Sie sind auf Seite 1von 20

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 10 - nº 98 - Dezembro/2009

Distribuição Gratuita

Luís Olímpio
Guillon Ribeiro

Nesta edição:
Internet
Diálogo em Família
Reencontro no Natal
O Sacrifício Mais Agradável a Deus
O Que o Cristo Jesus “Não” Espera de Nós?
PROIBIDA A VENDA
Editorial
editorial Publicação Mensal
Muitos que possuem sensibilidade encontram, nos meses que antecedem o Natal, Doutrinária-espírita
um clima favorável de energias renovadoras. É a aproximação de Nosso Mestre Ano 10 - nº 98 - Dezembro/2009
Jesus à Terra. Quanto mais se aproxima o Natal, mais perto ele chega até nós. Órgão divulgador do Núcleo de
Estudos Espíritas Amor e Esperança
Devemos aproveitar esta proximidade para vivenciar a verdadeira fraternidade e
CNPJ: 03.880.975/0001-40
tentar colocar em prática todos os ensinamentos que Ele nos deixou. Não é o que CCM: 39.737
devemos fazer somente nesta época, mas sabemos que ela é mais propícia para Seareiro é uma publicação mensal,
isso. destinada a expandir a divulgação da
Doutrina Espírita e manter o intercâmbio
Fabiano de Cristo sai a arrebanhar corações generosos para doarem alimentos entre os interessados em âmbito
àqueles que mais necessitam, tentando despertar esses mesmos corações para que mundial. Ninguém está autorizado a
se pratique a verdadeira caridade ao longo de todo o ano. arrecadar materiais em nosso nome, a
qualquer título. Conceitos emitidos nos
Infelizmente, ainda existem corações endurecidos. Alguns continuam fazendo artigos assinados refletem a opinião de
vista grossa para o sofrimento alheio, concentrados em seu egoísmo, fazem questão seu respectivo autor. Todas as matérias
de não ver as dificuldades encontradas por tantas pessoas. podem ser reproduzidas, desde que
citada a fonte.
Muitas empresas, escolas, associações fazem festas de confraternização de fim Direção e Redação
de ano, mas notamos que existe um desvirtuamento. Pensa-se somente em comer, Rua das Turmalinas, 56 / 58
beber e ganhar presentes. Mesmo nas festinhas das escolas; os temas escolhidos Jardim Donini
Diadema - SP - Brasil
muitas vezes não têm nada a ver com o nascimento de Cristo. Não se passa mais CEP: 09920-500
a simplicidade de como Jesus veio ao mundo numa manjedoura. Ensinar para os Tel: (11) 2758-6345
pequenos a importância que Jesus tem para a Humanidade, com todos os exemplos Endereço para correspondência
que Ele nos trouxe, nem pensar... Caixa Postal 42
Diadema - SP
Este é o lado ruim desta época do ano: as pessoas parecem enlouquecidas, CEP: 09910-970
precisam enfeitar suas casas, comprar comidas, bebidas, presentes para toda a Tel: (11) 4044-5889 com Eloisa
família, ir às festas e confraternizações e cometer todo tipo de abuso, beber e comer E-mail: contato@espiritismoeluz.org.br
em excesso e, quiçá se envolve com drogas. Que dirá daqueles que mal têm para Conselho Editorial
Antonio Ceglia Ribeiro
se alimentar durante o ano todo e, justamente para “comemorarem o Natal”, se Cladi de Oliveira Silva
endividam comprando presentes caros para seus filhos. E o aniversariante? Alguém Eduardo Pereira
o convida para participar dos festejos? Reúne-se a família para fazer orações de Fátima Maria Gambaroni
Geni Maria da Silva
agradecimento por termos tantas bênçãos recebidas durante toda a nossa vida? Iago Santos Muraro
Muitos, que estão ligados às diversas religiões, também só se preocupam com Marcelo Russo Loures
Nereide Conceição Grecco Ribeiro
a aparência. Qual o coral que se sairá melhor? Qual festa de confraternização será
Reinaldo Gimenez
a mais concorrida? É, amigos! Ainda estamos longe de entender o significado real Roberto de Menezes Patrício
do Natal, mas, se já nos preocupamos com aqueles que têm menos e a levar esta Rosangela Araújo Neves
responsabilidade para todos os dias do Ano Novo, aprendendo que cada um deve Ruth Correia Souza Soares
Silvana S.F.X. Gimenez
fazer sua parte da melhor maneira possível, aí, sim, estaremos nos ajustando aos Vanda Novickas
desígnios do Mais Alto. Wilson Adolpho
Nosso Pai Celestial quer que sejamos felizes e só poderemos sê-lo quando não Revisão gramatical
A. M. G.
mais ficarmos indiferentes à dor alheia. Sabemos que nosso caminho a seguir é
Jornalista Responsável
longo. Então vamos nos conscientizar de que devemos ensinar às nossas crianças, Eliana Baptista do Norte
desde pequenas, o real valor do Natal. Contando-lhes histórias do nascimento e da Mtb 27.433
vida de Cristo, para tentarmos mudar o entendimento desses espíritos que retornam, Diagramação e Arte
muitas vezes, sem nunca terem ouvido falar dEle. Reinaldo Gimenez
Silvana S.F.X. Gimenez
Equipe Seareiro
Imagem da Capa
Grandes Pioneiros: Luís Olímpio Guillon Renovação - Pág. 13 http://www.febnet.org.br/ba/image/Imagens%20
ÍNDICE

Ribeiro ‑ Pág. 3 Kardec em Estudo: Recordação da Presidentes%20da%20FEB/DrLOGuillonRibeiro.jpg


Pegadas de Chico Xavier: A Mágoa - Existência Corpórea - Pág. 14 Impressão
Pág. 8 Van Moorsel, Andrade & Cia Ltda
Atualidade: Internet - Pág. 15
Tema Livre: O Sacrifício Mais Agradável Rua Souza Caldas, 343 - Brás
a Deus - Pág. 9 Livro em Foco: O Ligeirinho - Pág. 16 São Paulo - SP - (11) 2764-5700
Canal Aberto: O Que o Cristo Jesus Contos: Reencontro no Natal - Pág. 17 CNPJ: 61.089.868/0001-02
“Não” Espera de Nós? - Pág. 11 Cantinho do Verso em Prosa: Caridade Tiragem
Família: Diálogo em Família - Pág. 12 e Caminho - Pág. 18 12.000 exemplares
Clube do Livro: Sibéria, Berço da Calendário: Dezembro - Pág. 19 Distribuição Gratuita

2
Grandes Pioneiros
grandes pioneiros

Luís Olímpio Guillon Ribeiro


Após a reencarnação de Allan Kardec, com a chegada
da Codificação, vinda por seu intermédio à Terra, começou-
se a sentir que grandes transformações iriam acontecer à
humanidade.
Desse período em diante, a Espiritualidade Superior,
colaborando para que o Cristianismo chegasse com maior
influência sobre os povos, enviou ao plano físico Espíritos
de grande envergadura espiritual, para salientar e divulgar o
Evangelho de Jesus em todas as expressões verbais.
O mundo, através de seus povos e de suas formas de crer,
reverenciando a Deus, recebe e recebeu do Alto Espíritos
que reencarnam para serem orientadores, tentando divulgar
a compreensão sobre os processos reencarnatórios.
Foram muitos os vanguardeiros de épocas remotas que,
através de exemplos, dignificaram a doutrina de Cristo para
Vista aérea da cidade de São Luiz, Maranhão
a Humanidade. E, entre esses, destaca-se no Brasil o nome
de Guillon Ribeiro!
Reencarnou, trazendo importante tarefa a realizar,
quando despertou ao chamado do Mestre.
Luís Olímpio Guillon Ribeiro reencarnou, sob a assistência
do Plano Espiritual, no estado do Maranhão, em São Luís.
Apesar do lar pobre, com muitas dificuldades financeiras do
casal, o senhor Luís Antônio Gonçalves Ribeiro e a senhora
Olímpia Guillon Gonçalves Ribeiro receberam-no com
imensa felicidade. O calendário marcava o dia 17 de janeiro
de 1875.
A infância de Guillon foi muito difícil. A cada ano, ele
sentia as dificuldades pelas quais a família passava. Isso
colaborou ainda mais para que seu espírito amadurecido o
fizesse compreensivo e atento às imposições de não poder
ter brinquedos, como todas as crianças almejam tê-los.
Escola Militar de Praia Vermelha, 1892
Com a chegada da idade própria para a alfabetização do
menino, o senhor Luís Antônio, seu pai, conseguiu o curso
gratuito no Seminário de São Luis do Maranhão, onde ele
recebeu os primeiros contatos com as letras e os números,
desenvolvendo ainda mais a sua inteligência.
Tudo parecia correr tranquilamente, quando o senhor Luís
Antônio vem a desencarnar. Foi uma grande reviravolta na
vida da família. Por esse tempo, o menino Guillon contava
sete anos de idade. Embora sentindo imensa tristeza em
seu íntimo, ele pouco saberia ou poderia fazer, a não ser
confortar o coração materno e os irmãos mais novos, com
seu carinho.
Pouco tempo depois, dona Olímpia, sua mãezinha,
resolveu transferir-se com os filhos para o Rio de Janeiro,
onde os recursos para a sobrevivência viessem a ser
melhores.
A primeira preocupação de dona Olímpia foi a de Escola Politécnica do Rio de Janeiro, 1920
não interromper os estudos de Guillon. Como não havia
possibilidades dele ir para escola particular, ou ter
Não encontrando uma outra forma de custear os
professores que o instruíssem em casa, como era natural
estudos, suportou, por anos, a vida militar. Aproveitou os
na época, ela conseguiu que Guillon fosse aceito na antiga
conhecimentos que esse curso lhe ofereceu e, com sua
Escola Militar, na Praia Vermelha, com o curso gratuito.
brilhante inteligência, conseguiu matricular-se no 2º ano da
Guillon era ótimo aluno. Dotado de bons princípios, logo Escola Politécnica do Rio de Janeiro, deixando a Escola
mereceu a admiração dos professores e dos colegas de Militar.
estudos.
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança 3
Precisando ajudar na até chegar a Diretor Geral da Secretaria do Senado, onde
manutenção da família, ficou até aposentar-se, no ano de 1921.
que até aquele momen- Durante esse tempo, ele conheceu muitas pessoas que
to vinha dos proventos eram estudiosas do Espiritismo, que, por essa época, era
obtidos pelos trabalhos muito discutido e levado mais por curiosidade.
domésticos que dona Tivera notícias de que o famoso espírita Dr. Bezerra de
Olímpia fazia, Guillon Menezes fora um grande político e que, abandonando a
empregou-se como reda- vida pública, dedicara-se inteiramente à Doutrina Espírita.
tor do Jornal do Comércio Estava Guillon querendo desvendar os mistérios da vida e
e escrevia também para sua criação divina.
outros periódicos cario- Fizera profunda amizade com o senador Rui Barbosa,
cas. Trabalhava exaus- a quem admirava pelos ideais abolicionistas. Ambos se
Bezerrra de Menezes tivamente e, durante os completavam na lealdade, tanto que Rui Barbosa, durante
intervalos das refeições, uma sessão realizada no Senado Federal, em seu discurso,
estudava. Dessa forma,
elogiou e agradeceu a colaboração do então doutor Guillon
Guillon Ribeiro conseguiu
Ribeiro como um dos auxiliares do Senado.
formar-se em Engenharia
Dizia Rui Barbosa que, pela inteligência, competência e
Civil.
dedicação, o auxiliara na publicação de seus discursos, em
Sempre procurando au-
que, como revisor, por muitas vezes, suprira suas falhas ao
mentar seus conhecimen-
escrevê-los. E isso ficou registrado nos “anais do Senado
tos, achou por bem estu-
Federal”, constando que esses trabalhos de revisão feitos
dar vários idiomas, para
por Guillon Ribeiro, de autoria do Senador Rui Barbosa,
sentir a cultura de outros
eram referentes ao “Projeto do Código Civil”, apresentado
povos. Assim pôde corres-
em sessão de 14 de outubro de 1903. Esse foi um dos
ponder-se com jornais da
marcantes acontecimentos na vida pública do doutor Guillon
Itália, França, Inglaterra e
Ribeiro. Deixou, verbalmente, sua gratidão eterna ao maior
aperfeiçoar-se na língua
estadista brasileiro, ao dedicar-lhe essa que considerou,
portuguesa. O interessan-
Rui Barbosa sendo uma homenagem à sua insignificante pessoa no
te é que ele não encontra-
Senado Federal. Cumpria seu dever de responsabilidade
va dificuldades para es-
como cidadão e companheiro. Mas não era só Rui Barbosa
tudar esses idiomas, pois
que admirava seu procedimento de lealdade, eram todos
pareciam-lhe familiares,
os senadores da época. Guillon Ribeiro era um observador
como recordações, tão fá-
nas atitudes verbais dos senadores. Gostava de ouvir
ceis de entender.
os discursos de Rui Barbosa, que a todos cativava pela
Estava próximo o des- eloquência e objetividade em suas palavras. A maneira
pertar para a Doutrina Es- pela qual Rui Barbosa transmitia seus ideais abolicionistas,
pírita. Não que esse prin- incentivava até mesmo aos que eram contrários a essa
cípio sobre a vida após a ideia, que chegavam a aplaudi-lo, embora após essa atitude,
morte não o interessasse, voltassem a se impor e demonstrar profunda antipatia pela
mas como sua vida carnal causa de abolir a escravatura no Brasil.
fosse muito exigente, des-
Guillon notava que Rui Barbosa mudava sua expressão,
de criança, ele não tivera
parecendo-lhe que forças ocultas o dirigiam. Que seria?
tempo para aprofundar-
Allan Kardec Haveria algo estranho que só mesmo essa discutida
se no assunto. Mas o seu
Doutrina Espírita poderia desvendar? Essas e outras
subconsciente o alertava
questões ouvidas por ele, em diversos locais pelos quais
de que sua vida teria ou-
passava, teimavam em ocupar sua mente.
tros rumos a serem toma-
dos. Resolveu procurar e pesquisar livros, que sabia existirem
e que o autor seria um renomado professor francês, sem
Não conseguindo em-
conhecer-lhe o nome. Dessa forma, Guillon Ribeiro chega à
prego com a licenciatu-
Editora B.L.Garnier. Conversando com os editores daquela
ra de Engenheiro Civil,
casa e expondo sua pretensão sobre a doutrina, indicam-
e sendo convidado para
lhe “O Livro dos Médiuns”. Procurando o nome do tradutor,
ocupar a vaga de 2º Oficial
achou o pseudônimo de Fortunio. Curioso, perguntou aos
da Secretaria do Senado
editores quem era ele. E foi informado, que toda obra
Federal, foi praticamente
kardequiana, em suas primeiras traduções, pertencia ao
obrigado a aceitá-la para
doutor Joaquim Carlos Travassos, desde 1875, ano do
poder sustentar-se e aos
nascimento de Guillon.
familiares.
Ele não só leu “O Livro dos Médiuns” como devorou todas
Léon Denis Guillon Ribeiro, muito
as obras de Allan Kardec. Através dessas leituras, tomou
responsável, embora não
consciência da doutrina e da seriedade do assunto, tão bem
exercendo a profissão que
colocadas as teses doutrinárias pelo professor Kardec. E
gostaria, dedicava-se, ao
um novo caminho abriu-se em sua mente.
máximo, no Senado. Todos o admiravam pelo seu caráter
e serenidade em seu trabalho. Conquistou várias posições, Comparando as traduções feitas pelo doutor Travassos,
do francês para a língua portuguesa, viu a veracidade que
ele empregara em não deturpar as obras tão bem escritas

4
por Kardec. E Guillon sentiu que encontrara o verdadeiro Olímpia Guillon Gonçal-
sentido da vida. E a Espiritualidade Superior começara a ves Ribeiro, após longo
despertá-lo para a sua tarefa. período de enfermidade,
Após estudos contínuos sobre as obras doutrinárias, ele veio a desencarnar. Para
resolveu praticá-las. Seu pensamento se fixara na máxima Guillon, o desencarne de
demonstrada por Kardec nas páginas de “O Evangelho sua mãezinha foi de ex-
segundo o Espiritismo”: “Fora da caridade não há salvação”. trema dor. Amparado por
E seu pensamento voltou-se para os detentos, na Casa seus familiares e amigos,
de Correção, no Rio de Janeiro. Deveria começar nesse conseguiu, aos poucos,
local, onde a dor moral era de consequências gravíssimas, recuperar-se.
segundo os estudos feitos por ele sobre a reencarnação. Voltou-se à leitura edi-
As primeiras visitas foram difíceis. Os presidiários, que ficante das obras karde-
o ouviam falar sobre o Evangelho, eram poucos. Mas suas quianas. Passou a refletir
palavras, seguras, os foram cativando e, aos poucos, muitos com mais atenção sobre Dias da Cruz
detentos o esperavam, ansiosos. os problemas “do ser, do
Muitos deles passaram a ver em Guillon, um amigo. destino e da dor”, relem-
E quantas lágrimas Guillon viu rolar pelas faces desses brando já ter feito essa
apontados como marginais, e que ele secou e consolou! análise com o autor do
Guillon conseguiu, entre muitos deles, fazê-los acreditar livro, Léon Denis. Aí en-
na reencarnação e na chance de melhoras, tanto nessa tendeu a existência terre-
como em vidas futuras, incentivando-os a se libertarem na e o significado da mor-
dos instintos destruidores e a se renovarem para o Bem, te, que nada mais é que
trabalhando com honestidade e alicerçando a fé em Jesus. a libertação do espírito
Muitos que de lá saíram, após cumprirem as penalidades preso a um corpo carnal,
judiciais, tornaram-se grandes amigos de Guillon. após tentar se desvenci-
Sempre responsável em seus afazeres, Guillon seguia seu lhar dos erros cometidos.
rumo, estudando e trabalhando. Sua grande preocupação Portanto, para ele, que
era o de poder fazer o melhor para sua mãezinha que, por falara muitas vezes para
esse tempo, dependia muito de sua dedicação. Porém, os detentos da Casa de
Guillon começou a sentir falta de uma companheira, de Correção sobre a reen-
alguém que lhe servisse de apoio nas horas da ausência de carnação, só se certifi- Inácio Bittencourt
diálogos. E buscando a presença feminina para consorciar- cara dessa experiência
se, encontrou-a na figura de uma jovem, Raimunda Portela, passada, com o despren-
que foi recebida de braços abertos por sua mãezinha, dona dimento da vida carnal
Olímpia. de sua mãezinha.
Casaram-se no dia 11 de abril de 1910, numa cerimônia Guillon emocionou-se
simples. Dessa feliz união nasceram cinco filhos, que e agradeceu, pela primei-
completaram a felicidade do casal. A família ficou constituída ra vez, em sentida prece
de três meninos: Luís Antônio, Antônio Luís e Aloísio e de a Jesus, por saber que
duas meninas: Olímpia Luísa e Mariana. um dia haveria o reen-
contro. E abençoou o dia
A vida seguia seu curso e Guilon procurando entender
em que teve em mãos “O
cada vez mais o Espiritismo. E o momento se aproximava
Livro dos Espíritos”.
para que ele pudesse sentir o quanto a Doutrina Espírita o
confortaria diante do que estava por acontecer. É que dona Desse dia em diante,
Guillon Ribeiro
tornou-se verda- Batuíra
deiramente es-
pírita e mais um
aliado do Cristo.
Procurou conhecer a Federação Espírita
Brasileira. Pesquisou todo o histórico da referida
Casa Máter e ficou sabendo dos grandes espíritas
que ajudaram a manter e divulgar a Doutrina de
Jesus. Entre muitos, destacou-se a figura ímpar do
doutor Adolfo Bezerra de Menezes, doutor Dias da
Cruz, Inácio Bittencourt, Batuíra e tantos outros que
continuavam a fazer crescer o Movimento Espírita.
Soubera que muitos deles já haviam se transferido
para o mundo espiritual, mas teve tempo de conhecer,
pessoalmente, vários desses vanguardeiros em
idades avançadas, aprendendo muito com todos
eles, que deixaram suas passagens gloriosas, pelos
trabalhos realizados em prol da doutrina.
Sede da Federação Espírita Brasileira - SGAN 603, Conj. F, Av. L2 Norte, Brasília, DF Guillon, dando sequência aos trabalhos realiza-
dos na Federação, dedicou-se inteiramente a dirigir

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos


Espíritas Amor e Esperança 5
e revisar a revista se da Morte”, “Animismo ou
“Reformador”, órgão Espiritismo?”, “Xenoglossia”
de divulgação dou- e “Psicologia e Espiritismo”.
trinária, mantida pela De Gabriel Dellane: “O Espi-
Casa Máter. Ele, ritismo perante a Ciência” e
além dessas tarefas, “A Alma é Imortal”. De Arthur
também escrevia ar- Conan Doyle: “A Nova Reve-
tigos elucidativos so- lação”. De J.Arthur Findlay:
bre vários assuntos “No Limiar do Etéreo”. De C.
pertinentes à dou- Picone Chiodo: “A Verdade
trina. Foram muitos Espiritualista” e “Espiritismo
anos de dedicação e Criminalidade”. De Pietro
como diretor da FEB, Ubaldi: “A Grande Síntese” e
e também como dire- de Luíz Gastin a obra “Livre-
tor da Livraria. E em Arbítrio e Determinismo”.
1937 tornou-se pre- Foram muitas também Livro “O Evangelho segundo
sidente da FEB. o Espiritismo”, Editora FEB
as obras por Guillon Ribeiro
As dificuldades prefaciadas, ricas em comentários, demonstrando com inte-
Revista Reformador para a impressão ligência o conteúdo das obras. Foram muitas as correspon-
Editora FEB do Reformador eram dências trocadas por ele, para auxiliar nas dificuldades que
cada vez maiores. Guillon soube que, desde a presidência os diversos povos estrangeiros tinham para o entendimento
do Dr. Bezerra de Menezes e do vice-presidente, Dr. Dias da das obras espíritas. Com simplicidade, esclarecia e incenti-
Cruz fora tentado, por ambos, montar uma oficina tipográfi- vava todas as leituras edificantes.
ca para imprimir essa revista, mas a ideia foi totalmente des- Guillon Ribeiro escreveu várias obras e artigos que foram
cartada. Ninguém quis ajudar publicados no “Reformador”
porque achavam que ela não e em outros periódicos es-
seria aceita, porque os espíri- píritas. São de sua autoria
tas não estavam preparados as seguintes obras: “Espiri-
para isso. O livro espírita era tismo e Política”, “A Mulher,
escasso e desvalorizado. sua Missão” e “A Federação
Guillon também foi comba- Espírita Brasileira”. Fez ain-
tido, embora a época fosse da uma reunião de estudos
outra. Mas ele não desistia, que foram editados como:
enfrentando todos os obstá- “Trabalhos do Grupo Isma-
culos. Ele não se alterava, el”, em 3 volumes e “Ensina-
procurava esclarecer todos mentos do Além e Advertên-
os frequentadores da FEB da cias do Aquém”.
necessidade urgente em fa- Guillon durante toda sua
zer crescer a doutrina. E ele reencarnação, procurou vi-
próprio se comprometeu em vê-la corretamente. Enfren-
Livro “O Livro dos Espíritos” traduzir as obras de Kardec, tou muitas dificuldades, não Livro “A Gênese”
Editora FEB Editora FEB
para que fosse facilitada a lei- só na parte material, como
tura delas com a finalidade de preparar o terreno e espalhar também em relação às suas tarefas doutrinárias. Ciúmes,
as sementes do Evangelho de Jesus. calúnias, principalmente junto ao poder público que sempre
Dois anos após, em seu mandato na FEB, ele conseguiu queria deturpar suas ideias, no Senado. Mas Guillon não se
uma pequena oficina gráfica, entrando em funcionamento deixava abater, por mais difíceis fossem as questões que
no dia 4 de novembro de 1939. E deu sequência ao seu lhe apresentavam. Com sua inteligência e escrúpulos, muito
trabalho, traduzindo as obras estrangeiras, várias delas rápido foi o seu sucesso no Senado, chegando a ser nome-
vindas das línguas francesa, ado Diretor Geral da Secre-
inglesa e italiana. Com um taria do Senado. E aí perma-
português correto, traduziu neceu até 1921, quando se
as edições pela FEB dos li- aposentou.
vros de Allan Kardec: “O Li- Doutor Guillon Ribeiro
vro dos Espíritos”, “O Livro exerceu o cargo de presiden-
dos Médiuns”, “O Evangelho te da FEB em 1920/1921, e,
segundo o Espiritismo”, “A depois de um período, re-
Gênese”, “O Céu e o Infer- torna na mesma função, de
no” e “Obras Póstumas”. De 1930 a 1943, ano de seu de-
Léon Denis traduziu: “Joana sencarne.
D´Arc, a Médium”, “O Além e Junto de muitos espíritos
a Sobrevivência do Ser”. De reencarnados em sua época,
J.B.Roustaing: “Os Quatro Guillon Ribeiro foi dinâmico.
Evangelhos ou Revelação da Sua dedicação à Doutrina
Revelação”, em 4 volumes. Espírita foi a da divulgação.
Livro “O Livro dos Médiuns” De Ernesto Bozzano: “A Cri- Suas palestras reuniam cente- Livro “Obras Póstumas”
Editora FEB Editora FEB

6
nas de pessoas, pela sua co- dizendo: “Um hombre de estudio y de trabajo, cuja vida fué
municação simples, em tom y será ejemplo de sacrificio y amor al Espiritismo”.
didático e vibrante. Para ele Dias após o seu desencarne, dona Raimunda Portela,
não existiam problemas aos sua esposa, encontrou entre seus escritos várias poesias.
quais as mensagens do Alto Ele também apreciava os poetas espíritas que traziam
não trouxessem consolo e mensagens magníficas através da arte poética, contava dona
esperança. Raimunda, aos amigos, sobre esses comentários feitos por
Guillon Ribeiro, assim Guillon. Pois bem, entre essas poesias ela encontrou a que
como todos os missionários, Guillon gostava de ler para os filhos quando pequeninos.
sofreu perseguições tanto Era uma poesia de Leôncio Correia, intitulada Vida Eterna:
no seu trabalho doutrinário,
como no material. Isso sem Jamais se apaga a luz... Se, acaso, voa
falar das calúnias sofridas A nuvem, e de um astro o brilho empana,
por ele, desferidas pelos Extingue-o? A nuvem vai: passa; e se irmana
que, enciumados, tentaram
De novo ao astro a claridade boa.
invalidar as traduções dos
Livro “O Céu e o Inferno”
Editora FEB livros básicos da doutrina,
codificados por Allan Kardec. Se sofre — o crente as dores abençoa
A jornada física de Guillon Ribeiro foi interrompida no dia Como uma esmola, que do céu promana;
26 de outubro de 1943, com 68 anos de vida produtiva e É benéfica a dor, pois a alma humana
assistida pelos amigos espirituais. Foi ele recebido no plano No sofrimento é que se aperfeiçoa.
espiritual por sua mãezinha, dona Olímpia que também,
junto a espíritos amigos, colaborou para que seu desenlace A morte é uma ilusão; é eterna a vida,
fosse tranquilo e com preces fervorosas, pronunciadas Por isso, antes me alegro, que me assusto,
pelos encarnados que acompanharam os momentos finais Quando a morte, a cismar nela, convida;
da vida terrena de Guillon.
Deixou seu último trabalho, intitulado de “Crisol de Porque sei que ao baixar meu corpo ao seio
Purificação”. Foi publicado no Reformador no mês de Da Terra, livre o espírito, sem custo,
dezembro, logo após o seu desencarne, em 1943. Nessa
Já de outros mundos se achará no meio.
obra, Guillon escreve sobre a dor, demonstrando o quanto
ela é proveitosa e “amiga” leal do homem, que poderá acatá-
la como renovadora e freio para com os erros humanos. E dona Raimunda, completava aos amigos, após a leitura
da poesia:
Deixou um grande vazio no seio familiar e profunda
saudade no meio espírita. Muitas cartas, telegramas e — Talvez foi essa poesia que o inspirou a deixar seu
cartões vieram de todos os estados do Brasil, enviados à último escrito, “Crisol de Purificação”.
família e à FEB, enaltecendo a figura de Guillon Ribeiro. E dona Raimunda deixou que as lágrimas de saudade
A revista “La Idea”, órgão da Confederación Espiritista corressem pelo seu rosto.
Argentina, descreveu a moral elevada de Guillon Ribeiro Eloísa

• A Gênese – Allan Kardec, Editora FEB, 16ª ed., 1973. • http://www.vivercidades.org.br/publique_222/web/


Bibliografia

• Grandes Espíritas do Brasil – Zêus Wantuil, FEB, 1ª ed., media/pezerat_IFICS2.jpg


1969. • http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/34/
• Imagens: Escola_militar_rio_de_janeiro_1888.jpg
• http://guiadolitoral.uol.com.br/albumfotos/praias-de- • http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Federacao_
sao-luis_782882122.jpg espirita.jpg

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”


Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas DIA LIVROS ESTUDADOS
3ª e 6ª, às 15 horas 2ª O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da
Domingo, às 10 horas Esperança – Emmanuel*; A Gênese – Allan Kardec; Os Mensageiros
– André Luiz*
Evangelização Infantil: ocorre em conjunto às reuniões 3ª O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da
Esperança – Emmanuel*; O Consolador - Emmanuel*; O Livro dos
Espíritos – Allan Kardec
Atendimento às Gestantes: 2ª, às 15 horas 4ª Sabedoria de Paulo de Tarso – Roque Jacintho & J.Manahen;
Cartas e Crônicas – Irmão X*; Das Leis Morais – Roque Jacintho
Artesanato: Sábado, das 10 às 17 horas 5ª Terapia Espiritual; Emmanuel – Emmanuel*; Seara dos Médiuns –
Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan Kardec
Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h45 6ª O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da
3ª e 6ª, às 14h45 Esperança – Emmanuel*; Os Mensageiros – André Luiz*; Vida
Futura – Roque Jacintho
Domingo O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro de
Rua das Turmalinas, 56 / 58 mensagens de Emmanuel*

Jardim Donini - Diadema - SP - Tel.: (11) 2758-6345 *Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos


Espíritas Amor e Esperança 7
Pegadas de Chico Xavier
pegadas de chico xavier

A Mágoa
O carinho que Chico Xavier tinha para
com os animais era surpreendente. O
relacionamento entre ele e os bichos de
qualquer espécie parecia-nos racional,
pois os animais retribuíam-lhe o afeto,
participando de tudo o que Chico fazia
ou sentia.
Gatos ou cachorros apareciam em
sua casa e lá faziam moradia. Chico
os abrigava como se fossem da família
consanguínea.
Numa ocasião, ao chegar de seu
trabalho da Fazenda Modelo, ao abrir
o portão apareceu, vindo do interior
do quintal, um cachorro arrastando a
pata de trás e todo alquebrado. Seu
aspecto era de que fora vítima de um
atropelamento. Mas à chegada de Chico Chavier e sua cachorra Boneca
Chico, o animal pôs-se a lhe fazer festa,
como se fosse seu velho conhecido. Chico, levantando as mãos para o Alto, exclama:
Chico alegrou-se, vendo o cachorrinho pular entre suas — Valha–me Deus, não me diga uma coisa dessas... Que
pernas. De imediato, recolheu–o em seu colo. tristeza... nem sei o que dizer.
O cachorro estava muito debilitado em sua saúde. Chico E Chico chorou. A irmã, vendo–o nesse estado, achou
comprou, com seu minguado ordenado, cobertor e remédios que as lágrimas poderiam ser de desprezo pela vizinha.
para abrandar as dores, pois à noite o animal gemia muito Mas o coração de Chico não guardava esse sentimento, só
e sentia muito frio. de tristeza pelo ato consumado. Porém, esse fato estava
Durante muito tempo, esse cachorro deu bastante interferindo em suas atividades mediúnicas, a ponto de
trabalho para o médium. Todas as noites, chegando do Emmanuel lhe chamar a atenção, dizendo:
centro espírita, depois das tarefas e do atendimento ao — Chico, essa mágoa que você insiste em conservar em
público, ao entrar em seu quarto, encontrava–o todo sujo. seu coração, está atrapalhando o trabalho espiritual a ser
Com todo carinho, o médium limpava o local, tratava do realizado.
animal e depois de vê–lo tranquilo, é que se recolhia para — Não sei como fazer, respondia Chico. Eu não consigo
dormir. esquecer a morte trágica do animalzinho, envenenado pela
Isso se repetiu por muitos anos. Numa noite, ao chegar, vizinha.
estranhou por não ouvir o latido do cachorrinho, como — É preciso, Chico... — insistia Emmanuel e recomendou:
sempre ocorria. Quando Chico acendeu a luz, viu que o — Você vai dar à sua vizinha uma grande alegria.
animal estava morrendo. Aproximou–se, e já com lágrimas
correndo pela face, Chico passou a mão sobre a cabeça Chico assustou–se:
do cachorrinho, que o olhou com muita ternura e abanando — O quê? Dar alegria a ela? Mas fui eu que sofri, não
com dificuldade a cauda, suspirou profundamente e morreu. ela...
Chico muito triste, enterrou o animalzinho no quintal de — Lembre-se do Evangelho, Chico, quando recomenda:
sua casa. “Fazei bem aos que vos aborrecem...” As palavras são de
Após alguns meses, uma das irmãs de Chico soube algo Jesus, não minhas.
que deixaria o médium arrasado, mas resolveu contar o Chico ficou pensando. Obediente ao Evangelho e ao seu
que sabia, a respeito da morte do cachorro. Quando Chico guia espiritual, lá foi ele descobrir qual seria a alegria que
chegou para almoçar ela falou: poderia ocasionar à vizinha.
— Chico, eu soube que a morte do cachorro aleijado não Descobriu por meio de conversas, que sua irmã teve com
foi natural. ela, que a vizinha seria muito feliz se tivesse uma máquina
Ao ouvir isso, ele, espantado, perguntou: de costura, pois a ajudaria muito nas despesas da casa,
— Como?... Que negocio é esse? costurando para fora.
— Pois é, meu irmão... a nossa vizinha morria de dó, Chico comprou a máquina de costura comprometendo-se
por ver você chegar tarde da noite, cansado após tanto a pagá–la em longas prestações.
trabalho e de ter que cuidar daquele cachorro todo esquisito Quando a vizinha viu Chico chegar com o entregador e
e doente. Então, ela resolveu apressar a morte do pobre a máquina de costura, ela o abraçou com tanta felicidade e
animal, dando–lhe veneno num pedaço de carne. E veja que tanta ternura, que uma luz desprendeu–se de seu coração,
eu não estou caluniando não, foi ela mesma que contou. que o envolveu da cabeça aos pés. Quando Chico conseguiu

8
se soltar daquele abraço tão afetuoso, percebeu que seu Bibliografia: Adaptação do livro “Chico de Francisco” - Adelino da
coração estava livre daquela mágoa terrível. E Chico, vendo Silveira, Editora CEU, 1ª ed., 1987.
a presença de Emmanuel, chorou agradecido, pela receita Imagem:http://4.bp.blogspot.com/_nYhWub9uCQY/Sop4f9kIVII/
que o havia curado. AAAAAAAAAVg/EMy9CLpqick/s400/chico+e+a+cachorr.jpg

Erika

Tema Livre
tema livre

O Sacrifício Mais Agradável a Deus


Etimologicamente, a palavra sacrifício se origina do latim esse sacrifício que os torna superiores aos que ferem vo-
sacrum officium, que significa sagrado ofício. cês.”
A origem da palavra vem da prática de se oferecer, como Para nós, esse esforço ainda é um sacrifício, muito maior
alimento, a vida de animais, humanos ou não, aos deuses, do que o sacrifício material, pois precisamos nos modificar
em agradecimento ou como culto. interiormente, limpar o nosso coração dos instintos, ainda
Metaforicamente, é um ato de altruísmo, abnegação, bem latentes, e ver no agressor o mesmo doente espiritual
desprendimento, renúncia em favor de outrem, como que Jesus vê em nós. O nosso senso de justiça, equivocado,
comumente denominamos. ainda não consegue aceitar que nos apiedemos daquele
Assim, compreendemos com mais clareza, determinadas que nos fez (ou faz) o mal.
passagens de “O Evangelho segundo o Espiritismo”. Por Este o sentido da palavra sacrifício, renúncia ao nosso
exemplo: “eu” egoístico, para enxergarmos o outro como alguém
“Sim! há um grande mérito quando os sofrimentos e as necessitado de auxílio, tanto como nós, colocando-nos no
privações tenham a finalidade de fazer o bem a seu próximo, seu lugar, tentando entender os motivos que o levaram a
uma vez que você vivenciará a caridade pelo sacrifício.” agir de determinada maneira conosco, até que o perdão,
“Se você suportar o frio e a fome para aquecer e alimentar sinceramente, ocorra.
aquele que necessita de agasalho e de alimento, e se o Para que alcancemos esse estágio, faz-se necessária a
seu corpo disso se ressentir, você fará o sacrifício que é edificação dos nossos pensamentos, nas palavras e, por
abençoado por Deus.” consequência, a melhoria nas nossas atitudes. Como no
“Mas essa caridade séria, que só pode ser exercida trecho evangélico acima citado, é imprescindível ter fé!
com abnegação, com sacrifício diário de todo e qualquer Quando Emmanuel nos afirma que o Calvário representou
interesse egoístico, essa somente a fé pode inspirá-la.” o coroamento da obra do Senhor, mas o sacrifício na
“Jesus espiritualizou o sacrifício, mas com isso o preceito sua exemplificação se verificou em todos os dias da sua
ainda mais força ganha. O cristão oferece a sua alma a passagem pelo planeta, faz-nos refletir o quanto o Cristo
Deus e essa alma deve estar purificada.” renunciou a favor dos homens, por amá-los.
No capítulo X da obra citada, no item “O sacrifício mais Jesus, no significado mais puro da palavra sacrifício,
agradável a Deus”, Jesus nos ensina que o sacrifício mais cumpriu aqui na Terra, entre os homens, o sagrado ofício,
agradável ao Senhor é o que o homem faz do próprio qual seja, a Sua Missão, santificando todos os dias em
ressentimento. que entre eles conviveu, com a prática de Seus Atos, para
exemplificar o quão bendita e sagrada é a oportunidade da
Os povos antigos costumavam imolar os animais, em ofe-
reencarnação.
renda, nos altares. Ainda hoje, muitas pessoas fazem pro-
messas, colocando o corpo em expiação como pagamento E a nós, cabe vivermos cada dia da maneira mais digna e
das faltas cometidas. Mas o ensinamento é claro, o que nos correta que pudermos, lutando contra os nossos vícios e de-
cabe é a superação de nos- sejando ao próximo o mesmo bem que almejamos, a fim de
so orgulho, permitindo que encontrarmos o equilíbrio
a Centelha Divina, exis- providencial nas provas e
tente em cada um, se faça expiações do caminho.
presente, de modo a permi- Neves
tirmos a manifestação dos Bibliografia: Novo Dicionário
impulsos de compaixão Aurélio - Aurélio Buarque de
Holanda, Editora Nova Fronteira,
e misericórdia. Por isso, 1ª ed.
disse Jesus que, antes de O Consolador - Francisco
pedirmos perdão, perdoás- Cândido Xavier, pelo espírito
semos, primeiramente, o Emmanuel, Editora FEB, 25ª ed.,
nosso semelhante. 2004.
O Evangelho segundo o
E acrescenta, no capí- Espiritismo - Allan Kardec,
tulo XII: “O sacrifício a que Tradução de Roque Jacintho,
vocês se obrigam para Editora Luz no Lar, 2004.
amar aqueles que os ul- Imgem:http://4.bp.blogspot.com/_
trajaram e perseguem é pz3IXZCU6Sk/Sn421KYbvdI/
AAAAAAAAA1A/DVMTuaUGz8s/
penoso, mas é exatamente s320/perdao.gif

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos


Espíritas Amor e Esperança 9
Livros sob medida para você! Preços especiais
para distribuidoras e
livrarias
REENCARNAÇÃO
Como entender nossa família, nossas inclinações, tendências e hábitos?
De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos?
Somente através da Reencarnação poderemos obter as respostas a estas
inquietações íntimas.

Preço: R$ 16,00
Série Doutrinária - 102 páginas

CARLOS MAGNO KARDEC, NA INTIMIDADE


O leitor vai conhecer a trajetória de Nesta obra você tem um encontro
Carlos Magno na reorganização da marcado com a figura humana de
Civilização Ocidental. Allan Kardec, revelada no seu dia a dia.
Uma aventura imperdível na História, Você perceberá que Kardec viveu
revelando que a evolução da integralmente cada uma das palavras do
humanidade se faz sob a orientação da Espírito da Verdade, apesar de todas as
Espiritualidade Superior. dificuldades.
Páginas inspiradas pelos Espíritos de
Preço: R$ 14,00 Irmão X e Lameira de Andrade.
Série Grandes Vultos - 109 páginas
Preço: R$ 15,00
Série Grandes Vultos - 125 páginas

T O!
RELANÇAMEN

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO


Tradução, de Roque Jacintho, do original francês

Uma das cinco obras básicas da doutrina espírita.


Nova edição revisada, em versão de fácil leitura e entendimento,
de acordo com os originais do tradutor.
Traz a explicação das máximas morais do Cristo, sua concordância
com o Espiritismo e sua aplicação às diversas situações da vida.

Compre já o seu!
Por apenas R$ 12,00

Para comprar o seu livro, entre em contato!


Caixa Postal, 42 - Diadema - SP - CEP 09910-970
(11) 2758-6345 vendas@luznolar.com.br
Preços válidos até junho de 2010 ou até acabarem os estoques. www.luznolar.com.br
Canal Aberto
canal aberto
Este espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.
Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.

O Que o Cristo Jesus


“Não” Espera de Nós?
Numa manjedoura simples, nasceu o nosso Salvador. Ele veio ao mundo
para nos ajudar e mostrar o caminho para se chegar ao Pai. Quando
retornou a pátria celestial, deixou para nós o Consolador Prometido,
o Espiritismo. Uma doutrina cristã de amor, de alegria, de consolo e,
sobretudo, de estudo. Ao mesmo tempo: religião, ciência e filosofia.
Passados mais de 2 mil anos, há ainda muita coisa a ser feita nesta
seara. Por isso, espera-se que os trabalhadores da nova doutrina não se
acomodem. Espiritismo é vivência na prática da caridade e do amor.
A uns foi dada a tarefa de trabalhar na divulgação da doutrina, a outros,
assistir fraternalmente os mais necessitados, e a outros, o exercício
de trazer as boas novas do Alto. Contudo, irmãos, na seara bendita de
Jesus, vós que sois trabalhadores, não vos esqueçais, de que todos são
igualmente importantes diante do Pai. Quanto à evangelização infantil,
não se deve esquecer que ela é alimento espiritual para os pequeninos
do Cristo e não apenas momentos de lazer e recreação. Ela existe para
evangelizar espíritos, com base no amor.
Cada um dá aquilo que possui. Assim, deixemos de lado também a inveja e as disputas internas tão comuns nas casas.
Nas maiores e menores. Vale recordar que o Mestre, humildemente, que lavou os pés de seus discípulos, lhes disse que
o maior entre eles era o mais simples de coração. Infelizmente, o que se vê na doutrina é o contrário: é o personalismo
exclusivista, o culto em torno de alguns irmãos movidos pelo orgulho, que se sentem intocáveis, cuja postura não é cristã e
nem ética, que se colocam acima do bem. Por vezes, eles esquecem que são falíveis.
Que não se iludam! O Pai, justo e sábio que é, dá a seus filhos tempo para se corrigirem, mas em contrário, os bons
espíritos se afastam deles e estes ficam reféns da espiritualidade inferior. Muitos médiuns de cura, por exemplo, se recusam
a estudar as obras da Codificação e a seguir as orientações dadas pelos irmãos do Alto. A eles, muito cuidado! Sem o
concurso dos irmãos do Alto, são meros joguetes das trevas.
Outra prática, comum entre muitos médiuns, é a abertura de novas casas, onde fazem valer suas próprias regras e agem
como verdadeiros senhores feudais.
É sempre bom lembrar que o Espiritismo não é sacerdócio e nem uma religião de privilégios a quem quer que seja. É
serviço voluntário em nome de Jesus! Com oportunidades iguais para irmãs e irmãos. Irmãos que agem assim prestam um
desserviço à doutrina. Que não se enganem, pois lhes serão pedidas contas de seus atos. E receberão o que merecem. O
Consolador Prometido não é uma religião para ser mercantilizada e não oferece a ninguém prerrogativas especiais. Ele é a
‘’voz do céu’’ e, como tal, não tem proprietários. Devemos dar a Deus o que Dele é!
Muitos companheiros trabalhadores se sentem na condição de ‘’donos’’ das casas de caridade e criam rituais e práticas
exóticas que nada têm a ver com a doutrina. Vários querem ser venerados. A estes, cuidado! O Espiritismo em essência,
como dito anteriormente, é simples e seus pilares são: o amor, a caridade e o desenvolvimento moral, que se dão através do
estudo, do trabalho e do aperfeiçoamento.
Portanto, não vos enganeis.

VISITE NOSSO SITE


Aqui, do outro lado, grande número
www.espiritismoeluz.org.br de companheiros que militaram na
Você poderá obter doutrina, estão em terrível sofrimento
informações sobre o porque agiram como vós. Eles foram
Espiritismo, encontrar alertados, mas permaneceram surdos e
cegos ante os avisos do Pai. Portanto,
matérias sobre a
irmãos, fé e coragem! O Cristo vos
Doutrina e tirar dúvidas
espera nessa seara de amor e serviço
sobre o Espiritismo
ao próximo.
por e-mail. Poderá
Psicografia de Ricardo Santos, pelo
também comprar livros
espírito, Irmão José.
espíritas e ler o Seareiro
Imagem:http://espiritismo_mensagens.zip.net/
eletrônico. images/jesus_natal_2001.jpg

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos


Espíritas Amor e Esperança 11
Família
familia

Diálogo em
Família
A Família é a célula de sustentação da so-
ciedade e, sem ela, a construção toda estaria
em ruínas. O compromisso e a responsabilida-
de dentro da família nos darão o alicerce para
a vida, transformando-nos em pessoas segu-
ras, sentindo-nos amadas, na certeza de que
haverá sempre alguém a se preocupar conos-
co e a nos esperar. Essa harmonia nos fará
dividir as alegrias que, certamente, espalha-
remos no nosso caminho e nos darão forças
para superar tristezas e obstáculos naturais da
caminhada.
Com a firmeza do propósito em darmos
apoio e sustentação não subordinados ao
nosso personalismo, ocorrerá que a expansão
e abrangência dessa força serão tão grandes,
a ponto de atingir horizontes não delineados,
atendendo muitas necessidades.
Essa constatação se confirma em primeiro
plano na ligação que existe com os familiares
entre si e, posteriormente, entre as famílias e
a sociedade como um todo.
Assim como a natureza não nos abandona
nunca, permitindo que o Sol nos ilumine todo
dia, cabe a cada um de nós identificar nossas
possibilidades de participação nesse todo.
Existir é deixar marcas que são lembranças,
realizações, descobertas, artes, receitas, fra-
ses, formas, maneiras, enfim, não basta estarmos presentes ou ausentes, como seres, temos que SER.
É comum lembrarmo-nos de alguma frase, algum ditado popular, histórias que ouvíamos de nossos avós ou de outras
pessoas mais idosas. O que deixaremos para que se lembrem de nós?
A vida é maravilhosa! Uma equação que nos desafia constantemente. Como é adorável viver a vida, apreciar cada com-
ponente racional ou irracional na sua simplicidade, atuar, estar presente em cada momento, mesmo naqueles em que este-
jamos em repouso, porque o Universo não para e nós somos parte dele!
A palavra, quando selecionada, isenta do propósito de ferir ou julgar alguém, tem uma força muito grande, pois aclara as
situações e define soluções, sem qualquer imposição. Importante é saber quando falar. O momento mais adequado é aquele
em que os ânimos estão mais serenos. Manter o tom mais baixo possível, sem gritos ou gestos agressivos. Em não havendo
tal condição, o melhor é adiar a conversa para outro momento. Em nosso vocabulário, devemos eliminar palavras obscenas,
já que nos enviam para um clima de desrespeito a nós mesmos e aos outros. Docilidade com energia, nas palavras, cria um
clima de respeito, disciplina, entendimento e crescimento.
Buscar a boa leitura, enriquecendo o vocabulário. Firmar-se na decisão da resposta: o sim, sim e o não, não. A dúvida não
resolve o problema e o adia desnecessariamente, alimentando ilusões ou fantasias. Deve-se primar pela sinceridade e, se
necessário, acrescentando uma pitada de diplomacia, respeitando-se os devidos limites.
Na verdade, seria melhor ouvir mais do que falar. O que sai através das nossas palavras, às vezes, vem piorar, e muito,
a situação. Saber ouvir é uma virtude. Raciocina-se sobre o que está sendo dito e a resposta, imediata ou não, será com
certeza mais prudente. Despejar o verbo, apenas para dar retorno imediato, não permite que se passe pelo crivo da razão.
O resultado, normalmente, não é o desejado.
Bom seria se tivéssemos boas palavras que levassem ânimo e conforto àqueles que necessitam; no entanto, para adquiri-
las, precisamos de bom senso, preparo, experiência e treinamento. Nossas avós praticamente não tinham estudo, mas
sabiam utilizar a palavra, nos confortando ou nos animando.
Conduzir pelas palavras exige muita responsabilidade. É um compromisso que assumimos perante aquele a quem nos
dirigimos. Poderemos estar dando um impulso para que a pessoa se anime e vá em frente, mas, também, em contrapartida,
nossa manifestação impensada poderá agravar a situação de quem nos ouve.

12
Sabe-se que uma criança, rece-
bendo críticas da mãe acerca de
suas atitudes, achava-se totalmen-
Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”
te incapaz. A mesma criança, po-
rém, tendo sua letra elogiada pela
Receba mensalmente obras Informe-se através:
E-mail: contato@espiritismoeluz.org.br
CHICO

professora do primário e sentindo-


se incentivada, dedicou-se de tal
selecionadas de conformidade www.espiritismoeluz.org.br
(11) 2758-6345 (com Cristiane)
forma que seguiu a carreira de es-
critor. Temos que enxergar aquilo
com os ensinamentos espíritas. Caixa Postal 42 - CEP 09910-970 - Diadema - SP

de bom que há em cada ser.


Podemos nos deter mais na força de nossas palavras e procurar utilizá-las de maneira a fortalecer e encorajar, consolar
e confiar.
O diálogo é fundamental. É preciso provocar o diálogo constante com os filhos, companheiro (a), amigos, vizinhos. Nosso
tesouro está representado pelas pessoas com quem convivemos, sempre acrescido, na medida em que melhorarmos nosso
relacionamento.
“Todavia, não deixes o diálogo amigo tão-somente para os dias de aflição, quando a crise haja surgido, estabelecendo de-
sastre e sofrimento nos trilhos da experiência doméstica. Mantém o hábito de conversar frequentemente com os seres ama-
dos, praticando a caridade da cortesia e da tolerância, e reconhecerás sem dificuldade que, muitas vezes, alguns simples
minutos de diálogo afetuoso, na paz do cotidiano, conseguem realizar verdadeiros prodígios de tranquilidade e segurança,
francamente inabordáveis por longos e longos meses de azedume ou de discussão.” Emmanuel.
Vamos observar e valorizar mais a nossa palavra?
Nereide
Bibliografa: Vida em Vida – Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel, Editora IDEAL.
Imagem: http://blog.cancaonova.com/manhaviva/files/2009/01/familia.jpg

Clube do Livro
clube do livro

Sibéria, Berço da Renovação


Os associados do “Clube do Livro Espírita Joaquim Alves (Jô)” tiveram a oportunidade
de receber no mês de setembro de 2009 a obra “Sibéria, Berço da Renovação”, um
ensinamento básico e exemplificado de Espírito que passa por toda uma renovação, diante
de desejo de crescer perante o Cristo.
Exemplo demonstrado através de passagens que descrevem a Lei Divina da
Reencarnação e as maravilhosas oportunidades que ela nos permite.
O entendimento de Deus sobre o aspecto filosófico e científico, que traz a ligação racional
entre a origem e a eternidade do ser, diante da ideia de que o homem não tem fim.
Destaque para questões sobre temas, como:
• Quantos anos são necessários para preparar uma nova reencarnação?
• Somos hoje o resultado de nossas escolhas antes de nascer na Terra?
Com ricos detalhes sobre o processo de preparação que antecede nossa vida, Sofia, o
espírito-autor, escolhe narrar sua encarnação na Sibéria, onde o faz motivada pela impor-
tância dessa vida em sua evolução como espírito imortal, possibilitando aprendizado sem
os mesmos enganos e sofrimentos.
Traz relatos de experiências como o desencarne e a percepção de que não se encontra
mais no plano físico.
Marise Ceban A cada um é dado conforme seus próprios desejos, ninguém permanece em lugar errado
por acaso. A bondade de Deus nos leva a oportunidades de refazimento, para correção dos
pelo espírito Sofia
vícios adquiridos. Somente o amor poderá reverter quadros tão dolorosos. A vontade de
Editora CEAC
Deus é justa e soberana.
352 páginas
2ª edição – 2009 Vale a pena a leitura!
Marcelo

Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”


Livros básicos da Doutrina Espírita. Temos os 419 livros Praça Presidente Castelo Branco
Centro - Diadema - SP
psicografados por Chico Xavier, romances de diversos
Telefone (11) 4055-2955
autores, revistas, jornais e DVDs espíritas. Distribuição Horário de funcionamento: 8 às 19 horas
permanente de edificantes mensagens. Segunda-feira a Sábado

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos


Espíritas Amor e Esperança 13
Kardec em Estudo
kardec em estudo

Recordação da Existência Corpórea


O Livro dos Espíritos – 2ª parte – Capítulo VI
Questão 305: A lembrança da existência corporal se apresenta ao Espírito, completa e inopinadamente, após a morte?
“Não; vem-lhe pouco a pouco, qual imagem que surge gradualmente de uma névoa, à medida que nela fixa ele sua atenção”
Ao morrermos fisicamente, isto é, deixarmos o invó-
lucro da carne, nossa alma, conservando sua in-
dividualidade e mantendo a aparência corpó-
rea através do perispírito, retorna à pátria
Espiritual.
A morte é causada pela desativa-
ção das funções vitais do organismo.
Cessada a força atuante, o perispírito
se desprende da matéria. Essa sepa-
ração pode ser rápida e suave ou len-
ta e penosa. Quanto mais desapega-
dos do mundo material, mais fácil será
o nosso desprendimento, propiciando
o equilíbrio após o desencarne.
Na transição para a vida espiritual,
a qual chamamos morte, passamos
por um torpor, ficando paralisadas
nossas faculdades, temporariamente.
Dependendo da condição individual,
esta perturbação pode perdurar horas ou
anos. O que vai determinar o tempo é o estado
moral da criatura.
Alguns levam pouco tempo para dissipar a confusão À medida que nos afastamos da influência da matéria
mental em que se encontram, mas muitos permanecem e vamos conseguindo nos desapegar, a consciência vai
no desequilíbrio, a ponto de nem atinarem sobre o próprio se restabelecendo e as ideias se aclarando, favorecendo,
desenlace carnal. assim, o retorno da memória.
Nas obras de André Luiz, vemos casos que se adequam No que tange às vidas pregressas, na obra, “E a Vida
à ilustração. Por exemplo, em “Nosso Lar”, o autor relata Continua...”, capítulo 11, há o seguinte esclarecimento: “A
a curiosa história da neta de Dona Laura, que se demorou passagem pelo claustro materno, o novo nome escolhido
no Umbral por 15 dias, em estado de sonolência; ainda pelos familiares, os sete anos de semi-inconsciência no
nas primeiras páginas do mesmo livro, o próprio André ambiente fluídico dos pais, a recapitulação da meninice,
Luiz relata seu último desencarne, ora transcrito: “...Per- o retorno à juventude e os problemas da madureza, com
dera toda a noção de rumo. O receio do ignoto e o pavor as responsabilidades e compromissos consequentes, es-
da treva absorviam-me todas as faculdades de raciocínio, truturam em nós – a individualidade eterna – uma perso-
logo que me desprendera dos últimos laços físicos, em nalidade nova que incorporamos ao nosso patrimônio de
pleno sepulcro!”. experiências”.
Em “Os Mensageiros”, livro que dá continuidade ao Ao passar pela experiência terrena, adquirindo uma
enredo de “Nosso Lar”, o tema do desencarne é também nova identidade, esta se faz mais evidente, e a memória
abordado com profundidade em diversos momentos. No profunda se encontra provisoriamente afastada, nos difi-
capítulo 21, fala-se sobre Espíritos que desencarnaram e cultando lembrar, de forma imediata, das vidas passadas.
ficaram em sono profundo por muito tempo e após acorda- O conhecimento do Espiritismo em muito pode auxiliar
rem dementados, ainda se julgavam encarnados, retendo o delicado momento de transição. Mas, segundo os ensi-
as mesmas pretensões criminosas; já no capítulo 22, dis- namentos doutrinários, em especial a questão 165 de “O
corre sobre Espíritos que após o desencarne, permane- Livro dos Espíritos”, o que neste momento vai pesar na
cem em sono profundo durante anos, por nunca terem se balança da nossa consciência é o bem que se plantou.
dedicado ao serviço ativo no Bem e acreditado nada existir Da semente do Bem, poderemos colher os frutos da paz
após a morte. interior que auxiliarão para um equilíbrio e despertar tran-
Com Frederico Figner (Irmão Jacob), temos o exemplo quilos, neste instante inevitável para todos.
de um desencarne consciente. Presenciou seu desenlace Rosangela
carnal e se viu na companhia de sua filha. Após, dormiu Bibliografia: O Livro dos Espíritos - Allan Kardec, Editora FEB, 68ª
um sono para refazimento das energias e acordou relem- ed., 1987.
brando os últimos acontecimentos. Cabe lembrar que le- Revista Seareiro - ano 9 - nº 77 - março/08 - coluna Grandes Pioneiros “Irmão
Jacob - Última parte”
vou uma vida dedicada a servir o próximo. Imagem: http://br.geocities.com/ajudeseuproximo/passagem.jpg

14
Atualidade
atualidade

Internet
maior número de pessoas para po-
dermos pôr em prática os ensina-
mentos cristãos.
“6 - Saiba guardar segredo.”
Atualmente, com o aumento da utilização
Quando alguém nos confidencia
de e-mails e Internet, aumentou o número de
algo, ele está depositando em
mensagens que são repassadas.
nós confiança. Saibamos honrá-
São piadas, vídeos, imagens bonitas, la. Ninguém gosta do famoso
fotos interessantes. Há material “fofoqueiro”.
que vale a pena ver, como
“7 - Aceite sempre uma mão
também há muito “lixo” que
estendida.”
circula nesse meio.
O orgulho cria uma barreira entre
Dentre tudo, há as
nós e aqueles que nos querem bem.
mensagens de auto-ajuda.
Achamos que seremos humilhados
Lemos e “deletamos”, sem ao se aceitarmos ajuda, mas será
menos pensar no que elas nos justamente o contrário, pois, ao
transmitem. aceitarmos ajuda, estaremos
Iremos aqui, a título de estreitando os laços da
exemplo, comentar uma verdadeira amizade.
dessas mensagens recebidas, “8 - Reconheça seus erros.”
à luz da Doutrina Espírita:
Quem se julga perfeito, já está errando.
“DICAS PARA VIVER BEM” Todos nós erramos e, para não errarmos mais, é
necessário reconhecer o que estamos fazendo.
“1 - Elogie três pessoas por dia.”
Como realizar a reforma íntima sem analisar os
Não devemos tecer elogios falsos. Exaltemos as nossos atos?
qualidades das pessoas para que elas se sintam
“9 - Sorria, não custa nada e não tem preço.”
animadas a continuar melhorando, mas, se precisar,
chame a atenção sobre algo que não está certo, Por mais difíceis estejam os nossos dias, precisamos
tomando todo o cuidado para não humilhar e sim alimentar o otimismo e o ânimo. Sorrir, ajuda e nos
ajudar. torna mais simpáticos.
“2 - Menos novelas, mais diálogo.” “10 - Não reze para pedir coisas, peça sabedoria e
coragem.”
Devemos ter equilíbrio, ao utilizarmos as diversões
que nos são oferecidas. O diálogo é uma forte Se transformarmos as nossas orações em lista de
ferramenta para a união e entendimento da família. pedidos, nunca estaremos satisfeitos e, com certeza,
Utilize passatempos que possam ser realizados em se não formos atendidos, diremos que Deus se
conjunto. Assim, junta-se o útil ao agradável. esqueceu de nós.
“3 - Saiba perdoar a si e aos outros.” O Pai já nos proporciona o que Ele tem de melhor
para a nossa evolução moral. Peçamos sabedoria
Se, no passado, erramos, deixemos os lamentos de
para solucionarmos as situações difíceis que nos são
lado e partamos para refazer o que destruímos. Se
apresentadas e coragem para praticarmos sempre os
gostamos de ser perdoados, por que não perdoarmos
ensinamentos vividos por Jesus.
aqueles que erram? Novamente o diálogo ajuda
muito nestas situações. “11 - Jamais prive uma pessoa de uma esperança, pode
ser que ela só tenha isso.”
“4 - Trate a todos, assim como gostaria de ser tratado.”
Muitos vivem somente da esperança e, com isso, vão
Gentileza e educação cabem em todas as situações.
caminhando em sua jornada evolutiva. Devemos ter
Sem percebermos, achamo-nos superiores aos
em mente que cada um está em um estágio evolutivo.
outros, às vezes, somente porque temos um
emprego mais remunerado ou por que moramos em Não temos o direito de tirar a esperança que alimenta
lugares mais sofisticados. Devemos começar a olhar o coração de uma criatura. O respeito é algo que
e reparar o que as pessoas levam dentro do coração deve estar sempre em nossos atos.
e não dentro da carteira. Ao invés de frustrar os esperançosos, levemo-lhes o
Jesus nos ensinou que deveríamos fazer aos outros esclarecimento do Evangelho de Jesus pois, além de
aquilo que gostaríamos que fizessem para nós. esperança, estaremos plantando também o amor.
“5 - Faça novos amigos.” ***
Na próxima mensagem que for repassar através do e-
Não podemos viver isolados, pois somos seres es-
mail, coloque um comentário seu, exaltando o respeito, a
sencialmente sociais. É necessário conviver com o
esperança e o amor.
ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃO Agindo assim, transformaremos a “fria ferramenta” que é
Sua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro o computador em mais uma ferramenta de propagação dos
e pode ser feita em nome do ensinamentos de Jesus.
Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança - CNPJ: 03.880.975/0001-40 Adolpho
Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0 Imagem:http://escolaprof.files.wordpress.com/2009/03/computador.jpg

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos


Espíritas Amor e Esperança 15
Livro em Foco
livro em foco

O Ligeirinho
Francisco Cândido Xavier
Espírito Emmanuel
Editora GEEM - 64 páginas
1ª edição – 1992
Atualmente nossas vidas tomaram tal velocidade que muitas vezes nem temos tempo para
acalmar nossos pensamentos. Na correria do dia-a-dia, muitas vezes, sentimos necessidade
de algumas palavras de conforto e que nos façam refletir.
O título desse livro não poderia ser mais acertado:“O Ligeirinho”, livro de bolso lançado em
1992 pela editora GEEM – Grupo Espírita Emmanuel, é uma seleção de pensamentos dita-
dos pelo próprio Emmanuel ao nosso querido Chico Xavier. Trata-se de um livrinho com 40
pensamentos, para ser aberto ao acaso – tanto que nem possui numeração de páginas e seu
tamanho é para caber exatamente no bolso da roupa.
Como o próprio nome diz, são pensamentos rápidos. Mas não se engane pelas poucas pa-
lavras, pois, como sabemos, as poucas palavras de Emmanuel escondem verdadeiras lições
da Espiritualidade Maior, endereçadas a todos os que buscam perseverar na prática diária do
Evangelho.
A exemplo do poder de síntese desse elevado Espírito, selecionamos dois pensamentos do
livro em questão:
“A força tiraniza. O amor reina”.
Nessas poucas palavras, Emmanuel sintetiza nossos hábitos infelizes quando agimos pela força e não pelo amor ao pró-
ximo. Comumente, esquecemos que somos responsáveis pela construção diária do amor na Terra.
“Somente aquele que se dispõe a fazer as coisas pequeninas que sabe e pode, virá a saber e a poder realizar grandes
coisas.”
Esta aí uma resposta para nossos questionamentos sobre não podermos fazer grandiosas obras do Bem em favor do
nosso próximo, por falta disso ou daquilo. Emmanuel aqui nos lembra que as pequenas tarefas são igualmente valiosas e
consistem em escolas para aqueles que desejam operar nas grandes empreitadas do Bem.
“O Ligeirinho”, assim como tantos outros títulos de bolso que visam divulgar os ensinamentos edificantes de Jesus, é um
lembrete da Espiritualidade sobre a importância em vigiarmos constantemente nossos atos e pensamentos e que Deus nos
ampara sempre, onde quer que estejamos.
Iago

16
Contos
contos

Reencontro no Natal
Maria José, funcionária dos correios de uma gran- Mamãe chorava muito, abraçada comigo, mas,
de cidade, separava a correspondência, como fazia certa noite, ela saiu e não voltou mais. Eu e o papai
toda manhã. Era véspera do Natal. Estava entusias- ficamos muito tristes por ela ter ido embora. Papai
mada com a festa marcada para a noite, onde en- é bom para mim, mas quando bebe diz que não
contraria os amigos. presto, que vai me levar para um orfanato ou para
Separada do marido há dois anos, desquitou-se. o hospital.
Com ele, deixou o único filho que tiveram e, junto, os Estou doente, querido Jesus, mas continuo fre-
ideais mais lindos de mulher. Escolheu a profissão e quentando a escola. Quando é de noite, sinto frio e
vencia as dificuldades sozinha. tenho muita tosse. Tia Beatriz e dona Cida cuidam
Enquanto trabalhava na separação da correspon- de mim, mas não é como minha mamãe.
dência, pensava: O Senhor poderia encontrar a mamãe e trazê-la?
“Hoje, tomarei novo rumo em minha vida. Afinal, Se o Senhor falar para ela que estou doente, sem
estou livre e posso aceitar compromisso com um ou- dormir de noite e tomando muitos remédios, tenho
tro rapaz. Formarei um novo lar. Ele conhece toda a certeza que ela voltará.
minha história, é compreensivo, também é separado Querido Jesus, não precisa mandar brinquedos
e tão sofrido quanto eu”. nem doces, como no ano passado. Por favor, traga
Enquanto isso, seus dedos examinavam cartas a mamãe para mim.”
e jornais. Quase mecanicamente, conferia nomes, A senhora Maria José leu a carta, engasgada de
carimbos e anotações. Escolhia e separava todo o tanta emoção. Afinal, era uma mensagem do filhinho
material. de oito anos.
De repente, um papel dobrado, sem envelope, Recompunha o rosto, quando foi chamada ao te-
caiu aos seus pés. Ela se lefone. Atendendo a ligação,
abaixou e o apanhou. Era disse:
uma folha simples com um — Sinto muito. Não me
endereço escrito com letras espere mais, pois tenho no-
desajeitadas: “Para Jesus – vos compromissos.
No Céu”. Naquela mesma noite,
A funcionária olhou o pe- a senhora Maria José vol-
queno documento que ago- tou ao antigo lar. Recebida
ra estava completamente alegremente pelas duas se-
aberto e começou imediata- nhoras, passou pela sala,
mente a ler o seu conteúdo, onde o esposo surpreso a
palavra por palavra: cumprimentou, embora esti-
“Querido Jesus. vesse embriagado.
Soube que o Senhor é Rapidamente, a mãe che-
quem distribui presentes ga ao quarto do filhinho, com
para todos, no Natal. Mui- a ansiedade de quem reen-
ta gente acredita no Papai contra um tesouro perdido.
Noel, mas tia Beatriz me E o filhinho, ao vê-la, como
disse que Papai Noel é o que recuperado, ergueu-se
Senhor mesmo. do leito, feliz e exclamando:
Vou colocar esta carta na — Ah! Mamãe!... Que
caixa do correio, pedindo felicidade mamãe!... En-
uma coisa: tão Jesus recebeu a minha
Queria que o Senhor me carta e trouxe a senhora de
trouxesse minha mamãe. volta?!...
Não queria que o Senhor me desse brinquedo, Ela, abraçando-o fortemente, com o peito se des-
como aquele carrinho que vi na loja. fazendo em lágrimas de alegria e emoção, somente
O Senhor sabe que ela nos deixou porque sofria respondeu:
demais. De noite, quando papai chegava em casa, — Ah! Meu filho!... Meu filhinho!...
batia a porta com força e a xingava muito, porque Silvana e Reinaldo
havia bebido bastante. Chutava as cadeiras, depois Bibliografia: Adaptação do livro Os Dois Maiores Amores
– Francisco Cândido Xavier / Autores Diversos, capítulo
avançava contra ela querendo bater e, muitas ve- “Reencontro no Natal - Irmão X”.
zes, até batia. Imagem: http://s3.images.com/huge.88.443687.JPG

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos


Espíritas Amor e Esperança 17
Cantinho do Verso em Prosa
cantinho do verso eM prosa

Caridade e Caminho
Alma querida, observa Progresso e caridade, duas ações humanas que parecem não se
Na Terra que se aprimora ajustarem para caminhar juntas.
A vida fulge por fora
O homem conseguiu, com muito trabalho e usando a inteligência, elevar
Nas trilhas da evolução.
o progresso material a níveis excepcionais.
Em toda parte, no entanto,
A ciência evoluiu de uma forma que, para as pessoas de mais idade, não
Sob ruído e disfarce
A dor é chaga a ocultar-se é possível entender os mecanismos dos novos aparelhos ou a utilização
Por dentro do coração. das novas tecnologias, pois, para elas, é difícil aceitar até que exista tal
avanço.
Nunca existiu para os homens Mas, infelizmente, este progresso maravilhoso só se deu no campo
Tanta cultura brilhando, material.
Altas conquistas em bando, Moralmente não evoluímos na mesma intensidade, ainda reinando em
Inventos, palmas, troféus! ... nossos corações o orgulho e o egoísmo.
Mas a violência campeia, O ódio aflora através das guerras e, além do orgulho, há o egoísmo da
No império do instinto bruto, posse de bens materiais que as motivam.
Ouro e sangue, pompa e luto, E o que dizer dos nossos lares, nos dias atuais?!
Entremeiam-se ante os Céus! ...
Pessoas que se abrigam debaixo do mesmo telhado, mas que
não conseguem estabelecer o mínimo de convivência; não trocando
O ódio incendeia povos,
experiências, nem se aprimorando em suas carências.
A ambição ruge no excesso,
Desnorteando o progresso, Muitos pensando em ter muito. Poucos fazendo pouco pelo semelhante.
A discórdia aflige o lar ... Nós ainda não encontramos a paz, mas Jesus reina com a sua paz
As criaturas se apartam, inalterável. Seus ensinamentos estão à nossa espera para que possamos
Sob o medo que as domina, fazer deles um guia de conduta.
A treva espalha em surdina Se desejamos trazer o reino de paz e felicidade para dentro de nosso
A guerra ativa no ar. coração, pratiquemos a caridade.
Auxiliando o próximo, estaremos movimentando os recursos do Amor
Mas sobrestando o tumulto, que, por séculos, estamos segurando dentro de nós, por egoísmo.
Reina a Divina Presença, Wilson
Em Cristo, a luz se condensa Bibliografia: Uma Vida de Amor e Caridade – Izabel Bueno – Francisco Cândido
E aponta o Sol no porvir ... Xavier – Espíritos Diversos, Editora Fonte Viva, 3ª ed., 2002.
Imagem: fonte desconhecida
Quanto a nós outros, obreiros
De qualquer tempo e lugar,
A ordem é “trabalhar”
E o lema é “sempre servir”! ...

Alma fraterna, sigamos!


A voz do Céu nos confia
A base do novo dia
No campo renovador.
Caridade! Caridade!
Sem o cansaço ou retrocesso
Eis o caminho de acesso
Ao Reino do Eterno Amor.

Maria Dolores
(Mensagem recebida pelo médium
Francisco Cândido Xavier, em reunião
pública do Lar da Caridade (ex-Hospital
do Pênfigo), na noite de 15/04/1980)

18
Calendário
calendario

Dezembro
Jesus”, em Santos - SP que, desde então, continua a
produzir frutos.
DIA 15
1859 - Nasce na Polônia, Lázaro Luiz Zamenhof, o criador
DIA 04
do Esperanto.
1935 - Desencarna em Paris, Charles Richet, criador da
DIA 16
metapsíquica e sábio francês, pesquisador de fenômenos
mediúnicos. 1945 - Fundada a Sociedade Espírita Santo Agostinho, por
Jésus Gonçalves, no Hospital-Colônia para Hansenianos
DIA 05
em Pirapitingui.
1934 - Desencarna no Rio de Janeiro, Humberto de Campos,
DIA 18
escritor, deputado estadual, membro da Academia Brasileira
de Letras (1920). Ditou diversas obras espíritas, através do 1903 - Desencarna no Rio de Janeiro, Augusto Elias da Silva,
médium Chico Xavier, algumas com o pseudônimo: ”Irmão fundador da revista Reformador e um dos fundadores da
X”. FEB.
DIA 07 DIA 21
1953 - A polícia invade a sede da Federação Espírita 1916 - Desencarna no Rio de Janeiro, João Gonçalves
Portuguesa, em Lisboa; confisca todos os bens e destrói a do Nascimento. Portador de inúmeras faculdades,
biblioteca, com 12.000 volumes. destacando-se, sobretudo, como receitista e curador.
1957 - Fundado o Instituto de Cultura Espírita do Brasil, Rio DIA 24
de Janeiro, RJ, por Deolindo Amorim. 1872 - Nasce na República Checa, Francisco Valdomiro
DIA 08 Lorenz. Foi espírita, médium notável, esperantista, sendo
o primeiro diretor de esperanto da FEB.
1977 - Desencarna em Campinas, SP, Ângelo Santoni. Foi
um dos unificadores do espiritismo e fundador da UME. 1906 - Nasce Yvonne do Amaral Pereira, em Rio das Flores
- RJ, médium e prestimosa colaboradora do Movimento
DIA 10
Espírita.
1835 - Nasce em Sevilha, na Espanha, Amália Domingo
DIA 25
Soler. Fundou o jornal ”La Luz del Porvenir”. Escreveu
”Reencarnação e Vida”, ”Perdoa-me” e ”Memórias do Comemora-se o nascimento de Jesus, o Espírito mais perfeito
Padre Germano”. que Deus concedeu ao mundo para servir de modelo aos
homens.
1874 - Nasce em Icó, Ceará, Manuel Viana de Carvalho, um
dos maiores tribunos espíritas. Imagem: http://ruydoulos.files.wordpress.com/2008/12/natal.jpg

1911 - Inaugurada no Rio de Janeiro, a sede própria da


Federação Espírita Brasileira, por Leopoldo Cirne.
1944 - Fundada no Rio de Janeiro, a Cruzada dos
Militares Espíritas, divulgadora da Doutrina dentro das
corporações militares.
DIA 11
1761 - Nasce Joanna Angélica em Salvador, BA. É uma
das encarnações conhecidas de Joanna de Ângelis, que
foi abadessa no convento da Lapa.
1847 - A família Fox transfere-se para Hydesville, passando
a morar na casa que seria palco dos memoráveis
fenômenos de efeitos físicos.
1855 - Allan Kardec recebe a revelação mediúnica de que
Zéfiro era seu espírito protetor.
1888 - Desencarna em Barcelona, Espanha, José Maria
Fernandez Colavida. Foi tradutor das obras de Kardec
para o espanhol.
1904 - Fundada a Federação Espírita Pernambucana, em
Recife, sendo eleito e empossado, como primeiro presi-
dente, o Sr. Clodoaldo Fernandes Viana.
DIA 13
1963 - Fundado o Instituto Brasileiro de Pesquisas
Psicofísicas - IBPP, em São Paulo, SP, presidido por
Hernami Guimarães Andrade.
DIA 14
1956 - Fundada a Federação Espírita do Estado de Mato
Grosso.
1884 - Nasce em Portugal, Maria Máximo. Espírito
edificante, inteligente e generoso, que a todos acolhia
e confortava, espalhando a esperança, alegria e
estimulando a fé. Entre suas realizações, destaca-se
a fundação, em 1937, do Centro Espírita “Ismênia de

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos


Espíritas Amor e Esperança 19
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”
Caixa Postal 42
Diadema - SP
09910-970

Destinatário

FECHAMENTO AUTORIZADO - Pode ser aberto pela ECT

Das könnte Ihnen auch gefallen