas."
DERMATOSES
As carcaças de aves que mostram evidência de lesão na pele, e/ou carne
das mesmas, deverá ser rejeitada a parte atingida, ou quando a condição geral da
ave foi comprometida pelo tamanho, posição ou natureza da lesão, as carcaças e
vísceras serão condenadas.
ESCALDAGEM EXCESSIVA
As lesões mecânicas extensas, incluindo as devidas por escaldagem
excessiva, determinam a condenação total das carcaças e vísceras.
EVISCERAÇÃO RETARDADA
(Artigo 236 do RIISPOA)
Procedimentos: "Configura-se a partir de 30 minutos da decorrência da
sangria."
Adota-se o seguinte critério:
1. Entre 30 e 45 minutos agilizar a evisceração na linha, mesmo improvisada.
Observar atentamente os órgãos internos e caracteres organolépticos da carcaça.
Caso haja comprometimento da carcaça e vísceras, sob o aspecto organoléptico,
deve-se proceder a condenação. Caso contrário, libera-se o conjunto;
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2.2 Condenação total das carcaças quando os caracteres organolépticos
estiverem alterados.
3. Após 60 minutos:
3.1 Condenar órgãos internos;
3.2 Avaliação minuciosa e criteriosa da carcaça sob o ponto de vista
organoléptico e adotando o seguinte critério, dependendo do grau de
comprometimento dos caracteres organolépticos:
3.2.1 Aproveitamento condicional;
3.2.2 Condenação total.
SANGRIA INADEQUADA
(Artigo 236 do RIISPOA)
MAGREZA
Artigo 169 (RIISPOA) - "Carnes magras - animais magros, livres de qualquer
processo patológico, podem ser destinados a aproveitamento condicional (conserva
ou salsicharia)."
Artigo 231 (RIISPOA) - "As endo e ectoparasitoses, quando não acompanhadas de
magreza, determinam a condenação das vísceras ou das partes alteradas."
SEPTICEMIA
Artigo 229 (RIISPOA) - "Todas as aves que no exame ante ou post mortem
apresentem sintomas ou forem suspeitas de tuberculose, pseudo-tuberculose,
difteria, cólera, varíola, tifose aviária, diarréia branca, paratifose, leucoses, peste,
septicemia em geral, psitacose e infecções estafilocócicas em geral, devem ser
condenadas."
DOENÇAS ESPECIAIS
(Artigo 229 do RIISPOA)
As carcaças de aves que mostram evidências de qualquer doença
caracterizada pela presença, na carne ou outras partes comestíveis da carcaça, de
organismos ou toxinas, perigosos ao consumo humano, devem ser condenadas
totalmente.
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DECRETO Nº 9.013, DE 29 DE MARÇO DE 2017
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput,
inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de
1950, e na Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989,
DECRETA:
TÍTULO I
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II
DO ÂMBITO DE ATUAÇÃO
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nº 7.889, de 1989, e têm por objetivo reinspecionar produtos de origem animal procedentes do
comércio interestadual ou internacional.
Parágrafo único. A inspeção e a fiscalização a que se refere este artigo abrangem, sob
o ponto de vista industrial e sanitário, a inspeção ante mortem e post mortem dos animais, a
recepção, a manipulação, o beneficiamento, a industrialização, o fracionamento, a
conservação, o acondicionamento, a embalagem, a rotulagem, o armazenamento, a expedição
e o trânsito de quaisquer matérias-primas e produtos de origem animal.
III - nos estabelecimentos que recebam o pescado e seus derivados para manipulação,
distribuição ou industrialização;
VIII - nos portos, aeroportos, postos de fronteira, aduanas especiais e recintos especiais
de despacho aduaneiro de exportação.
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Art. 7º A execução da inspeção e da fiscalização pelo Departamento de Inspeção de
Produtos de Origem Animal isenta o estabelecimento de qualquer outra fiscalização industrial
ou sanitária federal, estadual ou municipal, para produtos de origem animal.
Art. 9º Para os fins deste Decreto, entende-se por produto ou derivado o produto ou a
matéria-prima de origem animal.
Art. 10. Para os fins deste Decreto, são adotados os seguintes conceitos:
III - análise fiscal - análise efetuada pela Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários
do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária - SUASA ou pela autoridade
sanitária competente em amostras coletadas pelos servidores do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento;
VII - espécies de caça - aquelas definidas por norma do órgão público federal
competente;
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X - equivalência de serviços de inspeção - condição na qual as medidas de inspeção e
fiscalização higiênico-sanitária e tecnológica aplicadas por diferentes serviços de inspeção
permitam alcançar os mesmos objetivos de inspeção, fiscalização, inocuidade e qualidade dos
produtos, conforme o disposto na Lei nº 8.171, de 1991, e em suas normas regulamentadoras;
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Art. 11. A inspeção federal será instalada em caráter permanente nos estabelecimentos
de carnes e derivados que abatem as diferentes espécies de açougue e de caça.
VII - avaliação das informações inerentes à produção primária com implicações na saúde
animal e na saúde pública ou das informações que façam parte de acordos internacionais com
os países importadores;
XII - verificação das matérias-primas e dos produtos em trânsito nos portos, nos
aeroportos, nos postos de fronteira, nas aduanas especiais e nos recintos especiais de
despacho aduaneiro de exportação;
XIII - verificação dos meios de transporte de animais vivos e produtos derivados e suas
matérias-primas destinados à alimentação humana;
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XIV - controle de resíduos e contaminantes em produtos de origem animal;
Art. 14. A inspeção e a fiscalização previstas neste Decreto são de atribuição do Auditor
Fiscal Federal Agropecuário com formação em Medicina Veterinária, do Agente de Inspeção
Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal e dos demais cargos efetivos de atividades
técnicas de fiscalização agropecuária, respeitadas as devidas competências.
Art. 15. Os servidores incumbidos da execução das atividades de que trata este Decreto
devem possuir carteira de identidade funcional fornecida pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
§ 3º O servidor poderá solicitar auxílio de autoridade policial nos casos de risco à sua
integridade física, de impedimento ou de embaraço ao desempenho de suas atividades.
TÍTULO II
DA CLASSIFICAÇÃO GERAL
I - de carnes e derivados;
II - de pescado e derivados;
IV - de leite e derivados;
VI- de armazenagem; e
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CAPÍTULO I
I - abatedouro frigorífico; e
CAPÍTULO II
I - barco-fábrica;
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podendo realizar recebimento, manipulação, industrialização, acondicionamento, rotulagem,
armazenagem e expedição de produtos comestíveis e não comestíveis.
CAPÍTULO III
I - granja avícola; e
CAPÍTULO IV
I - granja leiteira;
II - posto de refrigeração;
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IV - fábrica de laticínios; e
V - queijaria.
CAPÍTULO V
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§ 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por entreposto de beneficiamento de
produtos de abelhas e derivados o estabelecimento destinado à recepção, à classificação, ao
beneficiamento, à industrialização, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à
expedição de produtos e matérias-primas pré-beneficiadas provenientes de outros
estabelecimentos de produtos de abelhas e derivados, facultando-se a extração de matérias-
primas recebidas de produtores rurais.
CAPÍTULO VI
II - casa atacadista.
CAPÍTULO VII
TÍTULO III
CAPÍTULO I
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DO REGISTRO E DO RELACIONAMENTO
Art. 26. Os estabelecimentos classificados neste Decreto como casa atacadista serão
vinculados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento mediante procedimento de
relacionamento.
Art. 27. Para fins de registro e de controle das atividades realizadas pelos
estabelecimentos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá, em
normas complementares, as diferentes atividades permitidas para cada classificação de
estabelecimento prevista neste Decreto, inclusive para os estabelecimentos agroindustriais de
pequeno porte de produtos de origem animal, mencionados na Lei nº 8.171, de 1991, e em
suas normas regulamentadoras.
Parágrafo único. Para o estabelecimento já edificado, além dos documentos listados nos
incisos do caput, deve ser realizada inspeção para avaliação das dependências industriais e
sociais, dos equipamentos, do fluxograma, da água de abastecimento e de escoamento de
águas residuais, com parecer conclusivo em laudo elaborado por Auditor Fiscal Federal
Agropecuário com formação em Medicina Veterinária.
Art. 30. Atendidas as exigências fixadas neste Decreto e nas normas complementares, o
Diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da
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Agricultura, Pecuária e Abastecimento emitirá o título de registro, no qual constará o número do
registro, o nome empresarial, a classificação e a localização do estabelecimento.
Art. 35. Qualquer estabelecimento que interrompa seu funcionamento por período
superior a seis meses somente poderá reiniciar os trabalhos após inspeção prévia de suas
dependências, suas instalações e seus equipamentos, observada a sazonalidade das
atividades industriais.
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CAPÍTULO II
DA TRANSFERÊNCIA
Art. 39. Nenhum estabelecimento previsto neste Decreto pode ser alienado, alugado ou
arrendado, sem que, concomitantemente, seja feita a transferência do registro ou do
relacionamento junto ao SIF.
TÍTULO IV
CAPÍTULO I
Art. 41. Não será autorizado o funcionamento de estabelecimento que não esteja
completamente instalado e equipado para a finalidade a que se destine, conforme projeto
aprovado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
Art. 42. O estabelecimento de produtos de origem animal deve dispor das seguintes
condições básicas e comuns, respeitadas as particularidades tecnológicas cabíveis, sem
prejuízo de outros critérios estabelecidos em normas complementares:
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II - localização em terreno com área suficiente para circulação e fluxo de veículos de
transporte;
III - área delimitada e suficiente para construção das instalações industriais e das demais
dependências;
VIII - ordenamento das dependências, das instalações e dos equipamentos, para evitar
estrangulamentos no fluxo operacional e prevenir a contaminação cruzada;
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XIX - dependência para higienização de recipientes utilizados no transporte de matérias-
primas e produtos;
XXIII - rede diferenciada e identificada para água não potável, quando a água for
utilizada para outras aplicações, de forma que não ofereça risco de contaminação aos
produtos;
XXVI - local para realização das refeições, de acordo com o previsto em legislação
específica dos órgãos competentes;
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Art. 43. Os estabelecimentos de carnes e derivados, respeitadas as particularidades
tecnológicas cabíveis, também devem dispor de:
III - instalação específica para necropsia com forno crematório anexo, autoclave ou outro
equipamento equivalente, destinado à destruição dos animais mortos e de seus resíduos;
III - local para lavagem e depuração dos moluscos bivalves, tratando-se de estação
depuradora de moluscos bivalves; e
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Parágrafo único. Quando a queijaria não realizar o processamento completo do queijo, a
fábrica de laticínios ou usina de beneficiamento será co-responsável por garantir a inocuidade
do produto por meio da implantação e do monitoramento de programas de sanidade do
rebanho e de programas autocontroles.
Parágrafo único. Nos produtos de que trata o caput não podem ser utilizados os
carimbos oficiais do SIF.
CAPÍTULO II
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Art. 55. Os estabelecimentos devem possuir programa eficaz e contínuo de controle
integrado de pragas e vetores.
Art. 56. É proibida a presença de qualquer animal alheio ao processo industrial nos
estabelecimentos elaboradores de produtos de origem animal.
Art. 57. Para o desenvolvimento das atividades industriais, todos os funcionários devem
usar uniformes apropriados e higienizados.
Art. 59. Deve ser prevista a separação de áreas ou a definição de fluxo de funcionários
dos diferentes setores nas áreas de circulação comum, tais como refeitórios, vestiários ou
áreas de descanso, entre outras, de forma a prevenir a contaminação cruzada, respeitadas as
particularidades das diferentes classificações de estabelecimentos.
Art. 62. O SIF determinará, sempre que necessário, melhorias e reformas nas
instalações e nos equipamentos, de forma a mantê-los em bom estado de conservação e
funcionamento, e minimizar os riscos de contaminação.
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Art. 64. As matérias-primas, os insumos e os produtos devem ser mantidos em
condições que previnam contaminações durante todas as etapas de elaboração, desde a
recepção até a expedição, incluído o transporte.
Art. 65. É proibido o uso de utensílios que, pela sua forma ou composição, possam
comprometer a inocuidade da matéria-prima ou do produto durante todas as etapas de
elaboração, desde a recepção até a expedição, incluído o transporte.
Art. 66. O responsável pelo estabelecimento deve implantar procedimentos para garantir
que os funcionários que trabalhem ou circulem em áreas de manipulação não sejam portadores
de doenças que possam ser veiculadas pelos alimentos.
Art. 68. As fábricas de gelo e os silos utilizados para seu armazenamento devem ser
regularmente higienizados e protegidos contra contaminação.
Art. 69. É proibido residir nos edifícios onde são realizadas atividades industriais com
produtos de origem animal.
Art. 71. Será obrigatória a higienização dos recipientes, dos veículos transportadores de
matérias-primas e produtos e dos vasilhames antes da sua devolução.
Art. 72. Nos ambientes nos quais há risco imediato de contaminação de utensílios e
equipamentos, é obrigatória a existência de dispositivos ou mecanismos que promovam a
sanitização com água renovável à temperatura mínima de 82,2º C (oitenta e dois inteiros e dois
décimos de graus Celsius) ou outro método com equivalência reconhecida pelo Departamento
de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
CAPÍTULO III
II - disponibilizar, sempre que necessário, pessoal para auxiliar a execução dos trabalhos
de inspeção, conforme normas específicas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento;
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III - disponibilizar instalações, equipamentos e materiais julgados indispensáveis aos
trabalhos de inspeção e fiscalização;
VIII - arcar com o custo das análises fiscais para atendimento de requisitos específicos
de exportação ou de importação de produtos de origem animal;
XIII - manter equipe regularmente treinada e habilitada para execução das atividades do
estabelecimento;
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§ 1º Os materiais e os equipamentos necessários às atividades de inspeção fornecidos
pelos estabelecimentos constituem patrimônio destes, mas ficarão à disposição e sob a
responsabilidade do SIF local.
Parágrafo único. Para fins de rastreabilidade da origem do leite, fica proibida a recepção
de leite cru refrigerado, transportado em veículo de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas
não vinculadas, formal e comprovadamente, ao programa de coleta a granel dos
estabelecimentos sob inspeção federal.
Art. 76. Os estabelecimentos devem apresentar toda documentação solicitada pelo SIF,
seja de natureza fiscal ou analítica, e, ainda, registros de controle de recepção, estoque,
produção, expedição ou quaisquer outros necessários às atividades de inspeção e fiscalização.
Parágrafo único. O SIF deverá ser comunicado sobre eventuais substituições dos
profissionais de que trata o caput.
Art. 78. Os estabelecimentos sob SIF não podem receber produto de origem animal
destinado ao consumo humano que não esteja claramente identificado como oriundo de outro
estabelecimento sob SIF.
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§ 2º É permitida a entrada de matérias-primas para elaboração de gelatina e produtos
colagênicos procedentes de estabelecimentos registrados nos serviços de inspeção dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios desde que atendidas as condições previstas em
normas complementares.
TÍTULO V
CAPÍTULO I
Art. 84. Nos estabelecimentos sob inspeção federal, é permitido o abate de bovídeos,
equídeos, suídeos, ovinos, caprinos, aves domésticas e lagomorfos e de animais exóticos,
animais silvestres e pescado, atendido o disposto neste Decreto e em normas
complementares.
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§ 1º O abate de diferentes espécies em um mesmo estabelecimento pode ser realizado
em instalações e equipamentos específicos para a correspondente finalidade.
§ 2º O abate de que trata o § 1º pode ser realizado desde que seja evidenciada a
completa segregação entre as diferentes espécies e seus respectivos produtos durante todas
as etapas do processo operacional, respeitadas as particularidades de cada espécie, inclusive
quanto à higienização das instalações e dos equipamentos.
Seção I
Art. 88. O estabelecimento é obrigado a adotar medidas para evitar maus tratos aos
animais e aplicar ações que visem à proteção e ao bem-estar animal, desde o embarque na
origem até o momento do abate.
Art. 90. É obrigatória a realização do exame ante mortem dos animais destinados ao
abate por servidor competente do SIF.
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§ 2º Qualquer caso suspeito implica a identificação e o isolamento dos animais
envolvidos. Quando necessário, se procederá ao isolamento de todo o lote.
§ 4º O exame ante mortem deve ser realizado no menor intervalo de tempo possível
após a chegada dos animais no estabelecimento de abate.
Art. 91. Na inspeção ante mortem, quando forem identificados animais suspeitos de
zoonoses ou enfermidades infectocontagiosas, ou animais que apresentem reação
inconclusiva ou positiva em testes diagnósticos para essas enfermidades, o abate deve ser
realizado em separado dos demais animais, adotadas as medidas profiláticas cabíveis.
II - isolar os animais suspeitos e manter o lote sob observação enquanto não houver
definição das medidas epidemiológicas de saúde animal a serem adotadas; e
III - determinar a imediata desinfecção dos locais, dos equipamentos e dos utensílios que
possam ter entrado em contato com os resíduos dos animais ou qualquer outro material que
possa ter sido contaminado, atendidas as recomendações estabelecidas pelo serviço oficial de
saúde animal.
Art. 93. Quando no exame ante mortem forem constatados casos isolados de doenças
não contagiosas que permitam o aproveitamento condicional ou impliquem a condenação total
do animal, este deve ser abatido por último ou em instalações específicas para este fim.
Art. 94. Os suídeos que apresentem casos agudos de erisipela, com eritema cutâneo
difuso, devem ser abatidos em separado.
Art. 95. As fêmeas em gestação adiantada ou com sinais de parto recente, não
portadoras de doença infectocontagiosa, podem ser retiradas do estabelecimento para melhor
aproveitamento, observados os procedimentos definidos pelo serviço de saúde animal.
Parágrafo único. As fêmeas com sinais de parto recente ou aborto somente poderão ser
abatidas após no mínimo dez dias, contados da data do parto, desde que não sejam
portadoras de doença infectocontagiosa, caso em que serão avaliadas de acordo com este
Decreto e com as normas complementares.
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Art. 96. Os animais de abate que apresentem hipotermia ou hipertermia podem ser
condenados, levando-se em consideração as condições climáticas, de transporte e os demais
sinais clínicos apresentados, conforme dispõem normas complementares.
§ 1º O lote de animais no qual se verifique qualquer caso de morte natural só deve ser
abatido depois do resultado da necropsia.
Art. 98. As carcaças de animais que tenham morte acidental nas dependências do
estabelecimento, desde que imediatamente sangrados, podem ser destinadas ao
aproveitamento condicional após exame post mortem, a critério do Auditor Fiscal Federal
Agropecuário, com formação em Medicina Veterinária.
Art. 99. Quando o SIF autorizar o transporte de animais mortos ou agonizantes para o
local onde será realizada a necropsia, deve ser utilizado veículo ou contentor apropriado,
impermeável e que permita desinfecção logo após seu uso.
Art. 101. O SIF levará ao conhecimento do serviço oficial de saúde animal o resultado
das necropsias que evidenciarem doenças infectocontagiosas e remeterá, quando necessário,
material para diagnóstico, conforme legislação de saúde animal.
Seção II
Art. 102. Nenhum animal pode ser abatido sem autorização do SIF.
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Art. 103. É proibido o abate de animais que não tenham permanecido em descanso,
jejum e dieta hídrica, respeitadas as particularidades de cada espécie e as situações
emergenciais que comprometem o bem-estar animal.
Art. 104. É proibido o abate de suídeos não castrados ou que mostrem sinais de
castração recente.
Parágrafo único. Poderá ser permitido o abate de suídeos castrados por meio de
métodos não cirúrgicos, desde que o processo seja aprovado pelo órgão competente do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Subseção I
Do abate de emergência
Parágrafo único. As situações de que trata o caput compreendem animais doentes, com
sinais de doenças infectocontagiosas de notificação imediata, agonizantes, contundidos, com
fraturas, hemorragia, hipotermia ou hipertermia, impossibilitados de locomoção, com sinais
clínicos neurológicos e outras condições previstas em normas complementares.
Art. 107. O SIF deve coletar material dos animais destinados ao abate de emergência
que apresentem sinais clínicos neurológicos e enviar aos laboratórios oficiais para fins de
diagnóstico, conforme legislação de saúde animal.
Art. 108. Animais com sinais clínicos de paralisia decorrente de alterações metabólicas
ou patológicas devem ser destinados ao abate de emergência.
Art. 109. Nos casos de dúvida no diagnóstico de processo septicêmico, o SIF deve
realizar coleta de material para análise laboratorial, principalmente quando houver inflamação
dos intestinos, do úbere, do útero, das articulações, dos pulmões, da pleura, do peritônio ou
das lesões supuradas e gangrenosas.
Art. 110. São considerados impróprios para consumo humano os animais que, abatidos
de emergência, se enquadrem nos casos de condenação previstos neste Decreto ou em
normas complementares.
Art. 111. As carcaças de animais abatidos de emergência que não foram condenadas
podem ser destinadas ao aproveitamento condicional ou, não havendo qualquer
comprometimento sanitário, serão liberadas, conforme previsto neste Decreto ou em normas
complementares.
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Subseção II
Do abate normal
§ 2º É facultado o abate de animais de acordo com preceitos religiosos, desde que seus
produtos sejam destinados total ou parcialmente ao consumo por comunidade religiosa que os
requeira ou ao comércio internacional com países que façam essa exigência.
Art. 113. Antes de chegar à dependência de abate, os animais devem passar por banho
de aspersão com água suficiente para promover a limpeza e a remoção de sujidades,
respeitadas as particularidades de cada espécie.
Art. 114. A sangria deve ser a mais completa possível e realizada com o animal
suspenso pelos membros posteriores ou com o emprego de outro método aprovado pelo
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
Parágrafo único. Nenhuma manipulação pode ser iniciada antes que o sangue tenha
escoado o máximo possível, respeitado o período mínimo de sangria previsto em normas
complementares.
I - a seco;
Art. 116. Sempre que for entregue para o consumo com pele, é obrigatória a depilação
completa de toda a carcaça de suídeos pela prévia escaldagem em água quente ou processo
similar aprovado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
Art. 117. Sempre que julgar necessário ou quando forem identificadas deficiências no
curso do abate, o SIF determinará a interrupção do abate ou a redução de sua velocidade.
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Art. 118. A evisceração deve ser realizada em local que permita pronto exame das
vísceras, de forma que não ocorram contaminações.
Art. 119. Deve ser mantida a correspondência entre as carcaças, as partes das
carcaças e suas respectivas vísceras até o término do exame post mortem pelo SIF,
observado o disposto em norma complementar.
Art. 121. Todas as carcaças, as partes das carcaças, os órgãos e as vísceras devem ser
previamente resfriados ou congelados, dependendo da especificação do produto, antes de
serem armazenados em câmaras frigoríficas onde já se encontrem outras matérias-primas.
§ 2º A especificação dos órgãos, das partes ou dos tecidos animais classificados como
MER será realizada pela legislação de saúde animal.
§ 3º É vedado o uso dos MER para alimentação humana ou animal, sob qualquer forma.
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Seção III
Art. 125. Nos procedimentos de inspeção post mortem, o Auditor Fiscal Federal
Agropecuário, com formação em Medicina Veterinária, pode ser assistido por Agentes de
Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal e auxiliares de inspeção
devidamente capacitados.
Parágrafo único. A equipe de inspeção deve ser suficiente para a execução das
atividades, conforme estabelecido em normas complementares.
Art. 126. A inspeção post mortem consiste no exame da carcaça, das partes da
carcaça, das cavidades, dos órgãos, dos tecidos e dos linfonodos, realizado por visualização,
palpação, olfação e incisão, quando necessário, e demais procedimentos definidos em normas
complementares específicas para cada espécie animal.
Art. 127. Todos os órgãos e as partes das carcaças devem ser examinados na
dependência de abate, imediatamente depois de removidos das carcaças, assegurada sempre
a correspondência entre eles.
Art. 128. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem lesões ou
anormalidades que não tenham implicações para a carcaça e para os demais órgãos podem
ser condenados ou liberados nas linhas de inspeção, observado o disposto em normas
complementares.
Art. 129. Toda carcaça, partes das carcaças e dos órgãos, examinados nas linhas de
inspeção, que apresentem lesões ou anormalidades que possam ter implicações para a
carcaça e para os demais órgãos devem ser desviados para o Departamento de Inspeção Final
para que sejam examinados, julgados e tenham a devida destinação.
§ 1º O julgamento e o destino das carcaças, das partes das carcaças e dos órgãos são
atribuições do Auditor Fiscal Federal Agropecuário, com formação em Medicina Veterinária.
§ 4º O material condenado deve ser desnaturado ou apreendido pelo SIF quando não
possa ser processado no dia do abate ou nos casos em que for transportado para
transformação em outro estabelecimento.
Art. 130. São proibidas a remoção, a raspagem ou qualquer prática que possa mascarar
lesões das carcaças ou dos órgãos, antes do exame pelo SIF.
Parágrafo único. Será dispensada a aplicação do carimbo a tinta nos quartos das
carcaças de bovídeos e suídeos em estabelecimentos que realizam o abate e a desossa na
mesma unidade industrial, observados os procedimentos definidos em normas
complementares.
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Art. 132. O SIF, nos estabelecimentos de abate disponibilizará, sempre que requerido
pelos proprietários dos animais abatidos, laudo em que constem as eventuais enfermidades ou
patologias diagnosticadas nas carcaças durante a inspeção sanitária e suas destinações.
Parágrafo único. O SIF coletará material, sempre que necessário, e encaminhará para
análise laboratorial para confirmação diagnóstica.
Art. 134. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem abscessos
múltiplos ou disseminados com repercussão no estado geral da carcaça devem ser
condenadas, observando-se, ainda, o que segue:
I - devem ser condenados carcaças, partes das carcaças ou órgãos que sejam
contaminados acidentalmente com material purulento;
II - devem ser condenadas as carcaças com alterações gerais como caquexia, anemia
ou icterícia decorrentes de processo purulento;
III - devem ser destinadas ao aproveitamento condicional pelo uso do calor as carcaças
que apresentem abscessos múltiplos em órgãos ou em partes, sem repercussão no seu estado
geral, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas;
III - quando as lesões são localizadas, sem comprometimento dos linfonodos e de outros
órgãos, e a carcaça encontrar-se em bom estado geral, esta pode ser liberada para o
consumo, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas; e
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§ 1º A carcaça de animais acometidos de afecções pulmonares, em processo agudo ou
em fase de resolução, abrangido o tecido pulmonar e a pleura, com exsudato e com
repercussão na cadeia linfática regional, mas sem repercussão no estado geral da carcaça,
deve ser destinada ao aproveitamento condicional pelo uso do calor.
Art. 137 As carcaças de animais que apresentem septicemia, piemia, toxemia ou indícios
de viremia, cujo consumo possa causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser
condenadas.
Parágrafo único. Incluem-se, mas não se limitam às afecções de que trata o caput, os
quadros clínicos de:
III - metrite;
IV - poliartrite;
V - flebite umbilical;
VI - hipertrofia do baço;
Art. 138. As carcaças e os órgãos de animais com sorologia positiva para brucelose
devem ser condenadas, quando estes estiverem em estado febril no exame ante mortem.
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Art. 140. As carcaças de animais acometidos de carbúnculo hemático devem ser
condenadas, incluídos peles, chifres, cascos, pelos, órgãos, conteúdo intestinal, sangue e
gordura, impondo-se a imediata execução das seguintes medidas:
III - uma vez constatada a presença de carbúnculo, o abate deve ser interrompido e a
desinfecção deve ser iniciada imediatamente;
VI - todas as carcaças, as partes das carcaças, inclusive pele, cascos, chifres, órgãos e
seu conteúdo que entrem em contato com animais ou material infeccioso devem ser
condenados; e
VII - a água do tanque de escaldagem de suínos por onde tenha passado animal
carbunculoso deve ser desinfetada e imediatamente removida para a rede de efluentes
industriais.
Art. 143. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos com aspecto repugnante,
congestos, com coloração anormal ou com degenerações devem ser condenados.
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Parágrafo único. A critério do SIF devem ser condenados ou destinados ao tratamento
pelo calor as carcaças e os órgãos de animais mal sangrados.
Art. 145. Os fígados com cirrose atrófica ou hipertrófica devem ser condenados.
Parágrafo único. Podem ser liberadas as carcaças no caso do caput, desde que não
estejam comprometidas.
Art. 146. Os órgãos com alterações como congestão, infartos, degeneração gordurosa,
angiectasia, hemorragias ou coloração anormal, relacionados ou não a processos patológicos
sistêmicos devem ser condenados.
Art. 147. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem área
extensa de contaminação por conteúdo gastrintestinal, urina, leite, bile, pus ou outra
contaminação de qualquer natureza devem ser condenados quando não for possível a
remoção completa da área contaminada.
§ 1º As carcaças que apresentem lesões extensas, sem que tenham sido totalmente
comprometidas, devem ser destinadas ao tratamento pelo calor depois de removidas e
condenadas as áreas atingidas.
Parágrafo único. Nos casos discretos e localizados, as partes das carcaças e dos órgãos
que apresentem infiltrações edematosas devem ser removidas e condenadas.
Art. 152. As carcaças e os órgãos de animais parasitados por Fasciola hepática devem
ser condenados quando houver caquexia ou icterícia.
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Parágrafo único. Quando a lesão for circunscrita ou limitada ao fígado, sem repercussão
no estado geral da carcaça, este órgão deve ser condenado e a carcaça poderá ser liberada.
Art. 153. Os fetos procedentes do abate de fêmeas gestantes devem ser condenados.
Art. 155. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem cisto hidático devem ser
condenados quando houver caquexia.
Art. 156. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem icterícia devem ser
condenados.
Art. 158. Os corações com lesões de miocardite, endocardite e pericardite devem ser
condenados.
§ 2º As carcaças de animais com lesões cardíacas podem ser liberadas, desde que não
tenham sido comprometidas, a critério do SIF.
Art. 159. Os rins com lesões como nefrites, nefroses, pielonefrites, uronefroses, cistos
urinários ou outras infecções devem ser condenados, devendo-se ainda verificar se estas
lesões estão ou não relacionadas a doenças infectocontagiosas ou parasitárias e se
acarretaram alterações na carcaça.
Parágrafo único. A carcaça e os rins podem ser liberados para o consumo quando suas
lesões não estiverem relacionadas a doenças infectocontagiosas, dependendo da extensão
das lesões, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas do órgão.
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condenada, liberando-se o restante da carcaça, depois de removidas e condenadas as áreas
atingidas.
Art. 162. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem mastite devem ser
destinados à esterilização pelo calor, sempre que houver comprometimento sistêmico.
Art. 163. As partes das carcaças, os órgãos e as vísceras invadidos por larvas (miíases)
devem ser condenados.
Parágrafo único. Quando a lesão coexistir com outras alterações que levem ao
comprometimento da carcaça, esta e os órgãos também devem ser condenados.
§ 2º Deve ser condenado todo órgão ou parte de carcaça atingidos pela neoplasia.
Art. 167. As carcaças de animais que apresentem sinais de parto recente ou de aborto,
desde que não haja evidência de infecção, devem ser destinadas ao aproveitamento
condicional pelo uso do calor, devendo ser condenados o trato genital, o úbere e o sangue
destes animais.
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Art. 168. As carcaças com infecção intensa por Sarcocystis spp (sarcocistose) devem
ser condenadas.
Art. 169. As carcaças de animais com infestação generalizada por sarna, com
comprometimento do seu estado geral devem ser condenadas.
Parágrafo único. A carcaça pode ser liberada quando a infestação for discreta e ainda
limitada, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas.
Parágrafo único. Os fígados que apresentem lesões discretas podem ser liberados
depois de removidas e condenadas as áreas atingidas.
III - apresentem lesões tuberculósicas nos músculos, nos ossos, nas articulações ou nos
linfonodos que drenam a linfa destas partes;
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I - os órgãos apresentem lesões caseosas discretas, localizadas ou encapsuladas,
limitadas a linfonodos do mesmo órgão;
Art. 172. Nos casos de aproveitamento condicional a que se refere este Decreto, os
produtos devem ser submetidos, a critério do SIF, a um dos seguintes tratamentos:
I - pelo frio, em temperatura não superior a -10ºC (dez graus Celsius negativos) por dez
dias;
II - pelo sal, em salmoura com no mínimo 24ºBe (vinte e quatro graus Baumé), em peças
de no máximo 3,5cm (três e meio centímetros) de espessura, por no mínimo vinte e um dias;
ou
b) fusão pelo calor em temperatura mínima de 121ºC (cento e vinte e um graus Celsius);
ou
c) esterilização pelo calor úmido, com um valor de F0 igual ou maior que três minutos ou
a redução de doze ciclos logarítmicos (12 log10) de Clostridium botulinum, seguido de
resfriamento imediato.
§ 2º Podem ser utilizados processos diferentes dos propostos no caput, desde que se
atinja ao final as mesmas garantias, com embasamento técnico-científico e aprovação do
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
Subseção I
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Da inspeção post mortem de aves e lagomorfos
Art. 174. Nos casos em que, no ato da inspeção post mortem de aves e lagomorfos se
evidencie a ocorrência de doenças infectocontagiosas de notificação imediata, determinada
pela legislação de saúde animal, além das medidas estabelecidas no art. 93, cabe ao SIF
interditar a atividade de abate, isolar o lote de produtos suspeitos e mantê-lo apreendido
enquanto se aguarda definição das medidas epidemiológicas de saúde animal a serem
adotadas.
Art. 176. Nos casos de endoparasitoses ou de ectoparasitoses das aves, quando não
houver repercussão na carcaça, os órgãos ou as áreas atingidas devem ser condenados.
Parágrafo único. Não havendo comprometimento sistêmico, a carcaça pode ser liberada
após a retirada da área atingida.
Art. 178. No caso de aves que apresentem lesões mecânicas extensas, incluídas as
decorrentes de escaldagem excessiva, as carcaças e os órgãos devem ser condenados.
Art. 179. As aves que apresentem alterações putrefativas, exalando odor sulfídrico-
amoniacal e revelando crepitação gasosa à palpação ou modificação de coloração da
musculatura devem ser condenadas.
Art. 180. No caso de lesões de doença hemorrágica dos coelhos, além da ocorrência de
mixomatose, tuberculose, pseudo-tuberculose, piosepticemia, toxoplasmose, espiroquetose,
clostridiose e pasteurelose, as carcaças e os órgãos dos lagomorfos devem ser condenados.
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Art. 182. No caso de endoparasitoses e ectoparasitoses dos lagomorfos transmissíveis
ao homem ou aos animais ou com comprometimento da carcaça, estas devem ser condenadas
e também os órgãos.
Subseção II
Art. 184. As carcaças e os órgãos de animais com hemoglobinúria bacilar dos bovinos,
varíola, septicemia hemorrágica e febre catarral maligna devem ser condenados.
Art. 185. As carcaças com infecção intensa por Cysticercus bovis (cisticercose bovina)
devem ser condenadas.
§ 1º Entende-se por infecção intensa quando são encontrados, pelo menos, oito cistos,
viáveis ou calcificados, assim distribuídos:
Subseção III
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Art. 186. Na inspeção de equídeos, além do disposto nesta Subseção e em norma
complementar, aplica-se, no que couber, o disposto na Seção III deste Capítulo.
Art. 188. As carcaças e os órgãos devem ser condenados quando observadas lesões
indicativas de anemia infecciosa equina.
Parágrafo único. As carcaças de animais com sorologia positiva podem ser liberadas
para consumo, desde que não sejam encontradas lesões sistêmicas no exame post mortem.
Art. 189. As carcaças e os órgãos de animais nos quais forem constatadas lesões
indicativas de mormo devem ser condenados, observando-se os seguintes procedimentos:
III - todas as carcaças ou partes das carcaças, inclusive peles, cascos, órgãos e seu
conteúdo que entraram em contato com animais ou material infeccioso devem ser condenados.
Subseção IV
Art. 192. As carcaças com infecção intensa pelo Cysticercus ovis (cisticercose ovina)
devem ser condenadas.
§ 1º Entende-se por infecção intensa quando são encontrados cinco ou mais cistos,
considerando-se a pesquisa em todos os pontos de eleição e na musculatura da carcaça.
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§ 3º Quando for encontrado um único cisto, considerando-se a pesquisa em todos os
pontos de eleição, a carcaça pode ser liberada para consumo humano direto, depois de
removida e condenada a área atingida.
§ 2º As carcaças de animais com lesões calcificadas discretas nos linfonodos podem ser
liberadas para consumo, depois de removida e condenada a área de drenagem destes
linfonodos.
Subseção V
Art. 195. As carcaças que apresentem afecções de pele, tais como eritemas,
esclerodermia, urticárias, hipotricose cística, sarnas e outras dermatites podem ser liberadas
para o consumo, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas, desde que a
musculatura se apresente normal.
Art. 196. As carcaças com artrite em uma ou mais articulações, com reação nos
linfonodos ou hipertrofia da membrana sinovial, acompanhada de caquexia, devem ser
condenadas.
§ 1º As carcaças com artrite em uma ou mais articulações, com reação nos linfonodos,
hipertrofia da membrana sinovial, sem repercussão no seu estado geral, devem ser destinadas
ao aproveitamento condicional pelo uso do calor.
Art. 197. As carcaças com infecção intensa por Cysticercus celullosae (cisticercose
suína) devem ser condenadas.
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integrantes da carcaça, após a pesquisa mediante incisões múltiplas e profundas em sua
musculatura (paleta, lombo e pernil).
Art. 198. As carcaças de animais criptorquidas ou que tenham sido castrados por
métodos não cirúrgicos quando for comprovada a presença de forte odor sexual, por meio de
testes específicos dispostos em norma complementar, devem ser condenadas.
Parágrafo único. As carcaças com leve odor sexual podem ser destinadas à fabricação
de produtos cárneos cozidos.
Art. 199. As carcaças de suídeos com erisipela que apresentem múltiplas lesões de
pele, artrite agravada por necrose ou quando houver sinais de efeito sistêmico devem ser
condenadas.
Parágrafo único. As carcaças suínas em bom estado, com lesões em linfonodos que
drenam até dois sítios distintos, sendo linfonodos de órgãos distintos ou com presença
concomitante de lesões em linfonodos e em um órgão, devem ser destinadas ao
aproveitamento condicional pelo uso do calor, após condenação das áreas atingidas.
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Art. 201. As carcaças de suínos acometidos de peste suína devem ser condenadas.
III - por doze dias, a -29ºC (vinte e nove graus Celsius negativos).
Art. 203. Todos os suídeos que morrerem asfixiados, seja qual for a causa, bem como
os que caírem vivos no tanque de escaldagem, devem ser condenados.
Parágrafo único. Excluem-se dos casos de morte por asfixia previstos no caput aqueles
decorrentes da insensibilização gasosa, desde que seguidos de imediata sangria.
Subseção VI
Parágrafo único. O pescado proveniente da fonte produtora não pode ser destinado à
venda direta ao consumidor sem que haja prévia fiscalização, sob o ponto de vista industrial e
sanitário.
Art. 206. Os dispositivos previstos neste Decreto são extensivos aos gastrópodes
terrestres, no que for aplicável.
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Parágrafo único. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá em
norma complementar os procedimentos de inspeção referentes aos gastrópodes terrestres.
Art. 208. É obrigatória a lavagem prévia do pescado utilizado como matéria-prima para
consumo humano direto ou para a industrialização de forma a promover a limpeza, a remoção
de sujidades e microbiota superficial.
Art. 209. Os controles oficiais do pescado e dos seus produtos, no que for aplicável,
abrangem, além do disposto no art. 10, o que se segue:
I - análises sensoriais;
II - indicadores de frescor;
V - controle de parasitas.
I - peixes:
a) superfície do corpo limpa, com relativo brilho metálico e reflexos multicores próprios
da espécie, sem qualquer pigmentação estranha;
d) abdômen com forma normal, firme, não deixando impressão duradoura à pressão dos
dedos;
h) ânus fechado; e
II- crustáceos:
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a) aspecto geral brilhante, úmido;
III - moluscos:
a) bivalves:
1. estarem vivos, com valvas fechadas e com retenção de água incolor e límpida nas
conchas;
b) cefalópodes:
5. odor próprio;
c) gastrópodes:
IV- anfíbios:
a) carne de rã:
2. cor rosa pálida na carne, branca e brilhante nas proximidades das articulações;
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3. ausência de lesões e elementos estranhos; e
V- répteis:
a) carne de jacaré:
b) carne de quelônios:
§ 1º As características sensoriais a que se refere este artigo são extensivas, no que for
aplicável, às demais espécies de pescado usadas na alimentação humana.
Art. 211. Pescado fresco é aquele que atende aos seguintes parâmetros físico-químicos
complementares, sem prejuízo da avaliação das características sensoriais:
II - pH da carne inferior a 7,85 (sete inteiros e oitenta e cinco décimos) nos crustáceos;
III - pH da carne inferior a 6,85 (seis inteiros e oitenta e cinco décimos) nos moluscos; e
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§ 2º As características físico-químicas a que se refere este artigo são aplicáveis ao
pescado fresco, resfriado ou congelado, no que couber.
Parágrafo único. O monitoramento deste procedimento deve ser executado por pessoa
qualificada do estabelecimento, atendendo ao disposto em normas complementares, exceto
para as espécies de pescado de abate, que serão submetidas a inspeção permanente.
Art. 215. Nos casos do aproveitamento condicional a que se refere esta Subseção, o
pescado deve ser submetido, a critério do SIF, a um dos seguintes tratamentos:
I - congelamento;
II - salga; ou
III - calor.
Parágrafo único. Podem ser utilizados processos diferentes dos propostos, desde que
se atinja ao final as mesmas garantias, com embasamento técnico-científico e aprovação do
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
Art. 217. O pescado, partes dele e os órgãos com lesões ou anormalidades que possam
torná-los impróprios para consumo devem ser identificados e conduzidos a um local específico
para inspeção, considerando o risco de sua utilização.
CAPÍTULO II
Art. 218. Para os fins do disposto neste Decreto, entende-se por ovos, sem outra
especificação, os ovos de galinha em casca.
Art. 219. A inspeção de ovos e derivados a que se refere este Capítulo é aplicável aos
ovos de galinha e, no que couber, às demais espécies produtoras de ovos, respeitadas suas
particularidades.
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Art. 220. Os ovos só podem ser expostos ao consumo humano quando previamente
submetidos à inspeção e à classificação previstas neste Decreto e em normas
complementares.
Art. 221. Para os fins do disposto neste Decreto, entende-se por ovos frescos os que
não forem conservados por qualquer processo e se enquadrem na classificação estabelecida
neste Decreto e em normas complementares.
Parágrafo único. As granjas avícolas também devem ser registradas junto ao serviço
oficial de saúde animal.
Art. 224. Os ovos destinados ao consumo humano devem ser classificados como ovos
de categorias “A” e “B”, de acordo com as suas características qualitativas.
Parágrafo único. A classificação dos ovos por peso deve atender ao RTIQ.
III - gema visível à ovoscopia, somente sob a forma de sombra, com contorno aparente,
movendo-se ligeiramente em caso de rotação do ovo, mas regressando à posição central;
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III - serem provenientes de estabelecimentos avícolas de reprodução que não foram
submetidos ao processo de incubação.
Art. 227. Os ovos limpos trincados ou quebrados que apresentem a membrana testácea
intacta devem ser destinados à industrialização tão rapidamente quanto possível.
Art. 228. É proibida a utilização e a lavagem de ovos sujos trincados para a fabricação
de derivados de ovos.
Art. 229. Os ovos destinados à produção de seus derivados devem ser previamente
lavados antes de serem processados.
Art. 232. Os aviários, as granjas e as outras propriedades avícolas nas quais estejam
grassando doenças zoonóticas com informações comprovadas pelo serviço oficial de saúde
animal podem destinar sua produção de ovos ao consumo na forma que se apresenta.
CAPÍTULO III
Art. 233. A inspeção de leite e derivados, além das exigências previstas neste Decreto,
abrange a verificação:
III - das instalações laboratoriais, dos equipamentos, dos controles e das análises
laboratoriais.
Art. 234. A inspeção de leite e derivados a que se refere este Capítulo é aplicável ao
leite de vaca e, no que couber, às demais espécies produtoras de leite, respeitadas suas
particularidades.
Art. 235. Para os fins deste Decreto, entende-se por leite, sem outra especificação, o
produto oriundo da ordenha completa, ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias,
bem alimentadas e descansadas.
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§ 2º É permitida a mistura de leite de espécies animais diferentes, desde que conste na
denominação de venda do produto e seja informada na rotulagem a porcentagem do leite de
cada espécie.
Art. 236. Para os fins deste Decreto, entende-se por colostro o produto da ordenha
obtido após o parto e enquanto estiverem presentes os elementos que o caracterizam.
Art. 237. Para os fins deste Decreto, entende-se por leite de retenção o produto da
ordenha obtido no período de trinta dias antes da parição prevista.
Art. 238. Para os fins deste Decreto, entende-se por leite individual o produto resultante
da ordenha de uma só fêmea e por leite de conjunto o produto resultante da mistura de leites
individuais.
Art. 239. Para os fins deste Decreto, entende-se por gado leiteiro todo rebanho
explorado com a finalidade de produzir leite.
Art. 240. O leite deve ser produzido em condições higiênicas, abrangidos o manejo do
gado leiteiro e os procedimentos de ordenha, conservação e transporte.
§ 1º Logo após a ordenha, manual ou mecânica, o leite deve ser filtrado por meio de
utensílios específicos previamente higienizados.
§ 2º O leite cru mantido na propriedade rural deve ser conservado sob temperatura e
período definidos em norma complementar.
Art. 241. Para os fins deste Decreto, entende-se por tanque comunitário o equipamento
de refrigeração por sistema de expansão direta, utilizado de forma coletiva exclusivamente por
produtores de leite para conservação do leite cru refrigerado na propriedade rural.
Art. 242. É proibido o desnate parcial ou total do leite nas propriedades rurais.
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V - estejam sendo submetidas a tratamento com produtos de uso veterinário durante o
período de carência recomendado pelo fabricante; ou
Parágrafo único. Para fins de rastreabilidade, na captação de leite por meio de carro-
tanque isotérmico, deve ser colhida amostra do leite de cada produtor ou tanque comunitário
previamente à captação, identificada e conservada até a recepção no estabelecimento
industrial.
Art. 245. A transferência de leite cru refrigerado entre carros-tanques isotérmicos das
propriedades rurais até os estabelecimentos industriais pode ser realizada em um local
intermediário, sob controle do estabelecimento, desde que este comprove que a operação não
gera prejuízo à qualidade do leite.
Art. 246. Os estabelecimentos que recebem leite cru de produtores rurais são
responsáveis pela implementação de programas de melhoria da qualidade da matéria-prima e
de educação continuada dos produtores.
I - características físico-químicas:
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b) teor mínimo de gordura de 3,0g/100g (três gramas por cem gramas);
c) teor mínimo de proteína de 2,9g/100g (dois inteiros e nove décimos de gramas por
cem gramas);
d) teor mínimo de lactose de 4,3g/100g (quatro inteiros e três décimos de gramas por
cem gramas);
e) teor mínimo de sólidos não gordurosos de 8,4g/100g (oito inteiros e quatro décimos de
gramas por cem gramas);
f) teor mínimo de sólidos totais de 11,4g/100g (onze inteiros e quatro décimos de gramas
por cem gramas);
g) acidez titulável entre 0,14 (quatorze centésimos) e 0,18 (dezoito centésimos) expressa
em gramas de ácido lático/100 mL;
h) densidade relativa a 15ºC (quinze graus Celsius) entre 1,028 (um inteiro e vinte e oito
milésimos) e 1,034 (um inteiro e trinta e quatro milésimos) expressa em g/mL;
II - não apresente substâncias estranhas à sua composição, tais como agentes inibidores
do crescimento microbiano, neutralizantes da acidez, reconstituintes da densidade ou do índice
crioscópico; e
III - não apresente resíduos de produtos de uso veterinário e contaminantes acima dos
limites máximos previstos em normas complementares.
Art. 249. A análise do leite para sua seleção e recepção no estabelecimento industrial
deve abranger as especificações determinadas em normas complementares.
§ 1º Só pode ser beneficiado o leite que atenda às especificações previstas no art. 248.
§ 3º A destinação do leite que não atenda às especificações previstas no art. 248 e seja
proveniente de estabelecimentos industriais, desde que ainda não tenha sido internalizado, é
de responsabilidade do estabelecimento fornecedor, facultada a destinação do produto no
estabelecimento receptor.
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§ 4º Na hipótese de que trata o § 3º, o estabelecimento receptor fica obrigado a
comunicar ao SIF a ocorrência, devendo manter registros auditáveis das análises realizadas e
dos controles de rastreabilidade e destinação, quando esta ocorrer em suas instalações.
Art. 252. Para os fins deste Decreto, entende-se por filtração a retirada das impurezas
do leite por processo mecânico, mediante passagem sob pressão por material filtrante
apropriado.
Art. 253. Para os fins deste Decreto, entende-se por clarificação a retirada das
impurezas do leite por processo mecânico, mediante centrifugação ou outro processo
tecnológico equivalente, aprovado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem
Animal.
Parágrafo único. Todo leite destinado ao consumo humano direto deve ser submetido à
clarificação.
Art. 254. Para os fins deste Decreto, entende-se por termização ou pré-aquecimento a
aplicação de calor ao leite em aparelhagem própria com a finalidade de reduzir sua carga
microbiana, sem alteração das características do leite cru.
Art. 255. Para os fins deste Decreto, entende-se por pasteurização o tratamento térmico
aplicado ao leite com objetivo de evitar perigos à saúde pública decorrentes de
microorganismos patogênicos eventualmente presentes, e que promove mínimas modificações
químicas, físicas, sensoriais e nutricionais.
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§ 2º Podem ser aceitos pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal
outros binômios de tempo e temperatura, desde que comprovada a equivalência aos processos
estabelecidos no § 1º.
Art. 256. Entende-se por processo de ultra-alta temperatura - UAT ou UHT o tratamento
térmico aplicado ao leite a uma temperatura entre 130ºC (cento e trinta graus Celsius) e 150ºC
(cento e cinquenta graus Celsius), pelo período de dois a quatro segundos, mediante processo
de fluxo contínuo, imediatamente resfriado a temperatura inferior a 32ºC (trinta e dois graus
Celsius) e envasado sob condições assépticas em embalagens esterilizadas e hermeticamente
fechadas.
Art. 257. Para os fins deste Decreto, entende-se por processo de esterilização o
tratamento térmico aplicado ao leite a uma temperatura entre 110º C (cento e dez graus
Celsius) e 130º C (cento e trinta graus Celsius) pelo prazo de vinte a quarenta minutos, em
equipamentos próprios.
Art. 258. Na conservação do leite devem ser atendidos os seguintes limites máximos de
conservação e temperatura:
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III - refrigeração após a pasteurização: 4º C (quatro graus Celsius);
Art. 259. O leite termicamente processado para consumo humano direto só pode ser
exposto à venda quando envasado automaticamente, em circuito fechado, em embalagem
inviolável e específica para as condições previstas de armazenamento.
§ 2º O envase do leite para consumo humano direto só pode ser realizado em granjas
leiteiras e em usinas de beneficiamento de leite, conforme disposto neste Decreto
Art. 260. O leite pasteurizado deve ser transportado em veículos isotérmicos com
unidade frigorífica instalada.
Art. 261. O leite beneficiado, para ser exposto ao consumo como integral, deve
apresentar os mesmos requisitos do leite normal, com exceção do teor de sólidos não
gordurosos e de sólidos totais, que devem atender ao RTIQ.
Art. 262. O leite beneficiado, para ser exposto ao consumo como padronizado,
semidesnatado ou desnatado, deve satisfazer às exigências do leite normal, com exceção dos
teores de gordura, de sólidos não gordurosos e de sólidos totais, que devem atender ao RTIQ.
CAPÍTULO IV
Parágrafo único. Quando detectada qualquer não conformidade nos resultados das
análises de seleção da matéria-prima, o estabelecimento receptor será responsável pela
destinação adequada do produto, de acordo com o disposto neste Decreto e em normas
complementares.
Art. 266. O mel e o mel de abelhas sem ferrão, quando submetidos ao processo de
descristalização, pasteurização ou desumidificação, devem respeitar o binômio tempo e
temperatura e o disposto em normas complementares.
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Art. 267. Os estabelecimentos de produtos de abelhas que recebem matérias-primas de
produtores rurais devem manter atualizado o cadastro desses produtores, conforme disposto
em normas complementares.
Parágrafo único. A extração da matéria-prima por produtor rural deve ser realizada em
local próprio que que possibilite os trabalhos de manipulação e acondicionamento da matéria-
prima em condições de higiene.
Art. 268. Os produtos de abelhas sem ferrão devem ser procedentes de criadouros, na
forma de meliponários, autorizados pelo órgão ambiental competente.
TÍTULO VI
CAPÍTULO I
Art. 269. Para os fins deste Decreto, ingrediente é qualquer substância empregada na
fabricação ou na preparação de um produto, incluídos os aditivos alimentares, e que
permaneça ao final do processo, ainda que de forma modificada, conforme estabelecido em
legislação específica e normas complementares.
Art. 270. A utilização de aditivos ou coadjuvantes de tecnologia deve atender aos limites
estabelecidos pelo órgão regulador da saúde e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, observado o que segue:
Art. 272. É proibido o emprego de salmouras turvas, sujas, alcalinas, com cheiro
amoniacal, fermentadas ou inadequadas por qualquer outra razão.
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Art. 273. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá RTIQ para
os produtos de origem animal previstos ou não neste Decreto e estabelecerá regulamentos
técnicos específicos para seus respectivos processos de fabricação.
Art. 274. Os produtos de origem animal devem atender aos parâmetros e aos limites
microbiológicos, físico-químicos, de resíduos de produtos de uso veterinário, contaminantes e
outros estabelecidos neste Decreto, no RTIQ ou em normas complementares.
CAPÍTULO II
Seção I
Das matérias-primas
Art. 276. Para os fins deste Decreto, carnes são as massas musculares e os demais
tecidos que as acompanham, incluída ou não a base óssea correspondente, procedentes das
diferentes espécies animais, julgadas aptas para o consumo pela inspeção veterinária oficial.
Art. 277. Para os fins deste Decreto, carcaças são as massas musculares e os ossos do
animal abatido, tecnicamente preparado, desprovido de cabeça, órgãos e vísceras torácicas e
abdominais, respeitadas as particularidades de cada espécie, observado ainda:
I - nos bovídeos e equídeos a carcaça não inclui pele, patas, rabo, glândula mamária,
testículos e vergalho, exceto suas raízes;
III - nos ovinos e caprinos a carcaça não inclui pele, patas, glândula mamária, testículos
e vergalho, exceto suas raízes, mantido ou não o rabo;
IV - nas aves a carcaça deve ser desprovida de penas, sendo facultativa a retirada de
rins, pés, pescoço, cabeça e órgãos reprodutores em aves que não atingiram a maturidade
sexual;
VI - nas ratitas a carcaça deve ser desprovida de pele e pés, sendo facultativa a retirada
do pescoço;
VII - nas rãs e nos jacarés as carcaças são desprovidas de pele e patas; e
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VIII - nos quelônios as carcaças são desprovidas de casco.
Parágrafo único. É obrigatória a remoção da carne que fica ao redor da lesão do local
da sangria, a qual é considerada imprópria para o consumo, respeitadas as particularidades de
cada espécie.
Art. 278. Para os fins deste Decreto, miúdos são os órgãos e as partes de animais de
abate julgados aptos para o consumo humano pela inspeção veterinária oficial, conforme
especificado abaixo:
I - nos ruminantes: encéfalo, língua, coração, fígado, rins, rúmen, retículo, omaso, rabo e
mocotó;
II - nos suídeos: língua, fígado, coração, encéfalo, estômago, rins, pés, orelhas, máscara
e rabo;
Parágrafo único. Podem ser aproveitados para consumo direto, de acordo com os
hábitos regionais, tradicionais ou de países importadores, pulmões, baço, medula espinhal,
glândula mamária, testículos, lábios, bochechas, cartilagens e outros a serem definidos em
normas complementares, desde que não se constituam em materiais especificados de risco.
Art. 279. Para os fins deste Decreto, produtos de triparia são as vísceras abdominais
utilizadas como envoltórios naturais, tais como os intestinos e a bexiga, após receberem os
tratamentos tecnológicos específicos.
Parágrafo único. Excetua-se da obrigação de remoção dos ossos de que trata o caput a
carne utilizada na elaboração dos produtos cárneos em que a base óssea faça parte de sua
caracterização.
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Art. 282. É permitida a utilização de sangue ou suas frações no preparo de produtos
cárneos, desde que obtido em condições específicas definidas em normas complementares.
Seção II
Art. 283. Para os fins deste Decreto, produtos cárneos são aqueles obtidos de carnes,
de miúdos e de partes comestíveis das diferentes espécies animais, com as propriedades
originais das matérias-primas modificadas por meio de tratamento físico, químico ou biológico,
ou ainda pela combinação destes métodos em processos que podem envolver a adição de
ingredientes, aditivos ou coadjuvantes de tecnologia.
Art. 284. Para os fins deste Decreto, toucinho é o panículo adiposo adjacente à pele dos
suínos cuja designação é definida pelo processo tecnológico aplicado para sua conservação.
Art. 285. Para os fins deste Decreto, unto fresco ou gordura suína em rama é a gordura
cavitária dos suínos, tais como as porções adiposas do mesentério visceral, do envoltório dos
rins e de outras vísceras prensadas.
Art. 286. Para os fins deste Decreto, carne mecanicamente separada é o produto obtido
da remoção da carne dos ossos que a sustentam, após a desossa de carcaças de aves, de
bovinos, de suínos ou de outras espécies autorizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, utilizados meios mecânicos que provocam a perda ou modificação da estrutura
das fibras musculares.
Art. 287. Para os fins deste Decreto, carne temperada, seguida da especificação que
couber, é o produto cárneo obtido dos cortes ou de carnes das diferentes espécies animais,
condimentado, com adição ou não de ingredientes.
Art. 288. Para os fins deste Decreto, embutidos são os produtos cárneos elaborados
com carne ou com órgãos comestíveis, curados ou não, condimentados, cozidos ou não,
defumados e dessecados ou não, tendo como envoltório a tripa, a bexiga ou outra membrana
animal.
Art. 289. Para os fins deste Decreto, defumados são os produtos cárneos que, após o
processo de cura, são submetidos à defumação, para lhes dar cheiro e sabor característicos,
além de um maior prazo de vida comercial por desidratação parcial.
§ 2º A defumação deve ser feita em estufas construídas para essa finalidade e realizada
com a queima de madeiras não resinosas, secas e duras.
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Art. 290. Para os fins deste Decreto, carne cozida, seguida da especificação que
couber, é o produto cárneo obtido de carne das diferentes espécies animais, desossada ou
não, com adição ou não de ingredientes, e submetida a processo térmico específico.
Art. 291. Para os fins deste Decreto, desidratados são os produtos cárneos obtidos pela
desidratação da carne fragmentada ou de miúdos das diferentes espécies animais, cozidos ou
não, com adição ou não de ingredientes, dessecados por meio de processo tecnológico
específico.
Art. 292. Para os fins deste Decreto, esterilizados são os produtos cárneos obtidos a
partir de carnes ou de miúdos das diferentes espécies animais, com adição ou não de
ingredientes, embalados hermeticamente e submetidos à esterilização comercial.
Art. 293. Para os fins deste Decreto, produtos gordurosos comestíveis, segundo a
espécie animal da qual procedem, são os que resultam do processamento ou do
aproveitamento de tecidos de animais, por fusão ou por outros processos tecnológicos
específicos, com adição ou não de ingredientes.
Art. 294. Para os fins deste Decreto, almôndega é o produto cárneo obtido a partir de
carne moída de uma ou mais espécies animais, moldado na forma arredondada, com adição
ou não de ingredientes, e submetido a processo tecnológico específico.
Art. 295. Para os fins deste Decreto, hambúrguer é o produto cárneo obtido de carne
moída das diferentes espécies animais, com adição ou não de ingredientes, moldado na forma
de disco ou na forma oval e submetido a processo tecnológico específico.
Art. 296. Para os fins deste Decreto, quibe é o produto cárneo obtido de carne bovina ou
ovina moída, com adição de trigo integral, moldado e acrescido de ingredientes.
Art. 297. Para os fins deste Decreto, linguiça é o produto cárneo obtido de carnes
cominuídas das diferentes espécies animais, condimentado, com adição ou não de
ingredientes, embutido em envoltório natural ou artificial e submetido a processo tecnológico
específico.
Art. 298. Para os fins deste Decreto, morcela é o produto cárneo embutido elaborado
principalmente a partir do sangue, com adição de toucinho moído ou não, condimentado e
cozido.
Art. 299. Para os fins deste Decreto, mortadela é o produto cárneo obtido da emulsão de
carnes de diferentes espécies animais, com adição ou não de toucinho, de pele, de miúdos e
de partes animais comestíveis, de ingredientes e de condimentos específicos, embutido em
envoltório natural ou artificial de calibre próprio em diferentes formas, e submetido a processo
térmico característico.
Art. 300. Para os fins deste Decreto, salsicha é o produto cárneo obtido da emulsão de
carne de uma ou mais espécies de animais, com adição ou não de gordura, de pele, de miúdos
e de partes animais comestíveis, com adição de ingredientes e de condimentos específicos,
embutido em envoltório natural ou artificial de calibre próprio, e submetido a processo térmico
característico.
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Art. 301. Para os fins deste Decreto, presunto é o produto cárneo obtido exclusivamente
do pernil suíno, curado, defumado ou não, desossado ou não, com adição ou não de
ingredientes, e submetido a processo tecnológico adequado.
Art. 302. Para os fins deste Decreto, apresuntado é o produto cárneo obtido a partir de
recortes ou cortes das massas musculares dos membros anteriores ou posteriores de suínos,
transformados em massa, condimentado, com adição de ingredientes e submetido a processo
térmico específico.
Art. 303. Para os fins deste Decreto, fiambre é o produto cárneo obtido de carne de uma
ou mais espécies animais, com adição ou não de miúdos e partes animais comestíveis,
transformados em massa, condimentado, com adição de ingredientes e submetido a processo
térmico específico.
Art. 304. Para os fins deste Decreto, salame é o produto cárneo obtido de carne suína e
de toucinho, com adição ou não de carne bovina ou de outros ingredientes, condimentado,
embutido em envoltórios naturais ou artificiais, curado, fermentado, maturado, defumado ou
não, e dessecado.
Art. 305. Para os fins deste Decreto, pepperoni é o produto cárneo elaborado de carne
suína e de toucinho cominuídos, com adição ou não de carne bovina ou de outros ingredientes,
condimentado, embutido em envoltórios naturais ou artificiais, curado, apimentado, fermentado,
maturado, dessecado, defumado ou não.
Art. 306. Para os fins deste Decreto, copa é o produto cárneo obtido do corte íntegro da
carcaça suína denominado de nuca ou sobrepaleta, condimentado, curado, com adição ou não
de ingredientes, maturado, dessecado, defumado ou não.
Art. 307. Para os fins deste Decreto, lombo é o produto cárneo obtido do corte da região
lombar dos suídeos, dos ovinos ou caprinos, condimentado, com adição de ingredientes,
salgado ou não, curado ou não, e defumado ou não.
Art. 308. Para os fins deste Decreto, bacon é o produto cárneo obtido do corte da
parede tóraco-abdominal de suínos, que vai do esterno ao púbis, com ou sem costela, com ou
sem pele, com adição de ingredientes, curado e defumado.
Art. 309. Para os fins deste Decreto, pasta ou patê é o produto cárneo obtido a partir de
carnes, de miúdos das diferentes espécies animais ou de produtos cárneos, transformados em
pasta, com adição de ingredientes e submetido a processo térmico específico.
Art. 310. Para os fins deste Decreto, caldo de carne é o produto líquido resultante do
cozimento de carnes, filtrado, esterilizado e envasado.
§ 1º O caldo de carne concentrado, mas ainda fluído, deve ser designado como extrato
fluído de carne.
§ 2º O caldo de carne concentrado até a consistência pastosa deve ser designado como
extrato de carne, e quando condimentado, deve ser designado como extrato de carne com
temperos.
Art. 311. Para os fins deste Decreto, charque é o produto cárneo obtido de carne bovina,
com adição de sal e submetido a processo de dessecação.
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Parágrafo único. É facultada a utilização de carnes de outras espécies animais na
elaboração do charque, mediante declaração em sua denominação de venda.
Art. 312. Para os fins deste Decreto, carne bovina salgada curada dessecada ou jerked
beef é o produto cárneo obtido de carne bovina, com adição de sal e de agentes de cura,
submetido a processo de dessecação.
Art. 313. Para os fins deste Decreto, gelatina é o produto obtido por meio de hidrólise
térmica, química ou enzimática, ou a combinação desses processos, da proteína colagênica
presente nas cartilagens, nos tendões, nas peles, nas aparas e nos ossos das diferentes
espécies animais, seguida de purificação, filtração e esterilização, concentrado e seco,
Art. 314. Para os fins deste Decreto, banha é o produto obtido pela fusão de tecidos
adiposos frescos de suídeos, com adição ou não de aditivos e de coadjuvantes de tecnologia.
Art. 316. É permitida a adição, nos limites fixados, de água ou de gelo aos produtos
cárneos com o objetivo de facilitar a trituração e a homogeneização da massa, ou para outras
finalidades tecnológicas, quando prevista neste Decreto e em normas complementares, ou
mediante aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 318. Os produtos cárneos cozidos que necessitam ser mantidos sob refrigeração
devem ser resfriados logo após o processamento térmico, em tempo e temperatura que
preservem sua inocuidade.
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Art. 319. Todos os produtos cárneos esterilizados devem ser submetidos a processo
térmico em no máximo duas horas após o fechamento das embalagens.
I - quando a reparação e a nova esterilização forem efetuadas nas primeiras seis horas
que se seguirem à verificação do defeito; ou
Parágrafo único. O teste de incubação de que trata o caput será realizado de acordo
com o disposto a seguir:
II- caso a temperatura de incubação fique abaixo de 32°C (trinta e dois graus
centígrados) ou exceda 38°C (trinta e oito graus centígrados), mas não ultrapasse 39,5ºC
(trinta e nove vírgula cinco graus centígrados), deve ser ajustada na faixa requerida e o tempo
de incubação estendido, adicionando-se o tempo que as amostras permaneceram na
temperatura de desvio; e
Art. 321. Na verificação dos produtos cárneos esterilizados devem ser considerados:
I - as condições gerais do recipiente, o qual não deve apresentar defeitos que coloquem
em risco a sua inviolabilidade;
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VI - a ocorrência de som correspondente à sua natureza na prova de percussão, no caso
de enlatados; e
Seção III
Art. 322. Para os fins deste Decreto, produto não comestível é todo aquele resultante da
manipulação e do processamento de matéria-prima, de produtos e de resíduos de animais
empregados na preparação de gêneros não destinados ao consumo humano.
Parágrafo único. Não se incluem entre os produtos não comestíveis abrangidos por este
Decreto as enzimas e os produtos enzimáticos, os produtos opoterápicos, os produtos
farmoquímicos ou seus produtos intermediários, os insumos laboratoriais e os produtos
destinados à alimentação animal, com ou sem finalidade nutricional, obtidos de tecidos
animais.
Art. 323. Para os fins deste Decreto, produto gorduroso não comestível é todo aquele
obtido pela fusão de carcaças, de partes da carcaça, de ossos, de órgãos e de vísceras não
empregados no consumo humano e o que for destinado a esse fim pelo SIF.
Parágrafo único. O produto gorduroso não comestível deve ser desnaturado pelo
emprego de substâncias desnaturantes, conforme critérios definidos pelo Departamento de
Inspeção de Produtos de Origem Animal.
Art. 324. Todos os produtos condenados devem ser conduzidos à seção de produtos
não comestíveis, proibida sua passagem por seções onde sejam elaborados ou manipulados
produtos comestíveis.
§ 1º A condução de material condenado até a sua desnaturação pelo calor deve ser
efetuada de modo a se evitar a contaminação dos locais de passagem, de equipamentos e de
instalações.
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Parágrafo único. É permitida a cessão de peças condenadas, a critério do SIF, para
instituições de ensino e para fins científicos, mediante pedido expresso da autoridade
interessada, que declarará na solicitação a finalidade do material e assumirá inteira
responsabilidade quanto ao seu destino.
Art. 328. É permitido o aproveitamento de matéria fecal oriunda da limpeza dos currais e
dos veículos de transporte, desde que o estabelecimento disponha de instalações apropriadas
para essa finalidade, observada a legislação específica.
Parágrafo único. O conteúdo do aparelho digestório dos animais abatidos deve receber
o mesmo tratamento disposto no caput.
Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, entende-se por bile concentrada o produto
resultante da evaporação parcial da bile fresca.
Art. 330. Os produtos de origem animal não comestíveis tais como as cerdas, as crinas,
os pelos, as penas, os chifres, os cascos, as conchas e as carapaças, dentre outros, devem
ser manipulados em seção específica para esta finalidade.
CAPÍTULO III
Seção I
Art. 332. Produtos comestíveis de pescado são aqueles elaborados a partir de pescado
inteiro ou de parte dele, aptos para o consumo humano.
§ 1º Para que o produto seja considerado um produto de pescado, deve possuir mais de
cinquenta por cento de pescado, respeitadas as particularidades definidas no regulamento
técnico específico.
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§ 2º Quando a quantidade de pescado for inferior a cinquenta por cento, o produto será
considerado um produto à base de pescado, respeitadas as particularidades definidas no
regulamento técnico específico.
Art. 333. Para os fins deste Decreto, pescado fresco é aquele que não foi submetido a
qualquer processo de conservação, a não ser pela ação do gelo ou por meio de métodos de
conservação de efeito similar, mantido em temperaturas próximas à do gelo fundente, com
exceção daqueles comercializados vivos.
Art. 334. Para os fins deste Decreto, pescado resfriado é aquele embalado e mantido
em temperatura de refrigeração.
Art. 335. Para os fins deste Decreto, pescado congelado é aquele submetido a
processos de congelamento rápido, de forma que o produto ultrapasse rapidamente os limites
de temperatura de cristalização máxima.
Art. 336. Durante o transporte, o pescado congelado deve ser mantido a uma
temperatura não superior a -18ºC (dezoito graus Celsius negativos).
Art. 337. Para os fins deste Decreto, pescado descongelado é aquele que foi
inicialmente congelado e submetido a um processo específico de elevação de temperatura
acima do ponto de congelamento e mantido em temperaturas próximas à do gelo fundente.
Art. 338. Para os fins deste Decreto, carne mecanicamente separada de pescado é o
produto congelado obtido de pescado, envolvendo o descabeçamento, a evisceração, a
limpeza destes e a separação mecânica da carne das demais estruturas inerentes à espécie,
como espinhas, ossos e pele.
Art. 339. Para os fins deste Decreto, surimi é o produto congelado obtido a partir de
carne mecanicamente separada de peixe, submetida a lavagens sucessivas, drenagem e
refino, com adição de aditivos.
Art. 340. Para os fins deste Decreto, pescado empanado é o produto congelado,
elaborado a partir de pescado com adição ou não de ingredientes, moldado ou não, e revestido
de cobertura que o caracterize, submetido ou não a tratamento térmico.
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Art. 341. Para os fins deste Decreto, pescado em conserva é aquele elaborado com
pescado, com adição de ingredientes, envasado em recipientes hermeticamente fechados e
submetido à esterilização comercial.
Art. 342. Para os fins deste Decreto, pescado em semiconserva é aquele obtido pelo
tratamento específico do pescado por meio do sal, com adição ou não de ingredientes,
envasado em recipientes hermeticamente fechados, não esterilizados pelo calor, conservado
ou não sob refrigeração.
Art. 343. Para os fins deste Decreto, patê ou pasta de pescado, seguido das
especificações que couberem, é o produto industrializado obtido a partir do pescado
transformado em pasta, com adição de ingredientes, submetido a processo tecnológico
específico.
Art. 344. Para os fins deste Decreto, embutido de pescado é aquele produto elaborado
com pescado, com adição de ingredientes, curado ou não, cozido ou não, defumado ou não,
dessecado ou não, utilizados os envoltórios previstos neste Decreto.
Art. 345. Para os fins deste Decreto, pescado curado é aquele proveniente de pescado,
tratado pelo sal, com ou sem aditivos.
Parágrafo único. O tratamento pelo sal pode ser realizado por meio de salgas úmida,
seca ou mista.
Art. 346. Para os fins deste Decreto, pescado seco ou desidratado é o produto obtido
pela dessecação do pescado em diferentes intensidades, por meio de processo natural ou
artificial, com ou sem aditivos, a fim de se obter um produto estável à temperatura ambiente.
Art. 347. Para os fins deste Decreto, pescado liofilizado é o produto obtido pela
desidratação do pescado, em equipamento específico, por meio do processo de liofilização,
com ou sem aditivos.
Art. 348. Para os fins deste Decreto, gelatina de pescado é o produto obtido a partir de
proteínas naturais solúveis, coaguladas ou não, obtidas pela hidrólise do colágeno presente em
tecidos de pescado como a bexiga natatória, os ossos, as peles e as cartilagens.
Seção II
Art. 350. Para os fins deste Decreto, produtos não comestíveis de pescado são aqueles
obtidos a partir de pescado inteiro, de suas partes ou de qualquer resíduo destes não aptos ao
consumo humano.
Art. 351. Na elaboração de produtos não comestíveis de pescado devem ser seguidas,
naquilo que lhes for aplicável, as exigências referentes aos produtos não comestíveis previstas
neste Decreto e o disposto em legislação específica.
CAPÍTULO IV
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Art. 352. Para os fins deste Decreto, entende-se por derivados de ovos aqueles obtidos
a partir do ovo, dos seus diferentes componentes ou de suas misturas, após eliminação da
casca e das membranas.
CAPÍTULO V
Seção I
Do leite
V - leite esterilizado; e
VI - leite reconstituído.
§ 2º São considerados para consumo humano direto apenas os leites fluidos previstos
nos incisos III, IV, V e VI do caput, além dos que vierem a ser aprovados nos termos do § 1º.
Art. 355. Para os fins deste Decreto, leite cru refrigerado é o leite produzido em
propriedades rurais, refrigerado e destinado aos estabelecimentos de leite e derivados sob
inspeção sanitária oficial.
Art. 356. Para os fins deste Decreto, leite fluido a granel de uso industrial é o leite
higienizado, refrigerado, submetido opcionalmente à termização (pré-aquecimento), à
pasteurização e à padronização da matéria gorda, transportado a granel de um
estabelecimento industrial a outro para ser processado e que não seja destinado diretamente
ao consumidor final.
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Art. 357. A transferência do leite fluido a granel de uso industrial e de outras matérias-
primas transportadas a granel em carros-tanques entre estabelecimentos industriais deve ser
realizada em veículos isotérmicos lacrados e etiquetados, acompanhados de boletim de
análises, sob responsabilidade do estabelecimento de origem.
Art. 358. Para os fins deste Decreto, leite pasteurizado é o leite fluido submetido a um
dos processos de pasteurização previstos neste Decreto.
Art. 359. Para os fins deste Decreto, leite UAT ou leite UHT é o leite homogeneizado e
submetido a processo de ultra-alta temperatura conforme definido neste Decreto.
Art. 360. Para os fins deste Decreto, leite esterilizado é o leite fluido, previamente
envasado e submetido a processo de esterilização, conforme definido neste Decreto.
Art. 361. Para os fins deste Decreto, leite reconstituído é o produto resultante da
dissolução em água do leite em pó ou concentrado, com adição ou não de gordura láctea até
atingir o teor de matéria gorda fixado para o respectivo tipo, seguido de homogeneização,
quando for o caso, e de tratamento térmico previsto neste Decreto.
Art. 362. Na elaboração de leite e derivados das espécies caprina, bubalina e outras,
devem ser seguidas as exigências previstas neste Decreto e nas legislações específicas,
respeitadas as particularidades.
Seção II
I - produtos lácteos;
Art. 364. Para os fins deste Decreto, produtos lácteos são os produtos obtidos mediante
processamento tecnológico do leite, podendo conter ingredientes, aditivos e coadjuvantes de
tecnologia, apenas quando funcionalmente necessários para o processamento.
Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, leites modificados, fluido ou em pó, são os
produtos lácteos resultantes da modificação da composição do leite mediante a subtração ou a
adição dos seus constituintes.
Art. 365. Para os fins deste Decreto, produtos lácteos compostos são os produtos no
qual o leite, os produtos lácteos ou os constituintes do leite representem mais que cinquenta
por cento do produto final massa/massa, tal como se consome, sempre que os ingredientes
não derivados do leite não estejam destinados a substituir total ou parcialmente qualquer dos
constituintes do leite.
Art. 366. Para os fins deste Decreto, mistura láctea é o produto que contém em sua
composição final mais que cinquenta por cento de produtos lácteos ou produtos lácteos
compostos, tal como se consome, permitida a substituição dos constituintes do leite, desde que
a denominação de venda seja “mistura de (o nome do produto lácteo ou produto lácteo
composto que corresponda) e (produto adicionado)”.
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Art. 367. É permitida a mistura do mesmo derivado lácteo, porém de qualidade diferente,
desde que prevaleça o de padrão inferior para fins de classificação e rotulagem.
Subseção I
Do creme de leite
Art. 368. Para os fins deste Decreto, creme de leite é o produto lácteo rico em gordura
retirada do leite por meio de processo tecnológico específico, que se apresenta na forma de
emulsão de gordura em água.
Parágrafo único. Para ser exposto ao consumo humano direto, o creme de leite deve ser
submetido a tratamento térmico específico.
Art. 369. Para os fins deste Decreto, creme de leite de uso industrial é o creme
transportado em volume de um estabelecimento industrial a outro para ser processado e que
não seja destinado diretamente ao consumidor final.
§ 1º Para os fins deste Decreto, creme de leite a granel de uso industrial é o produto
transportado em carros-tanques isotérmicos.
§ 2º Para os fins deste Decreto, creme de leite cru refrigerado de uso industrial é o
produto transportado em embalagens adequadas de um único uso.
Art. 370. Os cremes obtidos do desnate de soro, de leitelho, de outros derivados lácteos
ou em decorrência da aplicação de normas de destinação estabelecidas pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, podem ser utilizados na fabricação de outros produtos,
desde que atendam aos critérios previstos nos RTIQs dos produtos finais.
Subseção II
Da manteiga
Art. 371. Para os fins deste Decreto, manteiga é o produto lácteo gorduroso obtido
exclusivamente pela bateção e malaxagem, com ou sem modificação biológica do creme de
leite, por meio de processo tecnológico específico.
Art. 372. Para os fins deste Decreto, manteiga de garrafa, manteiga da terra ou
manteiga do sertão é o produto lácteo gorduroso nos estados líquido ou pastoso, obtido a partir
do creme de leite pasteurizado, pela eliminação quase total da água, mediante processo
tecnológico específico.
Subseção III
Dos queijos
Art. 373. Para os fins deste Decreto, queijo é o produto lácteo fresco ou maturado que
se obtém por meio da separação parcial do soro em relação ao leite ou ao leite reconstituído -
integral, parcial ou totalmente desnatado - ou de soros lácteos, coagulados pela ação do
coalho, de enzimas específicas, produzidas por microrganismos específicos, de ácidos
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orgânicos, isolados ou combinados, todos de qualidade apta para uso alimentar, com ou sem
adição de substâncias alimentícias, de especiarias, de condimentos ou de aditivos.
§ 2º Para os fins deste Decreto, queijo fresco é o que está pronto para o consumo logo
após a sua fabricação.
§ 3º Para os fins deste Decreto, queijo maturado é o que sofreu as trocas bioquímicas e
físicas necessárias e características da sua variedade.
§ 4º A denominação queijo está reservada aos produtos em que a base láctea não
contenha gordura ou proteína de origem não láctea.
§ 5º O leite utilizado na fabricação de queijos deve ser filtrado por meios mecânicos e
submetido à pasteurização ou ao tratamento térmico equivalente para assegurar a fosfatase
residual negativa, combinado ou não com outros processos físicos ou biológicos que garantam
a inocuidade do produto.
Art. 374. Considera-se a data de fabricação dos queijos frescos o último dia da sua
elaboração e, para queijos maturados, o dia do término do período da maturação.
Art. 376. Para os fins deste Decreto, queijo de coalho é o queijo que se obtém por meio
da coagulação do leite pasteurizado com coalho ou com outras enzimas coagulantes
apropriadas, complementada ou não pela ação de bactérias lácticas específicas, com a
obtenção de uma massa dessorada, semicozida ou cozida, submetida à prensagem e
secagem.
Art. 377. Para os fins deste Decreto, queijo de manteiga ou queijo do sertão é o queijo
obtido mediante a coagulação do leite pasteurizado com o emprego de ácidos orgânicos, com
a obtenção de uma massa dessorada, fundida e com adição de manteiga de garrafa.
Art. 378. Para os fins deste Decreto, queijo minas frescal é o queijo fresco obtido por
meio da coagulação enzimática do leite pasteurizado com coalho ou com outras enzimas
coagulantes apropriadas ou com ambos, complementada ou não pela ação de bactérias
lácticas específicas, com a obtenção de uma massa coalhada, dessorada, não prensada,
salgada e não maturada.
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Art. 379. Para os fins deste Decreto, queijo minas padrão é o queijo de massa crua ou
semicozida obtido por meio da coagulação do leite pasteurizado com coalho ou com outras
enzimas coagulantes apropriadas, ou com ambos, complementada ou não pela ação de
bactérias lácticas específicas, com a obtenção de uma massa coalhada, dessorada, prensada
mecanicamente, salgada e maturada.
Art. 380. Para os fins deste Decreto, ricota fresca é o queijo obtido pela precipitação
ácida a quente de proteínas do soro de leite, com adição de leite até vinte por cento do seu
volume.
Art. 381. Para os fins deste Decreto, ricota defumada é o queijo obtido pela precipitação
ácida a quente de proteínas do soro de leite, com adição de leite até vinte por cento do seu
volume, submetido à secagem e à defumação.
Art. 382. Para os fins deste Decreto, queijo prato é o queijo que se obtém por meio da
coagulação do leite pasteurizado com coalho ou com outras enzimas coagulantes apropriadas,
complementada pela ação de bactérias lácticas específicas, com a obtenção de uma massa
semicozida, prensada, salgada e maturada.
Art. 383. Para os fins deste Decreto, queijo provolone é o queijo obtido por meio da
coagulação do leite pasteurizado com coalho ou com outras enzimas coagulantes apropriadas,
complementada ou não pela ação de bactérias lácticas específicas, com a obtenção de uma
massa filada, não prensada, que pode ser fresco ou maturado.
§ 2º O queijo de que trata o caput pode ser defumado e devem ser atendidas as
características sensoriais adquiridas nesse processo.
Art. 384. Para os fins deste Decreto, queijo regional do norte ou queijo tropical é o queijo
obtido por meio da coagulação do leite pasteurizado com coalho ou com outras enzimas
coagulantes apropriadas, ou de ambos, complementada pela ação de fermentos lácticos
específicos ou de soro-fermento, com a obtenção de uma massa dessorada, cozida, prensada
e salgada.
Subseção IV
Art. 386. Para os fins deste Decreto, leites fermentados são produtos lácteos ou
produtos lácteos compostos obtidos por meio da coagulação e da diminuição do pH do leite ou
do leite reconstituído por meio da fermentação láctea, mediante ação de cultivos de
microrganismos específicos, com adição ou não de outros produtos lácteos ou de substâncias
alimentícias.
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§ 2º São considerados leites fermentados o iogurte, o leite fermentado ou cultivado, o
leite acidófilo ou acidofilado, o kumys, o kefir e a coalhada.
Subseção V
Art. 387. Para os fins deste Decreto, leites concentrados e leites desidratados são os
produtos lácteos resultantes da desidratação parcial ou total do leite por meio de processos
tecnológicos específicos.
Art. 389. Para os fins deste Decreto, leite concentrado é o produto de uso
exclusivamente industrial que não pode ser reconstituído para fins de obtenção de leite para
consumo humano direto.
Art. 390. Para os fins deste Decreto, leite condensado é o produto resultante da
desidratação parcial do leite com adição de açúcar ou o obtido mediante outro processo
tecnológico com equivalência reconhecida pelo Departamento de Inspeção de Produtos de
Origem Animal, que resulte em produto de mesma composição e características.
Art. 391. Para os fins deste Decreto, leite em pó é o produto obtido por meio da
desidratação do leite integral, desnatado ou parcialmente desnatado e apto para alimentação
humana, mediante processo tecnológico adequado.
§ 2º Para os diferentes tipos de leite em pó, fica estabelecido o teor de proteína mínimo
de trinta e quatro por cento massa/massa com base no extrato seco desengordurado.
Subseção VI
Art. 392. Para os fins deste Decreto, leite aromatizado é o produto lácteo resultante da
mistura preparada, de forma isolada ou combinada, com leite e cacau, chocolate, suco de
frutas e aromatizantes, opcionalmente com adição de açúcar e aditivos funcionalmente
necessários para a sua elaboração, e que apresente a proporção mínima de oitenta e cinco por
cento massa/massa de leite no produto final, tal como se consome.
Art. 393. Para os fins deste Decreto, doce de leite é o produto obtido por meio da
concentração do leite ou do leite reconstituído sob ação do calor à pressão normal ou reduzida,
com adição de sacarose - parcialmente substituída ou não por monossacarídeos,
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dissacarídeos ou ambos - com ou sem adição de sólidos de origem láctea, de creme e de
outras substâncias alimentícias.
Art. 394. Para os fins deste Decreto, requeijão é o produto lácteo ou produto lácteo
composto obtido pela fusão de massa coalhada, cozida ou não, dessorada e lavada, obtida por
meio da coagulação ácida ou enzimática, ou ambas, do leite, opcionalmente com adição de
creme de leite, de manteiga, de gordura anidra de leite ou butter oil, separados ou em
combinação, com adição ou não de condimentos, de especiarias e de outras substâncias
alimentícias.
Art. 395. Para os fins deste Decreto, bebida láctea é o produto lácteo ou produto lácteo
composto obtido a partir de leite ou de leite reconstituído ou de derivados de leite ou da
combinação destes, com adição ou não de ingredientes não lácteos.
Art. 396. Para os fins deste Decreto, composto lácteo é o produto lácteo ou produto
lácteo composto em pó obtido a partir de leite ou de derivados de leite ou de ambos, com
adição ou não de ingredientes não lácteos.
Art. 397. Para os fins deste Decreto, queijo em pó é o produto lácteo ou produto lácteo
composto obtido por meio da fusão e da desidratação, mediante um processo tecnológico
específico, da mistura de uma ou mais variedades de queijo, com ou sem adição de outros
produtos lácteos, de sólidos de origem láctea, de especiarias, de condimentos ou de outras
substâncias alimentícias, no qual o queijo constitui o ingrediente lácteo utilizado como matéria-
prima preponderante na base láctea do produto.
Art. 398. Para os fins deste Decreto, queijo processado ou fundido é o produto lácteo ou
produto lácteo composto obtido por meio da trituração, da mistura, da fusão e da emulsão, por
meio de calor e de agentes emulsionantes de uma ou mais variedades de queijo, com ou sem
adição de outros produtos lácteos, de sólidos de origem láctea, de especiarias, de condimentos
ou de outras substâncias alimentícias, no qual o queijo constitui o ingrediente lácteo utilizado
como matéria-prima preponderante na base láctea do produto.
Art. 399. Para os fins deste Decreto, massa coalhada é o produto lácteo intermediário,
de uso exclusivamente industrial, cozido ou não, dessorado e lavado, que se obtém por meio
da coagulação ácida ou enzimática do leite, destinado à elaboração de requeijão ou de outros
produtos, quando previsto em RTIQ.
Art. 400. Para os fins deste Decreto, soro de leite é o produto lácteo líquido extraído da
coagulação do leite utilizado no processo de fabricação de queijos, de caseína e de produtos
similares.
Parágrafo único. O produto de que trata o caput pode ser submetido à desidratação
parcial ou total por meio de processos tecnológicos específicos.
Art. 401. Para os fins deste Decreto, gordura anidra de leite ou butter oil é o produto
lácteo gorduroso obtido a partir de creme ou de manteiga pela eliminação quase total de água
e de sólidos não gordurosos, mediante processos tecnológicos adequados.
Art. 402. Para os fins deste Decreto, lactose é o açúcar do leite obtido mediante
processos tecnológicos específicos.
Art. 403. Para os fins deste Decreto, lactoalbumina é o produto lácteo resultante da
precipitação pelo calor das albuminas solúveis do soro oriundo da fabricação de queijos ou de
caseína.
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Art. 404. Para os fins deste Decreto, leitelho é o produto lácteo resultante da batedura
do creme pasteurizado durante o processo de fabricação da manteiga, podendo ser
apresentado na forma líquida, concentrada ou em pó.
Art. 405. Para os fins deste Decreto, caseína alimentar é o produto lácteo resultante da
precipitação do leite desnatado por meio da ação enzimática ou mediante acidificação a pH 4,6
a 4,7 (quatro inteiros e seis décimos a quatro inteiros e sete décimos), lavado e desidratado por
meio de processos tecnológicos específicos.
Art. 406. Para os fins deste Decreto, caseinato alimentício é o produto lácteo obtido por
meio da reação da caseína alimentar ou da coalhada da caseína alimentar fresca com
soluções de hidróxidos ou de sais alcalinos ou alcalino-terrosos ou de amônia de qualidade
alimentícia, posteriormente lavado e submetido à secagem, mediante processos tecnológicos
específicos.
Art. 407. Para os fins deste Decreto, caseína industrial é o produto não alimentício
obtido pela precipitação do leite desnatado mediante a aplicação de soro ácido, de coalho, de
ácidos orgânicos ou minerais.
Art. 408. Para os fins deste Decreto, produtos lácteos proteicos são os produtos lácteos
obtidos por separação física das caseínas e das proteínas do soro por meio de tecnologia de
membrana ou por meio de outro processo tecnológico com equivalência reconhecida pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 410. Para os fins deste Decreto, farinha láctea é o produto resultante da
dessecação, em condições próprias, da mistura de farinhas de cereais ou de leguminosas com
leite, nas suas diversas formas e tratamentos, com adição ou não de outras substâncias
alimentícias.
§ 1º O amido das farinhas deve ter sido tornado solúvel por meio de técnica apropriada.
§ 2º A farinha láctea deve ter no mínimo vinte por cento de leite massa/massa do total
de ingredientes do produto.
Art. 411. Para os fins deste Decreto, são considerados derivados do leite outros
produtos que se enquadrem na classificação de produto lácteo, de produto lácteo composto ou
de mistura láctea, de acordo com o disposto neste Decreto.
CAPÍTULO VI
Seção I
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Art. 413. Para os fins deste Decreto, produtos de abelhas são aqueles elaborados pelas
abelhas, delas extraídos ou extraídos das colmeias, sem qualquer estímulo de alimentação
artificial capaz de alterar sua composição original, classificando-se em:
I - produtos de abelhas do gênero Apis, que são o mel, o pólen apícola, a geleia real, a
própolis, a cera de abelhas e a apitoxina; e
II - produtos de abelhas sem ferrão ou nativas, que são o mel de abelhas sem ferrão, o
pólen de abelhas sem ferrão e a própolis de abelhas sem ferrão.
Art. 414. Para os fins deste Decreto, mel é o produto alimentício produzido pelas
abelhas melíferas a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas
das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que ficam sobre as partes vivas
de plantas que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas
próprias, armazenam e deixam maturar nos favos da colmeia.
Art. 415. Para os fins deste Decreto, mel para uso industrial é aquele que se apresenta
fora das especificações para o índice de diástase, de hidroximetilfurfural, de acidez ou em
início de fermentação, que indique alteração em aspectos sensoriais que não o desclassifique
para o emprego em produtos alimentícios.
Art. 416. Para os fins deste Decreto, pólen apícola é o produto resultante da aglutinação
do pólen das flores, efetuada pelas abelhas operárias, mediante néctar e suas substâncias
salivares, o qual é recolhido no ingresso da colmeia.
Art. 417. Para os fins deste Decreto, geleia real é o produto da secreção do sistema
glandular cefálico, formado pelas glândulas hipofaringeanas e mandibulares de abelhas
operárias, colhida em até setenta e duas horas.
Art. 418. Para os fins deste Decreto, própolis é o produto oriundo de substâncias
resinosas, gomosas e balsâmicas, colhidas pelas abelhas de brotos, de flores e de exsudatos
de plantas, nas quais as abelhas acrescentam secreções salivares, cera e pólen para a
elaboração final do produto.
Art. 419. Para os fins deste Decreto, cera de abelhas é o produto secretado pelas
abelhas para formação dos favos nas colmeias, de consistência plástica, de cor amarelada e
muito fusível.
Art. 420. Para os fins deste Decreto, apitoxina é o produto de secreção das glândulas
abdominais ou das glândulas do veneno de abelhas operárias, armazenado no interior da bolsa
de veneno.
Art. 421. Para os fins deste Decreto, mel de abelhas sem ferrão é o produto alimentício
produzido por abelhas sem ferrão a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes
de partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que ficam sobre
partes vivas de plantas que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias
específicas próprias, armazenam e deixam maturar nos potes da colmeia.
Parágrafo único. Não é permitida a mistura de mel com mel de abelhas sem ferrão.
Art. 422. Para os fins deste Decreto, pólen de abelhas sem ferrão é o produto resultante
da aglutinação do pólen das flores, efetuada pelas abelhas operárias sem ferrão, mediante
néctar e suas substâncias salivares, o qual é recolhido dos potes da colmeia.
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Parágrafo único. Não é permitida a mistura de pólen apícola com pólen de abelhas sem
ferrão.
Art. 423. Para os fins deste Decreto, própolis de abelhas sem ferrão é o produto oriundo
de substâncias resinosas, gomosas e balsâmicas, colhidas pelas abelhas sem ferrão de brotos,
de flores e de exsudatos de plantas, nas quais as abelhas acrescentam secreções salivares,
cera e pólen para a elaboração final do produto.
Parágrafo único. Não é permitida a mistura de própolis com própolis de abelhas sem
ferrão.
Seção II
Art. 424. Para os fins deste Decreto, derivados de produtos de abelhas são aqueles
elaborados com produtos de abelhas, com adição ou não de ingredientes permitidos,
classificados em:
Art. 425. Para os fins deste Decreto, composto de produtos de abelhas sem adição de
ingredientes é a mistura de dois ou mais produtos de abelhas combinados entre si, os quais
devem corresponder a cem por cento do produto final.
Art. 426. Para os fins deste Decreto, composto de produtos de abelhas com adição de
ingredientes é a mistura de um ou mais produtos de abelhas, combinados entre si, com adição
de ingredientes permitidos.
TÍTULO VII
CAPÍTULO I
DO REGISTRO DE PRODUTOS
Art. 427. Todo produto de origem animal produzido no País ou importado deve ser
registrado no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
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§ 3º Os produtos não previstos neste Decreto ou em normas complementares serão
registrados mediante aprovação prévia pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem
Animal.
III - descrição dos métodos de controle realizados pelo estabelecimento para assegurar a
identidade, a qualidade e a inocuidade do produto; e
Art. 429. É permitida a fabricação de produtos de origem animal não previstos neste
Decreto ou em normas complementares, desde que seu processo de fabricação e sua
composição sejam aprovados pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
§ 1º Nas solicitações de registro de produtos de que trata o caput, além dos requisitos
estabelecidos no caput do art. 428, o requerente deve apresentar ao Departamento de
Inspeção de Produtos de Origem Animal:
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Art. 430. As informações contidas no registro do produto devem corresponder
exatamente aos procedimentos realizados pelo estabelecimento.
CAPÍTULO II
DA EMBALAGEM
Art. 436. É permitida a utilização de embalagem diferente dos padrões tradicionais para
produtos destinados ao comércio internacional, desde que atestado pelo fabricante o
atendimento à legislação do país importador.
CAPÍTULO III
DA ROTULAGEM
Seção I
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Da rotulagem em geral
Art. 438. Para os fins deste Decreto, entende-se por rótulo ou rotulagem toda inscrição,
legenda, imagem e toda matéria descritiva ou gráfica que esteja escrita, impressa, estampada,
gravada, gravada em relevo, litografada ou colada sobre a embalagem ou contentores do
produto de origem animal destinado ao comércio, com vistas à identificação.
§ 2º As informações constantes nos rótulos devem ser visíveis, com caracteres legíveis,
em cor contrastante com o fundo e indeléveis, conforme legislação específica.
Art. 442. Os rótulos somente podem ser utilizados nos produtos registrados aos quais
correspondam, devendo constar destes a declaração do número de registro do produto no
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
I - nome do produto;
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VII - data de fabricação, prazo de validade e identificação do lote;
Art. 444. Nos rótulos, podem constar referências a prêmios ou a menções honrosas,
desde que devidamente comprovadas as suas concessões.
Art. 446. Nos rótulos dos produtos de origem animal é vedada a presença de
expressões, marcas, vocábulos, sinais, denominações, símbolos, emblemas, ilustrações ou
outras representações gráficas que possam transmitir informações falsas, incorretas,
insuficientes ou que possam, direta ou indiretamente, induzir o consumidor a equívoco, erro,
confusão ou engano em relação à verdadeira natureza, composição, rendimento, procedência,
tipo, qualidade, quantidade, validade, características nutritivas ou forma de uso do produto.
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§ 3º O uso de alegações de propriedade funcional ou de saúde em produtos de origem
animal deve ser previamente aprovado pelo órgão regulador da saúde, atendendo aos critérios
estabelecidos em legislação específica.
§ 4º As marcas que infringirem o disposto neste artigo sofrerão restrições ao seu uso.
Art. 447. Um mesmo rótulo pode ser usado para produtos idênticos, fabricados em
diferentes unidades da mesma empresa, desde que cada estabelecimento tenha o seu
processo de fabricação e composição registrados.
Art. 450. Nenhum rótulo, etiqueta ou selo pode ser aplicado de modo que esconda ou
encubra, total ou parcialmente, dizeres obrigatórios de rotulagem ou o carimbo do SIF.
Art. 451. Os rótulos e carimbos do SIF devem referir-se ao último estabelecimento onde
o produto foi submetido a algum processamento, fracionamento ou embalagem.
Art. 452. A rotulagem dos produtos de origem animal deve atender às determinações
estabelecidas neste Decreto, em normas complementares e em legislação específica.
Seção II
Da rotulagem em particular
§ 2º Os ovos que não sejam de galinhas devem ser denominados segundo a espécie de
que procedam.
§ 3º Os derivados lácteos fabricados com leite que não seja de vaca devem possuir em
sua rotulagem a designação da espécie que lhe deu origem, exceto para os produtos que, em
função da sua identidade, são fabricados com leite de outras espécies que não a bovina.
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§ 5º A farinha láctea deve apresentar no painel principal do rótulo o percentual de leite
contido no produto.
Art. 455. Os produtos cárneos que contenham carne e produtos vegetais devem dispor
nos rótulos a indicação das respectivas percentagens.
Art. 456. A água adicionada aos produtos cárneos deve ser declarada, em percentuais,
na lista de ingredientes do produto.
Parágrafo único. Sempre que a quantidade de água adicionada for superior a três por
cento, o percentual de água adicionado ao produto deve ser informado, adicionalmente, no
painel principal da rotulagem.
Art. 457. Os produtos que não sejam leite, produto lácteo ou produto lácteo composto
não podem utilizar rótulos, ou qualquer forma de apresentação, que declarem, impliquem ou
sugiram que estes produtos sejam leite, produto lácteo ou produto lácteo composto, ou que
façam alusão a um ou mais produtos do mesmo tipo.
Art. 460. Na rotulagem do mel, do mel de abelhas sem ferrão e dos derivados dos
produtos das abelhas deve constar a advertência “Este produto não deve ser consumido por
crianças menores de um ano de idade.”, em caracteres destacados, nítidos e de fácil leitura.
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Art. 461. O rótulo de mel para uso industrial, sem prejuízo das demais exigências
estabelecidas em legislação específica, deve atender aos seguintes requisitos:
I - não conter indicações que façam referência à sua origem floral ou vegetal; e
Art. 462. Os rótulos das embalagens de produtos não destinados à alimentação humana
devem conter, além do carimbo do SIF, a declaração “NÃO COMESTÍVEL”, em caixa alta,
caracteres destacados e atendendo às normas complementares.
CAPÍTULO IV
Art. 463. O carimbo de inspeção representa a marca oficial do SIF e constitui a garantia
de que o produto é procedente de estabelecimento inspecionado e fiscalizado pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 465. Os carimbos do SIF devem obedecer exatamente à descrição e aos modelos
determinados neste Decreto e em normas complementares, respeitadas as dimensões, a
forma, os dizeres, o idioma, o tipo e o corpo de letra e devem ser colocados em destaque nas
testeiras das caixas e de outras embalagens, nos rótulos ou nos produtos, numa cor única, de
preferência preta, quando impressos, gravados ou litografados.
Parágrafo único. Nos casos de embalagens pequenas, cuja superfície visível para
rotulagem seja menor ou igual a 10 cm² (dez centímetros quadrados), o carimbo não necessita
estar em destaque em relação aos demais dizeres constantes no rótulo.
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Art. 466. Quando constatadas irregularidades nos carimbos, estes devem ser
imediatamente inutilizados pelo SIF.
I - modelo 1:
II - modelo 2:
III- modelo 3:
a) dimensões:
2. 2cm (dois centímetros) ou 3cm (três centímetros) de diâmetro, quando aplicado nas
embalagens de peso até 1kg (um quilograma);
b) forma: circular;
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d) uso: para rótulos ou etiquetas de produtos de origem animal utilizados na alimentação
humana;
IV - modelo 4:
a) dimensões:
b) forma: quadrada;
V - modelo 5:
VI - modelo 6:
VII - modelo 7:
b) forma: circular;
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interna do círculo; logo abaixo do número, a palavra “Inspecionado” seguindo a borda inferior
do círculo; e
TÍTULO VIII
DA ANÁLISE LABORATORIAL
Parágrafo único. Sempre que o SIF julgar necessário, realizará a coleta de amostras
para análises laboratoriais.
Art. 470. Para realização das análises fiscais, deve ser coletada amostra em triplicata da
matéria-prima, do produto ou de qualquer substância que entre em sua elaboração,
asseguradas a sua inviolabilidade e a sua conservação.
II - o produto apresentar prazo de validade exíguo, sem que haja tempo hábil para a
realização da análise de contraprova;
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III - tratar-se de análises fiscais realizadas durante os procedimentos de rotina de
inspeção oficial; e
§ 2º Não deve ser coletada amostra de produto cuja identidade, composição, integridade
ou conservação esteja comprometida.
Parágrafo único. A autenticidade das amostras deve ser garantida pela autoridade
competente que estiver procedendo à coleta.
Art. 473. Nos casos de resultados de análises fiscais que não atendam ao disposto na
legislação, o SIF notificará o interessado dos resultados analíticos obtidos e adotará as ações
fiscais e administrativas pertinentes.
§ 2º O interessado deve ser notificado sobre a data, a hora e o laboratório definido pela
autoridade competente de Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em que se
realizará a análise pericial na amostra de contraprova, com antecedência mínima de setenta e
duas horas.
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§ 8º O não comparecimento do representante indicado pelo interessado na data e na
hora determinadas ou a inexistência da amostra de contraprova sob a guarda do interessado
implica a aceitação do resultado da análise fiscal.
Art. 475. O estabelecimento deve realizar controle de seu processo produtivo, por meio
de análises físicas, microbiológicas, físico-químicas, de biologia molecular, histológicas e
demais que se fizerem necessárias para a avaliação da conformidade de matérias-primas e de
produtos de origem animal prevista em seu programa de autocontrole, de acordo com métodos
com reconhecimento técnico e científico comprovados, e dispondo de evidências auditáveis
que comprovem a efetiva realização do referido controle.
Art. 476. A coleta de amostras de produtos de origem animal registrados no SIF pode
ser realizada em estabelecimentos varejistas, em caráter supletivo, com vistas a atender a
programas e a demandas específicas.
Art. 478. Os estabelecimentos podem arcar com os custos das análises fiscais em
laboratórios credenciados em atendimento aos programas nacionais, desde que sejam
cientificados no momento da coleta das amostras e manifestem sua concordância expressa.
TÍTULO IX
Art. 479. Os produtos de origem animal podem ser reinspecionados sempre que
necessário antes de sua liberação para consumo interno ou para o comércio interestadual ou
internacional.
Art. 480. A reinspeção dos produtos deve ser realizada em local ou em instalação que
preserve as condições sanitárias dos produtos.
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VII - o número e a integridade do lacre do SIF de origem ou do correspondente serviço
oficial de controle do estabelecimento de procedência, no caso de produtos importados,
quando couber.
TÍTULO X
CAPÍTULO I
Parágrafo único. Só podem constituir objeto de comércio internacional para países que
possuem requisitos sanitários específicos, as matérias-primas e os produtos de origem animal
que atenderem a legislação do país importador e os requisitos sanitários acordados
bilateralmente ou multilateralmente.
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Art. 485. As matérias-primas e os produtos de origem animal procedentes de
estabelecimentos nacionais, quando em trânsito por portos, aeroportos, postos de fronteira ou
aduanas especiais e recintos especiais de despacho aduaneiro de exportação, ficam sujeitos
ao controle oficial, podendo ser fiscalizados ou reinspecionados, ainda que se destinem ao
comércio interestadual, de acordo com o disposto em normas complementares, respeitadas as
competências específicas.
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Art. 489. A autoridade competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento determinará o retorno de quaisquer produtos de origem animal ao país de
procedência, ou a outro destino, quando houver infração ao disposto neste Decreto e em
normas complementares.
§ 1º Quando não for possível o retorno dos produtos de que trata o caput à origem, a
carga deverá ser inutilizada, sob acompanhamento do serviço oficial.
CAPÍTULO II
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§ 2º Nos casos de matérias-primas ou de produtos condenados, após desnaturação na
origem, é obrigatória a comprovação do recebimento das matérias-primas e dos produtos pelo
estabelecimento de destino junto ao estabelecimento expedidor.
TÍTULO XI
CAPÍTULO I
Seção I
Art. 494. Serão responsabilizadas pela infração às disposições deste Decreto, para
efeito da aplicação das penalidades nele previstas, as pessoas físicas ou jurídicas:
Seção II
I - apreensão do produto;
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III - coleta de amostras do produto para realização de análises laboratoriais.
CAPÍTULO II
DAS INFRAÇÕES
Art. 496. Constituem infrações ao disposto neste Decreto, além de outras previstas:
III - utilizar rótulo que não atende ao disposto na legislação aplicável específica;
VII - expedir produtos sem rótulos ou cujos rótulos não tenham sido registrados no
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal;
XII - utilizar processo, substância, ingredientes ou aditivos que não atendem ao disposto
na legislação específica;
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XIII - não cumprir os prazos previstos em seus programas de autocontrole e nos
documentos expedidos em resposta ao SIF relativos a planos de ação, fiscalizações,
autuações, intimações ou notificações;
XVII - utilizar produtos com prazo de validade vencida, apor aos produtos novas datas
depois de expirado o prazo ou apor data posterior à data de fabricação do produto;
XXVII - produzir ou expedir, para fins comestíveis, produtos que sejam impróprios ao
consumo humano;
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XXX - fraudar documentos oficiais;
XXXI - não realizar o recolhimento de produtos que possam incorrer em risco à saúde ou
aos interesses do consumidor.
I - apresentem-se alterados;
II - apresentem-se fraudados;
X - sejam obtidos de animais que estejam sendo submetidos a tratamento com produtos
de uso veterinário durante o período de carência recomendado pelo fabricante;
Parágrafo único. Outras situações não previstas nos incisos de I a XVI podem tornar as
matérias-primas e os produtos impróprios para consumo humano, conforme critérios definidos
pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
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Art. 498. Além dos casos previstos no art. 497, as carnes ou os produtos cárneos devem
ser considerados impróprios para consumo humano, na forma como se apresentam, quando:
III - estejam infestados por parasitas ou com indícios de ação por insetos ou roedores.
Parágrafo único. São ainda considerados impróprios para consumo humano a carne ou
os produtos cárneos obtidos de animais ou matérias-primas animais não submetidos à
inspeção sanitária oficial.
Art. 499. Além dos casos previstos no art. 497, o pescado ou os produtos de pescado
devem ser considerados impróprios para consumo humano, na forma como se apresentam,
quando:
Art. 500. Além dos casos previstos no art. 497, os ovos e derivados devem ser
considerados impróprios para consumo humano, na forma como se encontram, quando
apresentem:
I - alterações da gema e da clara, com gema aderente à casca, gema rompida, presença
de manchas escuras ou de sangue alcançando também a clara, presença de embrião com
mancha orbitária ou em adiantado estado de desenvolvimento;
V - sujidades externas por materiais estercorais ou tenham tido contato com substâncias
capazes de transmitir odores ou sabores estranhos;
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VII - rompimento da casca e das membranas testáceas.
Parágrafo único. São também considerados impróprios para consumo humano os ovos
que foram submetidos ao processo de incubação.
Art. 501. Além dos casos previstos no art. 497, considera-se impróprio para qualquer
tipo de aproveitamento o leite cru, quando:
Art. 502. Além dos casos previstos nos art. 497 e art. 501, considera-se impróprio para
produção de leite para consumo humano direto o leite cru, quando:
Art. 503. Além dos casos previstos no art. 497, são considerados impróprios para
consumo humano, na forma como se apresentam, o mel e o mel de abelhas sem ferrão que
evidenciem fermentação avançada ou hidroximetilfurfural acima do estabelecido, conforme o
disposto em normas complementares.
Art. 504. Para efeito das infrações previstas neste Decreto, as matérias-primas e os
produtos podem ser considerados alterados ou fraudados.
I - adulterações:
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c) os produtos que na manipulação ou na elaboração tenham sido empregados matérias-
primas ou ingredientes impróprios ou que não atendam ao disposto no RTIQ ou na formulação
indicada no registro do produto;
II - falsificações:
a) quando tenham sido utilizadas denominações diferentes das previstas neste Decreto,
em normas complementares ou no registro de produtos junto ao Departamento de Inspeção de
Produtos de Origem Animal;
CAPÍTULO III
DAS PENALIDADES
Art. 507. As penalidades a serem aplicadas por autoridade competente terão natureza
pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurados os direitos à
ampla defesa e ao contraditório.
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Art. 508. Sem prejuízo das responsabilidades civis e penais cabíveis, a infração ao
disposto neste Decreto ou em normas complementares referentes aos produtos de origem
animal, considerada a sua natureza e a sua gravidade, acarretará, isolada ou cumulativamente,
as seguintes sanções:
I - advertência, quando o infrator for primário e não tiver agido com dolo ou má-fé;
II - multa, nos casos não compreendidos no inciso I, tendo como valor máximo o
correspondente ao valor fixado em legislação específica, observadas as seguintes gradações:
a) para infrações leves, multa de dez a vinte por cento do valor máximo;
b) para infrações moderadas, multa de vinte a quarenta por cento do valor máximo;
c) para infrações graves, multa de quarenta a oitenta por cento do valor máximo; e
d) para infrações gravíssimas, multa de oitenta a cem por cento do valor máximo;
§ 1º As multas previstas no inciso II do caput serão agravadas até o grau máximo, nos
casos de artifício, ardil, simulação, desacato, embaraço ou resistência à ação fiscal.
§ 3º Se a interdição total ou parcial não for levantada, nos termos do § 2º, após doze
meses, será cancelado o registro ou o relacionamento do estabelecimento.
Art. 509. Para fins de aplicação da sanção de multa de que trata o inciso II do art.508,
são consideradas:
II - infrações moderadas as compreendidas nos incisos VIII a XVI do caput do art. 496;
III - infrações graves as compreendidas nos incisos XVII a XXIII do caput do art. 496; e
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§ 1º As infrações classificadas como leves, moderadas ou graves poderão receber
graduação superior, nos casos em que a falta cometida implicar risco à saúde ou aos
interesses dos consumidores, ou, ainda, pelas sucessivas reincidências.
§ 2º Aos que cometerem outras infrações previstas neste Decreto ou nas normas
complementares, será aplicada multa no valor compreendido entre vinte e cem por cento do
valor máximo da multa, de acordo com a gravidade da falta e com as circunstâncias atenuantes
e agravantes previstas no art. 510.
Art. 510. Para efeito da fixação dos valores da multa de que trata o inciso II do caput do
art. 508, serão considerados, além da gravidade do fato, em vista de suas consequências para
a saúde pública e para os interesses do consumidor, os antecedentes do infrator e as
circunstâncias atenuantes e agravantes.
III - o infrator deixar de tomar providências para evitar o ato, mesmo tendo conhecimento
de sua lesividade para a saúde pública;
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§ 4º Verifica-se reincidência quando o infrator cometer nova infração depois do
trânsito em julgado da decisão administrativa que o tenha condenado pela infração anterior,
podendo ser genérica ou específica.
Art. 511. As multas a que se refere este Capítulo não isentam o infrator da apreensão ou
da inutilização do produto, da interdição total ou parcial de instalações, da suspensão de
atividades, da cassação do registro ou do relacionamento do estabelecimento ou da ação
criminal, quando tais medidas couberem.
Art. 513. Para fins de aplicação das sanções de que trata o inciso III do caput do art.
508, será considerado que as matérias primas e os produtos de origem animal não apresentam
condições higiênico-sanitárias adequadas ao fim a que se destinam ou que se encontram
adulterados, sem prejuízo de outras previsões deste Decreto, quando o infrator:
III - utilizar produtos com prazo de validade vencido, apor aos produtos novas datas
depois de expirado o prazo ou apor data posterior à data de fabricação do produto;
VII - elaborar produtos que não atendem ao disposto na legislação específica ou aos
processos de fabricação, formulação e composição registrados pelo Departamento de
Inspeção de Produtos de Origem Animal; ou
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http://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18101018234787100000010783199
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VIII - utilizar, substituir, subtrair ou remover, total ou parcialmente, matéria-prima,
produto, rótulo ou embalagem, apreendidos pelo SIF e mantidos sob a guarda do
estabelecimento.
Art. 514. Para fins de aplicação da sanção de que trata o inciso IV do caput do art. 508,
caracterizam atividades de risco ou situações de ameaça de natureza higiênico-sanitária, sem
prejuízo de outras previsões deste Decreto:
VII - utilização de produtos com prazo de validade vencido, aposição nos produtos de
novas datas depois de expirado o prazo ou aposição de data posterior à data de fabricação do
produto;
Assinado eletronicamente por: LUIS FERNANDO OSHIRO - 10/10/2018 18:23:47 Num. 11534164 - Pág. 103
http://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18101018234787100000010783199
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interesse, direta ou indiretamente, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e ao
consumidor;
XIX - não realização de recolhimento de produtos que possam incorrer em risco à saúde
ou aos interesses do consumidor.
Art. 515. Para fins de aplicação da sanção de que trata o inciso IV do art. 508,
caracterizam embaraço à ação fiscalizadora, sem prejuízo de outras previsões deste Decreto,
quando o infrator:
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IX - fraudar registros sujeitos à verificação pelo SIF;
XII - não realizar o recolhimento de produtos que possam incorrer em risco à saúde ou
aos interesses do consumidor.
Art. 516. Para fins de aplicação da sanção de que trata o inciso V do caput do art. 508,
caracterizam a inexistência de condições higiênico-sanitárias adequadas, sem prejuízo de
outras previsões deste Decreto, quando ocorrer:
CAPÍTULO IV
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Art. 521. O auto de infração será lavrado por Auditor Fiscal Federal Agropecuário que
houver constatado a infração, no local onde foi comprovada a irregularidade ou no órgão de
fiscalização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
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Art. 522. O auto de infração deve ser claro e preciso, sem rasuras nem emendas, e
deve descrever a infração cometida e a base legal infringida.
Art. 523. O auto de infração será lavrado em modelo próprio a ser estabelecido pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 524. A assinatura e a data apostas no auto de infração por parte do autuado, ao
receber sua cópia, caracterizam intimação válida para todos os efeitos legais.
§ 2º A ciência expressa do auto de infração deve ocorrer pessoalmente, por via postal,
com aviso de recebimento - AR, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da
cientificação do interessado.
Art. 525. A defesa do autuado deve ser apresentada por escrito, em vernáculo e
protocolizada na representação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento mais
próxima junto à Unidade da Federação onde ocorreu a infração, no prazo de dez dias,
contados da data da cientificação oficial.
Art. 528. A autoridade competente para decidir o recurso em segunda e última instância
é o Diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, respeitados os
prazos e os procedimentos previstos para a interposição de recurso na instância anterior.
Art. 529. O não recolhimento do valor da multa no prazo de trinta dias, comprovado nos
autos do processo transitado em julgado, implicará o encaminhamento do débito para inscrição
em dívida ativa da União.
Art. 530. Será dado conhecimento público dos produtos e dos estabelecimentos que
incorrerem em adulteração ou falsificação comprovadas em processos com trânsito em julgado
no âmbito administrativo.
Parágrafo único. Também pode ser divulgado o recolhimento de produtos que coloquem
em risco a saúde ou os interesses do consumidor.
Assinado eletronicamente por: LUIS FERNANDO OSHIRO - 10/10/2018 18:23:47 Num. 11534164 - Pág. 106
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TÍTULO XII
II - surtos; ou
III - quaisquer outros eventos que possam comprometer a saúde pública e a saúde
animal.
Assinado eletronicamente por: LUIS FERNANDO OSHIRO - 10/10/2018 18:23:47 Num. 11534164 - Pág. 107
http://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18101018234787100000010783199
MandadoNúmero do documento: 18101018234787100000010783199
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Art. 540. As normas complementares existentes permanecem em vigor, desde que não
contrariem o disposto neste Decreto.
MICHEL TEMER
Blairo Maggi
Assinado eletronicamente por: LUIS FERNANDO OSHIRO - 10/10/2018 18:23:47 Num. 11534164 - Pág. 108
http://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18101018234787100000010783199
MandadoNúmero do documento: 18101018234787100000010783199
DE SEGURANÇA N. 502663-44.2018.4.03.6100 -FLAMBOIÃ (5771897) SEI 21052.021547/2018-41 / pg. 173
Assinado eletronicamente por: LUIS FERNANDO OSHIRO - 10/10/2018 18:23:47 Num. 11534165 - Pág. 1
http://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18101018234794700000010783200
MandadoNúmero do documento: 18101018234794700000010783200
DE SEGURANÇA N. 502663-44.2018.4.03.6100 -FLAMBOIÃ (5771897) SEI 21052.021547/2018-41 / pg. 174
MANDADO DE SEGURANÇA (120) Nº 5025663-44.2018.4.03.6100
IMPETRANTE: FLAMBOIA ALIMENTOS LTDA
Advogado do(a) IMPETRANTE: LUIS FERNANDO OSHIRO - SP196834
IMPETRADO: CHEFE DO SETOR DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL DE SÃO PAULO
CERTIDÃO
Certifico e dou fé para as providências cabíveis que (com eventuais retificações nos termos da
Resolução PRES 88/2017, art. 14, incisos I ao IV, na redação da Resolução PRES nº 141/2017,
artigo 1º, inciso II, Comunicado Conjunto n. 01/2017 - AGES/NUAJ e Resolução PRES N.
149/2017):
Informamos que o sistema PJe não está parametrizado para realizar nova pesquisa de prevenção
automaticamente, após inserção ou correção de novos assuntos principais e complementares.
( ) Classe na petição:
Assinado eletronicamente por: CARLOS VAGNER ARANTES - 10/10/2018 18:32:32 Num. 11534481 - Pág. 1
http://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18101018323244100000010783165
MandadoNúmero do documento: 18101018323244100000010783165
DE SEGURANÇA N. 502663-44.2018.4.03.6100 -FLAMBOIÃ (5771897) SEI 21052.021547/2018-41 / pg. 175
s . m . j .
( ) Assuntos na petição:
s.m.j.
Exclusão de assuntos: + +
Inclusão de partes: + +
Assinado eletronicamente por: CARLOS VAGNER ARANTES - 10/10/2018 18:32:32 Num. 11534481 - Pág. 2
http://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18101018323244100000010783165
MandadoNúmero do documento: 18101018323244100000010783165
DE SEGURANÇA N. 502663-44.2018.4.03.6100 -FLAMBOIÃ (5771897) SEI 21052.021547/2018-41 / pg. 176
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 12ª VARA DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA
DE SÃO PAULO
Processo nº 5025663-44.2018.4.03.6100
FLAMBOIÃ ALIMENTOS LTDA.,por seu advogado e procurador que esta subscreve, nos autos do
processo em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer a juntada da anexa
guia comprobatória de recolhimento de custas judiciais.
Termos em que,
pede deferimento.
OAB/SP 196.834
Assinado eletronicamente por: LUIS FERNANDO OSHIRO - 10/10/2018 18:42:23 Num. 11534195 - Pág. 1
http://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18101018422361400000010783230
MandadoNúmero do documento: 18101018422361400000010783230
DE SEGURANÇA N. 502663-44.2018.4.03.6100 -FLAMBOIÃ (5771897) SEI 21052.021547/2018-41 / pg. 177
Assinado eletronicamente por: LUIS FERNANDO OSHIRO - 10/10/2018 18:42:23 Num. 11534196 - Pág. 1
http://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18101018422378100000010783231
MandadoNúmero do documento: 18101018422378100000010783231
DE SEGURANÇA N. 502663-44.2018.4.03.6100 -FLAMBOIÃ (5771897) SEI 21052.021547/2018-41 / pg. 178
Assinado eletronicamente por: LUIS FERNANDO OSHIRO - 10/10/2018 18:42:23 Num. 11534196 - Pág. 2
http://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18101018422378100000010783231
MandadoNúmero do documento: 18101018422378100000010783231
DE SEGURANÇA N. 502663-44.2018.4.03.6100 -FLAMBOIÃ (5771897) SEI 21052.021547/2018-41 / pg. 179
12ª Vara Cível Federal de São Paulo
MANDADO DE SEGURANÇA (120) Nº 5025663-44.2018.4.03.6100
IMPETRANTE: FLAMBOIA ALIMENTOS LTDA
Advogado do(a) IMPETRANTE: LUIS FERNANDO OSHIRO - SP196834
IMPETRADO: CHEFE DO SETOR DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL DE SÃO PAULO, UNIAO
FEDERAL
DECISÃO
Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, proposto por FLAMBOIÃ ALIMENTOS
LTDA. em face do CHEFE DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO DE PRODUTO DE ORIGEM ANIMAL DE SÃO PAULO –
SIPOA/DDA/SFA-SP, objetivando provimento jurisdicional no sentido de obter a liberação imediata dos produtos
apreendidos através do Termo de Apreensão Cautelar nº 0003/SIF 1685/2018.
Ao final, pugna pela ratificação da liminar, com consequente declaração da nulidade da pena de
advertência aplicada.
Assinado eletronicamente por: MARISA CLAUDIA GONCALVES CUCIO - 11/10/2018 17:38:34 Num. 11563429 - Pág. 1
http://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18101117383470400000010809072
MandadoNúmero do documento: 18101117383470400000010809072
DE SEGURANÇA N. 502663-44.2018.4.03.6100 -FLAMBOIÃ (5771897) SEI 21052.021547/2018-41 / pg. 180
servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de
qualquer natureza”.
Feitas estas considerações, passo ao caso trazido nos autos.
No presente caso, a parte Impetrante busca a imediata liberação da mercadoria apreendida, ante os
argumentos apresentados na exordial.
A impetrante efetivamente junta nos autos eletrônicos documentos que demonstram a lavratura do
Termo de Apreensão Cautelar, bem como do Auto de Infração nº 004/SIF 1685/2018, onde apurada “a presença de
resíduos de cutícula na moela já na sala de miúdos, ao contrário do que tolera o programa sanitário das operações
(PSO) da empresa, o qual tolera 0%”.
Embora a impetrante relate que a Autoridade Impetrada não promoveu os atos de fiscalização prévia
necessários, tal fato não restou devidamente comprovado nos autos.
Por fim, entendo que a decisão proferida pela autoridade administrativa, no âmbito de sua atuação de
poder de polícia na qualidade de fiscalização, goza de presunção juris tantum de veracidade, visto que a presunção
de legalidade e veracidade são princípios que instruem os atos administrativos.
Também não há indícios de que a atuação da Autoridade tenha se pautado em ilegalidade ou abuso.
Dê-se ciência do feito ao representante legal da União, enviando-lhe cópias da petição inicial, sem
documentos, para que, querendo, ingresse no feito, nos termos do artigo 7º, inciso II, da Lei 12.016/2009. O ingresso
da União na lide e a apresentação por ela de defesa do ato impugnado independem de qualquer autorização deste
juízo. A eventual defesa do ato impugnado deverá ser apresentada no mesmo prazo de 10 (dez) dias, previsto no
inciso I do citado artigo 7º.
Oportunamente, dê-se vista dos autos ao Ministério Público Federal e tornem conclusos para
sentença.
Intime-se. Cumpra-se.
BFN
Assinado eletronicamente por: MARISA CLAUDIA GONCALVES CUCIO - 11/10/2018 17:38:34 Num. 11563429 - Pág. 2
http://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18101117383470400000010809072
MandadoNúmero do documento: 18101117383470400000010809072
DE SEGURANÇA N. 502663-44.2018.4.03.6100 -FLAMBOIÃ (5771897) SEI 21052.021547/2018-41 / pg. 181
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
6º SERVICO DE INSPECAO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
RUA TREZE DE MAIO, 1558 - 7º ANDAR, , - Bairro BELA VISTA - São Paulo - SP - CEP 01327-002
Telefone: 11 3284-6822 - http://www.agricultura.gov.br
DESPACHO
Processo nº 21052.021547/2018-41
Interessado: 12ª VARA CÍVEL FEDERAL DE SÃO PAULO
Atenciosamente,
" Art. 495. Se houver evidência ou suspeita de que um produto de origem animal represente risco à saúde pública ou tenha sido
alterado, adulterado ou falsificado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deverá adotar, isolada ou cumulativamente, as
seguintes medidas cautelares (grifo nosso):
I - apreensão do produto; (...)"
"4.4.16. Os miúdos (moela, coração e fígado) deverão ser processados em seção própria e com fluxo adequado. As moelas devem ser
abertas, para permitir perfeita lavagem interna e remoção total da cutícula. Deverá ser retirado o saco pericárdio (coração), assim como a vesícula
biliar (fígado). Os miúdos (moela, coração e fígado) devem ser pré-resfriados, imediatamente, após a coleta e preparação. Acúmulo de miúdos para
processamento não será permitido (grifo nosso);"
"Art. 74. Os estabelecimentos devem dispor de programas de autocontrole desenvolvidos, implantados, mantidos, monitorados e
verificados por eles mesmos, contendo registros sistematizados e auditáveis que comprovem o atendimento aos requisitos higiênico-sanitários e
tecnológicos estabelecidos neste Decreto e em normas complementares, com vistas a assegurar a inocuidade, a identidade, a qualidade e a
integridade dos seus produtos, desde a obtenção e a recepção da matéria-prima, dos ingredientes e dos insumos, até a expedição destes".
"Art. 475. O estabelecimento deve realizar controle de seu processo produtivo, por meio de análises físicas, microbiológicas, físico-
químicas, de biologia molecular, histológicas e demais que se fizerem necessárias para a avaliação da conformidade de matérias-primas e de
produtos de origem animal prevista em seu programa de autocontrole, de acordo com métodos com reconhecimento técnico e científico
comprovados, e dispondo de evidências auditáveis que comprovem a efetiva realização do referido controle".
"Art. 496. Constituem infrações ao disposto neste Decreto, além de outras previstas: (...)
IX - desobedecer ou inobservar as exigências sanitárias relativas ao funcionamento e à higiene das instalações, dos equipamentos,
dos utensílios e dos trabalhos de manipulação e de preparo de matérias-primas e de produtos; (...)
XVI - elaborar produtos que não atendem ao disposto na legislação específica ou em desacordo com os processos de fabricação, de
formulação e de composição registrados pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal; (...)
XXVI - produzir ou expedir produtos que representem risco à saúde pública; (...)"
Esse é o relato da Assessoria de Aves e Ovos/6º SIPOA sobre a situação que levou à
emissão do MANDADO DE SEGURANÇA (120) Nº 5025663-44.2018.4.03.6100 pelo estabelecimento
sob SIF 1685 - FLAMBOIÃ ALIMENTOS LTDA.
Dessa forma, submetemos o presente à avaliação e manifestação superior, com a
proposta de posterior encaminhamento dos documentos deste processo à Advocacia Geral da União,
com vistas à 12a Vara Cível Federal de São Paulo, s.m.j.
DESPACHO
Processo nº 21052.021547/2018-41
Interessado: 12ª VARA CÍVEL FEDERAL DE SÃO PAULO
Atenciosamente,
Atenciosamente,
Katiucha e demais,
Att.,
GIAMPAOLO GENTILE
Advogado da União
Coordenador-Geral Jurídico
Procuradoria Regional da União da 3ª Região
Advocacia-Geral da União
(11) 3506-2900/2800
E-mail AGU - INFORMANDO RESPOSTA DIRETA AO JUIZ (5786201) SEI 21052.021547/2018-41 / pg. 204
Boa Noite Drº Giampaolo!
Atenciosamente
Prezada Katiucha,
Em relação ao 5016719-98.2018.4.03.6182 (19ª vara cível federal): você deve responder diretamente ao juiz.
Já em relação ao outro caso - 502663-44.2018.4.03.6100 (12ª vara cível federal) – não foi possível consultá-lo pois o
número que você passou está errado (falta um dígito no primeiro loco).
Att.,
GIAMPAOLO GENTILE
Advogado da União
Coordenador-Geral Jurídico
Procuradoria Regional da União da 3ª Região
Advocacia-Geral da União
(11) 3506-2900/2800
E-mail AGU - INFORMANDO RESPOSTA DIRETA AO JUIZ (5786201) SEI 21052.021547/2018-41 / pg. 205
Solicito orientação quanto a demanda abaixo.
Atenciosamente,
Conforme solicitado por esta AGU após contato telefônico estou formalizando esta dúvida via e-mail.
Tratam-se de 2 Ofícios de Notificação endereçados ao Chefe do 6º Serviço de Inspeção que foram recebidos na data
de ontem através de Oficial de Justiça.
Nestes ofícios são referenciados os mandados de segurança nº 502663-44.2018.4.03.6100 (12ª vara cível federal) e
nº 5016719-98.2018.4.03.6182 (19ª vara cível federal).
A nossa dúvida é se devemos responder diretamente ao Juiz da Vara ou encaminhar a resposta para a AGU
responder ao Juiz da Vara
Já entrei em contato hoje de manhã com a Roseli da 19ª vara e ela pediu que confirmasse junto a AGU a
necessidade da resposta vir através da Advocacia Geral da União.
Se puderem nos responder em caráter de urgência nós agradecemos, tendo em vista que há prazo de resposta, e
que a mesma já foi elaborada por este Serviço (restando apenas a dúvida de a quem devemos encaminhar).
Obrigada
Atenciosamente
E-mail AGU - INFORMANDO RESPOSTA DIRETA AO JUIZ (5786201) SEI 21052.021547/2018-41 / pg. 206
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
RUA TREZE DE MAIO, 1558 - 7º ANDAR, , - Bairro BELA VISTA - São Paulo - SP - CEP 01327-002
Telefone: 11 3284-6822 - http://www.agricultura.gov.br
21052.021547/2018-41
Ofício nº 725/2018/6ºSIPOA - MAPA
São Paulo, 29 de outubro de 2018.
A Meretíssima
Assunto: Resposta ao Ofício de Notificação da 12ª Vara Cível Federal de São Paulo.
Prezada,
Trata-se de Ofício de Notificação encaminhado pela 12ª Vara Cível Federal de São
Paulo, recebida neste Serviço em 25/10/2018, no qual o 6º SIPOA é notificado da decisão judicial
referente ao mandado de segurança nº 5025663-44.2018.4.03.6100, com pedido de liminar, cuja
impetrante Flamboiã Alimentos Ltda – SIF 1685, solicita liberação imediata dos produtos
apreendidos através do Termo de Apreensão Cautelar nº 003/SIF 1685/2018.
Atenciosamente
Referência: Caso responda este Ofício, indicar expressamente o Processo nº 21052.021547/2018-41 SEI nº 5787864
DESPACHO
Processo nº 21052.021547/2018-41
Interessado: 12ª VARA CÍVEL FEDERAL DE SÃO PAULO
Atenciosamente,