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Universidade Federal de Campina Grande ENGENHARIA QUÍMICA

Centro de Ciências e Tecnologia


Unidade Acadêmica de Engenharia Química
Laboratório de Engenharia Química I

EXPERIMENTO VII –LEI DE BOYLE E


MARIOTTE

Professor: Eudésio de Oliveira


Aluno : Esley Silva Cavalcante – Mat. 112150316

Campina Grande-PB, 31 de Março de 2014.


1- Introdução

1.1 – Objetivo
O objetivo deste experimento é investigar experimentalmente se a lei de Boyle e
Mariotte é válida para uma quantidade constante de gás (ar).

1.2 - Revisão Bibliográfica


A pressão é definida como força dividida pela área sobre a qual a força é aplicada.

A Lei de Boyle-Mariotte diz que:

"Sob temperatura constante (condições isotermas), o produto da pressão e do


volume de uma massa gasosa é constante, sendo, portanto, inversamente proporcionais.
Qualquer aumento de pressão produz uma diminuição de volume e qualquer aumento de
volume produz uma diminuição de pressão." É o que se chama de transformação
isoterma.

1
𝑉𝛼 ( ) (1)
𝑃

Em um gráfico pressão x volume, sob uma temperatura constante, o produto entre


pressão e volume deveria ser constante, se o gás fosse perfeito. Existe uma temperatura
onde o gás real aparentemente obedece à lei de Boyle-Mariotte. Esta temperatura é
chamada de temperatura de Mariotte:

𝑃 1 . 𝑉1 = 𝑃 2 . 𝑉2 =. . . = 𝑃 𝑛 . 𝑉𝑛 = 𝐾. 𝑃 𝑛 . 𝑉𝑛 = 𝐾 (2)

Esta relação é rigorosa para os gases ideais e tem validade aproximada para os
gases reais.

A lei de Boyle-Mariotte num diagrama P-V representa-se por uma família de


hipérboles equilaterais, uma para cada valor de T (isotermas).

A lei dos gases ideais é a equação de estado do gás ideal, um gás hipotético
formado por partículas pontuais, sem atração nem repulsão entre elas e cujos choques
são perfeitamente elásticos (conservação do momento e da energia cinética). Os gases
reais que mais se aproximam ao comportamento do gás ideal são os gases
monoatômicos em condições de baixa pressão e alta temperatura.

Empiricamente, observam-se uma série de relações entre a temperatura, a pressão


e o volume que dão lugar à lei dos gases ideais, deduzida pela primeira vez por Émile
Clapeyron, em 1834.
Esta equação, também chamada de equação geral dos gases ou equação de
Cleyperon , que descreve normalmente a relação entre a pressão, e volume, a
temperatura e a quantidade (em moles) de um gás ideal é:

𝑃. 𝑉 = 𝑛. 𝑅. 𝑇 (3)

Onde,

P = Pressão;

V = Volume;

n = Moles de gás;

R = Constante universal dos gases perfeitos;

T = Temperatura;

O estado dos gases é uma função das variáveis de estado de temperatura T,


volume V, pressão P, e da quantidade de substâncias n, que reciprocamente determinam
uma às outras. Assim, a dependência do volume sobre as variáveis de temperatura,
pressão e quantidade de substância é descrita pela equação diferencial total, de modo
que:

𝜕𝑉 𝜕𝑉 𝜕𝑉
𝑑𝑉 = ( )𝑃,𝑛 𝑑𝑇 + ( )𝑇,𝑛 𝑑𝑃 + ( ) 𝑇,𝑃 𝑑𝑛 (4)
𝜕𝑇 𝜕𝑃 𝜕𝑛

De modo análogo do modo que podemos realizar a derivada total do volume,


podemos realizar para a pressão:

𝜕𝑃 𝜕𝑃 𝜕𝑃
𝑑𝑃 = ( )𝑉,𝑛 𝑑𝑇 + ( ) 𝑇,𝑛 𝑑𝑉 + ( ) 𝑇,𝑉 𝑑𝑛 (5)
𝜕𝑇 𝜕𝑉 𝜕𝑛

Para uma quantidade conhecida e constante de substância, temos que dn = 0. E


para um processo que ocorra a temperatura constante, podemos reescrever as eq.(4) e
(5) da seguinte maneira:

𝜕𝑉
𝑑𝑉 = ( ) 𝑑𝑃 (4.1)
𝜕𝑃 𝑇,𝑛

𝜕𝑃
𝑑𝑃 = ( ) 𝑑𝑉 (5.1)
𝜕𝑉 𝑇,𝑛
𝜕𝑉 𝜕𝑃
O quociente da diferencial (𝜕𝑃 ) e (𝜕𝑉 ) 𝑇,𝑛 geometricamente a inclinação da
𝑇,𝑛
reta (tangente) da função 𝑉 = 𝑓(𝑃)𝑜𝑢 𝑃 = 𝑓(𝑉), caracterizando a dependência mútua
entre a pressão e o volume.
Para os casos com quantidades constantes da substância e controle isotérmico do
processo, a equação (3) muda para as seguintes equações:
𝑃. 𝑉 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 (6.1)

1
𝑃= ∗ 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 (6.2)
𝑉

Diante disto, observa-se que o aumento da pressão é acompanhado por uma


diminuição de volume e vice versa, tal relação pode ser acompanhada abaixo:

A relação 𝑉 = 𝑓(𝑃) e 𝑃 = 𝑓(𝑉) resulta em uma hipérbole. A fim de se obter uma


relação linearizada, pode-se construir um gráfico da pressão em função do inverso do
1
volume, que resulta em uma linha reta, onde 𝑃 = 0temos que 𝑉 = 0.

Quando a quantidade “n” de gás no sistema é conhecida e sabendo que o


coeficiente angular da reta linearizada é:
𝜕𝑃
( ) = 𝑛𝑅𝑇 (7)
𝜕𝑉 −1 𝑇,𝑛

Onde (𝑉𝑚 é o volume molar),

𝑉
𝑛= (8)
𝑉𝑚

Com isto, tendo n e T constantes, a partir da inclinação da reta e utilizando a


equação 7, é possível determinar experimentalmente a constante universal dos gases R.

2- Materiais utilizados

 PC, com Windows XP ou superior;


 Conjunto para experimento das leis dos gases com recipiente de vidro;
 Conjunto de aquisição de dados para experimento das leis dos gases com
recipiente de vidro;

3- Metodologia

Inicialmente, montou-se previamente o equipamento necessário para a prática


deste experimento. Posteriormente, verificou-se se a seringa de gás estava bem vedada,
pois nenhum ar pode vazar do sistema. Lubrificou-se o êmbolo com algumas gotas de
óleo, de modo que o êmbolo de vidro ficou coberto por um filme contínuo de óleo
durante todo o experimento. Completou-se o invólucro de vidro com água com o
auxílio de um funil. Inseriu-se um termopar, o mais próximo possível da seringa.
Ajustou-se o volume inicial da seringa de gás para exatamente 50 mL. Com a
temperatura fixada em um determinado valor, variou-se o volume da seringa em 1mL e
anotou-se o valor da pressão de cada volume, até 70mL. Repetiu-se o método para
diferentes temperaturas. Com o auxílio do programa MEASURE COBRA 3.0 ®
sincronizado com o equipamento, enquanto um operador variava o volume do sistema,
outro computava os valores de cada pressão para o determinado volume alterado.

4 – Resultados e discussões
4.1 – Dados obtidos

Tabela 1
Vo 1/V P1 (hPa) P2 (hPa) P3 (hPa)
lume -1
(mL )
(mL) T1 = 303.6 K T2 = 306.6 K T2 = 315.0 K
50 0.02 926.6 933.3 938.5
51 0.0196 906.0 909.1 911.4
52 0.0192 891.6 907.1 903.6
53 0.0189 876.3 891.7 891.0
54 0.0185 863.0 876.1 875.0
55 0.0182 850.7 861.7 860.2
56 0.0179 842.6 850.0 846.9
57 0.0175 834.7 842.7 831.4
58 0.0172 829.7 831.8 817.3
59 0.0169 824.5 827.7 808.6
60 0.0167 819.9 820.9 796.9
61 0.0164 832.6 818.8 788.3
62 0.0161 830.0 816.1 780.6
63 0.0159 832.0 815.2 778.0
64 0.0156 830.6 814.6 782.6
65 0.0154 828.7 813.4 788.3
66 0.0152 829.6 808.2 793.4
67 0.0149 830.2 805.6 801.0
68 0.0147 833.9 800.9 808.2
69 0.0145 836.2 797.8 813.3
70 0.0143 837.4 788.7 811.4

4.2 – Procedimentos de cálculos

Com os valores da Tabela (1), da primeira coluna com as respectivas pressões,


construiu-se o gráfico da pressão em função em do volume, utilizando o software
MATLAB ®:

Imagem 1: Gráficos das pressões em função dos volumes

Observa-se que as curvas dos gráficos apresentam um comportamento próximo a


de uma hipérbole.
Para determinação da constante dos gases ideais, linearizou-se e construiu-se os
gráficos da pressão em função do inverso do volume, que se aproximam de uma linha
reta, como constam nos gráficos:
Imagem 2: Gráficos das pressões em função do inverso dos volumes

A partir dos gráficos, calculou-se o coeficiente angular da reta para as


temperaturas de 303.6K, 306.6K e 315.0K, e comparou-se com os valores fornecidos
pelo software MEASURE COBRA 3.0 ®, cujo valores constam na tabela 2:

Tabela 2
Temperatura Coeficiente Coeficiente angular da reta
(K) angular da reta (MEASURE COBRA 3.0 ®
(MATLAB ® - - hPa*mL)
hPa*mL)
303.6 13091 11981,4
306.6 22600 22604,0
315.0 23698 23701,9

Com n e T constantes, através da equação (7), em que temos:

𝜕𝑃
( ) = 𝑛𝑅𝑇 (7)
𝜕𝑉 −1 𝑇,𝑛

Logo, atráves do coeficiente angular da reta, calculou-se o valor experimental da


constante universal dos gases R, para as temperatura de 303.6K, 306.6K e 315.0K,
como constam na tabela 3:

Tabela 3
Temperatura (K) Constante R Constante R
(MATLAB ®) (MEASURE COBRA
(kPa*L*K-1 *mol-1 ) 3.0 ®)
(kPa*L*K-1 *mol-1 )
303.6 2,3473 2,1483
306.6 4,0126 4,0134
315.0 4,0954 4,0961
Atráves dos valores experimentais da constante universal dos gases para as
dterminadas temperaturas calculada pelo softawere MATLAB ®, é possível fazer a
comparação com o valor da constante universal dos gases e calcular o erro na sua
determinação, como consta na tabela 7, partindo da seguinte equação para o erro:

|𝑅𝑡é𝑜 − 𝑅𝑒𝑥𝑝 |
𝐸% = × 100 (8)
𝑅𝑡é𝑜

Tabela 4
Temperatura Constante R exp Constante E%
(K) (kPa*L*K-1 *mol-1 ) R téo (kPa*L*K-
1 *mol-1 )

303.6 2,3473 8,314 71,7669


306.6 4,0126 8,314 51,7368
315.0 4,0954 8,314 50,7409

5- Conclusão

Com os dados obtidos, pode-se verificar que existe uma relação indiretamente
proporcional entre o volume ocupado por um gás e a sua pressão, como foi proposto por
Boyle e Mariotte, e comprovou-se também que se é possível determinar a constante dos
gases ideais (R) observando o efeito que a mudança no volume do gás faz na pressão do
mesmo a uma temperatura constante, construindo um gráfico da pressão em função do
inverso do volume ocupado pelo gás.
Ao observar os valores dos coeficientes angulares das retas e consequentemente
os valores experimentais da constante dos gases ideais obtidos pelo software
MEASURE COBRA 3.0 ® e pelo software MATLAB ®, é notável que os valores
tiveram pouco desvio, concluindo que os resultados são satisfatório.
Ao examinar os erros percentuais na determinação experimental da constante dos
gases ideais, verificou-se que ocorreu diferenças relativamente significativas entres os
valores experimentais e o real, mas estas diferenças podem estar relacionadas ao
desgaste da vedação da saída da seringa, bem como a erros operacionais no momento do
experimento, como o manuseio do material ou faltam da sincronia entre o que efetuou a
expansão do volume no equipamento e o marcador.

6- Referências bibliográficas
Apostila de Laboratório de Engenharia Química I, Ver. 2013.2;
InfoEscola. Lei de Boyle-Mariotte. http://www.infoescola.com/termodinamica/lei-
de-boyle-mariotte/. Acesso: 30/03/2014;

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