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Sumario Capitulo 1 Capitulo 2 Capitulo 3 se Resisténeia ANATUREZA DAELETRICIDADE............00 00000 cc cea 1 A Estrutura do Atemo 1 A Carga Elétrica 4 OCoulomb .. . 5s O Campo Eletrostatico 6 Diferenga de Potencial 7 ACorrente ............- 7 Fluxo de Corrente. 8 Fontes de Bletricidade . fees 9 Comrentes e Tensies Continuae Alternada. 1... sscssscscesees YW PADROES ELETRICOS E CONVENCOES ................ . 19 Unidades Introdugao 19 Prefixes Métricos . . . . 20 Poténcias de 10. 21 Notacao Cientifica 25 Arredondamento de Nimeros 60.00... eee 26 Simbolos Graficos e Diagramas Elétricos - Diagrama Esquematico ......... feet cece cece eee 34 Diagrama de Linhas Simples ou Unifilar 37 Diagrama de Blocos........... : 37 Diagrama de Fiagio . . : Lee --- 39 Planta da Instalagiio Elétrica. 22... . scenes 40 LEI DE OHM E POTENCIA O Circuito Elétrico Capitulo 4 Capitulo 5 Capitulo 6 Capitula 7 Capitulo 8 Resistores Fixos - Resistores Varidveis Lei de Ohm Poténcia Elétrica Cavalo-Vapor . Energia Elétrica CIRCUITOS SERIE DE CORRENTE CONTINUA - *Tensao, Corrente e Resisténeia em Circuitos Série Polaridade e Quedas de Tensao . Condutores * Poténcia Total em um Circuito em Série Queda de Tensio por Partes Proporcionais CIRCUITOS PARALELO DE CORRENTE CONTINUA ... . Tensito e Corrente em um Circuito Paralelo .......--- Resist@ncias em Paralelo Cireuito Aborto e Curto-cireuito . . . Divisio da Corrente em dois Ramos Paralelos Conduténcias em Paralelo . . A Poténcia em Circuitos Paralelo ‘A Pitha Voltaica ... Pilhas em Série e em Paralelo Pilhas Primérias e Secundérias Tipos de Baterias Caracteristicas das Baterias LEIS DE KIRCHHOFF wees Lei de Kirchhoff para a Tensao (LKT) . Lei de Kirchhoff para a Corrente (LKC) As Correntes nas Malhas....... 6.0005 Tenses nos NOS... eee tenes CALCULO DE REDES Redes em ¥ e em Delta Superposig#o ... - . Teorema de Thevenin Teorema de Norton . >Circuitos Série-Paralelo Circuito Ponte de Wheatstone Transferéneia Maxima de Poténcia . Céleulos de Quedas na Linha Sistema de Distribuiggo com trés Fios 126 136 136 139 157 157 163 165 168 170 174 175 176 179 Capituto 9 Capitulo 10 Capitulo 11 Capitulo 12 MAGNETISMO E ELETROMAGNETISMO . A Natureza do Magnetismo . - Materiais Magnéticos . . Eletromagnetismo Unidades Magnéticas Curva de Magnetizacio BH - Cireuitos Magnéticos . . Indugao Eletromagnética Sistema Internacional de Unidades . GERADORES E MOTORES DE CORRENTE CONTINUA .......... 249 Motores e Geradores - Gerador cc Simples . . Enrolamentos da Armadura oe Excitagiio do Campo Circuito Equivalente do Gerador cc Equagées da Tensao no Gerador e Regulagio de Tensio s-s sss sees es Perdase Eficiéncia de uma Muna co. . 2 258 Motor de Corrente Continua... ... 260 Cireuito Equivalente do Motor ce. 261 Velocidade de um Motor . 263 Tipos.de Motores : 265 Requisitos de Partida dos Motores . . . 267 PRINCIPIOS DA CORRENTE ALTERNADA 218 Geragao de uma Tensio Aliernada . . 278 ‘Medico Angular 279 Onda Senoidal .... - 281 Corrente Alternada . . 281 Freqiiéncia ¢ Perfodo 282 Relagoes de Fase 285 Fasores ...... eee 285 Valores Caracteristicos de Tensao e de Cortente ve. se cess neee 288 Resisténcia em Circuitos ca... eee eee eee 291 INDUTANCIA, REATANCIA INDUTIVA E CIRCUITOS INDUTIVOS 307 YIndugho oe eee 307 As Caracteristicas das Bobinas veces veeee vee y 309 yReatancia Indutiva ......--.. beeen veveeeee. 310 {Undutores em Série e em Paralelo . 313 } Cireuitos Indutivos . 316 Qde uma Bobina . . 325 26 yPoténcia em Circuitos RL. ios Capitulo 13 Capituto 14 Capitulo 15 Capitulo 16 Capituko 17 Capitulo 18 CAPACITANCIA, REATANCIA CAPACITIVA E CIRCUITOS CAPACITIVOS .... 0.02... 343 XO Capacitor . 343 ACapacitincia . 346 Tipos de Capacitores . 347 Capaeitores Série ¢ Paralelo 348 Reatancia Capacitiva . 350 suitos Capacitivos . 352 “Poténeia em Circuitos RC. 358 CIRCUITOS MONOFASICOS . 375 0 Circuito RLC Genético . 375 RIC Série 315 REC Paralelo . . . . 379 Ramos RL ¢ RC Paralelo . : : sees . 383 Poténcia e Fator de Poténcia..... . cee cect eee eee 386 GERADORES E MOTORES DE CORRENTE ALTERNADA .. 411 Alternadores ait Geradores em Paralelo . . 414 Especificagoes 415 Perdase Eficiéncia . 41s Motores de Indugdo Polifaisicos . . 416 Motores Sincronos . . . . 420 Motores Monofisicos . 426 TRANSFORMADORES ........... 440 Caracteristicas de um Transformador Ideal 440 Especificag6es para o Transformador . 445 Razio de Impedincia . 445 Autotransformador . : 447 Pecdas e Bficiénoia de um Transformador 448 Transformador Descaregato. 449 Polaridade da Bobina............... 451 SISTEMAS TRIFASICOS |... 462 Caracteristicas dos Sistemas Trifisicos . . . 462 Ligagoes entre Transformadores Trifisicos 463 Poténcia em Cargas Trifésicas Equilibradas 467 Cargas Trifisicas ndo Equilibradas .. 22.20. 473 RESSONANCIA SERIE E RESSONANCIA PARALELA . Ressonancia Série. O de Cirenitos Série. Ressonancia Paralela . Capitulo 19 Capitulo 20 Indice Analitico Q de Circuitos Paralelos . Largura de Paixa e Poténcia de Circuitos Ressomantes .....22. 0000+ FORMAS DE ONDA E CONSTANTES DE TEMPO ........---.++ Formas de Onda de Circuitos RL Série... - Constantes de Tempo RL . Formas de Onda de Circuitos RC Série + Constantes de Tempo RC ..... Calcule do Tempo t ....-- MEDIDAS ELETRICAS .. Instrumentos Basicos de Medicao .. Amperimetros Voltimetras .....--. Ohmimetros . Multimetros . Medidores de Corrente Altemada « ‘Wattimetros ¢ Medidores de ‘Watl-hora . Medidores Eletrénicos Analégicos - Medidores Digitais 502 503 521 521 528 530 535 535 587 557 557 563 569 S74 S75 584 588 591 Prefacio Este livo pretende constituirse num texto basico que cubra os fundamentos da eletricidade @ 08 cireuitos elétricos. Pode ser utilizado por alunos recém-ingressados na faculdade, em institutos ou cscolas técnicas ou por pessoas que ndo possuam nenhuma experiéncia em eletricidade. texto se sustenta em si através de explicagdes solugdes deliberadamente detalhadas, item por item. Dessa forma, ele também pode ser utilizado como um Livro de consulta para estudos em casa. SupGe-se que 0 leitor disponha de conhecimentos de dlgebra bdsica ¢ de trigonometria. Projetado para fomecer uma base extensa e profunda sobre a natureza da eletricidade © sobre o funcionamento ¢ as aplicagdes de circuitos elétricos, o texto apresenta indmeros exemplos ficeis de serem acompanhados e complementados com diagramas. Partindo da fisica do fluxo da corrente elétrica, o livro descreve e analisa circuitos elétricos tanta com corrente continua quanto com corrente alternada, geradores, motores e transformadores. Para assegurar a atualizagdo do texto com os projetos ¢ téenicas modernas, so apresentados problemas que ilustram as telagdes mais comuns entre tensio ¢ corrente, abrangendo os circuitos ¢ equipamentos tipicas utilizados nos sistemas elétricos atuais Hi varias caracteristicas especiais neste livro. Uma delas ¢ a utilizago em todo texto do Sistema Internacional de Unidades (SI), Uma outra ¢ a ultilizagdo continua dos nimeros das equagdes de referéncia, de modo que o leitor sempre poderd saber a fonte de cada equagtio utilizada, Outras caracteristicas incluem formas simplificadas para a solugao de problemas sobre enrolamentos de transformadores trifdsicos, sobre ressonancia série ¢ paralela e¢ sobre formas de onda de circuitos RL e RC Eu gostaria de agradecer a John Aliano, Gordon Roclanaker, e Marthe Grice da Editora McGraw-Hill pelas suas criticas construtivas ¢ esforgos continuos que permitiram que a publicagao deste livro se tormasse uma realidade. Milton Gussow xn CAPITULO 1 A NATUREZA DA ELETRICIDADE AESTRUTURA DO ATOMO A médteria ¢ algo que possui massa e ocupa lugar no espago. A materia é constitufda por Particulas muito pequenas chamadas de dtomos. Toda a matétia pode ser classificada em qualquer um desses dois grupos: elementos ou compostos, Num elemento, todos os étomos so iguais, S#0 exemplos de elementos o alumfnio, o cobre, o carbono, o gesmnfnio ¢ o silicio. Um composto € formado por uma combinagao de elementos. A dgua, por exemplo, é um composto constitufdo pelos elementos hidrogénio e oxigénio. A.mepor- particula se_qualquer.composto_ que ainda contenha as caractertsticas originais daquele composto é chamada de molécula. Elétrons Niicleo Fig. 1-1 Os elétrons ¢ 0 micleo de um étomo 2 ELETRICIDADE BASICA Os dtomos sito constituidos por particulas subatémicas: elétrons, prdtons € néutrons, com- binados de varias formas. O elétron é a carga negativa (—) fundamental da eletricidade. Os elétrons giram em torno do niicleo, ou centro do dtomo, em trajetérias de “camadas” concéntricas, ou drbitas (Fig. 1-1). O proton 6 a carga positiva (+) fundamental da cletricidade. Os protons sio encontrados no micleo. O mimero de protons, dentro do nicleo de qualquer étomo espectfico, determina 0 ndmero atémico daquele étomo. Por exemplo, o tomo de silfcio tem 14 prétons no seu micleo e, portanto, o mimero atémico do silfcio € 14. O néutron, que é a carga neutra fun- damental da eletricidade, também ¢ encontrado no nticleo. Nicteo po Minar de etétrons em érhita protons, 2 ndutzon) 1 aon em Srbite , S \ Gamat ( — j Nicioo \ yO prétoa) \ i / oa (6) Ktomo de Widrog@ein, 1 ektron em Sxbita (b) Atome de hilo, 2 eétrons or érbita ‘Segunda camada (14 protons, 14 néutrons) Nticleo (29 pusitons, 34 néutrons) (Gi Atom de silicio, 14 elétrons em érbita id) Atomo de core, 29 eXétrons om Srbita Fig. 1-2. Estrutura at6mica de quatro elementos comuns ANATUREZA DA BLETRICIDADE = 3. Os dtomos de elementos diferentes diferem entre si pelo niimero de elétrons e de protons que contém (Fig. 1-2). No seu estado natural, um dtomo de qualquer elemento contém um mimero igual de elétrons e de protons. Como a carga negativa (—) de cada elétron tem o mesmo valor absoluto que a carga positiva (+) de cada proton, as duas cargas opostas se cancelam, Um tomo nestas condic&es é eletricamente neutro, ou esté em equilibrio (Fig. 1-2). Exemplo 1.1. Descteva 0s dois dtomos mais simples. O dtome mais simples é o dtomo de hidrogénio, que contém | préton no seu micleo em equi- librio com | elétron que gira em tomo do nicleo (Fig. 1-22). O dtomo seguinte mais simples é 0 tomo de hélio, que possui 2 prétons no seu niicleo equilibrados por 2 elétrons orbitando em tomo do micleo (Fig. 1-24). Um 4tomo estdvel (neutro) possui uma certa quantidade de enesgia, que ¢ igual 4 soma das energias dos scus elétrons. Os elétrons, por sua vez, possuem energias diferentes chamadas de niveis de energia. O nivel de energia de um elétron é proporcional a sua distancia do nicleo, Por- tanto, os niveis de energia de elétrons em camadas mais afastadas do nicleo so maiores do que os de elétrons em camadas mais préximas do nucleo. Os elétrons situados na camada mais externa sfo chamados de elétrons de valencia. Quando se aplica a certos materiais energia externa como. calor, luz ou energia elétrica, os elétrons adquirem energia. Isto pode fazer com que 0 elétron se desloque para um nivel de energia mais alto. Diz-se que um dtomo em que isto aconteceu est4 num estado excitado. Um dtomo num estado excitade é instavel. Ao ser deslocado para a camada mais externa do dtomo, o elétron sofre a minima atragao possfvel pelas cargas positivas dos protons dentro do nucleo do dtomo. Se for aplicada ao 4tomo uma energia suficiente, alguns dos elétrons de valéncia ou da camada mais externa abandonario 0 dtomo. Estes elétrons sfo chamados de elétrons livres. E o movimento dos elétrons livres que produz a corrente clétrica num condutor metélico. Cada camada de um dtomo pode conter somente um certo mimero de elétrons. Este nimero € chamado de cota da camada. Os elétrons em érbita encontram-se em camadas sucessivas deno- minadas pelas letras K, L, M, N, O, P ¢ Q, cada uma delas mais afastada do niicleo. Cada camada contém um niimero maximo de elétrons para a condigdio de estabilidade (Fig. 1-3). Depois da camada K ter sido preenchida com 2 clétrons, a camada L pode conter até 8 elétrons. O nimero mmdximo de elétrons nas camadas restantes pode ser de 8, 18 ou 32, conforme o elemento. Entre- tanto, para a camada mais externa, 0 numero muiximo é sempre 8. Exemplo 12 Mostre 2 estrutura do dtomo de cobre identificando suas camadas de energia (Fig. 1-2). No dtomo de cobre hd 29 prétons no miclea conirabalanceados pelos 29 elétrons orbitais. Os 29 elétrons preenchem a camada K com 2 clétrons e a camada L com 8 elétrons. Os 19 eXétrons restantes preenchem a camada M com 18 elétrons.e, conseqiientemente, sobra 1 elétron que fica na camada N mais extema. Se a cota da camada mais externa de um 4tomo for preenchida, dizse que o elemento formado por tais dtomos ¢ inerte ou estével Quando a camada K é preenchida com 2 elétrons, 4° BLETRICIDADE BASICA Qo P ° N M 8 t 8 3\ ow xk a\ oul ig s\ is\ is 8\ ou) os Q- ww) 32 Niicleo Fig. 1-3 Camadas de energia e 4 cota de elétrons permitida em cada camada temos o gas inerte hélio (Fig. 1-26). Quando a camada mais externa de um 4tomo tem um déficit sna sua cota de elétrons, ela pode ganhar ou perder elétrons, Se um dtomo perder um ou mais elé- trons da sua camada mais externa, o néimero de protons supera o nimero de elétrons e o dtomo Passa a conter wina carga elétrica efetiva positiva. Nestas condigdes, o dtomo é chamado de ion Positivo. Se um dtomo ganhar elétrons, a sua carga elétrica efetiva torna-se nepativa. O tomo é entdo chamado de ton negativo. O processo através do qual os étomos ou recebem ou cedem elé- trons é chamado de ionizagifo. Exemplo 1.3 Descreva o que ocorre com o dtomo de cobre quando ele perde um elétron da sua camada mais externa, O dtomo de cobre torna-se um fon positive com uma carga efetiva de +1. ACARGA ELETRICA Como certos dtomos sio capazes de ceder elétrons e outros capazes de receber elétrons, é possivel produzir uma transferéncia de elétrons de um corpo para outro, Quando isto ocorre, a distribuigdo igual das cargas positivas ¢ negativas em cada corpo deixa de existir. Portanto, um corpo conterd um excesso de elétrons e a sua carga teré uma polaridade elétrica negativa, ou menos (—). O outro corpo conteré um exoesso de protons ¢ a sua carga terd uma polaridade positiva, ou mais (+). Quando um par de corpos contém a mesma carga, isto ¢, ambas positivas (+) ou ambas negativas (—), diz-se que os corpos tém cargas iguais. Quando um par de corpos contém cargas diferentes, isto ¢, um corpo ¢ positive (+) enquanto o outro é negative (—}, diz-se que eles apresentam cargas desiguais ou opostas. A lei das cargas elétricas pode ser enunciada da seguinte forma: ANATUREZA DA ELBTRICIDADE —§ Cargas iguais se repelem, cargas opostas se atraem. Se uma carga negativa (—) for colocada préxima a uma outra carga negativa (—-), as cargas se repelirdo (Fig. 14a). Se uma carga positiva (+) se aproximar de uma carga negativa (—-), elas se atraitdo (Fig. t-4e). Lh dd \d Cargos igunis nogativas (—) Cargas iguais positivas (#) | e werepeem se repelem Cargas diferentes se atraem fa o & Pig. |-4 Porga entre cargas © COULOMB A quantidade de carga elétrica que um corpo possui é determinada pela diferenca entre 0 namero de prétons ¢ o nimero de elétrons que 0 corpo contém. O simbolo que representa a quantidade de carga clétrica de um corpo é Q, que é expresso numa unidade chamada de coulomb (C). A carga de um coulomb negativo, —Q, significa que 0 corpo contém uma carga de 6,25 X 10* mais elétrons do que prétons*. Exemplo 1.4 Qual o significado de +Q? Uma carga de um coulomb positivo significa que 0 corpo contém uma carga de 6,25 x 10" mais protons do que elétrons, Exemplo 1.5 Um material dielétrico possui uma carga negativa de 12,5 X 10” elétrons. Qual a sua carga em coulombs? Como o niimero de elétrons é o dobro da carga de 1 C (1 C = 6,25 X 108 elétrons), — =20. * Observe, a pégina 21, como utilizar as poténeias de 10. 6 — ELETRICIDADE BASICA OCAMPO ELETROSIATICO A caracteristica fundamental de uma carga elétrica é a sua capacidade de exercer uma forga. Esta forca estd presente no campo eletrostatico que envolve cada corpo carregado. Quando dois compos de polaridade oposta so colocados préximos um do outro, o campo eletrostitico se con- centra na regigo comprecndida entre eles (Fig. 1-5). O campo elétrico é representado por linhas de forga desenhadas entre os dois corpos. Se um elétron for abandonado no ponto A nesse campo, ele serd repelido pela carga negativa ¢ serd atra(do pela positiva. Assim, as duas cargas tenderdo a des- tocar o elétron na diregao das linhas de forga entre os dois corpos. As pontas das setas na Fig. 1-5 indicam 0 sentido do movimento adquirido pelo elétron se ele estivesse em posigées diferentes do campo elctrostético. Linhas de forga cletrostitica Fig. 1-5 O campe eletrosttico entre duas cargas de polaridades opostas Exemplo 1.6 Desenhe © campo cletrostatico que apareceria entre dois corpos carregados negativamente. Quando duas cargas idénticas sfo colocadas proximas uma da outra, as linhas de forga repelem-se mutuamente como mostra a figura abaixo. Um corpo carregado manter-se-4 carregado temporariamente, se ndo houver transferéncia imediata de elétrons para o/do corpo. Neste caso, diz-se que a carga esté em repouso. A eletrici- dade em repouso 6 chamada de eletricidade estdtica. A NATUREZA DA ELETRICIDADE — 7 DIFERENCA DE POTENCIAL Em virtude da forga do seu campo eletrostatico, uma carga elétrica é capaz de realizar traba- Iho a0 deslocar uma outra carga por atracdo ou repulsdo. A capacidade de uma carga realizar tra- balho é chamada de porencial. Quando uma carga for diferente da outra, haverd uma diferenga de potencial entre elas. A soma das diferengas de potencial de todas as cargas do campo eletrostitico é conhecida como forca eletromotriz (fem). A unidade fundamental de diferenga de potencial ¢ 0 volt (V). 0 sfmbolo usido para a diferenga de potencial é V, que indica a capacidade de realizar trabalho ao se forgar os elétrons a se deslocarem. A diferenga de potencial é chamada de tens, (Alguns usam inadequadamente a expresso voltagem.) Exemplo 1.7 Qual o significado da tensdo de saida de uma bateria ser igual a 6 V? Uma tensfo de saida de 6 V quer dizer que a diferenga de potencial entre os dois terminais da bateria ¢ de 6 V. Assim sendo, a tensio é basicamente a diferenga de potencial entre dois pontos. A CORRENTE © movimento ou o fluxo de elétrons ¢ chamado de corrente. Para se produzir a corrente, os elétrons devem se deslocar pelo efeito de uma diferenga de potencial. A corrente € representada pela letra J. A unidade fundamental com que se mede a cortente € o ampere (A). Um ampére de corrente & definide como o deslocamento de um coulomb através de um ponto qualquer de um condutor durante um intervalo de tempo de um segundo. Excmplo 1.8 Se uma corrente de 2 A passar através de um medidor durante 1 minuto (1 min), quantos coulombs passam pelo medidor? 1A €1C por segundo (C/s). 2 A & 2 C/s. Como em 1 min existem 60s, 60 X 2C= 120€ passam através do medidor em 1 min. A definigdo da corrente pode ser expressa por meio de uma equagio: =-2 - 1=5 an onde I = corrente, A Q = carga, C T = tempo,s Q=IxT=IT (4-2) & — ELETRICIDADE BASICA A carga difere da corrente, pois Q representa um acimulo de carga, enquanto J mede a intensidade das cargas em movimento. Exemplo 1.9 Obtenha a resposta para o Exemplo 18 através da Eq, (1-2). Escreva os valores conhecidos: Escreva a inodgnita: Q= Utilize a Eq. (1-2) para obter o valor desconhecido: Q=ixT Substitua = 2A ¢ T= 60: Q = (2A) x (0s) Resolva para Q: Q=120C Resp. FLUXO DE CORRENTE Num cendutor como, por exemplo, num fio de cobre, os elétrons livres sdo cargas que podem ser deslocadas com relativa facilidade ao ser aplicada uma diferenca de potencial. Se ligarmos as duas extremidades de um fio de cobre (Fig. 1-6) uma diferenca de potencial, a tenstfo aplicada (1,5 V) faz com que os elétrons livres se desloquem, Essa corrente consiste num movi- mento dos elétrons a partir do ponto de carga negativa, -Q, numa das extremidades do fio, seguindo através do fio, ¢ voltando para a carga positiva, +Q, na outra extremidade. O sentido. do movimento dos elétrons ¢ do lado negativo da bateria, passando através do fio, de volta a0 lado positiyo da bateria. O sentido do fluxo de elétronsé de um ponto de potencial negative para um ponto de potencial positivo. A seta continua (Fig. 1-6) indica o sentido da corrente em fungo do fluxo de elétrons. © sentido do movimento das cargas positivas, oposto ao fluxo de elétrons, & considerado como 0 fluxo convencional da corrente ¢ € indicado pela seta tracejada (Fig. 1.6). Em eletricidade basica, os circuitos sio geralmente analisados em termos da corrente conven- sional. Portanto, o sentido da corrente convencional é 0 sentido das cargas positivas em movi- mento. Qualquer circuito pode ser analisado tanto através do fluxo de elétrons como do fluxo convencional em sentido oposto. Neste livro, a corrente seri sempre considerada de acordo com 9 fluxo convencional. A.NATUREZA DA ELETRICIDADE 9 Fluxo convencional <--—— Fhuixo de clétrons “> Fio condutor Elétrons livres em de cobre movimento Bateria Diferengs de potenciat = 1,5 ¥ Fig. L6 A diferonga de potencial aplicada as duas extremidades de um fio condutor produz a corrente elétrica FONTES DE ELETRICIDADE Bateria Quimica Uma pilha quimica voltaica consiste numa combina¢do de materiais que so utilizados para converter energia quimica cm energia elétrica. Uma bateria é constituida pela ligago de duas ou mais pilhas, Uma reago quimica produz cargas opostas em dois metais diferentes, que servem como temminais negativo e positivo (Fig. 1-7). Os metais esto em contato com um eletrélito. Eterrélito Fig. 1-7 Pilha quimica voltaica Gesador O gerador é uma maquina na qual se usa a induténcia eletromagnética para produzir uma tensio por meio da rotagao de bobinas de fio através de um campo magnétive estacionario ou pela rotagdo de um campo magnético através de bobinas de fio estaciondrias. Atualmente, mais de 95 por cento da energia consumida no mundo é produzida por geradores. 10 ELBTRICIDADE BASICA Energia Térmica A ptoducio da maior parte da energia elétrica origina-se pela formagao de energia térmica, © carvio, o dleo ou o gis natural pode ser queimado para liberar grandes quantidades de calor. Uma vez estando disponivel a energia térmica, o proximo passo 6 converté-lu em energia mecdnica A agua é aquecida para produzir vapor que, por sua vez, é utilizado para girar as turbinas que impelem os geradores elétricos. Uma conversao direta da energia térmica em energia elétrica aumemtaria u eficiéncia ¢ reduziria a poluicao térmica dos mananciais de égua e da utmosfera. Converséo Magnetohidrodinamica (MHD) Em um conversor MHD, os gases so ionizados por meio de tempcraturas ultissimas em tomo de 1650 graus Celsius (1650°C). Os pases quentes passam através de um campo magnético forte resultando uma corrente. Os gases extraidos voltam novamente para a fonte de calor para completar um ciclo (Fig. 1-8). Os conversores MHD néo possuem partes mecanicas méveis. Emissio Termoidnica © conversor de energia termaiénica & um dispositivo constituide por dois eletrodos oum vacuo, O eletrodo emissor é aquecido e produz elétrons livres. O eletrodo coletor é mantido a uma temperatura muito mais baixa ¢ recebe os eléirons emitidos pelo emissor. Pithas Solares As pilhas ou células solares convertem energia fominosa diretamente em energia elétrica. Sao constituidas de material semicondutor como o silicio e sio utilizadas em grandes artanjos em naves espaciais para recarregar as baterias. As pidhas solares sao utilizadas também no aquecimento doméstico. Gis ionizada aquecido Estabelece-se um Betrodos campo magnétieo — Bobina de campo Fig. 1-8 Principios do coaversor MHD ANATUREZA DA ELBTRICIDADE 11 Efeito Piezoelétrico Certos cristais, como 0 quartzo ¢ os sais de Rochelle, geram uma tensio quando vibram mecanicamente. Este fenémeno ¢ conhecido como efeito piezoelétrico. Um exemplo € a cap- sula de cristal dos toca-discos, que contém um cristal de sal de Rochelle ao qual ¢ fixada a aguiha. A medida que agulha passa pelos sulcos do disco, cla balanga de um lado para outro. Este movimento mecénico ¢ aplicado ao cristal ¢ assim gera-se uma tenso, Efeito Fotoelétrico Alguns materiais, como 0 zineo, potdssio e 0 dxido de césio, emitem elétrons quando as suas superficies sfo atingidas pela Iuz. Este fendmeno & conhecido como efeito fotaelétrico. Exemplos comuns de fotoeletricidade so os tubos de cdmera de televisio e as células fotoelétricas. Termopares Se dois fios de materiais diferentes como o ferro ¢ 0 cobre forem soldados um ao outro, ¢ se a jungao for aquecida, a diferenga na atividade eletrOnica nos dois metais produz uma fem através da jungao. As jungées de termopares poder ser usadas para medi a quantidade de cofrente, pois a corrente serve para aquecer a jungio. CORRENTES E TENSOES CONTINUA E ALTERNADA ‘A cotrente contfnua (de ou cc) é a corrente que passa através de um condutor ou de um circuito somente num sentido (Fig. 1-92). A raziio dessa corrente unidirecional se deve ao fato das fontes de tensio, como as pilhas e as baterias, manterem a mesma polaridade da tensio de saida (Fig. 1-9). A tensiio fomecida por essas fontes ¢ chamada de tensdo de corrente continua ou simplesmente de fensdo dc ou tensdo ce. Uma fonte de tensdo continua pode variar o valor da sua tensdo de safda, mas se a polaridade for mantida, a corrente fluird somente num sentido. Corrente oo Tensio co - eer + Intensidade v ft Intensidade da corrente | da tensio 9 L__—_\_ 0 Tempo —> Tempo —> @ © Fig. 1-9 Formas de onda de uma corrente co ¢ de uma tensfo cc constante 412 ELETRICIDADE BASICA Exemplo 1.10 Suponhamos que a polaridade da bateria da Fig, 1-96 fosse invertida. Desenhe as novas curvas da corrente e da iensfo, Com a polaridade invertida, a corrente fluird agora no sentido oposto. As curvas ficariam da seguinte forma: Tempo Tempo Corrente ce Tensfo cc Uma fonte de tensio alternada (tensdo ca) inverte ou altema periodicamente a sua polaridade (Fig. 1-104). Conseqiientemente, o sentido da corrente alternada resultante também € invertido periodicamente (Fig. 1-106). Em termos do fluxo convencional, a cortente flui do terminal positivo da fonte de tensio, percorre o circuito e volta Para © terminal negativo, mas quando o gerador alterna a sua polaridade, a corrente tem de inverter o seu sentido. Um exemplo comum € a linha de tenstio ca usada na maioria das residéncias. Nesses sistemas, os sentidos da tensio e da corrente sofrem muitas inversOes por segundo. Tensio ca Corsente ca 1 0 0 Tempo Tempo @ CO) +s Fig. 1-10 Formas de onda de tens e de corrente ca At 12 13 ANATUREZA DAELETRICIDADE 13 PROBLEMAS RESOLVIDOS Associe cada termo da coluna 1 ao seu significado mais adequado na coluna 2. Coluna 1 Coluna 2 1, Flétron (a) Carga positiva 2, Néutron -{b) Mesmo nimero de elétrons ¢ protons 3. Composto (o) Elétrons na primeira camada 4, Neutro -(d) Elétrons liberados 5, Elétrons de valéncia fe) Carga neutra 6. Niimero atOmico -() Elétrons na camada mais extemna 7. Elétrons livres ~{g)_ Cota preenchida na camada mais extema 8, Camada K (i) Numero de elétrons no nécleo 9. Ton ~G) Carga negativa 0. Tnerte ~() Cota de 2 elétrons +) Elétrons combinados Am) Nimero de protons no niicleo ~(n) Atomo carregado Resp 1.) 2.42) 2D 446) 5. 6.) 7.) DX &) 10) Mostre a estrutura at6mica do elemento aluminio com nimero atémico 13. Qual é a sua valéncia eletrénica? Pelo fato do aluminic ter 13 protons no nticleo, ele deve ter 13 elétrons orbitais para ser eletricamente neutro. Comegando pelas camadas mais internas (Fig. 1-3), temos: camada K 2elétrons camada L 8 elétrons camada M 3 elétrons Total 13 elétrons ‘A estrutura at6mica do alumfnio apresenta uma distribuig#o de elétrons como mostra a Fig. I-11. A sua valéncia eletronica ¢ —3, porque ele possui 3 elétrons de valéncia. Qual a carga efetiva de um corpo que contenha 8 protons ¢ 4 elétrons? © valor numérico da carga efetiva é obtido subtraindo-se 0 mémero de um tipo de carga do némero do outro tipo de carga. Logo, uma carga positiva de 8 (+8) e uma carga negativa de 4 (—4) resulta numa carga positiva de 4 (+4). 34 ELETRICIDADE BASICA 3 On 2 XN \ ——- 3 elétrons numa camada ! incompleta de 18 elétrons / So QO camada eletrénica completa / 7 camada cletronica completa Fig. 1-11 14 Um isolante carregado tem um déficit de 50 X 10” elétrons. Determine a sua carga em coulombs com sua respectiva polaridade. Como 1 C = 6,25 X 10" elétrons, 8 C = 50 X 10" elétrons. A deficiéncia de elé- trons implica um excesso de protons. Portanto o isolante tem uma carga positiva de 8 C, ou +Q=8C. 15 Determine a corrente necessdria para carregar um dielétrico para que ele acumule uma carga de 20 C apés 4s. Valores conhecidos: Q = 20C: T = 45 Incbgnita: 1-? Utilize a Bq. (1-1) para dete rminar 1: mC _ ae SA Resp. 1-9. 16 Uma corrente de 8 A carrega um isolante durante 3s. Qual a carga acumulada? Valores conhecides: [f= BA; T=38 Incégnita: Q=2 Utilize a Eq. (1-2) para determinar Q: Q=IT=(BAV38)=24C Resp. 17 18 ANATUREZA DA ELRBTRICIDADE 15 Escreva a palavra ou palavras que completam mais corretamente cada uma das seguintes afirmagbes: (a) A capacidade de uma carga realizar trabalho é o seu Jvc (b) Quando uma carga é diferente da outra, hd uma . de () Aumidade de diferenga de potencial € 0 (@__Asoma das diferengas de potencial de todas as cargas & chamada de {e) O-movimento de cargas produz uma _______. ({) Uma grande quantidade de cargas em movimento representa um valor de corrente. (g) Quando a diferenga de potencial for zero, o valor da corrente seré (2) Oaparecimento de fluxo de cargas é chamado de (@ — Osentido do fluxo convencional da corrente é do ponto de potencial para o ponto de potencia} —______ @® Oftuxo de elétrons tem sentido oposto ao do fluxo (@ ~~ Acorrente continua (cc) tem somente ==. sentido. (m) Uma _________ € um exemplo de uma fonte de tensio cc. (x) Uma corrente altermada (ca) a sua polaridade. Resp.: (a) potencial @) zr0 (b) diferenga,potencial (fh) comrente (c) volt @ positive, negativo @) _ forga eletromotriz @)_ convencional (e) corrente @ um () maior (m) bateria (a) inverte Associe cada dispositive da coluna 1 com 0 seu principio mais aproximado da coluna 2, Coluna 1 Coluna 2 1. Bateria (2) Indugo cletromagnética 2. Gerador (®) Emissio termoi6nica 3. Tubo de camera de TV (©) Gases ionizados 4, Valvula (@) Reagio quimica 5. Agulha de toca-discos (ec) Bnergia térmica (P _ Fotoeletricidade @) Movimento mecinico Resp. 1. (d) 2. (a) 3. (f) 4 (Bd 5.) 16 19 1.10 112 1,13 114 115 ELETRICIDADE BASICA PROBLEMAS PROPOSTOS Complete o mais corretamente possivel com uma ou mais palavras as seguintes afirmayGes: (a) Oselétrons deslocam-se em tomo do nuicleo em pereursos chamados de or 4b) OndGcleo de um dtomo ¢ formado por particulas chamadas de eo (c) Ondmero de prdtons no nticleo de um tomo é conhecido como 0 —___-_ do atom. (@) Quando todos os dtomos de uma substincia forem iguais, a substéncia ¢ chamada de__ quince. (e) Uma —_________.___ ¢ a menor particula de um composto, que mantém todas as propricdades daquele composto. () O—_____—- de energia de um elétron € determinade pela sua distancia do nucleo de um dtomo. {g) Se um dtomo neutro receber clétrons, ele tornar-se-é um ion (h) Se um dtomo neutro ceder elétrons, ele tomar-se-d um fon —_______________ . () — Cargas opostasse___._____.______ muttuamente, enquanto cargas iguais se () Um corpo carregado ¢ envolvido por um campo Mostre a estrutura atémica do elemento neon, que tem mimero atdmico igual a 10 Qual a sua valencia? O que resulta do dtomo de silicio quando dele se retiram todos os elétrons que orbitam na sua camada mais externa? Um isolante carregado possui um excesso de 25 X 10" elétrons. Determine a sua carga em coulombs com a respectiva polaridade. ‘Um material com um excesso de 25 X 10 elétrons perde 6,25 X 10" eléirons, Faz-se com que os elétrons excedentes fluam passando por um dado ponto em 2 s. Calcule a comrente produzida pela passagem dos elétrons resultantes, Uma carga de 10 C passe por um dado ponte a cada 2 s. Qual a corrente? Qual a carga acumulada quando uma conente de 5 A carrega um isolante durante 5 s? 1.16 19 1.10 all 112 A NATUREZA DA ELETRICIDADE 17 Preencha a tabela com os valores que estdo faltando. (a) @) © @ fe) (a) (b) tc) d@ o LA] Qc] Ts ? 10 2 5 ? 4 ? 9 2 7 2 3 2 6 2 RESPOSTAS DOS PROBLEMAS PROPOSTOS camadas, 6rbitas protons, néutrons numero atémico elemento molécula () nfvel @) _negativo th) positivo @ —atraem, repelem @ eletrostético A valéncia ¢ zero, Portanto, o neon é inerte. _-O- --O- 2 oO. 2 SO- Oo s i \ l | ‘ / \ Z 9 SQ QO” Fig. 1-12 Regulta um fon negativo com uma carga efetiva de —4. Observe a Fig. 1-2c. -9=4€ 18 ELETRICIDADE BASICA 1.43 Paisa 11400 «TS5A 115 Q=35C 1.16 (a) () {c) (d) © CAPITULO 2 PADROES ELETRICOS E CONVENCOES UNIDADES INTRODUCAO Em eletricidade usase 0 sistema métrico internacional de unidades conhecido comumente por SIL. A abreviagio SI, assim usada também em inglés, decorre das palavras systéme inter- nationale. AS sete unidades bisicas do SI sio: comprimento, massa, tempo, corrente elttrica, temperatura termodinémica, intensidade luminosa ¢ quantidade de mdteria (Tabela 2-1), Antiga- mente usava-se o sistema métrico MKS, onde M representava o metro (comprimento), K repre- sentava 0 quilograma (massa) ¢ S representava o segundo (tempo). As duas unidades suplemeniares do SI so 0 angulo plano e 0 angulo solido (Tabela 2-2). Tabela 2-1 Unidades Fundamentais do Sistema Métrica Internacional ‘Grandeza Unidade fundamental ‘Simboto ‘Comprimento: metro: m Massa quilogcama kg Tempo sogundo s Corrente elétrica ampére A ‘Temperatura termodinémica kelvin K Intensidade Iuminosa candela od ‘Quantidads de matéria mole mol 19 20 ELETRICIDADE BASICA Tabela 2-2 Unidades Suplementares do SI Grandeza Unidade Simbolo Angulo plano radian rad Angulo sélido estereorradiano sr Outras unidades usuais podem ser deduzidas a partir das unidades fundamentais ¢ das unidades suplementares. Por exemplo, a unidade de carga é 0 coulomb, que é deduzida a partir des unidades fundamentais segundo e ampéze. A maioria das unidades utilizadas em eletricidade € do tipo unidade derivada (Tabola 2-3). Tabela 2-3. Unidades Derivadas do SI Grandeza, Unidade Simbolo Enema joule J Forga newton N Poténcia watt Ww Catga elétrica coutomb c Potencial elétrico volt v Resisténcia elétrica ohm, Q Condutincia elétrica siemens s Capacitancia elétrica farad F Indutancia elétrica ‘Nonry H Freqiéncia hertz iz Fluxo magnético weber wo Densidade de fluxe magnético tesla, T PREFIXOS METRICOS No estudo da cletricidade bdsica, algumas unidades elétricas sfo pequenas demais ou grandes demais para serem expressas convenientemente. Por exemplo, no caso da resisténeia, frequentemente utilizamos valores em milhOes ou milhares de ohms (42). O prefixo kilo (desig- nado pela letra k) mostrou-se uma forma conveniente do se representar mil. Assim, em vez de se dizer que um resistor tem um valor de 10.000 ©, normalmente nos referimos 4 ele como um stor de 10 kilohms (10 k&). No caso da corrente, freqientemente utilizamos valores de imos ou miliongsimos de ampere. Utilizamos entdo express6es como miliampéres e micro- zér25. O prefixo mili é uma forma abreviada de se escrever milésimos ¢ micro ¢ uma abre- PADROES ELETRICOS E CONVENGOES 214 viag4o para milionésimos, Assim, 0,012 A toma-se 12 miliampires (mA) ¢ 0,000 005 A tomase $ microampéres (yA). A Tabela 24 relaciona os prefixos métricos usados mais freqtientemente om cletricidade com a sua equivaléneia numérica. ‘Tabela 2-4 Profixos Métricos Utilizados em Eletricidade Prefixo Simbolo Valor mega M 1000 600 kilo k 1000 mil m 0,001 micro Bw 0,000 001 nano a 0,000 000 001 Pico Pp 0,000 000 000 001 Excmplo 2.1 Um sesistor tem um valor de 10 M estampado no seu invélucro. Quantos ohms de resisténcia tem esse resistor? A letra M representa mega ou milhdes. Logo, o resistor tem um valor de 10 megohms (MQ) ou de 10 mithoes de ohms. Exemplo 2.2. Uma estago geradora de energia tem a capacidade de fornecer 500.000 watts QW). Quai a sua capacidade em quilowatts (kW)? Observe a Tabela 2-4. 0 kilo se refere a 1,000. Portanto, 500.000 W = 500 kW. POTENCIAS DE 10 Ja vimos que freqdentemente € necessirio ou conveniente converter uma unidade de medida em outra unidade que pode set maior ou menor. Na secdo anterior isto foi feito subs- tituindo-se determinados valores por um prefixo métrico. Uma outra forma seria a de converter ‘© ntimero numa poténcia de 10, Muitas vezes nos referimos 4s poténcias de 10 como a “natagso de engenheiro.” A Tabela 2-5 mostra exemplos de niimeros expressos em poténcias de 10. Regtal Para se escrever ndmetos maiores do que 1 na forma de um mimero pequeno weres uma poténcia de 10, desloca-se a casa decimal para 2 esquerda tantos algarismos quantos os desejados. A seguir, multiplica-se o niimero obtido por 10 elevado a wma poténcia igual ao muimero de casas deslocadas. 22 ELETRICIDADE BASICA Exemplo 2.3 2000 = 3,000, (A virgula é deslocada trés casas para a esquerda) =3x 10° (Portanto, a poténcia ou 0 expoente é 3) 6500 = 65,005, (A vitgula € deslocada duas casas para a esquerda) =65x 10° — (Portanto, o expoente é 2) 880.000 = 88,0000, (A. virgula € deslocada quatro casas para a esquerda) = 88x 10° — (Isto €, o expoente é 4) 42.56 = 42556 {A virgula € deslocada uma casa para a esquerda) = 4,256 x 10 (Portanto, o expoente é 1) ‘Tabela 2-5 Poténcias de 10 Numero Poténcia de 10 Leitura usual 10 ¢ 10 a menos seis 10% 10 a menos cinco 10 * 10 a menos quatro io? 10 a menos trés 107 10 a menos dois, lot 10 a menos um 10° 10 a zero 10 1aum 10* 10 a0 quadrado 10° 10 a0 cubo 10° 10-4 quarta 10° 10 aquinta 10° 10 a sexta Regra2 Para se escrever ndimeros menores do que 1 como um niimero inteiro vezes uma poténeia de 10, deslocase a casa decimal para 2 direita tantos algarismos quantos forem necessdrios. A seguir, multiplica-se 0 niimero obtido por 10 clevado a uma poténela negativa igual ao mimero de casas decimais destocadas. Exemplo 2.4 0,006 = 0,006, (A virgula ¢ deslocada trés casas para a direita) = 6x10? — (Portanto, a poténcia ou o expoente ¢ —3) PADROES ELETRICOS E CONVENGOES = 23 0,435 = Og4,35 {A virgula 6 destocada uma casa para a direita) = 435 x 10°' — (Portanto, o expoente é ~1) 0,000 92 = 000092, (A vitgula ¢ deslocada cinco casas para a direita) = 92x 10° {Isto é, 0 expoente € —5) 0,578 = 0457,8 (A viegula € deslocada duas casas para a direita) = 57,8 x 107 ‘ortanto, o expoente ¢ —2; é 1 0.exps Regra3 Para converter um mimero expresso come uma poténcia positiva de 10 num nimero decimal, desloca-se a casa decimal para a direita tantas casas ou posigées quanto o valor do expoente. Exemplo 25 0,615 x 10° = 0615, (O expoente é 3. Portanto, desoca-se a virgula trés casas para a direita) = 615 0,615 x 10° = 0615000, (Desloca-se a virgula seis casas para a direita) = 615000 0,0049 x 10° = 0,004,9 (Desloca-se a virgula tres casas para a direita) = 49 84 x 10% = 8400, (Desloca-se a virgula duas casas para a direita) = 8400 Regra4 Para converter um mimero expresso como uma poténcia negativa de 10 num nimero decimal, desloca-se a vitgula para a esquerda tantas casas quanto o valor do expoente. Exemplo 2.6 70 x 10° = 0,070, — (O expoente é —3. Portanto, desloca-se a virgula trés casas = 0,07 paraa esquerda) 82,4 x 10°? = 0,824 (Desloca-se a virgula duas casas para a esquerda) = 0.824 60.000 x 10°" = 00600005 (Desloca-se a virgula sels casas para a esqueria) = 0,06. 0,5 x 107° = 0,000)5 (Desloca-se a virgula trés casus para a esquerda) = 0,0005 24 ELETRICIDADE BASICA Regma 5 Para se multiplicar dois ou mais nimeros exprestos como poténcias de 10, multi. plica-se 08 coeficientes para se obter 0 novo coeficiente e soma-se os expoentes para se obter o novo expoente de 10. Exemplo 2.7 107 x 10° = 107** = 10° Resp. 10 ' x Io = 107" = 19 Resp. (40 » 10°28 « 10) = 40 x 25 « 10° x 107 (40. x 25 = 1.000 3+ 2 = 5) logo, temos: = 1000 x 10° (mas 1.000 10°) 10" x 10° = 10° Resp. (2 x 10°80 x 10) = 2 50 x 1? x 10? 90 x 10° (mas 100 = 107) =1x1 (= 1) =10 Resp. Gx 106 x 104 = 3 x 6x 107 x 10° = 18 x 107 Rep. Regra 6 Para se dividir por poténcias de 10, utiliza se a formula a -* io 7 1x 10 Podemos assim mover qualquer poténcia de 10 do numerador para o denominador ou vice-versa, simplesmente mudandose o sinal do expoente. Exemplo 28 ign = 15x 30' = 150 Jot = 1S * 10" = 15.000 ee = 1500 x 10 = 0,15 2 outs 1,0 x 10? = 100 Os prefixos da Tabela 2-4 séo expressos em poténcias de 10 na Tabela 2-6. PADROES ELETRICOS E CONVENGOES 25 Tabela 2-6 Prefixos Métricos expressos ein Potdncias de 10 Prefixo Métrico | Poténeia de 10 mega (M) lo kilo (k) 10° mili (m) 10° micro (yw) 0" nano (n) Ww? pico (p) 10°? Exempio 2.9 As tespostas aos problemas podem ser expressas em unidades diferentes, mas equivalentes. Por exemplo, 3.000.000 © é diferente mas equivalente a 3 MQ. (a) Escreva 2,1 V em milivolts (mV). 1V = 10' mv 21V = 2.1% 10° = 2100mVv Resp. (b) Escreva 0,006 A em mitiampéres (mA). 1A= 10'mA 0,006 A = 0,006 x 10°= 6mA Resp. fc) Passe 356 mV para volts (V) ImV = 10° V 356mV = 356 x 10° = 0,356V Resp, (d) Passe 500.000 & para megohms (M2). 12 = 10%MD 500.000. x 10°* = 0.5 MQ Resp. {e) Passe 20.000.000 picofarads (pF) para farads (F). IpF = 10°? F 20.000.000 pF x 10"? = 0,00002 F Resp. NOTACAO CIENTIFICA Em notagdo cientifica, o cocficiente da poténcia de 10 ¢ sempre expresso com uma casa decimal seguido da poténcia de 10 adequada. Alguns exemplos esclarecersio esse procedimento. 26 ELETRICIDADE BASICA Exemplo 2.10 Exprima os seguintes niimeros em notacao cientifica. 300000 = 3,000005 x 10° (Desloque a virgula cinco casas para =3x10 a esquerda — a poténcia é 5 pela Regra 1) 871 = BJIg x 10° (Desloque a virgula duas casas para a esquerda TL x 10? — a poténcia é 2 pela Regra 1) VAIS = 7,425q x 10° (Desloque a virgula trés casas para a esquerda = 7,45 x 0? — a poténcia é 3 pela Regra 1) 0,001 = 0,001, x 10° (Desloque a virgula tés casas para a direita =1x 107 —a poténcia é —3 pela Regra 2) 0,015 = 0,01,5 x 10°? (Desloque a virgula duas casas para a direita = 15x 107 — a poténcia ¢ —2 pela Regra 2) ARREDONDAMENTO DE NUMEROS Um mtimero € arredondado suprimindo-se um ou mais algarismos da sua direita. Se 0 algarismo a ser suprimido for menor do que 5, deixamos o algarismo como esta. Por exempio, 4,1632, ao ser arredondado pata quatro algarismos, ficard 4,163; ao ser arredondado para trés algarimos, ficard 4,16. Se o algarismo a ser suptimido for maior do que 5, aumentamos o alga- rismo da sua esquerda de uma unidade. Por exemplo, 7,3468, se for arredondado para quatro algarismos, ficard 7,347; se arredondado para trés algarismos, ficard 7,35. Se o algarismo a ser suprimido for exatamente 5 (isto é, 5 seguido de nada mais do que zeros), aumentamos os alga- rismos a sua esquerda de uma unidade se este for um mimero fmpar ¢ deixamos o algarismo da esquerda como estd se este for um niimero par. Por exemplo, 2,175, quando arredondado para teds algarismos, fica 2,18. O nimero 2,185 também seria artedondado para o mesmo valor, 2,18, se fosse arredondado para trés algarismos. Qualquer algarismo necessirio para definir um determinado valor ¢ chamado de signifi- cativo. Por exemplo, uma tensfo de 115 V tem trés algarismos significativos: 1, 1 e 5. No arrcdoa- damento de ntimeros, 0 zero nao é contado como significativo se cle aparecer imediatamente apés a casa decimal ¢ se for seguido por outros algarismos significativos. Esses zeros devem set mantidos ¢.a contagem dos algarismos significativos deve comegar pelo primeiro algarismo significativo além deles. Por exemplo, 0,00012 tem dois algarismos significativos, 1 ¢ 2, e os zetos precedentes nfo so contados. Entretanto, 18,0 tem trés algarismas significativos; neste caso o zeto é signifi- cativo porque cle nfo ¢ seguido por outros algarismos significativos. Em eletricidade, os valores tfpicos so geralmente expressos com trés algarismos significativos. Exemplo 2.11 Arredonde os seguintes mimeros até trés algarismos significativos. PADROES ELETRICOS E CONVENCOES 27 Observamos 0 quarto algarismo significative da direita ¢ verificamos se esse algarismo é menor do que 5, maior do que 5, ou igual a 5. 5,6428 = 5,64 0,016 95 = 0,0170 49,67 = 49,7 2078 = 2080 305,42 = 305 1,003 x 10° = 1,00 x 10 * 782,51 = 783 12,46 x 10° = 12,5 « 10° 0,003 842 = 0,003 84 1,865 x 107 = 1,86 * 10° A notago cientifica é uma forma convenicnte que ¢ utilizada na solugdo de problemas em eletricidade. Freqientemente exprimimos uma resposta numérica utilizando um prefixo em vez de empregar a notagdo cient fica, Exemplo 2.12 Escreva cada um dos valores que se seguem primeiro em notagdo cientifica ¢ a seguir com 0 prefixo adequado. (a) 0,000.53 A para miliampéres (mA) 0,000 53. A = 5,3 x 107A 053% 104A = 0,53 mA (b) 2.500 V para quitovolts (kV) 2500 V = 2,5 = 10'V = 25kV (€) 0,000 000 1 F para microfarads () 0,000 0001 F = 1 x 107° F 10x 10°F = 10pF 4 28 ELETRICIDADE BASICA PROBLEMAS RESOLVIDOS Escreva cada um dos seguintes valores nas unidades indicadas. 21 2 Aem milliamperes 1A = 000mA = 10°mA Multiplique por 2 para obter 2.000 mA Resp. OU Multiplique 2 por 10? para obter 2 X 10? mA, que ¢ igual a 2.000 mA. 22 1.327 mA em ampéres ImA = 0,001 A = 10°A Muitiplique 1.327 por 0,001 para obter 1,327 A Resp. ov Multiplique £.327 por 10-° para obter 1.327 X 107A que é 0 mesmo que 1,327A 23 82k em ohms 1kO = 10000 = 10° Multiplique 8,2 por 1.000 para obter 8.200 9 Resp. ou Multiplique 8,2 por 10°92 para obter 8,2 X 10°S2 que é 0 mesmo que 8.200 2. 24 680 kK em megohms Faca em duas etapas. 12 Etapa: Converta para ohms. Multiplique 680 por 1.000 para obter 680.000 ©. 28 Etapa: Converta para megohms. - Muttiplique 680.000 Q por 0,000 001 para obter 0,68 MQ. Resp. 25 £0.000 yz: F em farads ipF = 0,000001 F = 10°F Multiplique 10.000 por 0,000 0001 para obter 0,01 F. Resp. ou Multiplique 10.000 por 10-® para obter 10.000 X 10°®, que ¢ o mesmo que 0,01 F. PADROES ELETRICOS E CONVENCOES 29 26 0,000 000 64 s em nanossegundos (ns) 1s = 1.000.000.000 ns = 10° ns Multiplique 0,000 000 04 por 1.000.000.000 para obter 40ns. Resp. ‘ou Multiplique 0,000 000 04 por 10° para obter 0,000 000 04 X 10° ns, que € igual a 4X 10) ou 40 ns. Exprima os soguintes niimeros na forma de nimeros decimais. 27-0 075K 10 Desloque a virgula trés casas pura a direita — Regra 3; 0,75 x 10° = 09750, = 750 Resp. 28 (1x 104 x 10) Q,1 x 107'X4 x 102) = 21% 4x 107 x 10? = 84x10! (Regra 5) 84 (Regra 3) Resp. 2.9 — Esoreva 4.160 em notagfio cientifica. Destoque a virgula tzés casas para a esquerda — Regra 1: 4160 = 41605 x 10° = 4,160 x 10° Resp. Fscreva os ntimeros dos seguintes problemas em notag#o cientifica ¢ a seguir proceda aos célculos aritméticos indicados. 2.10 0,072 x L000 Escreva 0,072=7,2X 10°? (Desloque a vitgulas duas casas para a direita — Regra 2) A seguir, 0,072 1000 = (7,2 « 10°°)(1 « 10°) = (7,2. x DUO? * 10°) =7,2X 10 (Regra $) =72 (Regra3) — Resp. 30 211 2.12 243 ELETRICIDADE BASICA 7500 = 100 Escreva 7.500 = 7,5 X 10° (Desloque a vitgula trés casas para a esquerda — Regra t) 100 = 1 10° (Desloque a virgula duas casas para a esquerda — Regra 1) Temos, enzo 7500 _ 7,5 x 10° 100 ~ Tx 10 = 7,500" x10) (1/107 = 10°) = 7,5 10' — {Regra 5) = 75 (Regra3) Resp. 1000 x 0,008 0,002 x 5 Escreva 1000 = 1 x 10" ~— (Desloque a virgula trés casas para a esquerda — Regra 1) 0,008 = 8 x 107 (Desloque a virgula trés casas para a dircita — Regra 2) 0,002 = 2x 107? (Desloque a virgula trés casas para a direita — Regra 1) 500 = 5x 10° (Desloque a virgula duas casas para a esquerda — Regra 1) 1000 x 0,008 _ (1 x 10°18 x 107) 0,008 = 500 ~ (2107S x 109 _ 1x8 x18 x 107 “2X Sx 7x 10 Temos, entdo 8x) ie =8 Resp. (Regra 5) 1 4 x 100.000 x 0,000 05 Escreva 4 = 4 100.000 = 1x 10° (Desloque a wfrgula cinco casas para a esquerda — Regra 1) 6,00005 = 5 x 10° — (Desloque a virgula cinco casas para a direita — Regra 2) PADROES BLETRICOS E CONVENGOES 31 Temos, entdo, ‘ L Tx 100.000 * 0,00008 © 47 X 10S x 10-5, 1 x 50" x 10%) 1 “sax qe (Reara 5) i ~axeixy Reet) = ae (Regra 6. 1/10 = 107') = 0,5 x 107! = 0,05 (Regra4) Resp. 2414 — E preciso obter uma feitura de 220 V num certo tipo de voltimetro, mas um instru- mento de precisio indica esta tensio como sendo de 220,4 V, ¢ uma série de medidas precisas indica uma tensdo de 220,47 V. Quatitos algarismos significativos contém cada medida? 220 V. trés algarismos significativos 220,4 V. quatro algarismos significativos 220,47 V, cinco algarismos significativos Se a preciso da medida exige cinco algarismos significativos, entio ¢ preciso que o instrumento fornega uma leitura de até pelo menos cinco algarismo significativos, Nos dois problemas que se seguem, faga as operagGes indicadas. Amedonde os algarismos do resultado, quando for necessirio, e dé as respostas com trés algartsmos significativos e a poténcia adequada de 10. 2800 _X 75,61 0,000 900 5 x 0,0834 Escreva 2800 = 2,8 x 10° 75,61 = 7,561 * 10" 0,000 900 5 = 9,005 x 10~* 0,0834 = 8,34 x 107 215 2200 75,61 (2.8 x 177,561 * 10°) Temos, ent& BOO X61 . mos, entzo 0,000 900 5% 0,0834 ~ (9,005 x 10°(8,34 x 107), _ 28x 7,561 10° x 10" 2417 ~ 9,005 = 83410 “= 107 Hen 0,2819 x 10° = 2,819 x 10°" x 10" 2,82 x 10” Resp. 32 ELETRICIDADE BASICA 2.16 1 6,28 X 400 x 10° x 25 x 10% Temos, entdo 1 - 1 6.284 x 1D KIONS & KUO) (WSK AX ASNT x 10° 10x 1) i 3 2 a = aaa xo? 7 0159 10" = 1,59 x 10" x f0 = 1,59 « 10" = 15,9 Resp. PROBLEMAS PROPOSTOS Escreva cada um dos soguintes valores nas unidades indicadas (utilize poténcias de 10 quando for 0 caso). 217 5.600.000. em megohms 2.18 2,2M0 em ohms 219 0,013kV em volts 2.20 20.000 »A em amperes 2.21 0,25 mA em microampéres 2.22 10.000 V em quilovolts 2.23 4,000.000 W em megawatts (MW) 2.24 200 ns em segundos Esereva cada um dos seguintes nuimeros na forma de ntimeros decimais. 2.25 0,006 x 10? 2.26 400/10" 227° (0,5 x 0,03)/10 * 2.28 (3,1. % 10°) x 107) PADROES ELETRICOS E CONVENGOES 33 Escreva os seguintes mimeros em notacio cientffica, isto é, um ntimero decimal de 1 a 10 seguido da poténcia de 10 adequada. 2.29 120.000 2.30 0,0008 x 10° Faca as operagbes indicadas. Escreva a resposta em notagdo cientifica. (3,2. « 10°)1,4 x 10°') 2H OKI NET 232 30x 1075107) 12x 16 Arredonde os seguintes mimeros até trés algarismos significativos. 2.33 3,824 234 3,825 235 0,004 152 236 2096 2.37 0,001205 x 107 Faga as operag0es indicadas. Arredonde as respostas com preciso de trés algarismos. 7 x 10°} Q,1* 10 96,0010 238 790(0,0014)(0,01) 239 0,000 006(500.000) RESPOSTAS DOS PROBLEMAS PROPOSTOS 217 5,6MO 218 — 2200.000N0U2,2 x 10° 219° BV 220 0,024 34 ELETRICIDADE BASICA 221 250nA 2.22 10kV 223 4MW 224 0,0000002s ou 2 x 10s 225 (06 226 04 227 1,5 2.28 0,0062 2.29 1,2.x 10° 230 8x10" 231 5,6x10 232 1x 107% 2.33 3,82 234 3,82 235 0,00415 236 2100 2.37 0,001.20 x 107 238 7,52 x 107 239 3,69 x 10° - SIMBOLOS GRAFICOS E DIAGRAMAS ELETRICOS DIAGRAMA ESQUEMATICO A Fig. 2-la ¢ uma representagdo de um circuito elétrico simples. Q mesmo circuito estd sepresentado de forma esquemdtica na Fig. 2-1b. O diagrama esquemdtico é uma forma abreviada de se desenhas um circuito elétrico, e os circuitos sdo representados geralmente dessa forma. Além dos fios de conexio, sdo representados simbolicamente outros trés elementos na Fig. 2-1 6: a pilha seca, a chave (ou interruptor) e a limpada. Observe os sinais positive (+) e negative (—) em ambas as representagdes descritiva e esquemdtica da pilha seca. Os componentes esquemuiticos PADROES ELETRICOS E CONVENGOES 35 represerttam os componentes descritivos de uma forma simplificada. Um diagrama esquemdtico 6, portanto, um diagrama que mostra, através de simbolos gréficos, as ligagdes elétricas ¢ as fungbes das diferentes partes de um cireuito. Pilha seca Limpada (@) Diagrama descritivo (0) Diagrama esquemitico Fig. 2-1. Um circuito simples com limpada Os simbolos gréficos padronizados para os componentes elétricos ¢ eletrénicos mais comuns so apresentados na Fig. 2-2. A Tabcla 2-7 mostra exemplos de letras usadas para designar varios componentes dos circuitos. A Fig 2-3 mostra um diagrama esquemético de um ridio-receptor com dois transistores. O diagrama do circuito na Fig. 2-3 mostra os componentes na ordem em que sfo usados, da esquerda para a direita, para converter ondas de rédio em ondas sonoras. Através da utilizagdo do diagrama, toma-se possivel entdo seguir o funcionamento do circuito a partir do sinal de entrada na antena até a saida nos fones de ouvido. Num diagrama esquemitico, os componentes sio identificados por letras, tais como R que simboliza os resistores, C, 08 capacitores, L, os indutores, ¢ Q, 0s transistores (Tabela 2-7). Além disso, os sfmbolos séo identificados através de combinagtes de letras-mimeros como por exemplo Ry, Ra & Rz (2s vezes escrito na forma RI, R2, R3) para evitar maiores confusOes quando so utilizados mais de um tipo de compo- nente (Fig. 2-3). As letras B, Ce E junto aos sfmbolos dos transistores indicam a base, o coletor ¢ 0 cmissor, respectivamente, dos transistores (Fig. 2-3). Freqiientemente costumase indicar os yaloses numéricos dos componentes diretamente no diagrama esquemdtico, como, por exemplo, 220 kQ para Ry @ 0,0224F para Cz (Fig. 2-3). Quando esses valores ndo so dados nessa forma, sfo apresentados na lista dos componentes ou nas observagdes que acompanham o diagrama. ‘Um diagrama esquemdtico nie mostra a localizagao fisica dos componentes ou dos fios que ligam os componentes. 36 ELETRICIDADE BASICA “Amperirnetro B)— | Gedortees @ Chave _“ Antena Y Massa ppaeto “ESR | Pouce | tastemsiems jf iodo semicondutor —— py Uinpatedeaco — Sy — | tntmorgiseo ea reer | Tantmaer if (aicieode for) Cevadetweia Tp | cr == | muor, 2 (aiicleo de ferro) seria 0H | tnduortsomtennicasy FF “Transitor(PNPY “8 oO Cammpainhe Tampa a Crodedeverate a oO cae tinnis 2 | rtameanaevimis ) Capacitors) 3, | Awe oi Guinde vitals ee a =) | reuse vsinte cos Disintr | erie ACY | vere Ge Motor fe} (iy Watt —w@)— Crisial Fusivel Resistor tise) == ——ww— | Fios fligados) > a Galvandenenr0 —@- Revistor(variivel) —yi— | Fins tro ligudos) + . Qe Geredor (ca) Reestaro SET | Bledo zener > Fig. 2-2. Simbolos-padrao de circuitos utilizados neste Livro* “NLR, Alguns destes simbolos nao estio de acordo com as normas da ABNT mus a finalidade dos mesowos & apenas ilustrar suas uplicagées em circuits elétricos, razo pela qual procuramos manter 0 texto original PADROES ELETRICOS E CONVENGOES = 37 ‘Tabela 2-7 Exemplos de Letras para os Componentes do Circuito ‘Componente Leta Exemplo Resistor R Ry. 1200k0 Capacitor c C., 20 pF Indutor L Ly, 25 mH Retificador ov diodo BD Dz Transtormador T T Transistor Q Qs, 2N482 {detetor} Vatvula v Vs, 6AU6 1? ampl. FI Tomada J i DIAGRAMA DE LINHAS SIMPLES OU UNIFILAR O diagrama de linhas simples mostra as partes que compSem um circuito através de linhas simples ¢ simbolos graficos adequados. As linhas simples representam dois ou mais condutores que esto Igados entre os componentes no circuito real. Este diagrama fomece a informagao basiea necessiria sobre as relagGes intemas de um circuito, mas nfo dé a informacio detalhada encontrada num diagrama esquemdtico. Os diagramas delinhas sio usados geralmente para representa sistemas elétricos complexos sem os condutores individuais para as varias cargas. Exemplo 2.13 Desenhe um diagrama de linha simples mostrando o equipamento principal, os dispositivos de chaveamento e os circuitos de ligagdo de uma subestagdo de energia elétrica. Observe a Fig. 2-4. A linha dnica que desce representa trés linhas neste sistema de trés fios. O perourso da energia pode ser tragado partindo do cabo de aluminio blindado reforgado com ago (ACSR)* descendo através de um péra-aios aterrado, pasando por uma chave des ligada, por chaves desligadas com fusivel, e por um transformador abaixador. Continua o seu caminho para baixo através de um disjuntor a leo, uma chave desligada, passa por um outro para-raios, ¢ sai através de uma linha ACSR. DIAGRAMA DE BLOCOS © dingrama de blocos ¢ usado para mostrar a relagdo entre os varios grupos de compo- nentes ou estégios de funcionamento de um circuito. Ele mostra na forma de blocos 0 percurso * Abreviagio do inglés “Aluminum Cable Steel Reinforced”, 38 ELETRICIDADE BASICA Condutor Fig. 2-3. Diagrama esquemsticn de um rédio com dois transistores ACSR ACSR — Péracaios Chave destigads Chaves desligadas com trés fustreis Chave desligada Disjuntor a dleo Chave desligada, i}-——e Piracaios Fig. 24 Diagrama de linha sitmples de uma subestagio PADROES ELETRICOS E CONVENCOES 39 de um sinal através de um cireuito da entrada até a saida (Fig. 2-5). Os blocos sdo desenhados na forma de quadrados ou de reténgulos conectados através de linhas simples. As setas colocadas nas extremidades das linhas mostram o sentido da trajet6ria do sinal desde a entrada até a saida, Como tegra geral, coloca-se dentro do bloco a informago necesséria para descrever os compo- nentes ou os estagios. Em alguns diagramas de blocos, dispositivos como antenas e alto-falantes aparecem representados pelos simbolos padronizados em ver. de blocos (Fig. 2-5). Fig, 25 Diagrama de blocos de um citcuito tipico de um rddioseceptor transistorizado Pelo fato do diagrama de blocos mostrar as fungdes dos varios estdgios de um circuito ¢ utilizar linhas simples, ele constitui um tipo pritice de diagrama de linha simples. O diagrama de blocos ndo dé informagdo sobre os componentes especificos ou sobre a ligagZo dos fios. Conseqiientemente, sua utilizagdo ¢ limitada, mas fornece uma forma simples de ilustrar as caracteristicas gerais de um circuito. Por esta razdo, os diagramas de bloco sio utilizados freqiien- temente pelos eletricistas, tenicos em eletrnica ¢ engenheiros como uma primeira ctapa no projeto ¢ disposigdo dos componentes de novos equipamentos. Para mostrar como é facil entender o funcionamento de um circuito por meio de um diagrama de blocos, observe a Fig. 2-5. O sinal entra pela antena, prossegue através do circuito misturador, passa pelos estdgios de amplificacfo de freqiiéncia intermedidria (FI), pelo estdgio de detecgo ¢ finalmente pelo estégio de safda e alto-falante. O oscilador se encontra num circuito auxiliar e portanto nao aparece na trajetoria principal do sinal. DIAGRAMA DE FIAGAO O diagrama de fiagfo ou de conexces € usado para mostrar as ligacSes através de fios ou cabos de uma forma simples e facil de ser seguida. $0 usados com freqiiéncia em aplicagBes domésticas ¢ nos sistemas elétricos dos automéveis (Fig. 2-6). O diagrama de fiagdo tipico mostra 8 componentes de um circuito de uma forma descritiva. Os componentes so identificados pelo nome. Esses diagramas mostram também freqientemente a posieSo relativa dos componentes dentro de um dado espago. Pode-se usar um esquema de cédigo de cores para identificar deter- minados fios ou condutores (Fig. 2-6). 40 ELETRICIDADE BASICA ‘Chave de partida com trava Motor de arranque a ; Para o distribuidor Fio de resisténcia Circuito de baixa corrente ———— Circuito de alta corrente —— —— Fig. 2-6 Diagrama da fiagfo do circuito de partida de um carro PLANTA DA INSTALACAO ELETRICA A planta ou plano da instalagio elétrica constitui uma parte completa dentro do conjunto de plantas usadas na construgdo de um edificio. Os arquitetos, os projetistas elétricos ¢ us cons- trutores utilizam a planta baixa da construgao para localizar os componentes do sistema elétrico do prédio, tais como tomadas, interruptores, lumindrias e outros dispositivos da fiagdo. Esses dispositivos e a distribuicZo da fiagdo sdo representados por meio de simbolos (Fig. 2-7). A planta da sala de estar (Fig. 2-7) mostra duas distribuigdes de trés fios. Numa distribuigao, uma limpada no teto ¢ ligada ¢ desligada junto a duas portas diferentes. Da mesma forma, duas lumindrias na parede norte podem ser ligadas e desligadas em dois locais diferentes. A ligagdo entre a saYda no teto e © interruptor é desenhada com trago cheio, indicando que a ligagdo (conduit, eletroduto ou cabo) deve ficar embutida nas paredes ou no forro. As linhas cruzadas indicam o mimero de condu- tores no eletroduto ou no cabo. Se forem omitidas as linhas cruzadas, subentende-se que na ligagdo existem dois fios. PADROES ELETRICOS E CONVENCOES 41 Qeor sf ee <4 —___Fiago embutida no . foro ou nas paredes SH Wiis fios Tomada com safda dupla, sem tema 5s, ‘Chave com dois pdlos Tomada com safda dupla, . . 'G com terra (aterrada) 5, Inferruptor com trés safdas @ nay especial oO Savda para a Himpada do teto Fig.2-7 Planta baixa de uma sala com as saidas, interruptores & tomadas, Sio apresentados também os simbolos pata a fiagZo. 240 PROBLEMAS RESOLVIDOS Escreva a palavra ow palavras que completam mais corretamente as seguintes afirmagtes: @) @) © {d) ‘Um desenho que mostra as partes reais de um circuito e as suas ligagdes € chamado de diagrama_—-——— Num diagrama esquemético, 0s componentes sio representados através de Os diagramas esquemdticos geralmente sao desenhados com a entrada a easaida a . Para identificar os componentes num diagrama esquemitico costumase utilizar letras, por exemplo: _____ para os diodos; ____ para os capacitores ¢___ para 0 indutores. 42 ELETRICIDADE BASICA 241 @) @) © @ {e) th) @ o (m™) 2.42 {e) Um diagrama de linha simples também é conhecido como diagrama de (PO cédigo de cores aparece num diagrama de Resp. (a) descritivo () simbolos (c} esquerda, direita @ DGL (e) uma linha ou unifilar (f) _ ligagdo ou fiagao Na Fig. 2-3, identifique os seguintes simbolos: @ cy © B (by Cy Ca Cs ® + @) Y (c) D (@) Q@ ¢ Q2 (hy {1 @ heh (i) RR: Rs pO Ss OM Ly Resp.: Capacitor varidvel Capacitores fixos Diodo setificador Transistores PNP Tomadas Chave unipolar simples Cruzamento de condutores sem conexiio Condutores ligados eletricamente Resistores fixos Indutor variével com mucleo de ferro (bobina da antena) Bateria Antena Utilizando os simbolos de circuitos da Fig. 2-2, desenhe um circuito esquemdtico contendo um gerador ca, uma chave, um amperimetro, uma campainha e uma cigarra. Tdentifique os elementos cuidadosamente no diagrama. Resp.: Veja a Fig. 28. PADROES ELETRICOS E CONVENGOES = 43 —$_()}— Fig. 28 243 Como, por definigdo, um circuit elétrico constitui um percurso para a passagem da corente, wma interrepgfo nesse trajeto deveria interromper a corrente. As chaves constituem uma forma simples de se interromper esse percurso ou de controlar 0 fluxo da corrente. A Fig. 2-9 mostra alguns outros sfmbolos usados para as chaves. Para se lembrar destas chaves, embre-se de que o niimero de pdios é o niimero de fios ligados a cada um dos lados da chave. As posigdes podem ser associadas ao mimero de condigbes em que a chave se encontra ligada, Responda entdo as questes: oO Ka ria wile STD DP HE f} DP CT ‘Chave unipolar de Chave unipolar de uma posig#o duas posigdes Chave bipolar de uma posi¢zo Fig. 2-9 4 244 2.45 BLETRICIDADE BASICA (@)Oniimero de fios que se prendem a cada lado de uma chave bipolar é (6) © ntimero de posigées ligado que uma chave bipolar de uma posigio p é : (©) © niimero de posigses figado que uma chave bipolar de duas posigdes possui é Resp. (a) dois (by um (c) dois Freqientemente em diagramas esquemdticos ¢ usado 0 simbolo terra ou massa, Alguns componentes esto aterrados A carcaga ou ao chassi do equipamento no qual estdo fixados. As aeronaves, os automéveis ¢ os aparelhos de TV sao aterrados dessa forma. A armagdo ou a carcaga ou outro terra qualquer deve ser um bom condutor. © terra (carcaga) é 0 percurso de tetomo que traz a corrente de volta a fonte de energia. Para © circuito que aparece na Fig. 2-10, complete o circuito inserindo os simbolos do terra. Fig. 2-10 Fig. 211 Observe a Fig. 2-11. Neste circuito, a corrente segue do terminal positivo da bateria, passa pela chave, pela Limpada, pelo terra, e daf entio para o terminal negativo da bateria. Como tanto a bateria quanto a lampada esto aterradas & carcaga formase um circuito completo. PROBLEMAS PROPOSTOS Escreva a palavra ou as palavras que completam coretamente as seguintes afirmacocs: @ A utilizaggo de um diagrama esquemético permite seguir a fung&o de um circuito desde a _______..______atéa . () Para se identificar os componentes num diagrama esquemitico, costuma-se usar letras, como por exemplo: para os transformadores, para os resistores, e _—— para 0s transistores. () Os__._____ constituem um simbolo que mostra num circuito se os fios estdo eletricamente __________ naquele ponto. PADROES ELETRICOS E CONVENCOES = 45 (ad) Odiagrama de ____________ ¢ utilizado mais freqiientemente para representar sistemas elétricos complexes. (ec) Odiagrama ________. constitu uma forma fieil de se representar as telagdes entre as vérias partes de um circuito. () _ Asplantas baixas so usadas com os sistemas de ____________elétrica. 246 — Desenhe um diagrama esquemstico mostrando um gerador cc, uma chave, um fustvel, uma Himpada a arco, e um resistor. Identifique cada elemento cuidadosamente no diagrama. 2.47 Um retificador ou diodo ¢ um dispositive que transforma a corrente altemada em corrente continua, Identifique o retificador através do simbolo adequado. 2.48 Coloque o simbolo do terra sempre que for necessério no diagrama da Fig. 2-12. |" Fig. 2-12 249 Para as ligagdes de fios que apaevem abaixo, identifique cada uma com a expressiio “‘sonexio” ou “sem conexio”. @ + 3) + 8 TT (d) 46 ELETRICIDADE BASICA 250 Um fustvel € um dispositive que funciona como uma chave que dediga o circuito quando a corrente excede um determinado valor. Um disjuntor desempenha a mesma fungao protetora do fusivel, mas, a0 contrério deste, o disjuntor pode ser reativado Desenhe os seus simbolos. 251 Um receptor de rédio elementar é formado por quatro estégios principais: uma antena, um circuito ressonante de sintonia, um circuito detetor, e os fones de ouvido. Desenhe 0 diagrama de blocos, deste receptor elementar. 252 — Associe cada simbolo usado em plantas baixas pelos arquitetos com o seu significado. Simbolo (a) (by ey @ v bedt- # Significado Tomada especial, lavadora de lougas Tomada dupla Quatro fios Tomada tripla Tres fios Chave bipolar RESPOSTAS DOS PROBLEMAS PROPOSTOS 245 (a) entrada, saida (6) T, R, Q (c) pontos, conectados (d) linhas simples (e) de blocos (P fiagao 2.46 PADROES ELETRICOS E CONVENCOES = 47 247 to = 2.48 l 2,49 (a) sem conexao (b) conexéo (c) conexiio (d) sem conexto 2.80 Fustvel: —~— Disjuntor; 251 252 LG) 2) 3.4 4(@) 5.6) CAPITULO 3 LEI DE OHM E POTENCIA O CIRCUITO ELETRICO Na prética, um circuito elétrico consta de pelo menos quatro partes: (1) uma fonte de forga eletromotriz (fem), (2) condutores, (3) uma carga e (4) instrumentos de controle (Fig. 3-1). A fem € a bateria, os condutores sao os fios que ligam as varias partes do circuito e conduzem a corrente, © resistor ¢ a carga e a chave é 0 dispositivo de controle. As fontes mais comuns de fem siio as. baterias e os geradores. Os condutores so fios que oferecem uma baixa resisténcia a passagem da coment. O resistor de carga representa um dispositivo que utiliza energia elétrica, como por excmplo uma Jémpada, uma campainha, uma torradeira de po, um rédio ou um motor. Os dispo- sitivos de controle podem sex chaves, resisténcias, fustveis, disjuntores ou relés. Condutor (fio) + Forga eletromotriz Carga (bateriay - (resistor) ‘Controle (chave) Condutor (fio) Fig. 31 Circuito fechado Um circuito fechado ou completo (Fig. 3-1) consiste mum percurso sem interrupgao para a conrente; saindo da fem, passa pela carga, e volta a fonte. Um circuito é chamado de incompleto ou aberto (Fig. 3-22) se houver uma interrupeao no circuite que impeca a corrente de completar © seu percurso. 48 LEE DE OHM E POTENCIA 49 Ligagio de eurto R Chave aberta Fustvel (@) Circuito aberto (8) Curtocireuito Fig. 3-2 Circuito aberto ¢ curtocircnito A fim de se proteger o circuito, ligase um fusivel diretamente ao circuito (Fig. 3-26). 0 fustvel abre o circuito toda a vez que uma corrente perigosamente alta comega a fluir. O fusivel permite © fluxo de corentes menores do que o valor do fusivel, mas se derrete ¢ conseqlente- mente rompe ou abze © circuito se fluir uma corrente mais alta. Quando flui uma corrente perigosamente alta, ocorre um “curto-circuite”. O curto-circuito geralmente € provocado por uma ligagao acidental entre dois pontos do circuito que oferegam uma resisténcia muito pequena (Fig. 3-25). Geralmente utiliza-se 0 simbolo doterra para indicar que aiguns fios esto ligados a um ponto comum no circuito. Por exemplo, na Fig. 3-3a, aparecem os condutores formando um circuito completo, enquanto na Fig. 3-35, aparece 0 mesmo circuito com dois stmbolos do terra em G1 e G2. Como o simbolo “terra” indica que os dois pontos esto ligados a um ponto comum, entio, eletricamente os dois circuitos (Fig. 3-34) so exatamente iguais. ge OE a to Ge Fig. 3-3. Os circvitos fechados « € b sfo iguais, Exemplo 3.1. Substitua por simbolos do terra 0 fio de retormo que completa o circuito fechado (na Fig, 34a). Observe a Fig. 3-42. . @ (ey 50 ELETRICIDADE BASICA RESISTENCIA A resisténcia € a oposicdo ao fluxo da corrente. Para se aumentar a resisténcia de um Gircuito, sio utilizados componentes elétricos chamados de resistores. Um resistor é um dispositivo cuja resisténcia ao fluxo da corrente tem um valor conhecido ¢ bem determinado. A tesisténcia ¢ medida em ohms e ¢ representada pelo simbolo R nas equagées. Define-se o ohm como a quan- tidade de resisténcia que limita a corrente num condutor a um ampize quando a tensio aplicada for de um volt. Os resistores sio elementos comuns na maioria dos dispositivos elgtricas ¢ eletronicos. Algumas aplicagdes freqientes dos resistores so: estabelecer o valor adequado da tensio do Circuito, limitar a corrente ¢ constituir-se numa carga. RESISTORES FIXOS Um resistor fixo € aquele que possui um tinico valor de resisténcia que permanece constante sob condiges normais. Os dois tipos principais de resistores fixos s0 08 resistores de carbono € 08 resistores de fio enrolado. Resistores de Carbono Q elemento de resistencia € basicamente grafite ou alguma outra forma de carbono sélido feito cuidadosamente para forever a resisténcia necessdria. Esses resistotes geralmente so baratos. @ possuem valores de resisténcia que variam de 0,1 a 22 M2. Resistores de Fio Entolado © elemento de resistencia ¢ geralmente um fio de niquel-cromo enrolado em espiral sobre uma haste de cerémica. Nommalmente, 0 conjunto todo é recoberto por um material cerdmico ou Por um esmalte especial. Os valores desses resistores variam de 1 2 a 100 k22. A resistencia real de um resistor pode ser maior ou menor do que o seu vator nominal. 0 limite da resisténcia real € chamado de tolerincia. As tolerancias comuns para os resistores de composicao carbonica sdo + 5, + 10 ¢ + 20 par cento. Por exemplo, um resistor que possi uma resisténcia nominal de 100 9 e uma tolerdncia de £ 10 por cento pode ter uma tesisténcia real de qualquer valor entre 90 ¢ 110 Q, isto 6, 10 9. a menos ou a mais do que o valor nominal de 100. Os resistores de fio enralado geralmente possuem uma toleréncia de = 3 por conto. Os resistores que possuem alta tolerdncia de * 20 por cento ainda podem ser utilizados em muitos circuitos elétricos. A vantagem de se usar um resistor de alta tolertincia em qualquer circuito, quando posstvei, é que seu custo é menor do que os de baixa tolerdncia. A especificagéo da poténcia de um resistor (is vezes chamads de “wattagem") indica a quantidade de calor que o resistor pode dissipar ou perder antes de ficar danificado. Se for gerado mais calor do que pode ser dissipado, o resistor fieard danificado. As especificagdes de poténcia LEI DE OHM E POTENCIA 51 Sto dadas em watts. Os resistores de composigtio carbénica possuem especificagdes de poténcia que variam de 1/16 a 2 W, enquanto os resistores de fio enrolado possuem especificagdes que vo de 3 W a centenas de watts. A dimensfo fisiea de um resistor ndo € um indicador da sua resistencia. Um resistor Pequenino pode ter uma resisténcia muito baixa ou uma resisténcia muito alta, A sua dimensio fisica, entretanto, pode fomecer uma indicagiio sobre a sua especificagdo de poténcia. Para um dado valor de resisténcla, a dimensio fisica de um resistor aumenta A medida que a especificacao de poténcia aumenta. RESISTORES VARIAVEIS Os resistores varidveis so usados para vatiar ou mudar a quantidade de resisténcia de um Circuito. Os resistores varidveis sic chamados de porencidmetros ou reostatos. Os potenciémetros geralmente possuem o elemento resistivo formado por carbono, enquanto nos reostatos ele & constituido por fio enrolado. Em ambos os casos, @ contato com o elemento resistive fixo é feito através de um brago deslizante (Fig. 3-5). A medida que o braco destizante gira, 0 seu Ponto de contato com o elemento zesistivo muda, variando assim, a resisténcia entre o terminal do brago deslizante os terminais da resisténcia fixa (Fig. 3-5). Brago deslizante Elemento resistive A resisténcia entre B eA aumenta. A C Aresisténcia entre Be C diminui. > B A c 5 Aresisténcia enue B eA diminui, 3 © Atesisténcia entre Be C aumenta, ee B Fig, 35 Quando © brago deslizante de um resistor varidvel x desloca, a resisténcia entre a terminal central © 0s temminais das extremidades varia 52 ELETRICIDADE BASICA Qs reostatos geralmente sdo usados para controlar correntes muito altas tais como ; encontradas em cargas tipo motor e limpadas (Fig. 3-6). Reostato Braco deslizamte Para a fonte de alimentagao Lampada Fig. 3-6 UtilizacZo do reostato para controlar a corrente no circuito de uma kimpada Os potenciémetros podem ser usados para variar o valor da tensdo aplicada a um circuit (ig. 3-7). Neste circuito, a tensio de entrada é aplicada através dos terminais AC da resisténc fixa. Variando a posigio do brago deslizante (terminal B), mudaré a tensdo através dos terming BC. A medida que o brago deslizante se aproxima do terminal C, a tensdio do circuito de saic diminui. A medida que 0 braco deslizante se aproxima do terminal A, a tensdo de saida do circuit aumenta. Os potenciémetros, como dispositivos de controle, so encontrados em amplificadore tddios, aparelhos de televisdo e em instrumentos elétricos. A especificagdo de um resistor varidv ¢ a resisténcia total entre os terminais. y Brago destizante Circuito de entrada 6 ¥ 4. Circuito de saida © Fig. 3-7 Utilizagdo de um potencidmetro para mudar a tensio LEI DE OHM A lei de Ohm define a relagdo entre a corrente, a tensdo ¢ a resisténcia, Hé trés formas « expressé-la matematicamente. 1. A corrente num circuito € igual 4 tensdo aplicada ao circuito dividida pela resisténcia d circuito: _¥ 1-5 G LEI DE OHM & POTENCIA 53 2. A resisténcia de um circuito é igual 4 tense aplicada ao circuito dividida pels corrente que passa pelo circuito: G2) -l< 3. A tensdo aplicada a um cirenito ¢ igual ao produto da corrente pela resistencia do circuito: V=IxXR=IR (33) onde I = corrente, A R = resisténcia, Q ¥ = tensio, V Conhecendo-se duas das quantidades V, I ou R, pode-se calcular a terceira. As equagdes da lei de Ohm podem ser memorizadas e exercitadas com eficiéneia utilizan- dose o circufo da lei de Ohm (Fig. 3-84). Quando forem conhecidas duas quantidades, para se determinar a cquacao para V, I ou R, cubra a terceira quantidade a ser calculada com o dedo. OY DA Ae a n-* vem w 1b) Fig. 3-8 O citculo da lei de Ohm As outras duas quantidades do circulo indicaréo como a quantidade coberta pode scr determinada (Fig. 3-86). Exemplo 3.2 Calcule J quando V = 120 Ve R = 30 Q. Use a Eq, (3-1) para caleular a incdgnita I. 120 e [»/ Aka, / AP 34 ELETRICWWADE BASICA Exemplo 3,3 Calcule R quando V = 220 Ve / = 11 A. Use a Eq, (3-2) para caleular a inedgnita R. - 2. 92 Resp. oe X “r Exemplo 3.4 Calcule V quando J = 3,5 Ae R = 20 Q. Use a Bq. (3-3) para caleular a incégnita V. ~is V = IR = 3,520) = 70V Resp. ef & Exemplo 3.5 Uma lampada elétrica consome 1,0 A operando num circuito cc de 120 V. Qual a resisténcia do filamento da lampada? © primeiro passo para se resolver um problema de circuito consiste em se desenhar um diagrama esquematico do circuito, designando cada uma das partes ¢ indicando os valores conhecidos (Fig. 3-9). Isla - Pe i0v 5) vod de lament od Fig 3-9 Como /¢ ¥ séo conhecidos, utilizamos a Eq. (3-2) para determinar o valor de R. = a = 12000 Resp. LEIS DE OHM E POTENCIA 55 POTENCIA ELETRICA A poténcia elétrica P usada em qualquer parte de um circnito € igual a corrente 7 nessa parte multiplicada pela tensio V através dessa parte do circuito. A formula para o caloulo da poténcia é P-V GA onde P= poténcia, W V = tensio, V 1 = corrente, A Outras formas para P = VI sfio J = P/Ve V = Pil. Se conhecermos a corrente fe a resisténcia R mas nao # tensio V, podemos determinar a poténcia P utilizando a lei de Ohm para a tens&o, de modo que substituindo V=mR @-3) na Eq. (3-4), temos PeIRxI- G5) Da mesma maneira, se for conhecida a tensio V ¢ a resisténcia R mas nao a corrente I, podemos determinar a poténcia P através da lei de Ohm para a corrente, de mado que substituindo fe GD ¥ R na Eq. (3-4), temos Pave ss (3-6) Se conhecermos quaisquer duas das quantidades, poderemos caleular a terceira. Exemplo 3,6 A corrente através de um resistor de 100 Q a ser usado num circuito é de 0,20 A. Calcule a especificagao de poténcia do resistor. Como J ¢ R s8o dados, use a Eq. (3-5) pura se calcular P. P = PR = (0,20)(100) = 0,04(100) = 4 w Resp. Para evitar que o resistor se queime, a especificagio de poténcia de qualquer resistor usado num circuito deve ser o dobro da poténcia calculada pela Eq. (3-5). Conseqiientemente, © resistor usado neste circuito deve ter uma especificagio de poténcia de 8 W. 56 ELETRICIDADE BASICA Exemplo 3.7 Quantos quilowatts de poténcia sfio Hiberados a um circuito por um gerador de 240 V que fornece 20 A a0 circuito? Como V cI sio dados, use a Eq. (3-4) para calcular P. P= VE = 240(20) — 4800W = 48kW Resp. Exemple 3.8 Se a tensfo através de um resistor de 25.000 2 ¢ de 500 V, qual a poténcia dissipada no resistor? Como R ¢ ¥'sfo dados, use a Eq. (3-6) para calcular P. 5007 _ 250.000 _ . 35.000 ~ 2.000 ~'°W Resp. 4 ' : sa CAVALO-VAPOR ° vo PaR Um motor é um dispositive que converte poténcia elétrica em poténcia mecdnica num eixo em rotagSo. A poténcia elétrica fornecida ao motor € medida em watts ou em quilowatts; a energia mecdnica liberada por um motor é medida em cavalo-vapor (hp, diretamente do inglés “horse- power”). Um cavalo-vapor é equivalente a 746 W de poténcia elétrica. Usaremos o sistema métrico para exprimir cavalo-vapor em watts. Na maioria dos clculos, é preciso considerar 1 hp = 750 W ou I hp = 3/4 kW. Para a conversdo entre cavalo-vapor e quilowatts, utilize as seguintes equagdes: __ 1000 x KW 4 bp ~359—~«O kw (37) _ 730. bp _ 3 kW = “00 a hp (3-8) Exemplo 3.9 Converta as seguintes unidades de medidas: (a) 7,5 KW para cavalo-vapor, € (6) 3/4 hp para watts. () Use a Eq. (3-7) hp = ‘ x kW = fas =10 Resp. (B) Use a Bg. (3-8) 1kW = 1000 W W = 1000(0,563) = 563 Resp. LEI DE OHM EPOTENCIA 57 ENERGIA ELETRICA Energia ¢ trabalho sfo praticamente a mesma coisa ¢ s#o ambas expressas nas mesmas unidades. Entretanto, a poténcia ¢ diferente, porque ela leva em conta o tempo gasto na tealizagio do trabalho. Sendo o watt a unidade de poténcia, um watt usado durante um segundo ¢ igual ao trabalho de um joule, ou um watt é um joule por segundo. O joule (J) é uma unidade pratica fundamental de trabalho ou de energia (veja a Tabela 2-3), O quilowatt-hora (kWh) & uma unidade comumente usada para designar grandes quanti- dades de energia elétrica ou trabaiho. A quantidade de quilowatt-hora é calculada fazendo-se o produto da poténcia em quilowatts (KW) pelo tempo em horas (h) durante o qual a poténcia é utilizada. kWh = kW xh 3-9) Exemplo 3.10 Que quantidade de cnergia é liberada em 2h por um gerador que fornece 10 kW? Esereva a Eq, (3-9) e substitua os valores dados. kWh = kW xh = 102) = 20 Energia liberada = 20 kWh Resp. PROBLEMAS RESOLVIDOS 3.1 Escreva a paiavra ou palavras que completa(m) mais corretamente as seguintes afirmagoes. (@) As quatro partes fundamentais de um circuito completo slo 4 os 3a eo (6) Um resistor fixo ¢ aquele que possui um valor de resisténcia (c)_ Num resistor de pelfcula de carbono, é depositada uma pelicula de sobre um nlcleo de ceramica. . (Q_ Acspecificagio de ________ de um resistor indica a quantidade de corrente que 0 resistor & capaz de conduzir antes de ficar (c) A dimensfo fisioa de um resistor no tem relaego alguma com a sua (Os dois tipos mais comuns de resistores varidveis silo chamados de e : {g) A resisténcia nominal de um resistor variivel ¢ a resisténcia entre as de seus terminais. (hy Os. so usados como dispositivos limitadores da corrente. &) Se a tensao aplicada a um circnito for duplicada e a resisténcia permanecer constante, a corrente no circuito aumentard paragp__________ do seu valor inicial 58 3.2 3.3 ELETRICIDADE BASICA () Se 2 corrente que passa através de um condutor for duplicada e a resisténei permanecer constante, a poténcia consumida pelo condutor aumentaré di vezes 0 seu valor inicial Resp.: (a) fonte de tensGo, condutores, carga, dispositivo de controle (&) tnico (©) carbono (@)__poténcia, superaquecido ou danificado {e) resisténcia (A) __ reostatos, potenciémetros () extremidades (h) _reostatos @ dobro U (7) quatro (P VIR) PR) Na Fig. 3-10, 0 resistor limita a corrente do circuito em 5 A quando ligado a um: bateria de 10 V. Determine a sua resisténcia. Fig. 3-10 Como Fe ¥ so dados, resolva para R através da kei de Ohm. rem =20 Resp. A Fig. 3-11 mostra o circuito de uma campainha residencial. A campainha tem um: resistencia de 8 92 precisa de uma corrente de 1,5 A para funcionar. Determine : tensdo necessdria para que a campainha toque. Como R e I sho dados, resolva para V através da lei de Ohm. V=IR = 1,58) = 12 Resp, 35 LEE DE OHM EPOTENCIA $9 R=8D Fig. B11 Calcule a corrente exigida por uma lampada incandescente de 60 W cuja especificagiio de funcionamento é de 120 V. Caleule ainda a corrente exigida por uma lampada de 150 W funcionando em 120 Ve para uma lampada de 300 W em 120 V. A medida que a poténcia aumenta, o que acontece com a corrente? Pe Vso dados e queremos determinar I. Resolvendo para I na Eq. (3-4). Para a lampada de 60 W, 120 V 60 P= Gr OSA Resp. Para a lampada de [50 W, 120 V Observamos que se V permanecer inalterado, quanto maior o valor de P, maior serd o valor de J, Isto é, poténcias mais altas consomem correntes mais altas para a mesma especificagdo de tensao. Caleule a poténcia consumida por um resistor fixo de 25 9 para cada uma das seguintes correntes: 3 A, 6 A, e 1,5 A. Que efeito produz uma variagéo de corrente sobre a poténcia dissipada por um resistor fixo? Te R sao dados ¢ queremos caleulur P. P=0R an oo 36 3.7 ELETRICIDADE BASICA 3A: P = 325) = 225 W Resp. 6A: P = 6425)=900W Resp. USA: P = (15925) = 56,2W Resp. Se a corrente for duplicada de 3 A para 6 A, a poténcia aumentaré de 2?, ou 4, portanto, 900 W = 4 X 225 W. Se a corrente for reduzida pare a metade, de 3 A para 1,5 A, a poténcia diminuird de (1/2)?, ou 1/4, logo, 56,2 W = 1/4 X 225 W. Observamos que, se R nao variar, a poténcia variaré com o quadrado da variagdo da corrente. A eficigneia (ou rendimento) de um motor é calculada dividindo-se a sua saida pela sua entrada. A safda medida em cavalo-vapor, enquanto a entrada é medida em watts ou em quilowatts. Antes da eficigncia ser calculada, a sa{da e a entrada precisam ser expressas nas mesrias unidades de medida. Caleule a eficiéncia de um motor que recebe 4 kW e fornece 4hp. 19 Passo Escreva todas as medidas nas mesmas unidades. Entrada = 4kW Satda = 3 x hp = 3.4 = 34W 8) 20 Passo Catcule a eficiéncsa dividindo a saida pela entrada. jencia - 2atda. __ 3KW Eficigneia = Fas = ppw = 0075 A eficiéncia nao é expressa em nenhuma unidade, ela ¢ adimensional. Para passar a eficiéncia na forma decimal para uma forma de eficiéncia porcentual, desloque a virgula duas casas para a direita e acrescente o sinal de porcentagem (%). Eficiéncia = 0,75 = 75% Resp. © motor de uma maquina de lavar roupa consome 1.200 W. Qual a energia em quilo- watts-hora gasta numa semana por uma lavanderia que dispde de 8 méquinas, se todas elas forem utilizadas durante 10 horas por dia (h/dia) em 6 dias da semana? Passe 1.200 W para 1,2 kW. Para um motor: JOM y 6 dias 72 KWh Energia = 1,2 kW X 38 39 LEL Di OHM E POTENCIA 61 Para os 8 motores: Energia = 8 X 72 kWh = 576 kWh Resp. Um receptor de rédio usa 0,9 A funcionando em 110 V. Se o aparelho for usado 3 h/dia, que energia ele consome em 7 dias? Calcule a poténcia P VF = 1100,9) = 99 W Calcule entao a energia Energia = 0,099 kWX 24x 7ajee= 2,08kWh Resp. PROBLEMAS PROPOSTOS: Complete as seguintes afirmacées com 2 palavra ou palavra mais correta(s). (a) As fontes comuns de energia usadas em circuitos elétricos so as eos (b) Num circuito, uma limpada de incandescfncia é considerada como uma carga (c) 0 clemento de resisténcia de um resistor de fio enrolado € constituide por um fiode (d)__ A faixa em que a resisténcia real de um resistor pode variar a partir do seu valor nominal ¢ chamada de—___. (e) Um resistor grande de um dado tipo possui uma especificagdo de mais alta do que um resistor menor do mesmo tipo. (/) Um defeito comum nos resistores é estarem abertos ou queimados em virtude de uma ______ excessiva através do resistor. () © valor da resisténcia de um circuito pode ser alterada utilizando-se um resistor (hk) O_______ é um resistor varivel usado para mudar o valor da tensdo aplicada aum circuito. (Se a resisténcia de um cirenito for dupticada ¢ a corrente permanecer a mesma, a tensdo aumentard ficando o seu valor o —___________ do seu valor inicial. () Se uma torradeira de po que consome 1.000 W funcionar durante 30 minutos, a energia gasta sori de ___. kWh. 62 3.10 3.12 3.13 3.14 BES 3.16 3.17 3.18 ELETRICIDADE BASICA Aplique a lei de Ohm para preencher os valores das quantidades indicadas: v q R (a) ? 2a 30 @) | nav |? 24000 to) | 120 | 24a ? @ ’ RmA 5kO (| ov | 2 12k | Wey forma 2 (e) ? 245A] 640 (ey | 200v |? 1Ma Um circuito ¢ formado por uma bateria de 6 V, uma chave, ¢ uma limpada. Quando a chave é fechada, fluem 2 A pelo circuito. Qual a resisténcia da lampada? Suponha que essa lampada é substituida por uma outra que requer os mesmos 6 V mas retira somente 0,04 A. Qual a resisténcia da nova limpada? O filamento de uma vilvula de televisdo tem uma resisténcia de 90 9. Qual a tensio necessiria para produzir a corrente especificada na valvula, de 0,3 A? Um medidor cc muito sensivel retira 9 mA da linha quando a tensdo é de 108 V. Qual a resisténcia do medidor? A bobina de um relé telegréfico de 160 Q funciona com uma tensio de 6.4 V. Cateule a corrente que passa pelo relé. Qual a poténcia gasta por um ferro de solda que usa 3 A funcionando em 110 V? Uma bateria de 12 V esta ligada a uma lampada que possui uma resistencia de 10 2. Qual a poténcia liberada para a carga? Um fomo elétrico usa 35,5 A em 118 V. Calcule a paténcia gerada pelo forno. ‘Uma secadora elétrica consome 360 W e retira do circuito uma corrente de 3.25 A. Calcule a sua tensao de funcionamento. 319 3.20 3.22 39 Complete com os valores adequados (a) (b) e) kw 3p 8,75 LEL DE OHM H POTENCIA 63 ‘Um gerador recebe 7 hp ¢ fomece 20 A cm 220 V. Calcule a poténcia fornecida pelo gorador ¢ a sua eficigneia. Qual a poténeia ¢ a energia consumidas de uma linha de 110 V por um ferro elétrico de 22 Qem 3h? Numa certa comunidade, o custo médio da cnergia elétrica é de Cr$25,00 por quilo- watt-hora. Calcule o custo do funcionamento de um receptor estérea de 200 W durante 12h nessa cidade. RESPOSTAS DOS PROBLEMAS PROPOSTOS (a) baterias, geradores (b) resistiva (c) niquel-cromo (d) tolerincia (e) poténcia(f) cor rente (g) varidvel (4) potencidmetro (4) dobro (V = IR )(j) 0.5 (a) (by tc) (a) te) — (3) th) v tT R 6v 005A woe 50 40V wee SmA 16V 2,4mA oh 3a 3.12 3.13 3.14 B.S 3.16 3.17 3.18 3.49 3.20 3.21 322 ELETRICIDADE BASTCA 3.Q, 150 27 12kQ2 0,04 A 330 W 16,4 W 4.190 W Wav Q hp (a) (b) (eo) ne Ay 1690 RTS0 4400 W. 83.8% 550 W. 1,65 kWh C€r$60,00 CAPITULO 4 CIRCUITOS SERIE DE CORRENTE CONTINUA TENSAO, CORRENTE E RESISTENCIA EM CIRCUITOS SERIE, Um circuito série ¢ aquele que permite somente um percurso para a passagem da corrente. Nos circuitos em série (Fig. 4-1), a corrente J € a mesma em todos os pontos do circuito. Isto quer dizer que a corrente que passa por R; é a mesma que passa por Rp, por R3, ¢ é exatamente aquela fornecida pela bateria. “Fig. 4-1. Um cirouite série Quando as resisténcias so ligadas em série (Fig. 4-1), a resisténcia total do circuito ¢ iguat 4 soma das resisténcias de todas as partes do circuito, ou Rr = Ri + Ry + Ry (41) onde Rr = resisténcia total, 2. R,, R,, @ Ry = resistencias em série 2 65 66 ELETRICIDADE BASICA Exemplo 4.1 Um circuito série é formado por resistores de 50 2,75 2¢ 100 & (Fig, 4-2). Calcule a resisténcia total do circuito. 2 ma SR, Fig. 4-2 Utilize a Eq. (4-1) ¢ some os valores dos trés resistares em série. Rp = Rit Ro + Ry = 50 +75 + 100 = 2250 Resp. A tensio total através de um circuito série é igual a soma das tensdes nos terminais de cada resisténcia do circuit (Fig, 4-3), ou Vy = Vit Vat ¥5 (4-2) onde V; = tensio total, V tensdo nos terminais da resistencia R; ,V tensio nos terminais da resisténcia Ro, V V, = tensio nos terminais da resistencia Ra, V Embora as Eqs. (4-1) e (4-2) tenham sido aplicadas a cirouitos que contém trés resistencias elas também se apticam a qualquer nimero » de tesisténcias. isto &, Rp = R,+R,+ Rt+---+ Ry (4 ta) Vp = Vit V4 Vito + ¥, 4-20) ‘A lei de Ohm pode ser aplicada ao circuito todo ou a partes separadas de um circuito en série. Quando ela for aplicada a uma certa parte de um circuito, a tensdo através dessa parte ¢ igual a corrente dessa parte multiplicada pela sua resisténcia. Para o circwito que aparece ni Fig. 43, Vi = IR, V, = IR: V. = IR, CIRCUITOS SERIE DE CORRENTE CONTINUA =? % rr yn6v tt Fig. 4:3 Fig. 44 Exemplo 4.2 Num circuito série obtém-se 6 V nos terminais de X,, 30 V nos terminais de R, ¢ 54 V nos terminais de R; (Fig. 4-4). Qual a tensdo total através do circuito? Escreva a Eq, (4-2) € some as tenses nos terminais de cada uma das trés resisténcias. VeVi + Va 4+ V5 64 30454-90V Resp. Para se calcular a tensao total através de um circuito série, multiplica-se a corrente peta resisténcia total, ow IR, (43) onde V, = tensio total, V T= corente,A Ry = resisténcia total, Lembre-se de gue num cireuito série passa a mesma corrente em qualquer parte do circuito. Nao some as correntes em cada parte do circuito para obter J na Bq. (4-3). Exemplo 4.3. Um resistor de 45 Q ¢ uma campainha de 60 & esto ligados em sériv (Fig. 4-5). Qual a tensio necessaria através dessa associagio para produzir uma corrente de 0,3 A? 12 Passo Calcule a corrente J. O valor da corrente € 0 mesmo em cada purte de um circuito om série. 1203A (dado) 2° Passo —-Calcule a resist8ncia total R,. Some as duas resisténcias. Rp= Ry +R, (4-1) = 45 + 60 = 1059 68 ELETRICIDADE BASICA 30 Passo Calcule a tensdo total /p. Utilize a lei de Ohm Vs = IR; = 0,3(105) = 31,5V Resp. rc Exemplo 4.4 Uma bateria de 95 V esté ligada em série com trés resistores: 20 £2, 50 Q e 120 (Fig, 46). Caleule a tensto nos terminais de cada resistor. 19 Passo Calcule a resisténcia total Rp. Rr = R,+R,+Ry = 20+ 50 + 120 = 1900 20Passo = Calcule a corrente /. Pela lei de Chm, Vr = IR, de onde se obtém ic CIRCUITOS SERIE DE CORRENTE CONTINUA — 69 39 Passo Calcule a tensfo através de cada parte. Num circuito série, a corrente é a mesma em cada parte; isto é, 7 = 0,5 A através de cada resistor. V, = IR, = 0,5(20) = 10V. Resp. V. = IR, = 0,5(50) Resp, Vs = IR, = 0,5(120) Resp, As tensdes V4, Vz e Vs determinadas no Exemplo 4.4 sto conhecidas como quedas de tensdo ou quedas IR. O seu efeito é de reduzir a tensio disponivel a ser aplicada aos demais componentes de circuito. A soma das quedas de tensfo em qualquer circuito série é sempre igual 4 tensdo aplicada ao circuito. Esta relacdo estd expressa na Eq. (4-2), onde a tensfo total Vp ¢ igual 4 tensdo aplicada, o que pode ser verificado no Exemplo 4.4. Vr = Vit Vit Vy 95 = 10+ 25+ 60 9SV=95V Confere POLARIDADE E QUEDAS DE TENSAO, Quando ha uma queda de tensio através de uma resisténcia, uma extremidade deve sex mais positiva ou mais negativa do que a outra. A polaridade da queda de tenséo 6 determinada pelo sentido da corrente convencional, isto é, de um potencial positive para um potencial mais negativo. O sentido da corrente através de R, é do ponto A para o ponto B (Fig. 4-7). Portanto, a extremi- dade de Ry ligada a0 ponto A possui um potencial mais positive do que 0 ponto B. Dizemos que a tensfo através de R, tal que esse ponto A é mais positivo do que o ponto B. Analoga- mente, a tensao do ponto C é positiva com relag3o ao porto D. Uma outra forma de se visualizar a polaridade entre quaisquer dois pontos é a seguinte: o ponto mais préximo do terminal positivo da fonte de tensdo é mais positivo; também, o ponto mais proximo da terminal negativo da tensfo aplicada & mais negativo. Conseqiientemente, o ponto A é mais positivo do que B, enquanto D & mais negativo do que C (Fig. 4-7), Exeinplo 4.5 Voltando ao Exemplo 4.4. Aterre o terminal negativo da bateria de 95 V (Fig. 4-6). Marque a polaridade das quedas de tensfo no circuito (Fig.4-8), e determine os valores da tensdo nos pontos 4, B, Ce D com relagfo ao terra. . Acompanhe 6 circuito completo no sentido da corrente do terminal positivo da bateria ao ponto A, de A a B, de Ba C,de CaD, ¢ de D ao terminal negativo. Assinale com o sinal mais (+) onde a corrente entra em cada resistor ¢ com o sinal menos (—) onde a corrente sai de cada resis- tor (Fig. 4-8). 70 ELETRICIDADE BASICA Fig. 4-7 Polaridade das quedas de tonsio Fig. 4-8 AS quedas de tenso caleuladas no Exemplo 4.4 esto indicadas na Fig. 4-8. O ponto A ¢ © ponto mais préximo do lado positivo do terminal, portanto a tensfo em A é Vu =+95V Resp. HA uma queda de tensao de 10 V através de Ry, logo a tensio em Bé Va = 95-10 = +85¥ Resp. Hé uma queda de tensdo de 25 V através de Rz, logo a tensfo em Cé Ve = 85-25 = +60V Resp. Hé uma queda de tensio de 60 V através de Ry, logo a tensfio em D Vp = 60-60 =0V Resp. Uma vez que alerramos o circuito em D, Vp deve sor igual a 0 V. Se a0 acompanharmos © circuito encontrarmos para Vp um valor de tensio diferente de 0 V, entdo deveremos ter come- tido algum engano. CONDUTORES Um condutor ¢ um material que possui muitos elétrons livres. O aluminio, o cobre e a prata sfo trés bons materiais condutores de eletricidade. Em geral, os metais so bons condutores. CIRCUITOS SERIE DE CORRENTE CONTINUA = 71 © cobre ¢ o material mais comumente usado em condutores elétricos. Em seguida vem o aluminio. Certos gases também so usados como candutores sob certas condigSes. Por exemplo, o gis neon, 0 vapor de merciitio e 0 vapor de s6dio so usados em varios tipos de lampadas. Os condutores possucm uma resisténcia muito baixa. Um valor t{pico para o fio de cobre é menor do que 3,3 & por 10 metros (m). A fungdo do fio condutor é de ligar a fonte da tensao a uina resisténcia de carga com uma queda de tensiio ZR minima no condutor, de modo que a maior parte da tensdo aplicada possa produzir corrente na resisténcia de carga. Exemplo 4.6 A resisténcia de dois condutores de fio de cobre de 3,0 m de comprimento cada 6 de cerca de 0,05 2 o que € muito pequena se comparada com a resisténcia de 1502 do fila- mento de tungsténio da limpada de incandescéncia da Fig. 4-92. Os condutores devem ter uma resisténcia minima para acender a lampada com o seu brilho total. Quando passa pela Mimpada e pelos condutores em série uma corrente de 0,8 A, 2 queda de tensfo IR através dos condutores € de 0,04 V, com 109,96 V através da lampada (Fig. 4-98). Praticamente toda a tensao aplicada de 110 V estd ligada ao filamento da lampada. 3.0m Filamento da lampade v nm R= 1500 3,0 m ‘Condutores R = 0,050 Condutores de cobre ies obey @ @ Fig. 49 Medidas de fios A Tabela 4-1 selaciona as dimensdes padronizadas de fios de acordo com o Padrfo Ameri cano de Bitolas de Fios. Os mimeros das bitolas especificam a dimensdo de fios cilfndricos em Fungo de seu didmetro e da érea da seco reta circular. Observe o seguinte: 1. A medida que o mimero da bitola aumenta de 1 até 40, 0 didmetro e a 4rea circular diminuem. Nimeros de bitolas maiores correspondem a fios de dimensGes menores. Assim, 0 fio 12 ¢ mais fino do que o fio 4. 2, A rea circular duplica a cada trés dimensoes de bitola. Por exemplo, 0 fio 12 tem uma drea cerca do dobro da drea do fio 15. 3. Quanto maior o niimero da bitola e mais fino 0 fio, maior a resisténcia do fio para qualquer comprimento dado. Portanto, 305 m de fio 12 tem uma sesisténcia de 1,62 2, enquanto o fio 4 tem uma resisténcia de 0,253 2. 72 ELETRICIDADE BASICA Em aplicagdes de fiagSo residencial tipicas, sfo usados os fios 14 ou 0 12 em circuito onde se espera que a corrente nao ultrapasse 15 A, Nos diagramas de fios de circuitos de receptore de rddio, onde a corrente é da ordem de miliamparos, usa-se fio 22. Para essa bitola, a corrent méxima que © fio pode suportar sem aquecimento excessivo é de 0,5 aL A. A drea da secgao reta de fios circulares é medida em “circular mils” (diretamente do inglé que significa mils circulares, onde 1 mil é igual a um milésimo de polegada), cuja abreviagio | emil ov CM. Um “circular mil” é a drea da secgo reta de um fio que possui um didmetro d um mil, isto €, 0,001 pol. © mimero de “circular mils” em qualquer drea circular é igual 20 qua drado do diametro em mils, ou cmil = CM = d? (44 Exemplo 4.7 Calcule a drea em “circular mils” de um fio com um didmetro de 0,004 pol. Inicialmente, passe o didmetro para mils: 0,004 pol = 4 mil. A seguir utilize a Eq. (4-4) para determinar a drea da secc4o reta. CM = d’ = (4 mi’ = 16 Resp. Para evitar que 0s condutores formem um curto-citcuito entre si ou com qualquer outrc metal do circuito, os fios so isolados. O material isolante deve ter uma resisténcia muito alta ser flexivel ¢ no se tomar quebradigo com o passar do tempo. Resistividade Para qualquer condutor dado, a resisténcia de um determinado comprimento depende da tesistividade do material, do comprimento do fio e da drea da seccdo reta do fio de acordo com a formula R=p (45) alo onde R = resisténcia do condutor, 2 1 = comprimento do fio, m A = dtea da secgao reta do fio, CM Pp = tesisténcia espectfica ou resistividade, CM + 92/m O fator p (letra grega que se 1é “1o”) permite a comparago da resisténcia de diferentes materiais de acordo com a sua natureza independentemente de seus comprimentos ou dreas. Valores mais altos de p representam maiOr resisténcia. A Tabela 4-2 apresenta uma lista de valores de resisténcia para metais diferentes tendo os fios a mesma bitola, 1 m de comprimento ¢ drea da secgdo reta de 1 CM. Como a prata, 0 cobre, 0 ouro ¢ © aluminio tém os valores inais baixos de resistividade, so os melhores condu. tores. O tungsténio ¢ o ferro tém resistividade muito mais alta. CIRCUITOS SERIE DE CORRENTE CONTINUA 73. Tabela 4-1 Tabela para Fios de Cobre T Ohms por ‘Onms por 100m 100m Area, de fio Area, | de flo Bho | Ditmete,d, |'Cueuarma | eet | pio | Diimetto.d, | cyanea | decode NP mil a a2secr NO mit a asc 1 289,3 83.690 0.0414 au 28,46 8101 4.279 2 287,64 §6.370 0,0522 22 25,35 24 $5,397 3 2294 52.640, 0,0687 23 22,357 509,5 6,806, 4 04,3 41.740 0,0805 4 2010 404,0 3,580 5 1819 33.100 0,1047 5 17,90 320,4 10,82 6 162.0 26.250 0.1322 % 15,94 254,1 13,65 7 144,3 20820 00,1666 a 14,20 01,5 17,21 8 1285 16.510 0,2100 8 12,64 159,8 21,69 9 M44 13.090 0.2648 2 41,26 126,7 27,36 lo 11,9 10.380 0,3338 30 10,03 100,5 34,49 ik 90,74 823d 0.4210 uu 8,928 79,70 43,51 12 80,81 6.530 0,5308 2 7,950 63,21 54,85 13 796 S178 06695 33 7,080 50,13 69,18 14 64,08 A107 0.8443 34 6,305 39,75 87,21 as 517 3287 1065 35 5,615 3152 | 109.8 16 50,82 2.583 1342 ac 5,000. 25,00 138,7 17 45,26 2048" 1,693 37 4,AS3 19,83 1749 1% 40,30 16rd | 2134 38 3,965 1572 | 220,5 id 35,89 1288 2,692, 39 3,531 12,47 278] 20 31,96 1.622 3,393, 1 40 3145 988 350,5 ‘*Considers-se como temperatura ambiente de 20 a 25°C, Exemplo 4.8 Qual a resisténcia de 152,5 m de fio de cobre N¢ 20? Da,Tabela 4-1, a drea da seopdo retz para 0 fio NO 20 ¢ de 1,022 CM. Da Tabela 4-2, p para © cobre € 34,1 CM + 2/m, Aplicando a Eq. (4-5) podemos determinar a resisténcia de 152,5 m de fio ’ R= 04-840 x(F3) = 5090 Resp, 4 ELETRICIDADE BASICA Exemplo 4.9 Qual a resisténcia de 152,5 m de fio de cobre NO 23? Da Tabela 4-1, A = 509,5CM Da Tabela 4-2, p=34,1 CM Ofm Substituindo na Eq. (4-5) 152,5 R= ox - 64.0 «(Sp's) = 10,20 Resp, Observe a partir dos Exemplos 4.8 ¢ 4.9 que um aumento de 3 na dimensio da bitola, i 4, do NO 20 para o NO 23, reduz a drea circular para a metade e duplica a resisténcia, par mesmo comprimento de fio. Coeficiente de Temperatura © coeficiente de temperatura da resisténcia, a (letra grega denominada “alfa”), indic quantidade de variaggo da resisténcia para uma variago na temperatura. Um valor positive @ indica que R aumenta com a temperatura; um valor negativo de a significa que R diminui um valor zero para @ indica que é constante, isto é, nfo varia com a temperatura. Os valo tipicos de & sdo apresentados na Tabela 4-2, Fabela 4-2. Propriedades de Materiais Condutores* p = Resisténcia| Especifica ou | ¢ = Coeficiente Resistividade |de Temperatura, ee Aluminio 55.8 0,904 Carbono ™ —0,0003 Cobre 34,1 0,004 ‘Constantan 968 0 (cm média) Ferro 190,3 0,006 Niquel 170.6 0,005 Niquelcromo} — 2.217.8 0,002 Ouro 45,9 0,004 Prata 32,1 0,004 ‘Tungsténio 109 0,005 *Os valores so aproximadas, pois a sua preciso depende da com- posiggo exata do material. **0 carbono tem cerca de 2.500 a 7.500 vezes a resisténcia do co- bre. O grafite é uma das formas do carbono. CIRCUTTOS SERIE DE CORRENTE CONTINUA = 73 Embora para um dado material a possa variar ligeitamente com a temperatura, um aerés- cimo na resisténcia do fio produzido por um aumento na temperatura pode ser determinado aptoximadamente a partir da equacdo R, = Ry + Raw AT) (46) onde, = resisténcia mais alta a temperatura mais alta, 2 Ry = tesisténcia a 20°C, Q coeficiente de temperatura, (2/°C = acréscimo de temperatura acima de 20°C, °C a aT Observe que © carbono tem um coeficiente de temperatura negativo (Tabela 4-2). Em geral, o ¢ negativo para todos os semicondutores como o getminio e © silicio, Um valor de a negativo indica menor resisténcia em temperaturas mais altas. Conseqlentemente, a resisténcia de diodos semicondutores ¢ de transistores pode sor reduzida consideravelmente ao se aquecerem por efeito da corrente de carga normal. Observe também que o constantan apresenta uin valor nulo para a (Tabela 4-2). Assim sendo, ele pode ser usado na construgdo de resistores de fio enrolado de alta precisdo, pois a resisténcia ndo varia. com o aumento da temperatura. Exemplo 4.10 Um fio de tungsténio tem uma resisténeia de 10 2 a 20°C. Calcule a sua resis- téncia a 120°C. Da Tabela 4-2 a = 0,005 OC O acréscimo de temperatura AT = 120 - 20 = 100°C Substituindo na Eq. (4-6), R, = Ro + Role AT) = 10 + 10(0,005 x 100) - 104+ 5= 150 Resp. Em virtude do aumento de 100°C na temperatura, a resistencia do flo aumentou de 5 2, ou de 50 por cento do seu valor original que era de 10 2. POTENCIA TOTAL EM UM CIRCUITO SERIE Verificamos que a lei de Ohm podia ser usada para a determinagdo de valores totais num circuito série, berm como para partes separadas do circuito. Analogamente, a formula para a poténcla pode set aplicada para valores totais. Pr =IVr an 76 ELETRICIDADE BASICA onde P, = poténcia total, W 1 = comente, A V, = tensio total, V A poténcia total Pp produzida pela fonte num circuito série tamhém pode ser expre como a soma das poténcias individuais usadas em cada parte do circuito. Pr=P\+P,+Pyt--- +P, 4. onde Py = poténcia total, W P, = poténcia usada na primeira parte, W P, = poténcia usada na segunda parte, W P, = poténcia usada na terceira parte, W P, = poténeia usada na enésima parte, W Exemplo 4.11 No circuito apresentado (Fig. 4-10), caleule a poténcia total Pp dissipada Ri eRa, 19 Passo Calcule J aplicando a lei de Ohm, 20 Passo Calcule a poténcia dissipada em Ry eR2. P, = FR, = 45) = 80W P, = PR, = (10) = 160 W 39 Passo Calcule a poténcia total P; somando P e Po. Py = Py + P; = 80 + 160 = 240W Resp. CIRCUITOS SERIE DE CORRENTE CONTINUA 7 Um método altemativo seria utilizar a Eq. (4-7) ditetamente. Py = IVs 1=4A Pr = 4(60) = 240W Resp. Calculada por qualquer método, a poténcia total produzida pela bateria é de 240 W e é igual & poténcia dissipada pela carga. QUEDA DE TENSAO POR PARTES PROPORCIONAIS Num circuito série, cada resistencia produz uma queda de tensfo V igual a sua parte propor- cional da tensto aplicada. Colocado na forma de uma equacdo, temos: (49) onde V = tensio, V R = resistencia, 2 Ry = tesisténcia total, 2 R/Ry = parte proporcional da resisténcia V; = tensfo (otal, V Uma sesisténcia R mais alta apresenta uma queda de tensZo maior do que uma resisténcia mais baixa no mesmo circuite série. Resisténcias iguais aprosentam quedas de tensfo iguais. Exemplo 4.12. © circuito (Fig. 4-11) é um exemplo de um divisor de tenso proporcional. Calcule a queda de tenséo através de cada resistor pelo método das partes proporcionais. Escreva as formulas, usando a Eq. (4-9) =k ‘Ry Ry. R Veo Ve Vr 3 V3 RY v Rr Calcule Ry - Rr = Ri + Ro + Rs = 20+ 0+ 50 = 100k0 Substitua os valores. 20 sop = 0g 100 = 20V Resp. 30 Vi = 79g 100= 300 Resp. 50 99 = Fpl = 50V Resp. 78 ELETRICIDADE BASICA Fig. 411 A formula para o método proporcional ¢ deduzida da ei de Ohm. Por exemplo, som Vy, Va ¢ V3 para obter R R: Ry Vit Vat Vim give tage Vr tg Ve Fatorando o lado direito da equagso Vit Vat Vs FER + Re+ RO Aplique as relagées Vr = Vit Vat Wa Rr=RitRst+R, ¢ substitua: Confere PROBLEMAS RESOLVIDOS 4.1 Caloule a tensio necesséria para que uma corrente de 10 A circule pelo circutto séri dado na Fig. 4-122, 19 Passo Caleule a resisténcia total Rr = R\+Re+Rs =2434+5= 100 29 Passo Catcule a tensfo (mostramos 0 circuito série com Ry na Fig. 4-125). (4D Vr = IRy (43 = 10(10) = 100V Resp, CIRCUITOS SERIE DE CORRENTE CONTINUA = 79 wo Fig. 4-12 42 Na Fig. 4-13, uma bateria de 12 V fornece uma corrente de 2 A. Se R, = 2 St, caleule Reh. 19 Passo Calcule Ry. Pela lei de Ohm, Ry = 2 = 3 =60 24 Passo Calcule Ri. R.=R.+R: “aD Transpondo R= Ry -R2=6-2=40 Resp, - 30 Passo Caleule V,. V, = IR, = 24) = 8V Resp. Um método alternativo para a solugdo 6 usar as quedas de tensfo. 19 Passo Calcule Vy Vr = Vit ¥: 80 ELRTRICIDADE BASICA Transpondo, 12- Vz Mas de modo que V, = 12 ~ IR; = 12 - 22) = 12~4=8V Resp. 20 Passo Calcule Ry. Fig, 4-43 43 Nocircuito da Fig. 4-14, calcule a queda de tensao através de R3. Soma das quedas de tensfo = tensio aplicada WH IS+ V +84 10 = 60 434 Vi, = 60 Vy = 00-43 = 17 Resp. RX RX wv Is¥ ov R 10V av R, R 44 190.9 100 2 SR, R CIRCUITOS SERIE DE CORRENTE CONTINUA — 81 Um circuito série (Fig. 4-15a) utiliza o terra como uma ligagia comum e como um ponto de referéucia para as medidas de tensfo. (A ligago do terra estd a 0 V.) Marque a polaridade das quedas de tensio através das resisténcias R,, Ra, e caleule as quedas de tensdo nos pontos A eB com relagdo ao terra. s0¥ sav i i) to Fig. 4615 19 Passo Marque as polaridades. A corrente 7 flui do terminal positivo da bateria, passa por Rj, pelo terra, sobe por Ra, e volta ao terminal negativo da bateria (Fig. 4-156). Coloque um sinal + onde a conente entra na resisténcia ¢ um sinal — na extremidade de onde a corrente emerge (Fig. 4-155). Marque a tensao do terra (0 V) como uma referéncia para medir as quedas de tenséo. 20 Passo Calcule a resisténcia total, aplicando a Eq. (4-2) Ry = RK, + R, = 100 + 100 = 2000 30 Passo Calcule a corrente que passa pelo circuito. Va _ 100 R307 0,54 49 Passo Calcule as quedas de tensiio. V, = IR, = 0,500) = 50V IR, = 0,5(100) $9 Passo Indique a polaridade da tensdo nos pontos A e B. © ponto A esté com SO V positives em relago a0 terra, enquanto o ponto B esté com 50 V nega. tivos em relagdo ao terra (Fig. 4-15c). O ponto A estd mais proximo do ter- minal positiv, enquanto o ponto B est mais proximo do terminal negativo. 82 ELETRICIDADE BASICA 69 Passo Verifique as quedas de tensao. Soma das quedas de tensio = tenso aplicada Vit Ve = Vp 50+ 50 = 100 100V = 100¥ Confere 45 Que cozente fluiré no circuito (Fig. 4-16) se os condutores NO 12 forem de (a) cobre, (b) tungsténio, ¢ (c) niquel-cromo? (A temperatura é de 20°C). (2) Condutor de cobre: p= 341 (Tabla 4-2) A= 6530CM — (Fabela 4-1) Resisténcia do condutor de cobre: R= ox (45) = Bal x 2x 305 6530 = 03199 Resisténcia total do circuito = resisténcia do condutor + resisténcia de carga Ry = R+R. = 0319 + 10 = 10,3190 vi __ 120 By 7 ai 7 HOA Resp. (6) Condutor de tungsténio: p=1109 (Tabela 4-2) A= 6530CM —— (didmetro igual ao do condutor de cobre) R= ot (45) 110,9 x 6,1 = io: = = 6530.7 4,035 2 R+R, = 1,035 + 10 = 11,0350 120 1,033 ~ 10,9 A Resp. | 46 CIRCUITOS SERIE DE CORRENTE CONTINUA — 83 30,5 m de fio NOL 30,5 m de fio NO 12 Fig. 4-16 (©) Condutor de niquel-cromo: e = 2.217,8 (Tabela 4-2) A = 6530CM — (diametro igual ao do condutor de cobre) =pt R-ox an _ 2.2178 x61 _ = 5530 70 Rr = R+ RK, = 20,7 + 10 = 30,79 =¥ 10 _ = 7397 3A Resp. Observe que & medida que o fator p aumenta, a resisténeia do circuito aumenta e a corrente do circuito diminui. Cinco limpadas est fo ligadas em série (Fig. 4-17). Cada limpada exige 16 Ve 0,1 A. Calcule a poténcia total gasta. A tensio total V; 6 igual 4 soma das tensOes individuais através de todas as partes do circuit em série. Vr = Vit Vit Vit Vat Vs 2) 16 + 16 + 16 + 16 + 16 = 30V ‘A cortente que atravessa cada resisténcia (lémpada) a tinica corrente do circuito série. i} 1=0,1A Logo, a poténcia total 6 P, = 1Vy 47 0,180) =8W Resp. 84 ELETRICIDADE BASICA individuais. A poténeia total é também a soma das potén Para uma Limpada, P.= Vd 160,1) = 1,6W Para cinco lampadas, P, = SP, = 5(1,6)=8W Resp. Von WV v= eV Fig.4-17 4.7 Calcule J, V1, V2, Ps ¢ Ro no circuito que aparece na Fig. (4-18). 19 Passo. Caleule Z Utilize a formula da poténcia, P; = 1] R,.Portanto 2 Py _ 80 BeRos Extraindo a maiz quadrada, L=VI6=4A Como este ¢ um circuito série, 1=0=4A Resp. 29 Passo Calcule V1, V2 ¥. = IR, = 45) = 20V Resp, Vp = Vi Vi=1200-20= 100V Resp. 39 Passo Calcule P2, Ro. P; = Val = 100(4) = 400 W Resp. Resp. 48 49 CIRCUITOS SERIE DE CORRENTE CONTINUA 85 Fig, 4-18 Trés resistores de 20 kQ R,, Ry e Ry estdo associados em série através de uma tensdo aplicada de 120 V_ Qual a queda de tensfo através de cada resistor? Como R,, R2 @ Ry so iguais, cada um deles tem exatamente um tergo da resis- téncia total do circuito série e um tergo da queda de tensfo total. Logo, V=5120=40V Resp. Utilizando 0 método do divisor de tensfo calcule a queda de tensfo (Fig. 4-19) através de cada resistor. vv Fig. 4-19 Uma vantagem importante em se usar a {6rmula do divisor de tensfo é que ela permite determinar as quedas de tensio a partir de V, ¢ as sesisténcias sem calcular acorrente, Se determinarmos inicialmente a corrente, entso poderemos catcular a queda de tens4o multiplicando a corrente peta resisténcia. Por exemplo, Vp Vr 10 Po RRR 34771 A Entfo V, = IR, = 13) = 3V Confere V2 = IR: = (7) = 7V Confere 8: ELETRICIDADE BASICA 4.10 Compare o efeito sobre 2 queda da tensfo de um resistor de 1 Ne de um de 99 Nem série. Pelo fato das quedas de tonsfo serem proporcionais as sesisténcias, uma resisténcia muito pequena {1 @) produz um efeito muito pequeno quando esté em série com We ronistSncia muito mais alta (99 &2). Por exemplo, se a tenso aplicada for de 100 V, & queda de tensiio através do resistor de 10 seria de LV [(1/100)(100)] = 1 V, enquante Stravés do resistor de 99 © ela seria de 99 V [(99/100) (100)] = 99 V. 411 Uma bateria de 12 V deve fornecer uma tensSo de § V utilizando-se um divisor de tensao com dois resistores (Fig, 4-20). A corrente no divisor deve ser de 100 mA. Calcule os valores dos resistores Ri e Ra- r 45¥ ov Fig 4-20 19 Passo Caleule Ry. -— 2. = yoo os 7 708 29 Passo Calcule Ry. Da Fig. 4-20, acomparihando 2 tensio através dos resistores de tera em 0'V, temos 5 V através de Ry (V2 = 5 V), de modo aue ha 7 V atsavé de Ry (Fy = 79) para um total de 12 V (Fy = 12 V). Aplique a formula d divisor de tensfo. (49 'A raufo entre os dois resistores 6 conhecida porque 4 13780 entie as dv tensbes € 7/12. Logo, 7 = Bim= 709 Resp. CIRCUITOS SERIE DE CORRENTE CONTINUA — 87 39Passo Calewe R2. R, = R.+R: Transpondo os termos e substituindo R,= Ry — RK, = 120-70 = 00 Resp. PROBLEMAS PROPOSTOS 412 Um carto tem uma lampada de painel de 1,5 @ @ 3 Ve uma limpada de 1é de 1,5 Qe 3. V tigadas em série com uma bateria que libera 2 A (Fig. 4-21). Calcule a tensdo da bateria ¢ a resisténcia total do circuito. Limpada de 16 Lampada de painel Fig. 4-21 4.13 Se trés resistores forem ligados em série através de uma bateria de 12 Ve a queda de tensio através de um resistor for de 3 V e a queda de tenso através do segundo resistor for de 7 V, qual a queda de tensao através do terceiro resistor? 4.14 Uma lampada que utiliza 10 V, um resistor de 10 $2 que consome 4 A, e um motor de 24 V esto associados em série. Calcule a tensfo total ¢ a resisténcia total. 4.15 Caloule 1040s os valores de corrente, de tensfo e de resisténcia que estdo fultando num cirenito regulador de alta tenso num receptor de TV em cores (Fig. 4-22). A queda de tensio através de cada resistor é usada para fornecer tenstio para outras partes do receptor. AT (Alta Tensio) ¥,235V Fig. 4-22 88 ELETRICIDADE BASICA R; Fig. 4-23, 416 Dados J = 2 A; Ry = 100; Vz = 50 Ve V; = 40 V, caleule V1, Vp, Ra, Ra eR; (Fig. 4.23), 417 Um divisor de tensdo € formado por uma associagdo de resistores de 3.000 2, 5.000 e de 10.000 2 em série. A corrente na associagdo da série é de 1$ mA. Catcule (a) a quedz de tensao através de cada resisténcia; (b) a tensio total e (c) a resistencia totol. 4.18 Um circuito cc transistorizado pode ser representado como na Fig. 4-24. Calcule a resis téncia total e @ tensdo entre os pontos 4 e B, 1, = 0.6m R, = 12k0 Reg = 1D wer? Resistor 3)? _ Regulador eu Ry = 320 Ry = 25 k0 Fig. 4-24 Fig. 4-25 4.19 Um “spot” de teatro de 12 2 estd ligado em série com um resistor regulador de 32 2 (Fig. 4-25). Se a queda de tensao através da lmpada for de 31,2 V, calcule os valores que esto faltando, indicados na Fig. 4-25. 4.20 Caleule os valores da tensfo nos pontos A, B, Ce D que aparecem no circuito (Fig. 4-26) em relagio ao terra. 4.21 422 4.23 4.24 4.25 4.26 4,27 CIRCUITOS SERIE DE CORRENTE CONTINUA 89 18a Fig. 4-26 Calcule a tensdo nos pontos A ¢ B em relagao ao terra (Fig. 4-27). sov R, Ze isa dar, Fig. 4-27 Uma bobina é enrolada com 4.000 espiras de fio de cobre NO 20. Se o comprimento médio de fio em uma espira é de 7,6 em, qual o valor da resisténcia total da bobina? Qual serd a sua resisténcia se for usado 0 fio NO 25 em vez do No 20? (A temperatura é de 25°C). Se o comprimento total de uma linha for de 61,0 m, calcule a menor bitola de fio de cobre que limitard a queda da linha a $ V com 115 V aplicados e uma carga de 6 A. Qual a sesisténcia de 61,0 m de comprimento de (a) fio de cabte N9 16 e (6) fio de alunvinio NO 20? (Tire 0 valor do didmetro da Tabela 4-1). Se um fio de cobre tiver uma resisténcia de 492 20°C, qual o valor da sua resisténicia a 75°C? Seo fio for de NO 10, qual o seu comprimento em metros? Calcule a corrente de carga J (Fig. 4-28) para que a queda IR do fio seja de 24,6 V com um fomecimento de 115 V. Calcule também o valor de Ry. Dois resistores formam um divisor de tensfo para polarizaglo de base num amplificador de fudio. As quedas de tensdo através deles sto de 2,4 Ve 6,6 V, respectivamente, mmm circuito de 1,5 mA. Determine a poténcia em cada resistor e a poléncia total dissipada em miliwatts (mW). 99 ELETRICIDADE BASIC4 30,5 m de fio NO 16 30,5 m de fio NO 16 Fig. 4-28 4.28 Caleule Vi, V2, Vs, P1,P2,Ps, Pre Rs (Fig. 4-29). Fig. 4-29 429 Um resistor de 90 2 um outro de 10 @ estZo ligados em sétie através de uma fonte 3 V. Caloule a queda de tensao através de cada resistor pelo método do divisor de tens 4.30 Um potenciémetro pode ser considerado como um divisor simples de tens#o com ck resistores (Fig. 4-30). Em que ponto da resisténcia deve ser colocado o brago de contre num potenciémetro de 120 §% para se obter 2,5 V entre o brago (panto A) do pote ciémetro e o terra (ponto 8)? Fig, 4.30 CIRCUITOS SERIE DE CORRENTE CONTINUA — 9 431 Caleule a queda i através de cada resistor nos seguintes circuitos, pelo método do divisor de tensdo (Fig. 4-31). 202 mov >= R, 2 i a sv (e ) te) Fig. 4-31 RESPOSTAS DOS PROBLEMAS PROPOSTOS. 412 ¥p=6V; Rp =302 4132 414 Vr =T4av; Rp = 18,52 415 Fy = 200V, f= 0,07 mA; Vz =105V, J, =0,07 mA; Rs = 500 k@, Vp = 840 V; Rp=12MQ, 1=0,07mA } 416 Vy =20V; Pp = 110 V; Rz = 25.0; Rs =O; Rp =S5Q 417) @ Ky =45V, ¥2 =75V, Vy = 150V (®) Vr =270V5 (@) Rp = 18.0009 - 418 Rp=50Kk2; Vyg=30V 419 =i, =1=2,6A, V2 =83,2V; Vp = li4aV; Rp =44.2 420 Vq=+60V; Vg =+50V; Mo =+30V; Vp =0V 421 ¥4=+20V; Yg=—-30V 422 10,35 2; 33,02 92 ELETRICIDADE BASICA 4.23 Fio de cobre NP 16 4.24 (a) 0,805 2 (b) 1322 425 4,889; 1464m 426 1=30A, R, =3,019 427 P, 3,6 mW: P, =9,9 mW; Pr = 13,5 mW 428 Vy = 30V; Vp = 15V; Vy = S5.Vs Py = 150 mW; Py = 75 mW; Py = 275 mW; Py = 500 mW; Ry =11k2 429 2,1V;03V 430 No ponto de 25 a partir do terra. 431 (@) Vy =60-V; V2 = 180V; (8) Vy =25 V3 V2 =50V; V3 =35V © VaH1 SV; Vs = BV; Vy =345 Vs Ve =46V CAPITULO 5 CIRCUITOS PARALELO DE CORRENTE CONTINUA TENSAO E CORRENTE EM UM CIRCUITO PARALELO Um citeuito paralelo aquele no qual dois ou mais componentes estdo ligados a mesma fonte de tensdo (Fig. 5-1). Os resistores Ry, Ry ¢ Rs est4o em paralelo entre si e com a bateria, Cada percurso paraicio é entgo um ramo ou malha com a sua prépria corrente. Quando a corrente total fp sai da fonte de tensfo V, uma parte f, da comente Jp flui através de R,, uma outra parte Ip flui através de Ra, a parte restante J, passa através de R3. As correntes, [,,, e Jy 10s ramos podem ser diferentes. Entretanto, se for inserido um voltimetro (um instrumento que serve para medir a tensdo de um circuito) através de R, Ro e Rs, as respectivas tensoes V,, Vz ¢ V; serdo iguais. Portanto, V=aV=¥2= Vv (5-1) Fig. 51 Um circuito paralelo A corrente total Jy é igual a soma das correntes em todos os ramos. G=h+h+h (5-2) 93 94 ELETRICIDADE BASICA Esta formula aplica-se a qualquer ndmero de ramos em paralelo sejam as resistencias iguais ou : Peta lei de Ohm, cada corrente de ramo é igual 3 tensio aplicada dividida pela resisté entre os dois pontos onde a tensdo ¢ aplicada. Assim sendo (Fig. 5-1), para cada ramo temo seguintes equag6es: Ramo 1: =v Vv OP TRATR Ramo 2: n-V-£ ( 2 Ramo 3: B=p-h 2 Re Com a mesma tense aplicada, um ramo que possua menor resisténcia permite a passagem de u corrente maior através dele do que um ramo com uma resisténcia mais alta. Exemplo 5.1 Duas lampadas que retiram do circuito 2 A mais uma terceira limpada que re 1 A esto ligadas em paralelo através de uma linha de 110 V (Fig. 5-2). Qual a cortente total? A formula para a corrente total ¢ T=ah+h+h Gs =2+241=5A Resp. A corrente total éde 5 A. Fonte de alimentagao de 110¥ Fig. 5-3 CIRCUITOS PARALELO DE CORRENTE CONTINUA 95 Exemplo 5.2 Dois ramos Ry e Rz ligados a uma linha de tensfo de 110 V consomem do circuito ‘ama corrente total de 20 A (Fig. 5-3). O ramo Ry setisa 12 A do circuito. Qual a corrente £, no xamo R;? Partindo da Eq. (5-2), transponha os membros para isolar 7, ¢ entdo substitua os valores dados. =h+kh Lh=h-h =W~12=8A — Resp. Acorrente no ramo R; € de 8 A. Exemplo 5.3 Um circuito paralelo é formado por uma cafeteira elétrica,-um torrador de pio, © uma panela de frituras ligados is tomadas de 120 V de uma cozinha (Fig. 5-4a). Que corrente fluird em cada ramo do circuito ¢ qual € a corrente total consumida por todos os eletrodomésticos mencionados? Cafeteira elétrica (18 2) Torradeirade pao (15%) Panela de frituras (12 2) @ Fig. 8.4 96 ELETRICIDADE BASICA Inicialmente, desenhe o circuito conforme o diagrama da Fig. 5-45. Mostre a resisténci de cada aparelho. H4 um potencial de 120 V através de cada aparelho considerado. A segui utilizando a Eq. (5-3), aplique a lei de Ohm a cade aparelho tigado. Cafeteira elétrica: =a ga Resp, Torrador de pao: Panela de frituras: he =10A Resp. Bi< 120 12 Determine agora a corrente total, através da Eq. (5-2) h=h+he+eh =848+10= 6A Resp, Com essa carga de 26 A, um disjuntor ou um fusivel de 20 A abrird o circuito. Este exempl mostra a necessidade de se dispor de dois circuitos de 20 A destinados avs eletrodoméstico numa cozinha. RESISTENCIAS EM PARALELO Resisténcia Total A resisténcia total num circuito paralelo pode ser determinada aplicando-se a fei de Ohm divida a tensdo comum através das resistencias om paralelo pela corrente total da linha. Roe i (5-4 Ry € a tesisténcia total de todos os ramos em paralelo através da fonte de tenso V,¢ Ip é : soma da corrente de todos os ramos.” Exemplo 5.4 Qual a resisténcia total do circuito que aparece na Fig. 5-4 (Exemplo 5.3)? No Exemplo 5.3 a tensdo da linha € de 120 V ¢ a corrente total da linha € de 26 A. Con seqtientemente, Vv _ 120 | Rr =F = 5g = A620 Resp. CIRCUITOS PARALELO DE CORRENTE CONTINUA — 97 cama total ligada 4 linha de 120 V € a mesma se houvesse uma Gnica resisténcia equivalente @e 4,62 2 ligada através da linha (Fig. 5-5), Os termos resisténcia total e resisténcia equivatente ‘ml usados indiferentemente. Fig. 5-5 Circuito equivalente ao da Fig. 4 Formula Geral Inversa A resisténcia total em paralelo é dada pela formula: (5-5) 1 1 +R Kt Ut onde Rr é a resisténcia total em pazalelo e R,,.R2,R3 & Ry, Ao as resisténcias nos ramos. Ezemplo 5.5 Calcule a resisténcia total dos resistores de 22, 4 2 @ de 8 2 associados em para- Ilo (Fig. 5-6) Escreva a formula para as trés resisténcias em paralelo i (5-5) Substitua os valores das resisténcias Some as fragdes, 2o4_ titge g Inverta os dois lados da equago para obter o valor de Rr 1,440 Resp, 98 ELETRICIDADE BASICA (@ Circuito com ramos em paralelo (B) Circuito equivalente Fig. 5-6 Observe que quando as resistencias esto ligadas em paralelo, a resisténcia total é sempre men do que a resisténcia de qualquer ramo isoladamente. Neste caso, Ry = 1,14 2 é menor do q Ry = 22, Ry =4eR; =82. Exemplo 5.6 Acrescente um quarto resistor de 29 em paralelo ao circuito da Fig. 5-6. Qu a nova resisténcia total e qual o efeito de se acrescentar uma outra resisténcia em paralelo? Escreva a f6rmula para as quatro resisténcias em paralelo G Substitua os valores, Some as fragdes, Inverta, = 0,739 Resp. Dessa forma, vemos que 0 efeito de se acrescentar uma outra resisténcia em paralelo é uma redug’ da resisténcia total de 1,14 2 para 0,73 82. Formulas Simplificadas A resisténcia total de resistores iguais associados em paralelo é igual a resisténcia de ur resistor dividida pelo niimero de resistores. R R= N {5-6 CIRCUITOS PARALELO DE CORRENTE CONTINUA 99 onde Ry = resisténcia total de resistores iguais em paralelo, % R = tesisténcia de um dos resistores iguais, 2 N = numero de resistores iguais Exemplo 5.7 Quatro limpadas, cada uma delas com uma resisténcia de 60 $2, estZo ligadas em paralelo. Calcule a resisténcia total. E dado R= R= R= R= R= 00 Nad Escreva a Eq. (5-6) e substitua os valores. R_ 6. Ryn 7 SO Rep. Quando quaisquer dois resistores diferentes estiverem em paralelo, é mais fécil calcular a resisténcia total multipticando as duas resistencias, e entdo dividindo o produto pela soma das resisténcias, RR. _ RR: : RRR on onde Rr é a resisténcia total em paralelo eR, ¢ Rp sd0 08 dois resistores em paralelo. Exemplo 5.8 Calcule a resisténcia total de um resistor de 6 @ associado a um outro de 18 em paralelo. Sao dados Ry = 6 Q, Ry = 18.9. Bscreva a Eq. (5-7) ¢ substitua os valores. = Oe 6+ 18 _ 18 = SPT ASD Resp. Em alguns casos de dois resistores em paralelo, 6 util determinar o valor de R x a ser ligado em paralelo com um resistor X conhecido, a fim de se obter o valor desejado de Ry. Para se choger & formula adequada, comecamos com a Eq. (5-7) ¢ transpomos os fatores da seguinte forma: Rr “RR, Multiplicando em cruz, RrR + RrR, = RR, Transpondo 0s termos, RR, — RR, = RR Fatorando, RAR ~ Rr) = RR Obtemos o valor de Ry, R, = RRe (5-8) R- Rr 1900 ELETRICIDADE BASICA Exemplo 5.9 Que resisténcia deve ser acrescentada em paralelo a um sesistor de 4 & para f duzir uma resisténeia total de 3 92 (Fig. 5-7)? Fig. 8-7 Sao dados R= 4 Qo Ry = 3 2. Escreva a Eq. (5-8) e substitua os valores. RR _ 4 R-Rr 4- Resp. CIRCUITO ABERTO E CURTO-CIRCUITO Um “aberto” em qualquer parte de um circuito 6, na verdade, uma resisténcia extren mente alta que implica auséneia de fluxo de corrente através do circuito. Quando houver ut interrupgao na linha principal (0 “*X” na Fig. 5-84), 2 corzente nffo chegaré a nenhum dos ram em paralelo. Quando houver um “aberto” num dos ramos (ramo 2 na Fig. 5-85), no have corrente nesse ramo apenas. Entretanto, as correntes nos ramos | ¢ 3 continuarfo a Muir t&o lo sejam ligados fonte de tensio o—-x Aberto, {(@) Linha principal aberta {b) Ramo paralelo aberto Fig. $-8 Circuitos patalelo abertos Um “curto” em qualquer parte de um circuito é, na verdade, uma resisténcia extrem mente baixa. Como conseqiéncia, fui uma corrente muito alta pelo curto-circuito. Suponha at um fio condutor no ponto a na Fig. 5-9 entre em contato acidentalmente com o fio no ponto | CIRCUITOS PARALELO DE CORRENTE CONTINUA 101 Como 0 fio é um excelente condutor, 0 curto-circuito oferece um percurso paralelo com uma sesisténcia praticamente nula do ponto a ao ponte b. Praticamente toda a corrente ini passar por esse caminho. Como a resisténcia do curto-circuito ¢ praticamente zero, a queda de tensdo através de ab sera praticamente zero (pela lei de Ohm). Dessa forma, os resistores Ri,.Rz ¢ Ry nfo consu- mirfo a sua corrente normal, Curto-citeuite Fig. 5-9 Curto num circuito paralelo Exemplo 5.10 Caloule a corrente em cada ramo em paralelo (Fig. 5-102). Se 0 resistor do se- F undo ramo sc queimar, produzindo um circuito aberto (Fig. 5-105), calcule as novas correntes mos ramos. Utilize a Eq. (5-3) ¢ substitua os valores, Com os circuitos normais (Fig. 5-10a), (@) Circuito normal (@) Circuito aberto Resp. Resp. Resp. 102 ELETRICIDADE BASICA O ramo 1 ainda funciona normalmente com 0,5 A. Este exemplo mostra a vantagem de se asso componentes em parlelo, Um circuito aberto num componente simplesmente abre o ramo contém 0 componente, enquanto o outro ramo paralelo mantém a sua tensio ¢ corrente norm DIVISAO DA CORRENTE EM DOIS RAMOS PARALELOS As vezes torna-se necessério determinar as correntes em ramos individuais num circu em paralelo se forem conhecidas as resisténcias e a corrente total ¢ se no for dada a tensdo atra do bance de resisténcias, Quando se considera somente dois ramos, a corrente num ramo 5 uma fragdo da corrente total. Essa frag#o € 0 quociente da segunda resisténcia pela soma resisténcias, (5- 4 onde J, ¢ 42 silo as correntes nos respectivos ramos. Observe que a equagdo para a corente : cada ramo tem o R oposto no numerador. Isto porque a corrente em cada ramo é inversame! proporcional & resisténcia do ramo, © denominador é 0 mesmo em ambas as equagbes e é ig 4 soma das resisténcias nos dois ramos. Exemplo 5.11 Calcule as correntes nos ramos J, ¢ /, para o circuito que aparece na Fig. 5-1 Sto dados Jp = 18 A,R, =3 Qe R; = 6 OW. Escreva as equagdes ¢ substitua os valor R, he Rar & = Sige FaGle= gle = 2A Resp, =3ik=6a Resp. (St Como /7 ¢ J; sao conhecidos, podemos determinar J, simplesmente subtraindo: =hth Let -hh=18~12=64 Resp, CIRCUITOS PARALELO DE CORRENTE CONTINUA 103 Fig. S11 CONDUTANCIAS EM PARALELO A condutdncia € 0 oposto da resisténcia, Quanto menor a resisténcia, maior a condutancia, F Qssimbolo da condutancia é G ¢ a sua unidade ¢ o siemens (S). G é 0 reciproco de R, ov (5-11) Por exemplo, 6 © de resisténcia é igual a 1/6 S de condutancia. Como a condnténcia € igual a0 inverso da resisténcia, 0 reciproco da equagao da resisténcia, Eq. (5-5) pode ser escrita para a condutancia na forma: Gr=GtG+tGto+G, (512) onde Gy € a condutdncia total em paralelo ¢ Gy, G2, Gs ¢ Gy, sf0 as condutineias dos ramos. Exemplo 5.12 Calcule a conduténcia total do circuito na Fig. 5-12. A seguir, calcule 2 resis- téncia total Rp e compare o valor com 0 calculado no Exemplo 5:5 Fig. 5-12 104 ELETRICIDADE BASICA Este circuito € ic éntico ao da Fig. 5-6 usado no Exemplo 5.5. Converta a resisténcia cada ramo em conduténcia usando a Eq. (5-11), e some entdo os valores da condutaneia p: obler Gy. ai aR, Gr = G1 + Gr + Gs (SI = 0,5 + 0,25 + 0,125 = 0,875 Resp. Finalmente R=-7 7 Gy 7 pars 7 140 Resp. © que concorda com o valor de Ry encontrado no Exemplo 5.5. Allei de Ohm pode ser escrita em fungdo da condutancia. Lembre-se de que v Rr=7 (. _v hog Mas I/Rp = Gr, portanto Ir = VG; (51 Exemplo 5.13 Se a fonte de tensfo ligada em paralelo na Fig. 5-12 for de 100 V, calcule corrente total. Sto dados V = 100 Ve Gy = 0,875 S. Utilizando a Eq. (5-13), dy = VGy = 100(0,875) = 87,5A Resp. A POTENCIA EM CIRCUITOS PARALELO Como a poténcia dissipada na resisténcia do ramo deve se originar na fonte de tensio, poténcia total é igual a soma dos valores individuais da poténcia em cada ramo. Py = P,+ P,+ Py+:-) + P, (5-14 CIRCUITOS PARALELO DE CORRENTE CONTINUA 105 onde ? é a poténcia total ¢ Py, P2, Ps ¢ P,, Sf0 as poténcias nos ramos. A poténcia total também pode ser caloulads pela equagdo Pr = Vir (S15) onde Pr é a poténcia total, V é a fonte de tensfo que alimenta todos os ramos em paralelo, e Lp é acoriente total A poténcia dissipada P em cada ramo é igual a VFe é igual a V?/R. Em ambas as associagGes, em série e em paralelo, a soma dos valores individuais da potén- cia dissipada no circuito é igual 4 poténcia total gerada pela fonte de alimentagdo. As associaySes do circuito ndo podem mudar o fato de que toda a poténcia do cireuito provém da fonte de alimentagao. Exemplo 5.14. Calcule 2 poténcia dissipada em cada ramo ¢ a poténcia total do circuito na Fig. 5-13. Inicialmente calcule a corrente nos ramos ¢ a poténcia em cada ramo. =v neR v hog P, = VI, = 202) = 40W Resp. Py = Viz = 204) = 30W Resp. Fig, 5-13 A seguir, some esses valores de poténcia em cada ramo pata obter Pp. Py+Py 40+ 80 = 120W Resp. {S-14) Pe Uma outa forma de se determinar Py € através do caleulo de Fy. Tr=hth=2+4=6A Entio Py = Vis (S19) = 26) = 120W Resp. 106 ELETRICIDADE BASICA Os 120 W de poténcia fomecidos pela fonte so dissipados nas resisténcias dos ramos. Ha ainda outros meios de se calcular a poténcia total e a poténcia consumida em os ramo. = 120W onde =035 PROBLEMAS RESOLVIDOS 5.1 Complete com uma ou mais palavras, 0 mais corretamente possivel, as afirmagdes seguintes: (2) Arwesisténcia equivalente Ry de ramos paralelos é_____ do que a mer resisténcia dos ramos, uma vez que todos os ramos reunidos devem retirar corrente da fonte do que qualquer ramo isolado. (6) Quando dois resistores esto ligados em paralelo, a tensio através de cada 1 da. : (©) Um ramo aberto faz. com que a corrente que passa por aquele ramo seja mas os Outros ramos continuam a ter a sua corrente : (d} Um curto-circuito possui resistencia __________, resultando numa correr (©) Se duas resisténcias ligadas em paralelo dissipam cada uma 5 W, a poténcia to fomecida pela fonte de tensdo ¢ igual a ___ W. Resp.: (@) menor, mais (4) mesma (c) nula, normal (d) zero, excessiva (e) 10 5.2 Os ramos de circuito num sistema de fiagdo doméstica so paralelos. Liga-se ao circu de cozinha um torrador de pao, uma cafeteira elétrica e uma panela de frituras. Send a tensdo da linha de 110 V (Fig. 5-14) calcule: (a) a corrente total da linha principz (®) a tensZo que entra em cada aparelho, e (c) a resisténcia total do cireuito. S40 dado corrente através do torrador de pao = 8,3 A, corrente através da cafeteira elétrica = 8,3 © acorrente através da panela de frituras = 9,6 A. CIRCUITOS PARALELO DE CORRENTE CONTINUA 107 Fig. 5-14 @ Calcule fy hahthth (62) = 83+ 8,3 + 9,6 = 262A Resp. (6) Calcule V;, Vz © Fs utilizando a Eq. (5-1) V=Vi= ¥2= Vi = 10V Resp. (©) Calcule Rp rt (4) ir _ MO _ =e = 4198 = 4,200 Resp. 5.3 Quatro kimpadas de 60 W, cada uma com a mesma resisténcia, estio ligadas em paralelo através de um terminal residencial de 120 V, produzindo uma corrente na linha de 2 A (Fig. 5-152). O diagrama esquemitico mostra resisténeias que representam as lémpadas (Fig, 5-156). Qual (2) a resisténcia equivalente do cireuito, (6) a resisténcia R de cada lampada, ¢ (¢} a cortente que cada limpada gasta? Vv _ 120. @ Rr =z = = 608 Resp. ) Rr G6) de modo que © R= RN = 60(4) = 2400 Resp. he 108 ELETRICIDADE BASICA ) Fig. 5-15 Com a mesma resisténcia em cada ramo, a corrente em cada ramo é igual e a potén cia consumida em cada ramo é a mesma, 54 Pata o circuito da Fig. 5-16, calcule (@) a resisténcia total, (4) a corrente em cada ramo ¢ (c) a corrente total. (@) Como hé somente duas resisténcias em paralelo, utilize a formula simplificada Eq. (5-7). BR R,+ (®) Aplique a Eq. (5-3) 2030. Brag 29 Rew. (©) 1+ p= 0,6404=1A Resp, Ou a titulo de verificagao, 12 BIA Resp, | | l CIRCUITOS PARALELO DE CORRENTE CONTINUA 109 Fig. 5-16 55 Calcule a resisténcia total Ry de cada associagfio de resisténcias na Fig. 5-17. ° ° 2a Ze 3008 Z 30k S300 22 Jaa Swe ta (h) © Fig. 5-17 (@) Use a Bq, (5-7) para dois ramos em paralelo RR, _ 1200) _ 40 _ Re 7 307 ao 7 Rew. (6) Como todas as resisténcias sdo iguais, use a Eq. (5-6) a= k= = 1000 Resp. Rr (c) Pasa trés ramos em paralelo com resistencia diferentes, use a Eq. (5-5) 1 Ry Observe que a resisténcia total de um eircuito paralelo ¢ sempre menor do que a menor resisténcia de qualquer resistor individual. 5.6 Um farol de automdvel de resisténcia desconhecida é colocado em patalelo com 0 acen- dedor de cigarros de 75 & de resisténcia (Fig. 5-18). Se passar uma corrente de 0,8 A quando & aplicada a tensio de 12 V, qual a resisténcia do farol? 110 ELETRICIDADE BASICA 5.7 Resisténeia Bias R=? Fig. 5-18 Caleule Ry Vv Rr- (S-4) Rr = 2 = 159 Is) _ L125 ~ 60 = 1880 Resp. Uma outra forma de se chegar a resposta ¢ através da lei de Ohm e da equagfo para a corrente total. 2 Fentedor = 73 = G16A Resp, A aro = 0,8 — 0,16 = 0,64 4 Resp. 12 18,75 = 18,89 Resp. @) Deduza a Eq. (5-7) Rp = R,R,/(R; + Ry) a partir da formula dos seciprocos para duas resisténcias em paralelo. (b) Deduza a fSrmula paca Ry, dadas trés resisténcias em paralelo. @ (5-5) Some as fragdes S58 CIRCUITOS PARALELO DE CORRENTE CONTINUA LIT Inverta (6) Use a formula ($5) Calcule o denominador comum e combine os numeradores. “1 ©, RoRy + RiRy + R/Re Rr RyRy Inverts RiR2Ry Rr = RAR: + RiRy + Ri Resp. Duas resisténcias esto associadas em paralelo (Fig. 5-19), Calcule a corrente em cada resisténcia. Use as formulas para a divisto da corrente. (5-9) (5-10) Fig. 5-19 112 ELETRICIDADE BASICA 5.9 A tesisténcia associada de uma cafeteira elétriea ¢ de um torrador de p40 em paral € de 24 Q, Calcule a poténeia total consumida se a tensio da linha for de 120 V. VF _ coy Prog 30" = 6oa Ww Resp. 5.10 Calcule J; no circuito paralelo divisor de corrente (Fig. 5-20). Fig. 5-20, Caleule Rp. (5 Calcule ¥. Ry = 961,29) = 120m A seguir caleule J, =¥_ OL sg sce = mA Resp, PROBLEMAS PROPOSTOS 5.11 Complete o mais corretamemte possivel, com uma ou mais palavras, as seguintes afi magdes: (@) Hdsomente__.____tensdo através de todos os componentes em para leto, CIRCUITOS PARALELO DE CORRENTE CONTINUA 113 (®) Se um cireuito paralelo estiver aberto na linha principal, a corrente serd em todos os ramos. (c) Para qualquer niimero de condutancias em paralelo, seus valores 80 para se obter Gr. () Quando fy se divide em correntes de ramos, a corzente em cada ramo é proporcional 8 resisténcia do ramo. {e) Asoma dosvalores__________ da poténcia dissipada em resisténcias em paratelo € igual & poténcia produzida pela fonte. 5.12 Quando a tensdo através de R, ¢ de 10 V, qual a tensdo da fonte na Fig. 5-217 Fig. 8-21 5.13 Caloule as resisténcias equivalentes nos circuits apresentados na Fig. 5-22. it |} (a) i) Re Z2e 2a 6a Jen 2120 co) @ Fig, 8-22 did ELETRICIDADE RASICA 5.14 — Calcule o ramo que estd faltando ou a corrente total conforme esta indicado na | 5-23. @ ® Fig. 5-23 5.15 No circuito da Fig. 5-24, calcule a resisténcia total, a corrente em cada ramo e a corre! total. Se o resistor de 25.9 for retirado desse circuite, qual a corrente total e a re: téncia total? 100 8 Fig, 5-24 $.16 Um amperfmetro (um instrumento que mede a corrente} conduz uma corrente de 0,05 € estd em paralelo com um resistor em derivagdo que conduz 1,9 A (Fig. 5-25). Se tensdo através da associagio ¢ de 4,2 V, calcule (a) a corrente total, (b) a resisténc da derivagao, (¢) a resisténcia do amperimetro, e () a resisténcia total. eee Resisténcia do amperimetro, S17 5.18 5.29 5.21 $.22 CIRCUITOS PARALELO DE CORRENTE CONTINUA 115 Um cireuito € formado por cinco resisténcias idénticas ligadas em paraleto através de uma fonte de tensdo. Se a cortente total do cirenito for de 1 A, qual a corrente que Passa em cada resisténcia? No circuito da Fig. 5-26, calcule V se Ty = 0,2 A. A seguir, calcule tp Fig. 5-26 A bobina de ignigao ¢ o motor de partida de um carro esto ligados om paralelo através de uma bateria de 12 V por meio de uma chave de ignigao (Fig. 5-27). Calcule (2) a corrente total retirada da bateria, (5) a tenséo através da bobina e do motor, e (cha sesisténcia total do circuito. Chave vEnv Resisténcia Resisténcia a bobina de do motor ignigto de partida Fig. 5-27 Qual o valor de um resistor que deve ser ligado em paraielo através de uma resisténcin de 100 KO para reduzit Ry a (a) 50k; (6) 25 kQ, (c) 10 KO? Que resisténcia deve ser ligada em paralelo com um resistor de 20 $2 e um outro de 60 Q também em paraleto, a fim de fornecer uma resisténcia total de 10 22 Calcule a corrente em cada ramo de um circuito paralelo, formado por uma cafeteira elétrica de 20 2 ¢ um torrador de po de 30 §2, se a corrente total for de 10 A. 116 ELETRICIDADE BASICA 5.23 5.24 5.25 5.26 5.27 Determine os valores que esto faltando na Fig. 5-28. Fig. 5-28 Caleule a condutaneia total em siemens para os seguintes ramos em paralelo: G, = 6. uS, G2 = 7.000 uS e G5 = 20.000 uS. Qual a poténcia total consumida por um ferro elétrico de 4,5 A, um ventilador de 0,9 ¢ um motor de geladeira de 2,4 A se estiverom todos ligados em paralelo a uma linha 120 V2 Cinco lampadas de 150 W estdo ligadas em paralelo numa linha de 120 V. Se um f mento se abrir, quantas lampadas podem se acender? Na Fig. 5-29 caleule (a) a corrente em cada ramo; (b) Fy, (c) Ry; @ @)P1,P2,P. Pp. Suponha que, nessa figura, R2 se abra: (e) qual a corrente através de Rs? (/) q a corrente através de Ry? © através de X3? (g) qual a corrente total ou da linha? | qual a resisténcia total do circuito? (1) qual a poténcia gerada pela bateria? Fig. 5.29 528 Sil 512 $13 S14 S15 5.16 S17 518 S19 sm S21 $2 S24 CIRCUITOS PARALELO DE CORRENTE CONTINUA 7 Calcule J, © Fz no circuito divisor de corrente paralelo (Fig. 5-30). Fig. 5-30 RESPOSTAS DOS PROBLEMAS PROPOSTOS (@)uma (5) nula (c) somados (d) inversamente (€) individuais, total. vV=10V @ Rp=12 (6) Rp =210 (Rp H4 82 DRP=3ER @ [p=3A @)lg=24 Rp =495 f, =20 A; f, =4.As dy = 1A; tp = 25 Ay Ip = UA; Rp = 4,762 @ Ip = 1,95 A (8) R da derivagdo = 2,21 2 (¢) R do amperimetro = 84,0 2 (@) Rp 215Q T=02A V=2V; Ip=04A @I= 105A 6)V, = Va = 12V (Rp = 0,1 2 (@)Ry = 100 kD (6) Ry =33.3KH (6) Ry = Uk 302 Teateteita = 6 Ai Toreador = 44 V=45V; 1 =1,50A; 4, =1,13 A, 15 =038A Gy = 33.000 uS 118 ELETRICIDADE BASICA 5.25 5.26 5.27 5.28 Pp = 936 W Quatro (a) J, =30 mA; Fy = 14,6 mA; Fy = 60 mA (8) Ip = 1046 mA (€) Rp = 1,15) @ Pr =3,60W; Py = 1,75 W; Py = 7,20 W: Pp = 12,6W (e) =0A Dh =30mA; 1, =60mA (g)Jp=90 mA (A) Rp =1,33k2 (P= 1080 Bp =2,5A; iy = 167A CAPITULO 6 BATERIAS A PILHA VOLTAICA ‘Uma pitha voltaica quimica constituida por uma combinago de materiais usados para converter energia quimlca em energia elétrica. A pilha ou célula quimica é formada por dois eletrodos de metais ou por compostos metalicos, diferentes, e um eletrdlito, que é uma solugio capaz de conduzir uma corrente elétrica (Fig. 6-1a). Forma-se uma bateria quando duas ou mais dessas células so conectadas. Um exemplo excelente de um par de eletrodos é 0 zinco e 0 cobre. O zinco contém uma abundancia de atomos carregados negativamente, enquanto o cobre apresenta uma abundéncia de atomos carregados positivamente. Quando se imerge placas desses metais num eletrOlito, tem inicio uma agdo quimica entre cles. O eletrodo constituide pelo zinco acumula uma carga negativa muito maior, pois ele se dissolve ientamente no eletrélito. Os dtomos que sacm do ele- trodo de zineo esto carregudos positivamente. Sdo atrafdos pelos fons (—) carregados negativa- mente do eletrélito, enquanto repelem os ions (+) castegados positivamente do eletsdlito em diregao ao eletrodo de cobre (Fig. 6-15). Isto faz com que elétrons sejam retirados do cobre, deixando-o com um excesso de carga positiva, Se uma carga, como por exemplo uma limpada, for ligada através dos terminais dos eletrodos, as forcas de atragie e repulsdo fardo com que os elétrons livres do eletrodo de zinco (negativo), dos fios condutores, e do filamento da lampada se desloquem em diregdo ao eletrodo de cobre carregado positivamente (Fig. 6-lc). A diferenca de potencial resultante permite que a pilha funcione como uma fonte de tensfo V (Fig. 6 -td). © eletrélito de uma pilha pode ser liquide ou uma pasta. Se o eletrélito for liquido, a pilha a5 vezes ¢ chamada de pilha dmida, Se 0 eletrdlito for na forma pastosa, a pilha é chamada de pilha seca. PILHAS EM SERIE E EM PARALELO Quando varias pilhas sao ligadas em série (Fig. 6-2), a tensdo total através da bateria de células € igual 4 soma da tensto em cada uma das pilhas separadamente. Na Fig. 6-2, as quatro Wy BATERIAS 121 pithas de 1,5 V em série fomecem uma tensio total para a bateria de 6 V. Quando as pilhas sfo colocadas em série, 0 terminal positivo de uma pilha ¢ ligado ao terminal negativo da pilha seguin- te. A corrente que passa através de uma bateria formada por pilhas em série € a mesma que passa por uma tinica pilha, porque a mesma corrente passa por todas as pithas em série. Para se obter uma corrente maior, a bateria é formada por pilhas em paralelo (Fig. 6-3). Quando 2s pithas so dispostas em paralelo, todos os terminais positives 540 ligados juntos © todos os terminais negativos também sdo ligados pelo mesmo fio. Qualquer ponto do lado posi- tivo pode ser considerado como um terminal positive da bateria, bem como qualquer ponto do lado negativo pode ser o terminal negativo Fig. 6-3. Pilhas em paralelo A saida total da tensio de uma bateria formada por trés pilhas em paralelo é a mesma que a de uma tnica pilha (Fig. 6-3), mas a corrente disponivel é 0 triplo da fomecida por uma nica pilha. A associagao cm paralelo produz o mesmo efeito de se aumentar as dimensOes dos eletrodos ¢ 4 quantidade de eletrdlito numa tinica pilha, o que aumenta a capacidade de produzir corrente. Se tivermos pilhas idénticas ligadas em paralelo, todas contribuirgo igualmonte para a cor- rente de carga. Por exemplo, no caso de trés pithas idénticas em paralelo produzindo uma corrente de carga de 270 mA, cada pilha contribui com 90 mA. PILHAS PRIMARIAS E SECUNDARTAS |As pilhas primérias so aquelas que no podem ser recarregadas ou retornarem as condigoes onginais de funcionamento depois da sua tensfo de saida ter diminuido excessivamente. As pillhas secas usadas em lanteruas ¢ em ridios transistorizados s40 oxemplos de pilhas primirias. As pithas secundérias so aquelas recarregivels. Durante 4 recarga, os produtos quimicos que produzem a energia eléirica sfo restituidos as suas condig6es originals. A recarga é feita passindose uma corrente continua através da pilha no sentido oposto ao sentido da corrente que a pilha libera ao circuito. 120 ELETRICIDADE BASICA Eletrode negative @ OF fh (Lémpada) Ry Fig. 6-1 Agio qufmica simplificada de wma célula voltaica Pia 1 Piha 2 Puha 3 Pilha 4 4) - 4, tye +h - 1sv 1s¥ 16¥ 15V Fig. 62 Pithas em série 122. ELETRICIDADE BASICA A pilha 6 recarregada ligando-a a um earregador de bateria aos péles de mesmo nome, isto 6, positivo com positivo e negativo com negativo (Fig. 6-4). Alguns carregadores de bateria possuem um voltimetro ¢ um amperimetro que indicam a tensfo ¢ a corrente da carga. © exemplo mais comum de uma pilha secundiria € a bateria que alimenta o sistema elétrico dos automéveis. As pilhas secundérias ou baterias sfo particularmente Uteis na alimentagto de equipamentos méveis ou semiportateis quando se dispe de um gerador para manté-las carregadas. Sqo usadas pilhas secundérias menores e blindadas na alimentag#o de equipamentos portéteis como barbeadores, calculadoras eletrOnicas, rédios e televisores. Estas pilhas podem ser facilmente carregadas através de carregadotes simples ¢ de baixo custo ligados diretamente nas tomadas de qualquer residéncia. Esses carregadores geralmente sao vendidos junto com o equipamento como um acessério, ou jd esto embutidos dentro do proprio equipamento ou eletrodoméstico. Carregador de bateria Fig. 64 Recarregando uma pilha secundéria com um carregador de bateria TIPOS DE BATERIAS Bateria de Chumbo-Acido A bateria de chumbo-dcido ¢ formada por um certo mimero de células de chumbo-dcido, Cada célula possui dois grupos de placas de chumbo; um conjunto € o terminal positivo e o outro 6 0 terminal negativo, Todas as placas positivas esto ligadas juntas através de uma cinta conectora (Fig. 6-5). Todas as placas negativas tambéin sdo ligadas juntas de forma andloga. As placas positiva © negativa so intercaladas de modo que haja uma placa positiva e uma placa negativa alternada- mente, Entre as placas encontram-se folhas de material isolante chamadas de separadores, feitos ou de madeira porosa, madeira perfurada, ou de fibra de vidro. Os separadores impedem que as placas positiva e negativa se toquem e se produza um curto-circuito, o que destruiria a bateria. ‘A placa positiva é tratada quimicamente para formar perdxido de chumbo (uma combinagio de chumbo e oxigénio), ¢ 0 eletrodo negative é feito de chumbo poroso e esponjoso, Os dois con: juntos de placas com os separadoses entre elas so colocados num recipiente contendo uma solugdo diluida de dcido sulfiirico e agua. A denominagao bateria de chumbo-dcido se refere as placas de chumbo ¢ a0 dcido sulfrice que sJo os principais componentes da bateria. A tensio nesse tipo de célula € ligeiramente superior a 2 V. As baterias usadas nos carros modemos contém seis células ligadas em série, de modo que a tenso de saida da bateria & ligei- ramente maior do que 12 V. Os carros antigos, feitos antes da metade da década de 50, usavam baterias formadas por trés células em série, fornecendo portanto uma tensdo de safda ligeiramente superior a 6 V. BATERIAS 123 Reservatério de sedimentagao Fig. 6-5 Vista de um corte de uma bateria de cimmbo-arido Esta bateria ou acumulador é capaz de fornecer corrente durante um tempo muito maior do que a média das pilhas secas. Quando a bateria esti descarregada e no pode mais formecer a corrente necessiria ao circuito, a bateria pode ser retirada do circuito e recarregada passando-se através dela uma corrente de sentido oposto. Uma vez carregada a bateria, ela pode ser recolo- cada no circuito, fomecendo novamente a corrente exigida pelo circuito. Num automével, a bateria € ligada a um dispositivo chamado de alternador. Enquanto o carro estiver rodando com uma velocidade razodvel, o altemador fornece a corrente necessaria para o carro funcionar, ¢ simultancamente carrega a bateria. Entretanto, quando 0 carro estiver funcionando em baixa velocidade ov quando estiver parado, o allemador nfo gira suficientemente rapido para fornecer a eletricidade necessdria ao carro. Af entéo entra a bateria que fomece essa energia, mas vai se descarsegando lentamente. : & q ‘Transforms “}2 Transformegio. coumboe BLL gelato ce Sennen af] chunpoes sulfate de chumbo é o peroxide de chumbo. Fig. 6-6 Reagbes qufmicas de uma célula de chumbo-dcido 124 BLETRICIDADE BASICA Quando a bateria se descarrega, parte do Acido do eletrélito se combina com o material ativo das placas (Fig. 6-62). Esta reagdo quiinica altera o material em ambas as placas tomando- um sulfato de chumbo. Quando a bateria est sendo carregada pelo alternador, ocorre a reagao inversa, ¢ 0 dcido que foi absorvido pelas piacas retorna ao eletrélito (Fig. 6-6). Como resultado, © material ativo das placas volta a sua condigdo original (estado de “carregada”) de peréxido de chumbo ¢ chumbo esponjoso. ¢ o eletrdlito recupera a sua atividade original. Toda a vez que uma bateria estiver sendo carregada, a reagHo quimica produz gis hidrogénic na superficie de uma das placas e gas oxigénio na outra. Esses gases borbulham até a superficie e escapam através de um oriftcio que existe no revestimento da pila. Com a saida desses gases, 2 bateria perde agua (HO), que precisa ser recolocada para se manter o nivel adequado do eletrdlito 56 se deve colocar 4gua destilada na bateria, Caso contrdtio, qualquer impureza contida na dgua adicionada se combinaria quimicamente com o dcido sulfGrico sobre as placas, formando um composto estdvel que ndo entraria na reagdo de carga ou de descarga da bateria Pilha de Zinco-Carbono Este € um dos tipos mais antigos e mais amplamente comercializados de pilha seca. O car: bono, na forma de uma haste colocada no centro da pilha, ¢ o terminal positivo. 0 mvdlucro da pilha ¢ feito de zinco, que € 0 eletrodo negativo (Fig. 6-7). Entre 0 eletrodo de carbono ¢ 0 invé- Tucro de zinco esté o eletrélito formado por uma mistura quimica pastosa, A pilha é vedada para evitar que © liquide contide na pasta se evapote. A tensdo numa pilha desse tipo é de cerca de 1SV. Pitha Alcalina A pilha secundaria alcalina ¢ assim chamnada por conter um eletrélito alcalino de hidréxido de potissio. O tipo de bateria conhecido pelo nome de bateria alcaline € formado por um eletrodo negative de zinco ¢ um eletrodo positive de diéxido de manganés e gera 1,5 V. A pilha priméria alcalina tem uma construgao semelhante & do tipo recarregavel e apresenta a mesma tensio de funcionamento (Fig. 6-8). Esta pilha tem uma vida dtil mais longa do que a pilha de zinco-carbono de mesmo tamanho Bateria de Niquel-Cadmio Na pilha seca secundaria de niquel-c4dmio, 0 eletrdlito é hidroxido de potissio, o eletrodo negativo ¢ 0 hidréxido de néquel, ¢ o eletrodo positive € 0 Oxido de cddmio. A tensto de funcio- namento € de 1,25 V. Estas bateriss so fabricadas em diversos tamanhos, inclusive na forma de pastilhas. A bateria de niquel-cédmio & a nica bateria seca que € realmente uma bateria acumuladora com uma reagdo quimica reversivel e que permite que soja recarregada muitas vezes (Fig. 6-9). E um dispositivo resistente que presta servigos confidveis sob condigdes extremas de choque, vibragao ¢ temperatura. Além disso, € acondicionada de forma perfeita para ser utili- zada em equipamento portétil de comunicago, como por exemplo os ridios tipo receptor transmissor (“walkie-talkie”), Fig. 68 ateria alvalina de manganés BATERIAS 125 Q terminal rnegativo vai O terminal positivo para o invélucro vai para a haste de de zinco carbono situada no centro da ‘Yedagio oom cera Haste de carboro Materiais quémicos (iéxido de manganés, carbono pulverizado, sal amoniaco) Tnvélucro de zinco Revestimento de papel Fig. 69 Bateria de niquel-cédmio 126 ELETRICIDADE BASICA Pitha de Edison A pilha de Edison, ov a pilha alcalina de niquel-ferro, é uma pilha secundaria mais resistente e mais leve do que a pilha de chumbo-dcido. Bla funciona 2 uma tensio de 1,4 V na auséncia de carga. Quando a tensfo cai para 1,0 V, a pilha deve ser recarregada. Quando completamente carregada, ela possui uma placa positiva de nfquel e hidrato de miquel ¢ uma placa negativa de ferro, Como no caso da pilha de chumbo-icido, a pilha de Edison produz hidrogénio c oxigénio na forma de gases, Conseqiientemente, ¢ necessirio manter-se scmpre correto o nivel do eletrélito adicionando-se 4gua destilada. Bateria de mercirio HA dois tipos diferentes de baterias de mercirio. Um deles ¢ uma bateria chata na forma de pastilha, enquanto 0 outro tipo ¢ uma bateria cilindrica que se parece com as pillas con- yencionais usadas em lanternas € brinquedos de pilha. A vantagem da célula tipo pastilha € que varias delas podem ser empilhadas dentro de um recipiente para formar uma bateria, Uma bateria tipica é formada por trés oélulas chatas (Fig. 6-10). Uma tinica o¢hula produz 1.35 V. As pilhas e as baterias de merciitio tém uma boa vida itil e so muito resistentes. Pelo fato de produzirem uma tenstio de saida constame sob diferentes condigdes de carga, elas so usadas em muitos produtos diferentes, incluindo reldgios elétricos, aparelhos de surdez, instru- mentos de teste ¢ sistema de alarme. \ \ \ Fig. 6-10 Uma bateria tipica de mercitrio CARACTERISTICAS DAS BATERIAS. Resisténcia Interna Uma bateria € um gerador de tensfo cc. Todos os geradores tém ums resistencia intema, R;. Numa piha quimica, a resisténcia do eletrélito entre 0s eletrodos € responsive] pela maior parte da resisténcia interna da pilha (Fig. 6-11). Como qualquer corrente na bateria deve fuir através da resisténcia intema, R; estd em série com a tensfio gerada Vg (Fig. 6-12a). Sein corrente, a queda de tensfo através de R; & zero, de modo que toda a tensao gerada, Vg, projetase através BATERIAS 127 dos terminais de safda (Fig. 6-124). Esta ¢ a tensio do circuito aberto, ou tensdo sem carga. Se for ligada uma resisténcia de carga R, através da baterla, R, deve estar em série com Ry (Fig. 6-125). Quando passa por este circuito uma corrente /, a queda de tensfo intema, /,.R,, diminui atensio V;, do terminal da bateria, de modo que V; = Vg — I,R;. Fig. 6-11 Resist8ncia intera de uma pilha , Rk, x + Ve +. V, (tensio do terminal) y= ¥, (tonsio sem carga) (@ (6) Fig. 612 Queda 1, Rj interna | . On We? Fig. 6-13 428 ELETRICIDADE BASICA Exemplo 6.1 Uma bateria seca tem uma tensdo com o circuito aberto ou sem carga de 100 V (Fig. 6-13). Se a resisténcia interna for de 100 © e a resisténcia da carga for de 600 92, qual sera a tonsio V;, através dos termiinais de saida? Na bateria esté mareado 100 V porque 100 V é a sua tenséo com 0 cireuito aberto. Sem carga, a corrente total € zero. Quando acrescentada uma resisténcia de carga Rz, fecha-se o circuito, ¢ a cosrente de carga 6 calculada pela lei de Ohm v 100 100 1 RR, 7 TG + GO ~ 709 7 ONASA A queda intema da bateriaé ER, = 0,143(100) = 143 V de modo que a tensdo nos terminais da bateria é Vi= Va - AR, = 100-143 = 45,7V Resp. Peso Especffico O peso especifico de qualquer Iiquido é dado por uma razdo que compara 0 seu peso com © peso de igual volume de agua. O dcido sulfiirico puro tem um peso especifico de 1,835, pois ele pesa 1,835 vezes 0 peso da dgua por unidade de volume. © peso especifico de uma solugio eletrolitica numa pilha de chumbo-dcido varia de 1,210 a 1,300 para baterias novas ¢ com carga mixima. Quanto mais alto o peso especifica, menor a resisténcia interna da pilha e mais alta a corrente de carga permitida. A medida que a pilha se desearrega, a agua formada dilui o dcido,e 0 peso especifico diminui lentamente para cerca de 1,150; nesse limite se considera a pilha completamente descarregada. O peso especifico ¢ medido com um Aidrémetro do tipo seringa, que possui um bulbo compressivel de borracha na parte superior, um cilindro de vidro ¢ uma mangueita de borracha na extremidade inferior do cilindro. Ao se fazer leituras com o hidrémetro, geralmente se omite a posi¢do da virgula. Por exemplo, um peso especifico de 1,270 € lido simplesmente como “doze-setenta”. Uma leitura no hidro- metro de 1,220 a 1,300 indica carga total, cerca de 1,250 indiea meia carga, ¢ 1,150 a 1,200 indica que a bateria est4 completamente descarregada. Capacidade A capacidade de uma bateria é dada em ampéres-hora (Ah). A capacidade de uma bateria determina o tempo em que ela funcionaré com uma dada taxa de descarga. Por exemplo, uma bateria de 90 Ah deverd ser recarregada ap6s 9h de funcionamento com uma descarga média de 10. Uma bateria de automavel de chumbo-dcido, quando completamente carregada, tem uma tensio inicial de cerca de 2,1 V sem carga, mas se descarrega rapidamente. A bateria est4 “morta” depois de 2h de funcionamento sob condig#o de carga. Entretanto, em condigSes normais de utilizagao, este tipo de bateria é recarregado constantemente pelo alternador do automével. Vida Sem Uso BATERIAS 129 A vida sem uso de una bateria € 0 periodo durante o qual a bateria pode ser guardada sem perder mais do que aproximadamente 10 por cento da sua capacidade original, A capacidade de uma bateria é a sua habifidade de liberar uma dada quantidade de corrente para 0 circuito a0 qual estd ligada. A perda da capacidade de uma bateria carregada é devida principalmente 4 evapo- ragdo do seu eletrélito (pilha seca) e a reagdes quimicas que alteram os materiais que compdem a pilha. Como o calor estimula esses dois processos, a vida sem uso de uma bateria pode ser prolon- gada mantendo-a num local frio ¢ seco. Comparacao entre os Diferentes Tipos A Tabela 6-1 compara os tipos de bateria descritos. ‘Tabela 6-1 Tipas de Bateria Seca Primicia Exeniplos e Denominagio Tensio | ou ou ‘ omida | Secundésia Caracteristicas ‘Chumbo éeido 2.2V_ | Gmida | Secunddria | Especificagtes de 2; muito baixa ede corrente muito alta; baterias de6el2V Zinco-carhono 15V | Seca Priméria ‘Varios tamanhos; baterias de Jantornas; prego mais baixo; vida sem uso custa; baixa capacidade de comente Alcalina de manganés 1sVv | Seca Primériae | Diéxido de manganés ¢ hidréxido Secundézia | de zinco: cortentes acima de 300 mA Niquel-cédmio 1,25¥ | Seca Secundisia | Eletrblito de hidréxido; tensto constante; reagio quimica reversivel; usada em lanternas © _ ferramentas portiteis Edison L4V¥ | Omida Secundéria Niquei e ferro em hidréxido; aplicagdo industrial Mercirio 135V | Seca Primétiae | Oxido merciirico ¢ zinco em Socundéria | hhidréxido; tensio constante; vida sem uso longa; em forma de pastilhas miniatura; asadas em aparelhos de audigéo, cémeras, rel6gios e calculadoras 136 61 6.2 63 64 ELETRICIDADE BASICA PROBLEMAS RESOLVIDOS Complete corretamente as seguintes afirmag6es com uma ou mais palavras. @ Uma —_____ ¢ formada por —_______ ou muis células ligadas em série ou em paralelo. (&) Uma pitha quimica consiste basicamente em_____________eletrados de tipos diferentes de metal ou compostos metélicos separados por um —_______ (© As pilhas que efetivamente ndo podem ser recarregadas so chamadas de pilhas (@) Uma pilha ou uma bateria recarregada passando-se através dela uma corrente no sentide _____ 0 da sua corrente de descarga. (e) A fim de se obter tensdes mais altas, as pilhas so bigadas em Resp.: (a) bateria, duas (b) dois, eletrélito (c) primarias (2) oposto (e) série Associe o tipo de pilha da coluna 1 com as suas caracteristicas da coluna 2 (use cada letra somente uma vez). Coluna 1 Cohuna 2 1. Chumbo-dcido @ Vida longa 2. Zinco-carbono (®) Tensio de 1.4 V 3. Niquel-cddmio (©) Bateria de automével 4. Edison (@) _Pilha de lantema de baixo custo 5. Merciitio (@) 3 V de tensio ()__ Hletroiito de hidréxido de potdssio Resp.: 1.(c) 2. @) 3.(f) 4.(8) 5.@ ‘Uma bateria de 6 V esté temporariamente curto-circuitada. A corrente de curto-circuito Jeg € de 30 A. Qual a resisténcia intena? A especificagaio da bateria, 6 V neste caso, € a tensio de cizcuito aberto, ou sem carga. Logo, =£-020 Rep. Observe que a presenga de resisténcia interna evita que a corrente se tome muito alta. ‘Umma bateria tem 12 V de safda num circuito aberto. Com uma cortente de carga de 1 A, essa tensfo cai para 11,5 V. Calcule a resisténcia interna. ‘Tensao de circuito aberto = queda da resisténcia intema + tensfo do terminal Ve = LR + v. 65 66 67 68 BATERIAS 131 Resolvendo para R;, ER = Va- Ve ‘Vemos que a resisténcia intema de qualquer bateria pode ser calculada determinando-se a queda de tensdo na saida para uma dada quantidade de corrente de carga. Uma bateria de chumbo-écido tem uma especificagio de 200 Ah. Com base numa des- carga de 8 h, que corrente de carga média esta bateria pode fomecer? Em unidades, Capacidade = ampéres X horas Logo, Corrente de carga (em ampéres) = -apaccade e Corrente de carga = =25A Resp. Qual a tenséo na auséneia de carga, através de quatro pilhas de zinco-carbono em série? Tensio = 4 X tensdo sem carga de uma pilha s6 = 1,5) = 6 Resp. Qual © peso especifico de uma sohugio formada por partes iguais de dcido sulfiitico © agua? Uma solugdo formada por partes iguais de Acido sulfirico ¢ agua tem um peso distribusdo igualmente entre 0 acido sulfiirico ¢ a agua (isto ¢, cada um responde por metade do peso da solugdo). Se o dcido sulftrico puro tem um peso especifico de 1,835, entéo. Peso especifico da solugio 1,835) + 4a = 0,918 + 0,500 = 1,418 Resp. PROBLEMAS PROPOSTOS Complete corretamente as seguintes afirmagées com uma ou mais palavras. (@) Uma pilha que converte energia ________ emeenergia 6 chamada de pilha quimica. 132 ELETRICIDADE BASICA 69 6.10 (6) Uma pilha na qual o eletrélito é liquido ¢ geralmente conhecida como uma pitha —___-——, onquanto uma pilha na qual o eletrélito ¢ na forma pastosa & chamada de pilha . ‘c) As pilhas que podem ser efetivamente recarregadas séo chamadas de pilhas Pp que pr ea pi (2) Quando se carrega uma pilha ou uma bateria, o seu terminal positive é ligado a0 terminal ______ do carregador de bateria, e o seu terminal negativo é ligado ao terminal ________ do earregudor. (e) A fim de se obter uma capacidade maior de corrente, as pilhas sf0 ligadas em Preencha o quadro abaixo com as quantidades que estfo faltando (Fig. 6-14). Vo.[V]} Ri LQ] R..{2]] EA]] Ro fV]) VeAAV] 106, ? 2 2 ? 80 6 0,2 1 2 ? 2 12 ? 5 ? 2 2 i Fig. 6-14 A tensio do terminal Vz cai A medida gue a corrente de carga f, aumenta, Para uma bateria de 12 V com uma resisténcia interna de 19, variamos a resisténcia de carga de um valor bem alto até zero, a fim de se observar a variagdo da tensfo do terminal com a corrente de carga. Preencha os valores que estZo faltando na tabela. BATERIAS 133 VolVI] Rt] ROI] R= RRQ] LAY) URIV] ve — ve — HRV 12 1 = | 9 ? 2 > 12 1 9 2 ? 2 ° 2 1 4 a ’ 2 ? 2 1 3 > 9 » 12 1 2 ” 2 ) ° 2 ? ? > 611 6.12 68 69 Faga um grifico da tensfo do terminal V, (na ordenada) versus a corente de carga J, (na abcissa). Descreva o grafico abtido. Uma pilha nova de zinco-carbono tem uma tensdo de 1,5 V. Uma bateria formada por 30 dessas pilhas ligadas om série envelhece até que a sua tensdo sem carga caia de 15 por cento. Qual a tensio sem carga da pilha e da bateria? Quantas pithas so necessérias para formar uma bateria com © dobro das especificaces de tensao e comente de uma inica pilha? Faga um diagrama esquemstico. Faga os diagtamas descritivo e esquemético mostrando duas baterias de chumbo-dcido de 12 V sendo carregadas por uma fonte de 15 V. Indique 0 sentido da corrente durante a carga. RESPOSTAS DOS PROBLEMAS PROPOSTOS imica, elétrica (b) Smida, seca (c) secunddrias (d) positivo, negative (e) paralelo Vev{V]} Re{2]) Re fO]) ke [A]] ER.EV]| v1] 10 40 see 0 fees ee dose 3 1 3 5 ce 04 10 134 ELETRICIDADE BASICA 6.10 Vo.[V] Ri (O]] Rr = Re + R{M]} LL TRAV] vey, * 0 0 12 10 12 12 10,8 6 2 2 10 4 3 9 2 6 6 Y | 12 12 oO Veja o grafico na Fig. 6-15, O grdfico ¢ uma reta, onde Vz, 6 um méximo quando 0 cireuito esta aberto (fy, é zero) ¢ um minimo quando o cireuito est em eurto (J, ¢ um maximo), Circuito aberto 2 5 > = 4 . Curto-circuito ° yaw WA BATERIAS 135 611 1,28 V; 38.2V 6.12 Quatro pilhas; observe a Fig. 6-16. 6.13 Vejaa Fig. 6-17 Fig. 6-17 CAPITULO 7 LEIS DE KIRCHHOFF LEI DE KIRCHHOFF PARA A TENSAO (LKT) A lei de Kirchhoff para a tensa, ou lei das malhas, afirma que @ tensto aplicada a um cir- auito fechado é igual 4 soma das quedas de tensdo naquele circuito. Este fato foi usado no estudo de circuitos série e foi expresso da seguinte forma: Tensio aplicada = soma de quedas de tensso Va= Vit Vi+ Vy O-D onde V4 €a tensio aplicadac V1, 2 ¢ V3 so as quedas de tensfo. Uma outra forma de se enunciar a LKT é: a soma algébrica das subidas ou aumentos ¢ das quedas de tensio deve ser igual a zero. Uma fonte de tensfo ou fem € considerada como um aumento de tensdo, uma tensdo através de um resistor consiste numa queda de tens&o. Para facilitar a denominagdo, geralmente se usa indices alfabéticos para indicar as fontes de tensio @ indices numéricos para indicat as quedas de tensio. Esta forma da lei pode ser escrita trans. pondo os termos da dizeita da Eq. (7-1) para o lado esquerdo: Tensfo aplicada — soma das quedas de tensio = 0 Substituindo por letras; Va-Vi-¥-Vi=0 ou Va-(Vi+ V2.4 V) =0 Introduzindo um simbolo novo, ©, a letra grega maitiscula sigma, tomos EV=Vy-V,-¥:- Vj =0 (7-2) 136

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