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CONTABILIDADE GERENCIAL
CONTEXTUALIZANDO
Essa conversão nos remete a perceber que por si só ela não existiria, pois
seria necessário um processo mais intenso para que a nossa contabilidade se
aproximasse das normas de outros países, ou seja, mantendo suas
características e adequando a de outros países. Esse processo é conhecido
como harmonização.
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Uma vez harmonizada a contabilidade, era necessária uma padronização,
ou seja, criar um único modelo para que a contabilidade pudesse ser lida e
entendida em todos os países convergidos.
Com base nesses processos, a convergência propriamente dita, utilizando
a teoria de (Hendriksen; Van Breda, 2012, p. 29), é possível afirmar que, em
relação à contabilidade, “muitos a consideram como a linguagem dos negócios.
Considera-se, neste caso, analogamente, como ‘linguagem pragmática’, que é o
estudo do efeito da linguagem. A semântica é o estudo do significado da
linguagem, e a sintaxe é o estudo da lógica ou gramática da linguagem”
(Hendriksen; Van Breda, 2012, p. 29).
Assim, podemos associar a convergência no sentido literal da linguagem,
pois é necessário que haja a análise de qual efeito, qual significado e qual lógica
a convergência acarretará aos usuários.
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TEMA 1 – CONTABILIDADE GERENCIAL
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princípios, resoluções etc. A Lei n. 6.404/76 também determina a forma de
elaboração dos relatórios contábeis que devem ser seguidos.
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Essa transformação de números em relatórios gerenciais deve-se à
necessidade de informações contábeis úteis para a administração, por meio de
gráficos, planilhas e softwares especiais para a gestão.
Horngren (1986, p. 516) observa a importância do papel do contador no
processo de tomada de decisões esclarecendo que “muitos gerentes querem
que o contador ofereça sugestões sobre uma decisão, mesmo que a decisão
final sempre pertença ao executivo operacional”.
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TEMA 3 – GESTÃO ESTRATÉGICA
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Assamento e Alimentação Assada, um diretor de Técnicas Ígneas, um
administrador-geral de Reflorestamento, uma Comissão de Treinamento
Profissional em Porcologia, um Instituto Superior de Cultura e Técnicas
Alimentícias e o Bureau Orientador de Reforma Igneo – operativas.
Eram milhares de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que
logo seriam incendiados. Havia especialistas estrangeiros estudando a
importação das melhores árvores e sementes, fogo mais potente etc. Havia
grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, além de
mecanismos para deixá-los sair apenas no momento oportuno.
Um dia, um incendiador chamado João Bom-Senso resolveu dizer que o
problema era fácil de ser resolvido – bastava, primeiramente, matar o porco
escolhido, limpando e cortando adequadamente o animal, colocando-o então
sobre uma armação metálica sobre brasas, até que o efeito do calor – e não as
chamas – assasse a carne.
Tendo sido informado sobre as ideias do funcionário, o diretor-geral de
Assamento mandou chamá-lo ao seu gabinete e disse-lhe: “Tudo o que o senhor
propõe está correto, mas não funciona na prática. O que o senhor faria, por
exemplo, com os anemotécnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria? E com
os acendedores de diversas especialidades? E os especialistas em sementes,
em árvores importadas? E os desenhistas de instalações para porcos, com suas
máquinas purificadoras de ar?
E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano têm trabalhado no
Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço com eles, se a sua solução
resolver tudo? Heim?”
“Não sei”, disse João, encabulado.
“O senhor percebe agora que a sua ideia não vem ao encontro daquilo de
que necessitamos? O senhor não vê que, se tudo fosse tão simples, nossos
especialistas já teriam encontrado a solução há muito tempo? ”
“O senhor, com certeza, compreende que eu não posso simplesmente
convocar os anemotécnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas,
sem chamas? O que o senhor espera que eu faça com os quilômetros de
bosques já preparados, cujas árvores não dão frutos e nem têm folhas para dar
sombra? E o que fazer com nossos engenheiros em porcopirotecnia? Vamos,
diga-me! ”.
“Não sei, senhor. ”
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“Bem, agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia
dizendo por aí que pode resolver tudo. O problema é bem mais sério do que o
senhor imagina. Agora, entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa
sua ideia – isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo. ”
João Bom-Senso, coitado, não falou mais um “a”. Sem despedir-se, meio
atordoado, meio assustado com a sua sensação de estar caminhando de cabeça
para baixo, saiu de fininho e ninguém nunca mais o viu. Por isso é que até hoje
se diz, quando há reuniões de Reforma e Melhoramentos, que falta o Bom-
Senso.
(Higa; Altoé, 2015, p. 215-218.)*
*(Obs.: o texto original de autoria desconhecida, circulou entre os alunos de pós-
Conforme vocês puderam perceber, o caso acima ilustra o que não pode
ocorrer no planejamento estratégico.
Acerca desse assunto, relacione a “Fábula dos porcos assados” ao
planejamento estratégico elaborado por sua empresa.
Resolução
A “Fábula dos porcos assados” retrata uma situação que pode ocorrer no
cenário empresarial. Muitas organizações desperdiçam tempo e dinheiro em
processos como os relatados acima. No entanto, os problemas devem ser
observados sob outra perspectiva, verificando se realmente temos uma melhoria
significativa ou se estamos dando importância para algo que não faz sentido. No
planejamento estratégico, é importante refletir sobre os indicadores relevantes
da entidade, e não na eficácia do “incêndio da floresta”. Assim, devemos
mensurar o que realmente faz sentido, para que possamos potencializar os
resultados organizacionais e consequentemente atrair novos clientes e
acionistas.
(Higa; Altoé, 2015, p. 215-218.)
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TEMA 4 – CONTABILIDADE GERENCIAL E SISTEMA DE INFORMAÇÃO
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4.1 Sistema
Kroenke (2012, p. 15) define sistema como “um grupo de itens que
interagem entre si ou que sejam independentes, formando um todo unificado,
com objetivos comuns”. Em outras palavras, o sistema é provido de entradas e
saídas, em que a entrada recebe as informações (dados) e promove a saída
(informação desejada).
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Natureza financeira – São exemplos da dimensão financeira: capital de
giro e fluxos de caixa. Envolvem recursos financeiros da empresa.
Natureza física – Envolve a mensuração de natureza física como:
quantidades geradas de produtos e serviços.
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5.1 Demonstrações gerenciais básicas
De acordo com Martins et al. (2013, p. 2), “O balanço tem por finalidade
apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data,
representando, portanto, uma posição estática”. Assim, é a demonstração
estática do patrimônio que evidencia, em um determinado momento, tudo que a
empresa tem de bens, direitos e obrigações. Os bens e direitos representam o
ativo, que são as aplicações dos recursos da empresa enquanto que as
obrigações representam o passivo da empresa e são as origens ou fontes de
recursos que financiam o ativo. Ainda de acordo com Martins et al. (2013, p. 3),
“O Pronunciamento Técnico 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis,
que segue o padrão internacional, não estabelece ordem ou formato para
apresentação das contas do balanço patrimonial, mas determina que seja
observada a legislação brasileira”.
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Assim, a demonstração do resultado do exercício é uma demonstração
financeira e dinâmica da contabilidade, cujo foco é a compilação dos fatos
contábeis, a qual demonstra o resultado positivo ou negativo das operações
financeiras no período.
FINALIZANDO
Diante dos assuntos abordados nesta aula, reflita: a) pode-se dizer que a
contabilidade está dividida em contabilidade financeira e contabilidade gerencial.
Como é feita essa divisão?; b) como podem ser compreendidos os sistemas de
informação?; c) quais são as relações de ativo e passivo com as origens e
aplicações de recursos?
É bem importante lembrar que estamos inseridos no mundo baseado em
informações, que são relevantes em nossas vidas em qualquer sentido. A
contabilidade gerencial é desenvolvida basicamente em informações, e devemos
estar sempre atentos ao acompanhamento das constantes atualizações. Para
tanto, hoje temos diversas formas de pesquisa em que temos a oportunidade de
explorar e expandir nossos conhecimentos. Procure acompanhar as NBCTs,
Resoluções CFC e demais sites relacionados à contabilidade. Também é muito
importante pesquisarmos o Manual de contabilidade societária e o Manual de
contabilidade aplicada ao setor público, pois são procedimentos e normas
diferentes, mas que poderão ser necessários a qualquer momento na profissão
de um contador.
No decorrer desta aula, vimos a contabilidade gerencial como ferramenta
de decisão e a importância da contabilidade financeira, que, além de atender à
legislação pertinente, fornece importantes informações para a construção dos
relatórios gerenciais, que serão estudadas ao longo deste módulo. Foi feito um
breve relato acerca das demonstrações contábeis que são bases para a
contabilidade gerencial, em forma de recapitulação, pois esses relatórios são
exaustivamente estudados dentro da contabilidade financeira, e agora a
adaptação para a contabilidade gerencial. Abordou-se a respeito das diferenças
da contabilidade financeira e gerencial, bem como a forma como se relacionam
entre si, com o objetivo de construir relatórios gerenciais para proporcionar aos
gestores subsídios para a correta tomada de decisão.
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REFERÊNCIAS
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IUDÍCIBUS, S. de; MARION, J. C. Curso de contabilidade para não
contadores. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
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RESPOSTAS
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