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Introdução

Tendo em conta aquele que é o contexto actual dos direitos LBGT, constatamos que, a
nível mundial, está ainda muito longe uma situação ideal de igualdade e respeito para
todos. A ignorância, preconceito e desinformação continuam a condicionar, limitar e a
tirar vidas em muitos locais deste planeta.
Portugal encontra-se numa situação privilegiada, tendo registado uma evolução positiva
nos últimos anos, podendo conceder aos seus cidadãos, actualmente, mecanismos legais
que permitam uma integração cada vez mais efectiva na sociedade.
Cronologia dos Direitos homossexuais em Portugal:
Os direitos homossexuais têm vindo a sofrer algumas alterações favoráveis. Por ordem
cronológica a evolução dos direitos homossexuais é a seguinte:

1982 – A homossexualidade é permitida no nosso país.


1999 – Foi declarado que homossexuais e bissexuais poderiam ingressar nas forças
armadas.
2001 – Os casais homossexuais viram os seus direitos perante uma união de facto
reconhecidos.
2003 – A homossexualidade é protegida pela lei do código do trabalho
2004 – A orientação sexual é incluída no artigo 13º do princípio da igualdade na
Constituição Portuguesa.
2007 – É criada uma lei no código penal que protege os homossexuais da discriminação
e ofensas à integridade física.
2009 – Foi introduzido o tema da homossexualidade na educação sexual escolar
2010 – Foi promulgada a lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo,
considerado um grande passo para a aceitação da homossexualidade em Portugal.
Que direitos ainda faltam?
Atualmente as comunidades LGBT e simpatizantes lutam pelos direitos da adoção
homossexual. Até ao presente a adoção por casais do mesmo sexo não é consentida,
contudo já foi objeto de análise e as perspetivas são favoráveis para os casais
homossexuais.
(Fonte: http://www.lgbt.pt/lgbt-portugal/)
“Portugal entre os que mais asseguram direitos de gays e transexuais”, Andreia Sanches,
https://www.publico.pt/2016/05/10/sociedade/noticia/portugal-entre-os-que-mais-
respeitam-os-direitos-de-homossexuais-e-transgenero-1731322

Porque é que os homossexuais se preocupam tanto com os direitos civis?


Os direitos civis são tão importantes para a comunidade homossexual porque em muitas
circunstâncias os homossexuais não têm os mesmos direitos essenciais que os outros
cidadãos do seu país. Um indivíduo homossexual pode, de forma perfeitamente legal, ver
banido o seu acesso a casa, emprego e serviços públicos apenas devido à sua orientação
sexual.
Os homossexuais pretendem ter direitos especiais?
Existe um certo preconceito em relação às pretensões dos homossexuais em termos de
direitos civis de que os homossexuais pretender obter direitos diferentes do resto da
população. O argumento utilizado é que as leis que proíbem a discriminação pela
orientação sexual (neste momento ainda inexistentes em Portugal) iriam distinguí-los do
resto dos cidadãos tornando-os assim em indivíduos com direitos especiais.

O que as pessoas se esquecem é que é pouco (extremamente) provável que um


heterossexual seja despedido do seu emprego ou despejado da sua casa apenas devido à
sua orientação sexual. No caso dos homossexuais este tipo de descriminação tem uma
muito maior possibilidade de acontecer. A comunidade homossexual não pretende obter
direitos especiais de qualquer tipo. O que quer é apenas direitos iguais e uma protecção
igual de direitos em termos de emprego, habitação, e serviços públicos.

A comunidade homossexual não pretende ter leis que promovam programas de


discriminação positiva como quotas ou incentivos financeiros para entidades que
empreguem homossexuais. Nem pretendem que alguém que alugue um quarto da sua casa
tenha de o fazer a uma pessoa que não está disposta a seguir as regras dessa casa. Da
mesma forma a igreja e outras instituições religiosas devem ser independentes de
quaisquer legislação relativa à contratação de homossexuais.
Porque é que os homossexuais pretendem ter o direito de se casarem? Porque não vivem
simplesmente juntos?
Os homossexuais pretendem "casar-se" pelas mesmas razões que os casais heterossexuais
o fazem: amor, companheirismo, interesses comuns, objectivos comuns, segurança
emocional e financeira, e, nalguns casos, constituir uma família. Existem milhares de
homens e mulheres homossexuais que vivem em relações estáveis de longa duração
mesmo tendo em conta que as uniões homossexuais não têm muitos dos benefícios
financeiros, legais e sociais que são automaticamente concedidos aos casais
heterossexuais no momento do casamento.

Actualmente, o casais homossexuais não tem o direito automático de tomarem decisões


médicas, financeiras e legais em nome do seu parceiro caso haja necessidade. Podem ser
privados de acesso ao seu companheiro no caso de internamento hospitalar. No caso de
morte, não têm o direito automático de tratar do funeral, ou de assumir posse de
propriedade (mesmo que tenha sido adquirida em conjunto). Os casais homossexuais
também não tem acesso aos múltiplos benefícios financeiros do casamento e não tem
acesso a seguros de vida do contratador do companheiro o que acontece normalmente em
casais heterossexuais.

Os homossexuais gostariam que os casamentos civis homossexuais fossem legalizados


de forma a poderem ter o mesmo tipo de segurança legal, financeira e emocional que os
casais heterossexuais têm neste momento.
A tradição diz que o casamento é a união entre o homem e a mulher, com o intento de
criarem uma família.
Se bem que uma tradição exista há muito tempo não faz dela um conjunto de regras que
estejam certas ou sejam justas. Não há muito tempo, as lutas pela abolição da escravatura,
o direito do voto às mulheres, os casamentos inter-raciais, e o serviço militar pelas
mulheres, foram direitos que sofreram forte oposição pois eram contra a tradição. Um dos
objectivos do casamento é criar crianças (como alguns casais homossexuais fazem), mas
criar crianças não é a única razão pela qual as pessoas se casam. O companheirismo, o
amor, interesses comuns, objectivos comuns e segurança emocional e financeira são
razões perfeitamente válidas para que duas pessoas se casem.
Será que ao conceder o casamento aos homossexuais não estaremos a desvalorizar o
casamento heterossexual?
É perfeitamente absurdo o conceito de que a legalização do união de casais homossexuais
vá desvalorizar o casamento heterossexual. Esta atitude retrógada assume que o valor do
casamento está baseado na privação de direitos de um grupo de indivíduos da nossa
sociedade. Dar o direito de união legal entre homossexuais não vai tirar nenhum dos
direitos que os casais heterossexuais tem neste momento, só vem extender estes direitos
e deveres para todos os casais na nossa sociedade.
A homossexualidade é anormal e anti-natural. Mais que não seja eles não podem ter
filhos.
A homossexualidade não é, definitivamente, a orientação sexual da maioria da população,
mas este facto por si só não a torna uma anormalidade. Se fossemos usar este tipo de
lógica, então teríamos de considerar anormais todos os canhotos deste país. Para um
indivíduo heterossexual uma relação íntima com uma pessoa do mesmo sexo pode parecer
anormal ou anti-natural, mas se calhar não mais do que um homossexual ter relações com
pessoas do sexo oposto. De qualquer forma não existe nada de anormal ou anti-natural
em querer partilhar a vida e amor com outra pessoa. Ter a capacidade de ter filhos não é
um pré-requisito. Se fosse então não poderíamos conceder licença de casamento a casais
heterossexuais que não pudessem ou não quisessem ter filhos.
(Fonte: https://portugalgay.pt/faq/?4)

http://pt.euronews.com/tag/direitos-dos-homosexuais
http://www.esquerda.net/dossier/dossier-lgbt-actualizado/18110
http://dezanove.pt/520594.html
http://ilga-portugal.pt/noticias/741.php
http://www.apf.pt/sexualidade/identidade-e-orientacao-sexual
Identidade e orientação sexual

Sexo, identidade de género, expressão de género e orientação sexual

Sexo biológico – assume-se frequentemente que é o sexo cromossomático ou o sexo


genital, que pressupõe capacidades reprodutivas. Existem vários fatores que contribuem
para o sexo biológico: cromossomas (XY, XX, ou outras combinações), genitais
(estruturas reprodutivas externas), gónadas (presença de testículos ou ovários), hormonas
(testosterona, estrogénios), etc. Uma pessoa intersexo tem órgãos genitais/reprodutores
(internos e/ou externos) masculinos e femininos, em simultâneo, ou cromossomas que
não são nem XX nem XY.
Identidade de género – sentimento de ser do género feminino (mulher) ou do género
masculino (homem) independentemente da anatomia. Uma pessoa transgénero é alguém
que não corresponde às convenções sociais e categorias tradicionais de género associadas
ao seu sexo biológico. Uma pessoa transexual é alguém que sente que a sua identidade de
género é diferente do seu sexo biológico. Algumas pessoas transexuais desejam mudar o
seu corpo através de tratamentos e/ou cirurgias, mas nem todas.

Expressão de género – diz respeito aos comportamentos, forma de vestir, forma de


apresentação, aspeto físico, gostos e atitudes. Uma pessoa andrógina exprime-se de uma
forma ambivalente, ou seja, apresenta uma combinação de traços físicos quer masculinos,
quer femininos ou uma aparência que não permite identificar claramente o seu género.

Orientação sexual – refere-se ao que cada pessoa pensa e sente sobre si própria e sobre a
sua afetividade e sexualidade e por quem se sente atraído afetiva e sexualmente. Uma
pessoa é considerada:

heterossexual se se sente sobretudo atraída por pessoas de género diferente


homossexual se se sente sobretudo atraída por pessoas do mesmo género
bissexual se se sente atraída por pessoas de ambos os géneros.
Sexo, identidade de género, expressão de género e orientação sexual

Fonte: adaptado por AMPLOS de https://tomandolugar.wordpress.com

Assumir uma orientação sexual diferente da norma

A homossexualidade e a bissexualidade são apenas outras variantes da sexualidade


humana, como é a heterossexualidade. A consciência de que se é homossexual (gay ou
lésbica) ou bissexual surge, normalmente, no período da adolescência. A forma de o
descobrir é diferente de pessoa para pessoa e envolve, quase sempre, um período de
confusão e de muitas dúvidas.

Algumas pessoas jovens dizem que, de alguma forma, sempre souberam que eram
"diferentes". Quando percebem que são homossexuais ou bissexuais, veem finalmente,
esclarecidos muitos dos sentimentos confusos que tinham sentido ao longo do seu
crescimento. Outras só descobrem a sua orientação sexual na altura das muitas mudanças
que ocorrem durante a adolescência. Ainda há quem só se dê conta de ser homossexual
ou bissexual quando chega à idade adulta.

A discriminação e estereótipos associados à homossexualidade e bissexualidade ainda


marcam muito quem se vê confrontado com a sua orientação sexual. Se há quem aceite e
assuma com alguma fluidez, muitas pessoas tendem a negar ou a esconder a sua
verdadeira orientação sexual.

É importante não sentir pressão na definição da própria orientação sexual. É um processo


que leva o seu tempo. Aquilo que uma pessoa sentir que verdadeiramente é, é o que está
certo que seja.

Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo

LGBTI é um acrónimo que se internacionalizou e que corresponde às palavras:

Lésbica - designação atribuída a mulheres homossexuais;


Gay - designação dada a homens homossexuais;
Bissexual
Trans - designação dada às pessoas transgénero e transexuais;
Intersexo - designação dada a uma pessoa que tem órgãos genitais/reprodutores (internos
e/ou externos) masculinos e femininos, em simultâneo, ou cromossomas que não são nem
XX nem XY.

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