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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 31.607/2017........................................)
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intuito de realizar pescaria nas proximidades da área da monoboia, localizada em área de
mar aberto, conforme consta no extrato da NPCP-SC, sendo que a embarcação
“HIBISCO”, por apresentar características para ser utilizada exclusivamente em área de
navegação interior, de acordo com o estabelecido no seu TIE, se mostrou indefesa ao
navegar em área de mar aberto, se sujeitando a ação impetuosa das ondas que eram de
cerca de 2,5 metros naquele momento e por razões até então desconhecidas ocorreu o
desaparecimento da embarcação “HIBISCO” em um posição indeterminada,
supostamente quando rumava para a Ilha da Paz.
O Encarregado do IAFN (fls. 89/96), após detida análise dos autos, concluiu
que o naufrágio da embarcação se deu em razão do condutor da lancha “HIBISCO”
navegar com uma embarcação de pequeno porte, vindo a infringir as normas e
procedimentos estabelecidos para uma navegação em segurança, denotando a
impropriedade da embarcação para a área de navegação em que era empregada,
colocando em grave risco a embarcação e as vidas dos seus ocupantes, pois a embarcação
suspendeu da Praia da Enseada com dois ocupantes à bordo, com o intuito de realizarem
pescaria na área da Monoboia e Ilha da Paz e durante o suposto trajeto da Monoboia e
Ilha da Paz foi surpreendido pela ação das ondas de cerca de 2,5 metros que se
apresentava naquele momento. Desse modo, responsabilizou pelo acidente o ARA
Adriano Weiss, condutor da lancha “HIBISCO”, por imprudência e negligência, pois
agindo assim assumiu conscientemente um risco que não tardou em materializar-se com
o seu desaparecimento, com o óbito do passageiro Valdir Soares da Silva, assim como
também no desaparecimento da embarcação.
Os autos do inquérito foram encaminhados a este Tribunal e remetidos à
PEM que pugnou pelo arquivamento dos presentes autos, por não restar devidamente
apurada, em face da insuficiência de provas, especialmente a pericial, tendo em vista que
as provas coligidas nos autos se revelaram desprovidas de aptidão a demonstrar de forma
irretorquível as causas e circunstâncias que determinaram o naufrágio da L/M
“HIBISCO” (fls. 103/106).
Publicada nota de arquivamento em 27 de outubro de 2017, o prazo para
manifestações de possíveis interessados transcorreu em branco até o dia 15 de fevereiro
de 2018 (fl. 108).
Assiste razão à D. Procuradoria Especial da Marinha, devendo ser deferido o
requerimento e mandando arquivar os presentes autos, diante dos elementos neles
contidos, considerando o acidente previsto no artigo 14, alínea “a”, da Lei nº 2.180/54,
como origem indeterminada.
Assim,
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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 31.607/2017........................................)
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ACORDAM os Juízes do Tribunal Marítimo, por unanimidade: a) quanto à
natureza e extensão do acidente da navegação: naufrágio, seguido pela morte de dois
tripulantes e danos materiais pelo desaparecimento da embarcação, sem ocorrência de
danos ambientais; b) quanto à causa determinante: não apurada; e c) decisão: mandar
arquivar os autos, conforme promoção da PEM, considerando o acidente da navegação
previsto no art. 14, alínea “a”, da Lei nº 2.180/54, como origem indeterminada.
Publique-se. Comunique-se. Registre-se.
Rio de Janeiro, RJ, em 14 de junho de 2018.
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Assinado de forma digital por COMANDO DA MARINHA
DN: c=BR, st=RJ, l=RIO DE JANEIRO, o=ICP-Brasil, ou=Pessoa Juridica A3, ou=ARSERPRO, ou=Autoridade Certificadora SERPROACF, cn=COMANDO DA MARINHA
Dados: 2018.11.06 14:39:13 -02'00'