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ENGENHARIA CIVIL

LUARA MACHADO SILVA SANTOS

FUNDAÇÕES - ESTACA FRANKI, ESTACA RAIZ E ESTACA HÉLICE CONTÍNUA

Feira de Santana

2018
LUARA MACHADO SILVA SANTOS

FUNDAÇÕES - ESTACA FRANKI, ESTACA RAIZ E ESTACA HÉLICE CONTÍNUA

Pesquisa explicativa apresentada à disciplina


Tecnologia e Processos da Construção Civil do curso de
engenharia civil da Unidade de Ensino Superior de Feira de
Santana (UNEF)
Prof. João Gualberto

Feira de Santana
2018
Estaca Franki

As Estacas Franki são fundações profundas. É um tipo de estaca cravada que é moldada
em concreto armado no local de sua execução. Esta se caracteriza pela utilização de um
bulbo preenchido com material granular ou concreto em sua ponta, que garante um grande
aumento em sua capacidade de carga. O processo de execução desta Estaca Franki é
simples, mas exige experiência para ser executado da forma certa.
As Estacas Franki podem ser construídas em qualquer terreno, incluindo os que contém
lençol freático. Em solos moles o cuidado é maior, é possível adotar técnicas para
estabilização das paredes da escavação ou utilizar um tubo metálico perdido para auxílio
na concretagem. A execução deste tipo de estaca causa vibração, tornando o seu uso
inadequado em grandes centros urbanos ou próximo a outras construções que possam ser
danificadas devido a vibração do solo.
As Estacas Franki possuem diversas vantagens como poder suportar grandes cargas;
apresentar boa resistência lateral e de ponta, contribuindo para a dissipação das cargas no
solo; atingir camadas profundas do solo e poder ser executada abaixo no nível de água.
Porém este tipo de fundação também apresenta desvantagens como causar muita vibração
no terreno, podendo causar danos as edificações vizinhas; deve ser constantemente
supervisionada durante o processo de cravação pois pode ocorrer levantamento das
estacas já instaladas; demandar tempo na sua execução que pode ocasionar maiores
custos com mão de obra e equipamentos e é necessário espaço amplo no canteiro de obras
para o manuseio de seus equipamentos.

Processo executivo da Estaca Franki:


1. Locação das estacas:
Primeiramente deve-se locar perfeitamente as estacas, equipamentos de topografia de alta
precisão ajudam, pois suas posições devem seguir rigorosamente o projeto de fundações
realizado por engenheiro calculista responsável pelo dimensionamento. Se uma estaca for
colocada fora do seu local correto, é necessário informar ao projetista para a adequação
dos projetos de fundação ou eliminação da estaca escava incorretamente.

2. Cravação do tubo:
A estaca franki é cravada no solo por meio de golpes de um pilão de um bate estacas. Este
pilão pode ter um peso de 1 a 4,5 toneladas e uma altura de queda livre que pode chegar
até 7 metros de altura.
3. Execução do bulbo:
O alargamento da base aumenta a capacidade de carga da estaca, já que amplia a seção
da estaca e melhora as características mecânicas do solo graças à sua compactação. Para
o alargamento da base, o tubo é preso por cabos de extração para que não desça durante
a expulsão da bucha de pedra e areia. A expulsão é feita por meio de seu apiloamento
aliado a um pequeno levantamento do tubo pelos cabos. Quando a bucha está totalmente
expulsa, lança-se no tubo pequenas quantidades de concreto da base. A base deve ser
alargada até que se atinja o volume recomendado em projeto.

4. Colocação da armadura:
Depois do alargamento da base, é implantada a armação dentro do tubo cravado para
posterior concretagem da estaca. Geralmente, a armadura dessas estacas são
longitudinais, ao longo de seu comprimento, e transversais, formadas pelos estribos que
podem ser colocados de um a um ou realizados em espiral.

5. Concretagem dos furos:


A concretagem é realizada com o lançamento de pequenas quantidades de concreto e o
apiloamento destas camadas com o mesmo pilão da escavação. À medida que a estaca é
concretada o tubo é retirado por meio da suspensão dos cabos de aço. É importante manter
uma quantidade de concreto adequada para que durante a retirada do tubo não corra o
risco da entrada de solo ou água em alguma parte da estaca.
Estaca Raíz
.
É uma estaca argamassada “in loco”, produzida no canteiro de obras, diretamente
designado no projeto de fundações e de elevada tensão de trabalho do fuste. É mais um
tipo de estaca utilizada em fundações profundas, podendo ser utilizada em qualquer tipo de
solo e ser executada em locais de difícil acesso, atingindo uma profundidade maior que 50
metros e com diâmetro de 80 a 500 mm, tanto em solo como em rochas. Outra característica
é a presença de tubo metálico durante a escavação, o que garante a estabilização do solo.
O processo de escavação é realizado por meio de perfuração rotativa ou roto-percussiva.
A Estaca Raíz possui grandes vantagens como sua alta capacidade de carga; fácil
mobilização, podendo ser utilizada em locais de difícil acesso e possibilidade de execução
em áreas de espaço limitado, devido ao equipamento ser de pequeno e médio porte;
ausência de vibração e descompressão do terreno, podendo ser utilizada em terrenos com
construções vizinhas; devido a sua capacidade de perfurar matérias rígidas, pode ser
utilizado em terrenos com prença de matacões, rochas e concreto; possibilidade de
execução inclinada (0 a 90º); não provoca poluição sonora e tem a possibilidade de
combater esforços de flexão. Apesar de todas as suas vantagens, as Estacas Raiz
apresentam desvantagens como custo elevado; alto consumo de cimento; alto consumo de
ferragens para as armaduras; grande impacto ambiental e obra alagada devido ao grande
consumo de água.

Processo executivo da Estaca Raíz:


1. Posicionamento do equipamento:
O primeiro passo é o posicionamento da perfuratriz sobre a locação do elemento a ser
escavado, o terreno deve estar nivelado. Antes de começar a perfuração, é importante
conferir a verticalidade e o ângulo de inclinação do tubo metálico em relação à estaca
locada.

2. Perfuração:
Para a perfuração, normalmente é utilizado o processo rotativo com circulação de água,
lama bentonítica ou polímero sintético, à medida que a perfuração acontece os tubos
metálicos são inseridos. Este tubo metálico é equipado em sua ponta com uma lâmina de
corte.
No caso de descobrir algum material resistente durante a perfuração, como matacões ou
rocha, pode ser utilizada uma coroa diamantada, ou pode-se prosseguir a perfuração por
processo percussivo.

3. Limpeza do fundo do furo:


Assim que a perfuração atingir a cota de projeto, são injetados golpes de água dentro da
estaca, sem avançar a perfuração, apenas para promover a limpeza interna do tubo.
A limpeza é ainda mais importante nos casos em que tiver sido utilizado a lama bentonítica.

4. Colocação da armadura:
Após a limpeza, a armadura é inserida no interior do tubo, esta é constituída por uma ou
mais barras de aço, devidamente estribadas, conforme especificação do projeto estrutural
da estaca, também de acordo com as características informadas pela sondagem. O
diâmetro de cada estaca é o que indica a quantidade de armadura que deverá ser utilizada,
é importante ter o cuidado de usar espaçadores plásticos (ou similares) para manter a
estrutura centralizada e não ocorrer movimentação dos estribos.

5. Concretagem:
Após a instalação da armadura, é inserido no furo um tubo de injeção. A concretagem é
realizada de baixo para cima. Este processo garante que toda a água presente no fundo do
furo seja expelida.

Quando o furo estiver cheio, o mesmo é tampado em sua extremidade e uma pressão de
ar comprimido é aplicada sobre o tubo. O traço do concreto deve ser adotado conforme
especificações de projeto.

6. Retirada dos tubos metálicos:


Após a conclusão da concretagem os tubos de revestimento serão retirados. A retirada é
realizada por macacos hidráulicos e sua velocidade deve ser lenta. A cada trecho de tubo
sacado a argamassa irá ceder, devido à sua acomodação, desta forma o furo deverá ser
completado com o concreto indicado até o término da retirada do revestimento.
Estaca Hélice Contínua

A Estaca Hélice Contínua é outro tipo de fundação profunda, uma das mais utilizadas no
Brasil atualmente devido a sua versatilidade e praticidade. É uma estaca escavada,
moldada in loco. Estas fundações são executadas com equipamentos que possibilitam a
perfuração do terreno com trado helicoidal contínuo que realiza a concretagem, através de
uma haste central, da estaca simultaneamente à retirada do solo. Devido ao tamanho do
veículo de transporte e da máquina perfuratriz usada na operação, o local onde o serviço
será executado precisa ser bastante amplo. Além disso, o terreno deve ser plano ou
levemente inclinado. Estas estacas são capazes de trabalhar em solos com lençol freático,
porém sem a presença de rochas.
A execução da Estaca Hélice Contínua permite maior agilidade na conclusão do
estaqueamento, tendo como principal característica o monitoramento eletrônico (controle
de profundidade, velocidade de rotação e de descida do trado na perfuração, torque do
equipamento, pressão de concretagem, velocidade de subida do trado e sobre consumo de
concreto) e ausência de vibrações no solo local e vizinhos.
A Estaca Hélice Contínua possui diversas vantagens, como alta produtividade; alta
capacidade de carga das estacas; menor emissão de ruídos e de vibrações no terreno,
evitando problemas que possam incomodar a vizinhança; conta com monitoramento
eletrônico em toda a sua execução, controlando a profundidade, a inclinação e
verticalização do trado helicoidal, velocidade de rotação e avanço do trado; grande variação
dos diâmetros do trado helicoidal, podendo chegar até 150 cm de diâmetro; podem ser
executadas estacas de grande profundidade, até 38 m; podem ser executadas acima ou
abaixo do lençol freático e penetra camadas resistentes do solo. Já as suas desvantagens
são: por ser um equipamento grande, necessita de uma área ampla na obra e de terreno
plano ou pouco inclinado para a sua instalação; não podem ser executadas em terrenos
com presença de rochas e matacões; possui custo relativamente alto se comparado a
outros métodos de execução de fundações devido a mobilização dos equipamentos.

Processo executivo da Estaca Hélice Contínua:


1. Investigação geotécnica:
O primeiro passo é a realização de investigações geotécnicas de qualidade, com as
informações obtidas que o elemento será dimensionado de forma adequada para a
edificação e o solo de fundação.
2. Elaboração do projeto de fundação:
Com os dados da investigação geotécnica em mãos é possível elaborar o projeto de
fundação de acordo com as características geotécnicas do terreno.

3. Locação da obra:
O primeiro passo para a execução das estacas é a locação dos elementos de fundação.
Ela pode ser feita com o auxílio de gabarito em madeira para construções de menor porte
ou com equipamentos de topografia de precisão para obras de maior porte e mais
complexidade.

4. Perfuração:
A escavação da estaca hélice contínua é feita por meio da rotação da hélice pela aplicação
de torque até a profundidade estabelecida em projeto. A hélice não deve ser retirada do
solo em momento algum até que se atinja a profundidade desejada. Isso garante a
estabilidade do furo até a concretagem tanto em solos coesivos como arenosos, na
presença ou não de lençol freático.

5. Concretagem:
A concretagem ocorre antes da colocação da armadura e deve ser iniciada após ser
atingida a profundidade de projeto. O concreto deve ser bombeado pela haste central do
trado ao mesmo tempo em que se é retirado o solo escavado. Neste momento, não deve
haver rotação do trado.

6. Colocação da armadura:
Após a conclusão da concretagem a armadura deve ser inserida pelos operários ou com
auxílio de equipamento mecânico.

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