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PSICOLOGIA APLICADA

Em Portugal são muitas as áreas de intervenção dos psicólogos, destacando-se a


psicologia criminal, da educação, do desporto das organizações e a psicologia
clínica.

A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
A psicologia educacional é, em termos gerais, uma área da psicologia aplicada
centrada na promoção do sucesso educativo, do desenvolvimento e adequação das
instituições educativas à realidade global.

O psicólogo educacional tem um campo de intervenção bastante amplo, uma vez


que trata dos aspetos psicológicos da educação em crianças e pessoas adultas de
todas as idades.

O psicólogo educacional intervém no interior da instituição escolar para:


 apoiar e orientar estudantes que manifestam dificuldades de
aprendizagem e de ajustamento ao processo educativo;
 definir critérios a que deve obedecer a formação de professores;
 estabelecer, de acordo com princípios fundamentais do desenvolvimento
cognitivo, o momento em que no processo educativo são possíveis
determinadas aprendizagens;
 avaliar e desenvolver currículos, materiais e métodos do processo
ensino-aprendizagem;
 determinar o efeito dos educadores no comportamento dos educandos; a
 elaborar programas e métodos que formem e aconselhem professores e
pais no auxílio a crianças com problemas emocionais e de
aprendizagem.
A sua intervenção é importante no que respeita aos objetivos da educação, à
orientação escolar e vocacional/profissional.

Trabalha em colaboração e diálogo com professores, pais, alunos e outros


participantes no processo educativo.

Numa perspetiva educacional e não terapêutica, o psicólogo educacional pode


aconselhar os membros da comunidade educativa no que respeita a problemas
emocionais e distúrbios comportamentais de pessoas direta ou indiretamente
envolvidas na vida da escola.
EXEMPLOS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO EDUCACIONAL

CRIANÇAS DE CAMADAS SOCIOCULTURAIS DESFAVORECIDAS


As crianças de estratos socioeconómicos menos favorecidos poderão melhorar o seu
rendimento escolar se as escolas transmitirem a ideia de que o ensino é necessário
para o sucesso, se tiverem professores sensíveis à diversidade sociocultural e que
estabeleçam ligações positivas com a comunidade escolar e com a comunidade
social. Mas nem tudo se pode pedir à escola.

O ENVOLVIMENTO DAS FAMÍLIAS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS


O processo educativo não deve envolver somente os professores e a comunidade
escolar. Os pais devem ser intervenientes ativos nesse processo e cabe-lhes também
assumir as suas responsabilidades.
As direções das escolas e os próprios professores devem incentivar as famílias a
envolverem-se na educação dos filhos.
As escolas devem criar um ambiente relativamente familiar com professores e
outros membros da escola a dedicarem atenção especial a crianças cujos pais se
mantêm à margem.

AS CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS


As crianças com necessidades educativas especiais precisam de apoio adicional para
enfrentarem e em certa medida ultrapassar os seus problemas.
São crianças com necessidades educativas especiais as crianças com problemas
físicos e psíquicos, com problemas de comunicação, com atrasos no
desenvolvimento intelectual, mas também crianças especialmente dotadas e
talentosas a que se costuma chamar sobredotadas.
Há pouco mais de duas décadas, considerava-se apropriado educar este tipo de
crianças à parte. A tendência atual da psicologia educacional é a de considerar apro-
priada a inclusão de todos os estudantes (tanto quanto possível) na mesma sala de
aula, mesmo que alguns — como os que estão no espectro do autismo — tenham de
seguir currículos alternativos e frequentar em paralelo salas de recursos especiais
fora do ambiente da turma, ficando aí a cargo de um professor ou de uma professora
com formação técnica adequada.
A área própria de intervenção do psicólogo educacional é a do aconselhamento.
A PSICOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES
O psicólogo organizacional centra a sua atividade na relação que as pessoas —
patrões e empregados — estabelecem com o seu trabalho e com os fatores que o
envolvem.
Empresas, instituições, organismos públicos ou privados são o seu campo de
atuação.
As tarefas do psicólogo organizacional são diversificadas:
 analisa a estrutura e o funcionamento das organizações sociais;
 investiga que fatores condicionam a satisfação no trabalho e que fatores
motivam uma melhor produtividade (vários psicólogos organizacionais
utilizam estratégias de modificação comportamental para melhorar os
níveis de satisfação e de produtividade);
 utiliza diversos instrumentos (testes psicológicos, de aptidão específica,
entrevistas) para a seleção de pessoal;
 reflete sobre as mudanças tecnológicas e as suas implicações no mundo
do trabalho (que profissões serão mais requisitadas no futuro, que
competências exigirão, como serão as relações de trabalho e com o
trabalho no novo século?);
 planifica e supervisiona programas de formação contínua e, nalguns
casos, recomenda promoções de trabalhadores.

A PSICOLOGIA DO DESPORTO

Considere os seguintes casos:


a) Uma equipa de futebol consegue excelentes resultados «em casa», mas tem um
desempenho desastroso ou pelo menos compromete as suas aspirações ao título nos
jogos fora do seu «reduto».
b) Um jogador perdeu confiança na sua capacidade goleadora porque, depois de vinte
jogos em que marcou 26 golos, está há 16 jogos sem marcar.
c) Um atleta português recordista mundial dos 5000 metros (Fernando Mamede)
durante vários anos nunca ganhou nenhuma competição internacional de relevo,
porque se deixava vencer pela ansiedade no momento da competição.

O que têm de comum a equipa de futebol, o goleador e o recordista mundial?


Provavelmente o seu desempenho melhoraria se trabalhassem com um psicólogo
desportivo.

A psicologia do desporto é a área da psicologia que aplica princípios psicológicos


com o objetivo de melhorar o rendimento desportivo e de aumentar o grau de
satisfação com a prática do desporto.
De uma forma menos geral, diremos que os psicólogos desportivos ajudam a
motivar os atletas, a reduzir o seu grau de ansiedade (podem fazer isto através dos
treinadores), e podem transmitir aos treinadores formas mais efetivas de
comunicação com os atletas.

Algumas das estratégias são as seguintes:


1. Dar mais importância ao processo do que ao resultado.
Apesar de por vezes se ouvir dizer que no mundo do desporto «Ganhar não é o mais
importante, é a única coisa importante», os psicólogos do desporto pensam que
transmitir a ideia de que tem de se ganhar a todo o custo pode ter efeitos
contraproducentes.

Quem se concentra demasiado nos resultados muitas vezes não se concentra


devidamente na sua tarefa. Assim, é preciso transmitir aos atletas a ideia de que o
mais importante é desempenharem bem o seu papel e não se preocuparem
demasiado com os resultados. Estes virão por si.
2. Usar técnicas de relaxamento muscular respiratório.
Alguns atletas são muito nervosos e vivem com grande ansiedade os momentos
prévios à competição.

Nesses casos, os psicólogos desportivos usam técnicas de relaxamento respiratório e


muscular. O objectivo é o de acalmar os atletas e permitir que se concentrem
melhor.
3. Usar o diálogo positivo consigo mesmo.
Muitos atletas em fase de mau rendimento desenvolvem uma perceção negativa das
suas capacidades, pensam e dizem coisas negativas a si mesmos.

A tarefa do psicólogo desportivo é a de promover uma modificação cognitiva de


modo que os atletas tenham uma atitude mais positiva.

No caso do goleador que há 16 jogos não marca e que começa a esquecer que é um
goleador, é preciso dizer-lhe que não deve exagerar os fracassos recentes, ou seja,
que deve olhar não só para os jogos sem marcar, mas também para os vinte jogos
em que marcou 26 golos.
A PSICOLOGIA CLÍNICA
A psicologia clínica é a área da psicologia aplicada que investiga, diagnostica e
procura tratar perturbações comportamentais e problemas psicológicos.

Fenómenos como a toxicodependência, a anorexia e a bulimia, conflitos conjugais,


dificuldades de adaptação à escola e ao trabalho e outros comportamentos
desajustados são objeto da intervenção diagnóstica e terapêutica do psicólogo
clínico.

Funções do Psicólogo Clínico:


 Compreender e apoiar o indivíduo no processo de lidar e de se ajustar às situações
causadoras de sofrimento;

 Apoiar a pessoa na elaboração de estratégias para ultrapassar a


situação em que se encontra;

 Desenvolver atividades de diagnóstico e de intervenção terapêutica


para casos de risco;

 Intervir em situações que outros técnicos de saúde considerem que possam existir
perturbações do foro psicológico;

 Organizar programas de reabilitação para pessoas que tenham doenças crónicas ou


dificuldades de adaptação.

A PSICOLOGIA CRIMINAL
Clinicamente, procura construir o percurso de vida do indivíduo criminoso e todos
os processos psicológicos que o possam ter conduzido á criminalidade, tentando
descobrir a raiz do problema, uma vez que só assim se pode partir á descoberta da
solução.

Descobrindo as causas das desordens, sejam elas mentais e/ou comportamentais,


também se pode determinar uma pena justa (tendo em conta que estes casos são
muito particulares e, assim, devem ser tratados em tribunal).

Um psicólogo formado nesta área tem que dominar os conhecimentos que dizem
respeito á psicologia em si, mas também os conhecimentos referentes ás leis civis e
ás leis criminais.
São tarefas do psicólogo criminal:
 Apoiar outros técnicos na seleção e formação de pessoal da polícia e guardas
prisionais;
 Fazer o diagnóstico de reclusos que apresentem perturbações comportamentais
(agressão ou isolamento);
 Acompanhar os reclusos em situação de liberdade condicional;
 Avaliar a forma como os reclusos são tratados no interior de prisões;
 Participar num diagnóstico saúde de um acusado que esteja a ser julgado e não se
encontre nas melhores condições patológicas;
 Testemunhar em tribunal como especialista;
 Avaliar as memórias falsas em depoimentos de testemunhas;
 Avaliar situações de stress em agentes policiais;
 Prestar apoio a vítimas de violência domestica.

PSICÓLOGO CLÍNICO E PSIQUIATRA


O psicólogo clínico e o psiquiatra têm um âmbito comum de atuação: os distúrbios
comportamentais e os problemas mentais.
O psiquiatra tem uma formação básica em Medicina e uma posterior
especialização em Psiquiatria. A sua perspetiva terapêutica é mais fisiológica e
biomédica do que psicológica.
A terapia biológica tende a reduzir ou eliminar os sintomas de problemas
psicológicos alterando, através de fármacos, o modo como o organismo de um
indivíduo funciona.
O psicólogo clínico é formado em Psicologia e especializado em Psicologia Clínica.
A sua perspetiva terapêutica é essencialmente psicológica, incidindo na relação que
estabelece com as pessoas ou os pacientes.
Um psicanalista é um profissional que, tendo-se formado em Medicina ou
Psicologia ou mesmo noutra área, será considerado psicanalista se obtiver
especialização na técnica terapêutica criada por Freud.

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