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Capítulo 3
Modulação Angular
3.1. Introdução
Seja a portadora genérica:
A → Amplitude
p(t ) = A.cos (θ )
θ → Ângulo
Se A = A(t ) → Sistemas de Modulação em Amplitude
Se θ = θ (t ) → Sistemas de Modulação Angular
No nosso caso:
AM: p(t ) = A(t ).cos (ω0t + φ0 ) Modulação em Amplitude
FM: p(t ) = A.cos (ω (t ).t + φ0 ) Modulação em Frequência
PM: p(t ) = A.cos (ω0t + φ (t ) ) Modulação de Fase
Ex.:
1
f(t)
0
-1
1
p(t)
0
-1
φDSB-SC(t)
1
0
-1
1
φFM(t)
0
-1
1
φPM(t)
0
-1
0 1 2 3 4 5
t
Ex.:
f(t)
0.5
0
0 1 2 3 4
t
1
0.5
φFM(t)
0
-0.5
-1
0 1 2 3 4
t
• Frequência Instantânea: ωi
dθ (t )
Podemos definir: ωi (t )
dt
Logo: t
θ (t ) = ωi (τ ).dτ + θ 0
0
Ex.:
80.0
1
φ(t)=cos(10* 2 π t)
0.5 60.0
ω =10* 2 π
0 40.0
i
-0.5 2 0.0
-1
0.0
0 0.5 1 0 0 .5 1
t t
2) ϕ (t ) = A.cos (10π t + π t 2 )
d 10π t + π t 2
ωi (t ) = = 10π + 2π t
dt
6 0 .0
1
φ(t)=cos(10 π t+π t )
2
5 0 .0
ω =10 π+2 π t
0 .5 4 0 .0
0 3 0 .0
-0 .5 2 0 .0
i
1 0 .0
-1
0 .0
0 1 2 3 0 1 2 3
t t
ϕ PM (t ) = A.cos (ωct + K p . f (t ) )
onde:
ωc : Frequência da Portadora
K p : Constante
f (t ) : Sinal Modulante (informação)
Frequência instantânea:
dθ (t ) d ωc t + K p f (t )
ωi (t ) = =
dt dt
d f (t )
Logo: ωi (t ) = ωc + K p
dt
Logo: A frequência instantânea varia linearmente com a derivada do sinal modulante f(t).
Kp : Constante que converte variações de volts da f(t) em variações de fase (em radianos).
É definida pelo circuito de modulação.
Unidade: K p = rad / V
ωi (t ) = ωc + K F f (t )
t
θ (t ) = [ωc + K F f (τ )] dτ
0
t
θ (t ) = ωc t + K F f (τ )dτ
0
t
ϕ FM (t ) = A.cos ωc t + K F f (τ )dτ
0
Logo a fase da portadora varia linearmente com a integral do sinal de informação f(t).
K F : Constante que converte variações de volts do sinal f(t) em variações de velocidade angular
(rad/s) da frequência instantânea.
rad
Unidade: [ K F ] =
V .s
Notação Fasorial:
ϕ (t ) = A.cos (θ (t ) ) ←
→ ϕˆ (t ) = A.e jθ (t )
Então: ϕ (t ) = Re { A.e jθ (t ) }
Logo:
j ωc t + K p f ( t )
ϕˆPM (t ) = A.e Sinal PM: ϕ PM (t ) = Re {ϕˆ PM (t )}
t
j ωc t + K F f (τ ) dτ
ϕˆ FM (t ) = A.e 0
Sinal PM: ϕ FM (t ) = Re {ϕˆ FM (t )}
t
Definindo: g (t ) = f (τ )dτ
0
Obs.: Embora PM e FM sejam formas diferentes de modulação angular, não são essencialmente
diferentes, uma vez que qualquer variação na fase de uma portadora resulta em uma variação na sua
frequência instantânea e vice-versa.
Portanto o estudo a ser feito para FM também se aplica a PM.
f (t ) Modulador ϕ PM (t ) f (t )
d Modulador ϕ PM (t )
PM dt FM
f (t ) Modulador ϕ FM (t ) f (t ) Modulador ϕ FM (t )
FM PM
FM:
*Frequência Instantânea: ωi (t ) = ωc + K F f (t )
ωi (t ) = ωc + K F .a.cos (ωmt )
ω (t) [103 rad/s]
20
15
i
∆ω
ω 10
c
0
0 1 2 3 4
t
ωi (t ) = ωc + ∆ω.cos (ωmt )
onde: ∆ω = a ⋅ K F
*Ângulo:
t
θ (t ) = ωi (τ )dτ
0
t
θ (t ) = [ωc + ∆ω.cos(ωmτ )] dτ
0
∆ω
θ (t ) = ωct + sin(ωmt )
ωm
β : Índice de Modulação
Representa o máximo deslocamento de fase do sinal em relação à portadora.
Unidade: [ β ] = rad
- FM de Faixa Estreira
- FM de Faixa Larga
ϕˆ FM (t ) = A.e j[ω t + K
c F g (t ) ]
ϕˆ FM (t ) = A.e jω t .e jK
c F g (t )
x2 x3
Lembrando Expansão em Série de Taylor: e = 1 + x + + + ...
x
2! 3!
Assim:
ϕˆ NBFM (t ) = A.e jω t [1 + jK F g (t )]
c
Logo:
ϕˆ NBFM (t ) = A.[cos(ωct ) + j sin(ωc t ) ][1 + jK F g (t ) ]
ϕˆ NBFM (t ) = A [cos(ωct ) + j sin(ωc t ) + jK F g (t ) cos(ωct ) − K F g (t ) sin(ωct ) ]
ϕˆ NBFM (t ) = A [cos(ωct ) − K F g (t ) sin(ωc t ) ] + jA [sin(ωct ) + K F g (t ) cos(ωc t ) ]
Como:
ϕ NBFM (t ) = Re {ϕˆ NBFM (t )}
Temos:
Ex.:
f (t ) = a.cos(ωmt )
Cálculo de g(t):
t
g (t ) = f (τ )dτ
0
a
g (t ) = sin(ωmt )
ωm
a
ϕ NBFM (t ) = A.cos(ωc t ) − AK F sin(ωm t ) sin(ωc t )
ωm
1
Lembrando: sin( A) sin( B ) = [cos( A − B) − cos( A + B)]
2
ϕ NBFM (t ) = A.cos(ωct ) −
A KF a
2 ωm
{cos [(ωc − ωm )t ] − cos [(ωc + ωm )t ]}
β {cos [ (ωc + ωm )t ] − cos [ (ωc − ωm )t ]}
A
ϕ NBFM (t ) = A.cos(ωct ) +
2
Φ (ω )
NBFM
10
πA πA
5
π A β/2 π Aβ/2
-ω c+ωm ω c-ω m
0 -ω c ω
-ω c-ωm c ω +ω
c m
-π A β/2 -π Aβ/2
-5
-10
-100 -50 0 50 100
ω
Conclusão: Sinais FM e PM de banda estreita ocupam a mesma largura de banda ( 2ωm ) que o sinal
AM DSB.
a.K F
Como β= Temos que β 1
ωm
t
Cálculo do: g (t ) = f (τ )dτ
0
Lembrando da Propriedade de Integração no tempo da Transformada de Fourier:
f (t ) ←→ F (ω )
1
g (t ) ←→ F (ω ) = G (ω )
jω
G (ω )
Gráfico: 1
0 .8
Seja o Sinal G (ω ) : 0 .6
0 .4
0 .2
0
-3 -2 -1 0 1 2 3
ω
Então:
0.1 0.1
-ω c
0 0
-ω c ωc ωc
-0.1 -0.1
f (t ) X
- + ϕ NBFM (t )
+
A.sin(ωc t )
Defasador
90o
p(t ) = A.cos(ωc t )
f (t ) X
- + ϕ NBPM (t )
+
A.sin(ωc t )
Defasador
90o
p(t ) = A.cos(ωc t )
A exponencial e j β sin(ωmt ) é uma função periódica com período T = ω2πm e pode ser expandida
em Série de Fourier:
+∞
j β sin(ωm t )
e = Fn .e jnωmt
n =−∞
onde Fn são os coeficientes da Série Exponencial de Fourier, calculados por:
T /2
1
Fn = e j β sin(ωmt ) .e − jnωmt .dt
T −T / 2
x dx
Fazendo: ωmt = x t= e dt =
ωm ωm
Limites da Integral:
T ω T ω 2π
t= x= m = m =π
2 2 2.ωm
T −ωmT −ωm 2π
t=− x= = = −π
2 2 2.ωm
Logo:
π
1 dx
Fn = e j β sin( x ) .e − jnx .
T −π
ωm
π
1
Fn = e j ( β sin( x ) − nx ) .dx
2π −π
Esta integral pode ser calculada em termos dos parâmetros n e β e já existe tabulada.
É denotada por J n ( β ) , Função de Bessel de Primeira Espécie e ordem n.
Logo:
+∞
e j β sin(ωm t )
= J n ( β ) .e jnωmt
n =−∞
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1
-15 -10 -5 0 5 10 15
β
Então:
+∞
ϕˆFM (t ) = A.e jω t . c
J n ( β ) .e jnωmt
n =−∞
+∞
ϕˆFM (t ) = A. J n ( β ) .e j (ωc + nωm ) t
n =−∞
+∞
J 0 ( β ) .cos [ωc t ] + J1 ( β ) .cos [ (ωc + ωm )t ] + J 2 ( β ) .cos [ (ωc + 2ωm )t ] + J 3 ( β ) .cos [ (ωc + 3ωm )t ] + ...
ϕ FM (t ) = A.
+ J −1 ( β ) .cos [ (ωc − ωm )t ] + J −2 ( β ) .cos [ (ωc − 2ωm )t ] + J −3 ( β ) .cos [ (ωc − 3ωm )t ] + ...
Usando as propriedades:
J 0 ( β ) .cos [ωc t ] + J1 ( β ) .cos [ (ωc + ωm )t ] + J 2 ( β ) .cos [ (ωc + 2ωm )t ] + J 3 ( β ) .cos [ (ωc + 3ωm )t ] + ...
ϕ FM (t ) = A.
− J1 ( β ) .cos [ (ωc − ωm )t ] + J 2 ( β ) .cos [ (ωc − 2ωm )t ] − J 3 ( β ) .cos [ (ωc − 3ωm )t ] + ...
As constantes J n ( β ) podem ser obtidas de tabela ou calculadas pela HP48 (necessita programa).
0.7651cos [ωc t ] + 0.4400 cos [ (ωc + ωm )t ] + 0.1149 cos [ (ωc + 2ωm )t ] + 0.0195cos [ (ωc + 3ωm )t ] + 0.0020 cos [ (ωc + 4ωm )t ] + ...
ϕ FM (t ) = A.
− 0.4400 cos [ (ωc − ωm )t ] + 0.1149 cos [ (ωc − 2ωm )t ] − 0.0195.cos [ (ωc − 3ωm )t ] + 0.0020 cos [ (ωc − 4ωm )t ] + ...
Φ FM(ω)
0.8
J (1)
0
0.6
J (1)
1
0.4
ω c-ω m
0.2 J (1)
J (1) 2
2
J (1)
3
0 ωc
ω c-2ω m ω c+2ω m
-0.2
ω c+ω m
-0.4
-J (1)
1
-0.6
ω
Observações:
Conclusões:
• Para β < 0.2 , somente J 0 ( β ) e J1 ( β ) possuem valores significativos, de modo que apenas
a portadora e as faixas laterais de 1a ordem são significativas → FM de Faixa Estreita.
Então: W = 2ωm
Φ (ω )
NBFM
10
πA πA
5
π A β/2 π Aβ/2
-ω c+ωm ω c-ω m
0 -ω c ω
-ω c-ωm c ω +ω
c m
-π A β/2 -π Aβ/2
-5
-10
-100 -50 0 50 100
ω
a1 K F a2 K F
θ (t ) = ω c t + sin(ω1t ) + sin(ω2t )
ω1 ω2
a1 K F a2 K F
Chamando: β1 = β2 =
ω1 ω2
Podemos escrever:
θ (t ) = ωc t + β1 sin(ω1t ) + β 2 sin(ω2t )
+∞
Temos:
+∞ +∞
ϕˆ FM (t ) = A.e jωc t
. J n ( β1 ) .e jnω1t
⋅ J k ( β 2 ) .e jkω2t
n =−∞ k =−∞
+∞ +∞
ϕˆ FM (t ) = A.e jω t . c
J n ( β1 ) J k ( β 2 ) e j ( nω1 + kω2 )t
n =−∞ k =−∞
+∞ +∞
J n ( β1 ) J k ( β 2 ) e
j (ωc + nω1 + kω2 )t
ϕˆ FM (t ) = A.
n =−∞ k =−∞
- Quando o Sinal f(t) possui duas frequências, o espectro do sinal FM possuirá, além das faixas
(ωc ± nω1 ) e (ωc ± kω2 ) , correspondentes às frequências ω1 e ω2 , as faixas correspondentes à
modulação cruzada (intermodulação) (ωc ± nω1 ± kω2 ) .
Diferente do que acontece na modulação AM.
Logo: AM → Sistema Linear
FM → Sistema Não-Linear
De acordo com a definição da largura de banda de um sinal: W é a largura de banda tal que
contenha 98% da Energia/Potência do sinal.
nmax
J n ( β ) ≥ 0,98
2
Logo podemos definir nmax tal que:
n =− nmax
Uma possível aproximação é adotarmos a maior ordem tal que: J nmax ( β ) > 0, 01
Dados:
B: Largura de Banda em Hz W: Largura de Banda em rad/s
fm: Maior frequência do sinal f(t) em Hz ωm: Maior frequência do sinal f(t) em rad/s
∆f = 2π .∆ω : Desvio de frequência em Hz ∆ω: Desvio de frequêcia em rad/s
Do Exemplo Anterior:
Qual a largura de banda quando se modula uma portadora p(t ) = A.cos(ωc t ) com o sinal
f (t ) = a.cos(ωmt ) , em FM com índice de modulação β = 1 .
0.7651cos [ωc t ] + 0.4400 cos [ (ωc + ωm )t ] + 0.1149 cos [ (ωc + 2ωm )t ] + 0.0195cos [ (ωc + 3ωm )t ] + 0.0020 cos [ (ωc + 4ωm )t ] + ...
ϕ FM (t ) = A.
− 0.4400 cos [ (ωc − ωm )t ] + 0.1149 cos [ (ωc − 2ωm )t ] − 0.0195.cos [ (ωc − 3ωm )t ] + 0.0020 cos [ (ωc − 4ωm )t ] + ...
Φ FM(ω)
0.8
J (1)
0
0.6
J (1)
1
0.4
ω c-ω m
0.2 J (1)
J (1) 2
2
J (1)
3
0 ωc
ω c-2ω m ω c+2ω m
-0.2
ω c+ω m
-0.4
-J (1)
1
-0.6
ω
+∞ +∞
Φ NBFM(ω)
1.2
0.8
0.6
0.4
ω c+(ω 1-ω 2) ω c+(ω 2-ω 1)
0.2 ω c-ω 1
ω c-ω 2 ω c+ω 1+ω 2
0 -ω ωc
c ω +ω
ω c-(ω 1+ω 2) ω c+ωc1 2
-0.2
-200 -150 -100 -50 0 50 100 150 200
ω
Obs.: A Largura de banda do sinal composto por 2 frequências (ω1 , ω2) modulada em NBFM
(β=0.2) é determinada pela maior frequência do sinal: ωm = max{ω1 , ω2 }
Se β for maior, FM faixa larga, há o aparecimento das intermodulações que aumentam a largura de
banda necessária à transmissão. Sendo necessário calcular o nmax, para aplicar nas equações da
largura de banda pelas vistas anteriormente.
Uma aproximação mais precisa, que despreza menos raias espectrais é dada por:
Conclusão:
Exemplos:
1) FM Comercial:
Foi definido por norma internacional (FCC – Federal Communication Comission
www.fcc.gov )que ∆f = 75kHz
Logo:
∆f 75k
β= = =5
f m 15k
108M − 88M
Idealmente, esta faixa permitiria: = 100 estações de rádio
200k
Porém evita-se que duas emissoras ocupem faixas vizinhas. Para prevenir interferências de uma
estação na outra e para permitir a transmissão de sinais de áudio estéreo.
Transamérica
200kHz
2) Sinal de Áudio de TV
∆f = 25kHz
FM
f m = 15kHz
Largura de Banda:
• Carson: B = 2∆f + 2 f m = 2 × 25k + 2 ×15k = 80kHz
• nmax = β + 2 : B = 2∆f + 4 f m = 2 × 25k + 4 ×15k = 110kHz
• Potência do Sinal FM
Dado o sinal de informação: f (t ) = a.cos(ωmt )
Vimos que o sinal modulado FM correspondente é dado por:
ϕFM (t ) = A.cos [ωct + β sin(ωmt )]
Lembrando:
2π
T /2 T /2
1 1
Pf = fT (t ) dt = ( A.cos(ω0t ) ) dt ω0 =
2 2
T −T / 2 T −T / 2 T
A2
Pf =
2
A2
PFM =
2
Independente do sinal de informação.
A2
Sabendo que a portadora é: p(t ) = A.cos(ωc t ) cuja potência é: Pport . =
2
Conclusões:
- a Potência de um sinal de FM é constante e igual à potência da portadora. Independente do
índice de modulação β .
Isto ocorre devido ao fato do sinal FM possuir amplitude constante. Lembrando que para
sinais AM, a potência total depende do índice de modulação m.
- Pode-se tornar a potência da raia espectral correspondente à portadora tão pequena quanto se
queira, através de uma escolha conveniente do índice de modulação. Nesta situação a maior
parte da potência estará nas faixas laterais (informação) e a eficiência da transmissão pode
ser tão próxima de 100% quanto se queira.
Ex.: Fazendo β = 2.405 ou β = 5.52 J0 ( β ) = 0
Geração de Sinais de FM
1) FM Indireto
Ex.:
Dado o sinal f (t ) = a.cos(ωmt ) e seu correspondente sinal NBFM
ϕ NBFM (t ) = A.cos [ωct + β sin(ωmt )] com β pequeno
p(t )
Ex. de Implementação 2: Usando PLL (Phase Locked Loop) visto mais adiante.
Obs.: Conversor de frequência: Circuito que multiplica o sinal de entrada por uma sub-portadora
(sinal cossenoidal local) seguido de um filtro passa-baixas de frequência de corte igual a frequência
desta sub-portadora. Serve para alterarmos a frequência central sem alterar os demais parâmetros de
modulação.
ϕ1 (t ) ϕ 2 (t ) ϕ3 (t ) ϕ 4 (t )
- ×64 Conversor ×48
f (t ) X +
Antena
A.sin(ω t ) +
c
Amplificador
Defasador p1 (t ) = cos(ωc1t )
90o
10,9MHz
p(t ) = A.cos(ωc t )
200kHz
Exercício:
Você dispõe apenas de um cristal que oscila a 3,75MHz. Projete um diagrama de blocos de um
transmissor FM para áudio (50 a 15kHz), sabendo que deseja-se ocupar a faixa de 97,5MHz da
banda comercial, ∆f = 75kHz . O sinal de entrada possui amplitude máxima de 15Volts e o circuito
modulador PM possui K F = 31, 25 Hz V . Calcule a combinação de multiplicadores de frequência e
conversores de frequência que efetue essa tarefa.
2) FM Direto
1 1 1
ωi = = ⋅
kc LC0 k
LC0 1 + f (t ) 1 + c f (t )
C0 C0
1 1 1 ⋅ 3 2 1⋅ 3 ⋅ 5 3
Expandindo a função em Série de Taylor: = 1− x+ x − x + ...
(1 + x ) 2⋅4 2⋅4⋅6
1/ 2
2
kc
Se f (t ) 1
C0
1 kc 1 k
Logo: 1/ 2
= 1− f (t ) e ωi = ⋅ 1 − c f (t )
kc 2C0 LC0 2C0
1+ f (t )
C0
1 kcωc
Definindo: ωc = e KF = −
LC0 2C0
D1
Diodo Varicap: ex.: 1N5139 a 1N5148
D1N5148
- Vr +
A capacitância do Varicap é função da tensão de Polarização Reversa (Vr) aplicada nos seus
terminais. O varicap é um diodo dopado de tal forma que, ao ser polarizado reversamente, faz com
que a região de depleção da junção PN varie.
+ +
N N
P P
- -
Vr Maior Vr Menor
Exemplo de circuito:
Vcc
1
L1
P1
0
2
C1
1
L2
C2 ϕFM (t )
P2
Cd 0
2
0 0 0 0
f (t )
1 C 2 ⋅ Cd
ωi = onde C= Série de C2 e Cd
L2 ⋅ C C 2 + Cd
Como Cd<<C2 C ≅ Cd
1 1
Logo: ωi = e ωc =
L 2 ⋅ Cd L 2 ⋅ C0
Vcc
Rc Rc
1
Q4 Q5
P1
Q1
Q6
f (t ) 2
Cb Cb
Q2 Q3 ϕ FM (t )
C0 L0
Q2 e Q3 : Oscilador Astável
Q1 : inverter f(t)
Q4 e Q5 : fontes de correntes dependentes de f(t)
Q6 : Desacoplar a saída
L0 e C0 : Filtro passa-faixas sintonizado na frequência da portadora (1a harmônica)
P1: Ajusta o valor de polarização das fontes de corrente → Frequência da Portadora
Obs.: Qualquer oscilador cuja frequência depende de uma tensão de controle é chamado de VCO
(Voltage Controlled Oscillator)
Demodulação de Sinais FM
1) Discriminador de Frequências
Circuito que converte, linearmente, variações de frequência em variações de amplitude.
Deste modo, um sinal Fm é convertido para um pseudo sinal AM, que pode ser demodulado por
um detector de envoltória.
Detector de
ϕ FM (t ) H(ω) f (t )
ϕ AM ,FM (t ) envoltória
Ex.:
H (ω )
Bode Diagram
20 f(t)
1
15
Magnitude (dB)
0.8
10
0.6
5
0 0.4
-5 0.2
91
90.5 0
t
Phase (deg)
0 5 10 15 20
90
φ (t)
89.5 FM
1
89
0 1
10 10 0.5
Frequency (rad/sec)
0
t
-0.5
-1
0 5 10 15 20
Discriminador:
Quanto maior a frequência → maior a amplitude do 3 φ
AM,FM
(t)
sinal de saída 2
Logo: é um FILTRO !!! 1
0
t
-1
-2
-3
0 5 10 15 20
Tipos de Discriminadores
a) Diferenciador
H (ω )
Y (ω )
X (ω ) d
dx(t )
x(t ) dt y (t ) =
dt
dx(t )
Y (ω ) = H (ω ). X (ω ) = = jω. X (ω )
dt
H (ω ) = ω
Logo: Resposta em Frequência do diferenciador: H (ω ) = jω = π / 2, ω > 0
θ (ω ) =
−π / 2 ω < 0
|H(ω )|=|ω|
0 ω
-6 -4 -2 0 2 4 6
Logo: demodulador FM
ϕ AM , FM (t )
d Detector de
ϕ FM (t ) envoltória y (t )
dt
Análise:
t
ϕ FM (t ) = A.cos [θ (t ) ] onde: θ (t ) = ωc t + K F f (τ ).dτ
0
Assim:
d [ϕ FM (t ) ] d [ A cos θ (t )]
ϕ AM , FM (t ) = =
dt dt
dθ (t )
t
d
ϕ AM , FM (t ) = − A.sin [θ (t ) ]. = − A sin [θ (t ) ] . ωc t + K F f (τ ).dτ
dt dt 0
ϕ AM , FM (t ) = − A.sin [θ (t )] .[ωc + K F f (t ) ]
ϕ AM , FM (t ) = − A.[ωc + K F f (t ) ].sin [θ (t ) ]
Envoltória Ângulo
AM FM
Sinal modulado em amplitude E frequência
y (t ) = − A.[ωc + K F f (t )]
y(t ) = − A.ωc − AK F f (t )
Nível DC Sinal proporcional
filtrar a f(t)
b) Discriminador RC
C
X (ω ) 10p
5p Y (ω )
R
x(t ) 100 y (t )
R RC. jω
Resposta em frequência: H (ω ) = =
1
jω C + R jω RC + 1
Circuito Completo:
C
ϕ AM ,FM (t ) D C2
ϕ FM (t ) R Re Ce K . f (t )
0
Diferenciador Detector de Bloqueio DC
envoltória
Z jω L
Resposta em frequência: H (ω ) = onde Z = jω L // 1
jω C =
Z+R ( jω ) 2 LC + 1
1
jω
Logo: H (ω ) = RC
1 1
( jω ) + jω
2
+
RC LC
d) Discriminador Balanceado
D1
+ +
+
C1 Rd1 Cd1 e1(t)
L L1
ϕ FM (t ) C
-
- e0(t)
C2 Rd2 Cd2 e2(t)
L2
- +
-
D2
1 1 1
ω1 = ω2 = ωc =
L1C1 L2C2 LC
e0 (t ) = e1 (t ) − e2 (t )
1 1
H1(ω ) H1(ω)-H2(ω)
0.5 0.5
ω ω ω
2 2 1
0 ω 0
1 ω
c
ω ω
-1 -1
0 5 10 15 20 25 30 0 5 10 15 20 25 30
Vantagens: Desvantagens:
- Maior região linear - Necessita ajustar 3 circuitos ressonantes
- Alto Ganho
- Não necessita bloqueio DC
Outros Discriminadores:
- Detector de Relação
- Detector Foster-Seeley
Ruído em Sistemas FM
ϕ FM (t )
f(t) Modulador Diferenciador Detector de Filtro Passa-
FM
+ H (ω ) = jω Envoltória Baixas: ωm
Transmissor Receptor
n(t)
Supondo que o ruído introduzido pelo canal de comunicação seja branco, vamos analisar o que
acontece com sua densidade espectral de potência quando aplicado ao Diferenciador:
S n1 (ω ) = 12 S n 2 (ω ) = S n1 H (ω )
2
Como: H (ω ) = jω H (ω ) = ω 2
2
Assim: Sn 2 (ω ) = 12 ⋅ ω 2 = ω 2
2 100
Sn1(ω) Sn2(ω )
1.5
80
1
60
0.5
40
0
20
-0.5
ω ω
-1 0
-10 -5 0 5 10 -10 −ωm -5 0 5 ωm 10
Logo o diferenciador dá ganho maior para frequências maiores, aumentado a potência do ruído
no receptor para estas altas frequências.
Se o sinal de informação for áudio ou voz, sua densidade espectral possui baixos valores para
altas frequências.
Conclusão: A relação Sinal-Ruído é muito baixa nas altas frequências do sinal de áudio, pois o
sinal é mais baixo onde o ruído é mais alto, causando distorção do sinal demodulado.
Pré-Enfase e De-ênfase
Exemplo de redes:
C1 1n
Pré-enfase:
R2 R2 jω + R11C
H1 (ω ) = = = R1 75k
R1 ⋅ 1
R1 1 R2
R2 + jωC
R2 + jω + 4.7k
R1 + 1
jω C
jωCR1 + 1 ( R1 // R2 )C
0
1
ω1 = frequência do Zero
R1C
1
ω2 = frequência do pólo
( R1 // R2 )C
Norma FCC americana: f1 = 2,122 kHz f 2 > 30 kHz
De-ênfase:
R1 75k
1 1
jω C
H 2 (ω ) = =
R1C
C1
1
jωC + R1 jω + R11C 1n
0
1
ω1 = frequência do Pólo
R1C
Norma FCC americana: f1 = 2,122 kHz
H2 ( f ) H1 ( f )
1
f1 = 1
2π R1C f2 =
2π ( R1 // R2 )C
Oscilador Local
fc+10,7MHz CAF
CAG
FM Estéreo
Histórico:
No início as transmissões FM eram feitas em monofônico, com a venda de milhares de
radinhos. Com o advento da transmissão em estéreo surgiu o problema de como fazer com que os
receptores antigos continuassem a receber a estação transmitindo em estéreo.
• Transmissor:
l(t) Pré-ênfase +
+ X
-
38kHz 19kHz Modulador
÷2 + FM
+ Oscilador
r(t) Pré-ênfase +
+
Codificador
Matricial
Análise:
-ωm ωm ω -ωm ωm ω
-ωm ωm ω -ωm ωm ω
Stereo Multiplex
-53k -38k -23k -19k -15k 15k 19k 23k 38k 53k f
Logo a atitude de deixar uma posição vazia a cada 200kHz no espectro de 88 a 108MHz é também
visando a transmissão estéreo.
• Receptor:
Passa-Faixas
Passa-Baixas
38k
23k 53k 15k
f X f
Passa-Faixas
Demodulador banda estreita
FM 19k
×2 +
f + De-ênfase
+
l(t)
Passa-Baixas
-
15k De-ênfase
f +
+
r(t)
Decodificador
Matricial
Análise:
- Após a demodulação FM, o sinal obtido (stereo multiplex) é separado por filtragem.
-53k -38k -23k -19k -15k 15k 19k 23k 38k 53k f -19k 19k f
L(ω)+R(ω)
-15k 15k f
- O sinal diferença l (t ) − r (t ) é transladado para sua posição original através da demodulação DSB-
SC usando detecção síncrona, pelo uso da sub-portadora de38kHz gerada a partir do tom piloto de
19kHz.
sub-portadora
-76k -15k 15k 76k f
Filtragem
-38k 38k f Passa-Baixas
L(ω ) − R (ω )
-15k 15k f
- decodificação matricial:
[l (t ) + r (t )] + [l (t ) − r (t )] = 2l (t )
[l (t ) + r (t )] − [l (t ) − r (t )] = 2r (t )
Observações:
- Se a recepção for monofônica, será reproduzido no alto falante o sinal soma l(t)+r(t), que é o sinal
presente na banda de frequência de 0 a 15kHz. Logo os rádios monos podem receber transmissão
estéreo.
- Se a transmissão for monofônica, ambos os altos falantes reproduzirão o mesmo som, uma vez que
o sinal l(t)-r(t) é igual a zero. Isto pode ser monitorado por um LED que acenda na presença do tom
piloto de 19kHz. Logo os rádios estéreos podem receber transmissão monofônicas.
Histórico:
Os conceitos básicos empregados no circuito PLL foram desenvolvidos nos meados de 1930. Os
circuitos eram caros e utilizados apenas em receptores de rádio de precisão. Com o avanço da
microeletrônica, em 1960, surgiram os primeiros PLLs totalmente integrados, reduzindo seus custos
e popularizando a técnica.
Diagrama de Blocos:
Vi Comparador Vd Filtro Vo
fi de fase Passa-Baixas
Vosc
fosc VCO
Componentes:
1) Comparador de Fase
Tipos:
V1 Vd
a) Analógico: Circuito Multiplicador X
Análise: V2
Seja V1 = cos(ωt + φ1 ) e V2 = cos(ωt + φ2 )
Saída será: Vd = V1 × V2 = cos(ωt + φ1 ) × cos(ωt + φ2 )
1
Vd = [ cos(ωt + φ1 + ωt + φ2 ) + cos(ωt + φ1 − (ωt + φ2 ))]
2
1
Vd = [ cos(2ωt + φ1 + φ2 ) + cos(φ1 − φ2 )] Filtrando PB
2
1
Vo = [ cos(φ1 − φ2 ) ] Logo saída do PB proporcional à diferença de fase
2
Vd V1 V2 Vd
1
V1 3 0 0 0
2 FPB 1 0 1
V2
0 1 1
1 1 0
V1
V2
Vd Vo
2) Filtro Passa-Baixas
C1 C1 C1
1n 1n 1n
0 0 0
Observação: Juntamente com o filtro pode ter um amplificador para adequar o sinal de saída deste
ao nível de sinal necessário ao correto funcionamento do VCO.
Nada mais é do que um modulador FM, podendo ser usados os circuitos vistos anteriormente.
Funcionamento Básico:
• Supondo que o circuito esteja em regime permanente, isto é, f i = f osc e diferença de fase
constante. Com f i = f osc , o sinal Vo é tal que mantém a saída do VCO “amarrada” com o
sinal de entrada.
Logo, no funcionamento básico do PLL, o sinal Vo varia de acordo com a variação de frequência do
sinal Vi. Assim , se Vi = ϕ FM (t ) teremos: Vo = f (t )
Realizando naturalmente a Demodulação FM.
Observação:
A análise dinâmica do PLL envolve conceitos de Sistemas de
Controle, e não será efetuada neste curso.
Devido à limitação de faixa de oscilação imposta pelo VCO, há 2 faixas de frequências importantes
para o PLL.
f1 f2 f0 f3 f4 fosc
f0 : Frequência de oscilação livre do VCO. Frequência que o VCO oscila quando não há sinal
aplicado.
Exemplos e Aplicações:
Os PLLs mais populares são os integrados
CD4046(CMOS) e LM565(BIPOLAR).
VM
Vi fM Comparador Vd Filtro
fi ÷M de fase Passa-Baixas
VN Vosc
fN fosc
÷N VCO
fi f osc
Como: f M = e fN =
M N
fi f N
Temos que: = osc Logo: f osc = fi
M N M
O uso de sintetizadores de frequência com PLL, permite que sistemas digitais controlem a sintonia e
memorização automática de estações de rádio, regeneração da portadora de 38kHz a partir do tom
piloto de 19kHz.
Conclusões
Vantagens do FM sobre o AM
a) Os sistemas FM são mais imunes ao ruído
- Pela faixa de frequência que operam (88-108MHz)
- Por possibilitar o uso de limitadores que eliminam variações de amplitude introduzidas
pelo ruído.
b) Como trabalham na faixa de VHF e UHF, o alcance do FM fica limitado pela linha de
visada direta, possibilitando a utilização de um mesmo canal por várias emissoras, que se
distanciam pouco uma das outras.
- Comunicações Móveis
Desvantagens do FM sobre o AM
a) Necessitam uma largura de banda maior para a transmissão do sinal modulado.
b) Transmissores e receptores mais complexos.
c) Menor alcance, devido à faixa de frequência que operam.