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PEDAGOGIA

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


PEDAGOGIA

VALQUÍRIA BEDIN DOS SANTOS

PRÀTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS NA


INTEGRAÇÃO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO (AEE):
Uma proposta de respeito à diversidade escolar
PEDAGOGIA

PRÀTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS NA


INTEGRAÇÃO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO (AEE):
Uma proposta de respeito à diversidade escolar
PEDAGOGIA

Projeto de Ensino apresentado à


Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como
requisito parcial para a obtenção do título de
Pedagoga.

Orientador: Prof.
PEDAGOGIA

Cacoal
2018
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Dedico este trabalho a minha mãe que sempre acreditou e incentivou


minha vida acadêmica.
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“Eu tentei 99 vezes e falhei, mas na centésima tentativa eu consegui,


nunca desista de seus objetivos mesmo que esses pareçam impossíveis, a
próxima tentativa pode ser a vitoriosa.”
Albert Einstein

SANTOS, Valquíria Bedin dos.Práticas pedagógicas Inclusivas na


Integração do Atendimento Educacional Especializado (AEE):Uma
proposta de respeito à diversidade escolar.2018. 26 f. Projeto de Ensino
(Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia.
Universidade Norte do Paraná, Cacoal, 2018.

RESUMO

O reconhecimento da educação como um direito e a consideração da


diversidade como um valor educativo essencial para a transformação das
escolas passaram a fazer parte do processo de escolarização de alunos com
necessidades especiais. Trabalharemos o tema da inclusão e respeito à
diversidade dentro da linha de pesquisa“Docência na Educação Infantile Anos
Iniciais do Ensino Fundamental”, considerando que ainda há ocorrências
infelizes de certas atitudes preconceituosas contraalguns alunos do AEE,
levantamos a seguinte problematização; Como diminuir o preconceito e
distanciamento entre os alunos? A partir daí nosso objetivo maior consistiu em
conscientizar estudantes das séries iniciais que frequentam ou não o AEE, que
ser “diferente” é normal por meio de conteúdos informativos que promovam
clarificação e integração isso em modelo de encontros que juntaram alunos do
ensino regular e do AEE para assistirem vídeos. Avaliaremos essa ação
através da observação comportamental. Foram utilizadas, além dos marcos
legais como a Resolução Nº 4, de 2 de outubro de 2009, autores como:
Mantoan, Alves (2006), Batista e Enumo (2004), Ropoli, Mantoan e Santos
(2010),Tessaro (2005), Garcia (2008), Omodei e Reis(2016),Benvenutti(2011).
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Palavras-chave: Atendimento Educacional Especializado. Inclusão.


Integração. Diversidade. Sala de Recurso Multifuncional.
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SUMÁRIO

1
Introdução....................................................................................................
2 Revisão Bibliográfica
...................................................................................
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de
Ensino...................................
3.1Tema e linha de
pesquisa...........................................................................
3.2
Justificativa.................................................................................................
3.3
Problematização.........................................................................................
3.4
Objetivos....................................................................................................
3.5
Conteúdos.................................................................................................
3.6 Processo de
desenvolvimento...................................................................
3.7 Tempo para a realização do
projeto..........................................................
3.8 Recursos humanos e
materiais..................................................................
3.9
Avaliação....................................................................................................
4 Considerações
Finais...................................................................................
5
Referências..................................................................................................
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INTRODUÇÃO

O atendimento educacional especializado (AEE) é um serviço destinado


a estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista (TEA) e altas
habilidades/superdotação, sendo que seu objetivo consiste em desenvolver
práticas pedagógicas inclusivas e atividades diversificadas para eliminar
barreiras no processo de ensino-aprendizagem e garantir o pleno acesso e
participação desses alunos na escola regular. Por esse motivo, o AEE
configura como uma das principais estratégias de acessibilidade no contexto
educacional brasileiro. É importante reforçar que a educação inclusiva diz
respeito a todas as pessoas, sem exceção. Ou seja, todos os alunos, com ou
sem deficiência, têm direito ao acesso (matrícula e presença), à participação
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em todas as atividades da escola e à aprendizagem, com equiparação de


oportunidades para o pleno desenvolvimento de seu potencial.
Elegemos abordar a temática das práticas inclusivas no âmbito escolar
bem como os desafios do AEE por percebermos ser de grande relevância
despertar nos professores o senso de promotor de inclusão e integração.
Assim, dentro da linha de pesquisa“Docência na Educação Infantile Anos
Iniciais do Ensino Fundamental”arrazoam-se questões pertinentes à inclusão,
que não se pode deixar de trazer tona com a força e dedicação que a questão
exige.
Neste trabalho iremos refletir como tem sido o processo de inclusão e
integração por meio do AEE, e nesse sentido propor ideias e ações que
tendem a favorecer a expansão do conceito e prática da inclusão. Portanto, o
presente projeto de ensino se propõe intervir sobre, o ainda presente
preconceito à diversidade escolar, apresentando uma proposta de práticas
inclusivas integrando alunos do ensino regular e AEE e levando informações
respeitosas e clarificadoras.
Tomando por justificativa o infeliz fato que, alguns alunos do AEE ainda
são, por vezes, alvo de atitudes preconceituosas por parte de alunos do ensino
regular (que na maioria das vezes são apenas crianças que desconhecem a
função do AEE). Vejamos que aqui não pregamos um discurso de julgamento
ou punição. Não, ao contrário disso, entendemos que enquanto educadores,
somos agentes de transformação. Assim, ao levar uma mensagem de
tolerância e aceitação, devemos ensinar com nosso exemplo.
Consequentemente, diante dos obstáculos observados no dia a dia
escolar, levantamos os seguintes questionamentos; “Como diminuir o
preconceito e distanciamento entre os alunos?” Ou ainda, “Que propostas
inclusivas podem ser realizadas para favorecer a inclusão e integração do
AEE?”
Sabemos que são problematizações complexas e por isso, a fim de
responder tais questionamentos e agir no combate de atitudes inadmissíveis,
nos dedicaremos à análise da literatura e assim, pretendemos nesse projeto,
dentro da prática docente, abordar conteúdos que visam ressaltar a
importância da inclusão de fato, no processo não só de ensino aprendizagem
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de todos os alunos, mas também no desenvolvimento do senso ético enquanto


pessoas. Ora, aos mostrarmos que o AEE é um atendimento que só vem a
somar e nada tem de errado, podemos promover uma melhor integração e
respeito entre alunos do ensino regular, professos e alunos do AEE.
Inicialmente, o projeto se apresenta direcionado a um público específico
de professores e alunos das séries iniciais da rede pública de ensino da Escola
Paulo Freiree será desenvolvido através de aulas práticas e expositivas na sala
do AEE para todas as turmas de 1° ao 5° ano. A priori, realizar ia-se este
encontro na semana da inclusão, semana de 17 a 21 de setembro. Pretende
intercalar esse encontro com formato de roda de conversas entre os alunos do
ensino regular e AEE e também fazer uso de exposição de vídeos informativos,
assim trabalhando a conscientização através de alguns curtas-metragens.Em
seguida avaliaremos essas por meio da observação dos comportamentos dos
alunos bem como com entrevista informal aos professores.
No intuito de direcionar nosso trabalho percebe-se a imperatividade de
pesquisar referências de literaturas atuais sobre a temática, onde referencial
teórico de base será, além dos marcos legais como a Resolução Nº 4, de 2 de
outubro de 2009, autores como: Mantoan, Alves (2006), Batista e Enumo
(2004), ), Ropoli, Mantoan e Santos (2010),Tessaro (2005), ( Garcia, 2008),
(Omodei,Reis; 2016),Benvenutti (2011).
E por último consideramos que estamos sim diante de um desafio, mas
um desafio, uma causa que vale a pena ser levantada, debatida e
principalmente investida.

2-Revisão Bibliográfica

2.1 - Contextualizando o Atendimento Educacional Especializado (AEE)


Apesar de um discurso, por vezes disseminado em alguns contextos,
que considera o sistema educacional o mesmo de séculos atrás, compreende-
se aqui que, principalmente no âmbito da inclusão, houve sim transformações
significativas. Assim, antes apresentarmos o conceito de AAE revisar-se-
áalguns marcos legislativos que permitiram a progressão do Paradigma da
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Inclusão, paradigma este com base nos princípios dos Direitos Humanos; uma
vez que os Direitos Humanos reforçam que a “educação inclusiva é
fundamental para sustentar e defender o exercício da dignidade humana e da
cidadania” (NORONHA, 2016).
Considerando como certa a necessidade e o fundamentalismo da
educação inclusiva, observarmos, todavia que, este conceito e prática de
inclusão acabaram trazendo um grande desafio à escola, principalmente
quando defende o direito às pessoas com deficiência de frequentarem as salas
de aula comuns. Isso também porque a concepção de inclusão educacional
implica mudanças nas práticas pedagógicas da escola, nas ações de Estado e
na forma de ver o outro com deficiência, seja pela própria escola, pela família
ou pela sociedade em geral (VIEIRA, OLIVEIRA, 2010).
Em ponderada análise, podemos dizer que nossa Legislação maior
ofereceu um grande subsídio quando considera o direito de todos à educação.
Desta forma, a Constituição Federal de 1988 traz em seu artigo 206 inciso I o
estabelecimento da igualdade de condições de acesso e permanência na
escola, como um dos princípios para o ensino (BRASIL, 1988).
Importante referência legislativa para as práticas inclusivas
ocorretambém em 1996, com a Lei nº 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBEN):

“A Educação Especial é a modalidade de educação escolar oferecida


preferencialmente na rede regular de ensino, para alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, denominados como
público-alvo da Educação Especial” (BRASIL, 1996).

Entretanto, apesar da descrição da Educação Especial na LDBEN melhor


consideramos que foi partir da Política Nacional de Educação Especial com referência a
Educação Inclusiva em 2008 (BRASIL, 2008) que as discussões acerca da Educação
Inclusiva no Brasil foram intensificadas, haja vista a previsão da oferta do Atendimento
Educacional Especializado obrigatório e gratuito. Deste modo, os sistemas de ensino,
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em diferentes âmbitos, são demandados a realizar as transformações necessárias à


educação especial e inclusiva, requeridas nos últimos anos.

Ropoli et.al (2010) escrevendo “A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão


Escolar; A Escola Comum Inclusiva” refletem que Política Nacional de Educação
Especial na perspectiva da Educação Inclusiva foi elaborada segundo os preceitos de
uma escola em que cada aluno tem a possibilidade de aprender, a partir de suas aptidões
e capacidades, e em que o conhecimento se constrói sem resistência ou submissão ao
que é selecionado para compor o currículo, resultando na promoção de alguns alunos e
na marginalização de outros do processo escolar. Neste sentido, a compreensão da
educação especial nesta perspectiva está relacionada a uma concepção e a práticas da
escola comum que mudam a lógica do processo de escolarização, a sua organização e o
estatuto dos saberes que é, objeto do ensino formal como modalidade que não substitui
a escolarização de alunos com deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento
e com altas habilidades/superdotação. (ROPOLI, MANTOAN , SANTOS; 2010).

Assim sendo, de uma maneira mais simples e inclusiva alcançamos que a


modalidade de educação escolar denominada Atendimento Educacional Especializado
(AEE) visa de um modo mais compreensivo diminuir as dificuldades dos alunos e
torná-las como sinônimos de especificidades e não de limitações. Cabe ressaltar que,
este atendimento, não substitui o chamado ensino regular, que acontece na sala de aula
comum, mas o que pretende é acrescentar ou completar o seu processo formativo.

Seguindo essas análises nota-se que o ordenamento jurídico atual que baseia a
educação inclusiva no país orienta, também, o funcionamento da educação especial,
modalidade que torna transversal a educação nacional na perspectiva de reconhecimento
e valorização da diversidade (DE CARVALHO, 2018).

Igualmente, com o objetivo de que a inclusão seja prática assegurada pelo poder
público, legislações que alicerçassem estes direitos foram fundamentais, e neste
contexto a Resolução Nº 4, de 2 de outubro de 2009, do Conselho Nacional de
Educação (CNE), que “Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento
Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial”
assume um papel norteador. E a fim de orientar de modo mais preciso o atendimento, o
relator especificou o público do serviço.
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Art. 4º Para fins destas Diretrizes considera-se público-alvo do AEE:

I – Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de


natureza física, intelectual, mental ou sensorial.

II – Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que


apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor,
comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras.
Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger,
síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos
invasivos sem outra especificação.

III – Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um


potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano,
isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade.

Mas para além dessas orientações classificatórias, nossa visão é que o


aluno usuário deste neste atendimento, passa por uma experiência que supera,
vai muito além; cada criança ou jovem, na verdade cada sujeito aprendiz,
possui uma singularidade única e vivencia também, dessa forma singular,
nesse espaço de acolhimento de diversidades. Esse olhar para além de
classificações é um olhar que tende a favorecer a verdadeira inclusão;
verdadeiramente aceitar e incluir o outro como este se apresenta e a partir
desse lugar contribuir para seu processo educativo.
Além disso, tomando como guia a Resolução 4/2009 compreendemos
que, o AEE tem como função complementar ou suplementar a formação do
aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e
estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na
sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem, sendo essas atividades
ocorrerão nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) (BRASIL, 2009).
Vejamos ainda, o que traz essa Resolução, em seu artigo 5º:
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§Art. 5º O AEE é realizado, prioritariamente, na sala de recursos


multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular, no
turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns,
podendo ser realizado, também, em centro de Atendimento Educacional
Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou
filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação ou
órgão equivalente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios (BRASIL,
2009).

Também na referida Resolução acima, verificamos a reafirmação no artigo 3º


que a Educação Especial se realiza em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino,
tendo o AEE como parte integrante do processo educacional. Igualmente, como intuito
de melhor firmar o conceito e instruir a execução o Decreto nº 7.611/2011 apresenta que
o AEE compreende um conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e
pedagógicos, organizados institucional e continuamente, prestados de forma
complementar à formação de estudantes com deficiência e transtornos globais do
desenvolvimento; e suplementar à formação de estudantes com altas
habilidades/superdotação (BRASIL, 2011).

Ao falar de AEE, não podemos deixar de considerar outro conceito bastante


importante que são Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) definidas no Decreto nº
7.611/2011 em seu parágrafo 3º. As Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) são
ambientes dotados de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos
para a oferta do AEE (BRASIL, 2011) e que sempre deverão contar com a presença de
professores capacitados para atuar, não apenas com os alunos, mas com os professores
regulares e com a família do aluno atendido de forma que o atendimento seja mais
completo e traga mais benefícios.

Para Alves (2006) as SRM são os espaços na escola onde se realiza o


atendimento educacional especializado para alunos com necessidades educacionais
especiais, por meio do desenvolvimento de estratégias de aprendizagem. São centradas
em um novo fazer pedagógico que favoreça a construção de conhecimentos pelos
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alunos, subsidiando-os para que desenvolvam o currículo e participem da vida escolar


(ALVES, 2006)

2.2 - Inclusão e integração do aluno que frequenta o Atendimento


Educacional Especializado (AEE)
Como já exposto acima, a inclusão escolar de portadores de deficiências
tem sido uma proposta norteadora e dominante na Educação Especial no Brasil
nos últimos anos, todavia as práticas inclusivas no ensino brasileiro ainda são
relativamente recentes. Amparamos a concepção de que as práticas de
inclusão devem pretender cada vez mais tornar normal a presença e interação
com “diferentes”.
Batista e Enumo (2004) estudando a inclusão escolar da deficiência
mental por meio da análise da interação social entre companheiros observaram
conceitos importantes a serem considerados no processo de inclusão; tais
sejam: normalização e integração. Para esses autores o conceito de integração
é uma das consequências fundamentais do princípio de normalização:
“Normalização é objetivo. Integração é processo”. Explicando que “Integração
é fenômeno complexo que vai muito além de colocar ou manter excepcionais
em classes regulares” (Pereira, 1990 apud Batista, Enumo; 2004). É, portanto,
parte fundamental de todo o processo educacional.
Ainda segundo Batista e Enumo (2004) ampliando a conceituação do
fenômeno, a integração privilegia o aluno portador de necessidades educativas
especiais, dividindo com ele e com os colegas a responsabilidade da inserção,
enquanto a inclusão tenta avançar, exigindo também da sociedade, em geral,
condições para essa inserção. Em outros termos, a integração é um tanto mais
"individualizada" e a inclusão um tanto mais "coletiva".
Importante apresentar essa perspectiva, pois é comum nessa prática
inclusiva, percebemos alguns alunos que se encontram inseridos no sistema
regular de ensino e, por vezes, continuam sendo distanciados dos seus
companheiros de turma não deficientes. Em alguns casos, além da falta de
interação observam-se atitudes segregativas que tendem a constranger os
alunos que frequentam as SRM. Cabe ressaltar que o AEE não é uma ideia
nova, já que a sala de recursos foi criada na Educação Especial brasileira já na
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década de 1970, com o intuito de integrar os alunos com deficiência no ensino


regular.
E isto é um fenômeno que nos exige muita atenção, uma vez que
podemos ficar com a falsa concepção que o aluno especial está incluído
simplesmente por frequentar o mesmo espaço que alunos do ensino regular.
Portanto, sabemos que a educação inclusiva ainda é uma realidade
desafiadora para as escolas, uma vez que o direito a educação não se dá
apenas pelo acesso à matrícula escolar, mas pela participação e aprendizado
dos estudantes ao longo de sua vida. Conforme adverte Mantoan(2003)
“mesmo sob a garantia da lei, podemos encaminhar o conceito de diferença
para a vala dos preconceitos, da discriminação, da exclusão, como tem
acontecido com a maioria de nossas políticas educacionais. Temos de ficar
atentos!”
Segundo Tessaro (2005) a inclusão de alunos diferentes na classe
comum do ensino regular é viável, porém adverte que fiquemos atentos à
complexidade de tal processo, uma vez que requer empenho e dedicação além
de intenso investimento e comprometimento, principalmente, dos órgãos
governamentais por meio dos recursos orçamentários. Da mesma forma que
argumenta a respeito da necessidade de muito investimento científico e
acadêmico, com estudos e muita pesquisa para ampliar o conhecimento,
desenvolver e testar formas que viabilizem a verdadeira inclusão.

Pesquisadores da área de interação social têm identificado que


estudantes rejeitados socialmente interagem diferentemente, com
agressividade, rejeição e ignoram outros alunos, com mais frequência do que
com estudantes aceitos socialmente. Como resultado, estudantes com
deficiências severas têm pouca oportunidade de praticar, refinar e expandir os
seus repertórios de competência social, tendo, assim, reduzida a probabilidade
de desenvolver amizades. O significado desses achados repousa no fato de
que a competência social em crianças é preditora dos ajustamentos futuros
(Kupersmidt, Coie, & Dodge, 1990; Meyer, Cole, McQuarter, &Reicchle,1990
apud Batista, Enumo, 2004).
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Assim para além da inclusão faz se necessário; interação, integração,


contato com o outros de forma respeitosa, de modo que osatendimentos
especializados possam expressar uma concepção de inclusão escolar que
considera a necessidade de identificar barreiras que impedem o acesso de
alunos considerados diferentes. Assim, com o respeito à diversidade, a
finalidade do trabalho educacional deve consistir em permitir acesso à
educação a todas as crianças, jovens e/ou adultos (GARCIA, 2008).
Por fim, Teresa Églér Mantoan, referência nos estudos sobre a inclusão,
de forma clara e simples nos traz, “inclusão é nossa capacidade de
entendimento e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e
compartilhar com pessoas diferentes de nós” (MANTOAN, 2003).

2.3 Preconceitoscom alunos que frequentam as Salas de Recursos


Multifuncionais (SRM) do Atendimento Educacional Especializado (AEE)
Atualmente sabemos que não é concebível no âmbito escolar atitudes
que ofendam e exclua o outro. Com o advento das práticas educativas do AEE,
aspirou-se a oportunidade de permitir um desenvolvimento mais equinâmine e
saudável para os alunos com características especiais. No entanto, mesmo
sendo esta uma proposta muito feliz no sentido de inclusão, parece que não
houve uma completa aceitação e inclusão genuína por parte de todo o contexto
escolar, bem como ainda não temos muitas propostas de conscientização ao
todos os alunos.
Estranhar o diferente é uma reação comum do ser humano. Portanto,
principalmente nas crianças em idade escolar, antes que o ato seja
contaminado por juízos de valor negativo, os pais e educadores devem intervir
para mostrar que é preciso aceitar as diferenças e conviver em harmonia com
elas. Malgrado práticas preconceituosas e vexatórias em relação aos alunos
AEE ainda têm ocorrido.
Quando se refere ao termo preconceito podemos entender como um
conceito ou opinião desenvolvida previamente, sem maior avaliação,
julgamento ou conhecimento dos fatos. Ou ainda de modo mais direta; um
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julgamento ou opinião formada sem levar em conta os fatos que o contestam.


Trata-se de um pré-julgamento.
O dicionário AURELIO (2004) nos amplia o significado da palavra
preconceito. Vejamos; Preconceito: S. m. 1. Conceito ou opinião formados
antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; ideia
preconcebida. 2. Julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato
que os conteste; prejuízo. 3. P. ext. Superstição, crendice; prejuízo. 4. P. ext.
Suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos,
religiões, etc.
Na sociedade, quando não respeitamos as diferenças e nos
manifestamos com atitudes discriminatórias a tudo aquilo que foge dos
padrões, estamos sendo preconceituosos e, muitas vezes, transformamos essa
intolerância em práticas de bullying, não respeitando as pessoas como elas
são. Portanto, o ato de rejeitar, isolar e criticar é considerado bullying e tais
práticas contribuem para a exclusão no ambiente escolar, o que reforça ainda
mais a condição desafiante para o desenvolvimento de uma educação inclusiva
(OMODEI, REIS; 2016).
Já é sabido que o século XXI demanda de todos nós uma nova maneira
de lidar com a ampla diversidade que vivenciamos. Logo é necessário
investirmos em uma sociedade mais inclusiva, dinâmica, diversa e que,
principalmente respeite a pluralidade cultural. Assim Omodei e Reis (2016) nos
traz a seguinte reflexão:

“O ser humano tem um papel primordial nessa nova sociedade, pois é


nosso dever tratar os outros com respeito, desenvolver valores morais e éticos
indispensáveis para o exercício consciente da cidadania. Nossa sociedade
precisa e deve ser moldada com esses princípios, dessa forma o ser humano
tende a ser mais maleável e tolerante para com outrem.”

A respeito disso é crucial enfatizar que; ações que envolvem preconceito


para com aqueles que possuem uma peculiaridade, apesar de hoje ser mais
combatida, são datadas desde a antiguidade, uma vez que a pessoa com
deficiência nem sempre foi valorizada e respeitada em função das suas
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diferenças e durante muito tempo representou segmento totalmente ignorado,


sendo, portanto, nessas situações vítima de abandono, rejeição, maus-tratos e
até mesmo mutilações (TESSARO, 2005).
Incrivelmente ainda no século XXI se observa no ambiente escolar,
situações em que os alunos frequentadores da sala de recurso são comumente
discriminados entre os colegas de sala e até mesmo entre professou sores e
funcionários da sala, sendo muitas vezes apelidados de “burros”. Ou seja,
infelizmente é possível observar resquícios culturais de atitudes
preconceituosas que alguns ainda são levados para o meio escolar. Para
Benvenutti (2011) também existe preconceito por parte da comunidade escolar
(colegas, professores, equipe pedagógica e pais) em relação ao educando
encaminhado para o Programa Sala de Recursos Multifuncional, bem como, do
próprio aluno que se sente inibido a participar dos benefícios que lhe é
assegurado por Lei (BENVENUTTI, 2011).
Para minimizar este tipo de acontecimento por parte do corpo docente,
Alves (2006) enfatiza que o professor da SRM deve possuir curso
especializado que o habilite para atuar na área da educação especial, além de
disposição para participar das reuniões pedagógicas, do planejamento, dos
conselhos de classe, da elaboração do projeto pedagógico, desenvolvendo
ação conjunta com os professores das classes comuns e demais profissionais
da escola para a promoção da inclusão escolar.
Tal especialização tem função importante, principalmente para que este
profissional habilitado possa transmitir um discurso integrativo para com os
demais professores e alunos do ensino regular. Além disso, cabe a esse
profissional fomentar a integração e interação do aluno do AEE para com os
outros alunos por meio de estratégias que visem a diluem mitos e preconceitos
para com os primeiros.

2.4 – A humanização e informação como um mecanismo de combate ao


preconceito
Sabemos que quando nos propomos a debates sobre a educação bem
como a melhorias do sistema educacional, estamos diante de um cenário
extremamente desafiador e que deve se levar em consideração vários
PEDAGOGIA

aspectos. E quando nos direcionamos a falar da inclusão no âmbito do ensino


público sabemos que estamos no princípio de uma jornada e que temos muito
por avançar. Assim cabe nos pensar nas alternativas dentro das possibilidades
possíveis no momento.
Pensando neste aspecto a autora Werneck (1997) destaca que, "Incluir
não é favor, mas troca. Quem sai ganhando nesta troca somos todos nós em
igual medida. Conviver com as diferenças humanas é direito do pequeno
cidadão, deficiente ou não." Desta forma entendemos que a promoção de
informação simples e humanizada a todos os alunos seria uma forma efetiva e
possível de combater o preconceito com os alunos do AEE.
Para que as pessoas com deficiências/diferenças possam exercer o
direito à educação em sua plenitude, é indispensável que a escola de ensino
regular se adapte às mais diversas situações e conforme as necessidades dos
alunos inseridos em suas salas de aula.
Nesse contexto, uma celebre colocação de Santos (2003,) averba que:

“Temos o direito a ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e


temos o direito a ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza.
Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma
diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades.”

A Educação é uma arma poderosa contra atitudes


preconceituosas baseadas na ignorância, por isso quanto mais cedo e
levarmos a informação a nossos alunos, do quanto o preconceito é prejudicial
não só aos outros mas também a eles melhora será.

3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino

3.1 Tema e linha de pesquisa


A temática que norteia este projeto de ensino se baseia na importância
de práticas verdadeiramente inclusivas dos alunos que frequentam as salas do
AEE, partindo do pressuposto que no ambiente escolar não há mais espaço
PEDAGOGIA

para permitir qualquer forma de preconceito com aqueles precisam de um


atendimento especial.
Tal tema está relacionado com demandas que entendemos que devem
serrefletidas e elaboradas Docência na Educação Infantile Anos Iniciais do
Ensino Fundamental. Haja vista que os profissionais que se dispõe a colaborar
no processo educacional nos anos iniciais carregam consigo a
responsabilidade defender questões pertinentes à inclusão, a fim de formar não
só escolares, mas pessoas mais tolerantes.
Dentro da linha de pesquisa acima citada, tomamos como base autores
atuais que abordam a perspectiva da inclusão, bem como práticas inclusivas no
AEE, que possam promover uma inclusão real que integre e favoreça uma
melhor relação entre os alunos.
Amparamo-nos também em teóricos que entendem a informação e a
interação entre os alunos como um caminho para humanização e efetiva
inclusão. Ampliar o entendimento sobre esta temática se apresenta para minha
prática profissional um avanço não só de conhecimento, mas de visão de
mundo e de relação humana.

3.2 Justificativa
Enquanto colaboradora da Escola Estadual de Ensino fundamental e
Médio PauloFreire pude presenciar, com certo aborrecimento, alguns alunos do
ensino regular fazendo comentários desrespeitosos e pejorativos aos alunos
que frequentam as salas do AEE.
Tais circunstâncias me fizeram refletir sobre a necessidade de
conscientizar tanto aos alunos que fazem este tipo de comentários, sobre o que
é o AEE e que não tem nada de errado com isso; quanto aos alunos do AEE de
que eles não precisam ter vergonha, porque definitivamente não tem nada de
errado nem vergonhoso em frequentar uma sala especial. Entendi que era
preciso esclarecer e humanizar!
Todas as pessoas são diferentes umas das outras, ninguém é igual a
ninguém. Cada um tem o seu jeito de ser, cada um tem seus sonhos, suas
dificuldades e limitações, e é esta diferença que torna rica as relações
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cotidianas e faz o homem crescer, aprender e fortalecer seus sentimentos


tornando-se cada vez mais humano e mais solidário.
Sabemos que existem leis que norteiam o caminho da pratica inclusiva,
como bem descreve Sandra Paula da Silva Batistão (2015):

“Na perspectiva do Direito, defende-se que a educação especial


contribua para o fortalecimento e qualificação do processo de educação inclusiva,
pois se sabe que a tendência atual é que as ações educativas da educação
especial se movimentem de forma a promover condições aos estudantes com
deficiência à escolaridade, eliminando barreiras, favorecendo e qualificando a
permanência nas salas de aula comuns. Como uma dessas iniciativas é
o Atendimento Educacional Especializado (AEE), que é uma forma de garantir que o
educando com deficiência tenha acesso a um conjunto de apoios e de recursos
que minimizem as dificuldades enfrentadas com base em sua deficiência,
entendo que valorizar e expandir essa iniciativa ajudará a tornar o processo de
inclusão realmente inclusivo”.

Desta forma cabe aos educadores colaborarem cada vez mais de


maneira efetiva para que essa naturalização das diferenças de fato aconteça.
Sendo assim, a proposta de ações aqui pretendida visará
proporcionar à comunidade escolar informações e esclarecimentos sobre o
trabalho que é desenvolvido na sala do AEE da escola Estadual de Ensino
Fundamental e Médio Paulo Freire. Acreditamos que não somente os
estudantes com alguma deficiência, mas todos aprendem melhor quando são
oferecidos a eles recursos pedagógicos e de acessibilidade com o objetivo de
fazer com que aconteçam mudanças positivas durante o processo de
aprendizagem.

3.3 Problematização
Durante o curso de Pedagogia pudemos expandir nossos
conhecimentos a respeito dos conceitos de inclusão, atendimento educacional
especializado, bem como dos marcos legais e teóricos que direcionam essa
PEDAGOGIA

temática. Observamos, igualmente, a necessidade de levar para a prática todas


essas perspectivas e diretos existentes.
Assim, diante dos obstáculos observados no dia a dia escolar, como
exemplo já apresentado acima, levanta-se os seguintes questionamentos:
“Como diminuir o preconceito e distanciamento entre os alunos? Ou ainda que
propostas inclusivas possam ser realizadas para favorecer a inclusão e
integração do AEE?”

3.4 Objetivos

Objetivo geral
Conscientizar estudantes das séries iniciais que frequentam ou não o
AEE, que ser “diferente” é normal.

Objetivos específicos

• Possibilitar interações que levem a vivenciar situações de reflexão


quanto às deficiências e aumentar o vínculo entre os alunos da sala de aula
regular e AEE.
• Aprender a trabalhar em grupos e assim desenvolver atitudes de
colaboração.
• Refletir através de vídeos sobre os diferentes tipos de deficiências e
também sobre a importância de aceitar as pessoas deficientes.
• Envolver os estudantes com diferentes a atividades lúdicas a fim de
proporcionar momentos de conhecimento sobre atividades desenvolvidas em
sala de AEE.

3.5 Conteúdos
Os conteúdos que serão abordados serão fundamentados na referência
do que é o AEE, a partir das concepções que a legislação traz, assim como as
análises feitas por autores dedicados a estudar a temática. Além disso,
pretendemos ludicamente refletir o conceito de diferença que nos faz único.
PEDAGOGIA

Na realização do projeto além de mostrar a SRM, serão refletidas


questões de diversidade e ao mesmo tempo semelhanças, sendo que o
aspecto humano é o que nos comum. Pretende-se trabalhar a conscientização
por meio de alguns curtas-metragens e em seguida oferecer uma aula para as
turmas utilizando os variados recursos utilizados nos atendimentos do AEE.

3.6 Processo de desenvolvimento


Inicialmente realizamos contato com a professora do AEE que
compreendeu como muito interessante e pertinente aideia apresentada.
Levantaram-se questões e situações relacionadas a atitudes preconceituosas
contra alunos do AEE. De forma conjunta se estabeleceu a principal
problemática.
Diante das situações levantadas, entendemos que práticas simples, mas
integradoras, poderiam auxiliar na diminuição de atitudes preconceituosas.
Assim definiu-se que projeto será desenvolvido com aulas práticas e
expositivas e também com rodas de conversa na sala do AEE para todas as
turmas de 1° ao 5° ano. Sendo que a priori, realizar ia-se este encontro na
semana da inclusão, ou seja, semana de 17 a 21 de setembro.
Nesse encontro em formato de aula vivencial e roda de conversas entre
os alunos do ensino regular e AEE e também com os recursos de exposição de
vídeos informativos, pretende-se trabalhar a conscientização. Assim além de
expor conteúdos a eles e também daríamos um espaço de tempo para permitir
que façam perguntas e tirem dúvidas. Resumindo, pretende-se oferecer uma
mini aula para as turmas utilizando dos variados recursos utilizada nos
atendimentos do AEE, apresentar-lhes vídeos educativos e depois fazer uma
roda de conversa entre eles.
Vídeos que serão utilizados durante o desenvolvimento do projeto:
Longe de vista;
Porque Heloísa;
Tamara;
Esse é o ponto;
Brincadeirantes;
Canteiro músicas para brincar; (Libras)
PEDAGOGIA

Conheça as diferenças.
Esses vídeos podem ser encontrados nos seguintes endereços
eletrônicos: https://vimeo.com/62175113
https://www.youtube.com/watch?v=LOJlL6P9LQ0

3.7 Tempo para a realização do projeto

Cronograma

2018

ATIVIDADES JULH AGO SETE


O STO MBRO
Apresentação do tema,
justificativa e referencial teórico. X

Pesquisa bibliográfica X

Contato com professores, X


observação em campo.

Elaboração do Projeto X

Entrega do Projeto X
“Execução do projeto na” x
Semana da pessoa com
deficiência”

3.8 Recursos humanos e materiais


Para a realização deste projeto serão necessáriosos seguintes
materiais e recursos:
PEDAGOGIA

-Recursos materiais: Sala de aula para um grupo de 30pessoas;


Kit multimídia: Datashow, tablets ou note book;
-Recursos humanos: Professores e monitores.

3.9 Avaliação
Espera-se que após a realização do projeto muitos alunos, professores e
até a escola modifiquem e melhorem suas atitudes em relação à diversidade,
ou seja, demonstrem mais respeito e acolhimento aos alunos do AEE.
Para avaliar os efeitos dessa ação, os professores ficarão mais atentos a
fim de avaliar se os alunos agem de forma mais respeitosa menos
preconceituosa, ou seja, tendo um novo olhar sobre os deficientes e sobre a
diversidade de modo geral.
Também se espera que de maneira geral, tanto aluno como professores
entendam que o trabalho desenvolvido pelo AEE no dia a dia de nossas
crianças deficientes é algo muito natural.
Por fim, a avaliação será efetuada por meio do acompanhamento das
atividades e também por entrevistas e observações com os alunos e
professores.
PEDAGOGIA

4- Considerações finais

No transcorrer deste Projeto de Ensino procurei me remeter a reflexões sobre a


importância da conscientização, e que não é visto como brincadeira o ato de
fazer piadas de colegas, e a pessoa com qualquer tipo de deficiência deve ser
tratada com respeito e dignidade, assim como qualquer cidadão gostaria de ser
tratado.
A inclusão ainda enfrenta muitas barreiras e tem caminhos para percorrer, o
importante é que isto já se iniciou e, no futuro, espera-se que a escola seja um
lugar onde não haja discriminação e preconceito, que seja um lugar onde as
diferenças e o tempo de aprendizagem de cada um sejam valorizados.
Acreditamos que os resultados deste estudo possam contribuir de alguma
forma, com as discussões atuais em torno da temática sobre a inclusão do
deficiente no ensino regular e a formação de professores que trabalham com
esses alunos.
Para poder lidar com a deficiência diariamente, é importante que se identifique
os obstáculos impostos por esta condição, para aprender a respeitar as
diferenças.
Consideramos que o presente estudo ao organizar conhecimentos referentes a
procedimentos educacionais para favorecer a inclusão dos alunos com
deficiências, contribui para indicar ao professor possíveis caminhos a serem
seguidos que podem favorecer a participação e a aprendizagem de alunos.
Por fim, a atenção às diferenças individuais devem ser premissas,
principalmente, em toda a sociedade e não diferentemente na escola. Cada
sujeito envolvido obtém conhecimentos, capacidades, interesses e motivações
individualizados, portanto, a família, a sociedade e a escola devem constituir
laços em busca do eixo central, a consistência na construção de uma
sociedade mais quista em relação às peculiaridades da pessoa com deficiência

As considerações finais compreendem o fechamento do trabalho com as


indicações e/ou recomendações. Indicam como o projeto de ensino produzido
pode melhorar o processo de trabalho do professor e/ou gestor.
PEDAGOGIA

Dispensa-se o uso de citações bibliográficas e deve-se utilizar no


máximo, duas páginas.

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