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DIREITO E PROCESSO

COLETIVO DO
TRABALHO
Aula 02: Estrutura sindical brasileira
Sumário
Aula 2: Estrutura sindical brasileira ................................................................ 2

Introdução ................................................................................................ 2

Conteúdo .................................................................................................. 4

Estrutura sindical brasileira ..................................................................... 4

Sindicatos .............................................................................................. 5

A assembleia geral ................................................................................. 5

Federações, confederações e centrais sindicais ........................................ 6

Registro sindical ..................................................................................... 7

Fiscalização sobre a criação de sindicatos ................................................ 8

Conflito de representação ....................................................................... 8

Decisão do MTE ..................................................................................... 9

Formulário ........................................................................................... 10

Natureza jurídica do sindicato ............................................................... 11

Sindicatos no gênero pessoa jurídica ..................................................... 12

Atividade proposta ............................................................................... 13

Referências ............................................................................................. 13

Exercícios de fixação ............................................................................... 14

Chaves de resposta .................................................................................... 17

Aula 2..................................................................................................... 17

Exercícios de fixação ............................................................................ 17

DIREITO E PROCESSO COLETIVO DO TRABALHO 1


Direito e processo coletivo do
trabalho
apostila

Aula 2: Estrutura sindical brasileira

Introdução
A organização sindical brasileira estrutura-se como uma pirâmide, possuindo
quatro segmentos. Na base da pirâmide estão os sindicatos, representantes
diretos dos trabalhadores. A cada cinco sindicatos de uma mesma categoria
profissional, com a condição de que representem a maioria dos trabalhadores
do setor, pode-se fundar uma Federação, que tem a finalidade de coordenar e
aglutinar interesses comuns. As Federações podem ser nacionais ou regionais
(ex: Federação de determinado segmento do sul, centro-oeste etc.). A cada
três Federações representativas pode-se constituir uma Confederação Nacional,
com sede em Brasília. As Centrais Sindicais possuem estrutura diferente das
Confederações, Federações e Sindicatos porque não reúnem apenas
trabalhadores de um mesmo setor. As centrais são intercategorias. Veja a
organização da pirâmide:

• Sindicatos
• Federações
• Confederações

Os sindicatos lutam pelos direitos dos trabalhadores em negociações diretas


com as empresas, sendo responsáveis, por exemplo, pelos Acordos Coletivos.
As Federações traçam a linha ideológica que os sindicatos a ela filiados devem
seguir. Por sua vez, as Confederações têm uma atuação semelhante às Centrais

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Sindicais, entretanto, sua influência limita-se ao seu setor de atuação
semelhante às Centrais Sindicais. As Centrais unem sindicatos de diversos
segmentos. Elas determinam a linha de atuação a ser seguida pelas entidades
filiadas, e possuem mais representatividade junto ao governo. A estrutura dos
sindicatos patronais e da Justiça do Trabalho é a mesma, ou seja, também
seguem o modelo de pirâmide. Na base estão as Varas do Trabalho (antigas
Juntas de Conciliação e Julgamento), os TRTs (Tribunais Regionais do
Trabalho), por Estado ou sub-região, e TST (Tribunal Superior do Trabalho), em
Brasília.

Objetivo:
1. Estudar a estrutura sindical brasileira diante da CRFB/88 e da CLT.

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Conteúdo

Estrutura sindical brasileira


A estrutura sindical está estabelecida no Artigo 8º, inciso IV, da CF e no artigo
511 e seguintes da CLT. É chamado sistema confederativo. Não é um sistema
hierarquizado, mas de coordenação. Os Artigos 534 e 535 da CLT definem,
respectivamente, as Federações e as Confederações. O Artigo 511 da CLT
define os Sindicatos. As centrais sindicais não integram o sistema confederativo
e foram regulamentadas e definidas pela Lei n° 11.648/2008.

No Brasil há o enquadramento sindical por categorias distintas e paralelas. A


determinada categoria econômica corresponde determinada categoria
profissional. Luciano Martinez, em sua obra Curso de Direito do Trabalho:
relações individuais, coletivas e sindicais do trabalho, cita Ronaldo Mancuso,
que esclarece que sob o ponto de vista sociológico e político "Categoria é o
conjunto de pessoas que gozam, pela condição comum em que se
encontram, da mesma posição com relação aos direitos e deveres
políticos". São integrantes da mesma categoria, por exemplo, industriários,
comerciários e bancários no segmento dos trabalhadores e os donos da
indústria, os comerciantes e os banqueiros, no segmento dos empregadores.

Atenção

É importante frisar que o enquadramento dos Sindicatos gira,


portanto, em torno do princípio que em função da categoria
econômica se cria a categoria profissional.
Se a empresa possui mais de uma atividade econômica seu
enquadramento se dá pela atividade predominante.

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Sindicatos
Definido no Artigo 511 da CLT, os sindicatos são pessoas jurídicas de direito
privado. Associações formadas pelos sujeitos das relações de trabalho
(empregados ou empregadores) para o estudo, a defesa e a coordenação de
interesses econômicos e profissionais daqueles que exerçam a mesma atividade
ou profissão.

Formam-se a partir da inscrição dos seus atos constitutivos no Cartório de


Registro Civil e, posteriormente, no Ministério do Trabalho e Emprego, para fins
de controle da unicidade sindical. Possuem três órgãos: a diretoria, o conselho
fiscal e a assembleia geral. A administração dos sindicatos é exercida pela
diretoria e o conselho fiscal, cujos membros são eleitos pela assembleia geral.

Entenda sobre base territorial nesse contexto.

Base territorial
Base territorial é a extensão do território brasileiro sobre a qual o sindicato
exerce o poder de representação. A base territorial mínima dos sindicatos é o
município.

A assembleia geral
A assembleia geral é órgão deliberativo. Responsável pela criação da própria
entidade sindical e que delibera sobre as mais importantes matérias do
sindicato. Elege a diretoria e o conselho fiscal. A assembleia geral submete-se,
é claro, às previsões do estatuto. Os sindicatos têm diversas funções, como
veremos a seguir.

Função de representação
É a mais importante, pois, por conta dela, falam em nome da categoria, com o
propósito de defender e coordenar seus interesses. Em dois campos de
atuação, o extrajudicial e o judicial. Atuam extrajudicialmente perante
autoridades administrativas. E judicialmente através da representação e
substituição processual.

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Função negocial
É a segunda mais relevante função sindical. Visa a produção de direitos
suplementares, mais vantajosos, aos previstos em lei. Podem por isso, celebrar
acordos e convenções coletivas.

Função econômica
É vedada atividade econômica, segundo o Artigo 564 da CLT.

Função política
A CLT vedava atividade política, como se verifica do Artigo 521, porém
entende-se que quando atua politicamente está representando os interesses da
categoria e também de que a política faz parte da vida social. A própria
institucionalização das centrais sindicais evidenciou o papel políticos das
entidades sindicais, notadamente cada sindicato ou até mesmo categoria
tendem para determinados políticos, por exemplo, a CUT em relação ao PT,
Partido dos Trabalhadores e a Força Sindical em relação ao Solidariedade.

Função assistencial
Diversas previsões na legislação.

Federações, confederações e centrais sindicais

Federações
As Federações são consideradas entidades sindicais de segundo grau. A base
territorial equivale no mínimo ao do estado federado. É a associação de cinco
ou mais sindicatos que têm como atividade maior coordenar as atividades dos
sindicatos a ela filiados. Além de coordenar as atividades, os sindicatos
associados têm como atribuição celebrar acordos e negociações coletivas
quando inexistir sindicato em determinada base territorial.

Confederações
Também são consideradas entidades sindicais de segundo grau. São
associações de âmbito nacional de no mínimo três federações tendo como
objetivo organizá-las. Têm sede em Brasília. Outro importante papel dessas
entidades é opinar sobre o registro de sindicatos e federações.

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Centrais sindicais
São entidades associativas compostas por organizações sindicais de
trabalhadores e têm o objetivo de coordenar a representação operária e
participar de negociações em fóruns e colegiados nos quais estejam em
discussão interesses dos trabalhadores.

Exercem importante papel na sociedade, buscando melhores condições de


trabalho. Existem diversas centrais sindicais, de âmbito nacional abrangendo
várias categorias e profissões. Embora existam de fato desde o início dos anos
80, a efetiva regulamentação das centrais sindicais ocorreu tão somente em
2008, através da Lei nº 11.648.

Registro sindical
Não há divergência sobre a necessidade de registro de entidades sindicais. No
entanto, quanto à competência para o registro de entidades sindicais, doutrina
e jurisprudência apresentam três correntes sobre a correta interpretação do
inciso I do Artigo 8 da Constituição Federal de 1988, o qual institui a liberdade
sindical.

A primeira corrente sustenta a suficiência do registro da entidade sindical no


Registro Civil das Pessoas Jurídicas, a segunda entende que basta o registro
junto ao Ministério do Trabalho, e a última exige o duplo registro. Consoante já
visto, os sindicatos são associações sui generis, que não podem simplesmente
enquadrar-se como pessoas jurídicas de direito privado.

Não se aplica aos sindicatos o Artigo 45 do Novo Código Civil, o qual dispõe que
as pessoas jurídicas de direito privado passam a existir a partir da inscrição do
ato constitutivo no respectivo registro. Tal norma destina-se apenas às pessoas
jurídicas listadas no Artigo 44, quais sejam, associações, sociedades e
fundações. Esta é inclusive a posição do MTE, externada no Artigo 2º da
Portaria nº 1.277.

Ademais, não existe a distinção, difundida por alguns doutrinadores, entre a


aquisição da personalidade jurídica e personalidade sindical. Nos termos das

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regras que regem o sindicalismo nacional, o nascedouro da entidade sindical
deve ser o mesmo tanto para o exercício das prerrogativas privativas previstas
no Artigo 513 da CLT, bem como para o exercício de todos os demais atos da
vida civil. De outra parte, no sistema sindical brasileiro o registro de sindicatos
é imprescindível para a plena vigência da regra da unicidade, elevada a cânone
constitucional em 1988. O registro de sindicatos é o meio necessário para
efetivação da unicidade sindical.

Fiscalização sobre a criação de sindicatos


É importante esclarecer que coisa absolutamente diversa da ingerência estatal
é o controle da unicidade sindical exercido pelos próprios sindicatos, através do
Ministério do Trabalho. Instituída a unicidade sindical, mister se faz que alguém
fiscalize a criação de sindicatos, sob pena de total desobediência ao sistema.
Neste diapasão, a Portaria nº 343/2000 do MTE, com as modificações incluídas
pela Portaria nº 376/2000, estabelece as regras e procedimentos para a
efetivação do Registro Sindical. Dispõe o Artigo 4º da indigitada Portaria que o
pedido de registro sindical deve ser publicado no Diário Oficial da União. Assim
o fazendo, o MTE dá publicidade a todas as demais entidades sindicais já
registradas.

Conheça os artigos que envolvem esse assunto.

"Artigo 4º A Secretaria de Relações do Trabalho terá o prazo de sessenta dias,


a contar da data de protocolo do pedido, para verificar a instrução do processo
e publicar o pedido de registro no Diário Oficial da União ou notificar o
requerente, mediante Aviso de Recebimento, a cumprir eventuais exigências".

Conflito de representação
Havendo conflito de representação, a mesma portaria, em seu Artigo 5º,
autoriza a apresentação de impugnação, em prazo determinado (30 dias a
partir da publicação do pedido), por parte de eventual entidade prejudicada.

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Dependendo da apreciação da impugnação pelo MTE, constatado ou não o
conflito de representação, o registro poderá ser sustado ou conferido.

Conheça os artigos que envolvem esse assunto.

"Artigo 5º A entidade sindical de mesmo grau, cuja representatividade


coincida, no todo ou em parte, com a do requerente, terá o prazo de trinta
dias para apresentar impugnação, contado da data da publicação de que trata o
caput do artigo anterior.

Artigo 6º Findo o prazo a que se refere o Artigo 5º, a Secretaria de Relações do


Trabalho terá quinze dias para proceder ao exame de admissibilidade das
impugnações apresentadas e submeter ao Ministro de Estado a proposta de
decisão. Parágrafo único: O exame de admissibilidade de impugnação
restringir-se-á à tempestividade do pedido, à representatividade do
impugnante, nos 7 termos do caput do Artigo 5º, à comprovação de Registro
no Ministério do Trabalho e Emprego e de recolhimento do valor relativo ao
custo da publicação, não cabendo a este Ministério analisar ou intervir sobre a
conveniência ou oportunidade do desmembramento, desfiliação, dissociação ou
situações assemelhadas".

Decisão do MTE
A decisão do MTE deve ser proferida nos limites da sua competência
constitucional, garantindo a unicidade sem ofender a liberdade sindical. Dessa
forma, o registro perante o MTE não se configura em interferência estatal. O
Estado apenas autoriza os próprios sindicatos a defender eventual violação à
unicidade sindical.

Consagrando as posições expostas, a mais alta corte do país entende, de forma


uníssona, que o MTE é o órgão competente para proceder ao registro de
entidades sindicais. A defesa da unicidade sindical é o argumento no qual
sustentam-se as decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal. Ao editar a

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súmula nº 677 de sua jurisprudência majoritária, o Colendo STF praticamente
encerrou a discussão:

"677 - Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho
proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do
princípio da unicidade".

Atenção

A Solicitação de Registro Sindical (para as entidades de


primeiro grau - sindicatos) é regida pela Portaria MTE nº
326/2013 de 1º de março de 2013. Para as entidades de grau
superior (Federações e Confederações) essas continuam a
serem regidas pela Portaria MTE nº 186/2008. Para solicitar seu
registro sindical, a entidade deve possuir um certificado digital.
Após, deve-se selecionar na caixa "Solicitação de Registro
Sindical", o grau da entidade a qual se deseja fazer o pedido.
Uma entidade só pode iniciar uma Solicitação de Registro
Sindical se ela possuir um número de CNPJ com situação
ATIVA junto à Receita Federal.

Formulário
O formulário eletrônico é dividido em cinco partes:

Dados Cadastrais
Informações sobre os dados de localização da entidade, tais como endereço,
telefones, sítio na Internet e endereço eletrônico (e-mail).

Base Territorial
Informações sobre a abrangência de atuação da entidade. Esses dados devem
corresponder à abrangência declarada no Estatuto Social.

Classificação

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Informações sobre a denominação e a categoria que a entidade deseja
representar. Esses dados devem corresponder exatamente às informações
declaradas no Estatuto Social. A denominação não deve ser abreviada e a
descrição da categoria não deve conter expressões como: "semelhantes",
"anexos", "assemelhados”, "conexos", "congêneres", "correlatas", "similares",
"afins", "e outros", "em geral" etc.

Dirigentes
Informações sobre os membros dirigentes e suas respectivas funções, bem
como período de vigência do mandato. Para o preenchimento dessas
informações é exigido que o CPF dos dirigentes esteja com a situação regular
junto à Receita Federal.

Resumo
Em uma única página são apresentadas todas as informações consolidadas que
foram declaradas nas abas anteriores. Antes de transmitir a solicitação, a
entidade deve confirmar se todas as informações estão corretas.

Natureza jurídica do sindicato


A discussão sobre o registro de entidades sindicais há que ser precedida por
matéria das mais tormentosas, qual seja, a definição da natureza jurídica dos
sindicatos.

A natureza jurídica dos sindicatos depende do sistema sindical em que estão


inseridos, sendo classificados frente a três teorias principais.

A primeira define o sindicato como ente de direito privado, pois se trata de uma
associação de pessoas para a defesa de seus interesses pessoais. Segundo essa
corrente, os sindicatos seriam disciplinados pelas regras gerais pertinentes a
esse setor do direito. Essa teoria conta com muitos defensores na doutrina
nacional, dentre os quais, Russomano, Catharino, Waldemar Ferreira, Segadas
Vianna, Délio Maranhão, Orlando Gomes e Élson Gottschalk.

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Para a segunda, o sindicato é ente de direito público, sendo praticamente um
apêndice do Estado. Por essa teoria, os interesses do sindicato confundem-se
com os próprios interesses peculiares do Estado. Conforme ensina Amauri
Mascaro, após a inscrição do princípio da liberdade sindical na Carta Magna de
1988, restaram poucos adeptos a essa teoria na doutrina nacional. Em geral, o
sindicato tem a natureza de pessoa jurídica de direito público apenas nos
regimes totalitários.

Por fim, a terceira posição é a do sindicato como pessoa jurídica de direito


social. Um de seus grandes expoentes na doutrina nacional é Cesarino Júnior,
para quem o sindicato é um ente que não se pode classificar exatamente nem
entre as pessoas jurídicas de direito privado nem entre pessoas jurídicas de
direito público.

Sindicatos no gênero pessoa jurídica


Enquadrando os sindicatos no gênero pessoa jurídica de direito privado,
necessariamente deveríamos classificá-los como associações civis. Com todo o
respeito aos que comungam dessa posição, não há como confundir os
sindicatos com tais entidades. A principal e fundamental diferença entre
sindicatos e associações civis é que essas representam apenas seus associados,
enquanto aqueles representam toda a categoria, independente de associação.

Outro aspecto relevante para a caracterização da distinção era de que a receita


do sindicato, através da contribuição sindical, era compulsória. Recentemente,
o Ministério do Trabalho e Emprego, ao editar a Portaria nº 1.277, reforçou o
entendimento de que entre sindicatos e associações existe uma oceânica
distinção.

Dispõe o Artigo 2º da indigitada Portaria que:

"Artigo 2º As entidades sindicais registradas no Ministério do Trabalho e


Emprego não estão obrigadas a promover em seus estatutos as adaptações a
que se refere o Artigo 2.031 da Lei nº 10.406 de 2002" (Novo Código Civil).

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Assim, mais uma distinção salta-se aos olhos, pois as regras destinadas às
associações civis não se aplicam aos sindicatos, os quais têm diplomas legais
específicos (CLT, Convenções OIT, Constituição Federal).

Frise-se que dentre as considerações que motivaram a edição da supra citada


Portaria, o MTE expressamente prescreveu: "Considerando a existência na
legislação trabalhista de normas específicas concernentes à organização
sindical, dispostas no Título V do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943
(CLT).

Considerando, finalmente, a singularidade do sindicato como ente associativo,


de outra parte, ante à inequívoca vigência do princípio da liberdade, defender a
natureza pública do sindicato é apelar ao nonsense.

Atividade proposta
Comente sobre a diferença entre acordo coletivo de trabalho e convenção
coletiva de trabalho, indicando a competência das centrais sindicais para a
celebração destas normas coletivas.

Chave de resposta:
O Acordo Coletivo do Trabalho é o acordo de caráter normativo assinado entre
o sindicato representativo da categoria profissional e uma ou mais empresas
para estipularem condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas
representações, às relações individuais de trabalho. A Lei 11.648/08
reconheceu as centrais sindicais como entidades associativas de direito privado,
dotadas de personalidade sindical, contudo sem a possibilidade de celebrar
acordos e convenções coletivas.

Referências
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTr,
2013.

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CASSAR, Volia Bonfim. Direito do trabalho. Niterói: Impetus, 2013.

DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTr,


2013.

MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2013.

NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho. 32. ed. São


Paulo: Saraiva, 2013.

RUSSOMANO, Mozart Victor. Comentários à Consolidação das Leis do


Trabalho. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005.

SARAIVA. Renato. Curso de direito do trabalho. São Paulo: Método, 2013.

SÜSSEKIND, Arnaldo; MARANHÃO, Délio; VIANNA, Segadas; TEIXEIRA, Lima.


Instituições de direito do trabalho. Vol. 1. São Paulo: LTr, 2000.

Exercícios de fixação

Questão 1
Apesar de serem figuras presentes na estrutura sindical brasileira há vários
anos, as centrais sindicais somente foram reconhecidas efetivamente pela
legislação trabalhista a partir de março de 2008. Com isso, houve alterações de
dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho. Com base nessas inovações,
assinale a alternativa CORRETA:
a) As centrais sindicais, no caso de inexistência de sindicato, federação e
confederação representantes de determinada categoria, poderão assumir
as negociações coletivas, beneficiando-se integralmente da contribuição
sindical recolhida pelos empregados daquela categoria.
b) As centrais sindicais indicarão ao Ministério do Trabalho e Emprego quais
os sindicatos que lhes são filiados, para que possam ser beneficiárias de
30% (trinta por cento) do valor recolhido a título de contribuição sindical

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pelos trabalhadores pertencentes às categorias representadas pelos
sindicatos por elas indicados.
c) As centrais sindicais passaram a ser beneficiárias de 10% (dez por cento)
do valor recolhido a título de contribuição sindical pelos trabalhadores
pertencentes às categorias representadas pelos sindicatos que lhes são
filiados, uma vez que foi extinto o repasse do percentual destinado para
a 'Conta Especial Emprego e Salário.
d) O sindicato de trabalhadores indicará ao Ministério do Trabalho e
Emprego a central sindical a que estiver filiado como beneficiária da
respectiva contribuição sindical, para fins de destinação de 10% (dez por
cento) do valor recolhido a título de contribuição sindical pelos
trabalhadores pertencentes à categoria representada por tal sindicato.
e) O sindicato de trabalhadores indicará ao Ministério do Trabalho e
Emprego a central sindical a que estiver filiado como beneficiária da
respectiva contribuição sindical. Isso se faz necessário porque o valor
recolhido a título de contribuição sindical pelos trabalhadores
pertencentes à categoria representada por tal sindicato deverá ser
rateado da seguinte forma: 5% (cinco por cento) para a central sindical,
10% (dez por cento) para a confederação correspondente, 15% (quinze
por cento) para a federação, 60% (sessenta por cento) para o sindicato
respectivo e 10% (dez por cento) para a 'Conta Especial Emprego e
Salário.

Questão 2
Assinale a opção incorreta a respeito da estrutura sindical brasileira.
a) É possível a criação de mais de um sindicato representativo de uma
mesma categoria, em idêntica base territorial.
b) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou
individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou
administrativas.

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c) O Ministério do Trabalho e Emprego detém a competência para o
registro das entidades sindicais, devendo utilizar seu poder discricionário
para fazê-lo.
d) As confederações sindicais detêm legitimidade para propor ação direta
de inconstitucionalidade.

Questão 3
Para o Direito Coletivo do Trabalho são consideradas formas de
heterocomposição dos conflitos coletivos:
a) A mediação, a convenção coletiva e o dissídio coletivo.
b) A convenção coletiva, o acordo coletivo e o dissídio coletivo.
c) A arbitragem, a mediação e a convenção coletiva.
d) A mediação, a arbitragem e o dissídio coletivo.
e) A arbitragem, o dissídio coletivo e o acordo coletivo.

Questão 4
São considerados princípios específicos de Direito Coletivo do Trabalho, exceto:
a) Princípio da liberdade de associação.
b) Princípio da autonomia sindical.
c) Princípio do desnível dos contratantes coletivos.
d) Princípio da interveniência sindical na negociação coletiva.
e) Princípio da lealdade e transparência da negociação coletiva.

Questão 5
Acerca do instituto da negociação coletiva de trabalho, assinale a opção
incorreta.
a) O acordo ou a convenção coletiva de trabalho firmados com o sindicato
representativo da categoria profissional podem estabelecer regime de
compensação de jornada.
b) É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de
trabalho.
c) É assegurada a irredutibilidade de salários, salvo negociação coletiva.

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d) Mediante a negociação coletiva, é possível a flexibilização das regras
legais aplicáveis à medicina do trabalho.

Chaves de resposta

Aula 2 – Exercícios de fixação


Questão 1 - D
Justificativa: Segundo o Artigo 589, II, b) da CLT.

Questão 2 - A
Justificativa: Em face do princípios da unicidade sindical brasileira.

Questão 3 - D
Justificativa: Uma vez que conforme doutrina dominante, a exemplo de Amauri
Mascaro Nascimento, “Curso de Direito do Trabalho”, Ed. Saraiva, 24ª Ed., p.
1359/1364.

Questão 4 - C
Justificativa: Com base em doutrina dominante – Maurício Godinho Delgado –
Curso de Direito do Trabalho – 9ª Ed. – pág. 1214/1226.

Questão 5 - D
Justificativa: Pois as regras de Segurança e Saúde do Trabalhador são
inflexíveis.

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