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Feminismo e Gênero nas Relações Internacionais

O objetivo do presente texto é entender como que a abordagem de gênero pode ser feita
a partir das questões que tangenciam a abordagem das Relações Internacionais. Foi definido
como recorte de análise a questão das mulheres como estratégia de guerra no que tange a
dominação das mulheres coreanas durante a dominação japonesa na Coreia de 1910 até o final
da Segunda Guerra Mundial em 1945. Para isso, vou explanar um pouco do que diz respeito a
discussão da questão de gênero no campo das RI, em seguida mostrarei como que a tradição
patriarcal entende o corpo da mulher enquanto posse e o utiliza nas estratégias militares dos
países, em especial no caso da Coreia e, por fim, vou finalizar a redação.
O campo do conhecimento no geral sempre foi pensado e produzido por homens e para
homens, o gênero feminino sempre foi deixado de escanteio sobre essa questão e, tal
negligência histórica culminou em uma série de problemas estruturais em todos os ramos do
conhecimento e da sociedade civil. A fim de sanar tais pendências, foram desenvolvidos ao
longo do século passado timidamente e no século XXI de maneira mais acentuada, estudos
sobre um olhar de gênero nas mais diversas áreas do conhecimento. Quando se discute as
abordagens de gênero no campos de pesquisa, tem-se por objetivo encontrar as limitações
daquele arcabouço teórico no que se refere às produções que reforçam o ideário patriarcal de
análise e passar a entender a condição histórica da mulher diante dessas produções teóricas
que reforçam o ideário masculino, para isso, como sugere a abordagem colocada, é necessário
levar em contas os diversos aspectos do conhecimento, como a questão econômica, política,
cultural e demais que envolve a sociabilidade do conhecimento.
Quando se associa o conceito de gênero nas Relações Internacionais a discussão se
remete na diretriz de que, não necessariamente de que a comunidade dela é majoritariamente
masculina (embora seja), mas sim pelo fato de que a produção teórica que se tem nesse campo
reforça as perspectivas masculinas de análise da realidade. Grande parte desse feito deve-se
ao fato de que um dos pilares da área é a Ciência Política, campo de pesquisa milenar que ao
longo de sua história teve pouca inserção de questões como o local da mulher nas instituições
políticas e temas afim a esta área.
Um dos campos do qual a questão de gênero foi muito pouco refletida no que tange as
RI no ramo dos Estudos sobre militarismo e guerra. Quando se estuda ocupações militares nos
mais diversos conflitos nas mais diversas regiões a exploração do corpo feminino sempre foi
algo recorrente. As mulheres são utilizadas enquanto estratégia de guerra nos mais diversos
sentidos mas, principalmente no que diz respeito à exploração sexual de seus corpos.
Quando os soldados exploram sexualmente as mulheres dos países inimigos as
principais prejudicadas desse processo são as próprias mulheres pois, além de violentadas elas
passam a representar também, em termos políticos, parte da dominação do inimigo ao alvo e
um objeto dominado por parte do país do qual a mulher pertence. Nesse processo, ela se torna
um objeto descartável no sentido humano pelos dois lados da moeda. Tal atrocidade aconteceu
de maneira tristemente acentuada no período em que o Japão dominou a Coreia. As chamadas
“mulheres de conforto” tem muito a relatar e contribuir nos estudos no que diz respeito a
dominação masculina do corpo feminino no âmbito da guerra.
Durante a dominação japonesa na Coreia (1910-1945), evento extremamente violento
por parte do dominador em relação ao dominado, além de acontecimento como o envio de
coreanos para trabalhar como escravos nas terras dominadas pelo Japão, houve também um
acontecimento que caracteriza a atuação da barbárie humana em seus termos mais sinceros e a
discussão de gênero que a redação propõe, que foi o caso das chamadas “mulheres de
conforto”. As mulheres de confortos eram coreanas (muitas delas crianças) que eram
capturadas e mandadas à bordéis militares para atuarem durante tempo integral como objeto
sexual dos soldados japoneses.
Essas mulheres passavam o dia todo sendo um objeto sexual nas mãos dos soldados
japoneses, muitas delas, além das dores oriundas das relações sexuais e da humilhação diária
da qual sofriam também acabavam doentes e muitas vezes perdendo parte de seus membros e
dentes pois, além da exploração do corpo elas também apanhavam dos soldados, por vezes até
a morte. ​Em 1945, quando a Segunda Guerra Mundial acabou, o exército japonês se viu acuado
pelos seus crimes de guerra e, sem qualquer piedade matou cerca de 70% das mulheres que se
encontravam nos bordéis, as demais (cerca de 30%) conseguiram fugir antes de terem sua vida
ceifada. Além da barbárie explícita, o governo japonês também queimou a maior parte da
documentação sobre esse assunto, o que dificultou as penalizações posteriores.
As mulheres que conseguiram fugir desta situação, quando voltavam a sociedade se
encontravam em uma encruzilhada. A sociedade coreana era altamente conservadora e não
aceitava socialmente como digna qualquer mulher que não fosse mais virgem fora do
casamento, por consequência, muitas mulheres foram expulsas de suas famílias, passando a
viver à margem da sociedade ou então passaram a viver caladas sobre o que aconteceu, muitas
mulheres morrem sem nem ao menos ter recebido desculpas pelo ocorrido por ter se mantido
calada diante da situação.
Concluindo, o acontecimento histórico exposto é apenas um das centenas de exploração
sexual que ocorrem contra as mulheres em períodos de guerra. A questão de gênero se coloca
como ponto chave de compreensão da discussão na medida em que, sendo a mulher
historicamente entendido segundo certos parâmetros sociais, geralmente em condição
subalterna aos homens, isso acaba se reproduzindo na guerra e muitas vezes nos estudos
sobre as mesmas pois, como as teorizações nas Relações Internacionais são masculinizadas e
geralmente produzida por homens, a crítica a essas questões geralmente são deixadas de lado
e colocadas em planos de análise que não são os principais focos de discussão das Relações
Internacionais. A abordagem de Gênero (assim como a Feminista) no campo das RI torna-se
necessária na medida em que traz a tona esses assuntos tão importantes mas que
frequentemente são negligenciados pela academia.

O texto está muito pessoal e muitas vezes repetitivo e sem sentido.


Se eu fosse você, jogaria a responsabilidade nas costas de um autor e não tomaria nenhum juízo de valor.
Além disso, não vi nenhum conceito. Patriarcado e visão masculina aparecem como dados naturais...
Não sei como o Passos quer, mas enfim, eu colocaria algum conceito de algum autor que vocês leram e não
faria juízo de valor.

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