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Faculdade de Engenharia de Agrimensura de

Pirassununga

Projeto Geométrico de Vias


Cálculo de curvas horizontais circulares

Prof. HALAN
Email: halanfl@hotmail.com

Goiânia - 2016
Sumário
1 Introdução ............................................................................................................................. 3
2 Tipos de Curvas ..................................................................................................................... 3
2.1 Estaqueamento ............................................................................................................. 4
3 Geometria da curva circular simples ..................................................................................... 5
3.1 Exercícios ....................................................................................................................... 7
4 Bibliografia ............................................................................................................................ 9

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1 Introdução
O traçado em planta de uma estrada deve ser composto de trechos retos
concordados com curvas circulares e de transição.
• Curvas horizontais: são usadas para desviar a estrada de obstáculos que não
possam ser vencidos economicamente;
• Quantidade de curvas: depende da topografia da região, das características
geológicas e geotécnicas dos terrenos atravessados e problemas de
desapropriação;
Para escolha do raio da curva existem dois fatores que limitam os mínimos
valores dos raios a serem adotados:
• estabilidade dos veículos que percorrem a curva com grande velocidade;
• mínimas condições de visibilidade;

2 Tipos de Curvas
a) Curva Simples é aquela que apresenta um único valor de raio, como a
curva AB apresentada na Figura 1. O ponto A é chamado de Ponto de
Curva (PC) e o ponto B é denominado de Ponto de Tangência (PT).

Figura 1 - Curvas Simples

b) Curvas Compostas são aquelas curvas contínuas formadas de dois ou


mais arcos de curvas, de raios diferentes, como a curva apresentada na
Figura 2. Os pontos A e D são, respectivamente, os pontos PC e PT da
curva, enquanto que os pontos B e C são Pontos de Curva Composta
(PCC).

Figura 2 - Curva Composta

c) Curvas Reversas são aquelas curvas contínuas formadas por arcos de


dois círculos de mesmo raio ou de raios diferentes cujos centros se

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encontrem em lados opostos da curva. O ponto B, comum às duas
curvas é denominado de Ponto de Curva Reversa (PCR).

Figura 3 - Curvas Reversas.

As Curvas Reversas têm aplicações limitadas e não é muito aconselhável


sua aplicação a não ser nas peras de concordância dos traçados em serpentina
para galgar encostas íngremes. Em vias rodoviárias e ferroviárias, devido à
passagem brusca de uma curva a outra e à força centrífuga gerada pela
mudança de direção, as curvas reversas não são empregadas senão com
tangentes intermediárias.

Figura 4 - Curva Reversa em Pera.

2.1 Estaqueamento

O estaqueamento do eixo da rodovia permite que qualquer um de seus


pontos possa ser referenciado em função de tal sistema. Sendo atribuída ao
ponto de início do projeto a estaca “zero”, aos demais pontos equidistantes entre
si atribuem-se numerações progressivas, que representam as estacas 1, 2, 3 e
assim por diante. Nos projetos de estradas utilizam-se normalmente a
equidistância de 20 metros entre estacas (valor padrão de uma estaca). Para a
identificação de pontos situados entre estacas inteiras utiliza-se as estacas
intermediarias, que nada mais é do que o valor da estaca inteira imediatamente

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anterior ao ponto, seguida da distância em metros entre aquela estaca e o ponto
considerado.
Como exemplo, imagine um ponto situado a 45,62m do início do projeto;
esse ponto estará na estaca 02 e mais 5,62 metros, ou seja, na estaca (02 +
5,62m).

Figura 5 - Estacas inteiras e fracionárias.

3 Geometria da curva circular simples


Para concordar dois alinhamentos retos é muito utilizada a curva circular
simples, devido a sua simplicidade para ser projetada e locada. O estudo deste
tipo de curva é fundamental, pois mesmo quando se emprega uma curva de
transição a curva circular continua a ser utilizada na parte central da
concordância.
A Figura 6 a seguir mostra a nomenclatura usada nas curvas horizontais
circulares simples.

Figura 6- Esquema curva circular.

O ponto de início da curva circular denomina-se ponto de curva (PC), que


pode ser à direita (PCD) ou a esquerda (PCE). A outra extremidade recebe o
nome de ponto de tangente (PT). Os principais elementos são:

 Raio da Curva (R): é o raio do arco do círculo empregado na


concordância, normalmente expresso em metros. É um elemento

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selecionado por ocasião do projeto, de acordo com as características
técnicas da rodovia e a topografia da região. A escolha do valor do raio
pode ser feita também por meio de gabaritos, que representam, na escala
da planta, trechos de curvas circulares de diversos raios, de valores
convenientemente escalonados.
 Ângulo Central (AC): é o ângulo formado pelos raios que passam pelo
PC e PT e que se interceptam no ponto O. Estes raios são
perpendiculares nos pontos de tangência PC e PT. Este ângulo é
numericamente igual a deflexão (_) entre os dois alinhamentos, como
pode ser demonstrado.
A soma dos ângulos internos do quadrilátero PC, PI, PT, O vale:

90° + 90° + (180° − ∆) + 𝐴𝐶 = 360°

Portanto:

𝐴𝐶 = ∆

 Tangentes (T): são os segmentos de retas que vão do PC ao PI ou do


PI ao PT (não confundir com a extensão do trecho em tangente entre
duas curvas consecutivas).
Pode-se determinar o comprimento "T" da seguinte forma:
Do triângulo PC, O, PI obtém-se:
𝐴𝐶 𝑇
tan ( ) =
2 𝑅
Logo:
𝐴𝐶
𝑇 = R ∙ tan ( )
2
 Desenvolvimento da Curva (D): é o comprimento do arco do círculo que
vai desde o PC ao PT. A extensão do desenvolvimento da curva circular
é obtida da seguinte expressão:
2∙𝜋∙𝑅 𝐷
=
360° 𝐴𝐶
Logo:
(𝜋 ∙ 𝑅 ∙ 𝐴𝐶)
𝐷=
180°
 Grau da curva (Gc): chama-se "grau da curva circular" ao ângulo central,
que compreende uma corda de um dado comprimento (c). O grau é
independente do ângulo central.
𝜋∙𝑅∙𝐺 180° ∙ 𝑎𝑟𝑐𝑜(𝐴𝐵)
𝑎𝑟𝑐𝑜(𝐴𝐵) = ∴ 𝐺𝑐 =
180° 𝜋∙𝑅
Substituindo o comprimento do arco(AB) pela corda (c), chega-se à
expressão:

6
180° ∙ 𝑐
𝐺𝑐 =
𝜋∙𝑅
 Flecha ou Afastamento (E): é a distância entre o PI e o ponto médio da
curva.
1
𝐸 = 𝑅 ∙ [( ) − 1]
𝐴𝐶
cos ( 2 )

 Deflexão por metro (dm): durante os trabalhos de locação é de


fundamental importância que se conheça o ângulo de deflexão entre uma
tangente e uma corda qualquer (1, 5, 10, 20m), que parta do ponto de
curvatura (PC).
Para o cálculo da deflexão por metro é preciso conhecer a deflexão para
a corda da curva que se está calculando, de acordo com o raio determina-
se o comprimento da corda, ou seja, qual será a distância entre as
estacas. A deflexão para a corda (Dc) será dada por:

Gc
𝐷𝑐 =
2
E a deflexão por metro será dada por:

90
Dc
𝑑𝑚 = , 𝑜𝑢 𝑑𝑚 = 𝜋
c 𝑅

3.1 Exercícios
Nas curvas horizontais circulares que se seguem determinar todos os elementos que compõem
a curva e construir a planilha de locação (planilha em anexo).

1) = 40°10’ – Direita
f= 19,30m
Estaca do PI= 23+5,10m

2) = 10°30’ – Direita
f= 8,90m
Estaca do PI= 70+6,60m

3) = 30°20’ – Esquerda.
R= 275m
Estaca do PC= 10+6,00m

4) = 30°30’ – Direita.
R= 710m
Estaca do PC= 36

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5) = 14°30’ – Esquerda.
R= 912m
Estaca do PC= 20

6) = 28°30’ – Direita.
R= 415m
Estaca do PC= 32+6,00m

7) = 85°29’40” – Esquerda.
f= 10m
Estaca do PI= 20

8) = 30°20’ – Direita.
R= 615m
Estaca do PC= 35+6,10m

9) = 41°20’ – Direita.
f= 19,12m
Estaca do PI= 20+6,30m

10) = 43°30’55” – Esquerda.


f= 3,64m
Estaca do PI= 01+19,51m

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4 Bibliografia
LIMA, H. F. Notas de aula. IFG - Instituto Federal de Goiás. Goiânia. 2009.

PONTES FILHO, G. Estradas de Rodagem: projeto geométrico. São Carlos: [s.n.], 1998.

SILVEIRA, LUIZ CARLOS DA. Curva Horizontal Circular. A Mira, Criciúma, n. 161, 2012.

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