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XXXXXXXXXXX
Processo nº XXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXX, já qualificada nos autos em epígrafe, por intermédio de sua procuradora subscritora,
vem, respeitosamente, perante V. Exa., apresentar:
Interpondo e requerendo, para tanto, o seu recebimento, regular processamento e posterior remessa
ao Egrégio TRT da 3ª Região.
Nestes termos,
Pede Deferimento.
CIDADE, DATA.
ADVOGADA
Recorrente: XXXXXXXXXXX
Recorrido: XXXXXXXXXXXXXXX
EMÉRITOS JULGADORES:
Em que pese o inconformismo da Recorrente, temos que, a r. sentença, nos pontos atacados, não
merece os reparos veiculados pela recorrente, vez que, está em consonância com o acervo probatório
carreado aos autos, devendo ser negado provimento ao recurso da Recorrente, conforme as razões de
fato e de direito a seguir narradas.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
Ao contrário do que aduz a recorrente, a 2ª reclamada não é mera consumidora, mas sim a tomadora
dos serviços da recorrente, sendo certo que se beneficiou diretamente dos trabalhos da recorrida, que,
inclusive, ocorreu dentro das dependências da 2ª reclamada durante todo o período contratual.
"O inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do empregador, implica na responsabilidade
subsidiária do tomador de serviços quanto àquelas obrigações, desde que este tenha participado da
relação processual e conste também do título executivo judicial."
Neste ínterim, deve ser mantida a condenação da 2ª reclamada na responsabilidade subsidiária por
todas as verbas trabalhistas, conforme já pacificado através da Súmula nº 331 do TST.
HORAS IN ITINERE
Ora Excelências, o i. perito foi bastante claro, quando declarou que o acesso até o local de trabalho, é
de difícil acesso e não servido por transporte público regular em horários compatíveis com a jornada
do reclamante.
Restou comprovado também que o deslocamento da recorrida era realizado em ônibus da 2ª
reclamada, não existindo sequer horários de ônibus público compatível com a jornada de trabalho da
recorrida.
Frise-se que as reclamadas forneciam o transporte justamente para assegurar que a recorrida chegasse
ao local de trabalho no horário estabelecido pela recorrente para o início da jornada, o que não era
possível com o transporte público, dada a incompatibilidade de horários e de percurso.
Não obstante, a recorrente não ofereceu qualquer prova capaz de desconstituir as conclusões do i.
perito oficial.
Ademais, é importante ressaltar que nenhum veículo particular pode adentrar às dependências da
reclamada, somente os veículos autorizados podem fazê-lo.
Impende ainda destacarmos que a recorrente não se desincumbiu do ônus de provar a inexistência do
dever de pagar as horas in itinere.
Deste modo, resta caracterizado a flagrante má-fé da recorrente, que pretende apenas procrastinar o
feito, inflando ainda mais a alta demanda do Poder Judiciário com alegações genéricas, totalmente
inverídicas e contrárias a legislação pátria.
Destarte, uma vez configurada a existência de 01:40 (uma hora e quarenta minutos) a título de horas
in itinere, por dia, estas devem ser remuneradas como hora extra, acrescidas do adicional normativo
e com reflexos em férias mais 1/3, 13º salário, FGTS + 40%, aviso prévio e RSR.
Assim, deve ser negado provimento ao recurso da 1ª reclamada, no que concerne às horas in itinere,
tendo em vista que este pleito encontra-se comprovado através de prova pericial.
INSALUBRIDADE
Ademais, a recorrente não trouxe aos autos qualquer prova suficiente para desconstituir a perícia
realizada.
LITIGÂNCIA E MÁ FÉ
Conforme esclarecido alhures, a recorrente aviou o presente Recurso Ordinário com finalidade
exclusivamente protelatória, pois destoam-se totalmente das provas já produzidas nos autos.
O art. 80 , I, do Código de processo Civil preceitua que é considerado litigante de má fé aquele que
apresenta defesa sobre fato incontroverso.
No caso em tela, além de a Recorrente ter dado causa ao ajuizamento da presente ação, em razão de
sonegar a reclamante direitos constitucionais trabalhistas, inclusive de natureza salarial, alimentar, é
necessário considerar ainda que esta vem se opondo injustificadamente a presente Ação, com
finalidade meramente protelatória, faltando com a boa fé processual.
A jurisprudência dos Tribunais vem se manifestando cada vez mais favorável a condenação dos
litigantes de má fé, a fim de se evitar que processos trabalhistas continuem se arrastando por extenso
lapso temporal, ferindo, assim, a natureza célere da Justiça do Trabalho.
Destarte, considerando que a r. sentença a quo encontra-se em total consonância com o acervo
probatório constante dos autos, nos tópicos atacados pela recorrente, requer a condenação da
Recorrente ao pagamento de multa por litigância de má fé, no importe de 10% sobre o valor corrigido
da causa, conforme art. 81 do CPC.
CONCLUSÃO
Diante de todas as razões acima expostas, pede e espera a Recorrida que se digne este Egrégio Tribunal
de negar provimento ao Recurso Ordinário interposto pela reclamada, para manter a decisão recorrida
nos exatos termos em que foi proferida, nos pontos atacados pela Recorrente.
Requer ainda a condenação da recorrida ao pagamento de multa por litigância de má fé, no importe
de 10% sobre o valor corrigido da causa.
Termos em que,
Pede deferimento.
Cidade, data.
ADVOGADA