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Gestão e sustentabilidade
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Gestão e sustentabilidade
Unisul Virtual
Palhoça, 2017
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Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem
a prévia autorização desta instituição.
Vice-Reitor
Lester Marcantonio Camargo
Diretora
Ana Paula Reusing Pacheco
Professor Conteudista
Jorge Luiz de Lima
Designer Instrucional
Elizete Aparecida De Marco Coimbra
Projeto Gráfco e Capa
Equipe Unisul Virtual
Diagramação
Fernanda Vieira Fernandes
Revisão Ortográfica
Diane Dal Mago
ISBN
978-85-506-0216-5
e-ISBN
978-85-506-0217-2
L71
Lima, Jorge Luiz de
Gestão e sustentabilidade: livro didático / Jorge Luiz de Lima ; design instrucional
Elizete Aparecida De Marco Coimbra. 2. ed. – Palhoça : UnisulVirtual, 2017.
106 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografa.
ISBN 978-85-506-0216-5
e-ISBN 978-85-506-0217-2
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Jorge Luiz de Lima
Gestão e Sustentabilidade
Livro didático
2ª edição
Designer instrucional
Elizete Aparecida De Marco Coimbra
Unisul Virtual
Palhoça, 2017
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Sumário
Introdução - 7
Capítulo 1
Gestão, sustentabilidade e ética - 9
Capítulo 2
Gestão regulatória da cadeia produtiva - 31
Capítulo 3
Gestão de resíduos sólidos - 53
Capítulo 4
Biossegurança e bioética em organismos geneticamente modificados - 83
Considerações Finais - 95
Referências - 97
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Introdução
Essa é a proposta apresentada na presente obra, ou seja, fazer com que o leitor
consiga ter uma visão do todo, materializada em capítulos que demonstram a
interferência no meio ambiente e na gestão da sustentabilidade, por meio de sua
formação legal e social, incidindo sobre as ações de entes públicos e privados.
Consagrado constitucionalmente, o direito ambiental trouxe uma nova forma de
entendimento acerca da reunião de textos normativos, colocando-os em um eixo
de direcionamento que anteriormente não havia sido dado, pois sequer tinha sido
tratado em âmbito constitucional. Apesar da existência de determinados
regramentos anteriores à Constituição de 1988, não é outra senão essa que
perfaz o indicativo do rumo a ser seguido.
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Isso mesmo, enquanto direito ele tem caráter difuso, pois atinge indistintamente
a coletividade, seja de maneira direta ou indireta.
Assim, a visão holística que nos é trazida nesta obra contempla diversos
aspectos da vida em sociedade, tais como gestão de recursos hídricos,
biodiversidade, ecossistemas, gestão de florestas, entre outros, temas que são
abordados necessariamente nesta obra.
Essa obra não se presta a esgotar os temas nela abordados, mas sim de chamar
a atenção do leitor, em assuntos diferenciados, formulados por diferentes
autores, de que esses temas estão postos em sociedade e devem ser discutidos
por toda a coletividade e não apenas por aqueles que editam e operacionalizam
as normas que regulam nosso dia a dia.
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Capítulo 1
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Seção 1
Gestão
Por sua vez, a análise global do problema e das possíveis variantes permite ao
gestor, ou pretenso gestor, formar grupos multidisciplinares de profissionais que
lhe deem suporte como um corpo técnico, para, primeiramente, buscar casos
semelhantes e as soluções que tiveram efetividade, ou seja, que foram aplicadas
e estabelecer os critérios que serão utilizados, no caso a ser solucionado, por
exclusão de hipóteses.
Outro critério a ser analisado é o dos custos, considerando sempre o custo total
projetado, o custo dimensionado aplicado especificamente à técnica de gestão
ambiental a ser introduzida para cada situação.
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Inicio de citação
Fim de citação
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Inicio de citação
Se entendermos por desenvolvimento sustentável um modelo econômico,
político, social, cultural e ambiental, pautado pelo equilíbrio, capaz de suprir
necessidades razoáveis das gerações atuais, sem comprometer a capacidade
das gerações futuras de satisfazer as suas próprias necessidades, então
perceberemos que tal concepção ganha seu influxo mais vigoroso a partir da
tentativa filosófica de Hans Jonas de reconduzir à autorchheia nossa delirante
civilização tecnológica, pois esta se desdobra, em termos de filosofa prática, em
postura crítica do estilo de desenvolvimento tradicionalmente adotado, quando
se constata que este tem sido ecologicamente predatório na utilização dos
recursos naturais, socialmente injusto, como geração de pobreza exclusão, e
politicamente inapto a perceber todas as consequências da dialética entre
inovação tecnológica e necessidade compulsória de seu aproveitamento
industrial em larga escala, sem perceber que, tornada força produtiva, a ciência
e a tecnologia transformam-se, ao mesmo tempo, em condição de possibilidade
sócio-política e cultural para a manutenção e reprodução de um modelo de
desenvolvimento pautado por relações econômico-jurídicas sumamente
problemáticas.
Fim de citação
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Não menos importante do que tratar a sustentabilidade sob suas diversas formas
de compreensão e do sistema complexo, público e privado, material e imaterial,
de conservação e preservação, político e político-administrativo, de visão ou de
gestão, é fazer com que aqueles que decidem os rumos da vida no planeta
estejam pautados por critérios éticos.
Inicio de citação
Os excessos de “poder” e de “querer” do ser humano geram, cada vez mais,
desconforto para seus semelhantes, isso devido, justamente, à falta de ética por
parte daqueles mais privilegiados e que, em regra, detêm as patentes e
financiam as descobertas de novas tecnologias. Diante disso, novas formas de
poder exigem novas normas éticas.
Fim de citação
Os critérios de moral e ética possuem uma linha muito tênue de acordo com os
interesses envolvidos. Enquanto a moral possui uma compreensão restritiva sob
o aspecto do observador da norma, a ética traz uma visão restritiva desse,
aplicada à coletividade que fará o “julgamento” de suas condutas.
A proposta dessa nova ética indicada por Ramiro et al. (2015) não apresenta
contraposição com o entendimento ético tradicional, mas vem a ampliar a visão
que se possa ter sobre esse entendimento, pois as questões ambientais e de
vida em sociedade são indissociáveis do processo de construção ética. A ética
necessita ser um fundamento do pensamento e do agir humano, para que o
interesse individual, local ou de grupos não prejudique a convivência em
sociedade ou em coletividade, sob pena de impactar o desenvolvimento
sustentável humano.
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Seção 2
Inicio de citação
Fim de citação
A Lei número 11.428/2006 declara, em seu Art. 7°, traz 4 objetivos muito claros
assim descritos:
Inicio da citação
Fim da citação
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Inicio de citação
Fim de citação
Tais caminhos nos conduzem ao entendimento que a conservação é necessária,
mas ela caminha incontinente com o desenvolvimento sustentável,
inviabilizando, pelo menos sob o aspecto legal, a ocupação desenfreada de
áreas, obrigando, ainda, o poder público a estimular às populações que já
ocupam tais áreas a nelas permanecer, sem permitir novas ocupações,
mantendo-se daquilo que é extraído do meio em que estão inseridas, por meio
de incentivos econômicos.
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Inicio de citação
Fim de citação
Após a edição da Lei 9.433/97, caíram por terra quaisquer dúvidas que
pudessem restar acerca da publicitação dos recursos hídrico no Brasil. O Art. 1°,
inciso 1, da Lei das Águas, tornou definitiva a condição pública das águas no
Brasil, fixando que “a água é um bem de domínio público”. (GRANZIERA, 2006,
p. 91).
Fim de citação
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Inicio de citação
Fim de citação
Rosengrant et. al. (1995 apud Tundisi e Tundisi, 2011, p. 171) defendem que:
Inicio de citação
Uma auditoria ambiental que promova essa visão integrada e estratégica pode
ser efetiva, pois estabelece compromissos reais entre gestores e pesquisadores
para obtenção de resultados práticos com cronogramas definidos. A interação
entre pesquisa e gerenciamento deve operar em períodos curtos e em períodos
de longa duração (cinco anos), permitindo construir bases sólidas de atuação
conjunta.
Fim de citação
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Além da Política Nacional de Recursos Hídricos, a classificação dos corpos
d’água se dá por meio da Resolução número 357 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA), que preambularmente ressalta a referida legislação,
“considerando o art. 9°, inciso 1, da Lei número 9.433, de 8 de janeiro de 1997,
que instituiu a Política Nacional dos Recursos Hídricos, e demais normas
aplicáveis à matéria.” (BRASIL, 1997).
A Resolução número 357 do CONAMA também faz uma classificação das águas
em doces, salinas, salobras, e os padrões de qualidade dessas. Contudo, a
classificação da água para consumo humano se dá por meio de definição do
Ministério da Saúde, por meio da Portaria Ministério da Saúde (MS) número
2.914/11, que dispõe sobre o seguinte:
Inicio de citação
Art. 3º. Toda água destinada ao consumo humano, distribuída coletivamente por
meio de sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água, deve
ser objeto de controle e vigilância da qualidade da água.
Fim de citação
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Seção 3
3.1 Fauna
O tema fauna, além da própria Lei número 9.605/98, que trata dos crimes
ambientais, mas que não é objeto do presente estudo, possui a especificidade
dos crimes contra a fauna, contudo, para o referido tema da fauna, neste
capítulo, devemos verificar a Lei número 9.197/67, que cuida especificamente
da proteção dessas. Os animais possuem uma proteção especial por essa
legislação, contudo, os animais não são tratados como sujeito de direito, mas
sim como objeto de direito, sendo essa parte importante na sustentabilidade do
planeta.
Disciplina o Art. 1°, da Lei número 9.197/67 que os animais silvestres são
propriedade do Estado, e sendo uma propriedade são objeto de direito e não
sujeitos de direito, uma vez que esse último não é passível de apropriação:
Inicio de citação
Fim de citação
Inicio de citação
Fim de citação
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3.2 Energia
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- energia renovável;
- energia não renovável.
Por sua vez, todas as espécies de energia não renováveis, como o petróleo,
carvão, gás natural e energia nuclear possuem regulação própria de exploração,
uma vez que há um risco eminente nessas de possível poluição de rios,
mananciais, atmosfera, entre outros.
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Fim de citação
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Por sua vez, o carvão é regulado por uma lei de 1960, sendo essa a Lei número
3.860/60 e Decreto-Lei número 227/67, que coordena as atividades acerca da
exploração do carvão mineral. As usinas termelétricas no Brasil são movidas por
vários tipos de energia, tais como o próprio carvão mineral, gás natural, vapor
d’água, entre outros, mas por ser uma energia mais “suja”, pois gera resíduo que
necessita ser tratado. Também é mais cara e é utilizada de forma residual às
hidroelétricas.
O petróleo e o gás, por sua vez, são regulados pela Lei número 9.478/97 e tem
como objetivo:
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3.3 Atmosfera
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Inicio de citação
Fim de citação
Apesar do tema floresta já ter sido tratado no tópico sobre florestas e unidades
de conservação, a legislação ambiental trouxe como inovação a Lei número
12.651/2012, que vai muito além de tratar do tema florestal apenas.
O tema florestas era tratado anteriormente pela Lei número 4.771/65, legislação
extremamente avançada para a época, a qual foi expressamente revogada pelo
Art. 83 da Lei número 12.651/2012, ainda que alguns de seus dispositivos
pudessem continuar a ser aplicados nos dias atuais.
Inicio de citação
Fim de citação
De acordo com Thomé (2013, p. 304) essa legislação inova sob todos os
aspectos, pois transcende a questão florestal, tratando de toda a biodiversidade:
Inicio de citação
Inicio de citação
Art. 2º. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou
desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações
estaduais e municipais pertinentes.
[...]
Parágrafo 6° A infraestrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas
habitacionais declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no
mínimo, de:
1 - vias de circulação;
2 - escoamento das águas pluviais;
3 - rede para o abastecimento de água potável; e
4 - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar.
(BRASIL, 1976).
Fim de citação
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Apenas reafirmando que não é possível uma dissociação dessa lei com aquela
mencionada. O parcelamento do solo deve ser compatível com o chamado “Novo
Código Florestal” de 2012, que vai muito além da esfera florestal, sendo que
maior compatibilidade residiria em chamá-lo de Código Ambiental.
Dessa forma, toda e qualquer alteração do ambiente em que o homem esteja
inserido, deve considerar os mais diversos impactos que possam ser causados,
destacando que a mera existência do homem e suas atitudes, podendo ser as
mais simples, causam impacto ao meio ambiente, cabendo o estudo da
sustentabilidade e sua gestão no gerenciamento dos impactos significantes,
impedindo que interferiram na coletividade.
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Esse não é um problema exclusivamente do Brasil, mas também já possui
reflexos em Londres e Paris, que cobram tributos específicos para as pessoas
que pretendem utilizar automóvel nos centros urbanos e, principalmente, nas
regiões mais movimentadas (3).
E ainda, em seu Art. 2º, essa traz seu ponto crucial, tendo como:
Inicio de citação
Fim de citação
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Pagina 30 - em branco.