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Estrutura interna da Geosfera

A melhor fonte de dados sobre o interior da geosfera é o


comportamento das ondas sísmicas, que varia consoante as
características físicas e químicas dos materiais. A rigidez e a densidade
dos mesmos são os fatores que mais influenciam o comportamento das
ondas.
A ​velocidade​ das ondas sísmicas ​aumenta com a rigidez​ e ​diminui com
a densidade​. Como se verifica que a velocidade das ondas aumenta
com a profundidade, deduz-se que a rigidez dos materiais aumente
muito mais que a densidade ao longo do interior do planeta.
Devido a alterações nos materiais, as ondas alteram a sua velocidade
também, consoante o meio que atravessam. Assim, verificam-se
desvios da direção das mesmas quando mudam para um material
substancialmente diferente.

Descontinuidades
Quando se verificam alterações bruscas na velocidade de propagação
das ondas interiores, sabemos que estas passaram a atravessar um
material com diferenças significativas do anterior - descontinuidades.
A ​descontinuidade M​​ ou de ​Mohorovicic​,​ a cerca de 50 km de
profundidade, marca a primeira mudança substancial de
comportamento: a velocidade das ondas aumenta. Marca-se aqui a
saída da zona de crosta para o manto.
A cerca de 2900 km, as ondas P baixam bruscamente a sua
velocidade e as ondas S deixam de se propagar - indicando um meio
fluido (onde as ondas S não se propagam) e muito denso. Marca-se
então a ​descontinuidade de Guttenberg​​, onde inicia o núcleo externo.
A 5140 km, existe uma nova descontinuidade que indica uma zona
novamente sólida, muito rígida e densa. A ​descontinuidade de
Lehmann​​ marca então o núcleo interno.
A ​zona de sombra sísmica​​ corresponde a uma zona, entre os 103º e
os 143º de latitude do epicentro, onde não são recebidas ondas
sísmicas, devido ao estado físico dos materiais do núcleo externo
(líquido), que refratam fortemente as ondas P e não possibilitam a
propagação das ondas S. A partir dos 143º, voltam a ser detetadas
ondas P, que se propagaram através do núcleo, mas nunca ondas S
novamente.
A ​zona de baixa velocidade​​ (ZBV), entre os 100 e os 250 km,
corresponde a uma zona em que a velocidade das ondas diminui
significativamente, indicando a passagem por material viscosos, a
astenosfera. É importante notar que estes limites não estão bem
definidos.

Modelo Químico
Este modelo considera a Terra formada por três zonas: ​crosta, manto e
núcleo​. Fundamenta-se no estudo da alteração do comportamento das
ondas nos materiais de diferente constituição química.
A crosta subdivide-se em crosta oceânica (basalto; 5-10km de
profundidade) e continental (granitos e rochas metamórficas; 35-70km
de profundidade). A descontinuidade de Mohorovicic, aos 50 km, marca
a divisão com o manto.
O manto pode dividir-se em superior (até 700km) e inferior (até aos
2900 km) e é constituído principalmente por uma rocha conhecida, o
peridotito. A descontinuidade de Guttenberg marca o limite com o
núcleo externo.
O núcleo subdivide-se também externo (líquido; até aos 5140 km de
profundidade) e interno (sólido; até ao centro da Terra) e a constituição
é predominantemente ferro e níquel.
Modelo Físico
Segundo este modelo, a Terra é dividida em: ​litosfera, astenosfera,
mesosfera e núcleo​ (endosfera). Fundamenta-se principalmente no
estudo da alteração do comportamento das ondas sísmicas consoante
as diferentes características físicas dos materiais atravessados.
A litosfera corresponde à zona mais exterior do planeta, com materiais
no estado sólido e rígidos.
A astenosfera é uma zona que se estende dos 100 aos 350 km
(aproximadamente), com propriedades plásticas - materiais sólidos mas
fluidos. É uma zona de baixa velocidade.
A mesosfera é a zona que se estende dos 350 aos 2900 km. Devido às
altas pressões, é mais rígida que a astenosfera. A descontinuidade de
Guttenberg também faz a separação entre esta e a endosfera.
A endosfera, ou núcleo, estende-se até ao centro da Terra. Tem
materiais líquidos (núcleo externo) e sólidos (núcleo interno).

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