Sie sind auf Seite 1von 10

SEMINÁRIOS

1) A ÉTICA UTILITARISTA: Jeremy Bentham e John Stuart Mill


a) Estabeleça a diferença entre “ética” e “moral”. Em seguida, diferencie a ética
enquanto teoria ou ramo da filosofia e ética enquanto comportamento.
b) Diga qual é a diferença entre as éticas consequencialistas e a éticas nãoconsequencialistas.
Dê exemplos.
c) O que foi o “Caso Mignonette”? Descreva.
d) Quem foi Jeremy Bentham? Faça um resumo da biografia dele, do contexto e
histórico em que ele viveu e diga quais foram suas principais obras.
e) Em que consiste o utilitarismo? Descreve e apresente suas principais
características.
f) Descreva e explique o caso do “Ford Pinto” e o caso das meninas de “St.
Anne”.
g) Quem foi John Stuart Mill? Faça um resumo da biografia dele, do contexto e
histórico em que ele viveu e diga quais foram suas principais obras.
h) Qual a diferença entre o utilitarismo de Bentham e Mill?
i) De um exemplo atual, na política brasileira, no qual você identifica um
pensamento utilitarista.

2) LIBERTARIANISMO: A teoria da justiça de Robert Nozick


a) O que você entende por justiça?
b) Quem foi Robert Nozick? Faça um resumo da biografia dele, do contexto e
histórico em que ele viveu e diga quais foram suas principais obras.
c) Como sabemos, do ponto de vista da Economia Política e da Filosofia
Política, a partir do Século XVIII, dois modelos clássicos disputam
hegemonia. De um lado, o liberalismo clássico do Século XVIII, de outro, o
socialismo do Século XIX. Entre eles e além deles, muitas outras correntes
foram sendo criadas e desenvolvidas. Os temas centrais dessa discussão são:
(i) interferência do Estado nas liberdades públicas dos cidadãos; (ii)
interferência do Estado na atividade econômica desenvolvida pelos cidadãos;
(iii) interferência do Estado para reparar falhas de mercado, como os
monopólios e as crises sistêmicas, bem como para reparar o infortúnio
individual dos cidadãos, como a doença, o desemprego e a velhice. Uma das
formas mais eficientes para a ação ou a omissão do Estado é a tributação,
técnica que consiste em retirar parcela de riqueza da população
economicamente ativa e entregá-la ao Estado, para que este possa agir
prestando serviços, financiando a economia, estimulando ou desestimulando
comportamentos. A partir dessas considerações, trace as linhas centrais do
“libertarianismo”.
d) Como o “libertarianismo” encara as questões do aborto, da venda de órgãos,
e da eutanásia? E com relação aos direitos sociais, como aqueles
relacionados à seguridade social (saúde, assistência social e previdência)?
e) Qual a visão de Rober Nozick acerca da chamada “justiça distributiva”?
f) FINALMENTE: Acerca da ética “libertária”: (i) Qual sua base metafísica?
Há alguma? O que há além do homem? (ii) O ser humano possui alguma
natureza capaz de identificá-lo de forma universal, bem como que permita
traçar-lhe um perfil atemporal e sem qualquer vinculação histórica ou social?
(iii) O ser humano possui algum direito natural? (iv) Há algum valor
absoluto e universal? Qual a norma fundamental para o agir do homem?
Qual finalidade ou força preside o agir humano; (v) Identifica alguma
posição clara sobre o aborto, a eutanásia, a venda de órgãos, a manipulação
genética? (vi) O que é o bem? (vii) O que é o mal?

3) Ética deontológica: Immanuel Kant.


a) Por que Kant repudia o utilitarismo?
b) O que é a liberdade para Kant?
c) Qual o valor moral de uma ação para ele?
d) Qual é o princípio moral supremo?
e) Explique a diferença entre o imperativo categórico e o imperativo
hipotético?
f) Descreva e explique as quatro questões propostas para Kant?
g) Descreva e explique as possíveis opiniões de Kant sobre sexo, mentiras e
política, tal como expostas pelo autor M. Sandel. Você concorda com a
abordagem?
ações.

A ÉTICA UTILITARISTA: Jeremy Bentham e John Stuart Mill


A ) Filosoficamente, a ética e a moral se distinguem. A moral é um conjunto de normas utilizadas no
cotidiano por cada cidadão, envolve os costumes, a regras, as convenções, a forma de viver de
determinado grupo, e são esses princípios de moralidade usados no dia a dia que vão orientar a ação e o
julgamento de cada indivíduo. Já a ética, no contexto filosófico, é responsável por estudar os fundamentos
dos valores morais que orientam os indivíduos, mais especificamente a ética investiga o comportamento
humano para tentar explicar as regras morais de modo racional, fundamentado, cientifico e teórico.
Entretanto, enquanto comportamento, a finalidade tanto da ética e da moral se assemelham, em razão de
que ambas vão guiar a conduta do homem, vão determinar o seu caráter, o seus valores, ensinando a
melhor forma de agir e de se comportar em sociedade,

B) A ética consequencialista serve de base para o utilitarismo, uma vez que esta ética define se as ações
estão ou não corretas em virtudes dos resultados causados por essas ações, ou seja, para as ações serem
consideradas certas ou erradas é preciso analisar se as consequências causadas por elas são boas ou más.
Como por exemplo no caso Mignonette, a ação de matar um taifeiro teve como consequência a
salvamento das vidas de outras três pessoas, portanto consoante com a ética consequencialista, a ação foi
correta, visto gerou um bom resultado ao salvar mais vidas em detrimento de uma.
Já a ética não-consequencialista vai determinar se a ação é correta ou não, independente das
consequências que resultem da sua realização. Então não é considerado se as consequências de
determinada ação foram boas ou ruins, mas sim a própria ação em si, de acordo com a qualidade
intrínseca ou o caráter do ato, os quais importam moralmente. Da mesma forma podemos utilizar o caso
Mignonette como exemplo, mas contraditoriamente à ética consequencialista, ao estudar o caso com base
na ética não-consequencialista, a ação de matar um indivíduo para salvar as vidas de outros três é
considerada errada, uma vez que é intrínseco do homem a noção de que é imoral tirar a vida ou se
alimentar de outro ser humano, rejeitando assim a ideia de que o certo a se fazer é somente uma questão
de medir as consequências, pois a moral significa algo mais.

C ) O caso refere-se a um navio que naufragara no decorrer de uma tempestade em 1884. Á bordo
estavam os ingleses: capitão Thomas Dudley, o primeiro oficial Edwin Stephens, o marinheiro Edmund
Brooks, e o taifeiro Richard Parker, de 17 anos. Durante os primeiros dias os mesmos sobreviveram de
alguns poucos suprimentos encontrados no barco, mas posteriormente passaram 8 dias sem ter o que
comer, enquanto que Parker, o mais jovem havia bebido água salgada do mar, e adoecia no canto do bote.
Já no 19° dia, o capitão propôs aos companheiros um sorteio a fim de escolher quem morreria para que os
outros sobrevivessem, mas rejeitada por Brooks, a proposta não foi efetivada. Por conseguinte, no 20° dia
ainda não viam algum resgate se aproximando, e após orar pelo garoto adoecido, o capitão matou-o com
um canivete. Famintos e sem mais objeções os três homens restantes se alimentaram do taifeiro pelos
próximos quatros dias, conseguindo sobreviver até a chegada o resgate – no 24° dia. Ao analisar o caso, o
autor expõe dois argumentos: defensivamente, matar uma pessoa foi pré-requisito para salvar outras três,
além de que o taifeiro não sobreviveria até o resgate e também não possuía dependentes que se
prejudicariam com sua morte; adversamente, a aceitação desse crime poderia incentivar a sociedade à
“fazer justiça com as próprias mãos”, ao debilitar a norma contra assassinato. E ainda, supondo que os
benefícios superem os custos, a impressão, de matar e comer um ser humano indefeso, continua sendo
errada, elevando os valores morais, nos quais, consoante com o escritor, os “deveres e direitos não
dependem unicamente das consequências sociais dos nossos atos”. Ao contrário do método utilitarista, em
que a moral de uma ação depende de suas consequências.

D) Jeremy Bentham nasceu em Houndsditch, Londres, Inglaterra, no dia 15 de fevereiro de 1748.


Oriundo de uma família de advogados, desde cedo Bentham era criteriosamente incentivado a estudar
para que seguisse uma carreira jurídica e política. Por volta dos 4 anos de idade já era admirado por
escrever versos em latim e grego. Aos 13 anos, ingressou no Queen’s College, em Oxford, e graduou-se,
em 1764, quando, seguidamente ingressou na Lincoln’s Inn a fim de se qualificar para a prática do
Direito. Chegou a exerceu a advocacia, mas logo passou a se dedicar à filosofia. Bentham, então, foi um
filósofo inglês, jurista teórico, e fundador da doutrina “utilitaristas”, que pregava reformas políticas e
sociais. Em 1786, o estudioso se mudou-se para casa do seu irmão engenheiro, na Rússia, onde o mesmo
iniciou o estudo de uma reforma do sistema penitenciário, sem êxito no entanto. No ano de 1792,
Bentham foi nomeado cidadão honorário da França. Contudo o filosofo retornou a Inglaterra, e ainda
lutou pela reforma da Constituição de seu país, a qual só foi alcançada no ano de sua morte, 1832. Mas
em vida escreveu amplamente sobre diversos assuntos, entre os quais encontram-se importantes obras
como: “Um Fragmento Sobre o Governo” (publicado em 1776, o livro trata de uma crítica ao
antirreformismo de Blackstone); “Theorie des peines et des recompenses” (1811); “Defesa da Usura”
(1787); “An Introduction to the Principles of Morals and Legislation” (1789); “Rationale of Judicial
Evidence” (1827).

E ) O utilitarismo de Bentham se fundamenta no princípio de que “o mais elevado objetivo da moral é


maximizar a felicidade, assegurando a hegemonia do prazer sobre a dor”. Nas palavras do autor, o
preceito para a doutrina determina que “as ações estão certas na proporção em que tendam a promover a
felicidade, erradas quando tendem a produzir o oposto de felicidade”. Uma vez que Bentham define
“utilidade” como qualquer coisa que produza prazer e felicidade, e evite a dor ou o sofrimento, então o
homem deve sempre agir de forma a maximizar a “utilidade”, pois para o filosofo, o ser humano é
governado pelos sentimentos de dor e prazer. No entanto, a maximização da felicidade é uma doutrina
que deve ser seguida tanto pelos cidadãos, quanto pelos legisladores, especialmente quando os últimos
forem tomar decisões sobre a sociedade, posto que devem objetivar a maior felicidade da comunidade em
geral. Deste modo Bentham deixa explicito o desprezo à dignidade humana e aos direitos individuais,
considerados “um absurdo total”. Já que seu fundamento para alcançar a maximização da felicidade
encontra-se em uma análise de custo e benefício, na qual o maior benefício, logicamente, acompanhará o
que satisfaz a maioria da comunidade, acarretando na exclusão dos direitos individuas. Tomando por
exemplo sua estratégia para “melhorar o tratamento dado ao pobre”, em que ele propõe uma “prisão-
oficina”, ou seja, um reformatório autofinanciável ao qual os mendigos seriam confinados. Embora
Bentham reconheça a infelicidade de muitos mendigos ao trabalhar em um abrigo, esse custo compensaria
o benefício do bem-estar coletivo, posto que os moradores de ruas reduzem a felicidade do público geral,
portanto os direitos individuais dos pobres não são considerados para que haja a maximização da utilidade
(felicidade) social. Para tanto, é relevante as preferências de cada um, apenas se analisada em conjunto
com todas as outras, e para estudar qual será a melhor escolha moral a se fazer, Bentham propõe
transformar essa escolha moral em ciência, na qual utilizar-se-ia uma moeda comum que traduziria todos
os bens morais, ou seja, todos os distintos valores seriam pesados numa única balança e todos os custos e
benefícios seriam vistos em termo monetário. Assim a escolha certa a se fazer será a que agregará um
maior benefício em detrimento do custo, de forma quantitativa.

F) De acordo com os relatos de Michael J. Sandel, o Ford Pinto era um dos carros compactos mais
vendidos no Estados Unidos, durante a década de 70. O problema encontrava-se no fato de que seu motor
estava suscetível a explosões caso sofresse alguma colisão, o que levou a morte de mais de 500 pessoas
no trânsito, e o ferimento grave de muitas outras. Consequentemente uma das vítimas processou a Ford
Motor Company, por causa do erro de projeto, e foi quando descobriram que não era bem um “erro”, mas
o método utilitarista aplicado pela empresa. Mais especificamente, para equipar os carros com um motor
mais seguro, a companhia gastaria 11 dólares por unidade, resultando ao todo em 137 milhões de dólares,
enquanto uma pesquisa feita sobre as mortes e os ferimentos, que poderiam ocorrer se os motores
compactos continuassem a circular, estima a totalidade de 267 mil dólares em dispêndio pelas vidas das
vítimas. Evidentemente, em uma análise de custo e benefício, a empresa chega à conclusão de que “o
custo para consertar o tanque não compensaria o benefício de um carro mais seguro”, uma vez que a
mesma gastaria menos para reparar os danos causados pelas explosões.
O colégio St. Anne era uma instituição feminina, a qual possuía uma regra para proibir que os
rapazes passassem a noite no quarto das moças. No entanto a norma não era fiscalizada, e as pessoas que
as transgrediam incomodavam as garotas mais conservadoras. Numa época em que a moral conservadora
passara a ser de minoria nas faculdades, as estudantes constrangidas com o fato, usaram o método
utilitarista para defenderem seus valores, argumentando que “se os homens passassem a noite nos quartos
das mulheres, as despesas da faculdade aumentariam” (devido ao maior número de banhos quentes
tomados por exemplo). Segundo o autor, a solução tomada pelas liberais foi a autorização para as garotas
receberem três visitantes por semana, mediante ao pagamento de 50 pence por convidado, referente a
cada noite passada na faculdade. Desta maneira reduziriam os gastos da instituição. Entretanto não
obtiveram êxito, já que a notícia lançada pelo jornal foi a seguinte: “Moças do St. Anne, 50 pence por
noite”, afetando ainda mais as razões morais das conservadoras. Logo, a cobrança foi suspensa, e as
regras debilitadas.

G ) John Stuart Mill (1806-1873) era filho de James Mill, amigo e discípulo de Bentham. Nascido em
Pentónville, no subúrbio de Londres (Inglaterra), John foi uma criança-prodígio, educada em casa. Com
11 anos, já havia escrito uma história das leis romanas, e sua autobiografia aos 15, posto também que com
3 anos estudou grego, e latim aos 8. Porém, aos 20 anos sofreu um colapso nervoso, devido à rígida
educação. Seguidamente conheceu Harriet Taylor, esposa de um amigo, mas 20 anos após a morte de seu
marido, Taylor e Mill se casaram. Contudo, John foi um filósofo inglês, influente pensador do século
XIX, e ficou reconhecido como um dos maiores propagadores do empirismo e do utilitarismo. Posto que,
o filósofo revisou a doutrina de Bentham, na expectativa de salvar o utilitarismo com um fundamento
mais humano e menos calculista. Mill faleceu em Avignon (França), no ano 1873, mas nos deixou
importantes obras como: “Sistema de Lógica Dedutiva” (1843), “Princípios da Economia Pública”
(1848), “O Governo Representativo” (1851), “A Liberdade” (1859), “O Utilitarismo” (1861) e “A
Sujeição da Mulher” (1865).

H ) Embora ambos procedam do conceito de “máxima felicidade”, essencial a doutrina,


contraditoriamente a Bentham, o filosofo Mill tenta agregar fundamentos mais humanos e menos
calculista ao “utilitarismo”. Posto que este defende a liberdade individual, baseado na ideia de que as
pessoas devem ser livres para fazer o que quiserem, contanto que não façam mal aos outros, distintamente
de Bentham que despreza tais direitos humanos. Mas como aplicar o direito à liberdade na análise
utilitarista de custo-benefício? Mill pensa a longo prazo, o respeito à liberdade levará a maximização da
felicidade com o tempo, e só assim haveria um avanço social, pois os benefícios escolhidos para a maior
utilidade da maioria geral no presente, tornará a sociedade pior e infeliz no futuro. Para o estudioso,
obrigar um indivíduo a viver de acordo com os costumes e as opiniões predominantes, impede o mesmo
de atingir a felicidade máxima da vida. E ainda, Mill, argumenta que “ações e consequências não são
tudo, o caráter também conta”. Dado que as capacidades mentais e morais só se aperfeiçoam com o
estimulo, quem se abstrai de tomar as próprias decisões e apenas imita a maioria, não precisa portanto de
outra faculdade além de a capacidade de imitar. Reforçando seu argumento, o teórico apresenta um caso
no qual é mostrado a uma sala de aula alguns temas, como um monólogo de Hamlet e um episódio de Os
Simpsons, seguidamente é perguntado a turma quais das apresentações eles mais gostaram, e depois, qual
delas eles consideravam a mais elevada ou a mais valiosa? Os Simpsons recebe mais votos em relação a
primeira pergunta, mas é Hamlet o escolhido como mais elevado qualitativamente. Concluinte, Mill,
explica que todos os humanos possuem um senso de dignidade, em suas palavras: “É melhor ser Sócrates
insatisfeito, do que um tolo satisfeito”. Portanto o teórico argumenta que os prazeres mais elevados não
são maiores porque o escolhemos, mas nós os escolhemos porque são mais elevados. Recuperando assim,
o utilitarismo de Bentham, de uma doutrina calculista, quantitativa e primitiva, de dor e prazer, (na qual o
mesmo reduz todos os valores em uma única escala), e impondo os direitos individuas e a dignidade
humana, com uma análise qualitativa, na maximização da utilidade.

I ) De um exemplo atual, na política brasileira, no qual você identifica um pensamento utilitarista.

LIBERTARIANISMO
a) Aos meus olhos, justiça é conceito muito amplo e relativo para cada pessoa, afinal o que é
justo para mim, pode não ser para outrem. Dessa forma, a justiça seria como uma construção
individual de cada pessoa, gerada pelo contexto no qual ela está inserida. Assim, no meu
entendimento justiça é a garantia da igualdade entre todos os cidadãos.

b) Nascido em 1932, em Nova York, Robert Nozick era filho de comerciantes Judeus. Adepto
fiel ao libertarianismo, ele sofreu bastante influência da guerra fria. Bacharel em filosofia,
Nozick foi professor em Harvard, onde disseminou seus ideias libertários. Nesse contexto, o
filósofo político lança seu livro, e mais importante de todos, "Anarquia, Estado e Utopia" em
1974, mesma década da crise do petróleo. A sua principal obra se trata de uma resposta a
"Teoria da Justiça" de John Rawls, no livro ele faz duras críticas ao governo liberal, socialismo
e conservadorismo da época. Ainda entre seus livros se encontram "The Examine Life" e
"Philosophical Explanations".

C) o libertarianismo é uma ideologia política que prega a liberdade como principal valor e
objetivo político. Essa liberdade seria atingida através da não interferência do Estado no âmbito
social e econômico. Essa ideologia seria um liberalismo "radical", porém havendo o maior
reconhecimento da necessidade do Estado, que regularia minimamente a proteção da vida e o
princípio de propriedade. Apesar de se assemelhar muito ao liberalismo, essa teoria ganhou
muitos adeptos socialistas, os quais pregam pela liberdade de ideias e maior autonomia
individual. Assim, o Estado não regulamentaria mais as questões sociais como aborto, uso de
entorpecentes, entre outros. Em relação a atividade econômica desenvolvida pelos cidadãos, o
libertarianismo utiliza da visão de Nozick sobre ganhos através do esforços e do justo.
Enquanto que em relação ao mercado, essa ideologia atrai muitos adeptos do capitalismo,
tendo em vista que prega o mercado livre, isento de regulamentação do Estado. Sendo até
mesmo contra programas sociais e não tendo tanto deveres para com seus cidadãos.

d) Com a defesa de um Estado mínimo, o libertarianismo julga questões como aborto, venda
de órgãos e eutanásia mediante ao indivíduo, com o exercício de sua liberdade, é uma escolha
individual que não pode ser sofrer interferência do Estado. Nesse sentido, políticas sociais que
assegurem a saúde, assistência social e previdência estão fora do limite do Estado, o qual
deve garantir apenas a segurança pública e o respeito à contratos.

E) A justiça distributiva de Nozick propõe a titularidade das posses justas, ele acreditava que o
certo dentro de uma sociedade seria ganhar seus bens de maneira honesta, através dos seus
esforços e dos acordos justos. A remuneração de qualquer profissão precisa ser legitimado e
seu valor se dá pelo o que a sociedade atribui ser justo. Assim, poderia haver sociedades em
que um médico e um motorista ganhassem o mesmo. Além disso, ele afirma que ninguém tem
o direito de se apropriar das posses alheias e ver os impostos diferenciados como uma prática
injusta. Com isso, se conclui que apesar do poder ser desigual, a distribuição pode ser justa.

F) I) A metafísica para os pensadores do libertarianismo seria a busca pela liberdade do


indivíduo dentro do meio social, onde o Estado não teria o poder de interferir em questões
econômicas e sociais, tornando assim o homem independente e sem impor obrigações que ele
não deseja, como o fato do rico pagar imposto que seria revertido em projetos de ajudas
sociais aos pobres. Portanto as escolhas que desrespeitem a vida e corpo do próprio indivíduo
deveriam ser respeitadas pelo Estado sem interferência.

III) Segundo os preceitos do libertarianismo a liberdade de escolha sobre seus atos, bens e
corpo são um direito natural, que pertence ao homem no momento em que ele nasce, devendo
assim o Estado respeitar e não interferir.

IV) A liberdade do indivíduo é o valor absoluto e universal, sendo dever do corpo social manter
a ordem e a igualdade, sem necessitar da interferência do Estado, esse seria responsável por
leis que garantissem a proteção da vida e da propriedade. Para isso, o respeito ao próximo
seria como uma norma, não regida pelo Estado e sim pela moral, que colaboraria com a ordem
do sistema. A finalidade de um ato praticado pelo homem visa a conquista e o direito a
liberdade, e para isso somos ensinados a respeitarmos a lei moral e cívica.

A metafísica, no libertarianismo seria as relações de uma sociedade com um Estado mínimo.


Esse Estado não teria participação na economia nem nas relações sociais, pois como acredita
dentro dessa ideologia, o indivíduo não deve ser obrigado a pagar imposto e nem o governo
deve usar desses recursos para promover políticas sociais, entendendo o homem como um ser
que deve ser independente e merecem recompensas por seus esforços. Sendo então a
liberdade o principal objetivo. No texto o autor usa o exemplo da liberdade de escolha sobre a
sua vida, ele diz que no libertarianismo o Estado não tem o direito de criar leis para proteger o
indivíduo de si mesmo, como por exemplo a lei do sinto de segurança ou capacete, o ser deve
saber e assumir o risco que corre. Esse direito de escolha também é considerado um direito
natural, que já nasce com o homem, e que somente com a liberdade no ambiente em que vive,
esse direito natural é realmente exercido. Nesse caso não há um valor absoluto, porque dentro
desses ideais o homem é um ser individualista e que a coletividade tira parte de sua liberdade.

ETICA DEONTOLOGICA IMMANUEL KANT

1.Ele repudia com base no argumento de que só porque uma coisa proporciona prazer ou felicidade para
muitas pessoas, não significa que possa ser considerada justa ou correta, ou seja, basear direitos em um
cálculo sobre o que produzirá mais felicidade, como o utilitarismo faz, deixa os direitos individuais
vulneráveis. Para Kant, a moralidade não deve ser baseada em considerações empíricas (interesses,
preferências, vontades) que as pessoas possam ter em um determinado momento, visto que esses fatores
são variáveis e contingentes e não servem como base para definir princípios morais universais. Sendo
assim, o princípio utilitarista não traz nenhuma contribuição para o estabelecimento da moralidade, já que
fazer um homem feliz é diferente de fazer um homem bom. É errado tratas os seres humanos como
instrumento de felicidade coletiva. Kant afirma que o princípio supremo da moralidade só será atingido a
partir do exercício constante da razão.

2. Kant define a liberdade de forma estrita e rigorosa. Para ele, quando nós buscamos o prazer ou
evitamos a dor, não estamos agindo livremente e sim como escravos dos nossos desejos. Para Kant isso
não é errado, só não se caracteriza como liberdade, visto que estamos agindo de acordo com uma
determinação exterior. Para agir livremente, é preciso agir com autonomia, ou seja, agindo de acordo com
a lei que nós impomos a nós mesmos. Sendo assim, agir livremente não é escolher a melhor forma para
atingir um determinado fim, é escolher como será o fim.

3.Para Kant, na avaliação moral das ações interessa sobretudo determinar o motivo daquele que age. A
sua análise é necessária em razão de, por vezes, o ser humano faz o que está certo, mas pelos motivos
errados. Dessa forma, esta ação não tem qualquer valor moral.

De acordo com o autor, quando uma pessoa escolhe livremente o que é correto apenas porque é atitude
certa a se tomar, sua ação agrega valor moral. Ou seja, para Kant, uma ação moralmente válida é aquela
em que cumpre-se o dever porque é o dever, não visando vantagens ou por motivos egoístas ou para
evitar punições.
A intenção tem fundamental importância para o pensamento kantiano por motivos de ser fator
determinante para a presença da moralidade de uma ação, nunca o motivo da inclinação.

4.Para Kant, alcança-se o princípio supremo da moralidade seria a lei moral alcançada através do
exercício da pura razão prática. E é, portanto, um imperativo para os seres racionais. Com a análise dos
três contrastes (moralidade, liberdade e razão) foi a maneira utilizada para apresentar o princípio do
supremo da moralidade: a boa vontade; a autonomia da vontade e os comandos da razão (imperativo
hipotético e o imperativo categórico).
A boa vontade que emerge à intenção de fazer o correto pelo motivo certo. A autonomia da vontade está
intimamente relacionada a moralidade e a liberdade. Pois todo o princípio moral reside na razão
autônoma, determinando a razão em um mandamento moral, ou seja, princípio da autonomia.
O último contraste que aborda comandos da razão, os chamados imperativos: categóricos e hipotéticos,
como forma de exprimir a vontade humana. Sendo que o imperativo hipotético é o comando que raciocina
usando meios para chegar a um fim. Agora se a ação é válida em si mesma, portanto, necessária uma
razão dessa forma o imperativo é o categórico. O imperativo categórico possui derivações ou máximas, à
fórmula da lei universal e à fórmula da humanidade como um fim. A lei prática universal com fim em si
mesmo, princípio objetivo da vontade e princípio de toda a natureza racional.

5.Imperativo hipotético, se usa a razão instrumental. Que vai estar atrelado a um fim ou a uma finalidade
almejada. Já o imperativo categórico, se entende por um ato incondicional. Como para Kant, o imperativo
categórico pode ser considerado um imperativo da moralidade, que agir moralmente é agir em função de
um dever, esse em acordo com a lei moral, verdadeiro imperativo categórico que visa tratar as pessoas
como fins em si mesmas.
Kant, dar dois tipos de imperativos categóricos:

Imperativo categórico I: Universalize sua máxima: Kant considera uma “máxima” o preceito ou princípio
que propicia a razão para a ação de uma pessoa. O que significa que só devemos agir de acordo com os
princípios que podemos universalizar sem entrar em contradição. Como por exemplo, a falsa promessa
que prioriza os desejos e necessidades particulares em detrimento de necessidades e desejos de outros.

Imperativo categórico II: Trate as pessoas como fins em si mesmas: É que a humanidade tem valor
absoluto, os seres racionais têm dignidade. E as pessoas não podem ser usadas como meios, pois não são
coisas, objetos.

6. Questão 1: Trata sobre o que Kant aborda no imperativo categórico em relação a tratar todos os
indivíduos com respeito, como um fim em si mesmo. E relacionando isso com a Regra do Ouro (Cada um
deve tratar os outros como gostaria que ele próprio fosse tratado, que faça aos outros o que deseja que os
outros façam a você) de que não seria a mesma coisa sendo tratada.
Resposta: A Regra do Ouro se trata de como cada pessoa gostaria de ser tratada, diferente do imperativo
categórico que nos obriga a abstrair essas contingências e a respeitar as pessoas como seres racionais,
independentemente do que elas possam desejar em uma determinada situação.
Ex.: a morte de seu irmão, sua mãe idosa já debilitada quer notícias do filho e você não sabe o que dizer
porque quer poupa-la. E nisso a Regra do Ouro diz que tanto faz você dizer ou não, mas para Kant no
imperativo categórico a pessoa deve haver o respeito pelo ser racional.

Questão 2: Trata sobre como Kant sugere que dever e agir com autonomia são exatamente a mesma coisa,
mas como isso pode ser de fato aceito se caso dever significa ter que obedecer a lei, sendo que como pode
isso ser compatível com a liberdade.
Resposta: Dever e autonomia só caminham juntos em um caso especial, quando sou o autor da lei à qual
tenho o dever de obedecer. No caso do imperativo categórico, quando se é obedecido é porque estar
obedecendo a lei que foi escolhida.

Questão 3: Trata sobre o fato de que se a autonomia deve agir de acordo com a lei que foi criada, o que
submete que as outras pessoas irão fazer a mesma coisa, ou que o imperativo categórico é o produto da
minha vontade, o que se faz se as outras pessoas tiverem vontades diferentes. O que faz com que Kant
relaciona com que todos seguirão a lei moral.
Resposta: O que Kant diz é que quando é se optado pela lei moral não quer dizer que não se faz escolha
como pessoas individuais e sim como pessoas racionais, do que ele considera a pura razão prática. Que na
medida que é feito a pura razão prática, nós nos afastamos de interesses particulares, o que implica a
chegar no final à mesma conclusão, de um imperativo categórico e universal.

Questão 4: Trata sobre de como pode saber se a moralidade existe independente do exercício do poder e
dos interesses, e como ter a certeza de que somos capazes de agir com autonomia e liberdade. E caso
fosse descoberto pelos cientistas que na verdade não temos esse poder de escolha, o que Kant pensaria.
Resposta: A liberdade de escolha não é algo que possa ser comprovado ou negado pela ciência, como
também a moralidade. Mas o que Kant diz é, que não podemos deixar de compreender a nós mesmos de
ambos os pontos de vista, que o do domínio empírico da física e da biologia e o do domínio “inteligente”
da faculdade humana de agir livremente.
7. Mentiras -Kant é muito rigoroso quanto à mentira. Em sua obra Fundamentação, a mentira é o
principal exemplo do comportamento imoral. Mas suponhamos que uma amiga esteja escondida em sua
casa e um assassino bata à sua porta procurando por ela. Não seria certo mentir para o assassino? Kant diz
que não. O dever de dizer a verdade deve prevalecer, independentemente das consequências. Sem dúvida,
permitir que um criminoso pratique suas perversidades é uma grande “desvantagem”. Lembremo-nos, no
entanto, de que para Kant a moralidade não diz respeito às consequências, e sim aos princípios. Sendo
assim, pressupõe nossa vontade de universalizar o princípio de acordo com o qual agimos. Para ele, se
abrirmos exceções sempre que considerarmos que nossas finalidades o exijam, estaremos destruindo o
caráter categórico da lei moral.

Opinião: Eu entendo a preocupação de Kant quanto a defender sempre a verdade, afinal, é nisso que se
baseia toda a sua teoria: a moralidade. No entanto, não posso concordar quanto ao caso da amiga e do
assassino. Por mais que dizer sempre a verdade seja o ideal e que isso nos faça humanos e racionais,
como Kant afirma, não podemos deixar sempre de lado nossos interesses. Kant defende a humanidade e a
integridade dos indivíduos, e quando minto para o assassino sobre o paradeiro de minha amiga, estou
defendendo o direito de existência da mesma. Além disso, Kant defende que o limite de nossa liberdade
seja quando esta afeta a individualidade de outrem. Portanto, as ações do assassino são injustificáveis. No
mais, não acredito que a racionalidade seja o único fator que nos defina como humanos e nos diferencie
dos animais. A capacidade de amar também é exclusividade nossa. Portanto, é completamente
compreensível que se escolha a mentira para a defesa da amiga.

Política - Na política, Kant repudia o utilitarismo não apenas como uma base para a moralidade pessoal,
mas também como uma base para a lei. Em seu entender, uma Constituição justa tem como objetivo
harmonizar a liberdade de cada indivíduo com a liberdade de todos os demais. Isso nada tem a ver com a
maximização da utilidade, que “não deve, em hipótese alguma, interferir” na determinação dos direitos
básicos. Assim, basear os direitos na utilidade exigiria que a sociedade afirmasse ou endossasse uma
concepção de felicidade em detrimento de outras. Basear a Constituição em uma determinada concepção
de felicidade (como a concepção da maioria) imporia a algumas pessoas os valores de outras e não
respeitaria o direito que cada um tem de lutar pelos próprios objetivos.

Uma segunda característica importante da teoria política de Kant é que ela fundamenta a justiça e os
direitos em um contrato social. Kant afirma que, historicamente, o contrato social não existiu, não é um
fato, e sim algo imaginário criado pelo homem moderno. Sendo assim, Kant questiona: Por que devemos
fundamentar uma Constituição justa em um contrato imaginário, em vez de fundamentá-la em um
contrato real? A razão é filosófica, e da mesma forma que a lei moral não pode ter como base os interesses
ou desejos dos indivíduos, os princípios de justiça não podem se fundamentar nos interesses
ou desejos de uma comunidade. O simples fato de um grupo de pessoas ter elaborado uma Constituição
no passado não basta para que essa Constituição seja considerada justa. Que tipo de contrato imaginário,
então, poderia evitar esse problema? Kant simplesmente o chama de “uma ideia de razão, que não
obstante tem uma inegável realidade prática, porque ela pode forçar cada legislador a enquadrar suas leis
de forma que elas pareçam ter sido criadas pela vontade unânime de uma nação inteira” e obrigar cada
cidadão a respeitá-las “como se ele houvesse concordado com elas”. Kant conclui que esse ato imaginário
de consenso coletivo “é o teste de legitimidade de todas as leis públicas”

Opinião: neste caso, concordo com a visão anti-utilitarista de Kant. Quando se usa o utilitarismo como
lente teórica, exclui-se os direitos das minorias para prezar o bem das maiorias. Essa concepção, além de
antidemocrática, é totalmente contrária aos Direitos Humanos.

Sexo- A opinião de Kant sobre a moralidade sexual é tradicional e conservadora. Ele repudia o sexo
casual (no caso, o sexo fora do casamento), ainda que consensual, com base no fato de que, segundo ele, é
degradante para ambos os parceiros, transformando-os em objetos. O sexo casual é condenável, acredita
ele, porque diz respeito apenas à satisfação de um desejo sexual e não respeita o parceiro como ser
humano. O desejo que um homem sente por uma mulher não é governado pelo fato de que ela é um ser
humano, mas pelo fato de ela ser mulher; a ele não importa que ela seja um ser humano: o objeto de seu
desejo é apenas o sexo da mulher. Assim, segundo Kant, para que tenhamos autonomia é necessário que
nos tratemos com respeito e que não transformemos nosso corpo em mero objeto. Não podemos utilizá-lo
como bem entendermos. Kant conclui que apenas o sexo no casamento pode evitar “a degradação da
humanidade”. O sexo entre duas pessoas só não as transforma em objetos quando elas se entregam uma à
outra integralmente, e não apenas fazem uso de suas capacidades sexuais.

Opinião: discordo de Kant. O casamento não é sinônimo de uma relação saudável e bem-sucedida, assim
como relacionamentos extraconjugais podem funcionar tão bem quanto o matrimônio formal. Quanto à
possibilidade de objetificação dos envolvidos e sua desumanização, concordo em parte, principalmente
quando se analisa os relacionamentos no século XXI. Na contemporaneidade, como analisa Bauman, as
relações se tornaram bem mais fáceis, descartáveis e líquidas. Muitas vezes, a relação sexual acontece
sem se dar o mínimo de esforço dos envolvidos para que se conheçam e consequentemente se respeitem
como seres humanos. Kant configuraria esse tipo de comportamento como heterônomo, pois é motivado
apenas por desejos e instintos.

Das könnte Ihnen auch gefallen