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Analisando os indicadores citados no texto, você pode afirmar (D) I , II e III, apenas. (E) I, III e IV, apenas.
que:
(ENEM-98) Você está estudando o abolicionismo no Brasil e ficou
perplexo ao ler o seguinte documento:
58 Com a leitura dos dois textos, você descobriu que a cidadania: (C) diferentes, porque, para o primeiro texto, a questão central é a
(A) jamais foi negada aos cativos e seus descendentes. integração regional e, para o segundo, a política de substituição de
importações.
(B) foi obtida pelos ex-escravos tâo logo a abolição fora decretada.
(D) semelhantes, porque consideram a integração regional necessária
(C) nâo era incompatível com a escravidão. ao desenvolvimento econômico.
(D) ainda hoje continua incompleta para milhões de brasileiros. (E) opostas, pois, para o primeiro texto, a globalização impede o
(E) consiste no direito de eleger deputados. aprofundamento democrático e, para o segundo, a globalização é
geradora da crise econômica.
(ENEM-00) O texto abaixo foi extraído de uma crônica de
Machado de Assis e refere-se ao trabalho de um escravo. (ENEM-00) Em muitos jornais, encontramos charges, quadrinhos,
ilustrações, inspirados nos fatos noticiados. Veja um exemplo:
“Um dia começou a guerra do Paraguai e durou cinco anos, João
repicava e dobrava, dobrava e repicava pelos mortos e pelas
vitórias. Quando se decretou o ventre livre dos escravos, João é
que repicou. Quando se fez a abolição completa, quem repicou
foi João. Um dia proclamou-se a República. João repicou por ela,
repicaria pelo Império, se o Império retornasse.”
(MACHADO, Assis de. Crônica sobre a morte do escravo João,
1897)
II - “O Brasil não terá índios no final do século XXI (...) E por que
(B) Essa cova em que estás isso? Pela razão muito simples que consiste no fato de o índio
Com palmos medida, brasileiro não ser distinto das demais comunidades primitivas que
é a conta menor existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um
que tiraste em vida. processo civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou
por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do
É de bom tamanho, neolítico a um estágio civilizatório.”
Nem largo nem fundo, Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro
de 1994.
É a parte que te cabe
deste latifúndio.
Pode-se afirmar, segundo os textos, que:
(MELO NETO, João Cabral de. Morte e Vida Severina e outros (A) tanto Terena quanto Jaguaribe propõem idéias inadequadas, pois o
poemas em voz alta. Rio de Janeiro: Sabiá, 1967) primeiro deseja a aculturação feita pela “civilização branca”, e o
segundo, o confinamento de tribos.
(C) Medir é a medida (B) Terena quer transformar o Brasil numa terra só de índios, pois
mede pretende mudar até mesmo a língua do país, enquanto a idéia de
A terra, medo do homem, a lavra; Jaguaribe é anticonstitucional, pois fere o direito à identidade cultural
dos índios.
lavra
(C) Terena compreende que a melhor solução é que os brancos
duro campo, muito cerco, vária várzea. aprendam a língua tupi para entender melhor o que dizem os índios.
(CHAMIE, Mário. Sábado na hora da escutas. São Jaguaribe é de opinião que, até o final do século XXI, seja feita uma
Paulo: Summums, 1978) limpeza étnica no Brasil.
(D) Terena defende que a sociedade brasileira deve respeitar a cultura
(D) Vou contar para vocês dos índios e Jaguaribe acredita na inevitabilidade do processo de
aculturação dos índios e de sua incorporação à sociedade brasileira.
um caso que sucedeu
(E) Terena propõe que a integração indígena deve ser lenta, gradativa
na Paraíba do Norte e progressiva, e Jaguaribe propõe que essa integração resulte de
com um homem que se chamava decisão autônoma das comunidades indígenas.
Pedro João Boa-Morte,
(ENEM-02) Em 1958, a seleção brasileira foi campeã mundial pela
lavrador de Chapadinha:
primeira vez. O texto foi extraído da crônica .A alegria de ser
talvez tenha morte boa
brasileiro., do dramaturgo Nelson Rodrigues, publicada naquele
porque vida ele não tinha. ano pelo jornal Última Hora:.
(GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro: .Agora, com a chegada da equipe imortal, as lágrimas rolam.
Civilização Brasileira, 1983) Convenhamos que a seleção as merece. Merece por tudo: não só
pelo futebol, que foi o mais belo que os olhos mortais já
contemplaram, como também pelo seu maravilhoso índice
(E) Trago-te flores, – restos arrancados
disciplinar. Até este Campeonato, o brasileiro julgava-se um
Da terra que nos viu passar cafajeste nato e hereditário. Olhava o inglês e tinha-lhe inveja.
E ora mortos nos deixa e separados. Achava o inglês o sujeito mais fino, mais sóbrio, de uma polidez e
de uma cerimônia inenarráveis. E, súbito, há o Mundial. Todo
(ASSIS, Machado de. Obra completa. Rio de
mundo baixou o sarrafo no Brasil. Suecos, britânicos, alemães,
Janeiro: Nova Aguillar, 1986) franceses, checos, russos, davam botinadas em penca. Só o
brasileiro se mantinha ferozmente dentro dos limites rígidos da
(ENEM-01) Os textos referem-se à integração do índio à chamada esportividade. Então, se verificou o seguinte: o inglês, tal como o
civilização brasileira. concebíamos, não existe. O único inglês que apareceu no Mundial
foi o brasileiro. Por tantos motivos, vamos perder a vergonha (...),
vamos sentar no meio-fio e chorar. Porque é uma alegria ser
I - “Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um
brasileiro, amigos..
pensamento que separa e que tenta nos eliminar cultural, social e
até fisicamente. A justificativa é a de que somos apenas 250 milAlém de destacar a beleza do futebol brasileiro, Nelson Rodrigues
pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus.(...) É precisoquis dizer que o comportamento dos jogadores dentro do campo
(ENEM-03) O mapa abaixo apresenta parte do contorno da A primeira imagem abaixo (publicada no século XVI) mostra um
América do Sul destacando a bacia amazônica. Os pontos ritual antropofágico dos índios do Brasil. A segunda mostra
assinalados representam fortificações militares instaladas no Tiradentes esquartejado por ordem dos representantes da Coroa
século XVIII pelos portugueses. A linha indica o Tratado de portuguesa.
Tordesilhas revogado pelo Tratado de Madri, apenas em 1750.
(Theodor De Bry (Pedro Américo.
-século XVI) Tiradentes esquartejado, 1893)
(Adaptado de José W. Vesentini. A Capital da geopolítica.) Leia o texto II sobre a fome no Brasil, publicado em 2001.
A)
E)
E)
(ENEM-04) 54. A questão étnica no Brasil tem provocado A relação que se estabelece entre a situação (I) e a interpretação
diferentes atitudes: (II) e a razão para essa relação aparece em:
I. Instituiu-se o “Dia Nacional da Consciência Negra” em 20 de (A) II explica I - Nos níveis de escolaridade mais baixos há dificuldade
novembro, ao invés da tradicional celebração do 13 de maio. de acesso ao mercado de trabalho.
Essa nova data é o aniversário da morte de Zumbi, que hoje (B) I reforça II - Os avanços tecnológicos da Terceira Revolução
simboliza a crítica à segregação e à exclusão social. Industrial garantem somente o acesso ao trabalho para aqueles de
formação em nível superior.
II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou (C) I desmente II - O mundo globalizado promoveu desemprego
que nunca viu tanta convivência harmoniosa entre as diversas especialmente para pessoas entre 10 e 15 anos de estudo.
etnias. Também sobre essa questão, estudiosos fazem diferentes
reflexões: (D) II justifica I - O desemprego estrutural leva a exclusão de
trabalhadores com escolaridade de nível médio incompleto.
Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de (E) II complementa I - O longo período de baixo crescimento econômico
produção foi a mais fluida possível. Permitiu constante acirrou a competição, e pessoas de maior escolaridade passam a
mobilidade de classe para classe e até de uma raça para outra. aceitar funções que não correspondem a sua formação.
Esse amor, acima de preconceitos de raça e de convenções de
classe, do branco pela cabocla, pela cunhã, pela índia (...) agiu (ENEM-05) Zuenir Ventura, em seu livro “Minhas memórias dos
poderosamente na formação do Brasil, adoçando-o. outros” (São Paulo: Planeta do Brasil, 2005), referindo-se ao fim da
(Gilberto Freire. O mundo que o português criou.) “Era Vargas” e ao suicídio do presidente em 1954, comenta:
[Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de Quase como castigo do destino, dois anos depois eu iria trabalhar
um processo de integração das “raças” em condições de no jornal de Carlos Lacerda, o inimigo mortal de Vargas (e nunca
igualdade social. O resultado foi que (...) ainda são pouco esse adjetivo foi tão próprio).
numerosos os segmentos da “população de cor” que
conseguiram se integrar, efetivamente, na sociedade Diante daquele contexto histórico, muitos estudiosos acreditam
competitiva. que, com o suicídio, Getúlio Vargas atingiu não apenas a si
(Florestan Fernandes. O negro no mundo dos brancos.) mesmo, mas o coração de seus aliados e a mente de seus
inimigos. A afirmação que aparece “entre parênteses” no
Considerando as atitudes expostas acima e os pontos de vista comentário e uma conseqüência política que atingiu os inimigos
dos estudiosos, é correto aproximar de Vargas aparecem, respectivamente, em:
2)