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Para realizar as suas obrigações e competências, a Administração Pública,

ordinariamente, precisa contratar serviços e adquirir bens de terceiros, e o faz por meio de
procedimentos próprios regrados por legislação específica, em atendimento a preceito
constitucional expresso no art. 37, inciso XXI, que determina que as obras, serviços,
compras e alienações serão precedidas de licitação, exceto nos casos em que a lei
dispuser expressamente.
Acerca do conceito e finalidades da licitação, marque a alternativa correta

a. As modalidades de licitação da Lei 8.666/1993 são: convite, tomada de preços,


concorrência e pregão.
b. A Lei 8.6661/993, por ser uma lei federal, não se aplica aos Estados, Distrito Federal e
Municípios, que devem ter legislação própria para regular as aquisições públicas.
c. A diretriz fundamental de um processo licitatório é a obtenção do preço mais baixo do
mercado, em atendimento ao princípio da economicidade.
d. A finalidade da licitação é a obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração,
por meio de procedimento que garanta a ampla competição de possíveis interessado em
contratar com o Poder Público.
Essa é a resposta correta. Por meio do processo licitatório, o Poder Público busca
contratar da forma mais vantajosa, que significa obter do particular, após o processo de
disputa entre os interessados em fornecer ou prestar serviço para a Administração, a
melhor condição, obedecidas as especificações do objeto licitado.

e. A licitação dispensada, a licitação dispensável, a alienação e a inexigibilidade de


licitação, são modalidades especiais definidas na Lei 8.666/1993 como exceções à regra
da licitação.
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As licitações são reguladas por duas normas principais: a Lei 8.6661/993, que trata não
apenas das licitações, mas também dos contratos administrativos dela decorrente; e a Lei
10.520/2002, que introduziu uma nova modalidade de licitação chamada Pregão.
A realização de procedimentos licitatórios visa a consecução de vários objetivos, dentre
eles a obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração.
No entanto, esse não é o único objetivo. É por meio da licitação que o Poder Público
exercita os princípios da Administração, a exemplo do princípio da isonomia, possibilitando
aos particulares que se interessam em fornecer para o Estado disputarem em igualdade
de condições, o que nos remete ao princípio da competitividade. Possibilita também dar
conhecimento à sociedade da intenção de contratar determinado serviço ou bem, que em
última análise é uma forma de possibilitar a essa sociedade o exercício do controle social.
O art. 3º da Lei 8.666/1993 expressa os objetivos da licitação pública. Uma alteração
recente do dispositivo, promovida pela Lei 12.349/2010, incluiu dentre esses objetivos a
promoção do desenvolvimento nacional sustentável, cuja materialização se deu por meio
dos decretos 7.746, 7.840 e 7.842/2012. Nesses normativos são estipulados critérios e
práticas sustentáveis nas aquisições públicas e margens de preferência, no intuito de
concretizar o desenvolvimento sustentável pretendido na Lei.
Além disso, a Lei Complementar 123/2006, estabeleceu diversos mecanismos de incentivo
e fomento à microempresas e empresas de pequeno porte (ME/EPP), inclusive com
dispositivos de facilitação a acesso privilegiado às contratações públicas (arts. 42 ao 49),
por meio da flexibilização de exigências e tratamento diferenciado por meio de licitações
exclusivas às ME/EPP.
Essas alterações que incorporam novos princípios às Licitações formam o que vem sendo
denominado de "o novo paradigma das aquisições públicas". Esse novo paradigma usa o
poder de compra do Estado para atingir finalidades outras, que não apenas aquelas
econômicas e imediatas ao contrato.
Gabarito: A finalidade da licitação é a obtenção da proposta mais vantajosa para a
Administração, por meio de procedimento que garanta a ampla competição de
possíveis interessado em contratar com o Poder Público.
Essa é a resposta correta. Por meio do processo licitatório, o Poder Público busca
contratar da forma mais vantajosa, que significa obter do particular, após o
processo de disputa entre os interessados em fornecer ou prestar serviço para a
Administração, a melhor condição, obedecidas as especificações do objeto licitado.
Questão 2
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

Determinada Secretaria de Logística, ao fazer o levantamento dos seus contratos de


natureza continuada, verificou que dentre os 10 (dez) instrumentos existentes, 7 (sete) já
tinham sido prorrogados até o limite máximo admitido na legislação e estavam com o
prazo final de vigência para expirar no mês seguinte, além de se tratarem de serviços
imprescindíveis à Prefeitura.

Diante da situação, o Secretário determinou a realização de dispensa de licitação para


garantir a continuidade dos serviços, com base no artigo 24, inciso IV, da Lei de Licitação.

Indique, entre as alternativas abaixo, qual caracteriza a principal falha ocorrida nos
procedimentos da Secretaria:

a. Os contratos de natureza continuada não podem ser prorrogados.


b. Não existe previsão na Lei nº 8.666/93 para dispensa de licitação.
c. A Secretaria deve aguardar até o final do próximo mês, quando expira a vigência dos
contratos, para realizar a contratação direta.
d. A contratação direta não pode incidir sobre os serviços continuados.
e. A dispensa de licitação decorrente da falta de planejamento somente pode ser realizada
se for acompanhada da concomitante apuração de responsabilidade de quem lhe deu
causa.
Esse item está correto! A contratação direta decorrente da falta de planejamento demanda,
conforme Orientação Normativa AGU nº 11, de 01/04/2009, que haja concomitante
apuração de responsabilidade de quem lhe deu causa.
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Há controvérsia acerca da contratação direta por dispensa de licitação prevista no inciso IV


do art. 24 do Diploma Federal de Licitações e Contratos em razão de situação
emergencial, ainda que decorrente de falta de planejamento, desídia ou má gestão. Nesse
sentido, a doutrina reconhece que a emergência provocada não é capaz de afastar a
aplicação da regra do inciso IV do art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993.

Isso porque o juízo de razoabilidade do instituto da contratação direta por emergência


explicita uma congruência lógica entre a situação fática e a providência administrativa para
saná-la. A situação de emergência é apurável no mundo fenomênico. A emergência possui
diversas causas: caso fortuito, força maior, desídia, falta de planejamento, má gestão, dolo
ou culpa de agente público, etc.; porém o efeito é apenas um: o risco de dano a bens
jurídicos tutelados pelo Estado, como a vida e a integridade de pessoas e bens.

Assim, não há diferença entre emergência oriunda de força maior, ou caso fortuito, e
aquela provocada pela desídia ou falta de planejamento, considerados os resultados
danosos que o Poder Público tem o dever de evitar. A contratação direta com base no
inciso IV do art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993, visa efetivamente a afastar os efeitos das
emergências e não suas causas.

Em suma, caracterizada a circunstância emergencial, independentemente de suas causas,


verificada a adequação da contratação que se pretende levar a efeito como medida
saneadora da emergência, aplica-se o disposto no inciso IV do art. 24 da Lei nº 8.666, de
1993, sem prejuízo da apuração da responsabilidade do agente público que lhe deu causa,
total ou parcialmente.
Questão 3
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

Para que a Administração Pública possa realizar uma contratação e fiscalização efetiva,
eficaz e eficiente é necessário que na fase de planejamento sejam considerados diversos
aspectos da contratação.
Marque a alternativa que NÃO necessariamente representa um dos aspectos a serem
considerados no planejamento de uma contratação.
a. O material ou serviço deve ser especificado de forma correta e precisa.
b. Deve ser indicado o prazo de entrega do produto ou serviço, bem como o local de
entrega ou prestação do serviço.
c. Devem ser evitados gastos excessivos para aquisição de bens e serviços.
d. Deve ser analisada a quantidade de produto ou serviço necessária a ser contratada.
e. Deve ser adquirido o bem ou serviço de melhor qualidade.
Nem sempre a "melhor qualidade" é aquela que cumpre de forma adequada ao interesse
público. Além disso, a contratação deverá atender ao Princípio da Eficiência e da
Economicidade. A Administração deve preocupar-se com a qualidade do bem ou serviço a
ser contratado, e esse deve ter a qualidade exigida pelo processo. Contratações de
produtos ou serviços de qualidade superior à necessária podem representar casos de mau
uso dos recursos públicos.

Além disso, o item traz conceitos de economicidade e interesse público, que pressupõe um
equilíbrio entre preço, qualidade e a correspondente necessidade do ente contratante.
Este conceito encontra-se alinhado com a jurisprudência do Tribunal de Contas da União,
que envolve o estudo da vantajosidade e da contratação.
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Para que a Administração Pública possa efetuar uma contratação e fiscalização efetiva,
eficaz e eficiente é importante realizar adequadamente o planejamento. É importante
comprar aquilo que realmente se necessita, na quantidade que se necessita, por um preço
justo, entregue no local e prazo determinados e com os critérios de qualidade mínimos
estabelecidos pelo contrato.
Gabarito: Deve ser adquirido o bem ou serviço de melhor qualidade.
Nem sempre a "melhor qualidade" é aquela que cumpre de forma adequada ao
interesse público. Além disso, a contratação deverá atender ao Princípio da
Eficiência e da Economicidade. A Administração deve preocupar-se com a qualidade
do bem ou serviço a ser contratado, e esse deve ter a qualidade exigida pelo
processo. Contratações de produtos ou serviços de qualidade superior à necessária
podem representar casos de mau uso dos recursos públicos.
Além disso, o item traz conceitos de economicidade e interesse público, que
pressupõe um equilíbrio entre preço, qualidade e a correspondente necessidade do
ente contratante. Este conceito encontra-se alinhado com a jurisprudência do
Tribunal de Contas da União, que envolve o estudo da vantajosidade e da
contratação.
Questão 1
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

Em um contrato de prestação de serviços de limpeza e conservação com vigência inicial


de 12 meses, o órgão público contratante solicitou da empresa, no décimo mês de iniciada
a execução, manifestação por escrito quanto ao interesse na prorrogação do contrato,
conforme previsto no edital. A empresa concordou com a prorrogação, mas fez um pedido
de reajuste de preço, indicando a variação do salário mínimo como o indexador de
correção dos valores do contrato.
Com base no que foi estudado, escolha a opção correta.

a. O contrato pode ser prorrogado e o reajuste concedido, pois nos contratos de


fornecimento de mão-de-obra, o salário mínimo pode ser usado como referência de valor.
b. O contrato pode ser prorrogado, mas o pedido da empresa não pode ser atendido, pois
nos contratos de natureza continuada o instituto de ajuste dos preços é a repactuação.
Essa é a alternativa correta. A prorrogação de contratos de natureza continuada é possível
e tem amparo legal, conforme art. 57, inciso II, da Lei 8.666/1993. Ela é uma das exceções
à regra de duração dos contratos vinculados à vigência dos respectivos créditos
orçamentários. A revisão do contrato deve se dar por repactuação dos preços, com base
nos elementos fornecidos pela empresa contratada nos quais estejam demonstradas as
variações dos custos desde o orçamento ou da última repactuação.

c. O contrato não pode ser prorrogado, pois o art. 57 da Lei 8.666/1993 impõe que a
vigência dos contratos administrativos deverá ser a mesma dos créditos orçamentários
pelos quais as despesas foram realizadas, obedecendo ao princípio da anualidade
adotado no orçamento público no Brasil.
d. O contrato pode ser prorrogado, devendo a Administração, de ofício (ou seja, por
iniciativa própria), conceder o reajuste. Deve verificar, no entanto, a variação dos insumos
que compõe o preço do serviço, em vez de utilizar a variação do salário mínimo, ante a
impossibilidade de usá-lo como indexador.
e. O contrato não pode ser prorrogado, pois a prorrogação implicaria em aceitação do
pedido de reajuste com base no salário mínimo, o que acarretaria em uma contratação a
preços maiores do que o praticado no mercado em razão de os índices de correção do
salário mínimo serem maiores do que a inflação do período.
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O ajuste dos preços de contratos de natureza continuada se dá, ordinariamente, por meio
do instituto da repactuação, quando a empresa pleiteia a alteração de preços com base
na apresentação da variação dos preços dos insumos desde a data-base da proposta até
a data do pedido.
Lembrando que não cabe à administração verificar, de ofício (por iniciativa própria), a
variação de custos dos insumos do serviço, sendo obrigação da empresa contratada
demonstrar essa variação, por meio da apresentação de planilha com essa variação,
quando do pleito de repactuação de preços do contrato.
Já para os demais contratos, quando previsto no edital, e sua execução se estender por
mais de 12 meses, aplica-se o instituto do reajustamento de preços, que consiste na
aplicação de um índice setorial, previamente definido, sobre o valor original da
contratação. O mecanismo objetiva, em verdade, à manutenção do valor contratado ao
longo da vigência do ajuste, ou seja, os efeitos da inflação do setor são anulados por meio
da correção do valor inicial do contrato.
Conforme voto condutor do Acórdão 1105/2008-TCU-Plenário, a "diferença
entre repactuação e reajuste é que este é automático e deve ser realizado
periodicamente, mediante a simples aplicação de um índice de preço, que deve, dentro do
possível, refletir os custos setoriais. Naquela [repactuação], embora haja periodicidade
anual, não há automatismo, pois é necessário demonstrar a variação dos custos do
serviço"
Gabarito: O contrato pode ser prorrogado, mas o pedido da empresa não pode ser
atendido, pois nos contratos de natureza continuada o instituto de ajuste dos preços
é a repactuação.
Essa é a alternativa correta. A prorrogação de contratos de natureza continuada é
possível e tem amparo legal, conforme art. 57, inciso II, da Lei 8.666/1993. Ela é uma
das exceções à regra de duração dos contratos vinculados à vigência dos
respectivos créditos orçamentários. A revisão do contrato deve se dar por
repactuação dos preços, com base nos elementos fornecidos pela empresa
contratada nos quais estejam demonstradas as variações dos custos desde o
orçamento ou da última repactuação.

Questão 2
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

As cláusulas exorbitantes são uma designação da doutrina para qualificar algumas


disposições dos contratos administrativos, e que são elementos de diferenciação dos
contratos de natureza privada, pois enquanto nestes há o necessário equilíbrio contratual
entre as partes, naqueles há disposições que colocam a Administração Pública contratante
em posição de superioridade, com fundamento no princípio da supremacia do interesse
público.
A prerrogativa de fiscalizar os contratos se apresenta como uma dessas cláusulas, cuja
decorrência pode ser, inclusive, a aplicação de penalidade ao contratado pela própria
Administração contratante.
Com base no que foi estudado no curso e tomando como referência o texto acima,
assinale a alternativa correta.

a. A fiscalização do contrato administrativo é considerada cláusula exorbitante apenas


quando é exercida pelo representante da Administração. Quando exercida pelo preposto
da empresa contratada, ele se regula pela teoria geral dos contratos, expressa no art. 54
da Lei 8.666/1993.
b. Apesar de ser considerada cláusula exorbitante, não há disposição legal que ampare
essa prerrogativa da Administração. Em verdade, a atividade de fiscalizar o contrato é
fundamentada nos princípios da supremacia do interesse público e de sua
indisponibilidade.
c. O exercício da competência fiscalizatória dos contratos administrativos é exclusivo da
autoridade máxima do órgão, pois cabe ao representante designado conforme art. 67 da
Lei 8.666/1993 atuar em consonância com a delegação a ele concedida.
d. A Lei 8.666/1993 instituiu o regime jurídico aplicável aos contratos administrativos, do
qual se extrai a autorização legal para fiscalizar a execução de contratos dessa natureza.
Essa é a resposta correta. A Lei 8.666/1993 é o diploma legal que regula as normas gerais
de contratos administrativos, e como tal, por meio dos arts. 58 e 67, estabelece a base
legal para a obrigatoriedade da fiscalização dos contratos regidos pela Lei.

e. Não há fundamento legal para aplicação de penalidades apoiadas em apontamento do


fiscal do contrato quando este for decorrente de licitação na modalidade pregão, por falta
de disposição legal da Lei 10.520/2002 que instituiu a modalidade.
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É dever da Administração acompanhar e fiscalizar o contrato para verificar o cumprimento


das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos,
consoante o disposto no art. 67 da Lei 8.666/1993. Acompanhamento e fiscalização de
contrato são medidas poderosas colocadas à disposição do gestor na defesa do interesse
público (Licitações e Contratos: orientações e jurisprudência do TCU).
Além de atender a princípios caros ao Direito Administrativo como os da eficiência, da
economicidade e da vinculação ao instrumento convocatório, a fiscalização dos contratos
administrativos tem comandos expressos na Lei 8.666/1993 sobre os quais não se pode
esquivar o administrador público, sob pena de, não apenas descumprir a Lei, como
também e principalmente, colocar em risco um dos objetivos principais da licitação, que é
a obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração.
Até mesmo em face do seu caráter necessário e obrigatório, a fiscalização deve se cercar
de formalidades indispensáveis para que produza os efeitos pretendidos e também que
coíba os nefastos, na execução dos contratos administrativos. Por exemplo, o ato de
designação do fiscal deverá ser ato formal, as ocorrências deverão ser devidamente
registradas em documento e as comunicações deverão ser por escrito e protocolares,
garantindo a recuperação das informações ou sua utilização, no caso de imposições de
medidas sancionatórias.
Gabarito: A Lei 8.666/1993 instituiu o regime jurídico aplicável aos contratos
administrativos, do qual se extrai a autorização legal para fiscalizar a execução de
contratos dessa natureza.
Essa é a resposta correta. A Lei 8.666/1993 é o diploma legal que regula as normas
gerais de contratos administrativos, e como tal, por meio dos arts. 58 e 67,
estabelece a base legal para a obrigatoriedade da fiscalização dos contratos regidos
pela Lei.
Questão 3
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

Em um contrato de obras, foi apontada a necessidade de alterações quantitativas nos


serviços contratados, de modo que haveria acréscimos e supressões de serviços,
conforme a seguir detalhado:Valor original do contrato: R$ 800.000,00
Serviços Contrato Aditivo Contrato com aditivo
Fundações 300.000,00 120.000,00 420.000,00
Alvenaria 160.000,00 - 40.000,00 120.000,00
Cobertura 100.000,00 40.000,00 140.000,00
Pintura 80.000,00 - 20.000,00 60.000,00
Instalações elétricas 30.000,00 10.000,00 40.000,00
Instalações hidráulicas 20.000,00 5.000,00 25.000,00
Pavimentação 90.000,00 60.000,00 150.000,00
Urbanização 20.000,00 10.000,00 30.000,00
Valor Total 800.000,00 185.000,00 985.000,00
Verificar a pertinência e conformidade legal da alteração, que se dará por meio de aditivos,
com fundamento no art. 65, § 1º, da Lei 8.666/1993.

a. A alteração pode ser feita, pois está dentro do limite de 25% do valor do contrato, pois o
aditivo com as alterações importa em R$ 185.000,00 de um contrato com valor inicial de
R$ 800.000,00, que representa cerca de 23%.
b. A alteração não pode ser feita, pois alguns serviços tiveram acréscimos ou supressões
superiores ao limite legal de 25%, a exemplo dos serviços Fundações e Cobertura (+ 40%
cada), Pavimentação (+ 66%) e Urbanização (+ 50%).
c. A alteração somente pode ser feita para os itens Alvenaria, Pintura e Instalações
Hidráulicas, pois somente eles respeitaram o patamar de 25% previsto no art. 65, § 1º, da
Lei 8.666/1993.
d. A alteração pode ser feita porque nenhum acréscimo de serviço ultrapassou,
individualmente, o limite legal de 25% do valor total do contrato.
e. A alteração não pode ser feita, pois o conjunto de acréscimos totalizou R$ 245.000, o
que representa cerca de 31% do valor do contrato, estando acima, portanto do limite de
25% imposto pela Lei 8.666/1993.
A alternativa está correta. O motivo de a alteração pretendida estar em desacordo com o
previsto na Lei 8.666/1993 é que a verificação deve ser feita comparando-se o conjunto de
acréscimos e de supressões separadamente, sem nenhum tipo de compensação entre
eles. Assim, no exemplo, as supressões importaram em R$ 60.000,00 (- 7,5%) e os
acréscimos, em R$ 245.000,00 (+ 31%).
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Gabarito: A alteração não pode ser feita, pois o conjunto de acréscimos totalizou R$
245.000, o que representa cerca de 31% do valor do contrato, estando acima,
portanto do limite de 25% imposto pela Lei 8.666/1993.

A alternativa está correta. O motivo de a alteração pretendida estar em desacordo


com o previsto na Lei 8.666/1993 é que a verificação deve ser feita comparando-se o
conjunto de acréscimos e de supressões separadamente, sem nenhum tipo de
compensação entre eles. Assim, no exemplo, as supressões importaram em R$
60.000,00 (- 7,5%) e os acréscimos, em R$ 245.000,00 (+ 31%).

Apesar de ser comum a existência de alterações contratuais, especialmente em contratos


de obras, pelas peculiaridades, especificidades e complexidades de tais contratos, devem
ser tratadas como exceções, redobrando-se os cuidados com vistas a evitar o ganho
indevido pelo particular em detrimento da Administração.
Na esteira desse cuidado, e com o objetivo de evitar que as alterações desnaturassem
completamente o processo seletivo prévio de escolha da proposta mais vantajosa para a
Administração é que o TCU firmou o entendimento acerca da forma de verificação desse
limite, pois, do contrário, estar-se-ia desnaturando a proposta que passou pelo crivo da
licitação, alterando de tal forma o objeto que restaria frustrada a pretensão do processo
licitatório de buscar no mercado a proposta mais vantajosa, conforme expresso no voto
condutor do Acórdão 2819/2011-TCU-Plenário .
Quanto aos limites estabelecidos na Lei 8.666/1991 e a sua forma de apuração, o Acórdão
591/2011-TCU-Plenário assim dispôs:
" ... para efeito de observância dos limites de alterações contratuais previstos no art. 65 da
Lei nº 8.666/1993, passe a considerar as reduções ou supressões de quantitativos de
forma isolada, ou seja, o conjunto de reduções e o conjunto de acréscimos devem ser
sempre calculados sobre o valor original do contrato, aplicando-se a cada um desses
conjuntos, individualmente e sem nenhum tipo de compensação entre eles, os limites de
alteração estabelecidos no dispositivo legal".
Questão 4
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

Analise a seguinte situação, e assinale a alternativa correta.


Uma empresa de consultoria em engenharia foi contratada pela Prefeitura para fiscalizar
uma obra, pelo período de 18 meses, coincidindo com o prazo de vigência do contrato da
obra fiscalizada. Como houve paralisação dos trabalhos do contrato da obra que estava
sendo fiscalizada no décimo mês, determinada pela Administração, e que durou 5 meses,
foi feita também a prorrogação do contrato de consultoria pelo mesmo período, perfazendo
um total de 23 meses de vigência. No período de paralisação da obra, a empresa
contratada para fiscalizar continuou recebendo o valor mensal acordado.
Marque o item que melhor representa o posicionamento técnico sobre a situação descrita
neste enunciado.

a. O procedimento foi errado, pois, apesar da possibilidade de prorrogação,


acompanhando o contrato de obra fiscalizado, deveria ter havido também a diminuição ou
supressão de remuneração do contrato de consultoria em face da paralisação da obra.
Essa é a resposta correta. O contrato de fiscalização é acessório e deve acompanhar a
vigência do contrato principal. Na hipótese de paralisação ou diminuição de ritmo das
obras, há que se ajustar o contrato de fiscalização na mesma medida, inclusive quanto aos
pagamentos.

b. O procedimento foi correto, pois o contrato em questão se refere a um serviço de


natureza continuada, cuja vigência pode se estender até 60 meses.
c. O procedimento foi errado, pois não se admite a alteração do prazo inicialmente
pactuado em contratos de fiscalização de obra.
d. O procedimento foi correto, pois a empresa contratada para fiscalizar não pode ter
prejuízo em razão de um fato de terceiro, no caso, a determinação da Administração para
paralisação da obra.
e. O procedimento foi errado, pois como o contrato perdurou por 23 meses, implicou em
um acréscimo contratual de 27,8%, inadmitido na legislação, conforme § 1º do art. 65, da
Lei 8.666/1993.
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Os processos de fiscalização de obras têm a peculiaridade de o seu objeto estar vinculado


ao objeto de outro contrato e com ele se relacionar diretamente, mormente a fruição de
prazo de vigência. E não poderia ser diferente, na medida em que a fiscalização deve
ocorrer no mesmo ritmo que as obras são executadas.
Dessa forma, os contratos de fiscalização, supervisão e gerenciamento de obras devem
conter cláusulas com previsão de diminuição, ou até mesmo suspensão, da remuneração
nos casos em que as obras forem paralisadas, ou caso seu ritmo diminua
significativamente.
Essas alterações de prazo e eventuais suspensões de atividades não se configuram
alteração do objeto do contrato, conquanto este continua o mesmo. Logo, não estão
sujeitas às regras de vedação sobre aumento ou redução quantitativo do objeto.
Gabarito: O procedimento foi errado, pois, apesar da possibilidade de prorrogação,
acompanhando o contrato de obra fiscalizado, deveria ter havido também a
diminuição ou supressão de remuneração do contrato de consultoria em face da
paralisação da obra.
Essa é a resposta correta. O contrato de fiscalização é acessório e deve acompanhar
a vigência do contrato principal. Na hipótese de paralisação ou diminuição de ritmo
das obras, há que se ajustar o contrato de fiscalização na mesma medida, inclusive
quanto aos pagamentos.
Questão 5
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

A manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de um contrato administrativo conta com


a proteção constitucional de que as avenças firmadas com a Administração manterão ao
longo da sua vigência as condições da proposta ofertada.

Um dos instrumentos utilizados é o reajustamento do valor do contrato que se prolongue


por mais de 12 meses, como forma de preservar as condições iniciais que poderiam (caso
não houvesse o instrumento) ter seu valor corroído, ao longo do tempo, pelos efeitos da
variação dos preços dos insumos dos produtos e serviços que constituem o contrato.

Nesse sentido, a sequência de fatos abaixo apresenta uma situação hipotética de uma
licitação para contratação de uma obra.

Assinale a alternativa correta, acerca da data em que o contratado poderá ter seus preços
reajustados. Considere que foi devidamente consignada tal possibilidade, tanto no edital
como no contrato.

a. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 01/04/2017, pois completa um ano da


assinatura do contrato, que, por determinação legal, só pode ser reajustado após 12
meses.
b. O contrato só poderá ser reajustado do dia 02/05/2017 em diante, pois completará um
ano do efetivo início das obras, a partir de quando a empresa efetivamente incorrerá em
dispêndios.
c. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 01/01/2017, pois completará um ano da
data da proposta, sobre a qual foram calculados os custos dos serviços.
d. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 30/03/2017, pois completará um ano da
homologação da licitação, que é o ato de controle da autoridade competente atestando a
conformidade legal do procedimento.
e. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 15/02/2017, pois completará um ano da
data limite para a apresentação das propostas, marco inicial para a validade dos preços
contratados.
Essa é a resposta correta. Para aqueles casos em que não exista um orçamento a ser
utilizado na formação da proposta, como no caso de Convenção Coletiva de Trabalho -
CCT, que fixe valores para os salários de empregados terceirizados, a anualidade será
contada da data limite para a apresentação das propostas.
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As propostas de uma licitação para a contratação de obras envolvem uma série de


procedimentos que as tornam diferentes de uma contratação de fornecimento de bens
comuns, por exemplo. Enquanto estes têm um centro de custos de fácil apuração, pois
envolvem, basicamente, os custos de aquisição e entrega do produto, os serviços de
engenharia exigem orçamentos complexos com apuração de custos de insumos e serviços
na elaboração de preços dos serviços unitários que compõem a planilha com o preço final
da obra. Esses custos são referenciados em tabelas com variações mensais de preços, de
modo que se adota uma data-base anterior à da sessão de abertura das propostas para a
possibilitar aos interessados a sua elaboração uniforme. Essa data-base deve estar
prevista no edital e no anexo em que constar o orçamento estimativo e/ou projeto básico.

Dessa forma, a data-base a partir da qual, após transcorrido o prazo legal, tem-se o direito
de reajustamento do contrato deve ser estabelecida previamente, devendo ser adotada por
todos os licitantes como sendo a data da proposta ou do orçamento a que ela se referir.

Há uma dúvida, infundada, acerca da possibilidade de a data para o reajustamento do


contrato ser após um ano da sua assinatura. É preciso diferenciar o direito do
contratado ao reajustamento dos preços (aspecto monetário) da vigência do
contrato (aspecto temporal). Este último tem disciplina no art. 57 da Lei nº 8.666/1993,
que, no caso de obras, ampara-se na possibilidade de prorrogações e se vincula ao
cumprimento do objeto (a obra), enquanto aquele é uma prerrogativa constitucional de
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do ajuste.

Gabarito: O contrato só poderá ser reajustado a partir de 15/02/2017, pois


completará um ano da data limite para a apresentação das propostas, marco inicial
para a validade dos preços contratados.

Essa é a resposta correta. Para aqueles casos em que não exista um orçamento a
ser utilizado na formação da proposta, como no caso de Convenção Coletiva de
Trabalho - CCT, que fixe valores para os salários de empregados terceirizados, a
anualidade será contada da data limite para a apresentação das propostas.
Questão 6
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

Uma das características dos contratos administrativos é a possibilidade de ser alterado,


unilateralmente pela Administração Pública. Uma dessas alterações unilaterais permitidas
é a de quantitativos do objeto contratado.
No entanto, essas alterações encontram limites quantitativos e qualitativos, além de
decorrências para as partes contratantes como consequência dessas alterações.
Acerca do tema, indique a alternativa correta.

a. Os acréscimos e supressões, quando resultante de acordo entre as partes poderão ser


firmados livremente, desde que essa possibilidade tenha sido prevista anteriormente no
edital.
b. Em nenhuma hipótese pode haver acréscimos acima do limite de 25% inicialmente
contratado, ainda que por acordo entre as partes.
c. Nos contratos de reforma de edifício, o contratado está obrigado a aceitar supressões
até o limite de 50%.
d. Os acréscimos e supressões de até 25% são alterações unilaterais, das quais o
contratado não pode se esquivar de cumprir, sob pena de caracterizar descumprimento de
obrigação previamente assumida.
Essa é a resposta correta. Ainda que impactem a execução do contrato, implicando muitas
vezes na necessidade de alocação de mais material e/ou mão de obra, ou sua redução, o
contratado não pode recusar o seu cumprimento. Cabe lembrar que os ajustes
quantitativos nos contratos também refletirão nos valores a serem pagos ao contratado.

e. Nos casos de acréscimos dento dos limites autorizados pela Lei, a Administração
deverá indenizar o contratado pelos prejuízos porventura causados, desde que
devidamente comprovados.
Feedback

As alterações quantitativas dos contratos administrativos, de natureza unilateral e de


cumprimento obrigatório pelo contratado, inserem-se no âmbito das cláusulas exorbitantes
desses contratos, pois impõem ao particular contratado a execução do que fora pactuado
em condições diversas da que avença inicial previa, aumentando ou diminuindo as
quantidades de bens e serviços do contrato. Cabe lembrar que os ajustes quantitativos nos
contratos também refletirão nos valores a serem pagos ao contratado, na mesma
proporção dos aumentos e das supressões.
O legislador, no entanto, impôs algumas limitações, de modo a proteger o interesse
público, evitando assim que se desvirtuasse o objeto licitado. Ou seja, se não houvesse
essa limitação, um determinado bem ou serviço poderia ser licitado em certo quantitativo e
majorado posteriormente à assinatura do contrato, indefinidamente, desvirtuando e
contornando a obrigação constitucional de licitar. Por outro lado, poderia inviabilizar a
execução do contrato caso as quantidades suprimidas ou acrescidas fossem de tal monta
que impedisse a contratada de cumprir as novas exigências.
Importa mencionar também que a cláusula exorbitante de alteração unilateral encontra
proteção para o particular contratado na previsão de ressarcimento para os casos de
aquisição de materiais necessários à execução do contrato prévia à supressão. Ou seja, a
Administração ao suprimir quantitativos não pode impor ao particular o ônus de arcar com
o prejuízo causado por essa supressão, devendo pagar pelo materiais adquirido e
indenizar por eventuais prejuízos comprovados pelo particular.
Gabarito: Os acréscimos e supressões de até 25% são alterações unilaterais, das
quais o contratado não pode se esquivar de cumprir, sob pena de caracterizar
descumprimento de obrigação previamente assumida.
Essa é a resposta correta. Ainda que impactem a execução do contrato, implicando
muitas vezes na necessidade de alocação de mais material e/ou mão de obra, ou sua
redução, o contratado não pode recusar o seu cumprimento. Cabe lembrar que os
ajustes quantitativos nos contratos também refletirão nos valores a serem pagos ao
contratado.
Questão 7
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

Uma das características mais marcantes do contrato administrativo é a presença de


cláusulas exorbitantes, em que o princípio da supremacia do interesse público sobre o
privado é explicitado em disposições contratuais como possibilidade de rescisão unilateral,
imposição de sanções e modificação unilateral.
No entanto, há também disposições que protegem o particular contratado na relação com
o Poder Público.
Uma empresa que tenha firmado contrato com a administração pública possuirá nesse
contrato quais das prerrogativas listadas abaixo?

a. Extinção unilateral do contrato por descumprimento de cláusulas contratuais.


b. Modificação unilateral do contrato com acréscimo ou redução de quantitativos nos
limites permitidos.
c. Paralisação dos trabalhos e rescisão do contrato quando houver atrasos de pagamento
superiores ao prazo estipulado em contrato.
d. Manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Essa é a resposta correta. A relação estabelecida quando da contratação, expressa na
justa remuneração do objeto contratado, deve se manter ao longo da vigência do ajuste.
Em que pese a possibilidade de alteração unilateral dos contratos administrativos pela
Administração, a manutenção desse equilíbrio se constituiu em uma garantia para o
contrato, evitando que a remuneração projetada seja corroída ou pelo tempo ou em
consequência de possíveis alterações.

e. Fiscalização da execução do contrato.


Feedback

Os contratos administrativos possuem características que privilegiam o atendimento do


que a doutrina chama de 'pedras de toque' do direito administrativo, quais sejam: o
princípio da supremacia do interesse público e o princípio da indisponibilidade do interesse
público. É por meio das cláusulas exorbitantes, ausentes nos contratos regidos
exclusivamente pelo direito privado, que o Estado exerce essas prerrogativas quando
figura no polo de contratante com o particular contratado.
Além disso, algumas características identificam o contrato administrativo, a exemplo da
indicação do ato autorizativo, processo licitatório ou de contratação direta que o precedeu,
sujeição às normas da Lei 8.666/1993 e publicação na imprensa oficial como forma de
eficácia de suas disposições, dentre outras.
Gabarito: Manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Essa é a resposta correta. A relação estabelecida quando da contratação, expressa
na justa remuneração do objeto contratado, deve se manter ao longo da vigência do
ajuste. Em que pese a possibilidade de alteração unilateral dos contratos
administrativos pela Administração, a manutenção desse equilíbrio se constituiu em
uma garantia para o contrato, evitando que a remuneração projetada seja corroída
ou pelo tempo ou em consequência de possíveis alterações.
Questão 8
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

Para fins de prestação do serviço de transporte de servidores, após regular processo


licitatório, na modalidade Tomada de Preços, foi feita a contratação de empresa, para o
período de 12 meses (de janeiro a dezembro), pelo valor mensal de 45 mil reais. O Edital
previu a possibilidade de prorrogação por até 60 meses.
Foi proposta a prorrogação sumária do contrato, por meio de aditivo que teve fundamento
no inciso II, do art. 57, da Lei 8.666/93, que afirma o seguinte: a duração dos contratos
ficará submetida à vigência dos respectivos créditos orçamentários exceto quando
relativos à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter
a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de
preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a 60 meses;
Como gestor do contrato, você foi chamado a opinar sobre a regularidade ou não da
proposta de prorrogação sumária. Escolha a alternativa que melhor descreve a boa técnica
e de modo a não cometer irregularidade alguma.

a. A prorrogação pode ser feita na forma como foi proposta, pois o serviço é de natureza
continuada, cuja vigência pode se estender até 60 meses.
b. A prorrogação pode ser feita, desde que as condições de execução e de preço se
mostrem ainda vantajosos para a administração, que deverá verificar a compatibilidade
dos preços com os praticados no mercado à época da prorrogação.
c. A prorrogação não pode ser feita, pois o valor final da contratação, após a prorrogação,
extrapolará o limite de R$ 650.000,00 da modalidade Tomada de Preços adotada na
licitação.
A resposta está certa. A escolha da modalidade licitatória que esteja atrelada a valor da
futura contratação deve ser de acordo com o valor total do contrato, já incluída possíveis
prorrogações previstas no edital. No caso em análise, para que a prorrogação sumária
pudesse ser feita, além da vantajosidade da proposta, a licitação deveria ter sido feita na
modalidade Concorrência ou Pregão.

d. A prorrogação pode ser feita, desde que seja pelo mesmo período de 12 meses,
bastando para isso o apostilamento da prorrogação.
e. A prorrogação não pode ser feita, pois a vigência dos contratos administrativos deve
estar adstrita aos correspondentes créditos orçamentários.
Feedback

Observar que quando a licitação for na modalidade pregão não há a restrição apontada,
pois a escolha da modalidade não está atrelada a valor, mas à contratação de bens e
serviços comuns, como, via de regra, a prestação de serviço de transporte de servidores é
considerada.
Assim, para que a vigência do contrato possa ser prorrogada, é preciso verificar se o limite
da modalidade da licitação que precedeu à contratação não será extrapolado, e se a
contratação ainda é vantajosa para a Administração. Observar ainda o limite máximo de
prorrogação de 60 meses e a formalização por meio de aditivo.
Vale reforçar dois conceitos importantes para a melhor compreensão:
Bens e serviços comuns - a Lei os define como "aqueles cujos padrões de desempenho
e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações
usuais no mercado" (parágrafo único, do art. 1º, da Lei 10.520/2002). Já o TCU, na obra
Licitações e Contratos. Orientações e Jurisprudência, esclarece que:"Bem ou serviço será
comum quando for possível estabelecer, para efeito de julgamento das propostas, por
intermédio de especificações utilizadas no mercado, padrões de qualidade e desempenho
peculiares ao objeto. O estabelecimento desses padrões permite ao agente público
analisar, medir ou comparar os produtos entre si e decidir pelo melhor preço."
Serviços de natureza continuada - como vimos em nosso material de estudos, não há
uma definição na Lei 8.666/1993 do que venham a ser exatamente esses serviços, mas a
doutrina os classifica como "aqueles imprescindíveis ao funcionamento das atividades
institucionais e que se interrompidos podem causar a solução de continuidade, a exemplo:
limpeza, manutenção elétrica predial". A Instrução Normativa MPOG 02/2008, traz a
seguinte definição de serviços continuados: são aqueles cuja interrupção possa
comprometer a continuidade das atividades da Administração e cuja necessidade de
contratação deva estender-se por mais de um exercício financeiro e continuamente.
O TCU, por meio da Portaria 297/2012, que disciplina a fiscalização dos seus contratos de
prestação de serviços terceirizados de natureza continuada, ao conceituar o contrato de
tais serviços (inciso I, do art. 2º), define os serviços contínuos como "atividades
acessórias, instrumentais e complementares".
Gabarito: A prorrogação não pode ser feita, pois o valor final da contratação, após a
prorrogação, extrapolará o limite de R$ 650.000,00 da modalidade Tomada de Preços
adotada na licitação.
A resposta está certa. A escolha da modalidade licitatória que esteja atrelada a valor
da futura contratação deve ser de acordo com o valor total do contrato, já incluída
possíveis prorrogações previstas no edital. No caso em análise, para que a
prorrogação sumária pudesse ser feita, além da vantajosidade da proposta, a
licitação deveria ter sido feita na modalidade Concorrência ou Pregão.

Questão 9
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

Um contrato de prestação de serviço de vigilância foi firmado 1º de setembro de 2014 (ano


X). Estamos em julho do ano de 2015 (ano X+1). As condições de execução e preço são
favoráveis à administração.
Qual o procedimento que a Administração deve adotar.

a. Abrir processo licitatório com vista à nova contratação, pois os contratos de vigilância
não podem ter sua vigência prorrogada.
b. Prorrogar por mais 4 meses (até 31 de dezembro), aproveitando a possibilidade de
prorrogação dada pela Lei, mas sem ultrapassar o exercício financeiro, em face da
vigência do crédito orçamentário da despesa.
c. Prorrogar por mais um ano, antes do fim da vigência inicial, e em seguida prorrogar por
tantos iguais e sucessivos períodos quanto as condições de execução e preço se mostrem
favoráveis à Administração.
d. Prorrogar por mais 4 meses, até 31 de dezembro, pois a lei impõe que a vigência esteja
adstrita ao respectivo crédito orçamentário, e prorrogá-lo, a partir de 1º de janeiro do ano
seguinte até 31 de dezembro.
e. Prorrogar a partir de setembro de 2015 por mais um ano, usando a prerrogativa legal
dada aos contratos de natureza continuada, até o limite de 60 meses.
Essa é a resposta correta. Como serviço de natureza continuada, os contratos de
vigilância podem ter sua vigência prorrogada por iguais e sucessivos períodos, até o limite
de 60 meses, desde que as condições de execução e preço ainda sejam vantajosas para a
Administração.
Feedback

Os contratos de serviços de natureza continuada são excetuados da regra geral de


vigência de contratos administrativos, que devem estar adstritos aos correspondentes
créditos orçamentários. É por meio da lei orçamentária que a Administração Pública
recebe uma autorização legislativa para executar as despesas de que necessita para fazer
investimentos, pagar pessoal, manter em funcionamento atividades e serviços públicos.
Essa lei orçamentária destina valores (orçamentários) para cada tipo de despesa, e, ao
executar essa despesa, deve-se indicar qual o crédito orçamentário (autorização
legislativa) correspondente, abatendo aquela despesa do valor total autorizado. Com isso,
garante-se que toda despesa pública tenha tido, previamente, uma autorização para que
fosse realizada, bem como um valor limite.
Voltando aos contratos de natureza continuada, por se constituírem em uma necessidade
permanente da Administração, a Lei excetuou essa exigência, na hipótese de sua vigência
não coincidir com a do exercício financeiro, que no Brasil coincide com o ano civil (de
janeiro a dezembro). Assim, pode-se firmar um contrato com vigência de 12 meses, e
apenas os meses em que forem executados no mesmo exercício terão o crédito
orçamentário indicado (de acordo com a lei orçamentária em vigor) e ao mudar o exercício,
já havendo nova lei orçamentária, basta um apostilamento para indicar os novos créditos
orçamentários pelos quais as despesas daquele novo exercício correrão.
Ainda no caso de contratações para serviços de natureza continuada, além do prazo de 60
meses de vigência, decorrente das sucessivas prorrogações, há a possibilidade de
estender extraordinária e justificadamente esse limite por mais 12 meses, conforme
expresso no § 4º do art. 57, da Lei 8.666/1993.
Gabarito: Prorrogar a partir de setembro de 2015 por mais um ano, usando a
prerrogativa legal dada aos contratos de natureza continuada, até o limite de 60
meses.
Essa é a resposta correta. Como serviço de natureza continuada, os contratos de
vigilância podem ter sua vigência prorrogada por iguais e sucessivos períodos, até
o limite de 60 meses, desde que as condições de execução e preço ainda sejam
vantajosas para a Administração.
Questão 10
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00

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Texto da questão

Há uma diferença conceitual entre Contrato e Termo de Contrato. Os ajustes firmados


entre duas ou mais pessoas como objetivo de regular interesses e obrigações entre as
partes são Contratos. Já o Termo de Contrato é o documento que atende às formalidades
legais para a o registro escrito dos termos do contrato. Para Marçal Justen Filho, "... a
existência de um contrato administrativo não depende da forma adotada para sua
formalização".
Os contratos administrativos adotam a forma escrita como regra, e o art. 62 da Lei
8.666/1993 regula as hipóteses de obrigatoriedade ou não do Termo de Contrato nas
contratações públicas.
Acerca do tema, escolha a alternativa correta.

a. O que determina a obrigatoriedade de um Termo de Contrato é o valor da contratação,


independente do objeto ou do tipo de prestação do serviço contratado.
b. A modalidade de escolha do contratado é o fator determinante para a formalização do
Termo de Contrato
c. Para verificar a obrigatoriedade ou não de um Termo de Contrato, há que se analisar
somente os aspectos qualitativos do objeto do contrato.
d. O art. 62 da Lei 8.666/1993 determina que o Termo de Contrato é obrigatório apenas
nos casos de contratação que tenha sido precedida de licitação nas modalidades
Concorrência ou Tomada de Preços.
e. Para se verificar se o Termo de Contrato é obrigatório ou não, há que se verificar os
aspectos qualitativos e quantitativos da licitação.
Essa é a resposta correta. Os aspectos qualitativos dizem respeito ao tipo de objeto
contratado: se é um bem de pronta entrega ou um serviço, a ser executado ao longo de
um período. Já os aspectos quantitativos dizem respeito ao valor da contratação. Assim, é
obrigatória a formalização por meio do respectivo instrumento para as contratações que
não se encerram com a entrega do objeto (aspecto qualitativo) e cujo valor esteja acima do
limite da modalidade Convite.
Feedback
A definição quanto à obrigatoriedade ou não da formalização da contratação por meio do
instrumento próprio, no caso o Termo de Contrato, tem algumas condicionantes legais,
ditadas pelo caput do art. 62 e seu § 4º:
Início de legislação.
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada
de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam
compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais
em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-
contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de
serviço.
(...)
§ 4o É dispensávelo "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a
critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com
entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações
futuras, inclusive assistência técnica.
Fim de legislação.

Assim, as contratações de objetos que não importem em obrigações futuras estão


dispensadas de serem formalizadas por meio do Termo de Contrato. Mas atenção: isso
não significa que não haja contratação, apenas foi dispensado o instrumento chamado
Termo de Contrato e substituído por um dos instrumentos que lei enumera,
exemplificativamente, no caput do artigo acima transcrito. Nas palavras de Marçal Justen
Filho (in Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 15ª Ed. p. 862):
"Não é raro imaginar-se que o art. 62 restringe as hipótese em que existirá contrato
administrativo. Alguns pensam que as regras sobre contrato administrativo apenas se
aplicam quando for assinado um termo de contrato, concepção incompatível com a ordem
jurídica. Essa colocação é totalmente incorreta e pode ter efeitos muito graves. Deve ter-se
em vista que a existência de um contrato administrativo não depende da forma adotada
para a sua formalização."
No entanto, a permissão legal para a dispensa do instrumento próprio para regular a
contratação deve, também, submeter-se ao princípio e aos limites da razoabilidade. Isso
significa que, ainda que a Lei permita a não formalização em um Termo de Contrato (ou
seja, que ele seja opcional), uma determinada situação prática pode indicar no sentido
contrário. Assim, mesmo que a Lei considere em algumas situações o Termo opcional, o
Administrador poderá decidir por elaborá-lo de modo a resguardar- se de forma a
aumentar a chance de que as condições da contratação sejam efetivamente atendidas.
Por fim, lembrar que as contratações precedidas da modalidade Pregão se submetem às
disposições do art. 62 ora comentado, devendo haver o Termo de Contrato quando o
objeto licitado importar em obrigações futuras pelo contratado.
Gabarito: Para se verificar se o Termo de Contrato é obrigatório ou não, há que se
verificar os aspectos qualitativos e quantitativos da licitação.
Essa é a resposta correta. Os aspectos qualitativos dizem respeito ao tipo de objeto
contratado: se é um bem de pronta entrega ou um serviço, a ser executado ao longo
de um período. Já os aspectos quantitativos dizem respeito ao valor da contratação.
Assim, é obrigatória a formalização por meio do respectivo instrumento para as
contratações que não se encerram com a entrega do objeto (aspecto qualitativo) e
cujo valor esteja acima do limite da modalidade Convite.

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