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Aula 02

Direito Constitucional p/ TJ-SP (Escrevente Judiciário - Interior de São Paulo)


Pós-Edital

Professores: Nádia Carolina, Ricardo Vale, Equipe Ricardo e Nádia

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DIREITO CONSTITUCIONAL – TJ‑SP 
   
Teoria e Questões 
  Aula 02 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale 

!ULA 02 
DIREITOS  SOCIAIS E NACIONALIDADE 

Sumário 

Direitos Sociais ................................................................................................................................ 2 
1‑ Introdução: ................................................................................................................................ 2 
2‑ Os direitos sociais (art. 6º): ..................................................................................................... 3 
3‑ Os direitos sociais individuais dos trabalhadores (art. 7º): ........................................... 10 
4‑ Os direitos sociais coletivos dos trabalhadores: .............................................................. 26 

Nacionalidade ................................................................................................................................ 33 
1‑ Introdução: .............................................................................................................................. 33 
2‑ Atribuição de Nacionalidade pelo direito brasileiro: ..................................................... 34 
3‑ Portugueses Residentes no Brasil: ...................................................................................... 42 
4‑ Condição Jurídica do Nacionalizado: ................................................................................ 42 
5‑ Perda da Nacionalidade: ...................................................................................................... 45 
6‑ Língua e Símbolos Oficiais: ................................................................................................ 47 

Questões Comentadas .................................................................................................................. 48 

Lista de Questões ........................................................................................................................... 72 

Gabarito ........................................................................................................................................... 84 

Ol‡, amigos do EstratŽgia Concursos, tudo bem?

Na aula de hoje, daremos continuidade ao estudo dos direitos fundamentais.


Falaremos sobre os direitos sociais e os direitos de nacionalidade.

Um grande abra•o,

N‡dia e Ricardo

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Direitos Sociais

1- Introdu•‹o:

Ao estudarmos os direitos de 1» gera•‹o, percebemos que estes buscam


restringir a a•‹o do Estado sobre os indiv’duos, limitando o poder estatal. S‹o,
por isso, direitos que t•m como valor-fonte a liberdade, impondo ao Estado
uma obriga•‹o de n‹o-fazer, de n‹o intervir na —rbita privada. Em raz‹o
disso, a doutrina os denomina liberdades negativas.

A natureza jur’dica dos direitos sociais Ž diversa. Trata-se de direitos


fundamentais de 2» gera•‹o, que imp›em ao Estado uma Òobriga•‹o de
fazerÓ, uma obriga•‹o de ofertar presta•›es positivas em favor dos
indiv’duos, visando concretizar a igualdade material. S‹o, portanto, direitos
que t•m como valor-fonte a igualdade; eles buscam possibilitar melhores
condi•›es de vida aos indiv’duos e, assim, realizar a justi•a social.

Pode-se dizer que os direitos sociais s‹o presta•›es positivas (a•›es)


realizadas pelo Estado para melhorar a qualidade de vida dos
hipossuficientes, ou seja, dos mais necessitados. Em raz‹o disso, o Estado
deve garantir que todos tenham acesso ˆ educa•‹o, saœde, alimenta•‹o,
trabalho, dentre outros. Segundo Alexandre de Moraes, os direitos sociais
constituem normas de ordem pœblica, com a caracter’stica de imperativas.

A origem dos direitos sociais remonta ˆ crise do Estado liberal, ocasionada


pelo forte avan•o da industrializa•‹o. Nas f‡bricas, os trabalhadores viviam em
condi•›es prec‡rias. Movimentos reivindicat—rios passaram, ent‹o, a exigir
uma postura mais ativa do Estado, que n‹o devia limitar-se a n‹o intervir, mas
tambŽm atuar positivamente, garantindo condi•›es m’nimas aos
trabalhadores.

Os direitos sociais aparecem, portanto, em um contexto hist—rico marcado por


reivindica•›es trabalhistas e pelo surgimento de doutrinas socialistas.
Constatava-se que a mera consagra•‹o da igualdade formal n‹o era suficiente

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para realizar a igualdade material. Como grande marco dos direitos sociais,
citamos a Constitui•‹o de Weimar de 1919 (Constitui•‹o do ImpŽrio
Alem‹o).

Na Constitui•‹o Federal de 1988, os direitos sociais est‹o relacionados nos art.


6¼ - art. 11. H‡, tambŽm, outros dispositivos do texto constitucional que
versam sobre os direitos sociais. ƒ o caso, por exemplo, do art. 194 (que trata
da seguridade social), art. 196 (direito ˆ saœde) e art. 205 (direito ˆ educa•‹o)

ORIGEM: CRISE DO ESTADO LIBERAL

NATUREZA JURÍDICA: DIREITOS DE 2A GERAÇÃO

DIREITOS 
SOCIAIS EDUCAÇÃO, SAÚDE, ALIMENTAÇÃO, 
TRABALHO, MORADIA, TRANSPORTE, LAZER, 
ART. 6O, CF SEGURANÇA, PREVIDÊNCIA SOCIAL, 
PROTEÇÃO À MATERNIDADE E À INFÂNCIA, 
ASSISTÊNCIA AOS DESAMPARADOS 

2- Os direitos sociais (art. 6¼):


 

Art. 6¼ S‹o direitos sociais a educa•‹o, a saœde, a alimenta•‹o, o trabalho, a


moradia, o transporte, o lazer, a seguran•a, a previd•ncia social, a prote•‹o ˆ
maternidade e ˆ inf‰ncia, a assist•ncia aos desamparados, na forma desta
Constitui•‹o.

No texto original da Constitui•‹o Federal, n‹o se fazia men•‹o ˆ alimenta•‹o,


ˆ moradia e ao transporte, cuja inser•‹o na Carta Magna foi obra do Poder
Constituinte Derivado. A moradia foi inserida pela EC n¼ 26/2000; a
alimenta•‹o, pela EC n¼ 64/2010; e o transporte, pela EC n¼ 90/2015. Tenham
uma especial aten•‹o quanto a esses tr•s direitos sociais! As bancas
examinadoras adoram cobr‡-los, especialmente pelo fato de eles n‹o fazerem
parte do texto original da CF/88.

Segundo o art. 6¼, a Constitui•‹o consagra como direitos sociais a educa•‹o,


a saœde, a alimenta•‹o, o trabalho, a moradia, o transporte o lazer, a
seguran•a, a previd•ncia social, a prote•‹o ˆ maternidade e ˆ inf‰ncia, a
assist•ncia aos desamparados. O STF entende que trata-se de rol
exemplificativo1, pois h‡ outros direitos sociais espalhados pelo texto

                                                        
1
STF, ADI n¼ 639, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 02.06.2005.

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constitucional. Destaque-se que os direitos sociais do art. 6¼ s‹o, todos eles,


normas de efic‡cia limitada e aplicabilidade mediata, dependendo, para
sua concretiza•‹o, da atua•‹o estatal, seja atravŽs da edi•‹o de leis
regulamentadoras, seja atravŽs da oferta de presta•›es positivas em favor dos
indiv’duos.

Uma das discuss›es mais relevantes sobre os direitos sociais diz respeito,
justamente, ˆ sua concretiza•‹o. N‹o basta que esses direitos estejam
previstos na Constitui•‹o; eles precisam, mais do que isso, ser efetivados,
colocados em pr‡tica. H‡ necessidade, portanto, da firme atua•‹o estatal por
meio de pol’ticas pœblicas voltadas para a concretiza•‹o dos direitos sociais.

Para estudarmos a problem‡tica da concretiza•‹o (efetiva•‹o) dos direitos


sociais, Ž necess‡rio conhecermos tr•s importantes princ’pios: i) o princ’pio
da Òreserva do poss’velÓ; ii) o princ’pio do Òm’nimo existencialÓ e; iii) o
princ’pio da veda•‹o do retrocesso. ƒ o que faremos a seguir.

2.1- Os direitos sociais e a Òreserva do poss’velÓ:

A efetiva•‹o dos direitos sociais depende da execu•‹o de pol’ticas pœblicas nas


mais diversas ‡reas, como, por exemplo, em educa•‹o e saœde. Assim, Ž
preciso ter em mente que a concretiza•‹o dos direitos sociais depende, em
larga escala, de gastos estatais.

A teoria da reserva do poss’vel consiste na ideia de que cabe ao Estado


efetivar os direitos sociais, mas apenas Òna medida do financeiramente
poss’velÓ. A teoria da reserva do poss’vel serve, portanto, para determinar os
limites em que o Estado deixa de ser obrigado a dar efetividade aos
direitos sociais.

N‹o Ž l’cito ao Poder Pœblico, todavia, simplesmente alegar que n‹o possui
recursos or•ament‡rios; Ž fundamental que o Poder Pœblico demonstre
objetivamente a inexist•ncia de recursos pœblicos e a falta de previs‹o
or•ament‡ria da respectiva despesa. Segundo a teoria da reserva do poss’vel,
a efetiva•‹o dos direitos sociais encontra, portanto, dois limites: a sufici•ncia
de recursos pœblicos e a previs‹o or•ament‡ria da respectiva despesa.

A formula•‹o e execu•‹o de pol’ticas pœblicas s‹o tarefas que competem,


primariamente, ao Poder Executivo e ao Poder Legislativo. No entanto,
segundo o STF, Ž poss’vel que o Poder Judici‡rio determine, em bases
excepcionais, a implementa•‹o, pelos —rg‹os inadimplentes, de a•›es
destinadas ˆ concretiza•‹o dos direitos sociais. Pode-se dizer, portanto,
que o controle judicial das pol’ticas pœblicas pode ser realizado a fim de suprir
a omiss‹o dos —rg‹os estatais competentes, bem como para evitar a

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abusividade governamental. Assim, o Poder Judici‡rio poder‡ determinar, por


exemplo, que o Estado conceda tratamento de c‰ncer a um indiv’duo. Vejamos
trecho de julgado do STF:

ÒEmbora resida, primariamente, nos Poderes Legislativo e Executivo, a


prerrogativa de formular e executar pol’ticas pœblicas, revela-se
poss’vel, no entanto, ao Poder Judici‡rio, determinar, ainda que em
bases excepcionais, especialmente nas hip—teses de pol’ticas pœblicas
definidas pela pr—pria Constitui•‹o, sejam estas implementadas pelos
—rg‹os estatais inadimplentes, cuja omiss‹o Ð por importar em
descumprimento dos encargos pol’tico-jur’dicos que sobre eles incidem
em car‡ter mandat—rio Ð mostra-se apta a comprometer a efic‡cia e a
integridade de direitos sociais e culturais impregnados de estatura
constitucional.Ó2

A atua•‹o do Poder Judici‡rio na concretiza•‹o dos direitos sociais n‹o Ž


ilimitada; ao contr‡rio, encontra limites na cl‡usula da reserva do
poss’vel. Assim, a cl‡usula da reserva do poss’vel afasta a aptid‹o do Poder
Judici‡rio para intervir na efetiva•‹o de direitos sociais. No entanto, para que
esse limite ˆ a•‹o do Judici‡rio seja v‡lido, Ž necess‡rio que se comprove
objetivamente a aus•ncia de recursos or•ament‡rios suficientes para a
implementa•‹o da a•‹o estatal. Nesse sentido, entende a Corte que:

Ò(...) a realiza•‹o dos direitos econ™micos, sociais e culturais -


alŽm de caracterizar-se pela gradualidade de seu processo de
concretiza•‹o - depende, em grande medida, de um inescap‡vel
v’nculo financeiro subordinado ˆs possibilidades or•ament‡rias do
Estado, de tal modo que, comprovada, objetivamente, a
incapacidade econ™mico-financeira da pessoa estatal, desta n‹o se
poder‡ razoavelmente exigir, considerada a limita•‹o material
referida, a imediata efetiva•‹o do comando fundado no texto da
Carta Pol’tica. N‹o se mostrar‡ l’cito, no entanto, ao Poder Pœblico,
em tal hip—tese - mediante indevida manipula•‹o de sua atividade
financeira e/ou pol’tico-administrativa - criar obst‡culo artificial que
revele o ileg’timo, arbitr‡rio e censur‡vel prop—sito de fraudar, de
frustrar e de inviabilizar o estabelecimento e a preserva•‹o, em
favor da pessoa e dos cidad‹os, de condi•›es materiais m’nimas de
exist•ncia.3Ó

Por fim, vale destacar que os direitos sociais, por estarem sujeitos ˆ reserva
do poss’vel, possuem uma carga de efic‡cia menor do que os direitos de
primeira gera•‹o. Isso porque os direitos sociais somente podem ser
concretizados com a execu•‹o eficiente de pol’ticas pœblicas; por outro lado, a

                                                        
2
STF, RE 436.996 Ð AgR. Rel. Min. Celso de Mello. 22.11.2005.
3
ADPF 45 MC/DF, Rel. Min. Celso de Mello, j. 29.04.2004, DJ 04.05.2004.  

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concretiza•‹o dos direitos de defesa (direitos de 1» gera•‹o) depende,


essencialmente, de Òobriga•›es de n‹o fazerÓ do Estado.

INEXISTÊNCIA DE 
RECURSOS

DEMONSTRAÇÃO OBJETIVA

CLÁUSULA DA  AUSÊNCIA DE 
RESERVA DO  PREVISÃO 
POSSÍVEL ORÇAMENTÁRIA
TEM COMO LIMITE O ʺMÍNIMO 
EXISTENCIAL

2.2- Os direitos sociais e o m’nimo existencial:

Os direitos sociais, na condi•‹o de direitos fundamentais, s‹o indispens‡veis


para a realiza•‹o da dignidade da pessoa humana. O Estado, na sua tarefa de
concretiza•‹o desses direitos, deve garantir o m’nimo existencial. Considera-se
m’nimo existencial o grupo de presta•›es essenciais que se deve fornecer
ao ser humano para que ele tenha uma exist•ncia digna.

O princ’pio do m’nimo existencial Ž compat’vel e deve conviver com a


cl‡usula da reserva do poss’vel. O Estado, na busca da promo•‹o do bem-
estar do homem, deve proteger os direitos individuais e, alŽm disso, garantir
condi•›es materiais m’nimas de exist•ncia aos indiv’duos. Assim, os gastos
pœblicos devem ser voltados, prioritariamente, a garantir o m’nimo existencial;
uma vez garantido o m’nimo existencial, o Estado poder‡ discutir em que
outros projetos investir.

Segundo o STF, o m’nimo existencial Ž uma limita•‹o ˆ cl‡usula da reserva


do poss’vel.4 Isso porque a reserva do poss’vel s— poder‡ ser alegada pelo
Poder Pœblico como argumento para a n‹o concretiza•‹o de direitos sociais
uma vez que tenha sido assegurado o m’nimo existencial pelo Estado. Em
outras palavras, a reserva do poss’vel somente Ž invoc‡vel ap—s a
garantia, pelo Estado, do m’nimo existencial. A garantia do m’nimo
existencial Ž uma obriga•‹o inafast‡vel do Estado, n‹o sujeita ˆ reserva do
poss’vel.

A vis‹o que apresentamos a respeito da concretiza•‹o dos


direitos sociais busca compatibilizar a Òreserva do poss’velÓ
com o Òm’nimo existencialÓ. ƒ essa a vis‹o adotada pelo STF.

PorŽm, h‡ vis›es mais radicais: uma delas tende a conferir


                                                        
4
STF, RE 639.637. AgR. Rel. Min. Celso de Mello. 15.09.2011

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preval•ncia ˆ reserva do poss’vel; outra, defende a primazia


do m’nimo existencial.

A primeira vis‹o (de car‡ter liberal) entende que n‹o


caberia ao Poder Judici‡rio, sob pena de viola•‹o ˆ
separa•‹o dos poderes, intervir na execu•‹o de pol’ticas
pœblicas. Nesse sentido, h‡ que se observar integralmente a
Òreserva do poss’velÓ.

A segunda vis‹o (mais intervencionista) n‹o considera a


Òreserva do poss’velÓ como um limitador para a
concretiza•‹o dos direitos sociais. Sob essa —tica, os direitos
sociais n‹o poderiam ser considerados normas de car‡ter
meramente program‡tico.

Essa linha de pensamento defende ferrenhamente a


judicializa•‹o das pol’ticas pœblicas, com vistas a
promover a m‡xima efetiva•‹o dos direitos sociais. Chega-se
atŽ mesmo a argumentar que os direitos sociais, enquanto
direitos fundamentais, teriam aplica•‹o imediata, conforme
o art. 5¼, ¤ 1¼, CF/88.

O Poder Judici‡rio, com vistas ˆ concretiza•‹o dos direitos sociais e ˆ


garantia do m’nimo existencial, tem adotado inœmeras decis›es
relacionadas ao direito ˆ saœde. Nesse sentido, destacamos o seguinte:

a) Segundo o STF, o direito ˆ saœde (art. 196) Ž um direito pœblico


subjetivo, assegurado ˆ generalidade das pessoas, que conduz o
indiv’duo e o Estado a uma rela•‹o jur’dica obrigacional.

Apesar de o art. 196, CF/88, ser uma norma program‡tica, ele imp›e aos
entes federativos um dever de atua•‹o positiva. Assim, para que se
garanta a for•a normativa da Constitui•‹o, o Poder Pœblico deve atuar na
concretiza•‹o do direito ˆ saœde. Com base nesse entendimento, s‹o
v‡rias as decis›es do Poder Judici‡rio determinando que a
Administra•‹o Pœblica forne•a medicamentos e tratamento
mŽdico a indiv’duos portadores de doen•a.

b) O STF decidiu que a Administra•‹o Pœblica pode ser obrigada,


por decis‹o do Poder Judici‡rio, a manter estoque m’nimo de
medicamento utilizado no combate a doen•a grave.5 A manuten•‹o de
estoque m’nimo do medicamento Ž importante para que se possa
garantir a continuidade dos tratamentos, evitando preju’zos aos
pacientes.

                                                        
5
 RE 429.903/RJ. Rel. Min. Ricardo Lewandowski. 25.06.2014

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c) O STJ considera que o juiz pode determinar o bloqueio e o


sequestro de verbas pœblicas como forma de garantir o fornecimento
de medicamentos pelo Poder Pœblico.6 Assim, caso a Administra•‹o
Pœblica se negue a cumprir decis‹o judicial que determinou o
fornecimento de medicamentos, o juiz poder‡ determinar o bloqueio e o
sequestro de verbas pœblicas.

O bloqueio e sequestro de verbas pœblicas deve ser encarado, todavia,


como uma medida de car‡ter excepcional, aplic‡vel somente quando
ficar configurado que o Estado n‹o est‡ cumprindo sua obriga•‹o de
fornecer os medicamentos e de que essa demora est‡ trazendo riscos ˆ
saœde e ˆ vida do doente.

ƒ not—rio que a atua•‹o do Poder Judici‡rio na implementa•‹o de pol’ticas


pœblicas com vistas a concretizar direitos fundamentais tem se intensificado
nos œltimos anos. Essa atua•‹o tem ocorrido atŽ mesmo em matŽria de pol’tica
penitenci‡ria e de seguran•a pœblica.

Conforme decidiu o STF, o Poder Judici‡rio pode determinar ˆ


Administra•‹o Pœblica que execute obras emergenciais em
estabelecimentos prisionais (pres’dios) a fim de proteger os direitos
fundamentais dos detentos, assegurando-lhes o respeito ˆ sua integridade
f’sica e moral. N‹o se pode invocar, para contestar tal decis‹o, o princ’pio da
separa•‹o de poderes ou mesmo a cl‡usula da reserva do poss’vel. 7

2.3- A veda•‹o ao retrocesso:

O princ’pio da veda•‹o ao retrocesso busca evitar que as conquistas sociais j‡


alcan•adas pelo cidad‹o sejam desconstitu’das. Segundo Canotilho, baseado
no princ’pio do n‹o retrocesso social, os direitos sociais, uma vez tendo
sido previstos, passam a constituir tanto uma garantia institucional quanto
um direito subjetivo. Isso limita o legislador e exige a realiza•‹o de uma
pol’tica condizente com esses direitos, sendo inconstitucionais quaisquer
medidas estatais que, sem a cria•‹o de outros esquemas alternativos ou
compensat—rios, anulem, revoguem ou aniquilem o seu nœcleo essencial.

O STF considera que a Òcl‡usula que veda o retrocesso em matŽria de direitos


a presta•›es positivas do Estado (como o direito ˆ educa•‹o, o direito ˆ saœde
ou o direito ˆ seguran•a pœblica, v.g.) traduz, no processo de efetiva•‹o
desses direitos fundamentais individuais ou coletivos, obst‡culo a que os n’veis

                                                        
6
 REsp 1.069.810/RS. Rel. Min. Napole‹o Nunes Maia Filho. 23.10.2013.
7
 RE 592.581/RS. Rel. Min. Ricardo Lewandowski. 13.08.2015.

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de concretiza•‹o de tais prerrogativas, uma vez atingidos, venham a ser


ulteriormente reduzidos ou suprimidos pelo EstadoÓ. 8

(FUB Ð 2015) Os direitos sociais imp›em deveres ao


Estado que assegurem ao cidad‹o condi•›es m’nimas para
uma vida digna, independentemente da exist•ncia de
recursos pœblicos para custeio; assim, autoriza-se a livre
invas‹o da atividade administrativa pelo Poder Judici‡rio
para efetiva•‹o daqueles direitos, fen™meno conhecido
como judicializa•‹o de pol’ticas pœblicas.

Coment‡rios:

A exist•ncia de recursos pœblicos deve ser levada em


considera•‹o na efetiva•‹o dos direitos sociais, apesar de o
Estado ter a obriga•‹o de assegurar ao cidad‹o condi•›es
m’nimas para uma vida digna. Quest‹o errada.

(PGE / PR Ð 2015) No que toca ˆ realiza•‹o dos direitos


sociais constitucionalmente garantidos, h‡ que se atentar
para a veda•‹o do retrocesso social, que se coloca apenas
ˆs pol’ticas pœblicas executivas, posto que n‹o se pode
ferir a liberdade do legislador.

Coment‡rios:

A veda•‹o ao retrocesso social Ž um princ’pio que deve ser


observado pelo legislador (e n‹o apenas pelas pol’ticas
pœblicas executivas). Quest‹o errada.

(PGE / PR Ð 2015) A teoria de efetiva•‹o dos direitos


sociais na depend•ncia de recursos econ™micos (Òreserva
do poss’velÓ) Ž a adapta•‹o de entendimento fixado pela
jurisprud•ncia constitucional alem‹ e integralmente aceita
pelo Supremo Tribunal Federal.

Coment‡rios:

N‹o se pode dizer que a Òreserva do poss’velÓ Ž


integralmente aceita pelo STF. Isso porque, na vis‹o da
Corte, h‡ que se observar, tambŽm, o Òm’nimo existencialÓ.
Quest‹o errada.

(MPE / BA Ð 2015) A implementa•‹o das presta•›es

                                                        
8
 STF, RE 436.996 Ð AgR. Rel. Min. Celso de Mello. 22.11.2005.

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materiais e jur’dicas exig’veis para a redu•‹o das


desigualdades no plano f‡tico, por dependerem em grande
medida da disponibilidade or•ament‡ria do Estado, faz com
que estes direitos tenham o seu campo de efetividade mais
dificultado que os direitos de primeira gera•‹o.

Coment‡rios:

De fato, a concretiza•‹o (efetiva•‹o) dos direitos sociais Ž


mais complexa do que a dos direitos de liberdade (de
primeira gera•‹o). Isso porque a efetiva•‹o dos direitos
sociais depende da execu•‹o de pol’ticas pœblicas, as quais,
para serem realizadas, exigem recursos econ™micos.
Quest‹o correta.

(DPE / PE Ð 2015) De acordo com o entendimento do


STF, Ž inadmiss’vel que o Poder Judici‡rio disponha sobre
pol’ticas pœblicas de seguran•a, mesmo em caso de
persistente omiss‹o do Estado, haja vista a indevida
inger•ncia em quest‹o, que envolve a discricionariedade
do Poder Executivo.

Coment‡rios:

A seguran•a Ž um direito social que deve ser garantido


mediante pol’ticas pœblicas do Estado. PorŽm, havendo
persistente omiss‹o do Estado, poder‡, sim, o Poder
Judici‡rio intervir. Quest‹o errada.

3- Os direitos sociais individuais dos trabalhadores (art. 7¼):

No art. 7¼ da Constitui•‹o, s‹o enumerados os direitos sociais individuais dos


trabalhadores. Leia-o atentamente, pois ele costuma ser cobrado em sua
literalidade.

Art. 7¼ S‹o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alŽm de outros que
visem ˆ melhoria de sua condi•‹o social:

Note que a Constitui•‹o, no caput do art. 7¼, equipara os direitos do


trabalhador rural aos do trabalhador urbano.

I - rela•‹o de emprego protegida contra despedida arbitr‡ria ou sem justa


causa, nos termos de lei complementar, que prever‡ indeniza•‹o

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compensat—ria, dentre outros direitos;

Esse dispositivo Ž t’pica norma de efic‡cia limitada, exigindo lei


complementar que proteja a rela•‹o de emprego contra despedida arbitr‡ria
ou sem justa causa. Trata-se do direito ˆ seguran•a no emprego.

Segundo o art. 10, do ADCT (Ato das Disposi•›es Constitucionais Transit—rias),


atŽ a promulga•‹o da mencionada lei complementar, a indeniza•‹o contra a
despedida arbitr‡ria ou sem justa causa ficar‡ restrita a 40% sobre os
dep—sitos do Fundo de Garantia do Tempo de Servi•o (FGTS), realizados em
favor do empregado.

Cabe destacar que a prote•‹o conferida pela Constitui•‹o somente alcan•a a


despedida arbitr‡ria ou sem justa causa. N‹o haver‡ indeniza•‹o,
portanto, diante da despedida por justa causa.

A CF/88 extinguiu a antiga Òestabilidade decenalÓ, que, apesar de estar


prevista na CLT, n‹o foi recepcionada pela nova ordem constitucional. Pela
regra da estabilidade decenal, o empregado que tivesse mais de 10 anos de
empresa n‹o poderia ser demitido, salvo em caso de falta grave ou
circunst‰ncia de for•a maior.

Hoje, nem mesmo a despedida arbitr‡ria ou sem custa causa s‹o proibidas.
Elas poder‹o ocorrer, cabendo, todavia, indeniza•‹o. Destaque-se que o art.
10, do ADCT, estabelece 2 (dois) casos de veda•‹o absoluta ˆ dispensa
arbitr‡ria ou sem justa causa:

a) Do empregado eleito para cargo de dire•‹o de comiss›es internas de


preven•‹o de acidentes (CIPA), desde o registro de sua candidatura atŽ
um ano ap—s o final de seu mandato;

b) Da empregada gestante, desde a confirma•‹o da gravidez atŽ cinco


meses ap—s o parto.

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involunt‡rio;

Note que o seguro-desemprego s— Ž devido no caso de desemprego


involunt‡rio. As bancas examinadoras adoram confundir os candidatos,
falando em desemprego Òvolunt‡rioÓ, o que estar‡ errado.

III - fundo de garantia do tempo de servi•o;

O FGTS (Fundo de Garantia) Ž recolhido pelo empregador ˆ al’quota de 8%


sobre a remunera•‹o paga ou devida, no m•s anterior, a cada trabalhador.

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Destaque-se que o FGTS n‹o Ž direito dos servidores pœblicos


estatut‡rios.

IV - sal‡rio m’nimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de


atender a suas necessidades vitais b‡sicas e ˆs de sua fam’lia com moradia,
alimenta•‹o, educa•‹o, saœde, lazer, vestu‡rio, higiene, transporte e
previd•ncia social, com reajustes peri—dicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vincula•‹o para qualquer fim;

O sal‡rio m’nimo deve ser fixado em lei formal: verifica-se, aqui, hip—tese
de reserva legal. Em torno desse tema, houve relevante controvŽrsia
apreciada pelo STF. A Lei n¼ 12.382/2011 estabeleceu que o valor do sal‡rio
m’nimo seria de R$ 545,00, mas que decreto presidencial seria respons‡vel
pelos reajustes e aumentos salariais segundo determinados ’ndices.

Segundo o STF, a Lei n¼ 12.382/2011 Ž constitucional, n‹o havendo —bice a


que um decreto presidencial estabele•a os reajustes, cuja f—rmula e ’ndices
est‹o previstos na pr—pria lei. O decreto presidencial n‹o estaria, assim,
fixando o valor do sal‡rio m’nimo; ele seria um mero ato declarat—rio do
valor reajustado segundo a pol’tica de valoriza•‹o prevista na lei. 9

O sal‡rio m’nimo Ž œnico para todo o territ—rio nacional, o que impede a


exist•ncia de sal‡rios m’nimos regionais. Destaque-se que existem os
chamados Òpisos salariaisÓ, que n‹o se confundem com sal‡rio m’nimo, e s‹o
resultantes de negocia•›es coletivas de trabalho.

O sal‡rio m’nimo n‹o pode sofrer vincula•‹o, ou seja, servir como


indexador, para qualquer fim. ƒ relevante destacar que esse impedimento ˆ
vincula•‹o do sal‡rio m’nimo tem como objetivo evitar que aumentos do seu
valor se propaguem para toda a economia, prejudicando o poder aquisitivo.

Para fecharmos esse t—pico, Ž importante que voc• saiba que o STF permite
que os conscritos recebam remunera•‹o inferior ao sal‡rio-m’nimo.
Veja o que disp›e a Sœmula Vinculante no 06, que poder‡ ser cobrada em sua
prova:

Sœmula Vinculante n¼ 06: ÒN‹o viola a Constitui•‹o o


estabelecimento de remunera•‹o inferior ao sal‡rio m’nimo para as
pra•as prestadoras de servi•o militar inicialÓ.

A justificativa para essa exce•‹o Ž que a Constitui•‹o Federal n‹o estendeu


aos militares a garantia de remunera•‹o n‹o inferior ao sal‡rio m’nimo, como
o fez para outras categorias de trabalhadores. O regime a que se submetem os
militares n‹o se confunde com aquele aplic‡vel aos servidores civis, visto que

                                                        
9
STF, ADI 4568/DF, Rel. Min. Carmen Lœcia. 03.11.2011.

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t•m direitos, garantias, prerrogativas e impedimentos pr—prios. Isso porque os


cidad‹os que prestam servi•o militar obrigat—rio exercem um mœnus pœblico
relacionado com a defesa da soberania da p‡tria. Por isso mesmo, a obriga•‹o
do Estado quanto aos conscritos limita-se a fornecer-lhes as condi•›es
materiais para a adequada presta•‹o do servi•o militar obrigat—rio nas For•as
Armadas.

V - piso salarial proporcional ˆ extens‹o e ˆ complexidade do trabalho;

O piso salarial Ž estabelecido por categoria de trabalhadores e fixado mediante


negocia•‹o coletiva de trabalho. Na fixa•‹o do piso salarial, deve-se levar
em considera•‹o a extens‹o e a complexidade do trabalho.

VI - irredutibilidade do sal‡rio, salvo o disposto em conven•‹o ou acordo


coletivo;

A irredutibilidade do sal‡rio guarda estreita rela•‹o com o princ’pio da veda•‹o


ao retrocesso. Assim, em regra, o sal‡rio n‹o poder‡ ser reduzido. A
redu•‹o salarial Ž hip—tese excepcional, que somente ocorrer‡ mediante
negocia•‹o coletiva de trabalho (conven•‹o coletiva ou acordo coletivo).

Destaque-se que conven•‹o coletiva e acordo coletivo s‹o espŽcies do g•nero


Ònegocia•‹o coletiva de trabalhoÓ. Conven•‹o coletiva de trabalho Ž uma
negocia•‹o entre o sindicato dos trabalhadores e o sindicato patronal. J‡ o
acordo coletivo de trabalho, Ž uma negocia•‹o entre o sindicato dos
trabalhadores e uma empresa ou grupo de empresas.

A negocia•‹o coletiva de trabalho pode, portanto, flexibilizar a irredutibilidade


salarial. Essa flexibilidade se deve ao fato de que, muitas vezes, Ž mais
benŽfico para uma categoria aceitar uma redu•‹o salarial (numa crise
econ™mica, por exemplo), que arcar com um grande aumento do desemprego.

(TRT 2a Regi‹o Ð 2015) A irredutibilidade salarial n‹o Ž


absoluta, sendo l’cita mediante previs‹o em conven•‹o ou
acordo coletivo.

Coment‡rios:

ƒ poss’vel a redu•‹o salarial atravŽs de conven•‹o ou acordo


coletivo. Portanto, a irredutibilidade salarial n‹o Ž absoluta.
Quest‹o correta.

VII - garantia de sal‡rio, nunca inferior ao m’nimo, para os que percebem

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remunera•‹o vari‡vel;

H‡ alguns trabalhadores que possuem remunera•‹o vari‡vel. Como


exemplo, citamos um funcion‡rio de uma loja que recebe por comiss‹o de suas
vendas. Em meses com alto volume de vendas, ele recebe muito bem; porŽm,
em um m•s de vendas fracas, ele ter‡ uma remunera•‹o bastante reduzida. A
Constitui•‹o garante, entretanto, que esse trabalhador nunca receber‡ uma
remunera•‹o inferior ao sal‡rio m’nimo.

VIII - dŽcimo terceiro sal‡rio com base na remunera•‹o integral ou no valor


da aposentadoria;

O dŽcimo terceiro sal‡rio Ž o que se conhece por gratifica•‹o natalina.

IX - remunera•‹o do trabalho noturno superior ˆ do diurno;

Esse dispositivo garante aos trabalhadores a percep•‹o de adicional noturno.


Destaque-se que o valor do adicional noturno n‹o Ž definido pela Constitui•‹o
Federal, mas sim pela legisla•‹o infraconstitucional.

ƒ importante que voc• saiba que a previs‹o de remunera•‹o do trabalho


noturno superior ˆ do diurno Ž devida inclusive para os empregados que
trabalham em regime de revezamento. ƒ o que disp›e a Sœmula 213 do
STF, segundo a qual:

Òƒ devido o adicional de servi•o noturno, ainda que sujeito o empregado


ao regime de revezamento.Ó

X - prote•‹o do sal‡rio na forma da lei, constituindo crime sua reten•‹o


dolosa;

A maior parte da popula•‹o brasileira n‹o possui poupan•a, dependendo do


sal‡rio para sobreviver. O sal‡rio Ž, portanto, uma verba de natureza
alimentar; em raz‹o disso Ž que constitui crime sua reten•‹o dolosa por
parte do empregador.

XI - participa•‹o nos lucros, ou resultados, desvinculada da remunera•‹o, e,


excepcionalmente, participa•‹o na gest‹o da empresa, conforme definido em
lei;

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Trata-se de norma de efic‡cia limitada, dependente de lei para produzir


todos os seus efeitos. A participa•‹o nos lucros Ž desvinculada da
remunera•‹o e Ž uma forma de se estimular a produtividade do trabalhador.

XII - sal‡rio-fam’lia pago em raz‹o do dependente do trabalhador de baixa


renda nos termos da lei;

O sal‡rio-fam’lia Ž um benef’cio previdenci‡rio, sendo devido somente ao


trabalhador de baixa renda. ƒ pago em cotas, de acordo com o nœmero de
dependentes (se o trabalhador possui um dependente, ele recebe uma cota do
sal‡rio-fam’lia; se ele possui dois dependentes, ele recebe duas cotas de
sal‡rio-fam’lia).

Os critŽrios para o recebimento do sal‡rio-fam’lia s‹o definidos em lei formal.


Mais uma vez, estamos diante de uma norma de efic‡cia limitada.

(TRT 2a Regi‹o Ð 2015) O sal‡rio-fam’lia ser‡ pago em


virtude do dependente do trabalhador, sem se cogitar da
renda por ele auferida, j‡ que se trata de um direito social
garantido constitucionalmente.

Coment‡rios:

O sal‡rio fam’lia somente Ž devido ao trabalhador de baixa


renda. Quest‹o errada.

XIII - dura•‹o do trabalho normal n‹o superior a oito horas di‡rias e


quarenta e quatro semanais, facultada a compensa•‹o de hor‡rios e a
redu•‹o da jornada, mediante acordo ou conven•‹o coletiva de trabalho;

A regra Ž a presta•‹o de trabalho por atŽ 8 horas di‡rias e 44 horas


semanais. Normalmente, isso Ž feito mediante jornadas de 8 horas de
segunda-feira a sexta-feira e de 4 horas no s‡bado. ƒ poss’vel a
compensa•‹o de hor‡rios: um trabalhador que tenha um contrato de
trabalho de 44 horas semanais e 8 horas di‡rias poder‡, por exemplo,
trabalhador 2 horas a menos em um determinado dia, compensando-as
posteriormente.

Cabe destacar que, excepcionalmente, Ž poss’vel haver redu•‹o da jornada


de trabalho, mediante acordo ou conven•‹o coletiva.

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos


ininterruptos de revezamento, salvo negocia•‹o coletiva;

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O trabalho prestado em turnos ininterruptos de revezamento Ž aquele em que


h‡ altern‰ncia de hor‡rios; nesse regime de trabalho, os trabalhadores se
revezam nos postos de trabalho. Em um determinado dia, trabalha ˆ noite; no
outro, pela manh‹; no outro, ˆ tarde.

Nesse caso, devido ao grande desgaste para a saœde do trabalhador, a


Constitui•‹o prev• uma jornada de seis horas. Note que esta poder‡,
excepcionalmente, ser aumentada, em caso de negocia•‹o coletiva.

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

Atente para a palavra preferencialmente. N‹o h‡ obriga•‹o de concess‹o


desse repouso no domingo: ele pode acontecer em qualquer outro dia da
semana.

XVI - remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio superior, no m’nimo, em


cinquenta por cento ˆ do normal;

A remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio Ž o que se conhece por hora-extra.


Note a express‹o Òno m’nimoÓ! Uma quest‹o de concurso que disser que
essa remunera•‹o Ž necessariamente 50% superior ˆ do servi•o normal estar‡
errada.

XVII - gozo de fŽrias anuais remuneradas com, pelo menos, um ter•o a


mais do que o sal‡rio normal;

Esse dispositivo trata do adicional de fŽrias. O trabalhador faz jus a fŽrias,


recebendo, durante esse per’odo, sua remunera•‹o acrescida de, no m’nimo,
1/3 do sal‡rio normal. Assim, o trabalhador poder‡ receber um adicional de
fŽrias superior a 1/3 do sal‡rio.

Note que a Constitui•‹o n‹o disp™s sobre a dura•‹o das fŽrias, deixando
essa tarefa para a legisla•‹o infraconstitucional.

XVIII - licen•a ˆ gestante, sem preju’zo do emprego e do sal‡rio, com a


dura•‹o de cento e vinte dias;

XIX - licen•a-paternidade, nos termos fixados em lei;

A licen•a ˆ gestante tem dura•‹o de 120 dias, conforme definido pela


Constitui•‹o. Durante esse per’odo, a gestante fica licenciada, sem que perca
seu emprego e remunera•‹o. Assim, ela mantŽm seu v’nculo de emprego com
a empresa e continua a receber sua remunera•‹o. Cabe destacar que a licen•a
ˆ gestante Ž tambŽm um direito outorgado ˆs servidoras pœblicas.

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No RE n¼ 778.889/PE, o STF fixou a tese de que os prazos da licen•a-gestante


n‹o podem ser superiores aos prazos da licen•a-adotante, inclusive no
que diz respeito ˆs prorroga•›es. Assim, se uma lei concede 120 dias de
licen•a ˆ gestante, dever‹o ser concedidos tambŽm 120 dias de licen•a ˆ
adotante. 10

A licen•a-paternidade, por sua vez, Ž benef’cio que depende de


regulamenta•‹o por lei: trata-se, portanto, de norma de efic‡cia limitada.
Como essa lei n‹o foi editada atŽ hoje, est‡ em vigor o mandamento previsto
no Ato das Disposi•›es Constitucionais Transit—rias (ADCT). Segundo o art.
10, ¤ 1¼, do ADCT, "atŽ que lei venha a disciplinar o disposto no art. 7¼, XIX
da Constitui•‹o, o prazo da licen•a-paternidade a que se refere o inciso Ž de
cinco dias".

XX - prote•‹o do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos


espec’ficos, nos termos da lei;

A prote•‹o ao mercado de trabalho da mulher tem como objetivo alcan•ar a


igualdade material. Nesse caso, almeja-se estabelecer a igualdade de
g•neros. Trata-se de mais uma norma de efic‡cia limitada.

XXI - aviso prŽvio proporcional ao tempo de servi•o, sendo no m’nimo de


trinta dias, nos termos da lei;

O aviso prŽvio se aplica aos contratos de trabalho por tempo indeterminado. ƒ


um instituto que tem como objetivo permitir que o trabalhador tenha um
tempo para buscar um novo emprego ap—s tomar conhecimento da inten•‹o
do empregador de demiti-lo.

O aviso prŽvio deve ser proporcional ao tempo de servi•o: quanto maior o


tempo de servi•o, maior ser‡ o prazo do aviso prŽvio. Deve-se observar,
contudo, que o prazo m’nimo do aviso prŽvio Ž de 30 dias.

XXII - redu•‹o dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de


saœde, higiene e seguran•a;

A seguran•a e a saœde no trabalho s‹o considerados direitos essenciais dos


trabalhadores. A redu•‹o dos riscos inerentes ao trabalho Ž, portanto,
uma face importante das pol’ticas pœblicas em matŽria trabalhista. Esse
dispositivo Ž que ampara a edi•‹o, pelo MinistŽrio do Trabalho e Emprego, das
chamadas NRÕs (Normas Regulamentadoras).

                                                        
10
RE 788.889/PE, Rel. Min. Luiz Roberto Barroso. Julgamento: 10.03.2016. Nesse
julgado, o STF considerou que o art. 210, da Lei n¼ 8.112/90, ao conceder apenas 90
dias de licen•a ˆ adotante, Ž inconstitucional.

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XXIII - adicional de remunera•‹o para as atividades penosas, insalubres ou


perigosas, na forma da lei;

As atividades penosas, insalubres ou perigosas implicam no pagamento de


adicional de remunera•‹o aos trabalhadores. Assim, um trabalhador que
exer•a atividade perigosa (contato permanente com inflam‡veis e explosivos)
receber‡ adicional de periculosidade; por sua vez, um trabalhador que exer•a
atividade insalubre receber‡ o adicional de insalubridade.

XXIV - aposentadoria;

A aposentadoria Ž um benef’cio previdenci‡rio assegurado aos


trabalhadores. N‹o Ž nosso objetivo, nesse momento, discorrer sobre os v‡rios
tipos de aposentadoria e os requisitos para sua concess‹o.

XXV - assist•ncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento atŽ


5 (cinco) anos de idade em creches e prŽ-escolas;

A assist•ncia gratuita em creches e prŽ-escolas Ž devida aos filhos e


dependentes do trabalhador, desde o nascimento atŽ 5 (cinco anos) de
idade. Atente para esse limite de idade!

XXVI - reconhecimento das conven•›es e acordos coletivos de trabalho;

As negocia•›es coletivas de trabalho podem ser de dois tipos: i) conven•›es


coletivas de trabalho (celebradas entre sindicato patronal e sindicato dos
trabalhadores) e; ii) acordos coletivos de trabalho (celebrados entre
sindicato dos trabalhadores e uma empresa ou grupo de empresas). Destaque-
se que as negocia•›es coletivas de trabalho s‹o consideradas fontes do
direito do trabalho.

XXVII - prote•‹o em face da automa•‹o, na forma da lei;

Trata-se de dispositivo que visa evitar que as inova•›es tecnol—gicas


substituam o papel desempenhado pelos trabalhadores, buscando garantir que
n‹o haja diminui•‹o do nœmero de postos de trabalho. ƒ uma t’pica norma de
efic‡cia limitada, cuja concretiza•‹o depende de lei regulamentadora.

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem


excluir a indeniza•‹o a que este est‡ obrigado, quando incorrer em dolo ou
culpa;

O seguro contra acidentes de trabalho Ž um encargo do empregador, mas


que n‹o o exime de indenizar o empregado, quando tiver incorrido em
dolo ou culpa. Em outras palavras, mesmo pagando seguro contra acidentes

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de trabalho, o empregador continua sujeito ˆ indeniza•‹o caso estes ocorram.


Entretanto, Ž necess‡rio que haja dolo ou culpa.

XXIX - a•‹o, quanto aos crŽditos resultantes das rela•›es de trabalho, com
prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, atŽ
o limite de dois anos ap—s a extin•‹o do contrato de trabalho;

Esse inciso precisa ser analisado com aten•‹o. Inicialmente, verifique que,
tanto para o trabalhador urbano quanto para o rural, h‡ possibilidade de se
requererem crŽditos relativos aos œltimos cinco anos do contrato de
trabalho. ƒ a chamada prescri•‹o quinquenal.

Entretanto, desfeito o v’nculo laboral, o trabalhador ter‡ apenas dois


anos para reclamar tais crŽditos na Justi•a. Nesse caso, entretanto, a
cada dia de inŽrcia, perder‡ um dia d de direito. Se entrar com uma a•‹o
trabalhista no œltimo dia do prazo de dois anos, s— poder‡ reaver os crŽditos
referentes aos tr•s œltimos anos do contrato de trabalho, por exemplo.

XXX - proibi•‹o de diferen•a de sal‡rios, de exerc’cio de fun•›es e de critŽrio


de admiss‹o por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

XXXI - proibi•‹o de qualquer discrimina•‹o no tocante a sal‡rio e critŽrios


de admiss‹o do trabalhador portador de defici•ncia;

XXXII - proibi•‹o de distin•‹o entre trabalho manual, tŽcnico e intelectual


ou entre os profissionais respectivos;

Esses tr•s dispositivos traduzem obriga•›es de n‹o-discrimina•‹o, de


isonomia. O inciso XXX pro’be que sejam estabelecidas diferen•a de sal‡rios,
de exerc’cio de fun•›es e de critŽrio de admiss‹o por motivo de sexo, idade,
cor ou estado civil. O inciso XXXI impede que haja discrimina•‹o no tocante
a sal‡rio e critŽrios de admiss‹o do trabalhador portador de defici•ncia.
Por œltimo, o inciso XXXII veda a distin•‹o entre trabalho manual, tŽcnico e
intelectual ou entre os profissionais respectivos.

XXXIII - proibi•‹o de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de


dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
condi•‹o de aprendiz, a partir de quatorze anos;

ÒDissecando-seÓ esse dispositivo, temos que:

a) A idade m’nima para se trabalhar Ž aos dezesseis anos. H‡, entretanto,


uma exce•‹o a esse limite m’nimo de idade: pode-se trabalhar a partir dos
quatorze anos de idade, na condi•‹o de aprendiz.

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b) Os menores de dezoito anos jamais poder‹o exercer trabalho noturno,


perigoso ou insalubre.

Assim, entre os 14 e 16 anos, s— pode trabalhar o menor aprendiz. Dos 16 aos


18 anos, qualquer um pode trabalhar, desde que n‹o seja um trabalho
noturno, perigoso ou insalubre. A partir dos 18 anos, o indiv’duo pode exercer
qualquer trabalho, inclusive o noturno, perigoso ou insalubre.

(TRT 2a Regi‹o Ð 2015) O trabalhador faz jus a seguro


contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indeniza•‹o a que este esta obrigado, apenas
quando for resultado de dolo ou culpa.

Coment‡rios:
b
ƒ isso mesmo. O trabalhador faz jus a seguro contra
acidentes de trabalho. Ademais, a indeniza•‹o somente ser‡
devida ao trabalhador quando o empregador incorrer em dolo
ou culpa. Quest‹o correta.

(FUB Ð 2015) A realiza•‹o de trabalho noturno, perigoso ou


insalubre por menor de dezoito anos de idade Ž permitida
desde que o empregador pague a esse trabalhador adicional
pecuni‡rio.

Coment‡rios:

Os menores de 18 anos n‹o podem, em qualquer situa•‹o,


realizar trabalho noturno, perigoso ou insalubre. Quest‹o
errada.

(TJ / MG Ð 2015) ƒ prevista a•‹o, quanto aos crŽditos


resultantes das rela•›es de trabalho, com prazo prescricional
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, atŽ o
limite de dois anos ap—s a extin•‹o do contrato de trabalho.

Coment‡rios:

ƒ exatamente o que prev• a literalidade do art. 7¼, XXIX,


CF/88. Quest‹o correta.

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com v’nculo empregat’cio


permanente e o trabalhador avulso.

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O trabalhador avulso Ž aquele que presta servi•os a v‡rias empresas, mas que
Ž contratado por um —rg‹o gestor de m‹o-de-obra (OGMO). ƒ o caso, por
exemplo, dos estivadores e carregadores que trabalham nos portos.

A Constitui•‹o Federal de 1988 reconhece a igualdade de direitos entre o


trabalhador avulso e o trabalhador com v’nculo empregat’cio permanente.

Par‡grafo œnico. S‹o assegurados ˆ categoria dos trabalhadores


domŽsticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI,
XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as
condi•›es estabelecidas em lei e observada a simplifica•‹o do cumprimento
das obriga•›es tribut‡rias, principais e acess—rias, decorrentes da rela•‹o de
trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV
e XXVIII, bem como a sua integra•‹o ˆ previd•ncia social.
2
O par‡grafo œnico do art. 7¼ da Constitui•‹o sofreu importantes modifica•›es
pela Emenda Constitucional n¼ 72/2013 que assegurou importantes direitos
trabalhistas aos empregados domŽsticos. O objetivo da EC n¼ 72/2013 foi
justamente assegurar igualdade de direitos trabalhistas entre os
trabalhadores domŽsticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais.
Destaque-se que, mesmo ap—s a referida emenda constitucional, nem todos os
direitos trabalhistas foram assegurados aos empregados domŽsticos.

Na tabela abaixo, relaciono todos os direitos dos domŽsticos e destaco, em


negrito, tudo aquilo que resulta de previs‹o da EC no 72/2013:

Sal‡rio m’nimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz


de atender a suas necessidades vitais b‡sicas e ˆs de sua
fam’lia com moradia, alimenta•‹o, educa•‹o, saœde, lazer,
vestu‡rio, higiene, transporte e previd•ncia social, com
reajustes peri—dicos que lhe preservem o poder aquisitivo,
sendo vedada sua vincula•‹o para qualquer fim.

Irredutibilidade do sal‡rio, salvo o disposto em conven•‹o ou


acordo coletivo.

Garantia de sal‡rio, nunca inferior ao m’nimo, para os


que percebem remunera•‹o vari‡vel (direito
o
assegurado ap—s a EC n 72/2013).

Prote•‹o do sal‡rio na forma da lei, constituindo crime


sua reten•‹o dolosa (direito assegurado ap—s a EC no
72/2013).

DŽcimo terceiro sal‡rio com base na remunera•‹o integral ou


no valor da aposentadoria.

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Dura•‹o do trabalho normal n‹o superior a oito horas


di‡rias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensa•‹o de hor‡rios e a redu•‹o da jornada,
mediante acordo ou conven•‹o coletiva de trabalho
(direito assegurado ap—s a EC no 72/2013).

Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos


Direitos do domingos.
domŽstico
Remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio superior, no
m’nimo, em cinquenta por cento ˆ do normal (direito
assegurado ap—s a EC no 72/2013).

Gozo de fŽrias anuais remuneradas com, pelo menos, um


ter•o a mais do que obsal‡rio normal.

Licen•a ˆ gestante, sem preju’zo do emprego e do sal‡rio,


com a dura•‹o de cento e vinte dias.

Licen•a-paternidade, nos termos fixados em lei.

Aviso prŽvio proporcional ao tempo de servi•o, sendo no


m’nimo de trinta dias, nos termos da lei.

Redu•‹o dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de


normas de saœde, higiene e seguran•a (direito
assegurado ap—s a EC no 72/2013).

Aposentadoria.

Reconhecimento das conven•›es e acordos coletivos de


trabalho (direito assegurado ap—s a EC no 72/2013).

Proibi•‹o de diferen•a de sal‡rios, de exerc’cio de


fun•›es e de critŽrio de admiss‹o por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil (direito assegurado ap—s a EC
no 72/2013).

Proibi•‹o de qualquer discrimina•‹o no tocante a sal‡rio e


critŽrios de admiss‹o do trabalhador portador de defici•ncia
(direito assegurado ap—s a EC no 72/2013).

Proibi•‹o de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a


menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores
de dezesseis anos, salvo na condi•‹o de aprendiz, a
partir de quatorze anos (direito assegurado ap—s a EC
no 72/2013).

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Integra•‹o ˆ previd•ncia social.

Rela•‹o de emprego protegida contra despedida


arbitr‡ria ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que prever‡ indeniza•‹o compensat—ria,
dentre outros direitos (direito assegurado ap—s a EC no
72/2013).

Seguro-desemprego, em caso de desemprego


involunt‡rio (direito assegurado ap—s a EC no 72/2013).

Fundo de garantia do tempo de servi•o (direito


assegurado ap—s a EC no 72/2013).

Remunera•‹o do trabalho
c noturno superior ˆ do diurno
(direito assegurado ap—s a EC no 72/2013).

Sal‡rio-fam’lia pago em raz‹o do dependente do


trabalhador de baixa renda nos termos da lei (direito
assegurado ap—s a EC no 72/2013).

Assist•ncia gratuita aos filhos e dependentes desde o


nascimento atŽ 5 (cinco) anos de idade em creches e
prŽ-escolas (direito assegurado ap—s a EC no 72/2013).

Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do


empregador, sem excluir a indeniza•‹o a que este est‡
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa (direito
assegurado ap—s a EC no 72/2013).

Outro ponto importante Ž que alguns dos direitos previstos pela EC no 72/2013
precisam de regulamenta•‹o para que possam ser usufru’dos. Em outras
palavras, eles n‹o puderam ser usufru’dos de imediato, assim que foi
promulgada a EC n¼ 72/2013. Foi necess‡ria a regulamenta•‹o, que s—
ocorreu por meio da Lei Complementar n¼ 150/ 2015. S‹o eles:

- Rela•‹o de emprego protegida contra despedida arbitr‡ria ou sem


justa causa, nos termos de lei complementar, que prever‡ indeniza•‹o
compensat—ria, dentre outros direitos;

- Seguro-desemprego, em caso de desemprego involunt‡rio;

- Fundo de garantia do tempo de servi•o;

- Remunera•‹o do trabalho noturno superior ˆ do diurno;

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- Sal‡rio-fam’lia pago em raz‹o do dependente do trabalhador de baixa


renda nos termos da lei;

- Assist•ncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento atŽ


5 (cinco) anos de idade em creches e prŽ-escolas;

- Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem


excluir a indeniza•‹o a que este est‡ obrigado, quando incorrer em dolo
ou culpa.

N‹o custa sistematizar tudo isso em outra tabela, para melhor compreens‹o:

Direitos assegurados aos Direitos assegurados aos domŽsticos pela PEC


domŽsticos por normas no 72/2013
origin‡rias da Constitui•‹o
De exerc’cio imediato:
¥ Sal‡rio m’nimo, fixado
em lei, nacionalmente
¥ Garantia de sal‡rio, nunca inferior ao m’nimo,
unificado, capaz de atender a
para os que percebem remunera•‹o vari‡vel;
suas necessidades vitais
¥ Prote•‹o do sal‡rio na forma da lei,
b‡sicas e ˆs de sua fam’lia
constituindo crime sua reten•‹o dolosa;
com moradia, alimenta•‹o,
¥ Dura•‹o do trabalho normal n‹o superior a
educa•‹o, saœde, lazer,
oito horas di‡rias e quarenta e quatro semanais,
vestu‡rio, higiene, transporte
facultada a compensa•‹o de hor‡rios e a redu•‹o da
e previd•ncia social, com
jornada, mediante acordo ou conven•‹o coletiva de
reajustes peri—dicos que lhe
trabalho;
preservem o poder aquisitivo,
¥ Remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio
sendo vedada sua vincula•‹o
superior, no m’nimo, em cinquenta por cento ˆ do
para qualquer fim;
normal;
¥ Irredutibilidade do
¥ Redu•‹o dos riscos inerentes ao trabalho, por
sal‡rio, salvo o disposto em
meio de normas de saœde, higiene e seguran•a;
conven•‹o ou acordo
¥ Reconhecimento das conven•›es e acordos
coletivo;
coletivos de trabalho;
¥ DŽcimo terceiro sal‡rio
¥ Proibi•‹o de diferen•a de sal‡rios, de
com base na remunera•‹o
exerc’cio de fun•›es e de critŽrio de admiss‹o por
integral ou no valor da
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
aposentadoria;
¥ Proibi•‹o de qualquer discrimina•‹o no
¥ Repouso semanal
tocante a sal‡rio e critŽrios de admiss‹o do
remunerado,
trabalhador portador de defici•ncia;
preferencialmente aos
¥ Proibi•‹o de trabalho noturno, perigoso ou
domingos;
insalubre a menores de dezoito e de qualquer
¥ Gozo de fŽrias anuais
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
remuneradas com, pelo
condi•‹o de aprendiz, a partir de quatorze anos.
menos, um ter•o a mais do
que o sal‡rio normal; Direitos de exerc’cio condicionado ˆ obedi•ncia
¥ Licen•a ˆ gestante, ˆ regulamenta•‹o legal
sem preju’zo do emprego e
do sal‡rio, com a dura•‹o de ¥ Rela•‹o de emprego protegida contra

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cento e vinte dias; despedida arbitr‡ria ou sem justa causa, nos termos
¥ Licen•a-paternidade, de lei complementar, que prever‡ indeniza•‹o
nos termos fixados em lei; compensat—ria, dentre outros direitos;
¥ Aviso prŽvio ¥ Seguro-desemprego, em caso de desemprego
proporcional ao tempo de involunt‡rio;
servi•o, sendo no m’nimo de ¥ Fundo de garantia do tempo de servi•o;
trinta dias, nos termos da lei; ¥ Remunera•‹o do trabalho noturno superior ˆ
¥ Aposentadoria; do diurno;
¥ Integra•‹o ˆ ¥ Sal‡rio-fam’lia pago em raz‹o do dependente
previd•ncia social. do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
¥ Assist•ncia gratuita aos filhos e dependentes
desde o nascimento atŽ 5 (cinco) anos de idade em
creches e prŽ-escolas;
¥ Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo
do empregador, sem excluir a indeniza•‹o a que
este est‡ obrigado, quando incorrer em dolo ou
==db2bc==

culpa.

Como poucos direitos listados nos incisos do art. 7¼ da Constitui•‹o ficaram Òde
foraÓ, ou seja, poucos n‹o foram atribu’dos aos domŽsticos, acho
interessante lista-los abaixo, para que voc• n‹o caia em eventuais
ÒpegadinhasÓ de prova:

¥ Piso salarial proporcional ˆ extens‹o e ˆ


complexidade do trabalho;
¥ Participa•‹o nos lucros, ou resultados,
desvinculada da remunera•‹o, e,
excepcionalmente, participa•‹o na
gest‹o da empresa, conforme definido
em lei;
¥ Jornada de seis horas para o trabalho
realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negocia•‹o coletiva;
Direitos que n‹o foram, ¥ Prote•‹o do mercado de trabalho da
atribu’dos, pela CF/88, mulher, mediante incentivos espec’ficos,
aos domŽsticos. nos termos da lei;
¥ Adicional de remunera•‹o para as
atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da lei;
¥ Prote•‹o em face da automa•‹o, na
forma da lei;
¥ A•‹o, quanto aos crŽditos resultantes
das rela•›es de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, atŽ o
limite de dois anos ap—s a extin•‹o do
contrato de trabalho;

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¥ Proibi•‹o de distin•‹o entre trabalho


manual, tŽcnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos;
¥ Igualdade de direitos entre o trabalhador
com v’nculo empregat’cio permanente e
o trabalhador avulso.

Obviamente, alguns desses direitos n‹o foram previstos para o domŽstico


pelas pr—prias caracter’sticas do trabalho. N‹o faria sentido, por exemplo,
prever uma Òparticipa•‹o nos lucrosÓ, j‡ que n‹o trabalham em uma pessoa
jur’dica.

Apesar dessa aparente falta de isonomia, Ž importante que voc• atente para
um detalhe: a Constitui•‹o Federal prev•, sim, a igualdade de direitos entre
domŽsticos e demais trabalhadores, urbanos e rurais. Nos termos da PEC no
72/2013, diz-se que esta Òaltera a reda•‹o do par‡grafo œnico do art. 7¼ da
Constitui•‹o Federal para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas
entre os trabalhadores domŽsticos e os demais trabalhadores urbanos e
ruraisÓ.

(UEG Ð 2015) Os empregados domŽsticos passaram a ter


direitos sociais antes previstos apenas para os demais
trabalhadores em geral. ƒ o caso do piso salarial nacional, que
deve ser proporcional ˆ extens‹o e ˆ complexidade do
trabalho.

Coment‡rios:

A EC n¼ 72/2013 n‹o atribuiu aos empregados domŽsticos o


direito ao piso salarial proporcional ˆ extens‹o e ˆ
complexidade do trabalho. Quest‹o errada.

4- Os direitos sociais coletivos dos trabalhadores:

Em seus arts. 8¼ a 11, a Constitui•‹o enumera v‡rios direitos coletivos dos


trabalhadores. Que tal lermos esses dispositivos juntos, fazendo os
apontamentos necess‡rios para gabaritar as quest›es de prova a eles
referentes?

Art. 8¼ ƒ livre a associa•‹o profissional ou sindical, observado o seguinte:

I - a lei n‹o poder‡ exigir autoriza•‹o do Estado para a funda•‹o de


sindicato, ressalvado o registro no —rg‹o competente, vedadas ao Poder
Pœblico a interfer•ncia e a interven•‹o na organiza•‹o sindical;

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A funda•‹o de sindicato independe de autoriza•‹o estatal (nem mesmo a


lei poder‡ fazer tal exig•ncia). Todavia, a funda•‹o de sindicato necessita de
registro em —rg‹o competente, ou seja, registro no MinistŽrio do Trabalho e
Emprego. Destaque-se que Ž vedada a interfer•ncia do Poder Pœblico nos
sindicatos (princ’pio da autonomia sindical).

II - Ž vedada a cria•‹o de mais de uma organiza•‹o sindical, em qualquer


grau, representativa de categoria profissional ou econ™mica, na mesma base
territorial, que ser‡ definida pelos trabalhadores ou empregadores
interessados, n‹o podendo ser inferior ˆ ‡rea de um Munic’pio;

Esse dispositivo consagra o princ’pio da unicidade da organiza•‹o sindical,


que Ž um limitador da autonomia sindical. Segundo esse princ’pio, n‹o podem
coexistir mais de um sindicato da mesma categoria profissional
(trabalhadores) ou econ™mica (empregadores) dentro de uma id•ntica base
territorial, que n‹o poder‡ ser inferior ˆ ‡rea de um Munic’pio. Como
exemplo, s— poder‡ haver um Sindicato de professores no Munic’pio de Belo
Horizonte.

E em caso de existirem mais de um sindicato na mesma base territorial?

Nesse caso, estaremos diante de um conflito, a ser resolvido pela


anterioridade, ou seja, a categoria ser‡ representada pela entidade que
primeiro realizou seu registro no —rg‹o competente. Percebe-se, aqui, que o
registro do sindicato no MinistŽrio do Trabalho e Emprego Ž um instrumento
essencial para que o Estado realize o controle da unicidade sindical.

(TCE-PE Ð 2017) Por imposi•‹o de lei, se um —rg‹o estadual


for criado, os servidores ocupantes de cargo efetivo desse
—rg‹o poder‹o, desde que com prŽvia autoriza•‹o do —rg‹o
estatal competente, fundar sindicato.

Coment‡rios:

A cria•‹o de sindicato independe de autoriza•‹o do Poder


Pœblico. Segundo o art. 8¼, I, CF/88, Òa lei n‹o poder‡ exigir
autoriza•‹o do Estado para a funda•‹o de sindicato, ressalvado
o registro no —rg‹o competente, vedadas ao Poder Pœblico a
interfer•ncia e a interven•‹o na organiza•‹o sindicalÓ. Quest‹o
errada.

(Manausprev Ð 2015) O princ’pio da unicidade sindical


garante a exist•ncia de uma œnica organiza•‹o sindical
representativa de um mesmo grupo de trabalhadores ou de
empres‡rios numa mesma base territorial.

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Coment‡rios:

De fato, o princ’pio da unicidade sindical, previsto no inciso


II do art. 8¼ da Constitui•‹o, determina que n‹o podem
coexistir mais de um sindicato da mesma categoria
profissional (trabalhadores) ou econ™mica (empregadores)
dentro de uma id•ntica base territorial, que n‹o poder‡
ser inferior ˆ ‡rea de um Munic’pio. Quest‹o correta.

(Manausprev Ð 2015) A funda•‹o de sindicato depende de


autoriza•‹o estatal, cabendo ao Poder Pœblico definir a
abrang•ncia territorial de determinada organiza•‹o sindical.

Coment‡rios:

A funda•‹o de sindicato independe de autoriza•‹o estatal. A


abrang•ncia territorial da organiza•‹o sindical Ž definida pelo
trabalhadores ou empregadores interessados. Quest‹o errada.

III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou


individuais da categoria, inclusive em quest›es judiciais ou administrativas;

Destaca-se que o STF, com base no inciso acima, entende que o sindicato pode
atuar na defesa de todos os direitos individuais e coletivos dos integrantes da
categoria que representa. Exemplo: o sindicato dos Auditores da Receita
Federal poder‡ atuar na defesa judicial ou administrativa de um œnico membro
acusado de acesso imotivado aos sistemas do —rg‹o.

O STF considera, ainda, que o art. 8¼, inciso III, assegura ampla legitimidade
ativa aos sindicatos para atuarem como substitutos processuais das
categorias que representam, na defesa de direitos e interesses coletivos ou
individuais de seus integrantes. Conforme j‡ se sabe, quando se trata de
substitui•‹o processual, n‹o h‡ necessidade de prŽvia autoriza•‹o dos
trabalhadores.11

IV - a assembleia geral fixar‡ a contribui•‹o que, em se tratando de


categoria profissional, ser‡ descontada em folha, para custeio do sistema
confederativo da representa•‹o sindical respectiva, independentemente da
contribui•‹o prevista em lei;

ƒ fundamental sabermos a diferen•a entre a contribui•‹o confederativa e a


contribui•‹o sindical.

                                                        
11
STF, RE n¼ 193.503/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa. 12.06.2006.

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A contribui•‹o confederativa tem fundamento no art. 8¼, inciso IV, CF/88.


Possui car‡ter facultativo, sendo cobrada apenas dos filiados do sindicato.
Sabe-se que ninguŽm Ž obrigado a filiar-se ou manter-se filiado, mas aqueles
que o fizerem dever‹o pagar a contribui•‹o confederativa. N‹o possui natureza
jur’dica tribut‡ria, sendo seu valor fixado pela assembleia geral.

Sobre a contribui•‹o confederativa, o STF editou a Sœmula Vinculante n¼ 40:

Sœmula Vinculante n¼ 40: A contribui•‹o confederativa de que trata o


art. 8¼, IV, da Constitui•‹o Federal, s— Ž exig’vel dos filiados ao sindicato
respectivo.

A contribui•‹o sindical, por sua vez, tem fundamento no art. 149, CF/88.
Possui natureza jur’dica tribut‡ria e, portanto, sua cobran•a Ž
compuls—ria de todos os integrantes da categoria econ™mica ou profissional,
independentemente de serem sindicalizados ou n‹o.12 Seu valor Ž fixado em
lei.

Para melhor fixa•‹o das duas poss’veis contribui•›es a serem fixadas por
sindicato, veja o quadro abaixo:

Contribui•‹o confederativa Contribui•‹o sindical


¥ ƒ facultativa; ¥ ƒ obrigat—ria;
¥ Fixada pela assembleia geral ¥ Fixada em lei;
¥ Natureza de tributo

(Manausprev Ð 2015) A contribui•‹o confederativa Ž


encargo de car‡ter tribut‡rio, compuls—rio, que sujeita, alŽm
dos filiados, todos os profissionais da categoria.

Coment‡rios:

A contribui•‹o confederativa Ž exigida apenas dos filiados e,


em raz‹o disso, n‹o possui natureza tribut‡ria. Quest‹o
errada.

V - ninguŽm ser‡ obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;

Trata-se do princ’pio da liberdade de inscri•‹o sindical, segundo o qual os


trabalhadores s‹o livres para decidirem se filiar ou se manterem filiados a
sindicato. Em outras palavras, a participa•‹o em sindicato n‹o Ž compuls—ria.
Cabe destacar que o art. 8¼, V, CF/88 Ž corol‡rio (consequ•ncia) do
                                                        
12
STF, RE 534829 MT, DJe-158, 24/08/2009.

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princ’pio da liberdade de associa•‹o (5¼, XX), segundo o qual ÒninguŽm


poder‡ ser compelido a associar-se ou manter-se associadoÓ.

VI - Ž obrigat—ria a participa•‹o dos sindicatos nas negocia•›es coletivas de


trabalho;

Os sindicatos tem atua•‹o importante nas negocia•›es coletivas de


trabalho (conven•›es coletivas e acordos coletivos). Nas conven•›es
coletivas, a negocia•‹o se d‡ entre sindicato de trabalhadores e sindicato
patronal; nos acordos coletivos, entre o sindicato de trabalhadores e uma
empresa ou grupo de empresas. Em todos os casos, percebe-se que haver‡
participa•‹o do sindicato.

VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organiza•›es
sindicais;

A CF/88 garante ao aposentado ampla participa•‹o no sindicato da


categoria, podendo votar e ser votado. Assim, o aposentado poder‡ ser eleito
dirigente sindical.

VIII - Ž vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro


da candidatura a cargo de dire•‹o ou representa•‹o sindical e, se eleito,
ainda que suplente, atŽ um ano ap—s o final do mandato, salvo se cometer
falta grave nos termos da lei.

Trata-se da estabilidade sindical, que consiste em prote•‹o especial


dispensada aos dirigentes eleitos dos trabalhadores. O empregado que se
candidatar a cargo de dire•‹o ou representa•‹o sindical, n‹o poder‡ ser
dispensado a partir do registro de sua candidatura. Se eleito (mesmo
suplente), n‹o poder‡ ser dispensado atŽ um ano depois de findo o
mandato, exceto se cometer falta grave, nos termos da lei.

Perceba que, mesmo ap—s ter sido eleito dirigente ou representante sindical, o
empregado poder‡ ser dispensado. No entanto, a dispensa somente poder‡
ocorrer caso ele cometa falta grave.

A estabilidade sindical Ž relativa, sendo poss’vel a dispensa do empregado em


virtude da extin•‹o da empresa na qual ele exercia suas atividades. Segundo o
STF, Òa garantia constitucional assegurada ao empregado enquanto no
cumprimento de mandato sindical (CF, art. 8¼, VIII) n‹o se destina a ele
propriamente dito, ex intuitu personae, mas sim ˆ
representa•‹o sindical de que se investe, que deixa de existir, entretanto,
se extinta a empresa empregadoraÓ. 13

                                                        
13
 RE 222.334. Rel. Min. Maur’cio Corr•a. DJ: 08.03.2002.

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(Manausprev Ð 2015) A garantia constitucional assegurada


ao empregado enquanto no cumprimento de mandato sindical
se destina ˆ pessoa do empregado e tem intuitu personae.

Coment‡rios:

A jurisprud•ncia do STF Ž no sentido contr‡rio. Segundo a


Corte, a garantia da estabilidade sindical n‹o se destina ˆ
pessoa do empregado, mas sim ˆ representa•‹o sindical de
que ele se investe. Quest‹o errada.

Par‡grafo œnico. As disposi•›es deste artigo aplicam-se ˆ organiza•‹o de


sindicatos rurais e de col™nias de pescadores, atendidas as condi•›es que a
lei estabelecer.

A Constitui•‹o Federal, para n‹o deixar qualquer margem de dœvida, disp™s


que as regras do art.8¼ tambŽm se aplicam aos sindicatos rurais e de col™nias
de pescadores.

Art. 9¼ ƒ assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores


decidir sobre a oportunidade de exerc•-lo e sobre os interesses que devam
por meio dele defender.

¤ 1¼ - A lei definir‡ os servi•os ou atividades essenciais e dispor‡ sobre o


atendimento das necessidades inadi‡veis da comunidade.

¤ 2¼ - Os abusos cometidos sujeitam os respons‡veis ˆs penas da lei.

O art. 9¼ da CF assegura aos trabalhadores o direito de greve. N‹o se trata


de direito absoluto, uma vez que as necessidades inadi‡veis da comunidade
dever‹o ser atendidas e aqueles que abusarem do direito ficar‹o sujeitos a
penas fixadas em lei.

A doutrina majorit‡ria considera que o direito de greve dos trabalhadores


da iniciativa privada (regidos pela CLT) Ž norma de efic‡cia contida, pois
poder‡ ser restringido por lei. Recorde-se que o direito de greve dos servidores
pœblicos Ž norma de efic‡cia limitada, dependendo, para seu exerc’cio, da
edi•‹o de lei regulamentadora.

Segundo o STF, Òn‹o constitui falta grave a entrada do empregado em greve,


desde que n‹o se trate de movimento condenado pela Justi•a do Trabalho e
desde que o comportamento seja pac’fico no pertinente.Ó14 Com efeito, a
ades‹o ao movimento grevista n‹o pode ser considerada falta grave, mas sim
um direito do trabalhador.
                                                        
14
STF, RE n¼ 51.301. Rel. Min. Cunha Melo.

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Observe que, apesar de o direito de greve ser considerado um direito social,


ele n‹o envolve qualquer presta•‹o positiva por parte do Estado. Ao
contr‡rio, dever‡ o Estado abster-se de atuar, permitindo que os
trabalhadores defendam seus interesses por meio de movimento grevista.

(TJ / SC Ð 2015) O direito de greve Ž um direito social,


n‹o dependendo de uma presta•‹o estatal espec’fica para o
seu exerc’cio.

Coment‡rios:

Apesar de ser um direito social, o direito de greve n‹o


depende de presta•‹o estatal espec’fica para o seu
exerc’cio. Quest‹o correta.

Art. 10. ƒ assegurada a participa•‹o dos trabalhadores e empregadores nos


colegiados dos —rg‹os pœblicos em que seus interesses profissionais ou
previdenci‡rios sejam objeto de discuss‹o e delibera•‹o.

Esse dispositivo Ž, normalmente, cobrado em sua literalidade. Basta saber que


os trabalhadores e empregadores t•m direito a participar no colegiado de
—rg‹os pœblicos em que seus interesses profissionais ou previdenci‡rios
sejam objeto de discuss‹o e delibera•‹o. Apenas para ilustrar com um
exemplo, o Conselho Nacional de Previd•ncia Social (CNPS) Ž um —rg‹o
colegiado do qual participam representantes do Governo, dos trabalhadores
em atividade, dos empregadores e dos aposentados.

Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, Ž assegurada a


elei•‹o de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-
lhes o entendimento direto com os empregadores.

O objetivo do art. 11 Ž melhorar a interlocu•‹o entre empregadores e


empregados naquelas empresas com grande nœmero de trabalhadores.
Assim, nas empresas com mais de 200 empregados, Ž assegurada a elei•‹o
de um representante destes. Esse representante ter‡ a tarefa (finalidade
exclusiva) de promover o entendimento direito entre os empregados e os
empregadores.

(Pol’cia Rodovi‡ria Federal Ð 2014) Nas empresas com


mais de cem empregados, Ž assegurada a elei•‹o de um
representante destes com a finalidade exclusiva de promover
o entendimento direto com os empregadores.

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Coment‡rios:

A quest‹o foi no detalhe! Essa regra somente se aplica ˆs


empresas com mais de 200 empregados. Quest‹o errada.

Nacionalidade
1- Introdu•‹o:

Segundo a doutrina dominante, os elementos constitutivos do Estado s‹o


territ—rio, povo e governo soberano. Dentre esses tr•s elementos, o povo Ž o
que constitui a dimens‹o pessoal do Estado. Ao contr‡rio da popula•‹o
(composta pelo conjunto de pessoas que habitam o territ—rio de um Estado), o
povo comp›e-se dos seus nacionais, independentemente do local em que
residam.

A nacionalidade Ž justamente o v’nculo jur’dico-pol’tico entre o Estado


soberano e o indiv’duo, que torna este um membro integrante da comunidade
que constitui o Estado. Segundo Mazzuoli, a nacionalidade comporta duas
dimens›es: a dimens‹o vertical (que liga o indiv’duo ao Estado) e a
dimens‹o horizontal (que liga o indiv’duo ao elemento povo).15 A dimens‹o
vertical da nacionalidade imp›e obriga•›es ao indiv’duo perante o Estado,
pr—prias de uma rela•‹o de subordina•‹o. J‡ a dimens‹o horizontal, pressup›e
uma rela•‹o sem grau hier‡rquico, isto Ž, uma rela•‹o parit‡ria do indiv’duo
com a comunidade ˆ qual pertence.

Compete a cada Estado legislar sobre sua pr—pria nacionalidade,


respeitando, Ž claro, os compromissos gerais e particulares aos quais tenha se
obrigado. O Estado soberano Ž, afinal, o œnico outorgante poss’vel da
nacionalidade. ƒ ele quem tem poder para determinar quem s‹o seus
nacionais, quais as condi•›es de aquisi•‹o da nacionalidade e, ainda,
disciplinar sua perda. Pode-se afirmar, portanto, que o estabelecimento de
critŽrios para a concess‹o de nacionalidade Ž ato de manifesta•‹o da
soberania estatal.

Nacionalidade n‹o se confunde com cidadania. A cidadania Ž um atributo


que diferencia aqueles que possuem pleno gozo dos direitos pol’ticos daqueles
que n‹o possuem esse direito. J‡ a nacionalidade Ž o que diferencia os
nacionais dos estrangeiros, isto Ž, diferencia os indiv’duos que possuem uma
liga•‹o pessoal com o Estado daqueles que n‹o o tem. O conceito de
nacionalidade Ž mais amplo que o de cidadania, o que se pode
depreender a partir do exame do caso brasileiro. Como regra geral, todos
                                                        
15
MAZZUOLI, ValŽrio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Pœblico, 4» ed. S‹o
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010.

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aqueles que possuem cidadania brasileira tambŽm possuem nacionalidade


brasileira. J‡ o contr‡rio nem sempre Ž verdade! Uma crian•a de 5 anos de
idade possui nacionalidade brasileira, mas n‹o possui cidadania, pois ainda n‹o
goza plenamente de seus direitos pol’ticos.

2- Atribui•‹o de Nacionalidade pelo direito brasileiro:

A doutrina fala na exist•ncia de dois tipos de nacionalidade: a nacionalidade


origin‡ria (prim‡ria) e a nacionalidade derivada (adquirida ou secund‡ria).

A nacionalidade origin‡ria Ž aquela que resulta de um fato natural, o


nascimento; diz-se, portanto, que Ž uma forma involunt‡ria de aquisi•‹o de
nacionalidade. ƒ atribu’da ao indiv’duo em raz‹o de critŽrios sangu’neos (Òjus
sanguinisÓ), territoriais (Òjus soliÓ) ou mistos. Os brasileiros que recebem a
nacionalidade origin‡ria s‹o chamados de Òbrasileiros natosÓ.

A nacionalidade derivada, por sua vez, Ž aquela cuja aquisi•‹o depende de


ato de vontade (ato volitivo), praticado depois do nascimento; diz-se que a
nacionalidade derivada Ž obtida mediante a naturaliza•‹o. Os brasileiros que
recebem a nacionalidade derivada s‹o chamados de Òbrasileiros
naturalizadosÓ.

NASCIMENTO

PRIMÁRIA 
(ORIGINÁRIA)
“JUS SOLI” (REGRA) OU 
“JUS 
NACIONALIDADE SANGUINIS” (EXCEÇÃO)

SECUNDÁRIA 
(ADQUIRIDA OU  ATO VOLITIVO
DERIVADA)

Vejamos, a seguir, como se d‡ a atribui•‹o de nacionalidade origin‡ria e


nacionalidade derivada no ordenamento jur’dico brasileiro. Comecemos com a
atribui•‹o de nacionalidade origin‡ria: quem s‹o, afinal, os brasileiros
natos?

Conforme j‡ hav’amos comentado, a nacionalidade origin‡ria pode ser


estabelecida tanto pela origem sangu’nea da pessoa (Òjus sanguinisÓ) quanto
pela origem territorial (Òjus soliÓ). Pelo primeiro critŽrio, Ž nacional todo
aquele filho de nacionais, independentemente de onde tenha nascido. J‡ pelo

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segundo, Ž nacional quem nasce no territ—rio do Estado que o adota,


independentemente da origem sangu’nea dos seus pais.

A Constitui•‹o Brasileira, como voc• ver‡ a seguir, adotou em regra o Òjus


soliÓ. H‡, entretanto, exce•›es, nas quais predomina o Òjus sanguinisÓ. Vamos
ˆ an‡lise do art. 12 da CF?

Art. 12. S‹o brasileiros:

I - natos:

a) os nascidos na Repœblica Federativa do Brasil, ainda que de pais


estrangeiros, desde que estes n‹o estejam a servi•o de seu pa’s;

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou m‹e brasileira, desde que


qualquer deles esteja a servi•o da Repœblica Federativa do Brasil;

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de m‹e brasileira, desde


que sejam registrados em reparti•‹o brasileira competente ou venham a
residir na Repœblica Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo,
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;

No art. 12, inciso I, est‹o as hip—teses de aquisi•‹o de nacionalidade


origin‡ria; em outras palavras, Ž esse dispositivo que define quem s‹o os
brasileiros natos. Tente memoriz‡-las, caro (a) aluno (a), pois elas s‹o
constantemente cobradas nos concursos em sua literalidade.

Na al’nea ÒaÓ, Ž percept’vel que a Constitui•‹o adotou o critŽrio Òjus soliÓ,


considerando brasileiro nato qualquer pessoa nascida em territ—rio
nacional, mesmo que de pais estrangeiros. Entretanto, h‡ uma exce•‹o: se o
nascido no Brasil for filho de estrangeiros que estejam a servi•o de seu Pais,
n‹o ser‡ brasileiro nato.

Vamos a dois exemplos para ilustrar melhor esse dispositivo!

Suponha que Diego e Martha, casal de argentinos, venha ao Brasil passar suas
fŽrias. Martha est‡ gr‡vida, se empolga com umas ÒcaipirinhasÓ e acaba
entrando em trabalho de parto. Pronto! Nasceu Dieguito Jr! Trata-se de
nascido no Brasil, filho de pais estrangeiros que n‹o estavam a servi•o de seu
Pa’s (estavam de fŽrias!). Ser‡, ent‹o, brasileiro nato.

Agora, imagine que Vladislav Spetanovich, diplomata russo, venha servir aqui
no Brasil, junto com sua esposa Marianova Chevichenko. Marianova engravida
e nasce, aqui no Brasil, o filho do casal, Vladislav Jr. Apesar de ter nascido em
territ—rio brasileiro, Vladislav Jr. Ž filho de pais estrangeiros que estavam a
servi•o da Rœssia. Portanto, ele n‹o ser‡ brasileiro nato.

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Dados esses exemplos, podemos resumir a aplica•‹o da al’nea ÒaÓ,


vislumbrando tr•s situa•›es poss’veis:

a) Um filho de pai ou m‹e brasileiros, ou ambos, nasce em territ—rio


brasileiro: ser‡ brasileiro nato.

b) Um filho de pais estrangeiros, sendo que um deles, ou ambos,


estejam no Brasil a servi•o de seu pa’s nasce em territ—rio brasileiro:
n‹o ser‡ brasileiro nato. Cabe destacar que Ž uma regra
consuetudin‡ria de direito internacional que os filhos de agentes de
Estados estrangeiros, como diplomatas e c™nsules, sejam normalmente
exclu’dos da atribui•‹o de nacionalidade pelo critŽrio Òjus soliÓ.

Cuidado! Para que seja exclu’da a atribui•‹o de nacionalidade pelo


critŽrio Òjus soliÓ, Ž necess‡rio o cumprimento cumulativo de 2
(duas) condi•›es:

- ambos os pais serem estrangeiros e;

- algum dos pais ou ambos estarem a servi•o de seu pa’s.

Aten•‹o! Imagine o seguinte caso! Um diplomata italiano est‡ no


Brasil a servi•o de seu pa’s e casa-se com uma brasileira. Eles t•m um
filho que nasce em territ—rio brasileiro. O filho ser‡ brasileiro nato, pois
apenas uma das condi•›es para a exclus‹o do critŽrio Òjus soliÓ foi
cumprida (Òalgum dos pais ou ambos estarem a servi•o de seu pa’sÓ). A
outra condi•‹o (Òambos os pais serem estrangeirosÓ) n‹o foi cumprida.

c) Um filho de estrangeiros que n‹o est‹o a servi•o de seu pa’s nasce


em territ—rio brasileiro: ser‡ brasileiro nato.

Para finalizar os coment‡rios sobre a al’nea ÒaÓ, vale destacar que o conceito
de territ—rio brasileiro abrange, alŽm das terras delimitadas pelas fronteiras
geogr‡ficas, o mar territorial e espa•o aŽreo.

Na al’nea ÒbÓ, a Constitui•‹o estabelece que s‹o brasileiros natos os nascidos


no estrangeiro, de pai brasileiro ou m‹e brasileira, desde que qualquer deles
esteja a servi•o da Repœblica Federativa do Brasil. O legislador constituinte
adotou, aqui, o critŽrio Òjus sanguinisÓ, prevendo, todavia um requisito
adicional: o fato de qualquer um dos pais (ou ambos) estar a servi•o da
Repœblica Federativa do Brasil, o que significa qualquer servi•o prestado
por —rg‹o ou entidade da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Munic’pios.

Suponha, por exemplo, que Miguel, diplomata brasileiro, v‡ servir na


Alemanha. L‡ ele conhece a alem‹ Denise FŸrst e com ela tem um filho:

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Miguel Jr. Apesar de ter nascido no exterior, Miguel Jr. Ž filho de pai brasileiro
que estava a servi•o da Repœblica Federativa do Brasil. Ele ser‡, portanto,
brasileiro nato.

Resumindo o que disp›e a al’nea ÒbÓ, a aquisi•‹o de nacionalidade por essa


regra depende do cumprimento cumulativo de dois requisitos:

a) Ser filho de pai brasileiro ou m‹e brasileira, ou de ambos.

b) O pai ou a m‹e, ou ambos, dever‹o estar a servi•o do Brasil no


exterior.

ÒMas, professores, e se o indiv’duo que nascer no exterior for filho de pai ou


m‹e brasileira e estes n‹o estiverem a servi•o do Brasil?Ó

Excelente pergunta! Partimos a’ para a terceira hip—tese de aquisi•‹o de


nacionalidade origin‡ria, que est‡ prevista na al’nea ÒcÓ.

Na al’nea ÒcÓ, a Constitui•‹o estabelece que s‹o brasileiros natos Òos


nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de m‹e brasileira, desde que
sejam registrados em reparti•‹o brasileira competente ou venham a residir na
Repœblica Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileiraÓ.

Assim, h‡ duas possibilidades diferentes de aquisi•‹o de nacionalidade


quando o indiv’duo nasce no exterior, filho de pai brasileiro ou m‹e
brasileira que n‹o est‹o a servi•o do Brasil:

a) O indiv’duo Ž registrado em reparti•‹o brasileira competente ou;

b) O indiv’duo vem a residir no Brasil e opta, em qualquer tempo,


depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

Na primeira possibilidade, o registro do indiv’duo perante reparti•‹o


competente Ž condi•‹o suficiente para que ele seja considerado brasileiro
nato. Na segunda possibilidade, o indiv’duo precisa residir no Brasil e, alŽm
disso, manifestar sua vontade. ƒ o que a doutrina denomina nacionalidade
potestativa.

Ressalte-se que essa manifesta•‹o de vontade somente poder‡ ocorrer ap—s a


maioridade. Destaque-se que a op•‹o pela nacionalidade brasileira dever‡,
nesse œltimo caso, ser feita em ju’zo, em processo que tramita perante a
Justi•a Federal.

ÒE se o filho de brasileiros que n‹o estejam a servi•o do Brasil e que tenha


nascido no exterior vier a residir no pa’s ainda enquanto menor? Qual ser‡ sua
nacionalidade?Ó

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Excelente pergunta! Nesse caso, o menor ser‡ considerado brasileiro


nato. Entretanto, a aquisi•‹o definitiva de sua nacionalidade depender‡ de
sua manifesta•‹o ap—s a maioridade. Uma vez tendo sido atingida a
maioridade, fica suspensa a condi•‹o de brasileiro nato, enquanto n‹o for
efetivada a op•‹o pela nacionalidade brasileira. A maioridade passa a ser,
ent‹o, condi•‹o suspensiva da nacionalidade brasileira atŽ o momento em
que for feita a op•‹o.

(MPT Ð 2015) A nacionalidade potestativa ser‡ incorporada


pelo indiv’duo se for registrado em reparti•‹o brasileira no
exterior e vier a residir no Brasil antes da maioridade.

Coment‡rios:

A nacionalidade potestativa ser‡ adquirida quando o indiv’duo


nasce no exterior, filho de pai brasileiro ou m‹e brasileira, e
n‹o Ž registrado em reparti•‹o brasileira competente. A’,
ele vem a residir no Brasil e opta, em qualquer tempo,
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira. Quest‹o errada.

(PC / DF Ð 2015) Suponha-se que Ant™nio tenha nascido no


estrangeiro, sendo filho de pai brasileiro e m‹e estrangeira.
Nesse caso, Ant™nio poder‡ optar, em qualquer tempo, depois
de atingir dezoito anos de idade, pela nacionalidade brasileira
origin‡ria, desde que venha residir no Brasil.

Coment‡rios:

ƒ exatamente isso! Ant™nio se enquadra na hip—tese do art.


12, I, al’nea ÒcÓ. S‹o brasileiros natos os nascidos no
estrangeiro de pai brasileiro ou de m‹e brasileira, desde que
sejam registrados em reparti•‹o brasileira competente ou
venham a residir na Repœblica Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira. Quest‹o correta.

(DPE / RO Ð 2015) Ernesto, filho de pais brasileiros, nascido


e registrado na Repœblica do Paraguai, ao atingir a
maioridade, decide vir para o Brasil. Ao chegar neste Pa’s,
consulta um Defensor Pœblico a respeito dos seus direitos. ƒ
correto afirmar que Ernesto Ž considerado brasileiro nato pelo
simples fato de seus pais serem brasileiros.

Coment‡rios:

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De jeito nenhum! O simples fato de ser filho de brasileiros n‹o


faz com que Ernesto seja brasileiro nato. Ernesto ser‡
brasileiro nato se vier a residir no Brasil e optar, em qualquer
tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira. Quest‹o errada.

(SSP / AM Ð 2015) Peter, filho de um casal austr’aco,


nasceu no territ—rio brasileiro quando seus pais aqui estavam
a servi•o da Embaixada da çustria. Ap—s o seu nascimento,
permaneceu no Brasil por cerca de dez anos, atŽ que a fam’lia
retornou ao Pa’s de origem. Como Peter passou a ter s—lidos
la•os afetivos com o Brasil, sendo frequentes as suas viagens
a passeio para este Pa’s, tomou a decis‹o de candidatar-se a
um cargo eletivo que Ž privativo de brasileiro nato. ƒ poss’vel
afirmar que Peter somente pode ser considerado brasileiro
nato caso sua fam’lia tenha providenciado o seu registro de
nascimento no Brasil, enquanto aqui residiu.

Coment‡rios:

Apesar de ter nascido no Brasil, Peter n‹o ser‡ brasileiro


nato. Isso porque ele Ž filho de pais estrangeiros que estavam
no Brasil a servi•o de seu Pa’s (no caso, a çustria). Quest‹o
errada.

Dando continuidade ˆ an‡lise do art. 12, que tal verificarmos as condi•›es


para a aquisi•‹o secund‡ria (derivada) da nacionalidade?

Art. 12. S‹o brasileiros:

(...)

II - naturalizados:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos


origin‡rios de pa’ses de l’ngua portuguesa apenas resid•ncia por um ano
ininterrupto e idoneidade moral;

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Repœblica


Federativa do Brasil h‡ mais de quinze anos ininterruptos e sem condena•‹o
penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.

Observe que, no Brasil, a aquisi•‹o de nacionalidade derivada somente se dar‡


por manifesta•‹o do interessado (ou seja, ser‡ sempre expressa),
mediante naturaliza•‹o.

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Na al’nea ÒaÓ, temos a hip—tese de naturaliza•‹o ordin‡ria, concedida aos


estrangeiros que cumpram os requisitos descritos em lei (Lei da Migra•‹o).
No caso de estrangeiros origin‡rios de pa’ses de l’ngua portuguesa, o
processo de naturaliza•‹o Ž facilitado, sendo apenas exigidos dois requisitos:

a) resid•ncia no Brasil por um ano ininterrupto;

b) idoneidade moral.

Cabe destacar, entretanto, que o mero cumprimento dos requisitos n‹o


assegura ao estrangeiro a concess‹o da nacionalidade brasileira. A concess‹o
da naturaliza•‹o ordin‡ria Ž ato discricion‡rio do Chefe do Poder Executivo,
ou seja, depende de uma an‡lise quanto ˆ conveni•ncia e ˆ oportunidade por
parte deste.

Na al’nea ÒbÓ, est‡ prevista a naturaliza•‹o extraordin‡ria, que depende


do cumprimento de 3 (tr•s) requisitos:

a) Resid•ncia ininterrupta no Brasil por mais de quinze anos;

b) Aus•ncia de condena•‹o penal;

c) Requerimento do interessado.

Ao contr‡rio do que ocorre na naturaliza•‹o ordin‡ria, cumpridos esses tr•s


requisitos, o interessado tem direito subjetivo ˆ nacionalidade brasileira.
Portanto, esta n‹o pode ser negada pelo Chefe do Executivo; trata-se de ato
vinculado do Presidente da Repœblica.

O STF j‡ referendou esse entendimento. No caso levado ˆ aprecia•‹o da


Corte, uma estrangeira que residia h‡ mais de 15 anos ininterruptos no Brasil
e sem condena•‹o penal foi aprovada em concurso pœblico. Obtida a
aprova•‹o, apresentou requerimento da sua naturaliza•‹o extraordin‡ria. Na
data da posse, todavia, a sua nacionalidade ainda n‹o tinha sido reconhecida
pelo Estado brasileiro. Diante dessa situa•‹o, seria nula a posse no cargo
pœblico?

Segundo o STF, o reconhecimento da naturaliza•‹o extraordin‡ria pelo


Poder Executivo gera efeitos declarat—rios (e n‹o constitutivos),
retroagindo ˆ data de apresenta•‹o do requerimento. Assim, o requerimento
da naturaliza•‹o extraordin‡ria seria suficiente para viabilizar a posse no cargo
pœblico. 16

Por œltimo, Ž importante destacar entendimento do STF no sentido de que n‹o


se revela poss’vel, em nosso sistema jur’dico-constitucional, a aquisi•‹o da
                                                        
16
 RE 264.848-5 / TO. Rel. Min. Carlos Ayres Britto. Julgamento em 29.06.2005.

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nacionalidade brasileira jure matrimonii, vale dizer, como efeito direto e


imediato resultante do casamento civilÓ 17. Isso porque tal hip—tese n‹o foi
contemplada pela Constitui•‹o.

Esquematizando:

Os nascidos na Repœblica Federativa do Brasil, ainda que de


pais estrangeiros, desde que estes n‹o estejam a servi•o
de seu pa’s (critŽrio Òjus soliÓ)
Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou m‹e
brasileira, desde que qualquer deles esteja a servi•o da
Brasileiros Repœblica Federativa do Brasil (critŽrio Òjus sanguinisÓ)
natos Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de m‹e
brasileira, desde que sejam registrados em reparti•‹o
brasileira competente ou venham a residir na Repœblica
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois
de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira
(nacionalidade potestativa)
Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade
brasileira, exigidas aos origin‡rios de pa’ses de l’ngua
portuguesa apenas resid•ncia por um ano ininterrupto e
idoneidade moral (naturaliza•‹o ordin‡ria Ð concess‹o Ž
ato discricion‡rio do Presidente da Repœblica)
Brasileiros
Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na
naturalizados
Repœblica Federativa do Brasil h‡ mais de quinze anos
ininterruptos e sem condena•‹o penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira (naturaliza•‹o
extraordin‡ria Ð concess‹o Ž direito subjetivo do
interessado)

(MPT Ð 2015) A naturaliza•‹o extraordin‡ria apresenta


como requisitos: resid•ncia no Brasil h‡ quinze anos
ininterruptos, aus•ncia de condena•‹o penal, requerimento
do interessado e idoneidade moral.

Coment‡rios:

A idoneidade moral n‹o Ž requisito para a naturaliza•‹o


extraordin‡ria. Quest‹o errada.

(SEFAZ / PE Ð 2014) A naturaliza•‹o extraordin‡ria, que


beneficia qualquer estrangeiro que resida no Brasil h‡ mais
de quinze anos ininterruptos e sem condena•‹o penal,
depende de requerimento, cuja resposta, em caso positivo,
                                                        
17
 Ext 1.121, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 18-12-2009, Plen‡rio, DJE de 25-6-2010.  

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tem efeitos constitutivos.

Coment‡rios:

O reconhecimento da naturaliza•‹o extraordin‡ria gera


efeitos declarat—rios (e n‹o constitutivos). Quest‹o errada.

3- Portugueses Residentes no Brasil:

Art. 12...........................................................................................
(...)
¤ 1¼ Aos portugueses com resid•ncia permanente no Pa’s, se houver
reciprocidade em favor de brasileiros, ser‹o atribu’dos os direitos inerentes
ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constitui•‹o.

A Constitui•‹o Federal de 1988 estabelece condi•›es favor‡veis para os


portugueses, que receber‹o tratamento igual ao de um brasileiro
naturalizado. Para isso, todavia, Ž necess‡rio o cumprimento de dois
requisitos:

a) os portugueses dever‹o ter resid•ncia permanente no Brasil;

b) dever‡ haver reciprocidade de tratamento em favor dos


brasileiros, ou seja, Portugal dever‡ conferir os mesmos direitos aos
brasileiros que l‡ residam.

Veja que n‹o h‡ atribui•‹o de nacionalidade aos portugueses nem aos


brasileiros que residam em Portugal. O portugu•s vivendo com ‰nimo
permanente no Brasil continua portugu•s; o brasileiro vivendo em Portugal
continua brasileiro. O que existe Ž t‹o somente concess‹o de direitos inerentes
aos nacionais do Estado. Dessa forma, n‹o Ž necess‡rio que um portugu•s se
naturalize brasileiro para que possa gozar dos mesmos direitos que um
brasileiro naturalizado, pois, sem faz•-lo, j‡ deles pode usufruir.

4- Condi•‹o Jur’dica do Nacionalizado:

Segundo o art. 12, ¤ 2¼, CF/88, Òa lei n‹o poder‡ estabelecer distin•‹o entre
brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constitui•‹o.Ó
Em outras palavras, os brasileiros natos e os brasileiros naturalizados
devem ser tratados com isonomia. Somente poder‡ haver discrimina•‹o entre
um e outro nos casos previstos na pr—pria Constitui•‹o. Leis que

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discriminem entre brasileiros natos e naturalizados s‹o flagrantemente


inconstitucionais.

Uma das principais distin•›es entre brasileiros natos e naturalizados diz


respeito ˆ ocupa•‹o de alguns cargos, conforme previsto no art. 12, ¤ 3¼,
CF/88:

Art. 12............................................................................................
(...)
¤ 3¼ S‹o privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da Repœblica;
II - de Presidente da C‰mara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplom‡tica;
VI - de oficial das For•as Armadas;
VII - de Ministro de Estado da Defesa.

Os cargos acima fazem parte de uma lista taxativa, caro (a) aluno (a)! Quem
n‹o est‡ na lista n‹o precisa ser brasileiro nato para assumir o cargo.

Como decorar a lista? Achando a l—gica dela! Vamos ˆ explica•‹o...

O legislador constituinte buscou assegurar que o Presidente da Repœblica


fosse brasileiro nato para garantir a soberania nacional, ou seja, para garantir
que o Chefe do Executivo n‹o usaria o cargo para servir a interesses de outros
Estados. Para isso, tambŽm s— permitiu a brasileiros natos o acesso a cargos
que podem suceder o Presidente: Vice-Presidente da Repœblica, Presidente
da C‰mara dos Deputados, Presidente do Senado Federal e Ministros do
Supremo Tribunal Federal.

TambŽm em nome da defesa da soberania nacional, nosso constituinte


restringiu o acesso ˆ carreira diplom‡tica. Isso porque o diplomata
representa o Brasil em outros Estados, e poderia mais facilmente sucumbir aos
interesses destes se fosse naturalizado. Seria dif’cil para um argentino
naturalizado brasileiro celebrar um tratado que favorecesse o Brasil em
detrimento da Argentina, por exemplo.

A explica•‹o para o acesso somente de brasileiros natos aos dois œltimos


cargos Ž ainda mais —bvia! Somente o brasileiro nato pode ser oficial das
For•as Armadas ou Ministro do Estado da Defesa. Isso para diminuir o
risco de os ocupantes desses cargos favorecerem qualquer outra na•‹o em
caso de guerra. Imagine as For•as Armadas pedirem a um naturalizado que
bombardeie a terra em que nasceu! Dificilmente a ordem seria acatada, n‹o Ž
mesmo? E o Ministro da Defesa? Como planejaria usar as For•as Armadas

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brasileiras contra seus pr—prios conterr‰neos? Seu julgamento certamente


ficaria comprometido, com graves danos ˆ seguran•a do Brasil...

As bancas examinadoras adoram fazer pegadinhas sobre


esse tema. Vejamos, abaixo, alguns detalhes sobre os quais
voc•s devem ficar bastante atentos:

1) O Senador ou Deputado Federal n‹o precisa ser


brasileiro nato. Apenas devem ser brasileiros natos o
Presidente da C‰mara dos Deputados e o Presidente do
Senado Federal.

2) O œnico Ministro de Estado que deve ser brasileiro nato Ž


o Ministro da Defesa. Os outros Ministros podem ser
brasileiros naturalizados.

3) Os portugueses equiparados n‹o podem ocupar cargos


privativos de brasileiro nato. Isso porque eles recebem o
tratamento de brasileiro naturalizado.

H‡, ainda, outras distin•›es constitucionais entre brasileiros natos e brasileiros


naturalizados:

a) O art.89, inciso VII, da CF/88 estabelece que 6 (seis) vagas do


Conselho de Repœblica, —rg‹o superior de consulta do Presidente da
Repœblica, foram reservadas para brasileiros natos.

b)  O art. 5¼, inciso LI, da CF/88 estabelece que os brasileiros natos n‹o
ser‹o, em hip—tese alguma, extraditados. J‡ os brasileiros
naturalizados poder‹o ser extraditados em caso de crime comum
cometido antes da naturaliza•‹o ou de comprovado envolvimento com
tr‡fico il’cito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

c) O art. 222 da CF/88 estabelece restri•›es ao direito de propriedade


de empresas jornal’sticas e de radiodifus‹o sonora e de sons e
imagens. S— poder‹o ser propriet‡rios desse tipo de empresa
brasileiros natos ou os naturalizados h‡ mais de 10 anos. Se essa
empresa for uma sociedade, pelo menos 70% do capital total e
votante dever‡ pertencer a brasileiros natos ou naturalizados h‡ mais
de 10 anos. Um brasileiro naturalizado h‡ menos de 10 anos tambŽm
n‹o poder‡ participar da gest‹o desse tipo de empresa.

(TJ / MG Ð 2015) S‹o privativos de brasileiros natos os


cargos de Presidente, Vice-Presidente da Repœblica;
Presidente da C‰mara dos Deputados; Presidente do Senado
Federal; Ministros dos Tribunais Superiores; Diplomatas de

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carreira; Oficial das For•as Armadas e Ministro de Estado da


Defesa.

Coment‡rios:

Pegadinha! Os cargos de Ministros dos Tribunais Superiores


n‹o s‹o privativos de brasileiro nato. Apenas os Ministros do
STF Ž que devem ser brasileiros natos. Quest‹o errada.

5- Perda da Nacionalidade:

A perda da nacionalidade Ž a extin•‹o do v’nculo patrial que liga o indiv’duo


ao Estado. No Brasil, a perda da nacionalidade ocorrer‡ nos termos do art. 12,
¤ 4¼, CF/88:

Art. 12............................................................................................
(...)
¤4¼ - Ser‡ declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturaliza•‹o, por senten•a judicial, em virtude de
atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade origin‡ria pela lei estrangeira;
b) de imposi•‹o de naturaliza•‹o, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condi•‹o para perman•ncia em seu
territ—rio ou para o exerc’cio de direitos civis;

Conforme Ž poss’vel depreender a partir da an‡lise do dispositivo supracitado,


h‡ duas hip—teses de perda da nacionalidade:

a) Cancelamento de naturaliza•‹o (art.12, ¤4¼, I): O cancelamento


de naturaliza•‹o ser‡ determinado por senten•a judicial, em virtude
de atividade nociva ao interesse nacional. Uma vez que tenha transitado
em julgado essa a•‹o, o indiv’duo somente poder‡ readquirir a
nacionalidade brasileira mediante uma a•‹o rescis—ria, n‹o sendo
poss’vel uma nova naturaliza•‹o. Destaque-se que, como n‹o poderia
deixar de ser, essa primeira hip—tese de perda de nacionalidade
somente se aplica a brasileiros naturalizados.

b) Aquisi•‹o de outra nacionalidade (art.12, ¤4¼, II): Essa segunda


hip—tese de perda de nacionalidade se aplica tanto a brasileiros natos
quanto a brasileiros naturalizados. ƒ o que a doutrina denomina de
perda-mudan•a ou de perda da nacionalidade por naturaliza•‹o
volunt‡ria. Destaque-se que a reaquisi•‹o de nacionalidade

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brasileira no caso de perda por naturaliza•‹o volunt‡ria ser‡ feita


mediante decreto do Presidente da Repœblica, se o indiv’duo estiver
domiciliado no Brasil.

Perder‡ a nacionalidade brasileira aquele que adquirir voluntariamente


outra nacionalidade, salvo nos seguintes casos:

- Reconhecimento de nacionalidade origin‡ria pela lei estrangeira.


Suponha, por exemplo, que Giani Canavarro (brasileiro nato) seja filho
de pai italiano e, portanto, tenha direito, pela lei italiana, a ser tambŽm
italiano nato. Veja que, nesse caso, a lei estrangeira est‡ reconhecendo
nacionalidade origin‡ria a Giani (afinal, ele ser‡ italiano nato). Portanto,
ao adquirir a nacionalidade italiana, Giani n‹o perder‡ a
nacionalidade brasileira. Ele ficar‡ com uma dupla nacionalidade
(polipatria)

- Imposi•‹o de naturaliza•‹o, pela norma estrangeira, ao brasileiro


residente em estado estrangeiro, como condi•‹o para perman•ncia em
seu territ—rio ou para o exerc’cio de direitos civis. Suponha que a lei de
um pa’s ÒXÓ determine que o indiv’duo somente poder‡ se casar com
uma nacional daquele pa’s caso obtenha sua naturaliza•‹o. Perceba que
a naturaliza•‹o est‡ sendo imposta como uma condi•‹o para o exerc’cio
de um direito civil (o casamento). Logo, esse indiv’duo, ao adquirir a
nacionalidade estrangeira, n‹o perder‡ a nacionalidade brasileira.
TambŽm nesse caso, o indiv’duo ficar‡ com dupla nacionalidade.

No MS 33.864/DF, o STF apreciou um caso bem


interessante. Uma brasileira nata havia se naturalizado
norte-americana, o que resultou na perda da
nacionalidade brasileira mediante Portaria do MinistŽrio
da Justi•a.

Os EUA pleitearam a extradi•‹o dessa mulher. Ela, ent‹o,


ingressou com mandado de seguran•a pedindo a revoga•‹o
da Portaria do MinistŽrio da Justi•a. Argumentou que a
obten•‹o da nacionalidade norte-americana tinha como
objetivo o pleno gozo de direitos civis, inclusive o de
moradia.

O STF denegou o mandado de seguran•a, reconhecendo a


possibilidade de extradi•‹o. Ficou consignado que, no
caso, a aquisi•‹o da nacionalidade norte-americana havia
ocorrido por livre e espont‰nea vontade, uma vez que ela j‡
tinha o green card, o que lhe assegurava o direito de
moradia e trabalho legal nos EUA.

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Com esse entendimento do STF, pode-se afirmar que Ž


poss’vel a extradi•‹o daquele que perdeu a condi•‹o
de brasileiro nato pela aquisi•‹o de outra
nacionalidade.

(MPT Ð 2015) Ser‡ declarada a perda da nacionalidade do


brasileiro que adquirir outra nacionalidade, salvo no caso de
imposi•‹o, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em
Estado estrangeiro, como condi•‹o para perman•ncia em seu
territ—rio ou para o fim de exerc’cio de direitos civis.

O brasileiro que adquirir outra nacionalidade perder‡ a


nacionalidade. Isso n‹o se aplica no caso de imposi•‹o de
naturaliza•‹o, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condi•‹o para
perman•ncia em seu territ—rio ou para o exerc’cio de
direitos civis. Quest‹o correta.

(PC / DF Ð 2015) Suponha-se que Carlos, brasileiro nato,


resida h‡ muitos anos no estrangeiro e precise adquirir a
nacionalidade estrangeira como condi•‹o de perman•ncia
naquele territ—rio. Nesse caso, se ele obtiver a referida
nacionalidade, perder‡ a nacionalidade brasileira.

Coment‡rios:

Na situa•‹o apresentada, Carlos n‹o perder‡ a nacionalidade


brasileira. Segundo o art. 12, ¤4¼, II, ÒbÓ, n‹o haver‡ perda
da nacionalidade no caso de imposi•‹o de naturaliza•‹o,
pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condi•‹o para perman•ncia em seu
territ—rio ou para o exerc’cio de direitos civis. Quest‹o
errada.

6- L’ngua e S’mbolos Oficiais:

S— para cobrirmos qualquer surpresa na prova, pe•o que leia o art. 13,
transcrito a seguir, que somente poder‡ ser pedido em sua literalidade.

Art. 13. A l’ngua portuguesa Ž o idioma oficial da Repœblica Federativa do


Brasil.
¤ 1¼ - S‹o s’mbolos da Repœblica Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as
armas e o selo nacionais.

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¤ 2¼ - Os Estados, o Distrito Federal e os Munic’pios poder‹o ter s’mbolos


pr—prios.

Quest›es Comentadas

1. Direitos Sociais

1. (VUNESP / TJ-SP Ð 2017) ƒ direito constitucional dos


trabalhadores urbanos e rurais:

a) remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio superior em, no m’nimo, trinta por


cento ˆ do servi•o normal.

b) seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a


indeniza•‹o a que este est‡ obrigado quando incorrer em dolo ou culpa.

c) assist•ncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento atŽ os 06


(seis) anos de idade em creches e prŽ-escolas.

d) licen•a ˆ gestante, sem preju’zo do emprego e do sal‡rio, com a dura•‹o de


cento e oitenta dias.

e) aviso prŽvio proporcional ao tempo de servi•o, no m‡ximo de trinta dias,


nos termos da lei.

Coment‡rios:

Letra A: errada. A remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio ser‡ superior em, no


m’nimo, cinquenta por cento ˆ do servi•o normal (art. 7¼, XVI, CF/88).

Letra B: correta. ƒ direito social dos trabalhadoras o seguro contra


acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indeniza•‹o a
que este est‡ obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa (art. 7¼, XXVIII,
CF/88)

Letra C: errada. A assist•ncia gratuita em creches e prŽ-escolas vai atŽ os 5


anos de idade (art. 7¼, XXV, CF/88).

Letra D: errada. A licen•a ˆ gestante tem dura•‹o de 120 dias (art. 7¼, XVIII,
CF/88).

Letra E: errada. O aviso prŽvio ser‡ de, no m’nimo, 30 dias (art. 7¼, XXI,
CF/88).

O gabarito Ž a letra B.

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2. (VUNESP/ Prefeitura de S‹o Paulo Ð 2016) Fulano da Silva tem


16 anos de idade e pretende conseguir um trabalho remunerado com
registro em carteira. Considerando o que disp›e o texto constitucional,
Ž correto afirmar que Fulano

a) somente poder‡ trabalhar, com essa idade, na condi•‹o de aprendiz.

b) n‹o poder‡ trabalhar legalmente, uma vez que a Constitui•‹o Federal pro’be
o trabalho de menores de dezessete anos.

c) poder‡ obter um trabalho formal, mas n‹o poder‡ trabalhar no per’odo


noturno nem em trabalho perigoso ou insalubre.

d) poder‡ trabalhar, normalmente, n‹o havendo qualquer restri•‹o quanto ao


tipo ou hor‡rio de trabalho.

e) poder‡ trabalhar formalmente, havendo somente restri•‹o quanto ao


trabalho perigoso.

Coment‡rios:

A Constitui•‹o Federal admite que o jovem de dezesseis anos trabalhe, mas


veda o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos
(art. 37, XXXIII, CF). O gabarito Ž a letra C.

3. (VUNESP/ TJ-SP Ð 2015) ƒ correto afirmar que a Constitui•‹o


Federal

a) inseriu a propriedade entre os direitos sociais.

b) garantiu aos trabalhadores o seguro desemprego, em caso de desemprego


volunt‡rio ou involunt‡rio.

c) conferiu direitos sociais diferenciados aos trabalhadores urbanos e rurais,


tendo em vista as particularidades do exerc’cio de cada um desses trabalhos.

d) possibilitou o trabalho noturno, perigoso ou insalubre apenas a maiores de


16 anos, proibindo-o aos maiores de 14 e menores de 16 anos que trabalham
na condi•‹o de aprendiz

e) inseriu entre os direitos dos trabalhadores a irredutibilidade do sal‡rio,


salvo, contudo, o disposto em conven•‹o ou acordo coletivo.

Coment‡rios:

Letra A: errada. Segundo o art. 6o da CF/88, s‹o direitos sociais a educa•‹o, a


saœde, a alimenta•‹o, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a

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seguran•a, a previd•ncia social, a prote•‹o ˆ maternidade e ˆ inf‰ncia, a


assist•ncia aos desamparados, na forma da Constitui•‹o. A propriedade n‹o
foi inserida entre os direitos sociais.

Letra B: errada. O seguro desemprego Ž assegurado somente em caso de


desemprego involunt‡rio.

Letra C: errada. A Carta Magna conferiu direitos sociais iguais aos


trabalhadores rurais e urbanos (art. 7o, ÒcaputÓ, CF).

Letra D: errada. A Constitui•‹o pro’be o trabalho noturno, perigoso ou


insalubre a menores de 18 (dezoito) e de qualquer trabalho a menores de 16
(dezesseis) anos, salvo na condi•‹o de aprendiz, a partir de quatorze anos.

Letra E: correta. ƒ o que prev• o art. 7¼, VI, CF/88.

O gabarito Ž a letra E.

4. (VUNESP/TJ SP Ð 2013) A Constitui•‹o Federal estabelece como


direito dos trabalhadores urbanos e rurais:

a) o dŽcimo terceiro sal‡rio, com base no vencimento b‡sico ou no valor da


aposentadoria.

b) o repouso semanal remunerado aos domingos.

c) o gozo de fŽrias anuais remuneradas com, no m‡ximo, um ter•o a mais do


que o sal‡rio normal.

d) a irredutibilidade do sal‡rio, salvo o disposto em contrato de trabalho.

e) a assist•ncia gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento atŽ 5


(cinco) anos de idade, em creches e prŽ-escolas.

Coment‡rios:

Letra A: errada. A CF/88 garante o direito ao dŽcimo terceiro sal‡rio com base
na remunera•‹o integral ou no valor da aposentadoria.

Letra B: errada. De acordo com a Constitui•‹o, o repouso semanal dar-se-‡


preferencialmente aos domingos. N‹o h‡ obriga•‹o de que seja nesse dia.

Letra C: errada. ƒ o contr‡rio. Garante-se o gozo de fŽrias anuais remuneradas


com, pelo menos, um ter•o a mais do que o sal‡rio normal.

Letra D: errada. A regra Ž a irredutibilidade do sal‡rio, salvo o disposto em


conven•‹o ou acordo coletivo, n‹o em contrato de trabalho.

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Letra E: correta. Fundamento: art. 7¼, XXV, CF.

5. (VUNESP/PC SP -2013) ƒ um direito do trabalhador urbano e


rural a remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio superior ˆ do normal,
no m’nimo, em:

a) cem por cento.

b) setenta por cento.

c) trinta por cento.

d) vinte por cento.

e) cinquenta por cento.

Coment‡rios:

A CF garante a remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio superior, no m’nimo, em


cinquenta por cento ˆ do normal (art. 7¼, XVI). O gabarito Ž a letra E.

6. (VUNESP/TJ SP Ð 2014) Assinale a alternativa em plena


harmonia com a Constitui•‹o Federal no que tange a direito dos
trabalhadores urbanos e rurais:

a) irredutibilidade do sal‡rio, nunca admitida sua diminui•‹o.

b) remunera•‹o pelo servi•o extraordin‡rio, que deve ser pelo menos um ter•o
superior ˆ do normal.

c) assist•ncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento atŽ cinco


anos de idade em creches e prŽ-escolas.

d) seguro-desemprego em qualquer hip—tese.

Coment‡rios:

Letra A: errada. Admite-se a redu•‹o do sal‡rio mediante conven•‹o coletiva


(art. 7¼, VI, CF).

Letra B: errada. A remunera•‹o pelo servi•o extraordin‡rio deve ser de pelo


menos cinquenta por cento superior ˆ do normal (art. 7¼, XVI, CF).

Letra C: correta. ƒ o que assegura o art. 7¼, IV, da Constitui•‹o Federal.

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Letra D: errada. O seguro-desemprego s— Ž devido no caso de desemprego


involunt‡rio (art. 7¼, II, CF).

O gabarito Ž a letra C.

7. (VUNESP/DESENVOLVESP Ð 2014) Visando a prote•‹o da mulher


nas rela•›es de trabalho, a Constitui•‹o Federal, no que diz respeito
aos direitos sociais, prescreve que

a) a concess‹o de licen•a ˆ gestante ser‡ de noventa dias, sem preju’zo do


sal‡rio e do emprego.

b) Ž facultativa a dispensa da trabalhadora gestante, durante a gravidez.

c) n‹o h‡ possibilidade de perman•ncia dos filhos da trabalhadora no local de


trabalho, durante o per’odo de amamenta•‹o.

d) deve haver a prote•‹o do mercado de trabalho da mulher, mediante


incentivos espec’ficos, nos termos da lei.

e) Ž facultativa a diferen•a de sal‡rio, de critŽrios de admiss‹o e de exerc’cio


de fun•›es por motivo de sexo.

Coment‡rios:

Letra A: errada. A dura•‹o da licen•a ˆ gestante Ž de cento e vinte dias (art.


7¼, XVIII, CF).

Letra B: errada. O art. 10 do ADCT assegura que atŽ que seja promulgada a lei
complementar a que se refere o art. 7¼, I, da Constitui•‹o, fica vedada a
dispensa arbitr‡ria ou sem justa causa da empregada gestante, desde a
confirma•‹o da gravidez atŽ cinco meses ap—s o parto.

Letra C: errada. N‹o h‡ tal previs‹o na Constitui•‹o.

Letra D: correta. ƒ o que prev• o art. 7¼, XX, da CF/88.

Letra E: errada. A Carta Magna (art. 7¼, XXX) pro’be a diferen•a de sal‡rios,
de exerc’cio de fun•›es e de critŽrio de admiss‹o por motivo de sexo, idade,
cor ou estado civil.

O gabarito Ž a letra D.

8. (VUNESP/TJ SP Ð 2012) Himeneu Silva tem 17 anos de idade,


casado e pai de dois filhos menores de cinco anos, e acabou de ser
contratado para trabalhar na Empresa ABC Ltda. Com base nos dados

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fornecidos, assinale a alternativa que contempla corretamente um


direito de Himeneu previsto na Constitui•‹o Federal.

a) Se for trabalhar no per’odo noturno, dever‡ perceber remunera•‹o superior


ˆ do diurno em, no m’nimo, cinquenta por cento.

b) Participa•‹o nos lucros, ou resultados, vinculada ˆ sua remunera•‹o, e,


excepcionalmente, participa•‹o na gest‹o da empresa, conforme definido em
lei.

c) Seguro contra acidentes de trabalho, a ser custeado em igual propor•‹o


entre Himeneu e a empresa ABC Ltda.

d) Garantia de que n‹o poder‡ exercer trabalho perigoso ou insalubre.

e) Sal‡rio fam’lia, independentemente da renda que ir‡ auferir como


empregado.

Coment‡rios:

Letra A: errada. A CF/88 apenas exige remunera•‹o do trabalho noturno


superior ˆ do diurno, n‹o fixa um percentual m’nimo.

Letra B: errada. A participa•‹o nos lucros ou resultados dever‡ ser


desvinculada da remunera•‹o.

Letra C: errada. O seguro contra acidentes de trabalho Ž devido pelo


empregador somente.

Letra D: correta. A Carta Magna pro’be o trabalho noturno, perigoso ou


insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis
anos, salvo na condi•‹o de aprendiz, a partir de quatorze anos.

Letra E: errada. O sal‡rio fam’lia Ž devido apenas no caso de a renda do


trabalhador ser baixa, nos termos da lei.

O gabarito Ž a letra D.

9. (VUNESP/PC SP Ð 2014) Assinale a alternativa que est‡ de


acordo com as disposi•›es constitucionais sobre os direitos do
trabalhador brasileiro.

a) ƒ proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito


anos.

b) ƒ direito do trabalhador jornada de doze horas para o trabalho realizado em


turnos ininterruptos de revezamento.

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c) O trabalhador tem o direito de gozo de fŽrias anuais remuneradas com, pelo


menos, duas vezes mais do que o sal‡rio normal.

d) O trabalhador tem direito a receber, anualmente, o dŽcimo terceiro e o


dŽcimo quarto sal‡rios.

e) ƒ proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na


condi•‹o de aprendiz, a partir de doze anos.

Coment‡rios:

Letra A correta e letra E errada. A Constitui•‹o (art. 7¼, XXXIII) pro’be


o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condi•‹o de aprendiz, a partir
de quatorze anos.

Letra B: errada. A Carta Magna (art. 7¼, XIV) assegura jornada de seis horas
para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negocia•‹o coletiva.

Letra C: errada. A CF/88 garante o gozo de fŽrias anuais remuneradas com,


pelo menos, um ter•o a mais do que o sal‡rio normal (art. 7¼, XVII, CF).

Letra D: errada. A Constitui•‹o n‹o assegura o dŽcimo quarto sal‡rio (art. 7¼,
VIII).

O gabarito Ž a letra A.

10. (VUNESP/DPE MS Ð 2012) Tendo em vista o disposto na Carta


Magna brasileira, assinale a alternativa que contempla corretamente
os direitos sociais garantidos aos trabalhadores.

a) Participa•‹o nos lucros, ou resultados, vinculada ˆ remunera•‹o, e,


excepcionalmente, participa•‹o na gest‹o da empresa, conforme definido em
lei; seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a
indeniza•‹o a que este est‡ obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

b) Dura•‹o do trabalho normal n‹o superior a oito horas di‡rias e quarenta e


quatro horas semanais, facultada a compensa•‹o de hor‡rios e a redu•‹o da
jornada, mediante acordo ou conven•‹o coletiva de trabalho; prote•‹o em face
da automa•‹o, na forma da lei.

c) Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de


revezamento, salvo negocia•‹o coletiva; remunera•‹o do servi•o
extraordin‡rio superior, no m’nimo, em sessenta por cento ˆ do normal.

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d) Prote•‹o do sal‡rio na forma da lei, constituindo crime sua reten•‹o dolosa;


sal‡rio-fam’lia pago em raz‹o do dependente de todo trabalhador, nos termos
da lei.

Coment‡rios:

Letra A: errada. A participa•‹o nos lucros ou resultados Ž desvinculada da


remunera•‹o (art. 7o, XI, CF).

Letra B: correta. A alternativa reproduz os incisos XIII e XXVII do art. 7o da


Constitui•‹o.

Letra C: errada. A remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio Ž superior, no


m’nimo, em cinquenta por cento ˆ do normal (art. 7o, XVI, CF).

Letra E: errada. O sal‡rio-fam’lia Ž devido apenas ao dependente do


trabalhador de baixa renda, nos termos da lei (art. 7o, XII, CF).

A letra B Ž o gabarito.

11. (VUNESP/Funda•‹o CASA Ð 2010) O sal‡rio-m’nimo dever‡ ser


fixado em lei, sendo:

a) regionalizado, por pisos de categorias, havendo diferen•a de sal‡rios, para


exerc’cio de fun•›es e de critŽrio de admiss‹o por motivo de sexo, idade, cor
ou estado civil.

b) prote•‹o contra despedida arbitr‡ria ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, servindo, outrossim, de indeniza•‹o compensat—ria.

c) demais, a remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio, no m’nimo, sessenta por


cento superior ˆ do normal para jornadas de seis horas de trabalho.

d) que nele se incluir‡ o repouso semanal remunerado, preferencialmente aos


s‡bados.

e) nacionalmente unificado, capaz de atender ˆs necessidades vitais b‡sicas do


trabalhador e ˆs de sua fam’lia, com reajustes peri—dicos que lhe preservem o
poder aquisitivo.

Coment‡rios:

Letra A: errada. O sal‡rio m’nimo Ž nacional, n‹o regional. AlŽm disso, a


Constitui•‹o pro’be diferen•a de sal‡rios, de exerc’cio de fun•›es e de critŽrio
de admiss‹o por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.

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Letra B: errada. A CF/88 veda a vincula•‹o do sal‡rio m’nimo para qualquer


fim, o que impede que ele sirva de par‰metro para indeniza•‹o compensat—ria.
A indeniza•‹o compensat—ria de que trata a Constitui•‹o em seu art. 7¼, inciso
I, ser‡ fixada em lei complementar.

Letra C: errada. A remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio dever‡ ser superior,


no m’nimo, em cinquenta por cento ˆ do normal.

Letra D: errada. O repouso semanal remunerado dar-se-‡ preferencialmente


aos domingos.

A letra E Ž o gabarito da quest‹o. Fundamento: art. 7¼, IV, CF.

12. (VUNESP/CEAGESP Ð 2010) ƒ um direito constitucional dos


trabalhadores urbanos e rurais:

a) irredutibilidade do sal‡rio, salvo o disposto em conven•‹o ou acordo


coletivo.

b) garantia de sal‡rio, nunca superior ao m’nimo, para os que percebem


remunera•‹o vari‡vel.

c) participa•‹o nos lucros e resultados, vinculada ˆ remunera•‹o, e,


excepcionalmente, participa•‹o na gest‹o da empresa, conforme definido em
lei.

d) sal‡rio-fam’lia pago em raz‹o do dependente do trabalhador de qualquer


renda, nos termos da lei.

e) remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio superior, no m’nimo, em quarenta


por cento ˆ do normal.

Coment‡rios:

Letra B: errada. O sal‡rio dos que percebem remunera•‹o vari‡vel n‹o pode
ser inferior ao m’nimo.

Letra C: errada. A participa•‹o nos lucros e resultados Ž desvinculada da


remunera•‹o.

Letra D: errada. O sal‡rio-fam’lia Ž pago somente em raz‹o do dependente do


trabalhador de baixa renda, nos termos da lei.

Letra E: errada. A remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio deve ser superior, no


m’nimo, em cinquenta por cento ˆ do normal.

O gabarito Ž a letra A. Fundamento: art. 7¼, VI, CF.

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13. (VUNESP/OAB-AM) Dentre os direitos dos trabalhadores urbanos


e rurais acolhidos pela Constitui•‹o Federal, encontra-se a
irredutibilidade de sal‡rio, n‹o podendo ser excepcionada nem por
conven•‹o ou acordo coletivo.

Coment‡rios:

A Constitui•‹o permite, sim, a redu•‹o de sal‡rio mediante conven•‹o ou


acordo coletivo. Quest‹o errada.

14. (VUNESP/Unesp - 2012) A Constitui•‹o da Repœblica garante,


expressamente, aos trabalhadores, urbanos e rurais, alŽm de outros
direitos, a dura•‹o do trabalho normal:

a) n‹o inferior a oito horas di‡rias e n‹o superior a quarenta e quatro horas
semanais.

b) superior a seis horas di‡rias e n‹o inferior a quarenta horas semanais.

c) n‹o superior a oito horas di‡rias e quarenta e quatro horas semanais.

d) n‹o inferior a oito horas di‡rias e quarenta e quatro horas semanais.

e) n‹o superior a seis horas di‡rias e n‹o inferior a quarenta horas semanais.

Coment‡rios:

A Constitui•‹o prev• a dura•‹o do trabalho normal n‹o superior a oito horas


di‡rias e quarenta e quatro semanais (art. 7¼, XIII, CF). A letra C Ž o gabarito.

15. (VUNESP/OAB-AM - 2002) Dentre os direitos dos trabalhadores


urbanos e rurais acolhidos pela Constitui•‹o Federal, encontra-se o
repouso semanal remunerado sempre aos domingos, salvo previs‹o
em conven•‹o ou acordo coletivo.

Coment‡rios:

O repouso semanal remunerado Ž assegurado preferencialmente (e n‹o


sempre!) aos domingos. Quest‹o errada.

16. (VUNESP/DPE-MS - 2008) ƒ direito fundamental do trabalhador


assist•ncia gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento atŽ
sete anos de idade em creches e prŽ-escolas.

Coment‡rios:

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A CF/88 assegura esse direito atŽ que a crian•a tenha 5 (cinco) anos de idade.
Quest‹o errada.

17. (VUNESP/DPE-MS - 2008) A lei poder‡ exigir autoriza•‹o do


Estado para a funda•‹o de sindicato, inclusive o registro no —rg‹o
competente, vedadas ao Poder Pœblico, porŽm, a interfer•ncia e a
interven•‹o na organiza•‹o sindical.

Coment‡rios:

Pelo contr‡rio! Versa o inciso I do art. 8¼ da Constitui•‹o que a lei n‹o poder‡
exigir autoriza•‹o do Estado para a funda•‹o de sindicato. A segunda parte do
enunciado est‡ perfeita: veda-se ao Poder Pœblico a interfer•ncia e a
interven•‹o na organiza•‹o sindical. Quest‹o errada.

18. (VUNESP/DPE-MS - 2008) Nas empresas com mais de cem


empregados Ž assegurada a elei•‹o de um representante destes com a
finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os
empregadores.

Coment‡rios:

Esse direito Ž assegurado nas empresas com mais de duzentos empregados,


n‹o cem. Quest‹o errada.

19. (FGV/TJ-AM Ð 2013) Com rela•‹o aos direitos dos trabalhadores,


segundo o art. 7¼ da Constitui•‹o Federal/88, analise as afirmativas a
seguir.

I. Garantia de sal‡rio‐m’nimo, fixado em lei, definido por regi›es


geoecon™micas, capaz de atender suas necessidades vitais b‡sicas.

II. Garantia de remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio superior, no m’nimo, em


cinquenta por cento ˆ do normal.

III. Garantia de sal‡rios e de critŽrios de admiss‹o iguais, sendo vedada a


discrimina•‹o por sexo, cor ou estado civil.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

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e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Coment‡rios:

Item I: errado. O inciso IV do art. 7¼ da Constitui•‹o prev• como direitos dos


trabalhadores o Òsal‡rio m’nimo, fixado em lei, nacionalmente unificado,
capaz de atender a suas necessidades vitais b‡sicas e ˆs de sua fam’lia com
moradia, alimenta•‹o, educa•‹o, saœde, lazer, vestu‡rio, higiene, transporte e
previd•ncia social, com reajustes peri—dicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vincula•‹o para qualquer fimÓ.

Item II: correto. ƒ o que prev• o inciso XVI do art. 7¼ da CF/88.

Item III: correto. O inciso XXX do art. 7¼ da Constitui•‹o garante aos


trabalhadores a Òproibi•‹o de diferen•a de sal‡rios, de exerc’cio de fun•›es e
de critŽrio de admiss‹o por motivo de sexo, idade, cor ou estado civilÓ.

O gabarito Ž a letra D.

20. (FGV/TJ-AM Ð 2013) Dentre os direitos sociais dos trabalhadores,


previstos na Constitui•‹o, n‹o se inclui:

a) a participa•‹o nos lucros ou resultados, desvinculada da remunera•‹o.

b) dura•‹o do trabalho n‹o superior a 40 horas semanais.

c) a proibi•‹o de diferen•a de sal‡rios por motivo de sexo, idade, cor ou estado


civil.

d) a proibi•‹o de trabalho noturno a menores de 18 anos.

e) a extens‹o do fundo de garantia do tempo de servi•o ao empregado rural.

Coment‡rios:

Letra A: correta. ƒ direito dos trabalhadores participa•‹o nos lucros, ou


resultados, desvinculada da remunera•‹o, e, excepcionalmente, participa•‹o
na gest‹o da empresa, conforme definido em lei (art. 7¼, XI, CF).

Letra B: errada. A Carta Magna prev• que a dura•‹o do trabalho normal n‹o
ser‡ a oito horas di‡rias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensa•‹o de hor‡rios e a redu•‹o da jornada, mediante acordo ou
conven•‹o coletiva de trabalho (art. 7¼, XIII, CF).

Letra C: correta. ƒ direito dos trabalhadores a proibi•‹o de diferen•a de


sal‡rios, de exerc’cio de fun•›es e de critŽrio de admiss‹o por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil (art. 7¼, XXX, CF).

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Letra D: correta. No inciso XXXIII do art. 7¼ da Constitui•‹o, esta pro’be o


trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e qualquer
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condi•‹o de aprendiz, a partir
de quatorze anos.

Letra E: correta. O fundo de garantia do tempo de servi•o Ž direito dos


trabalhadores urbanos e rurais (art. 7¼, III, CF).

O gabarito Ž a letra B.

21. (FGV / TJ-AM Ð 2013) Em rela•‹o ao disposto na Constitui•‹o da


Repœblica Federativa do Brasil acerca dos direitos sociais dos
trabalhadores, assinale a afirmativa incorreta.

a) ƒ vedada a dispensa do empregado sindicalizado eleito para cargo de


representa•‹o ou dire•‹o sindical, ainda que como suplente, atŽ um ano ap—s
o final do mandato, salvo nos casos de redu•‹o justificada do nœmero de
empregados.

b) A lei n‹o poder‡ exigir autoriza•‹o do Estado para a funda•‹o de sindicato,


ressalvado o registro no —rg‹o competente, vedadas ao Poder Pœblico a
interfer•ncia e a interven•‹o na organiza•‹o sindical.

c) ƒ obrigat—ria a participa•‹o dos sindicatos nas negocia•›es coletivas de


trabalho.

d) ƒ assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir


sobre a oportunidade de exerc•-lo e sobre os interesses que devam, por meio
dele, defender.

e) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais


da categoria.

Coment‡rios:

Letra A: errada. Segundo o art. 8¼, VIII, CF/88, Ž vedada a dispensa do


empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de dire•‹o
ou representa•‹o sindical e, se eleito, ainda que suplente, atŽ um ano ap—s o
final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

Letra B: correta. ƒ isso mesmo! A lei n‹o pode exigir autoriza•‹o estatal para
que seja fundado o sindicato, ressalvado o registro no —rg‹o competente. O
Poder Pœblico n‹o pode interferir/intervir na organiza•‹o sindical.

Letra C: correta. De fato, Ž obrigat—ria a participa•‹o dos sindicatos nas


negocia•›es coletivas de trabalho (art.8¼, VI).

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Letra D: correta. A CF/88 garante o direito de greve aos trabalhadores,


atribuindo-lhes o poder de decidir sobre a oportunidade de exerc•-lo e sobre
os interesses que devam, por meio dele, defender.

Letra E: correta. Segundo o art. 8¼, III, ao sindicato cabe a defesa dos
direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em
quest›es judiciais ou administrativas.

O gabarito Ž a letra A.

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2. Nacionalidade

22. (VUNESP / TJ-SP Ð 2017) Maria, brasileira, estava gr‡vida


quando viajou para a Alemanha. Em virtude de complica•›es de saœde,
seu beb• nasceu antes do tempo, quando Maria ainda estava na
Alemanha. Considerando apenas os dados apresentados, pode-se
afirmar que, nos termos da Constitui•‹o Federal, o filho de Maria ser‡
considerado:

a) brasileiro nato, pois Maria Ž brasileira.

b) brasileiro nato, bastando que o pai do beb• tambŽm seja brasileiro, nato ou
naturalizado.

c) brasileiro naturalizado desde que opte, em qualquer tempo, depois de


atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

d) brasileiro nato, bastando que venha a residir na Repœblica Federativa do


Brasil.

e) brasileiro nato se Maria estiver, na Alemanha, a servi•o da Repœblica


Federativa do Brasil.

Coment‡rios:

Na situa•‹o apresentada, o beb• nasceu no exterior. Logo, h‡ duas


possibilidades de ele ser brasileiro nato:

a) Se Maria estivesse a servi•o da Repœblica Federativa do Brasil.


Segundo o art. 12, I, al’nea ÒbÓ, s‹o brasileiros natos Òos nascidos no
estrangeiro, de pai brasileiro ou m‹e brasileira, desde que qualquer deles
esteja a servi•o da Repœblica Federativa do BrasilÓ.

b) Caso o beb• seja registrado em reparti•‹o brasileira competente ou


venha a residir no Brasil e opte, ap—s atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira. Segundo o art. 12, I, al’nea ÒcÓ, s‹o brasileiros
natos Òos nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de m‹e brasileira, desde
que sejam registrados em reparti•‹o brasileira competente ou venham a
residir na Repœblica Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois
de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileiraÓ.

Feitos esses coment‡rios, analisemos cada uma das assertivas.

Letra A: errada. O simples fato de Maria ser brasileira n‹o Ž suficiente para
que seu filho seja brasileiro nato, uma vez que ele nasceu no exterior.

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Letra B: errada. O fato de ambos os pais serem brasileiros n‹o Ž


suficiente para que seu filho seja brasileiro nato, uma vez que ele nasceu no
exterior.

Letra C: errada. A naturaliza•‹o ocorre nas hip—teses previstas no art. 12, II,
CF/88:

Art. 12. S‹o brasileiros:

(É)

II Ð naturalizados:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos


origin‡rios de pa’ses de l’ngua portuguesa apenas resid•ncia por um ano
ininterrupto e idoneidade moral;

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Repœblica


Federativa do Brasil h‡ mais de quinze anos ininterruptos e sem condena•‹o
penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.

Letra D: errada. Para ser brasileiro nato, n‹o basta que o filho de Maria venha
a residir na Repœblica Federativa do Brasil. AlŽm disso, ele dever‡ optar, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira.

Letra E: correta. Caso Maria esteja na Alemanha a servi•o do Brasil, seu filho
ser‡ brasileiro nato.

O gabarito Ž a letra E.

23. (VUNESP/ PC-CE Ð 2015) Considerando as disposi•›es


constitucionais a respeito da nacionalidade, assinale a alternativa
correta.

a) Aos estrangeiros com resid•ncia permanente no Pa’s, se houver


reciprocidade em favor de brasileiros, ser‹o atribu’dos os direitos inerentes ao
brasileiro.

b) S‹o brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou m‹e


brasileira, desde que qualquer deles esteja a servi•o da Repœblica Federativa
do Brasil.

c) S‹o brasileiros natos os nascidos na Repœblica Federativa do Brasil, ainda


que de pais estrangeiros, desde que estes estejam a servi•o de seu pa’s.

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d) S‹o brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade,


residentes na Repœblica Federativa do Brasil h‡ mais de dez anos ininterruptos
e sem condena•‹o penal

e) S‹o brasileiros naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a


nacionalidade brasileira, exigido aos origin‡rios de pa’ses de l’ngua portuguesa
apenas idoneidade moral.

Coment‡rios:

Letra A: errada. Essa previs‹o s— se aplica aos portugueses, n‹o a todos os


estrangeiros (art. 12, ¤ 1o, CF).

Letra B: correta. ƒ o que prev• o art. 12, I, ÒbÓ, da Constitui•‹o.

Letra C: errada. S‹o brasileiros natos os nascidos na Repœblica Federativa do


Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes n‹o estejam a
servi•o de seu pa’s (art. 12, I, ÒaÓ, CF).

Letra D: errada. S‹o brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer


nacionalidade, residentes na Repœblica Federativa do Brasil h‡ mais de quinze
anos ininterruptos e sem condena•‹o penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira (art. 12, II, ÒbÓ, CF).

Letra E: errada. S‹o brasileiros naturalizados os que, na forma da lei,


adquiram a nacionalidade brasileira, exigido aos origin‡rios de pa’ses de l’ngua
portuguesa apenas resid•ncia por um ano ininterrupto e idoneidade moral
(art. 12, II, ÒaÓ, CF).

O gabarito Ž a letra B.

24. (VUNESP/TJ SP Ð 2013) ƒ (S‹o) cargo (s) eletivo(s) privativo(s)


de brasileiros:

a) natos ou naturalizados o cargo de Presidente do Senado Federal.

b) natos ou naturalizados o cargo de Presidente da C‰mara dos Deputados.

c) natos o cargo de Presidente das Casas Legislativas (C‰mara dos Deputados


e Senado Federal).

d) natos os cargos de Deputado Federal e de Senador da Repœblica.

Coment‡rios:

Cobra-se o conhecimento do art. 12, ¤ 3¼, da CF/88, segundo o qual:

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¤ 3¼ S‹o privativos de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da Repœblica;

II - de Presidente da C‰mara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplom‡tica;

VI - de oficial das For•as Armadas;

VII - de Ministro de Estado da Defesa.

Trata-se de uma lista taxativa. Quem n‹o est‡ na lista n‹o precisa ser
brasileiro nato para assumir o cargo. A letra C Ž o gabarito.

25. (VUNESP/ TJ SP Ð 2010) Conforme a Constitui•‹o Federal, Ž


privativo de brasileiro nato o cargo de

a) Senador da Repœblica.

b) Deputado Federal.

c) Ministro do Supremo Tribunal Federal.

d) Governador de Estado.

e) Juiz Federal.

Coment‡rios:

Segundo o art. 12, ¤ 3¼, da CF/88, s‹o privativos de brasileiro nato os


cargos:

¥ de Presidente e Vice-Presidente da Repœblica;


¥ de Presidente da C‰mara dos Deputados;
¥ de Presidente do Senado Federal;
¥ de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
¥ da carreira diplom‡tica;
¥ de oficial das For•as Armadas;
¥ de Ministro de Estado da Defesa.

O gabarito Ž a letra C.

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26. (VUNESP/ TJ-SP Ð 2007) N‹o Ž privativo de brasileiros natos o


cargo

a) de Presidente da Repœblica.

b) de Presidente do Senado Federal.

c) de carreira diplom‡tica.

d) de Governador do Estado.

e) de Ministro do Supremo Tribunal Federal

Coment‡rios:

De acordo com o art. 12, ¤ 3¼, da CF/88, s‹o privativos de brasileiro nato os
cargos:

¥ de Presidente e Vice-Presidente da Repœblica;


¥ de Presidente da C‰mara dos Deputados;
¥ de Presidente do Senado Federal;
¥ de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
¥ da carreira diplom‡tica;
¥ de oficial das For•as Armadas;
¥ de Ministro de Estado da Defesa.

O gabarito Ž a letra D.

27. (VUNESP/ TJ SP Ð 2012) S‹o privativos de brasileiros natos os


seguintes cargos:

a) de Senador e de Ministro de Estado da Defesa.

b) de Deputado Federal e de Deputado Estadual.

c) de Presidente da Repœblica e de Senador.

d) da carreira diplom‡tica e de Vereador.

e) de Ministro do Supremo Tribunal Federal e de oficial das For•as Armadas.

Coment‡rios:

J‡ deu para perceber o quanto esse tema Ž recorrente em provas da Vunesp,


n‹o Ž mesmo? S‹o privativos de brasileiro nato os seguintes cargos:

¥ de Presidente e Vice-Presidente da Repœblica;

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¥ de Presidente da C‰mara dos Deputados;


¥ de Presidente do Senado Federal;
¥ de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
¥ da carreira diplom‡tica;
¥ de oficial das For•as Armadas;
¥ de Ministro de Estado da Defesa.

O gabarito Ž a letra E.

28. (VUNESP/TJ SP Ð 2013) Nos termos da Constitui•‹o Federal, s‹o


brasileiros natos:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos


origin‡rios de pa’ses de l’ngua portuguesa apenas resid•ncia, por um ano
ininterrupto, e idoneidade moral.

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de m‹e brasileira, desde que


venham a residir na Repœblica Federativa do Brasil atŽ a maioridade.

c) os nascidos na Repœblica Federativa do Brasil, ainda que de pais


estrangeiros, desde que estes n‹o estejam a servi•o de seu pa’s.

d) os nascidos no estrangeiro, desde que de pai brasileiro e de m‹e brasileira.

e) os portugueses com resid•ncia permanente no Pa’s, se houver reciprocidade


em favor de brasileiros.

Coment‡rios:

Letra A: errada. Trata-se de uma hip—tese em que o brasileiro Ž naturalizado.

Letra B: errada. Nesse caso, para serem brasileiros natos, Ž necess‡rio ainda
que optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.

Letra D: errada. N‹o basta ser filho de pai brasileiro ou m‹e brasileira. ƒ
necess‡rio que qualquer deles esteja a servi•o da Repœblica Federativa do
Brasil ou, ainda, que sejam registrados em reparti•‹o brasileira competente ou
venham a residir na Repœblica Federativa do Brasil e optem, em qualquer
tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

Letra E: errada. Nesse caso, tem-se a hip—tese de Òportugu•s equiparadoÓ.

O gabarito Ž a letra C. Fundamento: art. 12, I, ÒaÓ, CF.

29. (VUNESP/TJ SP Ð 2014) Assinale a alternativa correta:

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a) S‹o brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de m‹e


brasileira, desde que sejam registrados em reparti•‹o brasileira competente ou
venham a residir da Repœblica Federativa do Brasil e optem, no prazo de um
ano, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

b) S‹o brasileiros natos os nascidos na Repœblica Federativa do Brasil, ainda


que de pais estrangeiros, mesmo que eles estejam a servi•o de seu pa’s.

c) S‹o brasileiros naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a


nacionalidade brasileira, exigidas aos origin‡rios de pa’ses de l’ngua
portuguesa apenas resid•ncia por um ano ininterrupto e idoneidade moral.

d) S‹o brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade


residentes na Repœblica Federativa do Brasil h‡ pelo menos dez anos
ininterruptos e sem condena•‹o penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.

Coment‡rios:

Letra A: errada. A Constitui•‹o prev• que a op•‹o pela nacionalidade brasileira


pode se dar a qualquer tempo, depois de atingida a maioridade (art. 12, I, ÒcÓ,
CF).

Letra B: errada. Caso os pais estrangeiros estejam a servi•o do seu pa’s, os


nascidos no Brasil ser‹o estrangeiros (art. 12, I, ÒaÓ, CF).

Letra C: correta. De acordo com o art. 12, II, ÒaÓ, s‹o brasileiros
naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira,
exigidas aos origin‡rios de pa’ses de l’ngua portuguesa apenas resid•ncia por
um ano ininterrupto e idoneidade moral.

Letra D: errada. S‹o brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer


nacionalidade residentes na Repœblica Federativa do Brasil h‡ mais de quinze
anos ininterruptos e sem condena•‹o penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.

O gabarito Ž a letra C.

30. (FGV/SUDENE Ð 2013) De acordo com a Constitui•‹o Federal,


assinale a alternativa que apresenta uma condi•‹o para ser
considerado brasileiro nato.

a) Os que s‹o origin‡rios de pa’ses de l’ngua portuguesa com resid•ncia no


Brasil por um ano ininterrupto.

b) Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Repœblica


Federativa do Brasil h‡ mais de quinze anos ininterruptamente.

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c) Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou m‹e brasileira, desde que


um deles esteja a servi•o da Repœblica Federativa do Brasil.

d) Os portugueses com resid•ncia permanente no Brasil.

e) A nova legisla•‹o n‹o estabelece distin•‹o entre brasileiros natos e


naturalizados.

Coment‡rios:

Letra A: errada. Trata-se de condi•‹o de brasileiro naturalizado (art. 12, II,


ÒaÓ, CF), exigindo-se, ainda, a idoneidade moral.

Letra B: errada. Trata-se de condi•‹o de brasileiro naturalizado (art. 12, II,


ÒbÓ, CF), desde que n‹o tenham sofrido condena•‹o penal e requeiram a
nacionalidade brasileira.

Letra C: correta. ƒ o que prev• o art. 12, I, ÒbÓ, da Carta Magna.

Letra D: errada. Os portugueses com resid•ncia permanente no Brasil, desde


que haja reciprocidade em favor de brasileiros, gozam da condi•‹o de
Òportugueses equiparadosÓ. A eles s‹o atribu’dos os direitos inerentes ao
brasileiro naturalizado (art. 12, ¤ 1¼, CF).

Letra E: errada. A legisla•‹o pode, sim, estabelecer distin•‹o entre brasileiros


natos e naturalizados, nos casos previstos na Constitui•‹o (art. 12, ¤ 2¼, CF).

A letra C Ž o gabarito.

31. (FGV / TJ-AM Ð 2013) Cada Estado nacional tem a liberdade de


definir aqueles que ser‹o os seus nacionais por meio do
estabelecimento de regras gerais quanto ao direito ˆ nacionalidade. No
caso do Brasil, s‹o considerados brasileiros:

a) os nascidos no estrangeiro, de pais de qualquer nacionalidade, desde que


qualquer um deles estivesse a servi•o da Repœblica Federativa do Brasil.

b) os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou m‹e brasileiros, desde que


registrados em reparti•‹o brasileira competente.

c) os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou m‹e brasileiros, desde que


venham a residir no pa’s e optem, antes de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.

d) os nascidos no estrangeiro, sem qualquer outra condi•‹o, desde que filhos


de pai e m‹e brasileiros.

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e) os nascidos em pa’s com o qual o Brasil mantenha tratado de dupla


cidadania.

Coment‡rios:

Letra A: errada. S‹o brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai


brasileiro ou m‹e brasileira, desde que qualquer um deles esteja a servi•o
da Repœblica Federativa do Brasil.

Letra B: correta. ƒ isso mesmo. S‹o brasileiros natos os nascidos no


estrangeiro, de pai brasileiro ou m‹e brasileira, desde que sejam registrados
em reparti•‹o brasileira competente (art. 12, I, ÒcÓ).

Letra C: errada. S‹o brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai


brasileiro ou m‹e brasileira, desde que venham a residir no pa’s e optem, em
qualquer tempo, ap—s atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

Letra D: errada. Se um indiv’duo nascer no estrangeiro, filho de pai brasileiro


ou m‹e brasileira, h‡ 3 (tr•s) possibilidades de que ele seja brasileiro
nato:

- o pai brasileiro ou a m‹e brasileira estiverem a servi•o da Repœblica


Federativa do Brasil;

- o indiv’duo seja registrado em reparti•‹o brasileira competente;

- o indiv’duo vem a residir no Brasil e opta, em qualquer tempo, ap—s a


maioridade, pela nacionalidade brasileira.

Letra E: errada. Essa n‹o Ž uma hip—tese de atribui•‹o de nacionalidade


brasileira.

32. (FGV / TJ-AM Ð 2013) Tendo em vista o que disp›e a Constitui•‹o


da Repœblica Federativa do Brasil, assinale a alternativa que apresenta
um caso de atribui•‹o da nacionalidade brasileira.

a) Kevin, nascido no Brasil, filho de pais canadenses a servi•o do Governo do


Canad‡.

b) Jonas, hoje com 21 anos, residente na cidade de S‹o Paulo, nascido e


registrado no Jap‹o, filho de Marcos e M‡rcia, domiciliados naquele pa’s, onde
trabalham em uma empresa multinacional.

c) JosŽ, portugu•s, domiciliado na cidade de Manaus h‡ seis meses.

d) Mark, alem‹o, domiciliado na cidade de Aracajœ h‡ 10 anos, e que hoje est‡


em liberdade condicional, ap—s condena•‹o pelo crime de tr‡fico de drogas.

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e) Luigi, italiano, residente em Mil‹o, casado com Joana, que l‡ reside com ele.

Coment‡rios:

Letra A: errada. Kevin nasceu no Brasil, mas Ž filho de pais estrangeiros que
estavam a servi•o do seu pa’s. Portanto, ele n‹o ser‡ brasileiro.

Letra B: correta. Jonas nasceu no exterior, filho de pai brasileiro e m‹e


brasileira que n‹o estavam a servi•o da Repœblica Federativa do Brasil. Como
ele foi registrado em reparti•‹o brasileira competente (Ž o que d‡ a
entender o enunciado!), ele ser‡ brasileiro nato.

Letra C: errada. Para que um portugu•s adquira a nacionalidade brasileira, ele


precisa fixar resid•ncia no Brasil por um ano ininterrupto e ter idoneidade
moral.

Letra D: errada. Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na


Repœblica Federativa do Brasil h‡ mais de 15 (quinze) anos ininterruptos
e sem condena•‹o penal poder‹o requisitar a naturaliza•‹o.

Letra E: errada. O simples fato de ser casado com uma brasileira n‹o resulta
na atribui•‹o de nacionalidade.

O gabarito Ž a letra B.

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Lista de Quest›es

1. Direitos Sociais

1. (VUNESP / TJ-SP Ð 2017) ƒ direito constitucional dos


trabalhadores urbanos e rurais:

a) remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio superior em, no m’nimo, trinta por


cento ˆ do servi•o normal.

b) seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a


indeniza•‹o a que este est‡ obrigado quando incorrer em dolo ou culpa.

c) assist•ncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento atŽ os 06


(seis) anos de idade em creches e prŽ-escolas.

d) licen•a ˆ gestante, sem preju’zo do emprego e do sal‡rio, com a dura•‹o de


cento e oitenta dias.

e) aviso prŽvio proporcional ao tempo de servi•o, no m‡ximo de trinta dias,


nos termos da lei.

2. (VUNESP/ Prefeitura de S‹o Paulo Ð 2016) Fulano da Silva tem


16 anos de idade e pretende conseguir um trabalho remunerado com
registro em carteira. Considerando o que disp›e o texto constitucional,
Ž correto afirmar que Fulano

a) somente poder‡ trabalhar, com essa idade, na condi•‹o de aprendiz.

b) n‹o poder‡ trabalhar legalmente, uma vez que a Constitui•‹o Federal pro’be
o trabalho de menores de dezessete anos.

c) poder‡ obter um trabalho formal, mas n‹o poder‡ trabalhar no per’odo


noturno nem em trabalho perigoso ou insalubre.

d) poder‡ trabalhar, normalmente, n‹o havendo qualquer restri•‹o quanto ao


tipo ou hor‡rio de trabalho.

e) poder‡ trabalhar formalmente, havendo somente restri•‹o quanto ao


trabalho perigoso.

3. (VUNESP/ TJ-SP Ð 2015) ƒ correto afirmar que a Constitui•‹o


Federal

a) inseriu a propriedade entre os direitos sociais.

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b) garantiu aos trabalhadores o seguro desemprego, em caso de desemprego


volunt‡rio ou involunt‡rio.

c) conferiu direitos sociais diferenciados aos trabalhadores urbanos e rurais,


tendo em vista as particularidades do exerc’cio de cada um desses trabalhos.

d) possibilitou o trabalho noturno, perigoso ou insalubre apenas a maiores de


16 anos, proibindo-o aos maiores de 14 e menores de 16 anos que trabalham
na condi•‹o de aprendiz

e) inseriu entre os direitos dos trabalhadores a irredutibilidade do sal‡rio,


salvo, contudo, o disposto em conven•‹o ou acordo coletivo.

4. (VUNESP/TJ SP Ð 2013) A Constitui•‹o Federal estabelece como


direito dos trabalhadores urbanos e rurais:

a) o dŽcimo terceiro sal‡rio, com base no vencimento b‡sico ou no valor da


aposentadoria.

b) o repouso semanal remunerado aos domingos.

c) o gozo de fŽrias anuais remuneradas com, no m‡ximo, um ter•o a mais do


que o sal‡rio normal.

d) a irredutibilidade do sal‡rio, salvo o disposto em contrato de trabalho.

e) a assist•ncia gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento atŽ 5


(cinco) anos de idade, em creches e prŽ-escolas.

5. (VUNESP/PC SP -2013) ƒ um direito do trabalhador urbano e


rural a remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio superior ˆ do normal,
no m’nimo, em:

a) cem por cento.

b) setenta por cento.

c) trinta por cento.

d) vinte por cento.

e) cinquenta por cento.

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6. (VUNESP/TJ SP Ð 2014) Assinale a alternativa em plena


harmonia com a Constitui•‹o Federal no que tange a direito dos
trabalhadores urbanos e rurais:

a) irredutibilidade do sal‡rio, nunca admitida sua diminui•‹o.

b) remunera•‹o pelo servi•o extraordin‡rio, que deve ser pelo menos um ter•o
superior ˆ do normal.

c) assist•ncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento atŽ cinco


anos de idade em creches e prŽ-escolas.

7. (VUNESP/DESENVOLVESP Ð 2014) Visando a prote•‹o da mulher


nas rela•›es de trabalho, a Constitui•‹o Federal, no que diz respeito
aos direitos sociais, prescreve que

a) a concess‹o de licen•a ˆ gestante ser‡ de noventa dias, sem preju’zo do


sal‡rio e do emprego.

b) Ž facultativa a dispensa da trabalhadora gestante, durante a gravidez.

c) n‹o h‡ possibilidade de perman•ncia dos filhos da trabalhadora no local de


trabalho, durante o per’odo de amamenta•‹o.

d) deve haver a prote•‹o do mercado de trabalho da mulher, mediante


incentivos espec’ficos, nos termos da lei.

e) Ž facultativa a diferen•a de sal‡rio, de critŽrios de admiss‹o e de exerc’cio


de fun•›es por motivo de sexo.

8. (VUNESP/TJ SP Ð 2012) Himeneu Silva tem 17 anos de idade,


casado e pai de dois filhos menores de cinco anos, e acabou de ser
contratado para trabalhar na Empresa ABC Ltda. Com base nos dados
fornecidos, assinale a alternativa que contempla corretamente um
direito de Himeneu previsto na Constitui•‹o Federal.

a) Se for trabalhar no per’odo noturno, dever‡ perceber remunera•‹o superior


ˆ do diurno em, no m’nimo, cinquenta por cento.

b) Participa•‹o nos lucros, ou resultados, vinculada ˆ sua remunera•‹o, e,


excepcionalmente, participa•‹o na gest‹o da empresa, conforme definido em
lei.

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c) Seguro contra acidentes de trabalho, a ser custeado em igual propor•‹o


entre Himeneu e a empresa ABC Ltda.

d) Garantia de que n‹o poder‡ exercer trabalho perigoso ou insalubre.

e) Sal‡rio fam’lia, independentemente da renda que ir‡ auferir como


empregado.

9. (VUNESP/PC SP Ð 2014) Assinale a alternativa que est‡ de


acordo com as disposi•›es constitucionais sobre os direitos do
trabalhador brasileiro.

a) ƒ proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito


anos.

b) ƒ direito do trabalhador jornada de doze horas para o trabalho realizado em


turnos ininterruptos de revezamento.

c) O trabalhador tem o direito de gozo de fŽrias anuais remuneradas com, pelo


menos, duas vezes mais do que o sal‡rio normal.

d) O trabalhador tem direito a receber, anualmente, o dŽcimo terceiro e o


dŽcimo quarto sal‡rios.

e) ƒ proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na


condi•‹o de aprendiz, a partir de doze anos.

10. (VUNESP/DPE MS Ð 2012) Tendo em vista o disposto na Carta


Magna brasileira, assinale a alternativa que contempla corretamente
os direitos sociais garantidos aos trabalhadores.

a) Participa•‹o nos lucros, ou resultados, vinculada ˆ remunera•‹o, e,


excepcionalmente, participa•‹o na gest‹o da empresa, conforme definido em
lei; seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a
indeniza•‹o a que este est‡ obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

b) Dura•‹o do trabalho normal n‹o superior a oito horas di‡rias e quarenta e


quatro horas semanais, facultada a compensa•‹o de hor‡rios e a redu•‹o da
jornada, mediante acordo ou conven•‹o coletiva de trabalho; prote•‹o em face
da automa•‹o, na forma da lei.

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c) Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de


revezamento, salvo negocia•‹o coletiva; remunera•‹o do servi•o
extraordin‡rio superior, no m’nimo, em sessenta por cento ˆ do normal.

d) Prote•‹o do sal‡rio na forma da lei, constituindo crime sua reten•‹o dolosa;


sal‡rio-fam’lia pago em raz‹o do dependente de todo trabalhador, nos termos
da lei.

11. (VUNESP/Funda•‹o CASA Ð 2010) O sal‡rio-m’nimo dever‡ ser


fixado em lei, sendo:

a) regionalizado, por pisos de categorias, havendo diferen•a de sal‡rios, para


exerc’cio de fun•›es e de critŽrio de admiss‹o por motivo de sexo, idade, cor
ou estado civil.

b) prote•‹o contra despedida arbitr‡ria ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, servindo, outrossim, de indeniza•‹o compensat—ria.

c) demais, a remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio, no m’nimo, sessenta por


cento superior ˆ do normal para jornadas de seis horas de trabalho.

d) que nele se incluir‡ o repouso semanal remunerado, preferencialmente aos


s‡bados.

e) nacionalmente unificado, capaz de atender ˆs necessidades vitais b‡sicas do


trabalhador e ˆs de sua fam’lia, com reajustes peri—dicos que lhe preservem o
poder aquisitivo.

12. (VUNESP/CEAGESP Ð 2010) ƒ um direito constitucional dos


trabalhadores urbanos e rurais:

a) irredutibilidade do sal‡rio, salvo o disposto em conven•‹o ou acordo


coletivo.

b) garantia de sal‡rio, nunca superior ao m’nimo, para os que percebem


remunera•‹o vari‡vel.

c) participa•‹o nos lucros e resultados, vinculada ˆ remunera•‹o, e,


excepcionalmente, participa•‹o na gest‹o da empresa, conforme definido em
lei.

d) sal‡rio-fam’lia pago em raz‹o do dependente do trabalhador de qualquer


renda, nos termos da lei.

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e) remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio superior, no m’nimo, em quarenta


por cento ˆ do normal.

13. (VUNESP/OAB-AM) Dentre os direitos dos trabalhadores urbanos


e rurais acolhidos pela Constitui•‹o Federal, encontra-se a
irredutibilidade de sal‡rio, n‹o podendo ser excepcionada nem por
conven•‹o ou acordo coletivo.

14. (VUNESP/Unesp - 2012) A Constitui•‹o da Repœblica garante,


expressamente, aos trabalhadores, urbanos e rurais, alŽm de outros
direitos, a dura•‹o do trabalho normal:

a) n‹o inferior a oito horas di‡rias e n‹o superior a quarenta e quatro horas
semanais.

b) superior a seis horas di‡rias e n‹o inferior a quarenta horas semanais.

c) n‹o superior a oito horas di‡rias e quarenta e quatro horas semanais.

d) n‹o inferior a oito horas di‡rias e quarenta e quatro horas semanais.

e) n‹o superior a seis horas di‡rias e n‹o inferior a quarenta horas semanais.

15. (VUNESP/OAB-AM - 2002) Dentre os direitos dos trabalhadores


urbanos e rurais acolhidos pela Constitui•‹o Federal, encontra-se o
repouso semanal remunerado sempre aos domingos, salvo previs‹o
em conven•‹o ou acordo coletivo.

16. (VUNESP/DPE-MS - 2008) ƒ direito fundamental do trabalhador


assist•ncia gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento atŽ
sete anos de idade em creches e prŽ-escolas.

17. (VUNESP/DPE-MS - 2008) A lei poder‡ exigir autoriza•‹o do


Estado para a funda•‹o de sindicato, inclusive o registro no —rg‹o
competente, vedadas ao Poder Pœblico, porŽm, a interfer•ncia e a
interven•‹o na organiza•‹o sindical.

18. (VUNESP/DPE-MS - 2008) Nas empresas com mais de cem


empregados Ž assegurada a elei•‹o de um representante destes com a
finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os
empregadores.

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19. (FGV/TJ-AM Ð 2013) Com rela•‹o aos direitos dos trabalhadores,


segundo o art. 7¼ da Constitui•‹o Federal/88, analise as afirmativas a
seguir.

I. Garantia de sal‡rio‐m’nimo, fixado em lei, definido por regi›es


geoecon™micas, capaz de atender suas necessidades vitais b‡sicas.

II. Garantia de remunera•‹o do servi•o extraordin‡rio superior, no m’nimo, em


cinquenta por cento ˆ do normal.

III. Garantia de sal‡rios e de critŽrios de admiss‹o iguais, sendo vedada a


discrimina•‹o por sexo, cor ou estado civil.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

20. (FGV/TJ-AM Ð 2013) Dentre os direitos sociais dos trabalhadores,


previstos na Constitui•‹o, n‹o se inclui:

a) a participa•‹o nos lucros ou resultados, desvinculada da remunera•‹o.

b) dura•‹o do trabalho n‹o superior a 40 horas semanais.

c) a proibi•‹o de diferen•a de sal‡rios por motivo de sexo, idade, cor ou estado


civil.

d) a proibi•‹o de trabalho noturno a menores de 18 anos.

e) a extens‹o do fundo de garantia do tempo de servi•o ao empregado rural.

21. (FGV / TJ-AM Ð 2013) Em rela•‹o ao disposto na Constitui•‹o da


Repœblica Federativa do Brasil acerca dos direitos sociais dos
trabalhadores, assinale a afirmativa incorreta.

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a) ƒ vedada a dispensa do empregado sindicalizado eleito para cargo de


representa•‹o ou dire•‹o sindical, ainda que como suplente, atŽ um ano ap—s
o final do mandato, salvo nos casos de redu•‹o justificada do nœmero de
empregados.

b) A lei n‹o poder‡ exigir autoriza•‹o do Estado para a funda•‹o de sindicato,


ressalvado o registro no —rg‹o competente, vedadas ao Poder Pœblico a
interfer•ncia e a interven•‹o na organiza•‹o sindical.

c) ƒ obrigat—ria a participa•‹o dos sindicatos nas negocia•›es coletivas de


trabalho.

d) ƒ assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir


sobre a oportunidade de exerc•-lo e sobre os interesses que devam, por meio
dele, defender.

e) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais


da categoria.

2. Nacionalidade

22. (VUNESP / TJ-SP Ð 2017) Maria, brasileira, estava gr‡vida


quando viajou para a Alemanha. Em virtude de complica•›es de saœde,
seu beb• nasceu antes do tempo, quando Maria ainda estava na
Alemanha. Considerando apenas os dados apresentados, pode-se
afirmar que, nos termos da Constitui•‹o Federal, o filho de Maria ser‡
considerado:

a) brasileiro nato, pois Maria Ž brasileira.

b) brasileiro nato, bastando que o pai do beb• tambŽm seja brasileiro, nato ou
naturalizado.

c) brasileiro naturalizado desde que opte, em qualquer tempo, depois de


atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

d) brasileiro nato, bastando que venha a residir na Repœblica Federativa do


Brasil.

e) brasileiro nato se Maria estiver, na Alemanha, a servi•o da Repœblica


Federativa do Brasil.

23. (VUNESP/ PC-CE Ð 2015) Considerando as disposi•›es


constitucionais a respeito da nacionalidade, assinale a alternativa
correta.

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a) Aos estrangeiros com resid•ncia permanente no Pa’s, se houver


reciprocidade em favor de brasileiros, ser‹o atribu’dos os direitos inerentes ao
brasileiro.

b) S‹o brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou m‹e


brasileira, desde que qualquer deles esteja a servi•o da Repœblica Federativa
do Brasil.

c) S‹o brasileiros natos os nascidos na Repœblica Federativa do Brasil, ainda


que de pais estrangeiros, desde que estes estejam a servi•o de seu pa’s.

d) S‹o brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade,


residentes na Repœblica Federativa do Brasil h‡ mais de dez anos ininterruptos
e sem condena•‹o penal

e) S‹o brasileiros naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a


nacionalidade brasileira, exigido aos origin‡rios de pa’ses de l’ngua portuguesa
apenas idoneidade moral.

24. (VUNESP/TJ SP Ð 2013) ƒ (S‹o) cargo (s) eletivo(s) privativo(s)


de brasileiros:

a) natos ou naturalizados o cargo de Presidente do Senado Federal.

b) natos ou naturalizados o cargo de Presidente da C‰mara dos Deputados.

c) natos o cargo de Presidente das Casas Legislativas (C‰mara dos Deputados


e Senado Federal).

d) natos os cargos de Deputado Federal e de Senador da Repœblica.

25. (VUNESP/ TJ SP Ð 2010) Conforme a Constitui•‹o Federal, Ž


privativo de brasileiro nato o cargo de

a) Senador da Repœblica.

b) Deputado Federal.

c) Ministro do Supremo Tribunal Federal.

d) Governador de Estado.

e) Juiz Federal.

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26. (VUNESP/ TJ-SP Ð 2007) N‹o Ž privativo de brasileiros natos o


cargo

a) de Presidente da Repœblica.

b) de Presidente do Senado Federal.

c) de carreira diplom‡tica.

d) de Governador do Estado.

e) de Ministro do Supremo Tribunal Federal

27. (VUNESP/ TJ SP Ð 2012) S‹o privativos de brasileiros natos os


seguintes cargos:

a) de Senador e de Ministro de Estado da Defesa.

b) de Deputado Federal e de Deputado Estadual.

c) de Presidente da Repœblica e de Senador.

d) da carreira diplom‡tica e de Vereador.

e) de Ministro do Supremo Tribunal Federal e de oficial das For•as Armadas.

28. (VUNESP/TJ SP Ð 2013) Nos termos da Constitui•‹o Federal, s‹o


brasileiros natos:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos


origin‡rios de pa’ses de l’ngua portuguesa apenas resid•ncia, por um ano
ininterrupto, e idoneidade moral.

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de m‹e brasileira, desde que


venham a residir na Repœblica Federativa do Brasil atŽ a maioridade.

c) os nascidos na Repœblica Federativa do Brasil, ainda que de pais


estrangeiros, desde que estes n‹o estejam a servi•o de seu pa’s.

d) os nascidos no estrangeiro, desde que de pai brasileiro e de m‹e brasileira.

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e) os portugueses com resid•ncia permanente no Pa’s, se houver reciprocidade


em favor de brasileiros.

29. (VUNESP/TJ SP Ð 2014) Assinale a alternativa correta:

a) S‹o brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de m‹e


brasileira, desde que sejam registrados em reparti•‹o brasileira competente ou
venham a residir da Repœblica Federativa do Brasil e optem, no prazo de um
ano, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

b) S‹o brasileiros natos os nascidos na Repœblica Federativa do Brasil, ainda


que de pais estrangeiros, mesmo que eles estejam a servi•o de seu pa’s.

c) S‹o brasileiros naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a


nacionalidade brasileira, exigidas aos origin‡rios de pa’ses de l’ngua
portuguesa apenas resid•ncia por um ano ininterrupto e idoneidade moral.

d) S‹o brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade


residentes na Repœblica Federativa do Brasil h‡ pelo menos dez anos
ininterruptos e sem condena•‹o penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.

30. (FGV/SUDENE Ð 2013) De acordo com a Constitui•‹o Federal,


assinale a alternativa que apresenta uma condi•‹o para ser
considerado brasileiro nato.

a) Os que s‹o origin‡rios de pa’ses de l’ngua portuguesa com resid•ncia no


Brasil por um ano ininterrupto.

b) Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Repœblica


Federativa do Brasil h‡ mais de quinze anos ininterruptamente.

c) Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou m‹e brasileira, desde que


um deles esteja a servi•o da Repœblica Federativa do Brasil.

d) Os portugueses com resid•ncia permanente no Brasil.

e) A nova legisla•‹o n‹o estabelece distin•‹o entre brasileiros natos e


naturalizados.

31. (FGV / TJ-AM Ð 2013) Cada Estado nacional tem a liberdade de


definir aqueles que ser‹o os seus nacionais por meio do

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estabelecimento de regras gerais quanto ao direito ˆ nacionalidade. No


caso do Brasil, s‹o considerados brasileiros:

a) os nascidos no estrangeiro, de pais de qualquer nacionalidade, desde que


qualquer um deles estivesse a servi•o da Repœblica Federativa do Brasil.

b) os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou m‹e brasileiros, desde que


registrados em reparti•‹o brasileira competente.

c) os nascidos no estrangeiro, filhos de pai ou m‹e brasileiros, desde que


venham a residir no pa’s e optem, antes de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira.

d) os nascidos no estrangeiro, sem qualquer outra condi•‹o, desde que filhos


de pai e m‹e brasileiros.

e) os nascidos em pa’s com o qual o Brasil mantenha tratado de dupla


cidadania.

32. (FGV / TJ-AM Ð 2013) Tendo em vista o que disp›e a Constitui•‹o


da Repœblica Federativa do Brasil, assinale a alternativa que apresenta
um caso de atribui•‹o da nacionalidade brasileira.

a) Kevin, nascido no Brasil, filho de pais canadenses a servi•o do Governo do


Canad‡.

b) Jonas, hoje com 21 anos, residente na cidade de S‹o Paulo, nascido e


registrado no Jap‹o, filho de Marcos e M‡rcia, domiciliados naquele pa’s, onde
trabalham em uma empresa multinacional.

c) JosŽ, portugu•s, domiciliado na cidade de Manaus h‡ seis meses.

d) Mark, alem‹o, domiciliado na cidade de Aracajœ h‡ 10 anos, e que hoje est‡


em liberdade condicional, ap—s condena•‹o pelo crime de tr‡fico de drogas.

e) Luigi, italiano, residente em Mil‹o, casado com Joana, que l‡ reside com ele.

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Gabarito

1. LETRA B
2. LETRA C
3. LETRA E
4. LETRA E
5. LETRA E
6. LETRA C
7. LETRA D
8. LETRA D
9. LETRA A
10. LETRA B
11. LETRA E
12. LETRA A
13. ERRADA
14. LETRA C
15. ERRADA
16. ERRADA
17. ERRADA
18. ERRADA
19. LETRA D
20. LETRA B
21. LETRA A
22. LETRA E
23. LETRA B
24. LETRA C
25. LETRA C
26. LETRA D
27. LETRA E
28. LETRA C
29. LETRA C
30. LETRA C
31. LETRA B
32. LETRA B

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