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França Pré-Revolucionária

Com cerca de 26 milhões de habitantes, França era, no final do século


XVIII, o país mais povoado da Europa, porém um dos mais injustos.
Encontrava-se em vigor o Antigo Regime, um modelo social que garantia
privilégios ao clero e à nobreza, e poder centrado e absolutista ao Rei.

A comunidade francesa era caracterizada por extensas assimetrias


sociais.

A maioria da população trabalhava nos campos e vivia em condições


miseráveis, pagando altíssimos impostos a elites aristocráticas, compostas
pelo clero, nobres e Família Real, que viviam em palácios magnificentes,
como o monumental Palácio de Versalhes, isentos do pagamento de
impostos e usufruindo do luxo e riqueza gerados pelo trabalho dos
camponeses.

Nas cidades, a situação não era muito diferente da vivida nas áreas
rurais. A população urbana, constituída maioritariamente por trabalhadores
de baixo salário, desempregados e pequenos burgueses, pagava também
pesados impostos e tinham um custo de vida cada vez mais elevado.
Conseguiu-se mesmo equiparar o custo de vida de um membro do clero ao
de seis mil indivíduos da classe trabalhadora.

Para além disto, os trabalhadores e camponeses das classes


populares, para poderem transportar as suas mercadorias, teriam que
passar por barreiras alfandegárias das propriedades feudais, pagando mais
uma vez, elevados impostos.

Devido ao atraso técnico, à concentração das terras nas mãos de


poucos e às secas e às inundações frequentes nesta altura, a produção
agrícola era reduzida, fazendo com que os preços dos bens oscilassem, não
dando condições aos mais pobres de adquirir alimentos, e levando
pequenos proprietários à falência.

A relação de França com Inglaterra vinha apenas piorar a situação.

Com os resultados desastrosos da Guerra dos Sete Anos, que ocorreu


entre 1756 e 1763, ainda durante o reinado de Luís XV, França perdeu os
seus territórios no Canadá, Louisiana, Flórida e Antilhas e também em África
e Índia. Como tentativa, dispendiosa, de se vingar de Inglaterra, França
resolveu ajudar os americanos na luta pela sua independência.

Nesta época pré-revolucionária, o déficit público da França era


colossal, podendo ser medido como 78 vezes maior que os lucros franceses.

Porém, uma boa parte do financiamento do Estado francês era obtido


através de bancos ingleses, e devido à instável relação entre os dois países,
foi acordado assinar o Tratado de Éden onde se impunha que os produtos
ingleses entrassem na França sem as cobranças alfandegárias. Este tratado
levou à falência grande parte da indústria francesa pois não suportavam a
concorrência inglesa, acentuando ainda mais a crise económica.
Face a estas complicações, alguns membros do governo francês
tentaram aplicar uma reforma fiscal onde impunham o pagamento de
impostos por parte do clero e da nobreza. No entanto, esta reforma de
nivelamento fiscal foi travada pelos representantes da aristocracia francesa.

O rei Luís XVI, para tentar resolver os conflitos económicos consultou


o Ministro das Finanças, Jaques Necker, para decidirem quanto a situação de
crise. Assim, convocoram, no dia 5 de maio de 1789, a Assembleia dos
Estados Gerais.

Esta assembleia reunia os representantes políticos do 1º, 2º e 3º


Estados.

O 1º Estado era formado pelo clero, constituído por 5% da população,


que representava a Igreja e desfrutavam de grande riqueza e privilégios.

O 2º Estado era constituído alta nobreza, composta pela família real,


aristocratas e por burgueses que enriqueceram e compraram títulos de
nobreza. Este 2º estado representava 10% da população.

O 3º Estado, composto pela maioria da população, entre burgueses,


trabalhadores, artesãos e camponeses, além de desempregados, famintos e
marginalizados. Continha então um número maior de representantes, cerca
de 85% da população.

Depois de abrir a sessão da assembleia, Luís XVI deparou-se com um


problema, a votação. Esta era decidida pelos votos de cada Estado e não
por voto individual. Isto resultou no favorecimento dos 1º e o 2º estado,
ficando estes livres de impostos, o que gerou descontentamento por parte
dos constituintes do 3º estado que reagiram exigindo que o processo de
votação das leis fosse feito “por cabeça” e não “por Estado”, conforme
estabelecido pelas antigas normas, pois só assim seria possível vencê-los.

Apercebendo-se deste conflito de interesses, o Rei tentou dissolver a


assembleia convocada. Contudo, inconformados mediante a intransigência
real, os membros do 3º Estado reuniram-se separadamente, num salão que
a nobreza utilizava para jogos, e estabeleceram que permaneceriam
reunidos até que fosse elaborada uma nova Constituição para a França.

Este ato ficou conhecido como "O Juramento do Jogo de Péla" onde
ficou acordado o estabelecimento de igualdade jurídica e direitos políticos
para todos os homens comuns, dando então o primeiro passo para a
Revolução Francesa.
França Pré-Revolucionária → Finais do século XVIII

 Antigo Regime

Reforma Fiscal

Sociedade Economia
Assembeia dos Estados
Clero e Nobreza oscilação de Gerais
vida luxuosa precos 1º Estado: Clero (5%)
isentos de impostos 2º Estado: Nobreza (10%)
deficitária 3º Estado: Povo (85%)
Trabalhadores e baixos lucros
Componeses Tratado de Éden
trabalho agrícola
condições
miseráveis
pagavam impostos Revolução
Francesa
Bibliografia:

REVOLUÇÃO Francesa (1789-1799). 2012. Disponível em:


<https://sala19.wordpress.com/2012/09/12/revolucao-francesa-1789-
1799/>. Acesso em: 12 out. 2018.

A FRANÇA no século XVIII. 2014. Disponível em:


<https://hcontemporaneai.wordpress.com/2014/10/02/a-franca-no-seculo-
xviii-j-e-g-s/>. Acesso em: 12 out. 2018.

REVOLUÇÃO Francesa (1 de 4): A França pré-revolucionária. 2017.


Disponível em: <https://imagohistoria.blogspot.com/2009/05/revolucao-
francesa-franca-pre.html>. Acesso em: 12 out. 2018.

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