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Suj x obj ou racional x real - sempre brigaram na história da filosofia, mas Hegel
vê os dois como formando uma hélice, onde não são contrário no sentido de se
excluírem mas de incluírem um no outro. Assim, os suj tentam dizer o mundo, as
coisas, os obj e fracassam. Mas de fracasso em fracasso vamos dizendo muito de
como percebemos o mundo e o mundo mesmo é que vai sendo produzido por nós.
Mas sem ele não teríamos começado a pensar e algo dele está indo sempre parar
no pensamento.
Conceitos não são meros nomes ou representacoes das coisas. Nos conceitos
nós (suj) e as coisas (obj) estamos juntos E separados. (pgs 50,60 do Dialeticomix)
Se temos consciência de como sabemos o que sabemos, sabemos que saber é
um processo, onde o pp erro faz parte. (pg 73 do Dial…)
Saber via enfrentamento da vida é que é... Quem trabalha nega o mundo
objetivo apenas relativamente, na real se apropria do mundo via mediação
com o objeto. (pg 76 do Dial...)
2017/2
1) como pode haver uma ciencia anti-burguesa?(o marxismo mais fiel à dialt não
as nega, mas conserva superando; o stalinismo que é mais anti é que acaba
sendo pró. o que o hegel chamava de contrários-idênticos)
2) historicizar as ciências naturais e não naturalizar as sociais.
3) filosofia (das ideias) x ciência (dos fatos) x a prática humana e social de
produzir a ambas.
4) alienação x saída da alienação via perspectiva da totalidade
Qual a natureza dessa transição da filosofia para a ciência? E como ela se relaciona com a
transição mais geral, observada na cultura europeia como um todo, onde a filosofia cedeu
sua posição de predominância intelectual para a CIÊNCIA: primeiro para as ciências
naturais no século XVII e, depois, para a ciência social, no próprio século de Marx?
Do mesmo modo como, na prática, o marxismo opõe-se à política burguesa, ele também se
opõe às ideias e teorias burguesas. No entanto ele não rejeita simplesmente as teorias
burguesas, mas as absorve e transforma dialeticamente.
Sendo a teoria marxista principalmente uma ciência social, ela critica as ciências sociais
burguesas embora busque herdar a mesma tradição de cientificidade das ciências naturais
reivindicada pela cultura burguesa.
Quem responde que SIM, o marxismo tem a sua própria filosofia baseia-se mais na obra
tardia de Engels (e é o que dá base pras leituras mais stalinistas)
Quem diz que NÃO se baseia mais na obra inicial de Marx e dá base às criticas ao
cientificismo stalinista - dialeticamente falando, ele sim mais em conformidade com as
ciências burguesas. Como ele faz isso?
Sendo contraditória, a realidade só pode ser explicada com exatidão por meio de
proposições contraditórias, exigindo, em consequência, uma LÓGICA dialética
especial que supera a lógica formal e seu princípio de não contradição.
A la Engels final, ciência. Exagerando na dose, Engels diz que a filosofia se tornaria
supérfula e o que haveria nela de valor seria apropriado e transformado pela ciência.
Daí, os russos pegarem isso dele e transofrmarem o Materalismo Histórico (DiaMat) em
ciência natural do Estado soviético!!!! (esvaziando junto com o papel da filosofia o dos
indivíduos em geral).
De todo modo…
A ciência é, dentre todos os tipos de teoria, a que mais se aproxima da realidade e a mais
capaz de retratá-la. Para Marx e Engels, a filosofia conserva da religião um idealismo mais
ou menos residual, de modo que o materialismo filosófico, embora seja em si mesmo um
progresso em relação ao idealismo filosófico, é ainda, por ser filosofia, idealista, pois
concebe como fundamento do pensamento não a realidade material, mas a ideia necessária
da realidade material.
A alternativa não filosófica, que reconhece seu fundamento na própria realidade material, é
a ciência. Para a ciência, o conhecimento da realidade é possível, mas nenhuma ideia,
por mais imersa que esteja na estrutura conceitual, é inquestionável. As ideias
necessitam, em última análise, de uma legitimação científica, mesmo que indireta, em
termos de sua adequação à realidade.
EU → Por outro lado, a realidade e os testes de adequação a ela podem sempre ser
questionados pelo mal estar e agonia dos indivíduos. Ou seja o pensamento, mesmo
não sendo religioso, tem um campo a zelar! Isso é aderir a um certo idealismo?
Para Hegel, o objeto do conhecimento não é material, mas ideal, produto do espírito, numa
atividade na qual o espírito se objetifica ou aliena. A alienação implica perda e ilusão; perda
do eu e a ilusão de que aquilo que se perde não é o produto do espírito, mas alguma outra
coisa. Isso prepara o terreno para a saga histórica de Hegel, de reparação ou reconciliação,
uma saga cognitiva dentro da consciência e que leva ao objetivo do Conhecimento
Absoluto.
Para Marx, há que transformar esse idealismo filosófico em elementos de uma ciência da
sociedade. Nesse processo, ele desenvolve um materialismo especificamente social,
desviando da matéria para a prática (material) a concepção do que é material. [EU acho que
assim, ele se super aproxima de Hegel e lido pelos atuais Brandon, Pippin, etc que dizem
que, não há uma só ideia transcendental que não seja um instituição social].
O conhecimento da natureza adquirido pela ciência física é o de um objeto que ela mesma
afirma ser externo e independente em relação à consciência. Mas ao absorver esse
princípio do materialismo filosófico, Marx [EU também!!!] rejeita a relação individualista
sujeito-objeto como seu fundamento. Seguindo Hegel, ele ressalta a aquisição do
conhecimento como um processo de produção sócio-histórico ativo, mas lhe dá uma
interpretação materialista, argumentando que, como o conteúdo do conhecimento é uma
abstração da atividade intelectual, assim também a atividade intelectual é uma abstração da
prática (material) e, em última análise, da produção econômica dos bens materiais. [Ou
seja, por trás do trabalho do intelecto que produz ideias, tem o trabalho das mãos que
produz comida! E claro que neste há também ideias, mas não menos especulativas, ou
mais práticas.]
Para a ciência social, a prática sócio-histórica não é apenas a condição inevitável, mas
também o objeto do conhecimento. A sociedade, como objeto do conhecimento
científico, é uma estrutura de práticas, tendo por base a prática material. Embora a
natureza não seja produzida por nós, nem certamente pela atividade espiritual pura, como
pretende o idealismo, produzimos realmente bens e artefatos, e com isso, produzimos ou
reproduzimos, mesmo que não deliberadamente, nossas relações sociais e, portanto, a
própria sociedade.
Mas se estamos todos na mesma sociedade porque as coisas são vistas de modo diverso
por cada um? Marx, vai dizer que não é bem por cada um, mas por visões organizadas
dentro de classes e que obrigada uma investigação para além do que é visível no aqui e
agora. Uma investigação sobre a alienação. Como sabemos que existe alienação? Porque
investigamos da perspectiva da TOTALIDADE. Ou seja, ao observarmos estas atividades
(trabalho material ou não) de uma perspectiva histórica (e até geográfica) mais ampla.
Vemos perdas e ilusões que precisam ser explicadas, inclusive naquilo que se tornam
coisas concretas, como o capital. Ele próprio não é só a concretização de trabalho produtor
de coisas mas de trabalho produtor de concepções de mundo que nos alienam!
Mas...
A alienação não deve ser entendida filosoficamente como um aspecto eterno da condição
humana, mas cientificamente, como algo passível de transformação, uma transformação na
qual a ciência pode e deve desempenhar um papel prático efetivo. A unidade da estrutura
social é contraditória, uma estrutura de classe contraditória tendo por base o contraditório
modo de produção capitalista. Sob a pressão dessas contradições, a sociedade vive um
processo de mudança que leva a uma situação revolucionária na qual a classe operária,
armada da ciência de Marx como sua IDEOLOGIA teórica, as eliminará, colocando a ordem
social sob controle humano e, nesse processo, liberando-se a si mesma e à humanidade
em geral.