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Neste sentido, refere Minuchin (1982), que a família é uma unidade social que
desenvolve sequências de papéis fundamentais para o desenvolvimento
psicológico do indivíduo, procurando marcar diferenças no contexto dos
parâmetros de diferenças culturais, com raízes universais.
Uma vez favorecidas as mudanças a família tende, a maior parte das vezes, a
preservar o processo de mudança, pois as experiencias consideram-se qualificadas
no seio da mesma, permanecendo na vida do grupo.
Com este artigo, pretendemos fazer uma reflexão sobre a influência que os
modelos de intervenção psicoeducacionais de Leff e Faloon tiveram para o
desenvolvimento de estratégias actualmente aplicadas a abordagem sistémica,
como contributos valiosos para mudança terapêutica dos integrantes dos sistemas
e subsistemas familiares.
Abstract
In this sense, refers Minuchin (1982), that the family is a social unit that
develops sequences of key roles for the psychological development of the
individual, seeking to mark differences within the parameters of cultural
differences with universal roots.
Once the changes favored tends family, most of times, to preserve the change
process, because the experiments considered to be classified within the same, the
remaining life of the group.
Para que a terapia familiar atinja resultados eficazes é de grande importância que,
todo o terapeuta familiar utilize uma linha de abordagem ao longo do processo
terapêutico, razão pela qual, a maioria destes, faz recurso a conceitos oriundos de
diversas escolas da terapia familiar (Barker, 2000, p.221).
Carter e MacGoldrick (1989), cit, por Barker, postulam que é facto observado que
seja um caso raro que as famílias se desenvolvam de forma tranquila e
completamente previsível, uma vez que evolução das famílias pode ser afectada
por morte de elementos, separação ou divorcio dos cônjuges, o nascimento tardio
de um ou mais filhos após os outros estarem crescidos, a chegada de novas
crianças a uma família reconstituída, doença crónica, contratempos financeiros,
migração para uma nova cultura, desastres naturais, serviço militar, guerra e
muitas outras circunstâncias.
Logo, a terapia familiar pode, muitas vezes, ajudar a lidar com situações como as
enunciadas e, fortuitamente o terapeuta familiar pode encaminhar a família para
um outro tipo de ajuda, como por exemplo, um serviço de aconselhamento de
crédito ou um grupo de auto-ajuda, acções estas que, apoiam não só o
desenvolvimento familiar como a melhoria do seu funcionamento, no momento.
Partindo desta perspectiva, podemos dizer que, sempre que a família se apresente
para tratamento, há que considerar duas áreas principais: Uma, é a fase evolutiva
da família e a outra é a sua estrutura e forma de funcionamento, já que muitos dos
A pessoa é tentada a ser manipulada quando se lhe sugere ou lhe é dito o que
tem que fazer, de tal forma que seja prejudicada, quando percebe ameaça ou sente
medo. Quando alguém faz algo contra sua vontade, seus princípios, valores ou
metas, está sendo manipulado, sendo aproveitado para benefício de outrem. A
questão é especialmente preocupante quando se sente medo, culpa ou vergonha.
Hussmann &Chiale (2010), referem na sua obra que, embora todos nós
manipulemos de vez em quando, existe uma manipulação positiva, ou seja,
Entretanto, é importante esclarecer que este teste, embora possa ser usado de
modo retrospectivo (caso se deseje comparar dois momentos de uma história de
vida), está concebido para avaliar o «aqui e o agora». Contudo, o teste de auto-
avaliação é composto por quatro passos:
Deste modo, são várias as características através das quais podemos identificar o
perfil de um manipulador, uma vez que especialista em camuflagens e que se
oculta em disfarces diferentes intercambiáveis. É importante dizer que o
manipulador não tem disfarces específico, ou seja, o manipulador pode trocar tal
disfarce de acordo com a sua necessidade.
Um dos aspectos considerados pelas autoras é o de que uma das razões deste
comportamento desviante talvez seja o facto do manipulador não ter sido desejado
pela família de origem e, ao ser afastado, ter lutado pelo seu lugar. Para o
conseguir, afirmam, imitou a postura da pessoa que ele considerava mais poderosa
no seu ambiente afectivo, o pai, por exemplo, e que provavelmente não levava em
conta os desejos e necessidade dos outros.
Segundo Peter e Thomas Luckmann, (cit. por Hussmann e Chalie, 2010), todos os
indivíduos nascem de uma estrutura social objectiva, isto é, a que lhe calhou a
sorte, não escolhem nem afamília em que nascem, nem as figuras significativas de
vinculação, nem a classe social a que pertencem. Tudo isto lhe é imposto sem
possibilidade de eleição e como não escolhem identificam-se com eles quase de
modo automático.A socialização primária dá-se no seio familiar e com uma forte
carga afectiva. Por isso, existe a identificação, sendo ela a mais importante em
todo o processo.
Soares (2009 p.162), citando Main (1990) e Mikulincer, et al., (2003), afirma que
o bebé está equipado com mecanismos comunicacionais, alguns de natureza
emocional, para sinalizar a figura parental e suas necessidades e para procurar
estabelecer a proximidade em caso de perigo ou ameaça ao bem estar. A procura
de proximidade à figura de vinculação é a estratégia primária da vinculação. Uma
mãe que não descodifica bem a vontade do filho é aquela que dá o peito quando
ele quer brincar ou lhe muda as fraldas quando ele chora de fome. A necessidade e
o desejo do filho não são satisfeitos devido a uma interpretação errada.
Hussmann & Chiale sustentam na sua obra que sempre que alguém admite só
existir um lugar ou que só um desejo pode ser satisfeito, está a dar entrada a uma
violenta dinâmica. Tal padrão vinculativo encontra raízes na infância,
provavelmente na impossibilidade de descodificar o temperamento de uma mãe
que sentindo a vontade do filho como ameaçadora e que a viveu como destruidora
da sua vontade.
Porque será que todas as situações em que não seja impossível integrar duas
vontades são violentas?
Segundo Laura Gutman cit. por Hussmann e Chiale (2010), na sua obra Crianza.
Violencias invisibles e adicciones, a violência emocional, enquanto fenómeno
individual e colectivo, é precisamente a impossibilidade de fazer conviver duas
vontades num mesmo campo emocional, o que acontece com o manipulador. Se a
vontade do outro tenta tornar-se presente, a do manipulador deveria recuar ou
afastar-se um pouco para deixar um espaço que pudesse ser partilhado, mas ele
não está não está emocionalmente preparado para partilhar: simplesmente porque
o manipulador tudo quer para si.
As situações abaixo descritas devem ser tidas em atenção, para melhor nos
precavermos dos manipuladores, a saber:
1. Que o manipulador acha que sabe tudo: Todo o território lhe pertence, não
reconhecendo por isso a alteridade, a existência do outro. Uma vez que para
partilhar precisa do outro, ele não partilha, para ele há apenas um olhar e um
lugar para um desejo, que obviamente são os seus, não aceitando outras
posturas. Mesmo no campo emocional, ele acha que sabe mais dos
sentimentos da outra pessoa do que ela própria, adoptando esta conduta com
todos os que o rodeiam, sendo mais grave quando envolve os filhos, porque
levar uma criança a duvidar das próprias percepções, dizendo que não sente o
que sente é muito perigoso para a integridade emocional e para a sua saúde
psíquica.
A Comunicação Manipuladora
Atitudes do Manipulador
Alice Miller, cit. por Hussmann e Chaile, no seu livro Por su próprio bien,
afirmam que um método toxico de educação é o que controla as condutas da
criança através do abuso e do poder sobre ela. Ora, sendo a criança indefesa,
provoca um dano psicológico de tal intensidade que a profunda dor que sofreu,
não havendo uma elaboração posterior adequada, a criança, futuro adulto, será
levada aprocurar perpetuar o abuso do poder, transformando-se em abusador.
Noutra situação, uma criança com apego inseguro ou um distúrbio anexo não
tem as habilidades necessárias para construir relacionamentos significativos. No
entanto, com as ferramentas certas, e uma boa dose de tempo, esforço, paciência e
amor, é possível tratar e reparar as dificuldades de fixação.
São várias as experiencias que podem justificar esta vivência do cuidador como
fonte de ameaça, tais como experiencias prévias de maus tratos, em que a figura
de vinculação apresenta comportamentos manifestamente ameaçadores ou
perturbadores, ou situações menos óbvias em que a figura vinculadora é
Assim, uma criança desprezada tende não apenas a sentir-se não querida pelos
pais, como ainda a crer que é essencialmente por todos é indesejada; tal é a
sensação que a ausência de respostas por parte do cuidador poderá também
originar a desorganização do bebé. Reciprocamente, uma criança muito amada
pode crer confiando que todas as pessoas a acharão digna de sua afeição.O valor
da primeira relação objectal está no facto de auxiliar na criação dos sentimentos
de confiança e criatividade da criança, momento em que a figura materna deve
agir como facilitadora desse processo.
A literatura diz-nos também que quanto maior é a confiança tida pelo indivíduo
na disponibilidade da sua (s) figura (s) de vinculação, menor será a probabilidade
de ele ter medo ou ansiedade, pois sente-se efectivamente mais seguro.
No segundo caso, ou seja por escolha, consideram que ninguém tem o direito
de decidi sobre os sentimentos de outrem, porém, nos casos em que a se encontra
também em risco a vida e a integridade psíquica ou emocional da pessoa
manipulada, separação é inevitavelmente a única saída, pois não há nada que dita
que deve continuar a suportar irremediavelmente as investidas do manipulador.
Nos casos em que muitas pessoas não caem nas armadilhas do manipulador,
pode-se observar e aprender bastante com elas, até mesmo os manipuladores
profissionais podem afastar-se das pessoas insensíveis ao seu poder, capaz de
provocar emoções desestabilizadoras.
1. Não se justificar;
2. Ser sintético na comunicação;
3. Reservar a informação que mais tarde poderá ser útil para alterar planos ou
projectos próprios;
4. Usar o sentido de humor;
5. Utilizar uma comunicação um pouco precisa;
6. Copiar as frases feitas do manipulador;
7. Utilizar o modo impessoal;
8. Dizer Não sempre que for possivel;
9. Por um ponto final;
10. Procurar evitar discussões;
11. Evitar responder a uma agressão com outra agressão;
12. Não perder a sensatez nem a educação;
13. Pedir sempre que faça perguntas claras;
14. Utilizar a ironia;
15. Ser repetitivo;
16. Aprender a dizer não;
17. Não se deixar espoliar;
18. Não se oferecer como mediador entre o manipulador e outra pessoa;
19. Perante um ataque mantenha a calma;
20. Confiar nas suas próprias decisões;
21. Ser cético perante os elogios e as seduções;
22. Aprender a dar respostas as mentiras do manipulador;
23. Deixar todos os acordos registados;
24. Criar uma frente comum entre as diferentes vítimas;
25. Transformar o negativo em positivo.
Como foi aqui dito, a mudanca de atitude parece ser a única maneira de não
cair nas garras do manipulador, embora reconheçamos que desativar os
mecanismos de manipulação leve o seu tempo, sem espetativas de resultados
imediatosa fim de evitar uma frustraçao.
Para terminar, não existem receitas receitas maravilhosas e cada indivíduo terá
de saber qual é o seu ponto-limite. “Cada indivíduo tem um mundo interno
diferente, e o estímulo tem um significado para cada um” (Irvin D. Yalom)
Referências Bibliográficas
Bowlby, J., (1998). Apego e Perda: Separação e raiva (3ª ed). ( Leonida
Hegenberg, S. da Mota, Mauro HegenbergTrad), São Paulo: Martins Fontes
Editora.
Doron, R.,& Parot, F., (2001).Dicionário de Psicologia. (1ª Ed) Lisboa: Climepsi
Editores.
Field, T., Diego, M., & Sanders, C. (2002). Adolescent’s parents and peer
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Hussmann, G., & Chiale. G, (2010). Como fazer frente aos manipuladores.
Aprenda a identifica-los e a dizer Basta.(1ª ed). Lisboa: Sinais de Fogo –
Publicações, Lda
Sroufe, L. A., Egeland, B., Carlson, E., & Collins, W. A. (2005) The Development
of the Person: The Minnesota Study of Risk and Adaptation from Birth to
Adulthood. New York: Guilford Publications.