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Organização do Estado e da Administração Pública

Curso de preparação para o curso de Estudos Avançados em Gestão Pública


Pedro Moniz Lopes

Lisboa, 29/04/2013 e 30/04/2013


Órgãos de soberania

-Presidente da República
-Assembleia da República
-Governo
-Tribunais
-Tribunal Constitucional
-Tribunais Judiciais (Tribunais de Comarca, Relações,
Supremo Tribunal de Justiça)
-Tribunais Administrativos (Tribunais Administrativos e
Fiscais, Tribunais Centrais Administrativos, Supremo Tribunal
Administrativo)
-Outros (Tribunal de Contas, Tribunais Arbitrais, Julgados de
Paz)

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Presidente da República

• Eleição
– Eleito por sufrágio universal directo e secreto
– Universo eleitoral passivo:
• Cidadãos portugueses eleitores recenseados no
território nacional
• Cidadãos portugueses no estrangeiro que se encontrem
inscritos nos cadernos do recenseamento eleitoral
nacional, nos termos da Decreto-Lei nº 319-A/76, de 3
de Maio
– Universo eleitoral activo: cidadãos eleitores,
portugueses de origem, maiores de 35 anos.
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
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Presidente da República

- Mandato de 5 anos
- Não é admissível a reeleição para um terceiro mandato
consecutivo, nem durante o quinquénio imediatamente
subsequente ao termo do segundo mandato consecutivo.
-Eleição não poderá efectuar-se nos 90 dias anteriores ou
posteriores à data de eleições para a Assembleia da República.
-É eleito o candidato que obtiver mais de metade dos votos
validamente expressos, não se considerando como tal os votos em
branco.
-Se nenhum candidato obtiver essa maioria no primeiro sufrágio,
proceder-se-á a segundo sufrágio até ao vigésimo primeiro dia
subsequente à primeira votação, no qual apenas concorrerão os
dois candidatos mais votados que não tenham retirado a
candidatura.

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Presidente da República

• Funções:
– Representativas: representação da República na
política externa, forças armadas
– Políticas :
• Nomeação do Primeiro-Ministro, tendo em conta os
resultados eleitorais, bem como os restantes membros do
Governo, sob proposta do Primeiro-Ministro.
• Nomear e exonerar, ouvido o Governo, os Representantes da
República para as Regiões Autónomas.
• Nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o Presidente
do Tribunal de Contas e o Procurador-Geral da República.

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Presidente da República

• Controlo da actuação de outros órgãos de soberania:


– Responsabilização política do Governo: PR pode demitir Governo
quando esteja em causa o regular funcionamento das Instituições
Democráticas.
– Dissolver a Assembleia da República e marcar eleições.
•Competências próprias:
–Promulgação e ordem de publicação de actos legislativos.
–Submissão a referendo de questões de relevante interesse nacional.
–Requerimento ao Tribunal Constitucional da apreciação preventiva ou
fiscalização sucessiva abstracta da constitucionalidade de quaisquer
normas. Nota: na apreciação preventiva, apenas pode requerer quanto
a normas constantes de leis, decretos-leis e convenções internacionais.

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Presidente da República

– No prazo de 20 dias contados da recepção de


qualquer decreto da Assembleia da República para ser
promulgado como lei da AR, PR pode promulgá-lo ou
exercer o direito de veto (veto político), solicitando
nova apreciação do diploma.
- AR pode confirmar o diploma por maioria absoluta
dos deputados em efectividade de funções, ou por
2/3 dos deputados presentes, desde que superior
àquela maioria relativamente às leis orgânicas e as
demais referidas no artigo 136.º, n.º 3, CRP, caso em
que o PR deverá promulgar o diploma no prazo de
oito dias a contar da recepção.
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
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Presidente da República

– No prazo de 40 dias contados da


recepção de qualquer decreto do Governo
para ser promulgado, deve o PR promulgá-
lo ou exercer o direito de veto (veto
político)
– Neste caso, não é permitido ao Governo
confirmar o diploma, ao contrário do caso
de decretos provenientes da Assembleia
da República.
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
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Presidente da República

- PR também exerce o veto (veto jurídico), na


sequência de pronúncias de inconstitucionalidade,
pelo Tribunal Constitucional, em fiscalização
preventiva de decretos provenientes da Assembleia
da República ou do Governo.
- Nesses casos, em que o PR, ao invés de promulgar
ou vetar politicamente, enviou decreto para
fiscalização preventiva da constitucionalidade (art.
277 e 278 CRP), a Assembleia da República também
pode confirmar o decreto por maioria de 2/3 dos
deputados presentes, desde que superior à maioria
absoluta dos deputados em efectividade de funções.

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Assembleia da República
Composição:
-Mínimo de 180 e máximo de 230 deputados.
Actualmente são 230 deputados.
Eleição
• 230 Deputados
• Mandato de 4 anos
• Sufrágio universal com representação
proporcional
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
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Assembleia da República
-Eleição por círculos eleitorais que podem ser
plurinominais ou uninominais. Actualmente são
plurinominais, seguindo-se o sistema de
representação proporcional e o método da média
mais alta de Hondt.
- Universo eleitoral passivo: quaisquer cidadãos
portugueses eleitores, salvo incompatibilidades
locais ou exercício de certos cargos, desde que
integrem uma lista apresentada por partidos
políticos, isoladamente ou em coligação.

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Assembleia da República
-A AR não pode ser dissolvida nos 6 meses
posteriores à sua eleição, no último semestre
do mandato do PR ou durante a vigência do
estado de sítio ou estado de emergência, sob
pena de inexistência jurídica do decreto de
dissolução.
- A AR elabora e aprova o seu regimento. O
Presidente da AR é eleito por maioria absoluta
dos deputados em efectividade de funções.

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Assembleia da República
• Funções:
– Para-constituinte: aprovar alterações à CRP
– Legislativa:
• Criar leis sobre todas as matérias, excepto as
reservadas ao Governo e conferir autorizações
legislativas ao Governo na reserva relativa.
• Apreciar, para efeitos de cessação de vigência ou
alteração, decretos-leis, salvo da competência exclusiva
do Governo.
• Aprovar tratados e acordos internacionais relativos à
sua competência.

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Assembleia da República
– Política:
• Apreciar o programa do Governo
• Responsabilizar politicamente o Governo por voto de
moção de censura.
• Propor ao PR a sujeição de questões a referendo.
• Autorizar a declaração de Estado de Sítio ou
Emergência
– Eleger membros de outros órgãos (Juízes do
Tribunal Constitucional, Conselho de Estado,
Provedor de Justiça, etc.) e controlar outros
órgãos.
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
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Governo

• Composição: Primeiro-Ministro, Vice-PM (eventual),


Ministros, Secretários de Estado e Sub-secretários de
Estado
– Legitimidade democrática indirecta: Governo sustentado
na confiança da AR e do PR.
– Primeiro-Ministro nomeado pelo PR, ouvidos os partidos
representados na AR, com base nos resultados eleitorais.
– Ministros e Secretários de Estado são nomeados pelo PR,
sob proposta do Ministro.
– Os membros do Governo estão vinculados ao programa do
Governo e às deliberações tomadas em Conselho de
Ministros.
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
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Governo

• Conselho de Ministros: Governo em formação


colegial, integrando o Primeiro-Ministro, Vice
Primeiro-Ministro (eventual) e Ministros.
• Primeiro-Ministro é responsável perante o PR e,
no âmbito da responsabilidade política do
Governo, perante a AR.
• Os Ministros são responsáveis perante o Primeiro
Ministro e, no âmbito da responsabilidade
política do Governo, perante a AR.
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
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Governo

• Função Política:
– Conduzir a política do país no âmbito do
Conselho de Ministros
– Referendar os actos do PR
– Propor ao PR o referendo de questões de
relevante interesse nacional
– Conduzir a política externa

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Governo

– Função Legislativa
• Aprovar decretos-leis relativos à sua
orgânica.
• Aprovar decretos-leis em matéria não
reservada à AR ou, em matéria de reserva
relativa, mediante autorização daquela.
• Aprovar decretos-leis de
desenvolvimento de leis de bases da AR.
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
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Governo

– Função Administrativa
• Fazer executar o Orçamento do Estado.
• Fazer os regulamentos necessários à boa execução das
leis.
• Dirigir a Administração Directa, civil e militar,
superintender e tutelar a Administração Indirecta e
tutelar a Administração Autónoma.
• Praticar todos os actos e tomar todas as providências
necessárias à promoção do desenvolvimento
económico-social e à satisfação das necessidades
colectivas.
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
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Governo

– Primeiro Ministro
• Direcção da política geral do Governo.
• Coordenação e orientação da acção de todos os
Ministros e de direcção do funcionamento do Governo
e das relações com demais órgãos do Estado.
– Ministros
• Execução da política definida para os seus Ministérios.
• Assegurar, no âmbito dos respectivos Ministérios, as
relações entre o Governo e demais órgãos do Estado.

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Governo

– Função Administrativa
• Fazer executar o Orçamento do Estado.
• Fazer os regulamentos necessários à boa execução das
leis.
• Dirigir a Administração Directa, civil e militar,
superintender e tutelar a Administração Indirecta e
tutelar a Administração Autónoma.
• Praticar todos os actos e tomar todas as providências
necessárias à promoção do desenvolvimento
económico-social e à satisfação das necessidades
colectivas.
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
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Tribunais

• Administração da justiça em nome do povo,


com independência e sujeição à lei.
• Nenhum tribunal poderá aplicar nos feitos
submetidos a julgamento normas que
contrariem a CRP.
• As decisões dos Tribunais são obrigatórias
para todas as entidades públicas e privadas e
prevalecem sobre as de quaisquer outras
entidades.

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Tribunais

• Tribunal Constitucional
– Composto por 13 Juízes: 10 nomeados pela
Assembleia da República e 3 cooptados de entre
aqueles 10.
– Mandato de 9 anos, não renovável.
– Fiscaliza a constitucionalidade das normas, a
regularidade e validade dos actos de processo
eleitoral, a legalidade da constituição de partidos
políticos e os recursos em matéria de perdas de
mandato e eleições realizadas na Assembleia da
República e nas Assembleias Legislativas das Regiões
Autónomas.

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Tribunais

• Fiscalização preventiva da constitucionalidade de decretos


para promulgação como leis ou decretos-leis, tratados
internacionais ou acordos internacionais.
– Consequência: normas do decreto não chegam a entrar em
vigor.
• Fiscalização sucessiva abstracta da constitucionalidade
quaisquer normas.
– Consequências: normas do diploma são declaradas nulas e
expulsas do ordenamento jurídico.
• Fiscalização sucessiva concreta de normas aplicadas em
processos judiciais ou de normas cuja aplicabilidade tenha
sido recusada nesses processos.
– Consequências: norma julgada inconstitucional não é aplicada
no caso concreto, mas continua a vigorar.
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
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Tribunais

• Tribunais judiciais (Comarcas, Tribunais da


Relação e Supremo Tribunal de Justiça)
– Administram a justiça nos litígios relativos a relações
jurídico-privadas
• Tribunais Administrativos (TAFs, Tribunais
Centrais Administrativos e Supremo Tribunal
Administrativo)
– Administram a justiça nos litígios relativos a relações
jurídico-administrativas
• Outros (Tribunal de Contas, julgados de paz,
Tribunais Arbitrais, etc.)

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Administração Directa

• Governo dirige a Administração Estadual Directa


(art. 199/d) CRP e Lei 4/2004, de 15 de Janeiro)
– a) Administração Directa Central: Ministérios (serviços
complexos) e órgãos e serviços centrais
• Serviços executivos (Direcções Gerais, Gabinetes e
Secretarias Gerais)
– Serviços executivos com funções de apoio técnico designam-se
gabinetes ou secretarias-gerais
• Serviços de controlo, auditoria e fiscalização (Inspecções
Gerais)
• Serviços de coordenação (intra ou inter-ministeriais;
promovem articulação)

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Administração Directa

• b) Administração Directa Periférica:


– Interna:
• Serviços executivos (Direcções Regionais)
• Serviços de controlo, auditoria e fiscalização
(Inspecções Regionais)
• Comissões de Coordenação e Desenvolvimento
Regional
• Antigos Governos Civis (agora extintos)
– Externa (consulados)

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Administração Directa

• Organização interna dos serviços (Lei 4/2004, de 15 de


Janeiro)
– Regra geral: hierarquia; excepção: estrutura matricial
• Estrutura hierarquizada constituída por unidades
orgânicas nucleares e flexíveis
– Estrutura nuclear fixa: direcções de serviços
– Estrutura flexíveis: divisões
• No seio das direcções de serviços e divisões podem ser criadas,
secções, com funções de carácter predominantemente
administrativo
• Estrutura matricial
– Adoptada quando as áreas operativas do serviço possam
desenvolver-se numa estrutura de projectos
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
28
Administração Directa

• Hierarquia: Modelo de organização vertical da


AP mediante o qual se estabelece um vínculo
jurídico entre uma pluralidade de órgãos da
mesma Pessoa Colectiva Pública, conferindo-
se a um deles competência para dispor da
vontade decisória de todos os restantes
órgãos, os quais se encontram adstritos a um
dever legal de obediência.

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


29
Administração Directa

• a) Poder de direcção:
• - emissão de ordens e instruções por legítimo superior
hierárquico, em matéria de serviço, respeitando forma legal
• b) Poder de controlo
• - poder de inspecção
• - poder de supervisão
• - poder disciplinar
• c) Poder dispositivo de competência
• - poder de resolução de conflitos de competência
• - poder de delegação
• - poder de substituição primária

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


30
Administração Directa

• Dever de obediência do subalterno


(pressupostos):
– Ordem emanada de legítimo superior hierárquico
– Em matéria de Serviço
– Cumprimento da forma legal
– não constitua a prática de um crime (art. 271/2 e
3 CRP)
• Eventualidade de subalterno exercer direito
de representação (art. 271/2 CRP)

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


31
Administração Indirecta

• Descentralização Indirecta ou devolução de


poderes:
– Interesses públicos do Estado ou outras Pessoas
Colectivas Públicas (PCP) territoriais são postos
por lei a cargo de PCP de fins singulares, com
autonomia administrativa e/ou financeira, que
dependem do Governo através do poder de
superintendência e tutela.

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


32
Administração Indirecta

• Administração Indirecta pública


• - Institutos Públicos, Fundações Públicas e
Entidades Públicas Empresariais e
• Administração Indirecta privada
• - Empresas públicas de direito privado:
sociedades Anónimas influenciadas
dominantemente, de forma directa ou
indirecta, individual ou conjuntamente, por
uma pessoa colectiva pública.
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
33
Administração Indirecta

• Poder de superintendência: poder conferido


ao Estado ou a outra PCP de fins múltiplos de
definir objectivos e guiar a actuação das PCP
de fins singulares colocadas por lei na sua
dependência.
– Poder de orientação e vinculação quanto aos
fins/objectivos a prosseguir: emissão de directivas
ou recomendações.

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


34
Administração Indirecta

• Poder de tutela: conjunto dos poderes de intervenção de uma PCP


de fins genéricos na gestão de outra Pessoa Colectiva, de fins
específicos, a fim de assegurar legalidade e/ou mérito da sua
conduta:
• - tutela integrativa (autorização /aprovação de actos do ente
tutelado)
– autorização de determinados actos dos Institutos Públicos [art.
41.º /2 da Lei 3/2004 de 15 de Janeiro (LQIP)]
• - tutela inspectiva (fiscalização da organização e funcionamento do
ente tutelado)
– controlo financeiro das Empresas Públicas [art. 12.º do Decreto-
Lei n.º 558/99, de 17 de Dezembro (RSEE)]

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


35
Administração Indirecta

• - tutela sancionatória (aplicação sanções ao ente tutelado)


– Procedimento disciplinar relativo a membros dirigentes de
Institutos Públicos (arts. 20.º e 41.º/8 LQIP).
• - tutela revogatória (revogação de actos praticados pelo ente
tutelado)
– carácter excepcional; só quando previsto em lei especial.
• - tutela substitutiva (suprimento de omissões do ente
tutelado, praticando o ente tutelar, em vez daquele e por
conta daquele os actos legalmente devidos)
– substituição da actuação dos Institutos Públicos (art.
41.º/9 LQIP).
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
36
Administração Indirecta

• Institutos Públicos (Lei n.º 3/2004, de 15 de


janeiro, LQIP)
– PCP dotadas de órgãos e património próprio e
autonomia administrativa e financeira (serviços
personalizados, fundações públicas,
estabelecimentos públicos)
– Criados por acto legislativo (integra denominação
“I.P.”)
– Órgãos (Conselho Directivo: Presidente e até dois
vogais; Fiscal único; Conselho Consultivo)

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Administração Indirecta

• Regime de superintendência:
– Orientações e directivas sobre objectivos e
prioridades (art. 42.º LQIP)
• Regime de tutela governamental (art. 41.º LQIP):
– Tutela integrativa (aprovações e autorizações)
– Tutela inspectiva (inquéritos e sindicâncias)
– Tutela sancionatória (acção disciplinar)
– Tutela substitutiva (em caso de inércia grave e actos
legalmente devidos)

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Administração Indirecta

• Fundações Públicas (Lei 24/2012, de 9 de Julho)


– Fundações Públicas de Direito Público e Fundações
Públicas de Direito Privado
• Fundações Públicas de Direito Público
– PCP, sem fim lucrativo, dotadas de órgãos e
património próprio e autonomia administrativa e
financeira
– Criadas pelo Estado, Regiões Autónomas (por acto
legislativo) ou Municípios (por deliberação da
Assembleia Municipal).
– Organização idêntica à dos Institutos Públicos

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


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Administração Indirecta

• Fundações Públicas de Direito Público:


– Regime de superintendência idêntico ao dos Institutos
Públicos.
– Regime de tutela governamental idêntico ao dos
Institutos Públicos.
• Fundações Públicas de Direito Privado:
– Estado, Regiões Autónomas e Municípios estão
impedidos de criar ou participar em novas Fundações
Públicas de Direito Privado. Às existentes, aplica-se o
regime anterior com algumas restrições ao nível das
incompatibilidades de exercício de actividades pelos
órgãos de gestão.

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


40
Administração Indirecta

• Entidades Públicas Empresariais (art.s 23.º ss.


RSEE)
– PCP dotadas com natureza empresarial, criadas
pelo Estado e com órgãos e património próprio
– Criadas por acto legislativo (decreto-lei): integra
denominação E.P.E..
– Têm capital estatutário integralmente detido pelo
Estado, não transaccionável.
– Órgãos das sociedades anónimas (Conselho de
Administração, AG, Conselho Fiscal)
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
41
Administração Indirecta

• Regime de superintendência:
– Orientações estratégicas, gerais e específicas,
emitidas pelo Ministro das Finanças e Ministro do
sector (art. 11.º RSEE)
• Regime de tutela governamental:
– Controlo financeiro (art. 13.º RSEE)
– Tutela integrativa (aprovações e autorizações de
planos de investimento, orçamento, tarifas, etc.:
29 RSEE)
– Tutela inspectiva (arts. 13.º, 13.º-A e 13.º-B RSEE)
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
42
Administração Indirecta

• Empresas Públicas de Direito Privado (arts. 3.º


a 22.º RSEE)
– Pessoas colectivas de direito privado (sociedades
comerciais) dotadas de órgãos e património
próprio
– Criados por contrato de sociedade.
– Têm capital social.
– Órgãos das sociedades anónimas (Conselho de
Administração, AG, Conselho Fiscal)
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
43
Administração Indirecta

• Conceito amplo de empresa pública: engloba empresas


públicas de direito privado e EPE (art. 3.º RSEE)
• Empresas onde o Estado detenha participação
permanente mas onde não exerça influência
dominante, denominam-se empresas participadas
(artigo 2.º/2 RSEE)
• Critério de identificação de uma empresa pública de
direito privado (art. 3.º/1 RSEE)
– Influência dominante pelo Estado ou por outra
Pessoa Colectiva Pública:
• Pode ser influência directa ou indirecta
• Pode ser influência isolada ou conjunta
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
44
Administração Indirecta

– Critérios de influência dominante (critérios


alternativos, não cumulativos):
• Detenção da totalidade ou maioria do capital social
(mais de 50%)
• Detenção de maioria dos direitos de voto, nos termos
dos Estatutos
• Detenção do direito de designar ou destituir a maioria
dos membros dos órgãos de administração
• Detenção do direito de designar ou destituir a maioria
dos membros dos órgãos de fiscalização

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


45
Administração Autónoma

• A Administração autónoma prossegue


interesses próprios das pessoas que a
constituem e por isso se dirige a si mesma,
definindo com independência (auto-
administração)a orientação das suas
actividades, sem sujeição a quaisquer poderes
de hierarquia ou superintendência.
– Sujeição a mero poder de tutela governamental,
em regra de legalidade
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
46
Administração Autónoma

• Autarquias locais (art. 235 ss. CRP)


– Pessoas Colectivas Públicas de substrato territorial
e populacional criadas pela Constituição
• Município
– Órgãos: Assembleia Municipal, Câmara Municipal e Presidente
da CM
• Freguesia
– Órgãos: Assembleia de Freguesia, Junta de Freguesia e
Presidente da Junta de Freguesia
• Região Administrativa:
– Prevista na CRP mas não foi criada após chumbo referendário

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


47
Administração Autónoma

• Regime de tutela governamental (art. 242 CRP e


Lei 27/96, de 1 de Agosto)
– Não existe tutela de mérito
– Existe tutela inspectiva de legalidade (inspecções,
inquéritos e sindicâncias)
– Existe tutela integrativa de legalidade(ratificação de
PMOT) prevista no RJIGT
• Poder sancionatório a cargo dos Tribunais
– Em caso de acções ou omissões ilegais graves
• Dissolução de órgãos colegiais
• Perda de mandato

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


48
Administração Autónoma

• Universidades Públicas
– São Institutos Públicos de regime especial
– Reserva constitucional de Administração (art. 76/2 CRP)
na autonomia científica e pedagógica: não estão sujeitas a
poder de superintendência governamental
• - Associações Públicas (art. 267/1 e 4 CRP)
– Agrupamento de pessoas singulares ou colectivas que não
tem por fim o lucro.
– Exemplos: Associações Públicas de entes públicos, de
entes privados e mistas (exemplos: comunidades
intermunicipais, Associações de freguesias, áreas
metropolitanas, ordem dos médicos, ordem dos
advogados).

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


49
Administração Independente

• Entidades Administrativas Independentes (art.


267/3 CRP)
– Podem ser órgãos da Administração Central
totalmente independentes de quaisquer poderes de
direcção, superintendência ou tutela (CADA, CNE,
Provedor de Justiça)
– Podem ser pessoas colectivas públicas distintas do
Estado, também estas totalmente independentes de
poder de direcção, superintendência ou tutela (ex:
entidades reguladoras, ERC, ERSE, ERS)
• Poderes de regulação de sectores

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


50
Administração Independente

• Entidades Administrativas Independentes não


estão sujeitas a quaisquer poderes:
– Nem poder de direcção;
– Nem poder de superintendência
– Nem poder de tutela
• Exercem as suas competências (consultivas, ex.
Provedor de Justiça) ou decisórias (Entidades
reguladoras) com total independência do
Governo.
• O exercício da competência por estas entidades
projecta-se nos outros órgãos.
NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data
51
Administração Independente

• Exemplos de entidades administrativas


independentes:
– Órgãos:
• Provedor de Justiça
• CNE (Comissão Nacional de Eleições)
• CNPD (Comissão Nacional de Protecção de Dados)
• CADA (Comissão de Acesso aos Documentos
Administrativos)
– Pessoas Colectivas Públicas
• ERSE (Entidade Reguladora do Sector Enérgico)
• ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social)
• ERS (Entidade Reguladora da Saúde)

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


52
OBRIGADO.

NOME DA FORMAÇÃO | Autor(es) | local, data


53

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