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UNVERSIDADE POSITIVO

NÚCLEO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO

WILLIAM RAMOS MORAES E RAFAEL FILIPAKE

PLATAFORMA DE GERENCIAMENTO DE GADO UTILIZANDO RFID

Curitiba, 2018
UNIVERSIDADE POSITIVO
NÚCLEO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO

WILLIAM RAMOS MORAES E RAFAEL FILIPAKE

PLATAFORMA DE GERENCIAMENTO DE GADO UTILIZANDO RFID

Monografia apresentada ao curso de Engenharia da


Computação da Universidade Positivo, como
requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro
da Computação.

Orientador: Prof. José Cláudio Vianna

CURITIBA
2018
RESUMO

Com a grande necessidade da agricultura pela expansão da área de produção nos dias de
hoje, a pecuária vem sendo pressionada a buscar uma maior eficiência. A tecnologia é a chave
para isso. Como em qualquer outra área, a tecnologia vem mudando os paradigmas estruturais
antes conhecidos. Com o intuito de explorar o mercado pecuário brasileiro é proposto um projeto
que tem como objetivo desenvolver uma plataforma de ponta a ponta, desenvolvendo desde o
bastão de identificação de animais até o painel administrativo do produtor e o aplicativo para os
funcionários da fazenda, transformando o todo em um produto apresentável para o mercado.

Palavras-chave: tecnologia, pecuária, plataforma.


ABSTRACT

Tradução do texto do resumo para a língua inglesa. Não é necessária uma tradução
exatamente igual, mas adaptada aos detalhes da língua inglesa.

Keywords: palavras-chave em língua inglesa


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 5

1.1 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 6

1.2 OBJETIVO GERAL ....................................................................................................... 6

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................................... 6

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................................... 7

2.1 IDENTIFICAÇÃO DE ANIMAIS ................................................................................. 7

2.1.1 TATUAGEM .............................................................................................................. 7

2.1.2 BRINCOS DE IDENTIFICAÇÃO ............................................................................. 8

2.1.3 MARCAÇÃO A FOGO .............................................................................................. 9

2.2 TECNOLOGIA RFID ................................................................................................... 10

2.3 SISTEMA OPERACIONAL ANDROID ..................................................................... 11

2.4 TECNOLOGIA BLUETOOTH .................................................................................... 11

2.4.1 PRINCIPAIS VERSÕES DA TECNOLOGIA BLUETOOTH ............................... 12

2.4.2 BLUETOOTH 4.0..................................................................................................... 12

2.5 TRABALHOS RELACIONADOS .............................................................................. 13

3 VISÃO GERAL ( ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA) ............................................................... 16

3.1 ANÁLISE DE REQUISITOS ....................................................................................... 17

3.2 RESTRIÇÕES............................................................................................................... 18

3.2.1 BASTÃO................................................................................................................... 19

3.2.2 API ............................................................................................................................ 19

3.2.3 APLICATIVO MOBILE .......................................................................................... 19

3.2.4 PAINEL ADMINISTRATIVO WEB ....................................................................... 19


3.3 DESCRIÇÃO DAS PARTES COMPONENTES E INTERFACEAMENTO ............. 19

3.3.1 ARDUINO NANO.................................................................................................... 20

3.3.2 SENSOR RFID MFRC522 ....................................................................................... 21

3.3.3 MÓDULO BLUETOOTH HM-10 ........................................................................... 22

3.3.4 MÓDULO CARREGADOR DE BATERIA TP4056 .............................................. 23

4 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................ 23

4.1 HARDWARE ............................................................................................................... 24

4.1.1 PLACA DO SISTEMA............................................................................................. 24

4.1.2 CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO ........................................................................... 25

4.1.3 BASTÃO DE IDENTIFICAÇÃO ............................................................................ 26

4.2 FIRMWARE ................................................................................................................. 27

4.3 SOFTWARE ................................................................................................................. 29

4.3.1 API ............................................................................................................................ 29

4.3.2 APLICATIVO MOBILE .......................................................................................... 31

4.3.3 PAINEL DE ADMINISTRAÇÃO WEB .................................................................. 39

5 TESTES E RESULTADOS.................................................................................................. 40

5.1 MÓDULO BLUETOOTH ............................................................................................ 40

5.2 AUTONOMIA DA BATERIA ..................................................................................... 41

5.3 DISTÂNCIA DE CAPTURA DA TAG RFID ............................................................. 41

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E TRABALHOS FUTUROS................................................. 42

7 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................... 43

Apêndice A ................................................................................................................................... 44

Anexo A ........................................................................................................................................ 44
5

1 INTRODUÇÃO

A identificação individual dos animais é importante para os produtores, pois ajuda no


manejo, permitindo ao produtor maior facilidade sobre os procedimentos já utilizados e os que
precisam ser feitos. Existem diversos métodos para identificação de um animal, porém os
métodos mais tradicionais são um problema para os proprietários, pois pode ocorrer perda de
informações, erros de leitura e problemas com a segurança dos dados, com isso, estudos para
encontrar novas formas de identificação estão sendo realizados, dentre eles a identificação por
RFID, já que esta tecnologia consegue suprir os problemas causados pelos métodos de
identificação hoje usados.
O RFID está em crescente em diversos setores no Brasil, dentre os principais estão, o
mercado de vestuário e o de varejo, nestes mercados, ele é usado para identificação dos produtos,
para gravar informações, e em algumas aplicações é usado para substituir o código de barras,
pois o RFID é mais rápido, possui serialização e não precisa da interação humana para ser lido.
Por possuir todas essas vantagens a implementação desta tecnologia na agricultura e na pecuária
vem sendo testada e aprimorada, para funções como rastreio dos alimentos e dos animais e ajuda
na automatização do controle da alimentação dos bovinos, nas suas pesagens e suas doenças, ou
seja, pode ajudar em todo o processo de gerenciamento dos animais.
O gerenciamento de animais utilizando o RFID é algo muito comum na Europa, onde os
países já trabalham com o rastreio da carne. Na América do Sul, desde 2006, o Uruguai exige
que todo o rebanho de bois seja monitorado através desta tecnologia. Segundo a empresa
CEITEC, a razão de utilizar o RFID é a segurança que a tecnologia oferece para a qualidade da
carne e exportação e também para o controle e gerenciamento do rebanho.
Neste contexto, um produto que integre o ato de identificar o animal e suas características com a
tecnologia RFID, um aplicativo que funcione off-line e online, devido a falta de conectividade
nas fazendas e que possua a funcionalidade de sincronizar esses dados em um web server, para
verificação do proprietário, tem como objetivo auxiliar o pecuário, deixando suas atividades mais
automáticas e assim tornando seu trabalho mais ágil.
6

1.1 JUSTIFICATIVA

A implementação de sistemas embarcados na pecuária está em crescente e esses sistemas


têm como foco na maioria das vezes o gado. O controle do gado é algo essencial para o pecuário,
desta forma, o mercado conta com diversos produtos para ajudar com esse controle, alguns
produtos para identificação dos animais e outros para o próprio usuário preencher as
características do animal, contudo, o mercado sente falta de um produto que reúna esses dois
aspectos. Por este motivo, o desenvolvimento de um produto que atinja a identificação dos
animais por meio do RFID, até o controle de suas características por meio de um web server, irá
automatizar e facilitar a administração do pecuário.

1.2 OBJETIVO GERAL

O presente projeto tem como objetivo desenvolver um produto de gerenciamento de


rebanho completo, desde o hardware para identificação do animal utilizando a tecnologia RFID,
até o painel de administração para o produtor. O sistema contará com um bastão para
identificação dos animais que se comunicará com um aplicativo Android com funcionamento
online e off-line, devido a falta de conectividade nas fazendas, onde o usuário poderá cadastrar
eventos do animal, também poderá cadastrar e editar animais e posteriormente sincronizar com
um sistema na nuvem que alimenta as informações do painel de administração.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Desenvolver a integração do leitor RFID, Microcontrolador e módulo bluetooth.


2. Desenvolver o aplicativo Android e a conexão do bastão com o aplicativo.
3. Monitorar a bateria do bastão no App e realizar a recarga através de um cabo microusb
com um adaptador para tomadas 110/220V.
4. Desenvolver o backend da aplicação para comunicação com o aplicativo e o painel de
administração.
5. Desenvolver o painel de administração.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para facilitar o entendimento do leitor em relação ao assunto e ao projeto, este capítulo


apresenta conceitos referentes à identificação de animais, tecnologia RFID, tecnologia Bluetooth
e sobre o sistema operacional Android. Além da abordagem destes tópicos, será feito uma análise
de alguns projetos e produtos da mesma área deste.

2.1 IDENTIFICAÇÃO DE ANIMAIS

Com a agilidade com que o avanço tecnológico vem atingindo a pecuária, novas ferramentas
são apresentadas ao mercado todos os dias. A área de rastreamento de gado se apresenta com o
objetivo de melhorar o controle de qualidade, realizando o monitoramento dos animais e fazendo
o processo de identificação se tornar mais fácil e preciso.
Desde o inicio de sua vida, o gado é acompanhado por especialistas, o que garante a
qualidade da carne. Atualmente os sistemas utilizados no Brasil permitem o controle de toda
produção bovina, porém esta tecnologia ainda é limitada no Brasil (LIFELINK, 2018).
Atualmente os principais métodos de identificação utilizados no Brasil são:

2.1.1 TATUAGEM

Sua realização é fácil e na maioria das vezes aplicado nos primeiros dias de vida do
bezerro. Existem basicamente dois tipos de equipamentos para realizar a tatuagem, o alicate de
tatuagem mais comum tem uma almofada de borracha em um dos lados e uma estrutura na forma
de trilho no outro, onde são fixados os números, as letras ou os símbolos removíveis, gerando o
código de identificação. No outro tipo de alicate, o trilho é substituído por uma estrutura rotativa.
Nesse caso os identificadores ficam presos, girando de forma independente para compor o
código de identificação desejado.
A tatuagem apresenta um menor valor em relação aos outros métodos para o criador do
animal, porém para que seja aplicado é preciso que o animal esteja imobilizado, além de ser um
processo doloroso, pode em alguns casos um resultado indesejado.
8

A tatuagem é posteriormente combinada com outro método, como a identificação por


brincos ou por marcação de fogo.

Figura 1 - Tatuagem para identificar Bezerro

2.1.2 BRINCOS DE IDENTIFICAÇÃO

É comum a utilização dos brincos, seu valor é de baixo custo e possuem inúmeros
formatos e cores, se adequando a necessidade do criador. A posição mais utilizada para
inserção do brinco é a orelha do animal. A grande taxa de perdas de brinco se apresenta como
um problema considerável ao produtor, isto ocorre devido a falta de técnica no momento de
colocar o identificador no animal, também acontece devido a má qualidade dos materiais.

Figura 2 - Animais com brincos de identificação


9

2.1.3 MARCAÇÃO A FOGO

A marcação a fogo é método mais utilizado para identificação de animais, usado para
identificar a raça, o proprietário e técnicas do manejo. A posição utilizada para a marcação
normalmente é na cara ou no pescoço do animal.
Assim como no método da tatuagem, o animal precisa estar imobilizado. Seu baixo custo
torna um processo viável ao produtor, porém é um processo doloroso ao animal e se feito de
maneira inadequada pode causar lesões graves por queimadura.

Figura 3 - Marcação de fogo para identificação de animais

Atualmente a tecnologia de rastreamento de gado vai além da identificação do animal.


Soluções mais modernas permitem identificar perdas, acompanhar o gado em tempo real e
consequentemente diminuir a ocorrência de roubos. Um exemplo disso é o rastreamento de gado
utilizando drones.
Com as imagens dos drones é possível contar os animais, analisar as áreas de pastagem,
buscar os animais que acabaram se perdendo, além de identificar o estado do ambiente.
Outra solução moderna é a identificação do gado através do uso do RFID, essa tecnologia
já é usada para controle de estoque e logística. Seus benefícios são: a ausência de erros na leitura,
a sujeira não impedir a leitura da tag e nenhum contato entre humano-animal é necessário, além
de ser possível implementar esta tecnologia para o rastreamento dos animais, ajudando contra
roubos do gado e na localização de animais perdidos.
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2.2 TECNOLOGIA RFID

Os primeiros dispositivos de identificação por radio frequência surgiram na década de 70,


no entanto seu custo era elevado para a utilização em grandes quantidades. Com a evolução da
tecnologia e redução do custo das etiquetas portadoras de dados, os sistemas rfid tornaram-se
acessíveis. E devido às vantagens que o rastreamento da produção oferece, espera-se que essa
tecnologia esteja cada vez mais presente na indústria.
A tecnologia RFID (Radio-Frequency Identification) nada mais é do que um termo
genérico para as tecnologias que utilizam radiofrequência de rádio para captura de dados.
Existem diversos métodos para a identificação, mas o mais comum é armazenar um número de
série que identifique uma pessoa, um objeto, ou outra informação, em um microchip.
Ao contrário do código de barras e faixa magnéticas, os sistemas RFID não são
dispositivos apenas de leitura, os portadores de tags (dados) possuem memória própria e podem
interagir com o dispositivo leitor. Como a detecção das etiquetas ocorre a partir de ondas
eletromagnéticas de radiofrequência é possível realizar a leitura de informações em grandes
distâncias.

Figura 6 - TAG RFID

Algumas aplicações na qual a tecnologia rfid já é utilizada:

 Controle de acesso;
11

 Controle de estoque;
 Etiquetas antifurtos em lojas;
 Utilização em veículos para pagamento automático do pedágio;

2.3 SISTEMA OPERACIONAL ANDROID

O Android surgiu em 2003, na cidade de Palo Alto na Califórnia e foi desenvolvido por
Andy Rubin, Rich Miner, Nick Sears e Chris White, empresários já iniciados no ramo da
tecnologia, que fundaram a Android Inc. Na ocasião, Rubin definiu o Android Inc. como:
“Dispositivos móveis mais inteligentes e que estejam mais cientes das preferências e da
localização do seu dono”. No início a empresa desenvolvia todos os seus projetos de forma
secreta.
Em 2005, a Google anunciou a compra da Android,Inc. Esse foi um dos primeiros passos
da empresa em direção ao mercado de softwares para dispositivos móveis.
Nos dias atuais, o Android é o sistema móvel mais utilizado do mundo, com isso os
aplicativos desenvolvidos para esse sistema operacional são utilizados em diversas áreas, na
maioria das vezes para facilitar atividades, como é o caso da maioria dos aplicativos de gestão de
projetos e dos aplicativos para a pecuária, porém os softwares desenvolvidos para essas
finalidades podem também ser usados em sistemas embarcados, pois é possível criar aplicativos
mobile que auxiliem a coletar informações desses sistemas e demonstrar de forma fácil para o
usuário, sejam essas informações, dados de um sensor ou dados do estado do sistema. Esse tipo
de dados são geralmente enviados via Wi-Fi ou Bluetooth.

2.4 TECNOLOGIA BLUETOOTH

O Bluetooth é uma tecnologia que foi desenvolvida pela empresa de telecomunicações


Ericsson de comunicação sem fio, é uma tecnologia sem fio que permite a troca de dados entre
dispositivos de forma rápida e segura.
O funcionamento dessa tecnologia se baseia na utilização de uma frequência de rádio de
onda curta (2.4GHz) para criar uma comunicação entre aparelhos habilitados. Esta conexão
forma redes chamadas de Piconet, onde até oito dispositivos podem se comunicar. Cada aparelho
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habilitado pode fazer parte de várias “piconets” ao mesmo tempo, como seu alcance é curto e só
permite a comunicação entre dispositivos próximos, seu consumo de energia é bem baixo.

Existem três classes diferentes de bluetooth:


• Classe 1: alcance de 100 metros e potência máxima de 100 mW.
• Classe 2: alcance de 10 metros e potência máxima de 2,5 mW.
• Classe 3: alcance de 1 metro e potência máxima de 1 mW.

2.4.1 PRINCIPAIS VERSÕES DA TECNOLOGIA BLUETOOTH

A tecnologia Bluetooth vem se aprimorando conforme os anos passam, no inicio a


preocupação era a velocidade, e conforme se tornou popular e utilizada por diversos dispositivos,
o foco passou para a diminuição do consumo de energia e o aumento de sua segurança.

Segue abaixo um comparativo entre as versões:

• Bluetooth 1.0: Criada em 1994, com velocidade de 721 Kbps.


• Bluetooth 2.0: Criada em 2004, possui um aumento de velocidade referente à sua versão
anterior com 2 Mbps.
• Bluetooth 3.0: Criada em 2009, conta com uma velocidade de 26 Mbps e possui um consumo
de energia mais inteligente.
• Bluetooth 4.0: Criada no final de 2009 é uma versão que conta com um melhor alcance do que
sua versão anterior, uma transferência de dados mais rápida e um gasto de energia otimizado, o
que ajuda na implementação em dispositivos compactos, já que esses precisam de uma bateria
menor.

2.4.2 BLUETOOTH 4.0

O principal diferencial do Bluetooth 4.0 para sua versão 3.0 é referente ao consumo de
energia, nesta versão a tecnologia conta com dois perfis, em dispositivos que possuem um alto
consumo de energia, esse consumo se torna mais otimizado, e para os dispositivos mais
compactos o gasto de energia diminui, já que param de gastar quando não estão mais sendo
13

utilizados, desta forma, para esses produtos não é necessária uma bateria muito robusta. Quando
se limita a energia, naturalmente a velocidade diminui, porém, isso não é um problema para os
dispositivos compactos, pois a versão 4.0 ainda assegura uma velocidade de até 1MB por
segundo.
O segundo diferencial desta versão, se da pela segurança que ela oferece, o usuário pode
utilizar tranquilamente e em qualquer local o seu dispositivo Bluetooth, já que a tecnologia
possui um protocolo de 128bits de segurança.

2.5 TRABALHOS RELACIONADOS

A empresa Allflex, possui um produto no formato de um bastão, capaz de identificar os


animais por meio de brincos eletrônicos e mostrar os dados em uma tela LCD acoplado ao
dispositivo. Nesta tela é possível identificar o animal e preencher algumas informações das
características do animal identificado. Assim como em nosso projeto, o bastão é recarregável.
Identificamos em relação ao nosso projeto que o produto da Allflex não possui conexão com
aparalhos mobile, com isso a transferência de dados se faz apenas através de um computador.

Dentre as principais características do leitor estão:


 Tela LCD alto contraste.
 Botão de leitura.
 Nível de bateria
 Cabo vibrante e sinalizador sonoro.
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Figura 7 - Produto da empresa Allflex

Outro produto relacionado com o nosso projeto é o aplicativo BovControl. Este aplicativo realiza
função de gestão da fazenda. Ele acelera a exportação da carne com dados precisos declarados na
plataforma. Também realiza o controle de estoque do rebanho e demonstra a origem e destino do
animal. Como o nosso aplicativo, também funciona off-line e posteriormente realiza a
sincronização dos dados. A plataforma já esta validada e possui muitas fazendas com mostra a
ultima imagem registrada no 3º trimestre de 2016. Nossa plataforma se torna mais completa por
realizar a gestão de rebanho assim como o BovControl e ter um bastão para identificação do
animal através de seu brinco.

Figura 8 – Fazendas que utilizavam a plataforma BovControl em 2016

Principais funcionalidades do aplicativo BovControl:


 Multiusuário
 Gerenciamento dos maquinários.
 Gerenciamento Financeiro
 Gerenciamento de Tarefas
 Gestão do Gado
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 Coleta e Analisa de Dados

Figura 9 - Tela do aplicativo BovControl

Voltado para a pecuária de corte, encontramos a plataforma Jetbov que contém um dashboard
web e um aplicativo Android. Assim como nossa plataforma o aplicativo funciona off-line e
posteriormente sincroniza os dados. Este app também realiza a identificação dos animais através
da tecnologia RFID. Nossa plataforma possui a vantagem de não necessitar encostar com o
celular para identificar o animal e sim através de um bastão que se comunica com o aplicativo.

Figura 10 - Painel de controle do aplicativo Tetbov


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3 VISÃO GERAL ( ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA)

O presente projeto tem como objetivo principal desenvolver uma plataforma capaz de
facilitar a gestão do gado na pecuária. Disponibilizando um aplicativo mobile para o funcionário
do criador e uma plataforma web para gestão do produtor.
Para que possamos atingir este objetivo, a plataforma conta um bastão identificador que é
composto por um microcontrolador, sensor RFID, módulo Bluetooth e um módulo para
carregamento da bateria. Também faz parte do escopo do projeto um aplicativo Android para o
funcionário e uma plataforma Web para o produtor. Para um melhor entendimento a Figura 11
ilustra a arquitetura do bastão de identificação. Já a figura 12 ilustra uma visão geral do projeto.

Figura 11 – Bastão identificador


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Figura 12 – Visão Geral da plataforma

O sensor RFID é controlado pelo uC. Ao identificar um brinco com a tag RFID do animal o
microcontrolador envia através do módulo bluetooth a informação para o aplicativo. Com a
informação já adquirida, o aplicativo procurará por um cadastro no banco de dados, caso um seja
encontrado abrirá um menu de opções para o funcionário, caso contrário, poderá cadastrar este
animal. Quando o usuário tiver conexão com a internet poderá sincronizar os dados do aplicativo
através de um sistema na nuvem. Após sincronizado, o produtor poderá consultar as informações
em um painel administrativo na Web.

Desta forma, pode se dizer que nossa plataforma apresenta as seguintes funcionalidades:
 Identificação de animais através da tecnologia RFID.
 Gerenciamento do rebanho do produtor.
 Funcionamento off-line.
 Sincronização de dados.
 Disponibilização dos dados adquiridos em uma plataforma Web.

3.1 ANÁLISE DE REQUISITOS


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O hardware possuirá uma bateria de lítio que pode ser recarregada, bastando apenas o
usuário ligar um cabo USB no módulo TP4056, ele também contará com duas funções, captar a
informação do sensor e mandar esses dados para um Mobile via Bluetooth,
Com o objetivo de captar a informação do brinco preso no animal será usado o sensor
RFID MF-RC522, este sensor trabalha com 13,56 Mhz, são passivos e ativos, logo é possível
obter o ID do cartão e também armazenar dados neles, ele pode ser operado com temperatura
entre -20°C e 80°C. Para a comunicação via Bluetooth, será utilizado o módulo HM-10, ele usa a
tecnologia Bluetooth Low Energy (BLE) versão 4.0, ou seja, possui um consumo de energia
baixo que é o ideal para hardwares que transmitem dados pequenos e com este módulo é possível
enviar e receber dados com até 100m de distância em campo aberto.
O Aplicativo que receberá os dados do módulo Bluetooth será desenvolvido com a
linguagem Javascript e com o framework ReactNative. Este aplicativo deverá realizar
comunicação via Bluetooth com o bastão, também terá que receber qual tag RFID que foi lida,
tendo a informação adquirida procurará por um cadastro e se obtiver sucesso na procura
disponibilizará um menu de opções ao usuário, caso contrário, disponibilizará uma opção para o
cadastro do animal. O aplicativo Android deverá funcionar de maneira off-line, armazenando os
dados localmente e posteriormente sincronizando com a API na nuvem.
A API será desenvolvido com a linguagem Java utilizando o framework Spring Boot. Esta
API tem como função receber os dados do aplicativo Android e disponibilizar para o painel
administrativo na Web.
O painel administrativo na Web será desenvolvido com a linguagem Javascript e o
framework ReactJs, sua função consiste em disponibilizar ao produtor as informações coletadas
por seus funcionários com o aplicativo Android.

3.2 RESTRIÇÕES

O custo do sistema pode variar devido à utilização do servidor que possui sua cobrança
pela moeda dólar.
Para fabricação do bastão, sua entrega depende da velocidade que a empresa responsável
pela impressão 3D do material, executa tal tarefa.
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3.2.1 BASTÃO

O bastão para identificação do animal, terá uma bateria de lítio com duração mínima de
120 minutos, possuirá 39,5 cm de comprimento e 5 cm de diâmetro. O módulo Bluetooth só
transmitirá os dados para o bastão, caso a distância entre os dois não ultrapasse 100m em campo
aberto. O brinco do animal precisa estar com no máximo 3 cm de distância do bastão.

3.2.2 API

Para que a API seja executada é necessário um servidor Linux com no mínimo 2 GB de
memória RAM e 50 GB de espaço em disco. Neste mesmo servidor, é necessário a instalação do
sistema de virtualização Docker, onde realizamos a instalação da API e do banco de dados
MYSQL em containers diferentes. Caso o usuário não siga as indicações descritas para o uso da
api, o sistema pode sofrer instabilidades desconhecidas.

3.2.3 APLICATIVO MOBILE

Apesar de utilizarmos o framework React Native para desenvolvimento do aplicativo, que


exporta tanto para IOs quanto para Android utilizando o mesmo código, no momento é
necessário que o usuário possua um celular com o sistema operacional Android com no mínimo
API 18.

3.2.4 PAINEL ADMINISTRATIVO WEB

Para que o produtor tenha acesso as informações é preciso um computador com o


navegador Chrome com acesso a internet.

3.3 DESCRIÇÃO DAS PARTES COMPONENTES E INTERFACEAMENTO

O produto é dividido em quatro partes, o bastão, o aplicativo Mobile, a API e o painel


administrativo na Web. O bastão consiste em um Sensor RFID que se comunica com o Arduíno
Nano, que por sua vez, possuirá um firmware desenvolvido através da IDE do Atmel Studio na
20

linguagem C, este firmware tratará as informações e as mandará via Bluetooth para o dispositivo
conectado. O dispositivo deve possuir o aplicativo instalado, desta forma o usuário poderá
atualizar e verificar as informações referentes ao animal. Esses processos são feitos de forma off-
line, contudo, o usuário poderá sincronizar as informações com uma API posteriormente,
bastando se conectar a uma rede Wi-FI. O produtor poderá verificar as informações no painel
administrativo na Web.

3.3.1 ARDUINO NANO

Uma placa compacta, com tensão de operação de 5V e tensão de entrada de 7-12V,


possui o microcontrolador ATmega328, além disso, conta com uma memória flash de 32KB,
SRAM de 2KB e velocidade de clock de 16Mhz.

3.3.1.1 ATMEGA 328

O ATmega328 é um microcontrolador de 8 Bits e baixo consumo da família AVR, conta


com uma arquitetura RISC avançada com 131 instruções, sendo maior parte delas de único ciclo
de clock. O ATmega 328 realiza 20 MIPS (milhões de instruções por segundo) a uma frequência
de trabalho de 20MHz, possui interface serial USART e 23 pinos de I/O (entrada/saída)
programáveis.

Figura 13 – Microcontrolador ATmega328


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3.3.2 SENSOR RFID MFRC522

O sensor possui um chip com tecnologia criada pela NXP Semiconductos para cartões
inteligentes sem contato e cartões de proximidade, contém uma tecnologia que segue o padrão
ISO/IEC 14443 Tipo A de 13,56Mhz. O leitor se comunica através do protocolo SPI.
Informações técnicas do sensor:

 Corrente consumida durante leituras/escrita: 13-26mA


 Corrente consumida em standby: 10-13mA
 Corrente em sleep: < 80uA
 Pico de corrente: < 30mA
 Frequência de operação: 13,56MHz
 Tipos de cartões suportados: Mifare1 S50, S70 Mifare1, Mifare UltraLight, Mifare Pro,
Mifare Desfire
 Temperatura de operação: -20ºC a 80ºC
 Taxa de transferência: 10 Mbit/s
 Dimensões: 8,5 x 5,5 x 1,0cm
 Peso: 21g

Exemplo da ligação do sensor usando a SPI do Arduino Uno:


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Figura 14 – MFRC522 ligado aos pinos SPI do arduíno

3.3.3 MÓDULO BLUETOOTH HM-10

O HM-10 é um módulo que pode ser usado tanto no modo escravo, como no modo
mestre, nesse projeto ele é usado no modo mestre. Um ponto positivo deste módulo é que ele
pode enviar os dados seriais de forma Wireless até aproximadamente 100 metros de distância em
campo aberto. Ele possui um baud rate padrão de 9600, pode ser usado em circuitos de 5V ou
3.3V, além de usar a versão 4.0 com tecnologia Low Energy.

Figura 15 – Módulo Bluetooth HM-10


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3.3.4 MÓDULO CARREGADOR DE BATERIA TP4056

Este módulo é especifico para baterias de lítio, possui um led indicador de carga e sua
conexão é por cabo mini USB, desta forma possibilita que as baterias sejam recarregadas sem a
necessidade de removê-las do circuito.

Especificações técnicas do módulo:


 Tensão de operação: 5V
 Capacidade máxima de carga: 1ª
 Proteção contra sobrecarga
 Temperatura de operação: -10°C á 85°C
 Dimensões: 26 x 17 x 5mm

Figura 16 – Módulo TP4056

4 DESENVOLVIMENTO

Para facilitar o entendimento do leitor em relação ao desenvolvimento do projeto, este


capítulo será dividido em três seções, a seção do hardware, a seção do firmware e a seção do
software.
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4.1 HARDWARE

O projeto do hardware se dividiu em três partes, a primeira parte é composta pela PCI do
produto somado com o sensor RFID. A segunda parte consiste na alimentação do sistema que é
feita através de uma bateria de lítio de 4,2V e o módulo TP4056 que foi o módulo usado para
carrega-la e a terceira parte é responsável por unir todos os elementos que é o bastão para
identificar o animal.

4.1.1 PLACA DO SISTEMA

A PCI do sistema foi desenvolvida no software Eagle que é um dos melhores softwares
gratuitos para desenvolver o esquemático de uma PCI. Esse esquemático pode ser visto na Figura
17.

Figura 17 – Esquemático PCI

O componente principal da placa é o Arduíno nano, ele possui o microcontrolador


ATmega328, onde foi gravado o firmware desenvolvido no software Atmel Studio. O Arduino
nano foi escolhido pois é uma placa compacta e que respondeu bem ao ser alimentada com uma
tensão inferior a 5V, todos os outros componentes acabam sendo ligados ao Arduino.
Na parte superior-direita da Figura 17, pode ser visto o sensor MFRC522, ele é
responsável por captar o ID do brinco RFID do animal e mandar pro microcontrolador por meio
do protocolo de comunicação SPI, este sensor foi escolhido pelo seu baixo custo e por seu baixo
consumo, além de suprir a necessidade do projeto de permitir ler e escrever em tags RFID.
25

Logo abaixo do sensor RFID, se encontra o módulo Bluetooth HM-10, responsável por
receber as informações mandadas pelo microcontrolador via UART e manda-las para o
aplicativo Mobile. O módulo possui um led vermelho que se estiver piscando, significa que não
há pareamento com nenhum dispositivo.
Na parte superior-esquerda da Figura 17, demonstra um buzzer que foi programado para
funcionar logo que a informação do ID do brinco RFID do animal, chegue ao aplicativo Mobile,
seu objetivo é unicamente sinalizar ao usuário que a tag RFID foi captada.
Os outros componentes fazem parte do circuito de alimentação do sistema, entre eles
estão o TP4056, dois resistores usado para criar um divisor de tensão que tem como objetivo
fazer com que o microcontrolador possa captar quanto de bateria ainda resta e uma chave
alavanca responsável por ligar e desligar o bastão. Estes componentes serão melhores explicados
na seção 4.1.2 deste documento.

4.1.2 CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO

O sistema de alimentação tem como parte principal o módulo TP4056, pois este é
responsável por recarregar a bateria de lítio e possuir um circuito de segurança capaz de prevenir
sobrecarga, o que é necessário quando se trata de uma bateria sensível, este circuito de segurança
é demonstrado na figura 18.

Figura 18 – Circuito para segurança da bateria

O CI DW01A é o coração desse circuito de segurança, pois se houver sobrecarga de


tensão ou corrente, ele possui a função de desconectar a bateria e utilizar a tensão do carregador
no lugar. Para ajudar o DW01A, o circuito conta com dois MOSFET para proteção da carga.
26

Para carregar a bateria o modulo possui uma entrada USB, permitindo ao usuário o
carregamento com carregadores de celular, quando conectado com o USB, o módulo acende um
led vermelho e se a bateria estiver cheia, acende um led azul. Neste projeto, o usuário consegue
ter conhecimento sobre a porcentagem da bateria no aplicativo Mobile isso só é possível pela
existência de dois resistores de 1K ohm, que podem ser observados na Figura 17, eles formam
um circuito divisor de tensão, essa tensão dividida é mandada para uma porta analógica do
Arduíno que capta esse valor e manda para o aplicativo Mobile via Bluetooth.
A bateria de lítio usada no projeto é de 2000mAh, modelo 18650 e 4,2V de tensão, ela é
conectada no TP4056 que manda a tensão que chega para o circuito, caso o usuário esteja
carregando, a tensão que o módulo enviará é de 5V.
Responsável por fazer o sistema de alimentação realizar sua função, o circuito conta com
uma chave alavanca do modelo mts101, para funcionamento da chave é necessário alimenta-la.

4.1.3 BASTÃO DE IDENTIFICAÇÃO

O bastão de identificação foi feito por uma impressora 3D, para isso foi necessário criar o
desenho com o software SolidWorks 2016, o desenho e o bastão impresso é ilustrado na Figura
19.

Figura 19 – Desenho e produto final do Bastão


27

Tanto a superfície superior, quanto a inferior do bastão foram impressas em duas partes,
por isso foi necessário solda-las e como acabamento elas foram pintadas de branco, para unir as
duas superfícies foram usados três pregos. O bastão possui 39,5cm de comprimento, 5cm de
diâmetro e espessura de 0.5mm, em uma de suas pontas essa espessura diminui 0.2mm para que
o usuário possa perceber aonde o sensor RFID se encontra, na outra ponta se encontra o módulo
TP4056 e no centro pode ser observado a bateria 18650, seu case e a placa PCI, que contém o
microcontrolador, o módulo Bluetooth, o buzzer e os resistores responsáveis pelo divisor de
tensão.

4.2 FIRMWARE

O firmware presente no projeto foi desenvolvido em linguagem C, utilizando o ambiente


de desenvolvimento Atmel Studio, este ambiente é gratuito e é um dos melhores para o
desenvolvimento de firmwares para a arquitetura ATmega. O firmware tem a função de receber a
informação enviada pelo sensor RFID, para isso é configurado os registradores responsáveis pela
comunicação SPI do ATmega, além de constantemente estar recebendo informações sobre a
bateria. A Figura 20 demonstra o funcionamento do firmware.

Figura 20 – Fluxograma firmware


28

Analisando o fluxograma é possível perceber que independente se há ou não um brinco


do animal presente no sensor, o firmware sempre mandará informações para a serial de acordo
com um delay programado de 500ms, essa informação é enviada em um formato de pacote
construído para essa aplicação. A seguir é representado três envios pela serial:

/0000-697/0000-698/0000-701

Onde:

‘/’ - Caractere que demonstra o início do pacote.


‘-‘ – Caractere que separa o Id do cartão e o valor analógico da tensão da bateria.
0000 – Valor padrão enviado quando não há presença da tag RFID no sensor.

Quando o usuário aproxima a tag RFID no sensor, através da comunicação SPI, o sensor
irá enviar para o microcontrolador um ID hexadecimal e no firmware esse número é convertido
para decimal, através de um cálculo. Supondo que o ID enviado é igual a 1BC2, de acordo com a
programação realizada irá ser multiplicado o primeiro termo desse ID por 16^0, o segundo termo
por 16^1, e assim até chegar ao ultimo termo. Ao final é realizada a soma desses valores que no
exemplo dado é 7106. Segue abaixo o calculo completo:

Primeiro termo = 2. Logo, 2*16^0 = 2;


Segundo termo = C, C em decimal é = 12. Logo, 12*16^1 = 192;
Terceiro termo = B, B em decimal é = 11. Logo, 11*16^2 = 2816;
Quarto termo = 1. Logo, 1*16^3 = 4096;

Somando os quatro valores: 2 + 192 + 2816 + 4096 = 7106.

Nesse caso o pacote enviado para serial seria igual a /7106-695, onde 695 é um valor
analógico de exemplo, referente à tensão da bateria.
29

4.3 SOFTWARE

O software presente no projeto é divido em 3 partes: o aplicativo mobile, a API e o painel


de administração na web para o produtor. Para melhor contextualização a explicação do software
será divido em itens específicos para cada parte.

4.3.1 API

A API foi desenvolvida em linguagem Java, utilizando a IDE de desenvolvimento IntelliJ


IDEA. Este software disponibiliza endpoints para que o mobile e o painel administrativo
adquiram dados do banco de dados. Também realiza o processamento dos dados enviados pelo
mobile para persistir no Banco de Dados.

4.3.1.1 LIQUIBASE

Pensando na constante mudança que o banco de dados sofre durante o desenvolvimento


do projeto utilizamos o framework liquibase para o versionamento do Banco de Dados. Este
framework garante que mesmo que os scripts sejam executados muitas vezes, não teremos
problemas com o banco de dados, se o liquibase já executou o script uma vez, ele não executará
novamente.

4.3.1.2 SPRING BOOT

O Spring Boot é um projeto da Spring que veio para facilitar o processo de configuração
e publicação da aplicação. Este projeto visa ter o projeto rodando o mais rápido possível.
Utilizando este framework temos uma maior facilidade para montar os endpoints, realizar
queries no banco de dados através da configuração do JPA.

4.3.1.3 BANCO DE DADOS


30

No presente projeto o banco de dados escolhido para utilização foi o MySQL. Este banco
de dados é utilizado por grandes aplicativos como Facebook, Twitter e Youtube. Também vale
destacar o uso pela NASA, HP, Bradesco, Sony e outras empresas (INFOESCOLA, 2018).
Alguma das vantagens do Mysql em relação a outros bancos de dados do mesmo porte é ter uma
facilidade maior para programação, possui funções mais simples e por ter código aberto facilita a
edição para as necessidades do usuário. Neste banco as definições de coluna e tabela são
guardadas em um arquivo com extensão .frm. Os índices e dados das tabelas são armazenados
em arquivos separados. A Figura X apresenta a modelagem do banco de dados através da
diagramação ER utilizando o software Astah Community para o desenvolvimento.

Figura X – Diagrama ER
31

4.3.2 APLICATIVO MOBILE

O Aplicativo Mobile foi desenvolvido na linguagem JavaScript utilizando o framework


ReactNative. Apesar de no projeto só disponibilizarmos o aplicativo para o sistema operacional
Android, a escolha desta tecnologia foi devido a possibilidade de exportar o aplicativo para o
sistema operacional iOS e para o Android com um esforço muito menor comparado a um
aplicativo em linguagem nativa destes sistemas, fazendo com que o custo do projeto possa ser
reduzido.

Figura X – Tela de Login do Aplicativo


32

Figura X – Tela de HomeScreen do Aplicativo

Figura X – Tela das Propriedades que o funcionário pode acessar


33

Figura X – Tela do Aplicativo em que pode parear o aplicativo ao bluetooth

Figura X – Tela do Aplicativo em que o usuário pode sincronizar os dados coletados


34

Figura X – Tela do Menu de Opções de um funcionário para um animal identificado

Figura X – Tela para edição do animal


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Figura X – Tela de Registro de Vacina

Figura X – Tela de Registro da Doença


36

Figura X – Tela de registro do parto

Figura X – Tela do histórico de eventos do animal


37

Figura X – Tela do Menu de Opções de um funcionário para um animal não identificado

A Figura X apresenta como funciona o fluxo do aplicativo parear com o bastão de


identificação, receber a informação da tag e abrir o menu de opções correto para o usuário.
Primeiro o usuário clica no botão `Parear ao Dispositivo` apresentado na figura X. Após isso, o
aplicativo procura o bastão, caso seja encontrado é realizado o pareamento. Com os sistemas
pareados, o aplicativo fica aguardando receber a informação, uma vez recebida, acontece o
processamento dos dados, então é atualizada a tela de informação da bateria. Quando o usuário
encosta o bastão identificador em um brinco com rfid, o bastão envia para o aplicativo uma
informação com um formato específico, indiciando para procurar o animal com a tag enviada.
Caso o animal seja encontrado, abrirá uma tela que da a possibilidade do usuário editar
informações do animal e registrar eventos, caso contrário, poderá cadastrar este animal.
38

Figura X – Fluxo do aplicativo desde o pareamento até o cadastro das informações

4.3.2.1 COMUNICAÇÃO COM O BASTÃO IDENTIFICADOR

Para a comunicação do aplicativo com o bastão identificador, utilizamos uma biblioteca


para o React Native chamada ReactNativeBLE PLX, esta biblioteca nos disponibiliza uma forma
de utilizar módulos nativos bluetooth de ambos sistemas operacionais. Para o sistema
39

operacional Android é preciso realizar uma configuração específica disponível no site github da
biblioteca.

4.3.3 PAINEL DE ADMINISTRAÇÃO WEB

O Painel de Administração WEB foi desenvolvido com a linguagem javascript e o


framework ReactJS, utilizando a IDE de desenvolvimento Visual Studio Code. Este software
disponibiliza para o produtor uma maneira de checar os dados coletados por seus funcionários
através do aplicativo mobile.

Figura X – Tela de HomeScreen do Painel

Figura X – Tela que mostras os animais


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Figura X – Tela dos Eventos do Animal

5 TESTES E RESULTADOS

Para chegar a um produto que consiga cumprir as funcionalidades previstas, foram


realizados alguns testes.

5.1 MÓDULO BLUETOOTH

O primeiro teste realizado foi em relação a distância do módulo Bluetooth, o teste foi feito
em dois ambientes distintos, o primeiro ambiente foi uma residência, onde havia algumas
paredes para interferir no sinal, a comunicação funcionou perfeitamente até uma distância de ...
metros, conforme esta distância foi aumentando o pareamento do módulo com o aplicativo
começou a cair o que impossibilitava a sua utilização. O segundo ambiente foi em uma estrada
com poucas interferências, nessa situação a comunicação via Bluetooth funcionou até uma
distância de ... metros, esse segundo caso se assemelha mais ao ambiente em que o produto será
utilizado que é ao ar livre.
41

5.2 AUTONOMIA DA BATERIA

O segundo teste foi para medir a autonomia da bateria, para isso foi utilizado um
multímetro, este constatou que o circuito do bastão apresenta uma corrente de aproximadamente
150mA, sabendo-se que a bateria usada é de aproximadamente 2000mAh, pode-se concluir que
para bateria se descarregar por inteira demoraria aproximadamente 13 horas, porém no projeto e
para fins de segurança, pelo projeto utilizar uma bateria de lítio e para o melhor funcionamento
do sensor RFID, foi utilizado a faixa da bateria de 3,1V até 4,1V, assim sendo, para calcular o
valor aproximado da duração da bateria foi necessário realizar o cálculo a seguir:

1 - Regra de 3 para saber a % da faixa utilizada:

4,1x = 3,1*100 => x = 75% Logo, a faixa representa 100%-75% = 25%;

2 – Sabendo-se que 100% dariam 13 horas de bateria:

13 horas x 60 = 780 minutos => Logo, 780 minutos * 25% / 100% = 195 minutos;

Assim pode-se concluir que após 3 horas e 15 minutos de funcionamento, o aplicativo


mobile mostrará para o usuário que o bastão necessita ser carregado.

5.3 DISTÂNCIA DE CAPTURA DA TAG RFID

Para o teste de captura, foram usados dois tipos de tags RFID, uma no formato de um
cartão, que se assemelha a um brinco usado na pecuária e outra no formato de um chaveiro. O
chaveiro respondeu mal ao teste já que para o sensor notar sua presença era necessário encostar a
tag no bastão, isso faz com que seu uso não seja apropriado para a pecuária. A tag no formato de
cartão se saiu melhor no teste, pois após a passagem de 20 vezes sobre o sensor, pôde-se concluir
que essa tag é notada perfeitamente até uma distância de 3 cm. A figura 21 possui os resultados
obtidos.
42

100%

90%

80%

70%

60%

50% Cartão RFID


Chaveiro RFID
40%

30%

20%

10%

0%
1cm 2cm 3cm 4cm 5cm

Figura 21 – Resultados distância tag RFID

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E TRABALHOS FUTUROS

Fazer as considerações finais do projeto desenvolvido levantando problemas entre a


proposta e os resultados, problemas encontrados e soluções adotadas ( não enfatizar problemas e
sim as soluções). Citar possíveis modificações ou melhorias para desenvolvimentos futuros.
Exemplo:
O projeto propôs um sistema de exoesqueleto para reabilitação de portadores de
paraplegia. De acordo com os dados obtidos através dos testes de confiabilidade (ver Capítulo 5),
ao realizar um acionamento através da técnica de EMG, o sistema pode apresentar um erro de
interpretação até 15%. Tal problema é causado pela presença de artefatos de movimento e de
ruídos de alta frequência. A troca do conjunto de filtros analógicos por um filtro digital de ordem
superior é uma alternativa para solução desse problema.
43

7 BIBLIOGRAFIA

Relacionar todas as referências bibliográficas citadas no texto em ordem alfabética e


outras utilizadas mesmo que parcialmente. Utilizar o padrão ABNT.

Exemplo:
LIFELINK. Rastreamento de gado: tecnologias disponíveis, 2018. Disponível em:
<https://www.lifelink.com.br/rastreamento-de-gado/>. Acesso em: 28 out. 2018.

MASSUTTI, Jefferson E. Simulador de Acelerações Virtuais – SAV-6. TCC do curso de


graduação em Engenharia da Computação da Universidade Positivo, 2013.

McROBERTS, Michael. Arduino Básico. 1. ed. : Novatec, 2011.

OLIVEIRA, A. S.; ANDRADE F. S. Sistemas Embarcados: Hardware e Firmware na Prática. 2.


Ed. São Paulo: Érica.

OLIVEIRA, J. L.; REICHEL, A. G. Simulador de direção de automóveis para telecontrole de


automodelos. Trabalho de iniciação científica desenvolvido em 2014.
44

Apêndice A

Aqui devem ser inseridas fotos, imagens, outros detalhes de montagem mecânica e
elétrica, partes do software citadas no texto, etc., todas desenvolvidas pelos integrantes do
projeto.

Anexo A

Aqui devem ser inseridas fotos, imagens, outros citados no texto, etc., que tenham sido
copiadas pelos autores como circuitos, datasheets, montagens de outros autores, etc.

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