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PRESCRIÇÃO
CONCEITO: é a perda, em face do decurso do tempo do direito de o Estado punir (P.P.P.) ou executar a punição
já imposta (P.P.E.).
Atenção:
Conclusão:
PRESCRIÇÃO
“Art. 5º, XLII CF/88 - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei;”
“Art. 5º, XLIV CF/88- constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;”
FUNDAMENTOS DA PRESCRIÇÃO:
Em resumo:
ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO
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PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA EM ABSTRATO OU PROPRIAMENTE DITA (P.P.P.A.)
Tendo o Estado a tarefa de buscar a punição do delinqüente, deve anunciar até quando essa punição lhe interes-
sa.
Sendo incerto o “quantum” da pena que será fixada na sentença, o prazo prescricional é resultado da combinação
da pena máxima prevista abstratamente no tipo e a escala do art. 109 CP.
Art. 109 C.P. - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110
deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:
Cuidado: a Lei nº 12.234/10 alterou a tabela do art. 109 CP, mais precisamente o seu inciso VI.
Art. 119 C.P. - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, iso-
ladamente.”
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CONSEQUÊNCIAS DA P.P.P.A.:
OBS.:
“Art. 397 C.P.P. - Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá ab-
solver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
2- Eventual sentença condenatória provisória é rescindida (não permite operar qualquer efeito penal ou extrape-
nal)
Quando começa a correr o prazo prescricional anunciado pelo art. 109 CP?
CUIDADO:
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1ªC: “proposta a ação penal” significa ação penal oferecida
ATENÇÃO: INICIADO O PRAZO PRESCRICIONAL (ART. 111 CP) É POSSÍVEL SUA SUSPENSÃO E INTER-
RUPÇÃO.
“Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do cri-
me;
Questões prejudiciais – arts. 92 e 94 CPP (p.ex.: bigamia e anulação do casamento)
II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro (garante a soberania do nosso país).
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tem-
po em que o condenado está preso por outro motivo.” (P.P.E.)
“Causas interruptivas da prescrição
§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos relativamen-
te a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos de-
mais a interrupção relativa a qualquer deles.
§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a correr, nova-
mente, do dia da interrupção.”
OBS.1:
OBS.2:
OBS.3: “Súmula 709 STF: Salvo quando nula a decisão de primeiro grau, o acórdão que provê o recurso contra a
rejeição da denúncia vale, desde logo, pelo recebimento dela.”
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OBS.4:
II - PRONÚNCIA;
Reconhecendo haver prova da materialidade e indícios de autoria de crime doloso contra a vida, submete-se o
caso a julgamento popular.
Atenção: “Súmula 191 STJ: A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o Tribunal do Júri
venha a desclassificar o crime.”
Atenção:
Qual espécie de acórdão condenatório recorrível terá efeito interruptivo: o reformador ou também o confirmatório?
CASO PRÁTICO:
Antes da sentença recorrível, não se sabe a quantidade da pena a ser fixada pelo juiz, razão pela qual o lapso
prescricional regula-se pela pena máxima prevista em lei (teoria da pior das hipóteses). Contudo, fixada a pena,
ainda que provisoriamente, transitando em julgado para a acusação (ou sendo seu recurso improvido), não mais
existe razão para se levar em conta a pena máxima, já que, mesmo diante do recurso da defesa, é proibida a re-
forma para prejudicar o réu. A pena aplicada na sentença passa a ser o novo norte, parâmetro para o art. 109 CP.
CARACTERÍSTICAS DA P.P.P.R.
Atenção:
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CASO PRÁTICO:
OBSERVAÇÕES FINAIS:
OBS.1: Com o advento da lei nº 12.234/10, não mais se considera a P.P.P.R. entre o recebimento da inicial e a
data do fato.
OBS.2: A lei nº 12.234/10 é prejudicial para o réu, portanto, irretroativa (fatos praticados antes admitem a P.P.P.R.
entre o recebimento da inicial e a data do crime).
OBS.3: O recurso da acusação só impede a P.P.P.R. se buscar o aumento da pena. Se o MP recorre contra o tipo
de pena (e não sua quantidade) não impede a P.P.P.R.
OBS.4: Discute-se se esta espécie de prescrição pode ser reconhecida em 1º grau (ou só pelo Tribunal). Temos
duas correntes:
1ªC:
2ªC:
Tal qual a prescrição da pretensão punitiva retroativa, a superveniente (ou intercorrente) tem por base a pena
concreta (a ser combinada com o art. 109 CP).
Diferença:
- P.P.P.R.:
- P.P.P.S.:
CASO PRÁTICO:
FINALIDADE: reconhecer antecipadamente a P.P.P.R. (reconhecer a falta de interesse em prosseguir com ação
penal que certamente será alcançada pela P.P.P.R.).
“Súmula 438 STJ: É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamen-
to em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal.”
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PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA RETROATIVA (P.P.P.V.)
CASO PRÁTICO:
Trata-se de prescrição de pena efetivamente imposta, que tem como pressuposto sentença condenatória com
trânsito em julgado para ambas as partes.
Verifica-se dentro dos prazos estabelecidos no art. 109 CP, os quais são aumentados de 1/3 se o condenado é
reincidente.
Atenção: não é a pena que é aumentada em 1/3, mas sim o prazo prescricional.
Art. 110 C.P. - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada
e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reinci-
dente.”
CONSEQUÊNCIAS DA P.P.E.:
Extingue-se a pena aplicada sem rescindir a sentença condenatória (produz os demais efeitos penais e todos os
extrapenais).
“Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr:
I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão
condicional da pena ou o livramento condicional;
II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena.”
Cuidado:
Atenção: O prazo da P.P.E. pode ser SUSPENSO (art. 116, p. único CP) ou INTERROMPIDO (art. 117, V e VI
CP)
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“Art. 116 C.P. - parágrafo único:
Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre (suspensão do prazo) durante o
tempo em que o condenado está preso por outro motivo.”
“Art. 63 C.P. - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a
sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.”
CASO PRÁTICO:
Art. 113 C.P. - No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional, a prescrição é regu-
lada pelo tempo que resta da pena.”
Art. 115 C.P. - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime,
menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.”
OBS. 2 - Ambos os benefícios permanecem vigentes, sem alteração, mesmo com o advento do Código Civil de
2002 (que alterou a maioridade civil para 18 anos) e do Estatuto do Idoso (assim considerando todo aquele com
idade igual ou superior a 60 anos). Seria necessária revogação expressa dos dispositivos penais.
OBS. 3 - O artigo 115 se aplica a todos os prazos prescricionais, inclusive aqueles previstos na legislação especi-
al e incide sobre todas as modalidades de prescrição (punitiva e executória).
OBS. 4 - Prevalecendo-se o agente das mesmas circunstâncias de tempo, local e modo de execução (art. 71 do
CP), praticando vários crimes da mesma espécie, sendo alguns antes dos vinte e um anos do criminoso e outros
depois, a redução só incidirá nos crimes cometidos antes da maioridade (art. 119 do CP). Já no caso de crime
permanente, iniciado na menoridade e terminado na maioridade, não se reduz o prazo prescricional.
O STF admitiu execução provisória da pena após o julgamento em segunda instância. Qual prescrição
corre até o julgamento de eventuais recursos constitucionais?
FORÇA GALERA!!!
“Os grandes navegadores devem sua reputação aos temporais e tempestades.” (Epicuro)
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