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02/11/2018 Agência Embrapa de Informação Tecnológica - Métodos de irrigação

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Métodos de irrigação

Autor(es): Luís Fernando Stone ; Pedro Marques da Silveira ; José Aloísio Alves Moreira

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A irrigação da cultura do arroz pode ser feita pelos métodos inundação, subirrigação e aspersão. No Brasil, o
Hipe
método mais usado é o de irrigação por inundação contínua. Geralmente, no sistema de tabuleiros em
contorno (Figura 1), a inundação é com circulação da água, enquanto que no sistema de tabuleiros
retangulares (Figura 2), a lâmina de água é estática. A subirrigação, método de irrigação no qual a água é Hipe

aplicada diretamente sob a superfície do solo por meio da elevação do lençol freático, tem sido usada em
várzeas drenadas mas não sistematizadas. Mais recentemente, vem sendo usada, de maneira suplementar à Link
ocorrência de chuva, a irrigação por aspersão, via pivô central, tanto no cultivo do arroz em terras altas
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como em várzeas. A quantidade de água necessária para o cultivo do arroz varia de acordo com o método de
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irrigação e depende, principalmente, das condições climáticas, dos atributos do solo, do ciclo da cultivar, da
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profundidade do lençol freático e do manejo do solo, da cultura e da água.

Ilustração: Gilson Dias Oliveira Pas

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Figura 1. Tabuleiros em contorno.

Ilustração: Gilson Dias Oliveira

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Figura 2. Tabuleiros retangulares.

Métodos de Irrigação

Irrigação por Inundação

A irrigação por inundação consiste, basicamente, em colocar uma lâmina de água em


compartimentos formados no terreno, denominados de tabuleiros ou quadros, que são limitados
por pequenos diques ou taipas (Figura 3). Os tabuleiros apresentam formas e tamanhos
variados.

Os retangulares são formados por diques retilíneos, com o terreno sistematizado, de modo que
apresente uma pequena declividade uniforme. Os tabuleiros em contorno são formados por um
sistema de diques em curva de nível e diques retilíneos no sentido transversal, para dividir a
área no tamanho apropriado.

Foto: Arquivo da Embrapa Arroz e Feijão.

Figura 3. Irrigação por inundação.

A inundação do solo pode ser feita de maneira contínua, durante grande parte do ciclo do arroz,
ou de maneira intermitente, caso em que a lâmina de água é reposta após um intervalo de
tempo desde o seu desaparecimento do tabuleiro.

A inundação contínua apresenta as seguintes vantagens:

• Diminuição do crescimento das plantas daninhas.

• Controle da temperatura do solo, pois devido à presença de água, que tem calor específico
superior ao do solo, não haverá temperaturas extremas.

• Fixação do nitrogênio atmosférico, devido às condições favoráveis para o crescimento de algas


verde-azuis.

• Aumento da disponibilidade dos nutrientes para a planta, tais como fósforo, ferro, manganês e
silício, durante as primeiras semanas de inundação.

• Economia de mão de obra.

• Aumento da fotossíntese nas folhas mais baixas, devido ao reflexo da luz na água.

A inundação contínua pode ser feita com lâmina de água estática ou corrente.

A água parada, continuamente na lavoura, apesar de tornar-se estagnada, normalmente não é


prejudicial às plantas de arroz. Entretanto, no sistema mix de pré-germinado, que consiste no
uso de sementes pré-germinadas em área com vegetação dessecada e previamente inundada, a
decomposição anaeróbica da palha presente na área pode provocar a formação de substâncias
tóxicas, que afetam o estabelecimento das plântulas.

A eficiência da irrigação com água corrente é menor que a da irrigação com lâmina de água
estática, se a água não for convenientemente utilizada. Existe o perigo de os nutrientes do solo
serem carregados pela corrente de água. Não há diferença em evapotranspiração (soma da
evaporação com a transpiração das plantas) e percolação (infiltração de água no solo) para

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qualquer um dos sistemas. A irrigação com água corrente é praticada em solos onde existem
substâncias tóxicas, devido à pouca percolação ou má drenagem, o que torna necessário um
suprimento de água contínuo e corrente. Nos trópicos, a água corrente resulta na diminuição da
temperatura do solo, o que pode ser considerado um benefício. A melhor justificativa para utilizar
a irrigação com água corrente é a economia de mão de obra, pois, com lâmina de água estática,
as práticas de manejo da irrigação são um tanto trabalhosas, especialmente quando não há
facilidade de acesso aos pontos de entrada da água. No Brasil, a maioria das lavouras irrigadas
está localizada no Estado do Rio Grande do Sul, onde há predomínio do uso de tabuleiros em
contorno, que requerem menor sistematização do solo. Geralmente, é feito apenas um
aplainamento para eliminar as irregularidades excessivas do terreno. Nesse sistema de irrigação,
a água é colocada no tabuleiro mais elevado. Após ter sua lâmina de água estabelecida, a água
passa ao tabuleiro imediatamente inferior, e assim por diante, até o último, onde, então, a água
excedente escoa para um dreno. Assim, tem-se um sistema contínuo de entrada e saída de
água, o que caracteriza a irrigação com água corrente. Em outras partes do país, onde se usam
tabuleiros retangulares, com entrada e saída individuais da água, é mais utilizada a inundação
com lâmina de água estática.

Nesse caso, ao contrário dos tabuleiros em contorno, pode ser usada a inundação intermitente.

A inundação intermitente é praticada, principalmente, em áreas com suprimento limitado de


água. Pode ser também uma boa opção para áreas servidas por bombeamento, mas não deve
ser implantada sem um prévio estudo econômico.

Produções satisfatórias de arroz são obtidas sob inundação intermitente, quando a umidade do
solo é mantida perto da saturação, durante o período sem lâmina de água. Entretanto, no Brasil,
esse método foi pouco adotado por que:

• Requer completo sistema de irrigação e drenagem, envolvendo altos custos;

• Requer completo sistema de irrigação e drenagem, envolvendo altos custos;

• Requer práticas de manejo de água desconhecidas por aqueles que normalmente usam
inundação contínua;

• Requer controle mais eficiente de plantas daninhas, pois algumas dessas plantas crescem mais
facilmente sob esse método de irrigação.

A maior contribuição da inundação intermitente para o uso econômico da água é a diminuição


das perdas por escorrimento superficial (melhor aproveitamento da água das chuvas) e por
percolação (infiltração de água no solo), que são maiores nas lavouras inundadas. Um fator
importante a ser considerado na irrigação intermitente é o conhecimento das fases de
desenvolvimento da cultura em relação à tolerância da planta à falta de água, ou daqueles
períodos em que o suprimento de água é uma necessidade absoluta.

A ausência da lâmina de água na fase reprodutiva aumenta o número de grãos chochos e, no


período de maturação, pode afetar a massa dos grãos. Por outro lado, a retirada da água
durante o período de perfilhamento pode trazer vantagens à produtividade, estimulando o
sistema radicular a se aprofundar o que reduz o acamamento, pois o colmo fica com mais
resistência e com menor crescimento e melhorando o perfilhamento.

Subirrigação

A subirrigação pela elevação do nível do lençol freático vem sendo usada no Brasil, em várzeas
não-sistematizadas, onde o lençol freático encontra-se a pequena profundidade do solo. O solo,
normalmente, permanece saturado durante grande parte do ciclo da cultura. Nesse método,
embora o requerimento de água seja menor que no de inundação contínua, as plantas daninhas
são um grande problema. A necessidade de mão de obra também é menor. A subirrigação pode
minimizar os problemas de toxicidade de ferro, pois a absorção desse elemento pelas plantas é
menor com saturação que com inundação contínua. A produtividade do arroz obtida com
saturação do solo geralmente é menor que a obtida com inundação contínua.

Irrigação por aspersão

O método de irrigação por aspersão compreende diferentes sistemas, como o convencional,


autopropelido e pivô central. O sistema de aspersão convencional é considerado o sistema básico
de irrigação por aspersão, do qual derivaram todos os demais. São classificados em portáteis,
semiportáteis e fixos, dependendo do grau de movimentação em campo. São usados para
irrigação de pequenas áreas. O sistema autopropelido é movimentado por energia hidráulica e
possui um aspersor do tipo canhão montado em uma plataforma e uma mangueira de alta
pressão de até 500 metros. É usado em áreas irrigadas de tamanho médio. O sistema pivô
central é um sistema de movimentação circular, movido a energia elétrica ou diesel. Possui uma
linha lateral de aspersores suspensa por torres dotadas de rodas. As torres se movimentam
independentemente por possuírem motores individuais. Irriga áreas de até 200 hectares.

Recentemente, esse método de irrigação via pivô central vem sendo praticado em algumas
lavouras de arroz irrigado da fronteira oeste do RS. Com o uso da aspersão via pivô central é
possível obter economia de mais de 50% no uso da água em comparação ao sistema tradicional
de irrigação por inundação. Além disso, é possível também viabilizar a rotação de culturas.

No arroz de terras altas, grande parte das lavouras está localizada na região dos Cerrados, onde
durante a estação chuvosa (outubro-abril), quando é feito o seu cultivo, a distribuição das
chuvas é irregular, sendo comum, nas áreas classificadas como de médio a alto risco climático, a
ocorrência de estiagens de duas a três semanas. Nessa região, predominam Latossolos com
baixa disponibilidade de água. Essa característica dos solos aliada à alta demanda
evapotranspirativa, faz com que as estiagens causem consideráveis decréscimos na
produtividade do arroz. Uma das alternativas para solucionar esse problema é a irrigação
suplementar, normalmente via pivô central (Figura 4).

Foto:Sebastião Araújo

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Figura 4. Arroz irrigado por aspersão.

A irrigação por aspersão é indicada para solos de alta permeabilidade e de baixa disponibilidade de água,
como a maioria dos solos da região dos Cerrados. Esses solos requerem irrigações frequentes, com menor
quantidade de água por aplicação, o que é mais fácil de ser conseguido com irrigação por aspersão do que
por superfície.

A irrigação, além de propiciar maiores produtividades, melhora a qualidade do produto. Os


períodos de deficiência hídrica que a planta de arroz, em condições de sequeiro, sofre durante o
ciclo geram qualidade de grão inferior em comparação com o arroz irrigado. A porcentagem de
grãos chochos e gessados aumenta consideravelmente quando a deficiência hídrica ocorre
durante as fases de emissão da panícula e enchimento dos grãos. Com o uso de irrigação por
aspersão o processo de enchimento dos grãos não sofre descontinuidade. Consequentemente, o
número de grãos por panícula e a massa dos grãos são maiores e o número de grãos chochos é
menor.

Além do aumento na produtividade e na qualidade do arroz, é possível utilizar o equipamento de


irrigação para outras culturas na safra de outono-inverno, o que promove, assim, maior uso do
equipamento, e propicia maior rentabilidade ao agricultor.

Veja também

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