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Mecânica Aplicada

(Estruturas Metálicas)
MATHEUS HENR IQUE PER EIR A
Ações e Segurança nas Estruturas
Introdução

NBR 8800 – Projeto de Estruturas Mistas de Aço e Concreto


NBR 6123 – Força Devido ao Vento
Ações do vento em edificações
O vento exerce pressões e sucções nas edificações, de forma variada, contínua ou intermitente,
causando efeitos indesejáveis.
Ação do vento sobre um corpo:
Vento a Barlavento:
-Produz um esforço de pressão sobre o
componente, empurrando-o na direção
do sentido do vento;

Vento Paralelo:
- Produz um esforço de sucção vertical
sobre o componente, puxando-o na
direção perpendicular a do vento
Ação do vento sobre um corpo:
Vento a Sota-Vento:
-Produz um esforço de sucção sobre o
componente, puxando-o na direção do
sentido do vento;

Vento com pressão interna:


- Produz um esforço de pressão sobre o
componente, empurrando-o na direção e
sentido do vento e na direção
perpendicular ao vento;
Ação do vento sobre um corpo:
Vento com Sucção Interna:
- Produz um esforço de sucção
sobre o componente, puxando-o
na direção e sentido do vento e na
direção perpendicular ao vento;

Os valores mínimos das cargas acidentais, produzidas pelo vento, que


devem ser consideradas no dimensionamento das estruturas de
edificações estão fixadas na Norma Brasileira – NBR6123 – Forças
devidas ao vento em edificações;
Efeito do Vento
Exemplo da ação do vento sobre a
estrutura de um edifício:
Efeito
Determinação da força do vento NBR
6123-88 ABNT
A formação do vento depende de uma série de fenômenos metereológicos que não cabe aqui
neste trabalho comentar, mas um fator é importante para se levar em conta no cálculo
estrutural: O vento tem caráter aleatório;
Assim o projetista deve considerar para direção do vento a que é a mais desfavorável para a
estrutura;
Para intensidade será preciso usar valores medidos experimentalmente e tratados
estatisticamente;
Determinação da força do vento NBR
6123-88 ABNT
Aplicando-se o teorema de Bernoulli pode-se mostrar que a pressão de obstrução causada pelo
vento é dada por:
Determinação da força do vento NBR
6123-88 ABNT
Vk → é a velocidade característica do vento expressa em m/s;
Esta velocidade característica do vento é obtida, em geral, em referencia a valores medidos
próximos da região em que construirá a edificação;
Desta forma verifica-se que inicialmente há a necessidade de se uniformizar a forma de medir a
velocidade do vento ao longo de diversos anos e depois como transformar este valor para a ação
que irá atuar realmente na estrutura;
Determinação da força do vento NBR
6123-88 ABNT
Assim, de um modo geral a velocidade do vento em uma edificação será analisada em função:
a) Do local da edificação;
b) Do tipo do terreno se plano, em aclive, morro ou etc;
c) Da altura da edificação, rugosidade do terreno (tipo e altura dos obstáculos na vizinhança da
edificação;
d) Da finalidade da edificação (se hospital, residência etc).
Determinação da força do vento
A NBR 6123: 1988 prevê que o cálculo da
velocidade característica deverá ser:
Onde:
V0→ velocidade básica (fornecida em um
gráfico de isopletas);
S1→ fator topográfico;
S2→ fatorde rugosidade do terreno
(dimensões e altura da edificação);
S3 → fator estatístico;
Determinação da força do vento
A velocidade básica do vento do vento é dada em um gráfico de isopletas (curvas com que
contem pontos com a mesma velocidade básica de vento) do Brasil e considerando as seguintes
situações:
-Velocidade básica de uma rajada de 3 segundos;
-Período de retorno de 50 anos;
-Probabilidade de 61,3% de ser excedida pelo menos no período de retorno de 50 anos
-Altura de 10 m
-Terreno plano, em campo aberto e sem obstruções
Efeito do vento na crosta terrestre
Gráfico das Isopletas
S1–Fator Topográfico
Há três situações a considerar:
-terreno plano ou pouco ondulado;
-Talude;
-morros.
Na figura a seguir podem ser vistas as três possibilidades que correspondem aos pontos A, B e C;
-No caso do ponto A seria um terreno plano;
-O ponto B seria um aclive em que há o aumento da velocidade do vento;
-O ponto C que seria correspondente a uma situação de vale protegido em que há a diminuição da
velocidade do vento.
Assim, para terrenos planos S1=1, para vales protegidos S1=0,9
e finalmente para morros tem-se as expressões a seguir:
S1–Fator Topográfico
𝑺𝟏(𝒛) = 𝟏, 𝟎 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝜽 < 𝟑𝒐

≤𝜽

Sendo:
Z - altura medida a partir da superfície do
terreno no ponto considerado
d - diferença do nível entre a base e o topo do
talude ou morro
θ -inclinação média do talude do morro
Para valores intermediários das fórmulas 3.4
usar interpolação linear.
S2–Fator Rugosidade
Considera as particularidades da edificação em relação a sua dimensão e a presença ou não de obstáculos
no redor da mesma. São consideradas cinco categorias:
-Categoria I – Superfícies lisas de grandes dimensões, com mais de 5km de extensão, medida na direção e
sentido do vento incidente. Exemplos: Mar calmo, Lagos e rios, pântanos sem vegetação
-Categoria II – Terrenos abertos em nível ou aproximadamente com poucos obstáculos isolados, tais como
árvores e edificações baixas. Exemplos: zonas costeira planas, pântanos com vegetação rala e campos de
aviação, pradarias e charnecas e fazendas sem sebes e muros.
-Categoria III –Terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como sebes e muros, poucos quebra-
ventos de árvores, edificações baixas e esparsas. Exemplos: granjas e casas de campo, fazendas com sebes e
muros, subúrbios a considerável distância do centro, com casas baixas e esparsas.
S2–Fator Rugosidade
-Categoria IV – Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em
zona florestais, industriais ou urbanizados. Exemplos: zonas de parques bosques
com muitas florestas, cidades pequenas e seus arredores, subúrbios densamente
construídos de grandes cidades, áreas industriais plena ou parcialmente
desenvolvidas. A cota média do topo dos obstáculos é considerada igual a 10 m
-Categoria V – Terrenos cobertos por obstáculos numerosos, grandes, altos e pouco
espaçados. Exemplos: florestas com árvores altas de copas isoladas, centros de
grandes cidades, complexos industriais bem desenvolvidos. A cota média do topo
dos obstáculos é considerada igual ou superior a 25 m.
S2–Fator Rugosidade
S2–Fator Rugosidade
O tamanho da edificação influenciará diretamente no valor do turbilhão da rajada de
vento e assim é preciso agora definir três classes de edificações:
-Classe A –Todas as unidades de vedação, seus elementos de fixação e peças
individuais de estruturas sem vedação. Toda edificação ou parte da edificação na qual
a maior dimensão horizontal ou vertical da superfície frontal não exceda 20 metros.
-Classe B –Toda edificação ou parte da edificação na qual a maior dimensão horizontal
ou vertical da superfície frontal esteja entre 20 e 50 metros.
-Classe C –Toda edificação ou parte da edificação na qual a maior dimensão horizontal
ou vertical da superfície frontal exceda 50 metros.
S2–Fator Rugosidade
A expressão para o cálculo de S2é dado por:

Sendo:
-z – é a altura acima do terreno
-Fr – Fator de rajada correspondente à classe B, categoria II
-b – parâmetro de correção da classe de edificação (tabela 3.1)
-p – parâmetro metereológico (tabela 3.1)
S2–Fator Rugosidade
Classe
Categoria Zg (m) Parâmetro
A B C
b 1,100 1,110 1,120
I 250
p 0,060 0,070 0,070
b 1,000 1,000 1,000
II 300 fr 1,000 0,980 0,950
p 0,085 0,090 0,100
b 0,940 0,940 0,930
III 350
p 0,100 0,105 0,115
b 0,860 0,850 0,840
IV 420
p 0,120 0,125 0,135
b 0,740 0,730 0,710
V 500
p 0,150 0,160 0,175
S2–Fator Rugosidade
CATEGORIA DE RUGOSIDADE DO TERRENO
ALTURA
I II III IV V
z
CLASSE CLASSE CLASSE CLASSE CLASSE
(m)
A B C A B C A B C A B C A B C
≤5 1,06 1,04 1,01 0,94 0,92 0,89 0,88 0,86 0,82 0,79 0,76 0,73 0,74 0,72 0,67
10 1,1 1,09 1,06 1 0,98 0,95 0,94 0,92 0,88 0,86 0,83 0,8 0,74 0,72 0,67
15 1,13 1,12 1,09 1,04 1,02 0,99 0,98 0,96 0,93 0,9 0,88 0,84 0,79 0,76 0,72
20 1,15 1,14 1,12 1,06 1,04 1,02 1,01 0,99 0,96 0,93 0,91 0,88 0,82 0,8 0,76
30 1,17 1,17 1,15 1,1 1,08 1,06 1,05 1,03 1 0,98 0,96 0,93 0,87 0,85 0,82
40 1,2 1,19 1,17 1,13 1,11 1,09 1,08 1,06 1,04 1,01 0,99 0,96 0,91 0,89 0,86
50 1,21 1,21 1,19 1,15 1,13 1,12 1,1 1,09 1,06 1,04 1,02 0,99 0,94 0,93 0,89
60 1,22 1,22 1,21 1,16 1,15 1,14 1,12 1,11 1,09 1,07 1,04 1,02 0,97 0,95 0,92
80 1,25 1,24 1,23 1,19 1,18 1,17 1,16 1,14 1,12 1,1 1,08 1,06 1,01 1 0,97
100 1,26 1,26 1,25 1,22 1,21 1,2 1,18 1,17 1,15 1,13 1,11 1,09 1,05 1,03 1,01
120 1,28 1,28 1,27 1,24 1,23 1,22 1,2 1,2 1,18 1,16 1,14 1,12 1,07 1,06 1,04
140 1,29 1,29 1,28 1,25 1,24 1,24 1,22 1,22 1,2 1,18 1,16 1,14 1,1 1,09 1,07
160 1,3 1,3 1,29 1,27 1,26 1,25 1,24 1,23 1,22 1,2 1,18 1,16 1,12 1,11 1,1
180 1,31 1,31 1,31 1,28 1,27 1,27 1,26 1,25 1,23 1,22 1,2 1,18 1,14 1,14 1,12
200 1,32 1,32 1,32 1,29 1,28 1,28 1,27 1,26 1,25 1,23 1,21 1,2 1,16 1,16 1,14
250 1,34 1,34 1,33 1,31 1,31 1,31 1,3 1,29 1,28 1,27 1,25 1,23 1,2 1,2 1,18
300 1,34 1,33 1,33 1,32 1,32 1,31 1,29 1,27 1,26 1,23 1,23 1,22
350 1,34 1,34 1,33 1,32 1,3 1,29 1,26 1,26 1,26
400 1,34 1,32 1,32 1,29 1,29 1,29
420 1,35 1,35 1,33 1,3 1,3 1,3
450 1,32 1,32 1,32
500 1,34 1,34 1,34
S3–Fator Estatístico

O fator estatístico S3 está relacionado com a segurança da edificação considerando, para


isto, conceitos probabilísticos e o tipo de ocupação. A NBR 6123/88 estabelece como
probabilidade de 63% da velocidade básica ser excedida pelo menos uma vez no período.
A tabela 3.3 mostra os valores mínimos do fator S3.
GRUPO DESCRIÇÃO FATOR S3
Edificações cuja ruína total ou parcial pode afetar a segurança ou
possibilidade de socorro a pessoas após uma tempestade destrutiva
1 (hospitais, quartéis de bombeiros e de forças de segurança, centrais de 1,10
comunicação, etc.)
Edificações para hotéis e residências. Edificações para comércio e
2 1,00
indústria com alto fator de ocupação.
Edificações e instalações industriais com baixo fator de ocupação
3 0,95
(depósitos, silos, construções rurais, etc.)

4 Vedações (telhas, vidros, painéis de vedação, etc.) 0,88


Edificações temporárias. Estruturas dos grupos 1 a 3 durante a
5 0,83
construção.
Forças devido ao vento
Projeto de um Galpão com Estrutura de Aço
NBR 6123-88 – ABNT
Análise da Ação do Vento
Exemplo Numérico
Estudo da Ação do Vento –NBR 6123
* Cidade de Manaus: Velocidade Básica do Vento = 30 m/s
* Fator Topográfico: Terreno Plano S1 = 1,0
* Fator Estatístico : Galpão Industrial com Alto Fator de Ocupação S 3 = 1,0
* Fator Rugosidade S2
- Categoria de Rugosidade: Área industrial plenamente desenvolvida: Categoria IV
- Classe da Edificação Dimensões: 20 x 30 x 5 com telhado inclinado a 27% (15°):
Classe B
- Parâmetros b = 0,85 ; p = 0,125 e Fr = 0,98 (ver no próximo slide)
NBR 6123 –Tabela 1 – Parâmetros Meteorológicos
Cálculo econômico de S2 e Velocidade
Característica do Vento Vk
Pressão Dinâmica do Vento
NBR 6123 –Tabela 4 - Coeficientes de pressão (Cpe) e de forma
externos para paredes de edificações de planta retangular
NBR 6123 –Tabela 4 -Coeficientes de pressão
(Cpe) e de forma
externos para as paredes de edificações de planta retangular
Vento a 90o
Vento 00

Como
𝑎 30
= = 1,5 para o vento 00, o
𝑏 20
valor de Ce nas partes A3e B3será
obtido por interpolação
Linearmente:
Vento 00
NBR 6123 –Tabela 5 -Coeficientes de pressão
(Cpe) e de forma
externos para os telhados
Valores para cálculo Valores para cálculo das
das tesouras telhas e terças
NBR 6123 –Tabela 5 - Coeficientes de pressão
(Cpe) e de forma
externos para os telhados
Coeficientes de pressão (Cpe) e de forma
externos para os telhados NBR 6123 –Tabela 5

Vento a 90° - (Seção 1) – Corte 1 – 1 - Coeficientes para o cálculo das Telhas e Terças
Coeficientes de pressão (Cpe) e de forma
externos para os telhados NBR 6123 –Tabela 5
Vento a 90o – (Seção 2) – Corte 2 – 2 - Coeficientes para o cálculo das Telhas e Terças
Coeficientes de pressão (Cpi) e de forma
internos
Os fechamentos do galpão serão em chapa de aço;
Como simplificação desse estudo, embora existam portões, será desprezada a possibilidade de
existência de uma abertura principal em qualquer face da construção quando houver vento forte;
NBR 6123 – item 6.2.5
A) Duas faces opostas igualmente permeáveis – as outras faces impermeáveis:
Cpi= +0,20 → vento perpendicular a uma face permeável;
Cpi= -0,30 → vento perpendicular a uma face impermeável;

B) Quatro faces igualmente permeáveis:


Cpi= -0,30 ou 0
Combinações (para o Cálculo das Tesouras)

a) Ce=(∝=900) + Ci(+0,2)

b) Ce=(∝=900) + Ci(-0,3)
Combinações (para o Cálculo das Tesouras)

c) Ce=(∝=00)+Ci(+0,2)

d) Ce=(∝=00)+Ci(-0,3)
Coeficientes para cálculo das telhas e
vigas de tapamento

Nota:
Cpe (Frontal) = Cpe ;
Cpe (Lateral) e Cpe (Cobertura) = Cpe médio
Carregamento devido ao Vento para
Tesouras / Treliças
◦ Nos próximos slides serão apresentados os métodos para a determinação das
cargas devido ao vento atuante nas tesouras / treliças.
◦ Sabe-se que são possíveis 4 combinações de carregamento do vento (duas a
α=0° e duas a α=90°); porém nos próximos slides serão apresentados apenas
duas combinações, mesmo sabendo que numa situação prática as 4
combinações devem ser consideradas.
◦ Para este exemplo serão apresentadas as combinações A e B.

◦ Carga (vento) = q. (Ce + Ci) . Área influencia (sinal + para consideração gráfica dos vetores )
◦ Carga (vento) = q. (Ce - Ci) . Área influencia (sinal - para consideração dos coeficientes
diretamente pelas tabelas da NBR 6123 / 1988 )
Carregamento devido ao Vento para
Tesouras / Treliças

Caso A

Caso B
Carregamento devido ao Vento para
Tesouras / Treliças
Carregamento médio nos fechamentos
Caso A

Caso B

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