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FACULDADE DO MARANHÃO – FACAM

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Alunos:
Aline Mayara
Antonio Fabio
Célio Amorim
Enndrio Eduardo
Isaldina Campelo
Rozilma sousa

CENTRO CIRURGICO

SÃO LUIS-MA
2018
CENTRO CIRURGICO

SÃO LUIS-MA
2018
SUMÁRIO

1.Introdução.........................................................................................................02

2. Centro Cirúrgico,organização..........................................................................03

3. Equipe de Enfermagem....................................................................................06

4.Importância da Paramentação cirúrgica............................................................10

5.Sistematização de assistência de enfermagem .................................................11

6. Composição sala cirúrgica ..............................................................................14

7. Montagem da sala de cirurgia ..........................................................................15

8.Rotina de recepção do paciente no cc................................................................16

9. Desmontagem da sala cirúrgica .......................................................................19

10. Sala de recuperação pós anestesia...................................................................20

11. Atribuições da equipe de enfermagem............................................................21

12. Admissão de paciente da sala de recuperação pós anestesia..........................23

13. Alta de paciente da sala de recuperação pós anestesia....................................24

14. Procedimentos administrativos e assistenciais................................................25

15. Central de material..........................................................................................26

16.Classificação dos artigos..................................................................................30

17.Tempo cirúrgico................................................................................................31

18. Instrumento cirúrgico.......................................................................................33

19.Rotina de Limpeza ...........................................................................................38

20. Referencia ......................................................................................................40

Anexos.

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Introdução

O Centro Cirúrgico (CC) compreende uma área crítica, de acesso restrito, que
pertence a um estabelecimento assistencial de saúde. É considerado uma das unidades
mais complexas do Hospital, não só por sua especificidade em realizar procedimentos
invasivos, mais também por ser um local fechado que expõe o paciente e a equipe de
saúde em situações estressantes. O Serviço de Enfermagem do Centro Cirúrgico tem por
finalidade:

• Desenvolver atividades de assistência de Enfermagem baseado em princípios


científicos, tecnológicos e normas organizacionais;

• Prestar assistência integral às pacientes durante o período Peri operatório;

• Prever e prover recursos humanos e materiais necessários para a assistência de


enfermagem no atendimento das pacientes;

• Colaborar com as Instituições de Ensino que utilizam o Hospital como campo de


ensino;

• Colaborar no desenvolvimento de pesquisar na área da Saúde.

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Centro Cirúrgico

1.Organização

• O Centro Cirúrgico é uma Unidade do Serviço de Enfermagem, sob a responsabilidade


administrativa de uma Encarregada de Enfermagem, diretamente subordinada à
Gerência de Enfermagem;

• O Centro Cirúrgico mantêm plantão de vinte e quatro (24) horas;

• A equipe cirúrgica é composta por anestesista, cirurgião, residentes médicos,


enfermeiros e auxiliares de enfermagem.

• É permitida a entrada na sala de cirurgia do pessoal técnico não lotado no setor


somente com autorização prévia do cirurgião e enfermeiro responsável pelo setor;

• A distribuição de salas e a escala de atendimento serão feitas de acordo com os


seguintes critérios: prioridade às urgências e emergências; disponibilidade de material e
equipamentos; caracterização do risco de contaminação; pessoal de enfermagem
disponível.

• Todo pessoal de Centro Cirúrgico deverá observar a rigorosa técnica de assepsia e


anti-sepsia, conforme normas e rotinas da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar;

Composição

O Centro Cirúrgico é composto por:

• Rouparia/Recepção;

• vestiários sendo um feminino e outro masculino;

• Setor de Gasoterapia;

• Sala da Administração;

• Sala do almoxarifado;

• DML;

• Copa;

• Salas de cirurgia;

• Expurgo (CC);

• Sala de recuperação pós-anestésica.

• Unidade Farmácia Satélite de Distribuição;

• Central de Material Esterilizado (CME);

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• Expurgo;

• Copa;

• Vestiário funcionários.

Atribuições da equipe sala de cirurgia:

Enfermeiro/Técnico /Auxiliar de Enfermagem

• Prover as Salas de cirurgia/parto com materiais e equipamentos necessários, de acordo


com o tipo de intervenção anestésico-cirúrgica;

• Atender a equipe cirúrgica;

• Prestar assistência de enfermagem à parturiente, de acordo com seu estado e


indicação;

• Prestar assistência de enfermagem ao paciente cirúrgico.

• Cuidar dos materiais e equipamentos e do ambiente após o ato cirúrgico.

Salas de recuperação pós-anestésica:

Enfermeiro/Técnico /Auxiliar de Enfermagem

• Prover a Sala de Recuperação Pós-Anestésica com recursos humanos e materiais;

• Prestar assistência de enfermagem aos pacientes que forem submetidos ao ato


anestésico-cirúrgico;

• Recepcionar e providenciar a remoção da paciente para a unidade de origem após a


alta anestésica;

• Cuidar dos materiais, equipamentos e do ambiente após sua remoção.

Salas de administração:

Enfermeiro/ Secretaria

• Proporcionar treinamento aos funcionários, conforme a necessidade;

• Controlar o atendimento de todos os setores do Centro Cirúrgico;

• Registrar e manter dados para estatísticas e relatórios;

• Fazer requisição de material à Farmácia e Almoxarifado periodicamente;


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• Manter atualizado e disponível o Mapa, Rotinas e Procedimentos;

• Elaborar escalas de trabalho, férias e quaisquer outras necessidades do funcionário do


período diurno, pertinente ao RH;

• Manter atualizados os Registros dos Procedimentos Cirúrgicos realizados e a


Documentação Anestésica Cirúrgica.

A equipe do centro cirúrgico

A equipe do Centro Cirúrgico classifica-se nas seguintes categorias:

• Enfermeiro Encarregado do Centro Cirúrgico;

• Enfermeiro Assistencial;

• Técnico e Auxiliar de Enfermagem;

• AGPP;

• Auxiliar Operacional de Serviços Diversos;

• Gasoterapeutas.

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2. Equipe de Enfermagem /enfermeiro supervisor (são responsáveis por todas as
atividades assistenciais e administrativas do período diurno e noturno).

• Organizar, administrar e controlar as atividades do Centro Cirúrgico;

• Prever e prover de recursos materiais e humanos para garantir o bom funcionamento


da unidade;

• Providenciar a manutenção e revisão periódica dos equipamentos em instrumentais


cirúrgicos das Salas de Cirurgia, Recuperação Pós-Anestésica e Central de Materiais;

• Controlar o uso adequado e econômico do material em geral;

• Elaborar a escala mensal do serviço e controlar o comparecimento dos funcionários;

• Realizar reuniões periódicas com a equipe de enfermagem para fins de avaliação do


serviço;

• Participar de reuniões com a Gerência de Enfermagem, Diretoria e Equipe


Multidisciplinar;

• Proporcionar integração do Centro Cirúrgico Obstétrico com os demais serviços do


hospital;

• Elaborar relatórios e estatísticas periódicos das atividades realizadas;

• Elaborar e atualizar rotinas de atividades e desenvolver programas de treinamento do


Pessoal de Enfermagem;

• Cumprir e fazer cumprir regulamentos e ordens de serviço do hospital;

• Cumprir e zelar pelo cumprimento do Código de Ética dos Profissionais da


Enfermagem.

Enfermeiro assistencial

• Receber e passar o plantão em conjunto com a Equipe de Enfermagem e tomar as


providências que julgar necessárias;

• Diagnosticar as necessidades de enfermagem, elaborar e executar planos de


Sistematização da Assistência de Enfermagem;

• Coordenar o funcionamento das salas de cirurgia, respeitando a programação cirúrgica


e fazendo as mudanças necessárias nos casos imprevistos;

• Prover a Sala Cirúrgica de pessoal, material e equipamentos necessários para a


realização do ato cirúrgico;

• Supervisionar e instruir os funcionários no desempenho de suas funções, avaliando-os


periodicamente;

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• Orientar e supervisionar os funcionários no cumprimento da técnica asséptica;

• Prestar assistência direta aos pacientes graves ou em situações de emergência;

• Executar os procedimentos de alta complexidade quando julgar necessário;

• Elaborar as escalas diárias de serviço da equipe de enfermagem; Dependências do


Centro Cirúrgico, não podendo circular pelo hospital com tal vestimenta;

• Zelar pelos materiais e equipamentos supervisionando o seu manuseio adequado;

• Fazer controle dos psicotrópicos, temperatura das geladeiras e checar os carros de


emergências em todos os plantões;

• Supervisionar a limpeza das salas de cirurgia, recuperação pós anestésica, central de


material, portaria e dependências;

• Encaminhar material para o laboratório, banco de sangue, anatomia patológica,


internação e RH;

• Desempenhar as funções administrativas que são delegadas pela chefia imediata;

• Fazer treinamentos para manter a atualização dos funcionários;

• Fazer cumprir normas e rotinas do Centro Cirúrgico;

• Manter registros das ocorrências do plantão em livro próprio;

• Colaborar com as Pesquisas e Treinamentos desenvolvidos no Hospital;

• Substituir, quando necessário, o Enfermeiro Encarregado conforme determinação


prévia da sua chefia imediata.

Técnico e Auxiliar de enfermagem

• Receber o plantão em conjunto com a Equipe de Enfermagem e seguir a escala de


serviço determinada pelo enfermeiro;

• Proceder à montagem da Sala Cirúrgica conforme a cirurgia programada ou de


emergência;

• Colaborar com o enfermeiro na previsão dos materiais esterilizados e descartáveis


necessários aos procedimentos cirúrgicos;

• Testar o funcionamento de todos os aparelhos da Sala de Cirurgia;

• Circular a sala de cirurgia atendendo a equipe cirúrgica e de anestesia durante todo o


ato cirúrgico;

• Executar técnicas de enfermagem junto ao paciente;

• Registrar em impressos próprios, as anotações que competem à enfermagem;


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• Zelar pela manutenção da limpeza, equipamentos e instrumentos da Sala de cirurgia;

• Participar de reuniões quando convocado;

• Cumprir o regulamento e as rotinas do Centro Cirúrgico.

Agente administrativo

• Imprimir os mapas cirúrgicos semanais;

• Manter atualizados os registros de dados estatísticos de atendimentos do Centro


Cirúrgico.

Atender aos chamados telefônicos, anotar e transmitir os recados;

• Manter o quadro de avisos atualizado;

• Organizar os prontuários;

• Fazer o levantamento de todos os indicadores previstos;

• Digitar todas as escalas;

• Fazer pedidos dos materiais de escritório;

• Contabilizar os impressos e reproduzi-los quando necessários;

• Digitar os mapas cirúrgicos semanais e conferi-los com os avisos entregues pelos


residentes; • Confeccionar as escalas, estatísticas, relatórios, memorandos, etc.;

• Protocolar os documentos;

• Realizar a tramitação interna de documentos (TID);

• Organizar os prontuários;

• Solicitar os materiais de escritório e impressos;

• Atender as solicitações das chefias e dos funcionários do: C.C - C.O - UTI e
Anestesistas;

• Receber o plantão e seguir a escala de serviço determinada pelo enfermeiro;

• Executar as tarefas referentes à organização do ambiente;

• Controlar a entrada e saída do pessoal no Centro Cirúrgico a utilização do uniforme


privativo e a distribuição das chaves dos armários;

• Realizar os encaminhamentos ao Banco de Sangue, Laboratório, Anatomia Patológica,


SAME e Expediente;

• Realizar a troca de psicotrópicos, quando solicitado;

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• Encaminhar os pedidos de Farmácia, Almoxarifado, Engenharia e outros.

. Deveres dos funcionários

• São deveres dos funcionários:

- Cumprir e fazer cumprir o presente regimento;

- Desenvolver e manter ambiente saudável de trabalho;

- Manter bom relacionamento com os funcionários do setor, assim como com os de


outros setores;

- Manter a conduta profissional e pessoal condizente com a entidade, baseado nos


princípios éticos e morais;

- Manter o elevado padrão de assistência;

- Zelar pela conservação do patrimônio da Instituição;

- Conhecer e praticar o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.

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3. Importância da paramentarão cirúrgica

A entrada no C.C. Deve ser precedida de uniformização restrita a esta unidade


composta por: roupa privativa, máscara, gorro e propés.

• O uso da roupa privativa mostra-se útil na prevenção de infecção, pois evita a


liberação de microorganismos da pele, tronco, membros, axilas, pernas e períneo.

O uso da paramentarão cirúrgica previne os riscos biológicos em cirurgias, segue abaixo


a descrição de todas as paramentarão cirúrgica e o arcabouço teórico que embasa o seu
respectivo uso:

• Touca cirúrgica: reduz riscos por possíveis bactérias oriundas do cabelo e do couro
cabeludo

• Máscara cirúrgica: realiza uma barreira protetora à paciente da liberação de


microorganismos oriundos do nariz e da boca dos profissionais. Também protege o
próprio profissional de respingos de sangue e outros fluídos oriundos da paciente.

No que se refere à utilização da máscara, a Association of periOperative Registered


Nurses (AORN) assim como a SOBECC(Associação Brasileira de Enfermeiros de
Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização)
recomenda que todos os indivíduos que entrarem em áreas restritas do CC devem
utilizá-la, principalmente na manipulação de matérias e de instrumentos estéreis abertos.

• Óculos de proteção: utilizado para proteção ocupacional, evitando contado direto da


mucosa ocular com sangue e outros fluidos da paciente.

• Luvas cirúrgicas: importante contra riscos de infecção ocupacional pelo contato com
sangue da paciente. Vale ressaltar, que a mão é o principal instrumento na cirurgia e a
parte do corpo que permanece o maior período de tempo em contato direto com a
paciente.

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4. Sistematização da assistência de enfermagem

Preenchimento correto da SAE

O impresso da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) tem como


objetivo, o registro fidedigno de todas as ações efetuadas pela equipe de enfermagem
com respaldo técnico e científico. A taxonomia utilizada pela equipe de enfermagem da
Instituição é a da NANDA e a base teórica tida como arcabouço referencial é a teoria do
auto cuidado de OREM. A SAE é composta por:

1) Diagnóstico de enfermagem: efetuado pelo enfermeiro após o exame físico e


levantamento das necessidades da paciente. É o que norteia a prescrição de
enfermagem;

2) Prescrição de enfermagem: realizada pelo enfermeiro, após o diagnóstico de


enfermagem e checada pelo auxiliar de enfermagem;

3) Evolução de enfermagem: registrada pelo enfermeiro e contempla as 24 H da


assistência prestada ao paciente, após avaliação do seu estado geral; Na Evolução de
Enfermagem devem constar: os problemas novos identificados; um resumo sucinto dos
resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas
subseqüentes;

4) Anotação de Enfermagem: é realizada pelo auxiliar de enfermagem e pelo


enfermeiro. É registros ordenados, cuja finalidade essencial é fornecer informações a
respeito da assistência prestada, de modo a assegurar a comunicação entre os membros
da equipe de saúde, garantindo a continuidade das informações nas 24 horas, o que é
indispensável para a compreensão da paciente de modo global. Além dos cuidados
prestados, é essencial constar nas anotações de enfermagem os itens da prescrição
médica e de enfermagem que foram checados. Já os que não foram cumpridos,
justificam-se o motivo.

Sempre ao final das anotações de enfermagem, da prescrição de enfermagem, do


diagnóstico de enfermagem e da evolução de enfermagem, deve constar o carimbo e a
assinatura do executante, conforme normativa do COREN DIR 001/2000.

Anotações de enfermagem

É o registro feito pela equipe de enfermagem no prontuário do paciente,


especificamente no impresso da sistematização da assistência de enfermagem, referente
às condições apresentadas pelos mesmos e todos os cuidados de enfermagem que foram
prestados. Embora haja entre os profissionais de enfermagem consenso de que a
anotação é um instrumento extremamente valioso, isto não tem sido devidamente
valorizado. Deve-se deixar bem claro que a anotação é um instrumento valorativo, de
grande significado na assistência de enfermagem e na sua continuidade, tornando-se
indispensável no processo de enfermagem. A anotação do cuidado prestado deve ser um
meio para controlar e avaliar a assistência de enfermagem. É necessário considerar o

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valor das anotações como fonte de investigação, instrumento de educação e
principalmente como um documento legal.

Normas para as Anotações de Enfermagem

• Verificar o tipo de impresso utilizado na Instituição e as normas para o seu


preenchimento (onde anotar, onde assinar e onde carimbar);

• Verificar se o cabeçalho do impresso está preenchido devidamente; caso não esteja,


preenchê-lo ou completá-lo;

• Proceder toda anotação de horário e preencher a data na primeira anotação do dia;

• Anotar somente após tomar conhecimento do que foi anotado pelos plantões
anteriores;

• Anotar informações completas de forma objetiva e legível para evitar a possibilidade


de dupla interpretação. Não usar termos que dêem conotações de valor (bem, mal,
muito, bastante);

• Utilizar frases curtas e exprimir cada observação em uma frase.

• Anotar imediatamente após a prestação do cuidado, recebimento da informação ou


observação das intercorrências;

• Anotar a checagem da prescrição médica e de enfermagem;

• Nunca rasurar a anotação por esta ter valor legal, em caso de engano usar “digo”, entre
vírgulas;

• Não utilizar o termo “a paciente” no início de cada frase, já que a folha de anotação é
individual;

• Deixar claro na anotação se a observação foi feita pela pessoa que anota ou se é
informação transmitida pela paciente (SIC), familiar ou outro membro da equipe de
saúde;

• Evitar o uso de abreviaturas que impeçam a compreensão do que foi anotado. Só


utilizar as abreviaturas que estão padronizadas na Instituição (Anexo I);

• As anotações de enfermagem são realizadas pelo enfermeiro e pelo auxiliar de


enfermagem. A documentação de enfermagem inserida no prontuário da paciente, além
do aspecto legal, é também utilizada como fonte de ensino, pesquisa, auditoria,
avaliação do cuidado e questões legais. Esta documentação assegura direito
constitucional da paciente de decisão sobre sua vida e autonomia, reforçado pela Lei
Estadual de São Paulo n° 10.241/99s.

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• Assinar imediatamente após o final da última frase, utilizar o carimbo contendo nome
completo sem abreviaturas, registro do COREN e função. Não deixar espaço entre as
anotações e a assinatura;

Conteúdos das Anotações de Enfermagem

No Bloco Cirúrgico todos os cuidados de enfermagem realizados e as medicações


administradas deverão ser registrados pelo profissional executante da ação. Vale
ressaltar, que alguns itens são importantes registrar devido à especificidade do setor.
São eles: sinais vitais queixas de dor, sangramento, perdas e nível de consciência.

Cirurgias eletivas

Responsáveis Atividade

Entregar os avisos de cirurgia, já cadastradas no HOSPUB,


após a reunião de cirurgia, constando se necessita de
Médico patologista durante o ato cirúrgico;
Residente
Responsável • Orientar a paciente referente ao procedimento cirúrgico e
solicitar que a mesma assine o termo de consentimento para
cirurgia.
• Receber os mapas já prontos e colocá-los no quadro de avisos,
na seqüência de 2ª à 6ª feira;

• Providenciar os materiais específicos solicitados para as


cirurgias;

• Providenciar a sala de cirurgia e o circulante de sala;

• Priorizar atendimento de cirurgias de urgência ou


emergência, agendando a seguir as eletivas, conforme
julgamento da equipe cirúrgica;
Enfermeiro
• Anotar no relatório de enfermagem as cirurgias suspensas e o
motivo da suspensão;

• Receber o paciente identificando-se;

• Conferir o nome do paciente com o mesmo e no prontuário;


• Verificar se o prontuário está completo;

• Orientar o paciente quanto aos procedimentos cirúrgico e


anestésico;

• Observar as condições gerais do paciente;

• Checar o preparo pré-operatório;

• Providenciar o encaminhamento do paciente para a sala de


cirurgia.

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5.Composição da sala de cirurgia

A Sala de Cirurgia deve ser composta de equipamentos fixos e móveis, são eles:

• Foco Cirúrgico Central;

• Mesa cirúrgica;

• Mesas auxiliares para instrumentação e pacotes esterilizados;

• Carro de anestesia;

• Bisturi elétrico;

• Mesa auxiliar para anestesia e medicamentos;

• Suporte de hamper;

• Monitor cardíaco;

• Oxímetro de pulso;

• Aparelho de P.A. não invasivo;

• Suportes para soro;

• Luz de emergência;

• Baldes para descarte de resíduos;

• Braçadeiras;

• Suportes alcochoados para pernas;

• Frascos aspiradores de secreções a vácuo;

• Estetoscópios para adulto;

• Material de intubação para adulto;

• Escadinha de dois degraus;

• Estrados;

• Ressuscitador manual (ambu) para adulto.

• Negatoscópio;

• Focos auxiliares;

• Banquetas giratórias;

• Umidificador de O2;

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6. Montagem da sala de cirurgia

A montagem da sala de cirurgia/parto deverá ser feita antes da chegada do paciente. Ao


montar a sala de cirurgia/parto o circulante deverá:

• Realizar a limpeza preparatória antes da primeira cirurgia do dia;

• Ler o pedido de cirurgia, certificando-se do tipo de cirurgia, idade da paciente,


aparelhos e solicitações especiais;

• Verificar as condições de limpeza da sala antes de montá-las;

• Testar o funcionamento dos aparelhos, tais como: aspiradores, bisturi elétrico, mesa
cirúrgica, focos e todos que houver necessidade;

• Revisar o carro de anestesia (equipado pela equipe da gasoterapia);

• Revisar e repor quando necessário, os materiais descartáveis;

• Checar os lavabos e repor material para degermação das mãos da equipe cirúrgica;

• Repor os pacotes de aventais e campos esterilizados, caixas de instrumentais e outros


materiais específicos para a cirurgia ou parto a ser realizado.

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7. Rotina de recepção do paciente no centro cirúrgico

Objetivos:

• Estabelecer contato direto com o paciente, levantar e analisar as necessidades


individuais do paciente a ser submetido ao ato anestésico cirúrgico e implementar um
plano de assistência de enfermagem (SAE), com o objetivo de diminuir os riscos a que
o paciente cirúrgico está exposto.

• Assegurar condições funcionais de técnicas necessárias ao bom andamento do ato


cirúrgico e segurança ao paciente. (SILVA et.al., 1997).

Funções do Auxiliar de Enfermagem na Sala de Cirurgia:

Definição:

São atividades desenvolvidas pelo circulante de sala antes, durante e após o ao cirúrgico
(SILVA et.al., 1997). Após a sala montada adequadamente para o procedimento
cirúrgico, o circulante deverá:

• Receber o paciente na sala de cirurgia cordialmente, apresentando-se e orientando-o a


cada passo do procedimento;

• Conferir a identificação da paciente e o prontuário;

• Observar as condições gerais da paciente, juntamente com o enfermeiro;

• Transferir o paciente para a mesa cirúrgica de forma segura;

• Reposicionar as sondas, drenos e soros com o devido cuidado para a mesa cirúrgica
sem tracioná-los, verificando sua permeabilidade;

• Permanecer junto ao paciente até a chegada da equipe anestésica e cirúrgica;

• Auxiliar a paciente no posicionamento para anestesia;

• Auxiliar na monitorizarão e indução anestésica;

• Posicionar a paciente de acordo com a cirurgia;

• Adaptar a placa universal de bisturi elétrico;

• Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica;

• Abrir os materiais estéreis, obedecendo aos princípios de técnica asséptica

• Abrir os pacotes de compressas cirúrgicas e solicitar ao residente que as conte;

• Realizar a degermação do campo operatório, conforme rotina da instituição;

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• Ligar e posicionar foco central para o campo operatório;

• Oferecer material (antisséptico clorexidine ou polvidine) para a realização da


antissepsia da pele pela equipe cirúrgica;

• Aproximar da mesa cirúrgica, aparelhos, hamper e aspiradores;

• Conectar fios elétricos e aspiradores;

• Estar atento às solicitações da equipe cirúrgica, de anestesia;

• Realizar as anotações de enfermagem nos impressos padronizados pela instituição;

• Checar as compressas, pesá-las quando necessário e contar após o seu uso;

• Receber e encaminhar as peças e exames para laboratórios, segundo rotina;

• Permanecer dentro da sala de cirurgia/parto durante todo o ato operatório;

• Manter porta da sala de operação fechada;

• Realizar a limpeza operatória quando necessária;

• Lavar as mãos antes e após a realização de procedimentos;

• Estar atento e comunicar qualquer intercorrências ao enfermeiro de plantão;

• Retirar campos cirúrgicos e pinças que estão sobre o paciente;

• Contar instrumental e conferir de acordo com a filipeta que está aderida na parte
externa da caixa;

• Desligar e afastar os aparelhos retirando a placa universal do bisturi elétrico;

• Cobrir o paciente e transferí-lo da mesa para a maca;

• Providenciar encaminhamento da paciente para a REC, juntamente com seu


prontuário;

• Preencher o impresso de gasto de sala;

• Anotar nos livros os procedimentos cirúrgicos;

• Solicitar o gasoterapeuta para controlar saída de gases, carrinho de anestesia e


materiais.

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Recomendações para uso do bisturi elétrico

Bisturi elétrico é uma designação genérica para um grupo de equipamentos que


permitam as funções de corte e coagulação. Ele é um aparelho que tem a propriedade de
transformar a corrente elétrica alternada de baixa freqüência (60 H) em corrente de alta
freqüência

Há vários acessórios utilizados em conjunto com o equipamento: canetas; cabos para


canetas; pinças monopolares; eletrados; placas em aço inoxidável ou em material
adesivo descartável e cabos para placas. As canetas e as pinças podem ser descartáveis
ou reutilizáveis.

Cuidados com a placa: a colocação da placa dispersiva no paciente é de


responsabilidade do circulante, que deverá seguir os seguintes critérios:

• Colocar a placa após o paciente estar corretamente posicionado e zelar para que não
haja deslocamento da peça quando houver mudança de posição;

• Colocar a placa dispersiva em área de massa muscular próxima ao sítio cirúrgico,


como a panturrilha, face posterior da coxa e glúteos, de modo a manter um contato
uniforme com o corpo;

• Situar a placa dispersiva afastada de próteses metálicas;

• Evitar colocar a placa em superfície muito pilosas, com pele escarificada ou com
saliências ósseas, pois diminuem o contato da placa com o corpo da paciente;

• Manter o paciente sobre uma superfície seca, sem contato com partes metálicas da
mesa de cirurgia;

• Dispensar cuidado especial a pacientes portadores de marca passo, a fim de evitar a


interferência do bisturi, colocando-se um imã na parte metálica inferior da mesa;

• Inspecionar a pele do paciente para verificar sua integridade, particularmente nas áreas
de pressão por conta da posição e do coxim dispersivo, antes e após a cirurgia.

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8. Desmontagem da sala de cirurgia

A Desmontagem da sala de cirurgia/parto deve ser feita após a saída do paciente. O


circulante deverá:

• Calçar as luvas de procedimentos;

• Retirar da mesa de instrumentais os materiais perfurocortantes, descartando-os em


recipiente próprio;

• Retirar os instrumentais da mesa e colocá-los em suas caixas, verificando a


integridade, o número de peças de acordo com a etiqueta da caixa mantendo as pinças
abertas, com exceção das fixadoras de campo.

• Colar o indicador químico do interior da caixa no prontuário do paciente;

• Aspirar todos os resíduos líquidos no aspirador da sala de operação e encaminhá-los


para o expurgo do Centro Cirúrgico;

• Realizar a limpeza dos acessórios e da mesa cirúrgica com água e sabão;

• Desmontar os aparelhos e encaminhar os acessórios para Central de Material


Esterilizado;

• Revisar os hampers separando os campos e compressas e identificá-los com nome do


circulante, data e horário;

• Encaminhar o carro de material e roupas contaminados em saco plástico fechado para


o expurgo do Centro Cirúrgico;

• Retirar as luvas e lavar as mãos;

• Encaminhar as ampolas e frascos vazios de medicamentos controlados segundo a


rotina;

• Após a limpeza do piso (efetuada pela equipe da limpadora), realizar a limpeza


concorrente com álcool a 70%.

19
9. Sala de recuperação pós anestésica.

Definição

Área destinada aos pacientes submetidos a qualquer procedimento anestésico-cirúrgico,


onde permanece até a recuperação da consciência, a normalização dos reflexos e dos
sinais vitais, sob observação e cuidados constantes da equipe médica e de enfermagem.
Deve concentrar recursos humanos para prevenir e detectar precocemente riscos e
complicações em pacientes no período pós-operatório imediato, decorrentes dos atos
cirúrgico e anestésico.

Localização

Encontra-se na área do Centro Cirúrgico Obstétrico, com saída exclusiva dos pacientes
para a REC.

Finalidade

A recuperação pós anestésica é o local onde são dispensados os cuidados intensivos à


paciente desde sua saída da sala operatória, eliminando anestésicos e estabilizando os
seus sinais vitais, a fim de retorná-la com segurança à unidade de origem. A equipe de
Enfermagem e Médica visam prevenir as intercorrências no período pós anestésico, e se
caso ocorram, devem oferecer o pronto atendimento.

Equipamentos

• Monitor multiparamétrico;

• Aparelho de pressão arterial com pedestal;

• Carro de parada cardiorrespiratória adulto;

• Respirador;

• Desfibrilador;

• Eletrocardiógrafo;

• Glicosímetro;

• Pontos de oxigênio, vácuo e ar comprimido;

• Berços aquecidos;

• Bombas de Infusão;

• Balança;

• Cadeira de rodas;

• Foco (móvel) clínico;

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10. Atribuições da equipe de enfermagem.

Enfermeiro

• Ler a programação de cirurgias, para ajustar o material às necessidades de cada


paciente;

• Prestar assistência individualizada no período pós operatório imediato ao paciente,


assegurando a prevenção de riscos e complicações decorrentes ao ato cirúrgico-
anestésico;

• Avaliar as condições respiratória, neurológica, circulatória e psicológica;

• Oferecer assistência ao recém-nascido que permanece com a mãe, estimulando e


orientando o Aleitamento Materno;

• Reconhecer as drogas mais usadas em anestesias, seus efeitos benéficos e colaterais;

• Realizar na admissão da paciente na REC, um exame físico sucinto;

• Realizar exame físico do RN, verificando o aspecto do cordão umbilical e sua


vitalidade;

• Elaborar o plano de cuidados (SAE), supervisionar sua execução e realizar os


cuidados mais complexos de enfermagem;

• Prestar cuidados de enfermagem conforme planejamento;

• Identificar quantitativamente e qualitativamente, a necessidade de materiais e


medicamentos e solicitá-los;

• Controlar os entorpecentes, quanto à solicitação para uso nos pacientes da unidade;

• Participar da orientação de pacientes e familiares;

• Realizar o controle dos carros de emergência, revisando as pilhas do laringoscópio e


funcionamento do desfibrilador, anotando em impresso próprio nos períodos diurno e
noturno;

• Prover a unidade de lençóis, forros, camisolas, cobertores e roupas de recém-nascidos;

• Realizar a educação continuada e capacitação da equipe de enfermagem;

• Prestar parecer técnico sobre equipamentos e materiais;

• Realizar ou delegar ao auxiliar de enfermagem solicitações como: exames


laboratoriais ou radiológicos, componentes sanguíneos prescritos, dietoterapias, auxílio
do Serviço Social ou Saúde Mental, higienização da paciente, do ambiente, etc.

21
Técnicos e auxiliar de enfermagem

• Revisar e repor os materiais necessários;

• Prestar os cuidados conforme prescrição médica;

• Prestar os cuidados de enfermagem aos pacientes conforme planejamento e supervisão


do Enfermeiro;

• Realizar as tarefas diárias e semanais do preparo e manutenção da unidade para


atendimento do paciente conforme planejamento e orientação do Enfermeiro;

• Realizar checagem e a anotação de enfermagem de todos os cuidados prestados;

• Verificar datas de validade de medicamentos e material esterilizado;

• Montar os bicos de oxigênio e vácuo;

• Limpar todos os aparelhos e superfícies com pano embebido em solução adequada;

• Montar equipamentos que tenham sido desmontados para limpeza e desinfecção,


verificando seu funcionamento;

• Completar a provisão de soros e medicamentos;

• Dedicar atenção especial à limpeza dos cabos, fios e tomadas;

• Fazer as camas, após desinfecção dos colchões realizados pelo funcionário da


limpadora;

• Repor materiais de consumo: gazes, compressas, luvas estéreis e de procedimentos,


esparadrapo, agulhas, scalps, cateteres intravenosos, seringas, algodão, sondas,
soluções, etc;

• Participar na melhoria dos processos realizados na unidade como parte do grupo de


trabalho, emitindo opiniões e sugestões;

• Participar de treinamentos e sugerir temas a serem abordados;

• Participar de reuniões convocadas pelo Enfermeiro;

22
8. Admissão do paciente na Sala de Recuperação Anestésica:

Enfermeiro/ Técnico /Auxiliar de Enfermagem

• Conferir a identificação da paciente com o prontuário;

• Registrar no sistema de informação e no livro de registro de paciente;

• Monitorar os sinais vitais: saturação de O2

• Instalar nebulização S/N; nível de consciência e dor;

• Manter a paciente aquecida;

• Verificar o posicionamento de drenos, sondas, cateteres;

• Atentar para os sinais de sangramento, perfusão periférica e aspecto do curativo


cirúrgico;

• Manter a paciente em posição confortável no leito, acolchoando zonas de pressão e


proeminências ósseas;

• Manter grades laterais elevadas;

• Garantir a privacidade da paciente;

• Manter a cabeça da paciente lateralizada e em decúbito dorsal elevado caso tenha feito
uso de anestesia geral;

• Observar e comunicar ao médico a presença bexigomas;

• Anotar débitos de drenos e sondas. No caso da diurese, controlar volume e sua


coloração;

• Observar e registrar a presença de infiltrações e flebites. Toda a infusão venosa deve


ser datada e rubricada.

• Medicar, conforme prescrição médica, se dor e/ou vômito e anotar de acordo com item
prescrito;

• Trocar de roupa de cama;

• Auxiliar na deambulação;

• Realizar banho de leito, quando necessário;

• Auxiliar na alimentação;

• Coletar e encaminhar os exames solicitados.

23
12. Alta do paciente da Sala de Recuperação Anestésica:

Responsável Ação

Médico Anestesista • Avaliar as condições de alta;

• Observar a saturação de oxigênio, manutenção


hemodinâmica, manutenção da temperatura corporal,
ausência de vômitos, hidratação, coloração da pele;

• Observar se a paciente está orientada no tempo e espaço;

• Examinar a ferida operatória, observando a ausência de


sangramento ativo;

• Avaliar se o volume de diurese é satisfatório;

• Observar se a manifestação de dor foi controlada, conforme


prescrição médica;

• Realizar a avaliação da paciente observando • Observar a


presença de atividade e força muscular em MMII;
Enfermeiro
• Testar a sensibilidade cutânea em MMII;

• Checar se o acesso venoso está identificado, quando houver;

• Verificar se todas as anotações do prontuário estão


devidamente checadas e assinadas;

• Solicitar a vaga no setor indicado (Alojamento Conjunto ou


Ginecologia);

• Informar à equipe de enfermagem da unidade de origem as


condições clínicas da paciente;

• Anotar na evolução da enfermagem, horário da


transferência.
Auxiliar de Enfermagem Pinçar as sondas, drenos e soros antes de transferi-la para
maca;

• Transferir a paciente para a maca com movimento único,


solicitando ajuda da equipe;

• Encaminhar a paciente com prontuário à unidade de origem;

• Checar os equipamentos da REC, deixando os em


condições de uso e limpeza.

• Solicitar a limpeza do leito à limpadora;

• Arrumar a cama, após desinfecção do colchão

24
13. Procedimentos administrativos e assistenciais

Solicitação de medicamentos à farmácia:

É realizada pelo enfermeiro, constando carimbo, assinatura e COREN. A solicitação é


feita sempre às 2ªs e 5ªs feiras de acordo com a cota pré estabelecida e a padronização
do setor. Nos casos de urgência são realizadas solicitações extras.

Solicitação de roupa

• Solicitar roupa à Lavanderia via telefone, conforme solicitação do setor;

• Acondicionar as roupas recebidas em armário próprio;

Retirada da roupa suja na sala de recuperação de anestesia.

• Colocar nos hampers as roupas de cama e banho utilizadas pelas pacientes;

• Identificar, retirar e encaminhar os sacos de hampers ao expurgo do CC, quando


necessário e no final de cada plantão.

Solicitação e devolução de material da CME

• Solicitar verbalmente ao funcionário da CME o material necessário;

• Fazer a devolução do material, depois de lavado no expurgo do CC, onde será


recolhido pelos funcionários da CME.

Solicitação de hemoderivados

Indicação Sempre que houver alterações hematológicas, necessitando restabelecer sua


normalidade via transfusões;

Agente Atividade
− Orientar a paciente sobre o procedimento; − Lavar as mãos;

− Calçar as luvas de procedimento;

− Posicionar o garrote e localizar a veia do paciente;

− Realizar a antissepsia da pele;


− Puncionar a veia;

− Retirar a quantidade de sangue necessário;


Colocar em cada tubo o volume necessário de sangue;
Enfermeiro
Técnico e − Desgarrotear o membro e pressionar o local da punção;
Auxiliar de
enfermagem − Identificar os tubos com etiquetas adequadas;

− Encaminhar material, em saco plástico, juntamente com a solicitação


do Banco de Sangue;

25
− Retirar as luvas e desprezar no resíduo infectante;

− Registrar no prontuário horário da coleta e envio ao Banco de


Sangue.
- Solução antisséptica;

- Seringa, agulha, garrote e algodão;

Materiais - 1 tubo com anticoagulante e 1 tubo seco;


- Etiquetas especiais de identificação do Banco de Sangue;

- Pedido específico do Banco de Sangue, devidamente preenchido;

- Luvas de procedimento; - Bandeja.

14. Central de material esterilizado

Definição

A Central de Material Esterilizado (CME) é a área responsável pela limpeza e


processamento de artigos e instrumentos médico hospitalares. É na CME que se realiza
o controle, o preparo, a esterilização e a distribuição dos materiais hospitalares.

Sua dinâmica de funcionamento é centralizada, ou seja, os materiais são preparados,


esterilizados, distribuídos e controlados quantitativa e qualitativamente na CME.

É uma área extremamente nobre, que exige reciclagem contínua em suas rotinas,
principalmente porque nas últimas décadas as técnicas cirúrgicas se tornaram mais
complexas. É preciso um maior compromisso com a qualidade da assistência, incluindo
a sensibilização e a competência dos profissionais de saúde e dos gestores.

É um órgão vital para as demais atividades do Hospital, que exige um corpo técnico
capacitado para dar conta das novas demandas tecnológicas que alcançam a CME, local
da prática e do resultado do aperfeiçoamento que se tornou possível pela excelência
científica dos últimos anos, conferindo com isto, um lugar de destaque no
processamento dos materiais.

A ciência da esterilização, com o progresso das técnicas cirúrgicas nas últimas décadas,
tornou mais complexas as medidas de segurança em relação ao paciente,
particularmente no que diz respeito aos métodos de esterilização.

Finalidade

Resolução RDC nº 307, de 14.11.2002 (Brasil, 2002), considera a área como uma
Unidade de Apoio Técnico, que tem como finalidade o fornecimento de artigos
adequadamente processados, proporcionando assim, condições para o atendimento
direto e a garantia da segurança na assistência.

26
Organização

A Central de Material Esterilizado é um serviço da Unidade de Apoio Técnico e


Auxiliar, sob a responsabilidade de um Encarregado de Enfermagem subordinado à
Gerente de Enfermagem do Hospital. O serviço de Enfermagem na CME acredita na
segurança da Esterilização como garantia de excelência no atendimento aos clientes.

Área física do CME

A área física da CME é composta por todos os elementos que ocupam seu espaço ou
nele interferem, em três instâncias: organizacional (processos, normas e recursos
humanos), física (área, energia e tecnologia) e financeira (recursos, investimento e
custeio). Todos estes aspectos devem ser vistos e projetados ao longo do tempo.

Definido o conceito, estabelecidos os processos e o programa para o dimensionamento


final da CME, é fundamental considerar a demanda diária de artigos, que pode ser
baseada no número e na especialidade de leitos do hospital, na quantidade de salas de
operação do Centro Cirúrgico, na média diária de cirurgias, na adoção ou não de artigos
de uso único e nas formas de tecnologia de estocagem e distribuição dos artigos
esterilizados aos clientes internos.

.A CME compreende as seguintes áreas:

• Área de preparo e esterilização de artigos e roupas;

• Área para desinfecção de alto nível (ácido peracético);

• Sala de armazenagem e distribuição de artigos esterilizados descartáveis.

Competência à CME

Competem os setores: recebimento, preparo, manutenção, controle e distribuição de


todo o material e/ou instrumental cirúrgico para uso geral do Hospital e envio dos
materiais termo sensíveis para esterilização em óxido de etileno.

A CME passou a exercer um papel ímpar para a qualidade das atividades de toda a
equipe de saúde, visto que o artigo a ser usado no paciente precisa estar livre de
qualquer microorganismo sob todas as formas de vida.

O profissional para atuar nesta área necessita de informações que permitam optar pelo
método que ofereça, além da segurança ao trabalhador, maior vida útil ao artigo,
preservação ambiental, garantia de qualidade do serviço, pois estes são fatores
fundamentais no processo assistencial.

Pessoal

O quadro de pessoal da CME é composto por enfermeiros, Técnico-auxiliares de


enfermagem e auxiliares administrativos.

27
Coordenador de enfermagem

O Coordenador de Enfermagem possui papel fundamental no gerenciamento do setor e


coordenação das atividades, pois detém o conhecimento de todas as técnicas e
princípios de Enfermagem, atuando na conscientização da equipe no desenvolvimento
das normas e rotinas, e alertando quanto à importância da execução das técnicas corretas
em todas as atividades, relativas à assistência prestada ao cliente. Segue abaixo suas
atribuições:

• Coordenar tecnicamente as atividades da equipe de enfermagem;

• Desempenhar as funções administrativas inerentes às atividades da assistência de


enfermagem;

• Manter e avaliar recursos materiais e humanos necessários ao desempenho das


atividades de enfermagem do setor;

• Manter o controle obedecendo a princípios técnicos, científicos e de segurança à


esterilização do material;

• Propiciar um ambiente agradável, observando princípios de ética e das relações


humanas necessários ao desempenho e eficiência do trabalho;

• Convocar e presidir, periodicamente reuniões técnicas com a equipe de enfermagem


do setor para orientação de novas rotinas, coordenação e avaliação dos trabalhos
desempenhados;

do trabalho;

• Convocar e presidir, periodicamente reuniões técnicas com a equipe de enfermagem


do setor para orientação de novas rotinas, coordenação e avaliação dos trabalhos
desempenhados;

Enfermeiros assistenciais:

Ao Enfermeiro Assistencial cabe coordenar tecnicamente as atividades de enfermagem


da equipe de enfermagem do setor, mantendo as programações estabelecidas. Segue
abaixo suas atribuições:

• Elaborar em conjunto com o Encarregado de Enfermagem do setor, um plano de


trabalho para a equipe de enfermagem;

• Orientar a equipe de enfermagem no desempenho de suas funções, instruindo no que


se fizer necessário;

• Manter o controle do estoque de material esterilizado, repondo as pinças e enviando


para o conserto, cromagem ou dando baixas através de fichas de entrada e saída de
material, quando não estão adequadas;
28
• Executar as normas de controle, obedecendo a princípios técnico-científicos, de
segurança à esterilização de material;

• Participar do desenvolvimento e treinamento do pessoal, como instrutor e/ou monitor


do setor;

• Participar de reuniões da equipe de enfermagem, sugerindo e programando medidas


que visa o aperfeiçoamento do trabalho e da equipe;

• Avaliar a atuação dos elementos da equipe de enfermagem no desempenho de suas


funções;

• Atuar em conjunto com a SCIH no sentido de reduzir as taxas de infecção.

Técnicos /Auxiliar de enfermagem:

Aos Auxiliares de Enfermagem da Central de Material Esterilizado compete:

• Participar no preparo do material a ser esterilizado;

• Manter o controle do funcionamento dos aparelhos da CME e do indicador biológico


“attest(s)” das autoclaves, com registro impresso e relatório;

• Manter o controle de estoque de material esterilizado e observar a validade do tempo


de esterilização;

• Registrar as atividades desenvolvidas, de acordo com o mapa de produção.

• Auxiliar o enfermeiro na verificação e controle de material existente;

• Executar o preparo e esterilização de material especial, que exija desinfecção de alto


nível, para material termo sensível;

• Promover e manter a limpeza e ordem nas áreas específicas de trabalho de


enfermagem;

• Receber e entregar pontualmente o plantão, no seu setor de trabalho;

• Participar da avaliação de qualidade de trabalho do setor;

• Participar da reunião de equipe de enfermagem do setor, propondo e sugerindo


medidas que visa a integração da equipe e o desenvolvimento profissional;

• Atender a programação de treinamento do setor;

• Manter rigoroso comportamento ético profissional, de acordo com o Código de Ética


Profissional;

• Relatar as intercorrências em livro próprio e comunicar ao enfermeiro do plantão;

29
15. Classificação dos artigos

Artigos críticos

O conteúdo refere-se aos artigos ou produtos utilizados em procedimentos invasivos


com penetração em pele e em mucosas adjacentes, tecidos subepiteliais e sistema
vascular, incluindo todos os materiais que estejam diretamente conectados com estas
regiões.

A esterilização é o processo básico para que o uso destes produtos satisfaça os objetivos
propostos.

Segundo a RDC n º8, de 27 de fevereiro de 2009, é obrigatória a esterilização dos


produtos para saúde classificados como críticos;

Artigos semicríticos

São artigos ou produtos que entram em contato com mucosas íntegras colonizadas e
que exija uma desinfecção de alto nível. São exemplos de tais artigos: nebulizadores,
umidificadores, inaladores, circuitos respiratórios, endoscópios, espéculo vaginal dentre
outros. A esterilização destes artigos não é obrigatória, embora possa ser desejável em
diversas circunstâncias, como quando se usa o espéculo vaginal em cirurgia.

Segundo o Centers for Disease Control and Prevetion (CDC), a desinfecção de alto
nível dos artigos é indicada devido ao risco intermediário de transmissão de infecção,
independente da doença apresentada pelo paciente quando do último uso. Nestes casos,
usa-se o Ácido Peracético.

Artigos não críticos

São artigos ou produtos destinados ao contato com a pele íntegra do paciente ou aqueles
artigos que não têm contato direto com o mesmo. Exigem como processamento mínimo
a limpeza e/ou desinfecção de baixo nível, entre um uso e outro, entendendo-se por
limpeza a remoção da sujidade visível. São exemplos de tais artigos: termômetros
oscilares digital, manguitos de esfigmomanômetro, sensor de oxímetro de pulso, garrote
pneumático, comadres, entre outros.

30
16.Tempos cirúrgicos ou operatórios

São procedimentos ou manobras consecutivas realizadas pelo cirurgião, desde o início


até o término da cirurgia. De um modo geral as intervenções cirúrgicas são realizadas
em quatro tempos básicos.

1 ) Diérese

2) Hemostasia

3) Cirurgia propriamente dita

4) Síntese

Obs: Algumas vezes apenas um tempo cirúrgico pode estar presente, como por
exemplo, na abertura de um abscesso ou na sutura de um corte ocasionado
acidentalmente.

1) Diérese : (Dividir, cortar, separar) Separação dos planos anatômicos ou tecidos para
possibilitar a abordagem de um órgão ou região (cavitária ou superfície), é o
rompimento da continuidade dos tecidos.

Pode ser classificada em:

-Mecânica (instrumentos cortantes)

– Física (recursos especiais)

2) Hemostasia: (hemo=sangue; stasis=deter) – Processo pelo qual se previne, detém ou


impede o sangramento. Pode ser feito por meio de:

– Pinçamento de vasos

– Ligadura de vasos

-Eletrocoagulação

-Compressão

-Hemostasia prévia, preventiva ou pré-operatória:

Medicamentosa = baseada nos exames laboratoriais

Cirúrgica = interromper em caráter provisório o fluxo de sangue para a ferida cirúrgica


para prevenir ou diminuir a perda sanguínea (garrote pneumático, faixa de smarch)

– Hemostasia temporária – Feita durante a intervenção cirúrgica para deter ou impedir


temporariamente o fluxo de sangue no local da cirurgia (compressão por instrumentais –
pinças, aplicação de medicações, uso de hemostáticos)

31
– Hemostasia definitiva – Obliteração do vaso sanguíneo em caráter permanente (sutura,
bisturi – eletrocoagulação, laqueadura, uso de hemostáticos)

3) Cirurgia propriamente dita ou EXÉRESE – Tempo cirúrgico fundamental, onde


efetivamente é realizado o tratamento cirúrgico – momento em que o cirurgião realiza a
intervenção cirúrgica no órgão ou tecido desejado, visando o diagnóstico, o controle ou
a resolução da intercorrências, reconstituindo a área, procurando deixá-la da forma mais
fisiológica possível.

4) Síntese cirúrgica (junção, união) – aproximar ou coaptar bordas de uma lesão, com a
finalidade de estabelecer a contigüidade do processo de cicatrização, é a união dos
tecidos. O resultado da síntese será mais fisiológico quanto mais anatômica for à diérese
(separação).

Classificação do Instrumental Cirúrgico:

32
Instrumental Cirúrgico

Instrumentos de Diérese

O Bisturi.

As tesouras

Instrumentos de Hemostasia

As pinças hemostáticas curvas

As pinças
hemostáticas retas

33
A pinça mixter As pinças intestinais

A pinça De Bakey

O porta-agulha de Hegar

34
O porta-agulha de Mathieu

A pinça de Backaus A pinça anatômica e A pinça dente-de-rato

35
A pinça de Allis

A pinça de Durval e a pinça de coração

A pinça de Pozzi A pinça de Desjardins

36
Instrumentos Auxiliares

O Afastador de Farabeuf e Afastador de Volkmann

Os afastadores de Doyen

37
17 Rotina de limpeza da unidade

Definição

O serviço de limpeza de um hospital tem particular importância no controle das


infecções hospitalares, por garantir a higiene das áreas e artigos do hospital, reduzindo
assim as infecções cruzadas. Na medida em que estas infecções podem ser a
conseqüência da exposição ao ambiente contaminado, através da poeira mobiliária,
equipamentos e outros. Uma higiene ambiental eficiente é fundamental para a
diminuição das infecções.

Este anexo tem por finalidade nortear as ações nesta área, também considerada de apoio
à prevenção e ao controle das infecções hospitalares. Desta forma, tem a preocupação
de oferecer aos profissionais desta Instituição informações a serem acrescentadas ao seu
acervo de conhecimentos, que possibilitem a vigilância das ações executadas pela
empresa contratada para a higiene e, principalmente, uma maior segurança no ambiente
hospitalar.

Limpezas hospitalar:

É o processo de remoção de sujidades mediante a aplicação de ação ou energia


química, mecânica ou térmica, num determinado período de tempo. Consideraremos
como limpeza hospitalar a limpeza das superfícies fixas e equipamentos permanentes
das es sanitárias, sistemas de ar condicionado e caixas d’água.

Limpezas diárias ou concorrentes:

É a limpeza feita nas superfícies hospitalares mais freqüentemente utilizadas enquanto


ocupadas por pacientes. Pode ser realizada mais de uma vez por dia, quando necessário.

Limpeza terminal:

É a limpeza que abrange todas as superfícies (teto, parede, piso e mobiliário). Pode ser
feita após alta, óbito ou transferência do paciente, após o término do turno de trabalho,
ou conforme protocolo previamente estabelecido (semanal, quinzenal, mensal, etc.).

Desinfecção:

Destruição de microorganismos, exceto os esporulados, pela aplicação de meios físicos


ou químicos, em artigos ou superfícies.

Desinfecção concorrente:

É a desinfecção feita após a limpeza concorrente.

38
Descontaminação:

Procedimento realizado nos casos de extravasamento de matéria orgânica (sangue,


secreções, excrementos).

Desinfecção terminal:

É a desinfecção feita após a limpeza terminal.

Degermação:

Remoção ou redução de microorganismos da pele, seja por meio de limpeza mecânica


(sabão com escovação), seja por meio de agentes químicos (antissépticos).

Assepsia:

Processo que permite afastar os germes patogênicos de um local ou objeto.

Produtos de limpeza

Conceitos: Sabões / detergentes: são solúveis em água, contém tensoativos em sua


formulação, com a finalidade de emulsificar e facilitar a limpeza.

Germicidas: são agentes químicos que inibem ou destroem os microorganismos,


podendo ou não destruir esporos.

São classificados em: esterilizantes, desinfetantes e antissépticos.

Desinfetantes: são germicidas de nível intermediário de ação, não são esporicidas

Periodicidade da limpeza no bloco cirúrgico

Limpeza Concorrente: Ao término de cada cirurgia. No final de cada cirurgia não


infectada, são recolhidos todos os campos cirúrgicos, retirado o lixo e o circulante de
sala limpa com álcool a 70% o foco, a mesa cirúrgica, acessórios e a bancada do recém
nascido. A limpadora faz a limpeza concorrente do piso com detergente ou sabão
neutro. Na presença de matéria orgânica, é retirado o excesso com papel absorvente e
em seguida feita a limpeza e desinfecção com cloro. Vale ressaltar que tanto o
Hipoclorito de Sódio como o Cloro Orgânico tem o tempo de ação de 10 minutos.

Limpeza Terminal: Uma vez por semana e ao término de cirurgia infectada. Na


limpeza terminal todo o mobiliário é retirado da sala cirúrgica, alcoolizado e a limpeza
do piso, rodapé e das paredes são efetuadas com detergente. . Na presença de matéria
orgânica, é retirado o excesso com papel absorvente e em seguida feita a limpeza e
desinfecção com cloro. Vale ressaltar que tanto o Hipoclorito de Sódio como o Cloro
Orgânico tem o tempo de ação de 10 minutos.

39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Processamento de Artigos e
Superfícies em Estabelecimentos de Saúde, 2ª edição, Brasília, 1994. 50p.

COSTA, A.O.. et al. Esterilização e Desinfecção. Fundamentos Básicos, Processos e Controles, Cadernos
de Enfermagem 4. Cortez. Ed.1990, p. 65-83.

Sociedade brasileira de enfermeiros de centro cirurgico, recuperação pós anestésica e central de


material e esterilização- sobecc, manual de práticas recomendadas, 5ªed. São Paulo: 2009

40
anexos

41
Vestimentas centro cirúrgico

Roupa privativa

Capote Cirúrgico

Paramentação Completa.

42
Tipos de drenos utilizados no Centro Cirúrgico.

Dreno de sucção. Dreno de Penrose

Dreno torácico.

Dreno tubular.

43
Escova de degermação.

Lidocaína injetável.

Lidocaína pomada

44
Bandeja de laparotomia

45
Capotes e Campos Cirúrgicos.

46
47

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