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Carabina CBC “Impala” (Rev. 1)

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A CBC, Companhia Brasileira de Cartuchos, é uma empresa presente no cenário brasileiro há cerca
de  70  anos.  Ela  é  oriunda  da  antiga  F.N.C.M,  Fábrica  Nacional  de  Cartuchos  e  Munições,  fundada
pelos  imigrantes  italianos  Costabile  e  Nicola  Matarazzo  em  1926.  A  F.N.C.M.  foi  uma  empresa
historicamente  importante  para  o  Estado  de  São  Paulo,  pois  na  época  da  Revolução
Constitucionalista, foi a fornecedora dos cartuchos utilizados pelas Forças Revolucionárias do Estado.
Nessa oportunidade, saíam desta fábrica cerca de 30.000 cartuchos de calibre 7X57mm Mauser, por
dia. A F.N.C.M. estava instalada em pequeno barracão, contando com cerca de 20 funcionários e só
fabricava cartuchos de caça.

Em  1936  a  empresa  teve  seu  controle  acionário  transferido  para  a  Remington  Arms,  tradicional
empresa  norte‑americana  de  armas  e  munições,  e  para  a  ICI,  empresa  britânica,  tendo  seu  nome
alterado para Companhia Brasileira de Cartuchos. Em 1953, a C.B.C. inicia no Brasil a fabricação dos
cartuchos de fogo circular calibre .22, nas versões Curta e Long‑Rifle (LR).

Atualmente o seu complexo industrial abrange uma fábrica em
Santo  André,  SP,  com  28.000m²  de  área  construída  e  uma
unidade  mais  moderna  em  Ribeirão  Pires,  próximo  à  São
Paulo, com 30.000 m² de construção e 1.800.000m² de área total,
com  cerca  de  2.000  funcionários.  Nesta  unidade  de  Ribeirão
Pires, aliada à um belíssimo cenário natural, a CBC mantém o
seu  Centro  de  Treinamento  Tático  (CTT),  onde  além  de
atividades  de  treinamento,  acontecem  várias  etapas  do
Campeonato Paulista de Fuzil Esportivo, utilizando para isso a
pista com 230 metros de comprimento.

Foto: Cartuchos cal. 22LR fabricados pela CBC. O da direita é da época do início da produção destas munições
no Brasil.

Sua  produção  atingia  a  marca  de  2,5  milhões  de  cartuchos  por  ano.  O  calibre  .22,  pela  sua  baixa
complexidade  e  baixo  custo  de  fabricação,  é  o  calibre  mais  utilizado  no  mundo  nas  áreas  de  tiro
esportivo e caças pequenas.

Por ser provido de sistema de ignição circular, mundialmente conhecido como “rim‑fire”, não utiliza
espoleta  externa  e  com  isso  a  construção  do  cartucho  é  muito  mais  simples  e  menos  dispendiosa.
Com isso, é também o cartucho de arma de fogo mais acessível, economicamente.

Com  a  popularização  do  uso  deste  calibre  em  tiro  esportivo  e  de  diversão  (plinking)  e  no  rastro  de
Com  a  popularização  do  uso  deste  calibre  em  tiro  esportivo  e  de  diversão  (plinking)  e  no  rastro  de
outras empresas nacionais que lançaram armas leves para essa finalidade, a CBC entra, na década de
60,  no  mercado  de  fabricação  de  armas  com  modelos  que  fizeram  sucesso,  como  os  rifles  semi‑
automáticos modelo 66 Nylon, na verdade um modelo oriundo da Remington, e as carabinas da linha
122, de repetição por ação de ferrolho.

As carabinas Impala modelos Máster 422 e Match‑Master 322, de cima para baixo.

Porém, uma lacuna ainda existia no mercado; as carabinas fabricadas pela Rossi, empresa localizada
no Rio Grande do Sul e da CBC, em São Paulo, não atendiam muito bem as exigências do atirador do
tiro esportivo mais sério no calibre 22, que até então tinha que importar essas armas de fabricantes
que ofereciam modelos mais refinados.

Pensando  nesse  nicho  de  mercado,  justamente  na  faixa  de  atiradores  praticantes  das  provas  de
carabinas .22 com alvos posicionados a 25 metros, a CBC resolve, em 1983, lançar uma nova linha de
carabinas  esporte,  a  que  deu  o  nome  de  Impala.  Essas  armas  possuem,  na  verdade,  uma  ação  de
ferrolho  derivada  do  rifle  modelo  122,  com  ligeiras  modificações,  mas  com  um  sistema  de  gatilho
totalmente novo e mais elaborado. Dois modelos foram apresentados: o modelo Match‑Master 322 e o
Master 422. A diferença que mais se destaca entre eles é o desenho do cano e o do carregador. O 322 é
oferecido  com  um  cano  bem  mais  pesado,  estilo  “bull‑barrel”,  pesando  só  o  cano  1,760  Kg  e  com
carregador para seis cartuchos embutido na coronha. O 422 possui o cano mais leve, com um peso de
1,280 Kg, menos espesso, e seu carregador com capacidade de 10 tiros, pode ser retirado através de
uma  abertura  na  parte  inferior  da  coronha,  bem  ao  estilo  dos  modelos  122.  Porém,  no  422  pode‑se
carregar  com  o  magazine  removido  da  arma;  no  322,  a  carga  de  cartuchos  só  pode  ser  feita  com  a
culatra aberta, inseridos um a um no carregador, que não é removível. O magazine aceita munições
calibre 22 em três tamanhos, Curta, Longa e Long‑Rifle.

Pela faixa de preço em que se situavam os dois modelos, bem acima da média das demais carabinas
do  mercado  na  época,  e  pela  pequena  diferença  existente  no  valor  entre  as  duas  versões,  era  de  se
supor que o modelo 422 não seria tão bem aceito quanto à sua versão mais cara. Esse detalhe até hoje
é percebido, quando se observa a presença praticamente unânime dos modelos 322 nos estandes de
tiro.  Por  esse  motivo,  vamos  nos  dedicar  neste  artigo,  especificamente,  sobre  o  modelo  322,    o
chamado “Match‑Master”.
A Impala modelo Match‑Master 322 (Arma e foto do autor)

A coronha, em estilo Monte‑Carlo, é surpreendentemente bem acabada e balanceada para uma arma
nacional.  Além  de  estar  provida  de  um  amortecedor  (recoil‑pad)  de  borracha  na  soleira,  do  tipo
ventilado,  a  empunhadura  do  tipo  pistola  é  trabalhada  com  um  acabamento  antiderrapante,
granulado, de cor preta, dando à arma um aspecto bem chamativo e sofisticado.

   

Na foto à esquerda, uma adaptação feita pelo autor, utilizando‑se o “recoil‑pad” de borracha original da Impala,
modelo tipo ventilado, originalmente fixo à coronha, porém montado a um Bisley Adjusted Buퟘ�‑Plate, acessório
que pode ser importado dos USA.

As últimas versões produzidas desta arma foram fornecidas de fábrica com soleiras de borracha sólidas,
mas dispondo de regulagem de altura.

O  guarda  mato,  apesar  de  ser  feito  em  plástico,  possui  um  acabamento  externo  ranhurado,
O  guarda  mato,  apesar  de  ser  feito  em  plástico,  possui  um  acabamento  externo  ranhurado,
antideslizante, e o perfil da coronha o acompanha até a parte inferior. Com isso, além de baixar mais
o ponto de apoio para as mãos do atirador, dá à arma uma aparência imponente e robusta. No fuste,
parte  inferior  ao  cano,  há  um  trilho  de  alumínio,  muito
bem  usinado,  fixado  com  parafusos,  com  a  largura
interna  de  1/2″  (12,5  mm),  que  permite  a  instalação  de
um  suporte  para  bandoleira,  com  um  “knob”  em
alumínio  zigrinado,  fornecido  como  padrão.  Dessa
forma,  a  bandoleira  poderia  ser  ajustada  no
comprimento com muita facilidade.

Esse  trilho  serve  também  para  se  adaptar  outros


acessórios  como  “champignon”,  contra‑pesos,  etc.
Retirando‑se o conjunto cano e culatra, fixados por dois
parafusos, verifica‑se que há cavidades na coronha especialmente feitas para a colocação de pesos. O
mesmo se verifica na parte posterior, acessível com a retirada da soleira.

Pode‑se  desta  forma,  balancear  melhor  a  arma  de  acordo  com  a  preferência  do  atirador.  Por
experiência própria, o autor adicionou cerca de 300 gr. de chumbo ao alojamento traseiro da coronha,
conseguindo com esse peso, o ponto exato de equilíbrio da arma na região da culatra.

A arma utiliza o sistema chamado de cano flutuante, ou seja, o mesmo é fixado tão somente à culatra
da arma e não toca a coronha em nenhum ponto; portanto a
vibração  normal  do  cano  por  ocasião  do  disparo  não  é
transferida para a coronha, bem como o cano não sofre com
possíveis e mínimas deformidades, oriundas da madeira.

À esquerda, detalhe do bem acabado “knob” feito em alumínio
anodizado, com um anel oxidado em preto para se fixar a
bandoleira. Esse “knob” pode ser deslizado em toda a extensão do
trilho para um ajuste mais simples e rápido.

No  início  da  produção,  os  elementos  de  pontaria  eram  um


ponto  fraco  da  arma  e  a  CBC  procurou,  com  o  tempo,  minimizar  esse  problema  lançando  alças  de
mira mais sofisticadas nos modelos posteriores. Em todos os casos, a massa de mira é do tipo túnel,
montada  sobre  duas  canaletas  usinadas  no  cano,  podendo  ser  facilmente  removida.  O  túnel  possui
um anel rosqueado, que possibilita a retirada e a troca do tipo de retículo ou massa que se deseja. A
alça de mira, no entanto, deixava a desejar, e muito, por ocasião das primeiras armas fabricadas.

   

À esquerda, o modelo preliminar de alça de mira, sem clicagem e totalmente incompatível com a aplicação
destinada à arma; à direita, o modelo posterior da alça de mira, com regulagens clicadas em ambas as direções.

Na  verdade  era  a  mesma  alça  de  mira  usada  nas  carabinas  de  ar  comprimido  245  e  345  da  CBC,
Na  verdade  era  a  mesma  alça  de  mira  usada  nas  carabinas  de  ar  comprimido  245  e  345  da  CBC,
muito  simples,  embora  com  correção  lateral  e  vertical.  Pecavam,  porém,  por  não  serem  do  tipo
clicadas  e  sim,  com  ajustes  contínuos,  o  que  dificultava  o  acerto  com  precisão.  Felizmente  a  CBC
lançou, paralelamente, e à venda primeiramente como acessório, uma alça de mira bem superior, com
ajustes  clicados  em  ambas  as  direções,  o  que  finalmente  deu  à  arma  um  aparelho  de  pontaria  mais
preciso e de acordo com a sua finalidade.

A culatra possui na sua parte posterior, sobre a abertura de ejeção, ranhuras usinadas de dimensão
padrão para a montagem alternativa de lunetas telescópicas ou outros sistemas de pontaria. Para isso,
a  CBC  também  apresentava  opcionalmente  um  sistema  de  “peep‑sight”  interessante  e  facilmente
adaptado. Devido à altura maior do sistema, era necessária a instalação de dois extensores feitos em
material sinterizado, fornecidos com o dióptro, para se elevar a massa de mira.

Esses extensores fornecidos, peças 6558 e 6559 na vista explodida, servem também para a montagem
de lunetas, no padrão de 11 mm, não sendo desta forma necessária a remoção da alça de mira.

De modo geral esse aparelho é bem construído. Os ajustes são milimétricos, clicados com escala de
ajuste  (não  muito  precisa),  e  são  fornecidos  dois  discos  (dióptros),  um  com  orifício  de  1,0  mm  de
diâmetro e outro de 1,2 mm. Além disso, acompanha um disco maior de borracha para ser aplicado
aos dióptros, servindo como proteção e apoio mais confortável ao olho. Infelizmente esse sistema de
dióptro se torna um tanto inútil, em virtude de que as provas de competição oficiais para carabinas
22, para alvos a 25m, exigem miras abertas e não permitem sua utilização e, claro, passa longe dos
atiradores sérios a intenção de se utilizar a Impala em provas oficiais de 50m, onde o dióptro é aceito,
mas onde  teria que se competir com carabinas importadas de categoria incompatível.

O dióptro opcional na sua caixa original e em foto em detalhe

O ferrolho, como já dito antes, era basicamente o mesmo dos rifles 122. O desenho e manejo está um
pouco longe de ser considerado perfeito. Muitas peças móveis, uma certa fragilidade na construção
da  alavanca  de  manejo  e  uma  desmontagem  muito  demorada  e  complicada,  que  lança  mão  de  um
arame  de  aço  para  que  seja  feita  a  fixação  da  parte  posterior  ao  corpo  do  ferrolho.  Esse  corpo  não
possui  movimento  rotativo  (como  nas  ações  dos  fuzis  Mauser);  o  que  executa  o  trancamento  da
culatra é um ressalto existente na própria alavanca em si. O percussor é exposto pela parte inferior, o
que permite facilmente a entrada de sujeira. O sistema permite que a arma seja engatilhada somente
com  o  movimento  de  se  erguer  e  baixar  a  alavanca,  o  que  é  bem  prático.  Como  sinalização  de
segurança, uma vez engatilhada a arma, um pino dotado de um anel vermelho fica exposto na parte
posterior, facilmente visível ao atirador.
A carabina Impala com uma luneta Bushnell 6‑24X40 – note a utilização dos dois calços montados sobre os
trilhos, para evitar que seja necessária a remoção da alça de mira.

A trava manual fica do lado direito, em local cômodo, mas não atua diretamente no ferrolho, e sim,
no sistema de gatilho. Não é uma trava eficiente a ponto de evitar um disparo acidental provocado
por um impacto maior recebido pela arma. A maneabilidade do ferrolho não é ruim, mas é um pouco
áspera quando se compara a modelos importados e mais refinados. Há um jogo de finas arruelas de
aço, servindo como espaçadores, na junção da alavanca com o corpo do ferrolho que, com o tempo,
sofrem  desgaste  e  podem  começam  a  roçar  na  armação  da  culatra.  A  extração  do  cartucho  é  feita
através de dois extratores fixados por uma mola de aço em forma de braçadeira. Mesmo com muito
uso  e  excesso  de  resíduos  de  pólvora,  é  difícil  a  ocorrência  de  cartuchos  que  não  conseguem  ser
extraídos. O ejetor é bem posicionado e expulsa de forma eficaz e para longe, o cartucho detonado.
Diopro original da CBC, montado na arma

A  retirada  do  ferrolho  se  faz  através  de  um  retém  em  forma  de  botão,  situado  do  lado  oposto  à
alavanca do ferrolho, que girado em qualquer sentido, se trava na posição, exibindo um anel colorido
para  visualização.  Além  desse  retém,  ainda  é  necessário  que  o  gatilho  seja  pressionado  para  que  o
ferrolho deixe seu alojamento.

Culatra aberta onde se vê o pino traseiro do ferrolho, sinalizador de arma engatilhada, bem como o botão retém
para retirada do ferrolho da culatra. Nota‑se também a tecla da trava se segurança com seu ponto vermelho de
alerta.

O  sistema  de  gatilho  é  uma  revolução,  em  se  tratando  de  uma  carabina  para  uso  em  provas  não
O  sistema  de  gatilho  é  uma  revolução,  em  se  tratando  de  uma  carabina  para  uso  em  provas  não
olímpicas, feita no Brasil. Claro que, comparado a sistemas mais sofisticados, encontrados em armas
para uso de competição feitas principalmente na Europa, deixa bastante a desejar. Porém, justiça seja
feita: para a finalidade a que essa arma se destina, é um aparelho de muito bom projeto. Pela primeira
vez no Brasil se tem uma arma com possibilidade de ajuste múltiplo, tanto na pressão, tamanho do
curso e posição da tecla.

Desenho esquemático mostrando o funcionamento do sistema de gatilho da carabina Impala. O parafuso 1
regula a sensibilidade, o 2 regula a pressão da mola de retorno (peso do gatilho) e o 3 ajusta a inclinação lateral e
posição longitudinal do gatilho. A peça cilíndrica, ao alto do desenho, é o percussor, que neste esquema se
desloca da direita para a esquerda.

Medições feitas indicam a possibilidade mínima de ajuste de pressão em torno de 500 a 600 gramas,
podendo chegar a um máximo de 1,200 gramas. Apenas como comparação, algumas carabinas para
uso em competição de nível Olímpico podem ter ajustes mínimos na casa de 20 a 30 gramas. Porém,
em carabinas para a finalidade a que se destina a Impala, a pressão do gatilho é suficientemente leve.
A tecla do gatilho pode ser ajustada, através de um parafuso, de forma a incliná‑la para qualquer um
dos lados ou deslizá‑la no sentido longitudinal, regulando a distância em relação ao comprimento do
dedo do atirador. Pelos dois orifícios situados na parte inferior do guarda‑mato pode‑se, com o uso
de  uma  chave  de  fenda,  fornecida  como  acessório,  regular  a  pressão  da  mola  do  gatilho  e  a
sensibilidade do disparo.

Esse último parafuso fica, entretanto, numa posição muito desconfortável para acesso. A regulagem
da  sensibilidade  do  gatilho  pode  ser  feita  da  seguinte  forma:  coloca‑se  um  cartucho  detonado  na
câmara  e  fecha‑se  o  ferrolho.  Em  seguida,  introduz‑se  uma  chave  de  fenda  pelo  orifício  e  gira‑se  o
parafuso no sentido horário, até o disparo da arma. Em seguida, volta‑se o parafuso cerca de 1/4 de
volta  no  sentido  anti‑horário  e  experimenta‑se  a  pressão  nesta  posição.  Nunca  se  deve  deixar  esse
ajuste demasiadamente sensível sob risco de se obter disparos acidentais.
Vista inferior do guarda mato com os dois orifícios para a entrada de chave de fenda reguladora de pressão e
sensibilidade. Note o parafuso lateral da tecla do gatilho que possibilita a sua regulagem lateral e de distancia.
Na base do guarda‑mato, o furo mais perto do parafuso de fixação à coronha acessa o parafuso da regulagem de
sensibilidade do disparo; o furo posterior acessa o parafuso de ajuste da pressão da tecla do gatilho. À direita,
vemos um detalhe da coroa do cano e túnel da massa de mira com insertos removíveis.

Abaixo seguem as características dos modelos Impala:

Características Match Master 322 Master 422


Comprimento do cano 666mm 666mm
Comprimento total 1100mm 1100mm
Peso do cano 1,760 Kg 1,280 Kg
Peso total 4,360 Kg 3,400 Kg
Capacidade 6 tiros 10 tiros
Distância entre miras 600mm 600mm
Número de raias 6 6
Passo das raias 406mm 406mm
Vista Explodida da Impala 322/422 – clique para aumentar a imagem

Um dos acondicionamentos mais utilizados pela CBC para essas carabinas era uma caixa de isopor,
com  os  encaixes  internos  para  a  arma  e  acessórios,  moldada  em  duas  partes.  Envolvendo  essas
metades, uma capa  de  nylon  com  zíper  e  alça  para  transporte.  Os  acessórios que acompanhavam a
arma,  de  série,  eram  o  suporte  para  bandoleira,  dois  espaçadores,  duas  chaves  de  fenda  para
desmontagem  e  ajustes,  selos  promocionais  da  Impala  e  da  CBC,  uma  flanela  personalizada  e  o
manual com instruções e vista explodida.
Embalagem original em isopor moldado – note que a arma é guardada sem o ferrolho.

Embora o peso da 322 possa parecer excessivo, com seus 4,400 Kg, desde que corretamente posicionada, a arma
Embora o peso da 322 possa parecer excessivo, com seus 4,400 Kg, desde que corretamente posicionada, a arma
pode ser utilizada por atiradores jovens sem qualquer dificuldade, com a vantagem da boa estabilidade obtida
com seu equilíbrio perfeito.

Conclusão:  o  autor  é  proprietário  de  uma  Impala  do  modelo  Match‑Master  322,  adquirida  nova  no
ano de 1984. Essa arma conta hoje com aproximadamente 3500 tiros. A conservação sempre foi levada
a  sério,  com  limpeza  parcial  após  a  utilização  em  treinos  e  competições,  e  uma  limpeza  mais
abrangente  com  desmontagem  parcial  a  cada  6  meses.  Utilizando‑se  munição  sempre  nova,  das
marcas  Eley,  CBC,  Remington  e  Lapua,  pode‑se  afirmar  que  a  incidência  de  falhas  por  nega  é
raríssima. Falhas de alimentação e ou ejeção são também muito raras. A regulagem de sensibilidade
do  gatilho  possui  um  limiar  onde  o  disparo  acidental  pode  ser  possível.  Em  alguns  casos  de  ajuste
nesse nível, a arma recusa‑se a engatilhar durante o manejo, ou seja, o percussor é liberado no ato de
trancamento  do  ferrolho.  Porém,  o  disparo  acidental,  nesses  casos,  é  impossível  pela  própria
construção  do  ferrolho.  Isso  é  resolvido,  simplesmente,  por  cerca  de  ¼  de  rotação  do  parafuso  de
ajuste, no sentido anti‑horário.

Detalhe do bonito e eficiente acabamento “anti‑derrapante” do punho tipo pistola. O pequeno pino que se
observa na parte posterior do gatilho é uma adaptação feita pelo autor, possibilitando a regulagem do curso de
escape do gatilho após o disparo. (Foto e arma do autor)

O  grupamento  observado  durante  todos  os  anos  de  uso,  praticamente  não  se  alterou.  O  cano
continua em estado de novo, não se notando desgaste de raiamento. Enfim, trata‑se de um produto
nacional  com  qualidade  condizente  com  sua  aplicação,  com  alguns  pontos  que  poderiam  ter  sido
melhorados no decorrer da produção.

A linha Impala foi desativada pela CBC em 1993, com cerca de 4.000 armas produzidas. Sem dúvida,
de lá para cá, nenhum outro fabricante brasileiro, nem a própria CBC, lançou uma carabina esporte
tão  bem  construída  que  superasse  a  Impala.  A  lacuna,  pois,  infelizmente  permanece,  deixando
muitos praticantes deste tipo de tiro sem muita escolha e opções no mercado.
Wriퟘ�en by Carlos F P Neto
Wriퟘ�en by Carlos F P Neto

07/08/2009 às 11:34

67 Respostas

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Olá, 49cm incluindo a câmara.

Carlos F P Neto

24/04/2017 at 20:25

Ola, alguém sabe o tamanho exato do cano da nylon 66. Grato

Cesar brandao

24/04/2017 at 0:18

Não tenho ideia, infelizmente.

Carlos F P Neto

18/04/2017 at 0:03

Olá tbm, se você saber onde vende a alça de mira de rifle cbc calibre 22lr modelo 122 me informe
por favor ok

Roberto Anerth

17/04/2017 at 23:31

Exatamente como consta do manual.

Carlos F P Neto

08/04/2017 at 19:56

Prezado Carlos,

Alguns leitores postaram uma dúvida sobre o número de raias (seis ou oito) das Impala.

O cano de 8 (oito) raias foi empregado pela CBC não nas Impala, mas na CBC 122.2 “Sniper”, cujo
cano era mais longo e recebia a mesma massa de mira da Nylon 66.

Erick Tamberg

07/04/2017 at 11:20

Caio, o número de raias sempre foi de seis, tanto na 322 como 422.

Carlos F P Neto

28/08/2016 at 15:14
28/08/2016 at 15:14

Caro autor , uma dúvida,…o modelo 322 não tinha 8 raias no cano??

Caio

28/08/2016 at 14:53

Idalício, infelizmente fica difícil ajudá‑lo. Hoje há uma infinidade de modelos disponíveis no
mercado, com ampla faixa de preços, a maioria delas que não tivemos oportunidade de avaliar,
sequer examinar nas mãos. O ideal mesmo é você visitar algumas lojas e pesquisar, perguntar,
coletar informações e decidir pelo melhor custo‑benefício.

Carlos F P Neto

02/05/2016 at 23:04

Bom dia! Qual a melhor luneta, ou qual você me indicaria (4X32) para uso em uma carabina puma
cano octogonal calibre .38?

Idalício

02/05/2016 at 12:15

Napoleão, se está se referindo à carabina Impala, as raias são em número de 6, e não 8. Um
abraço.

Carlos F P Neto

29/05/2015 at 20:53

Acho que houve um engano no comentário o número de raias não é seis como foi informado o
número de raias são oito.

napoleao Magalhães moura

29/05/2015 at 20:31

Gabriel, entre em contato com a CBC ou um representante. Grato pelo contato.

Carlos F P Neto

23/04/2015 at 23:47

Boa noite gostaria de saber dos senhores se consigo adquirir uma coronha do rifles cbc 122.2 pois
a do meu se encontra quebrada arma documentada desde ja agradeço

gabriel

23/04/2015 at 23:25

Carlos, sua intuição estava correta, pois em consulta à CBC foi informado que o carregador da
122‑2 não é compatível mesmo com a Impala 422. Obrigado pela atenção e um abraço!

Isaias

20/02/2015 at 22:03
Isaias, não posso te dar certeza de que o carregador da 122‑2 é compatível, mas creio que não é.
Isaias, não posso te dar certeza de que o carregador da 122‑2 é compatível, mas creio que não é.
Fico‑lhe devendo.

Carlos F P Neto

20/02/2015 at 20:54

Carlos, boa noite, o carregador da CBC 122‑2 também serviria na Impala 422?
Abraços!

Isaias Barcelos

20/02/2015 at 0:22

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