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OS TRÊS PONTOS DA MAÇONARIA

Ribeirão Preto, janeiro de 2018.


RESUMO

Desde a antiguidade os Três Pontos são usados de forma cabal e mágica, sendo
que na maçonaria sua referência principal é o triângulo equilátero, emblema da
existência da divindade.
O uso dos Três Pontos na maçonaria é comum nas abreviações em sua escrita,
além de frequentemente estar presente na assinatura do maçom, se assim o desejar.
Sua aplicação além de identificação possui inúmeras simbologias e referências,
exclusivamente maçônicas ou que remetem a outros significados filosóficos.
INTRODUÇÃO

Quando observamos a presença dos Três Pontos na forma de um triângulo


equilátero em um texto, fica claro tratar-se de algo maçônico. O maçom também usa o
mesmo símbolo em sua assinatura, como forma de identificação.
Atualmente esta prática é comum e largamente usada pois, o símbolo remete a
significados diversos, sendo na maçonaria o número da luz, delta luminoso
representando os três estágios do Sol, nascimento, meio-dia e quando se põe.
DESENVOLVIMENTO

SEU USO NA ESCRITA MAÇÔNICA

A forma de escrever maçonicamente usando os Três Pontos é uma tradição em


que nada oculta e nada dificulta o trabalho do leitor, mas sim uma forma de identificação
que o texto que lhe cai às mãos é maçônico.
As Abreviaturas eram tão comuns nos manuscritos do século VI e o seu emprego
tão abusivo que o Imperador Justiniano foi obrigado a proscrevê-las. Em 1304 o
imperador da França, Filipe o Belo, também irritado pela prática em atas e nos autos
jurídicos, publicou uma ordenação para proibir seu uso alegando a possibilidade de
falsificações ou interpretações incorretas dos leitores.
Na maçonaria segundo BOUCHER (1996, p. 76), Ragon assinala que “a
abreviação tripontuada” só teve início depois da circular de 12 de agosto de 1774, dirigida
às Lojas de sua correspondência pelo Grande Oriente da França, para anunciar a
tomada de posse de seu novo local.
BOUCHER (1996, p. 76) contradiz Ragon e assegura que tal abreviação é anterior
e constava nos registros da Loja La Sinceritè (Oriente de Bensançom), ao serem
mencionadas as eleições de 3 de dezembro de 1764, isto é, dez anos antes da data
apontada por Ragon. Apareciam os pontos sob as seguintes formas: (∴) (:.) (: .) ( ... ).
Seu uso atual entretanto, segue algumas regras de forma que não hajam
confusões e equívocos, e também escolhidas as palavras de utilização frequente na
maçonaria.
“Toda abreviatura, seja ela formada simplesmente pelas iniciais, como por
exemplo: G.A.D.U. que significa Grande Arquiteto do Universo, ou por algumas letras,
como Ir. que significa Irmão, são seguidas de três pontos, colocados em forma de
triângulo; assim teremos G∴A∴D∴U∴, e Ir∴. Essa maneira de pontuar foi chamada
tripontuada e utilizada para certas palavras maçonicas frequentemente utilizadas
“(CAMINO, 2004, p. 127).
A tripontuação deverá ser usada após a letra inicial de uma palavra que não possa
ser confundida com outra. Havendo a possibilidade de confução, usa-se a primeira sílaba
ou as primeiras letras do vocábulo, escrevendo por exemplo para a palavra Aprendiz:
Ap∴ para evitar confusão com outras palavras como Arquiteto, Altar, etc.
Quando existirem duas palavras diferentes e que iniciam com a mesma inicial,
esta será usada isoladamente quando a abreviação for consagrada pelo costume. Assim
Maçom deve escrever-se Maç∴ bastando escrever M∴ para Mestre, já que foi
estabelecido pelo uso. Mestre Maçon abreviado será MMaç∴.
No plural de uma palavra dobra-se somente a primeira letra. Exemplos:
Mestres – MM∴
Veneráveis – VVen∴
Respeitáveis Lojas – RR∴LL∴
A Maçonaria foi a grande responsável por divulgar a tripontuação e apesar de os
três pontos serem usados inicialmente em abreviaturas, transformou-se com o tempo em
símbolo que sugere as mais variadas interpretações. Uma simbologia da discrição, o que
constantemente é trazido à lembrança dos Maçons no momento em que o integram às
suas assinaturas.
“Na assinatura de uma pessoa, sabemos que possivelmente se trata de um
maçom. Dizemos “possivelmente”, porque o Triponto está muito explorado; profanos
espertos usam e abusam desse “reconhecimento”, como o uso de anéis e outros objetos
denunciadores da condição de maçom (BOUCHER, 1996, 76).

SIGNIFICADOS

Para CAMINO (2010, p. 231) o Triponto ou Três Pontos não é propriamente um


símbolo, mas uma “expressão” gráfica que a Maçonaria recebeu de outrem com os
múltiplos significados da Tríade ou da Trilogia.
Os Três Pontos quando unidos formam um triângulo equilátero. Esta forma
geométrica é geralmente usada pelos Maçons, sendo a primeira figura das superfícies
geométricas e origem da trigonometria, base para todas as medidas.
O triângulo equilátero é tido como símbolo da existência da divindade, pois seu
tipo primitivo serve de base à construção de todas superfícies, portanto um símbolo da
existência da divindade, em sua potência produtiva e evolutiva.
Seus três ângulos significavam para os antigos a Sabedoria, Força e Beleza,
tributos de Deus, e representam também o Sal, Enxofre e o Mercúrio, que segundo os
hermenistas os princípios da obra de Deus. Podem ainda representar os reinos da
Natureza (animal, vegetal e mineral) e as três fazes da revolução perpétua (nascimento,
vida e morte).
O Triponto na maçonaria é o número da Luz, pois cada ponto é um estágio do Sol,
quando nasce, ao meio-dia e quando se põe.
Os Três Pontos formam o Delta luminoso e sagrado ao som da exclamação tríplice
“Uzé, Uzé, Uzé”.
Ainda segundo CAMINO (2004, p. 128) existem outros significados filosóficos para
os Três Pontos, exemplificados em algumas frases selecionadas abaixo, existindo
simbologia e aplicação em cada uma delas.
Júpiter, Netuno e Plutão
Moisés, Jesus e Maomé
Pai, Filho e Espírito Santo
Massa, Espaço e Tempo
Simples, Justo e Perfeito
Venerável, 1º e 2º Vigilantes
Ouro, Incenso e Mirra
Passado, Presente e Futuro
Corpo, Alma e Espírito
Terra, Água e Fogo
Liberdade, Igualdade e Fraternidade
Bíblia, Compasso e Esquadro
Entre outros.
CONCLUSÕES

O uso dos Três Pontos inicia-se como uma ferramenta para a escrita, como parte
de uma abreviatura ou assinatura, mas são muitos os significados que o procedem.
Embora seja largamente utilizado, foi a maçonaria o principal responsável por
divulgar o uso desta forma “tripontuada”.
Nos dias atuais seu uso é constantemente verificado na maçonaria, mas isso não
significa que é exclusivo à esta instituição pois, a origem e primeiras constatações de
sua utilização é antiga e remete a várias interpretações filosóficas atuais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMINO, Rizzardo. Introdução à Maçonaria, 3o Volume: 2a ed. Aurora, 2004

CAMINO, Rizzardo. Dicionário Maçônico: ed Madras, 2010

BOUCHER, Jules. A Simbólica Maçônica: Pensamento, 1996

BREVE ANALISE DOS TRES PONTO MAÇÔNICOS. REVISTA UNIVERSO


MAÇÔNICO. Disponível em:
<http://www.revistauniversomaconico.com.br/simbologia/breve-analise-dos-tres-pontos-
maconicos/>. Acesso em 08 jan. 2018

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