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DIREITO CIVIL

LINDB
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LINDB

A LINDB – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – é chamada na


doutrina de lex legum: lei das leis. Nesse sentido, a LINDB é uma introdução a
qualquer ramo do direito. Então, todos os ramos do direito, como direito tributá-
rio, direito administrativo, direito do trabalho etc., se submetem à LINDB, salvo
quando houver norma específica em sentido contrário.
No direito penal, por exemplo, a norma, tanto na Constituição como no Código
Penal, prevê que a lei penal pode retroagir para beneficiar o réu. A LINDB, con-
tudo, determina que não pode haver retroatividade. Nesse caso, portanto, a
LINDB não será aplicada, porque o Código Penal e a Constituição têm norma
em sentido contrário para questões penais.
Da mesma forma, no caso de integração, a LINDB não prevê a equidade,
mas o Código Tributário Nacional e a CLT preveem a equidade como método de
integração no direito tributário e no direito trabalhista. Nesse caso, portanto, a
LINDB não se aplica.
Vale ressaltar que a LINDB, que antigamente era chamada de Lei de Intro-
dução ao Código Civil, é, na verdade, uma norma que diz respeito a todos os
ramos.

Vigência, Eficácia e Vigor

Em relação às normas jurídicas, é preciso estabelecer a distinção entre vigên-


cia, eficácia e vigor.

• Vigência: período durante o qual a lei é eficaz juridicamente; diz respeito


à eficácia temporal da lei (a lei é eficaz durante determinado período de
tempo).
Ex.: o Código Civil de 1916 entrou em vigor nesse ano e foi revogado pelo
Código Civil de 2002. Assim, o Código Civil de 1916 esteve em vigor de
1916 até 2002, ou seja, nesse período ele tinha eficácia jurídica. Portanto,
o período entre 1916 e 2002 é chamado de vigência.
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• Vigor: força obrigatória ou vinculante da lei.


Vigor é diferente de vigência porque é possível verificar, por exemplo, o
vigor de lei revogada (lei revogada é aquela que não tem mais vigência).
Então, mesmo depois de revogada, uma lei pode ter vigor, porque vincula
os atos praticados durante a vigência. Isso significa que mesmo revogada,
a lei continua sendo aplicável para os atos praticados na época da vigência
da lei. Isso é chamado de ultratividade, visto que a lei terá atividade, i.e.,
produzirá efeitos mesmo depois de revogada.
Ex.: foi feito um empréstimo no banco com juros de 20% ao mês, conside-
rando que uma lei “A”, na época, permitia um caso como esse. Supõe-se que,
posteriormente, o governo tenha determinado uma lei “B”, estabelecendo
que os bancos não podem cobrar mais que 12% de juros. Teoricamente,
nesse caso, a lei “A”, que permitia juros acima de 12%, será revogada.
Contudo, se se entrar com uma ação judicial depois que a lei “B” entrou em
vigor, alegando que os juros pactuados de 20% ao mês são abusivos, o juiz
deverá julgar a causa de acordo com a lei “A”, porque, apesar de não ter
mais vigência, ainda está em vigor, ainda tem força vinculante quanto aos
atos praticados naquela época.

• Eficácia: aptidão para a produção de efeitos concretos.


Eficácia consiste em verificar se a norma pode produzir ou não efeitos con-
cretos. A eficácia pode ser dividida nas seguintes espécies:

–– Social: condições fáticas, isto é, na sociedade para a norma produzir


efeitos concretos. Ex.: a lei penal contra o adultério, na prática, não tinha
repercussão penal.
–– Técnica: condições técnicas (no sentido técnico-jurídico) para uma lei
produzir efeitos. Ex.: normas constitucionais de eficácia limitada, que
dependem de lei regulamentadora. A norma que assegura o direito de
greve do servidor público, nos termos da lei, é uma norma que assegura
um direito que ainda não pode ser exercido, porque depende de uma lei
regulamentadora: é, portanto, uma norma sem eficácia técnica.
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–– Jurídica: condições jurídicas para que uma norma produza efeitos con-
cretos. Todas as normas têm eficácia jurídica. Pelo mero fato de ser uma
norma, uma lei, ela já produz efeitos, pois revoga, por exemplo, leis ante-
riores automaticamente.

Formação das leis (lei em sentido amplo: art. 59, CF)

Existem três fases para o surgimento da lei:


1) Fase de elaboração: processo legislativo (votação da lei no Congresso
Nacional, no Senado e na Câmara dos Deputados).
Fase em que há debates legislativos sobre a lei no Parlamento. Quando se
trata de LO e LC (Lei Ordinária e Lei Complementar), essa fase termina com a
sanção do Presidente da República ou com a derrubada do veto (o Congresso
pode derrubar o veto do Presidente por meio de uma comissão mista).
A primeira corrente da doutrina entende esse momento como o momento do
nascimento da lei. No entanto, há controvérsia entre os doutrinadores. Diversos
manuais de Direito Civil, por exemplo, alegam que a lei nasce com a sua promul-
gação, a qual, na verdade, inaugura a segunda fase.
2) Fase da promulgação: ato que atesta a existência formal da lei. Entende-se
que é, basicamente, o ato que visa a “arrumar o texto final e assinar”.
Tendo passado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados e tendo a lei sido
aprovada, a promulgação seria, então, a fase para redigir e arrumar o texto final,
colocar a numeração da lei e assinar.
De acordo com a segunda corrente da doutrina, é nessa fase em que ocorre
o nascimento da lei.

O pulo do gato
Não se pode dizer que alguma dessas correntes prevalece em detrimento da
outra. Na prova, é preciso avaliar. Em provas de direito civil, por exemplo, há
uma inclinação para considerar a segunda corrente. Caso a questão afirme
simplesmente que as leis nascem com a sanção ou com a derrubada do veto,
a tendência é considerar que, nesse caso, a primeira corrente tenha sido
adotada.
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3) Fase da publicação: condição de eficácia da lei.


Para uma lei poder começar a produzir efeitos concretos e poder entrar em
vigor, é preciso, no mínimo, que as pessoas tenham ciência dela e, portanto,
deve ser divulgada.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Carlos Elias.
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