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03/10/2016

Universidade Federal Rural da Amazônia


Curso: Agronomia
Disciplina: Forragicultura

Plantas forrageiras
Gênero Brachiaria
Ebson Pereira Cândido

2016

Introdução: Introdução:
 Gênero Brachiaria  Espécies mais usadas na América tropical
Primeira descrição = 1834 → subdivisão do Panicum
Brachiaria decumbens

 1853 = gênero Brachiaria 

 Brachiaria brizantha
 Classificação controversa:
 Grande variação de características...  Brachiaria humidicola
Gêneros Urochloa, Eriochloa e Panicum
Brachiaria ruziziensis

 Brachiarias:  Brachiaria dictyoneura


 Cerca de100 espécies, de origem principalmente tropical
e subtropical africana
 Brachiaria arrecta

 Brachiaria mutica

Introdução: Introdução:
 Primeiras Brachiarias introduzidas no BR:  Ocorreu monocultivo de milhões de hectares
 Cama para escravos  Problema 1 → cigarrinha-das-pastagens

 Oficialmente: - Dizimou esta pastagem na Amazônia


 1952: B. decumbens  Problema 2 → fotossensibilização em bezerros
- Instituto de Pesquisa Agropecuária do Norte (IPEAN)
 Problema 3 → desconhecimento do manejo correto
 1960: B. decumbens cv. Basiliski
- Coletada em 1930 e levada para Austrália
 1984: introdução B. brizantha cv. Marandu
- Instituto de Pesquisas Internacionais (IPI)
 Substitui a B. decumbens → monocultura novamente

 Continua ate hoje...novos capins, velhos erros!!!

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Origem, Distribuição e Origem, Distribuição e Adaptação:


Adaptação:
 Origem:  Mais distribuída:
 Principais ssp → África Oriental  B. Brizantha
Altitude: 80-2.310 m
Ocorrência:

  Precipitação anual: 590-2770 mm


 Regiões tropicais e subtropicais dos 2 hemisférios  Meses de chuva: 1-7
Possui maior distribuição no Brasil e no mundo
Adaptação:

  40 milhões de ha só na área de cerrados


brasileiros
 Várzeas inundáveis; Margens de florestas; Regiões
semidesérticas

 Principal = vegetação de savana → cerrados BR

 Solos de baixa fertilidade e mal drenados

Classificação Botânica: Classificação Botânica:


 Gênero: limites ainda (in)definidos  Brachiarias:
- Urochloa, Eriocloa e Panicum.
Divididas em 9 grupos, de acordo com a
Principais características do gênero:

taxonomia e características morfológicas

- Espiguetas ovais e oblongas


- Inflorescência = Racemos unilaterais  Espécies de maior importância agronômica no
Brasil estão em dois grupos:
1) decumbens, brizantha, ruziziensis
2) humidicola, dictyoneura

Grupos: spp próximas e passíveis de cruzamentos

Cultivares de Importância Brachiaria brizantha cv. Marandu:


Econômica: “Brachiarão ou Brizantão”
 Brachiaria brizantha cv. Marandu:  Cespitosa, muito robusta – até 1,5 m de altura
- Normal = 40 a 50 cm → mín. = 15 cm máx. = 60 cm
 Entrou no Brasil em 1967 - liberada em 1984 pela
Embrapa  Colmos iniciais prostados, perfilhos cada vez mais
eretos na touceira
 Responde por cerca de 80% das pastagens em
alguns estados na região Norte e Centro-Oeste
 Bainha densamente pilosa na base e com cílios nas
 Cerca de 40% das pastagens cultivadas no Brasil margens

 Folhas: até 50 cm x 2 cm (C x L)

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Brachiaria brizantha cv. Marandu: Cultivares de Importância


“Brachiarão ou Brizantão” Econômica:
 Cultivar mais versátil das Brachiarias:  Brachiaria brizantha cv. Xaraés:
 Capim-xaraés (CIAT26110, BRA004308): acesso
- Engorda = média tecnologia e ganhos coletado no Burundi, África, entre 1984 e 1985.

- Cria e Recria = excelente para manejo/nutrição  Introduzido pela Embrapa Cerrados em 1986, na
Embrapa Campo Grande em 1987, sendo avaliado por
 Boa adaptação em todas as regiões: mais 10 anos – acordo com o CIAT
- Excelente Sudeste, Norte e Centro-Oeste  Lançado em 2003: nome tupi-guarani cv. Xaraés, em
homenagem os pantaneiros no MS
- Boa no Nordeste e Sul → fatores climáticos

 Boa aceitação pela maioria das


espécies/categorias

 Resistência a cigarrinha das pastagens

Brachiaria brizantha cv. Xaraés: Brachiaria brizantha cv. Xaraés:


“MG5 / MG5 Vitória / Toledo”
 No Brasil:  Cespitosa podendo enraizar nos nós basais

Existe dois outros registros de cultivares  Altura média de 1,5 m


- Normal = 60 a 70 cm → mín. = 20 cm e máx. = 60 cm

semelhantes, feitos por firmas particulares
 cv. MG-5 Vitória e cv. Toledo  Bainha com pelos claros
 Embrapa garante apenas a identidade e origem da Folhas: até 60 cm x 3 cm (C x L)
cv. Xaraés

 Espiguetas arroxeadas no ápice


 Florescimento tardio: meados de outono (maio/jun)

Cultivares de Importância Brachiaria brizantha cv. La Libertad:


Econômica: “MG4”
 Brachiaria brizantha cv. La Libertad:  Cespitosa, touceira vigorosa, com rizomas de cor
amarelo ou roxo
Popularmente conhecida como MG4 (CIAT 26646-MG4)
Altura entre 0,8 a 1,5 m


 Introduzida na Colômbia em 1955 - Normal = 50 cm → mín. = 15 cm e máx. = 50 cm
 1970: intensificação das avaliações  Colmos: eretos e semieretos
 1987: lançamento no Brasil → sucesso em 1990 MG4  Bainha glabra, mais curta que entrenós, arroxeada
na base
 Folha: de 16-40 cm x 1 a 2 cm (C x L)
 Florescimento: verão (fev/mar)

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Principais Diferenças no Gênero Cultivares de Importância


Brachiaria: Econômica:
 Brachiaria Brizantha cv. Piatã:
 Coletado na Etiópia...
 International Livestock Center for Africa (ILCA)
- ILCA-13372 – Africa; CIAT-16125 – Colômbia
- BRA-002844 – Brasil
 Avaliação desde 1988 pelo CIAT e Embrapa
 Lançamento em 2007 – BRS Piatã

Marandu Xaraés MG4

Brachiaria Brizantha cv. Piatã: Brachiaria Brizantha cv. Piatã:

 Cespitosa, com altura variando entre 0,85 a 1,1m


- Normal = 60 cm → mín. = 20cm e máx. = 60 cm

 Bainha com pelos claros, pouco densos


 Folha: até 45 cm de comprimentos, sem pelos e
bordas cortantes
 Espiguetas sem pelos, arroxeada no ápice (Xaraés)
 Florescimento precoce no início do verão (jan/fev)
 Bainha + Espigueta → semelhante ao Xaraés...
 Xaraés = porte e folhas maiores

Cultivares de Importância
Brachiaria decumbens cv. Basilisk:
Econômica:
Brachiaria decumbens cv. Basilisk (talo-roxo):
Semi-ereta, altura de 0,3 a 1 m

Sementes levadas de Uganda para a Austrália, em 1930


Rizomas pequenos e duros


Inicialmente a propagação foi por mudas...
Colmos glabros, nós glabros e escuros (talo-roxo)

 Quebra de dormência das sementes por escarificação e 


ácido sulfúrico
 Bainha densamente pilosa
 Introdução oficial no BR: década de 1960, em Matão, SP
Folha:10 a 25 cm x 1 a 1,5 cm (C x L)
Grande expansão ocorreu entre 1968 e 1975 com a


abertura dos cerrados  Inflorescência em Racemo

 Florescimento: verão (jan/fev)

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Cultivares de Importância
Brachiaria Humidicola cv. Comum:
Econômica:
Brachiaria Humidicola cv. Tully ou Comum:  Estolões longos, duros, roxos e que origina novas
plantas nos nós

Seleção feita na Austrália em 1952


Colmos decumbentes, até 1 m de altura

 Coleta: África do Sul - Normal = 40 cm → mínimo = 10 cm

 Avaliada inicialmente em solos bem drenados:  Folha: 10 a 30 cm x 0,5 a 1 cm (C x L)


- não apresentou vantagens sobre a decumbens
- indicada para solos mal drenados  Inflorescência: Racemo
 Lançado na Austrália em 1980  Florescimento ocorre no início do verão (dez/jan)
 Brasil: utilização em solos mal drenados e várzeas
 1980: substituiu a decumbens em áreas na Amazônia,
que desapareceu em conseqüência de cigarrinhas

Brachiaria Humidicola cv. Comum: Cultivares de Importância


Econômica:
 Brachiaria humidicola cv. Llanero:

 Coleta de sementes na Zâmbia em 1971

 Liberada comercialmente em 1987 na Colômbia:

- Inicialmente como B. dictyoneura cv. Llanero

- 1996: reclassificada como B. humidicola

 Brasil = BRA001449

Brachiaria humidicola cv. Llanero:


Brachiaria humidicola cv. Llanero:

 Planta estolonífera, perene


 Altura: 40 cm a 90 cm
- Normal = 50 cm

 Estolões longos, duros e arroxeados


 Bainha: pilosidade curta e branca
 Folhas (estolões): 4 a 6 cm x 0,8 cm (C x L)
 Folhas (colmo): 20 a 40 cm x 0,8 cm (C x L)
 Inflorescência: Racemo
 Florescimento ocorre no início do verão (dez/jan)

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Cultivares de Importância Brachiaria humidicola cv. Tupi:


Econômica:
 Brachiaria humidicola cv. Tupi:  Planta estolonífera, perene
 Plantas coletadas no Burundi - África
 Avaliado pela Embrapa e CIAT desde 1988  Altura = de 0,2 a 1 m
 Avaliação sob pastejo desde 2004  Estolões levemente achatados ( 1 a 2 mm)
Ainda esta sob avaliação
Colmos ascendentes, verdes, 2 mm

 Bainha: bordas pilosa

 Folhas (estolões): 4 a 16 cm x 1 cm (C x L)

 Folhas (colmo): 20 a 40 cm x 0,5 a 0,8 cm (C x L)

 Florescimento: início do verão

Cultivares de Importância Brachiaria ruziziensis cv. Kennedy:


Econômica:
 Brachiaria ruziziensis cv. Kennedy:  Planta: 1 m de altura com rizomas curtos
Espécie indígena do vale Ruzi, no Zaire e Burundi
Colmos geniculados (dobra em forma de joelho)


 Sementes multiplicadas no Quênia, no início da
década de 60  Folha: de 10 a 30 cm x 1 a 1,5 cm (C x L)
 Chegou a Austrália em 1961 e foi liberada em 1966 - Folha pilosa

Brasil e Colômbia, ampla utilização a partir de 1966


Bainha estriada e pilosa

 Florescimento no final do verão (fev/mar)

Brachiaria ruziziensis cv. Kennedy:

Gênero Cynodon

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Introdução: Introdução:
 Cynodon ssp:  Nomes “bermuda” e “estrela” são utilizados
 Nomes comuns: capim-bermuda, grama-bermuda,
de forma inconsistente na literatura científica
capim-estrela, grama-estrela
 Estrela:
Gênero pequeno, mas espécies de grande
- Em geral, são as plantas não rizomatosas

importância econômica devido ao valor forrageiro,
além da possibilidade de uso para conservação do nativas do leste africano
solo, de forragem e pastejo.

 Gramas-bermuda são utilizadas também em  Bermuda:


gramados ornamentais e esportivos em várias - Plantas rizomatosas são classificadas como
partes do mundo grama-bermuda

Origem, Distribuição e Origem, Distribuição e Adaptação:


Adaptação:
 Origem:  Chave de identificação das espécies africanas
tropicais de Cynodon: presença ou não de rizomas
 Principais ssp → sul/leste da África
C. dactylon As gramas bermuda com rizomas
Agrupados em oito espécies de acordo com a


distribuição geográfica:  C. nlemfuensis

 C. dactylon  C. plectostachyus Gramas estrela sem rizomas


C. nlemfuensis Região tropical e subtropical do leste C. ethiopicus

C. plectostachyus

 da África
 C. ethiopicus
 C. incompletus
 C. transvaalensis África do Sul
 C. arcuatus
Sul da Ásia e Ilhas do Pacífico Sul
 C. barbieri

Origem, Distribuição e Adaptação: Origem, Distribuição e Adaptação:

 Cynodon dactylon:  Lançamento do cv. Coastal = 1943


 Ampla distribuição: presente não só na África e Cruzamento entre linhagem local encontrada em
na Ásia, mas em todos os continentes, exceto

campos de algodão na Geórgia e uma outra
Antártica Africana
Tudo indica que foi o produto do C. dactylon com
Entrada de Cynodon na América do Norte

 outra desconhecida
 Harlan (1970): não há registro formal de introdução, Largamente utilizado em áreas comerciais do
mas tudo indica que sua entrada ocorreu no início ou

sudeste norte-americano
meados do século XVIII

Marco no melhoramento genético de plantas:


Entrada de Cynodon no Brasil 

 Ao contrário da grama bermuda comum (grama seda)


Não há registro formal ou oficial da introdução


 Coastal não é planta invasora...

O mais provável é que tenha ocorrido por navios


- Sem semente e rizoma de fácil controle

provenientes da África, fazendo comércio de
escravos, bastante intenso nos séculos XVII e XVIII

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Origem, Distribuição e Adaptação: Origem, Distribuição e Adaptação:

 Desenvolvimento de novos híbridos:  Desenvolvimento de novos híbridos:


 Programa de melhoramento de G.W. Burton, em Coastcross-1 foi melhorado geneticamente nos EUA
Tifton, EUA

em 1971, tornando-se mais tolerante ao frio, sendo
 Lançados pelas Universidades e Centros de denominado Coastcross-2
Pesquisa, com o objetivo de atender a
especificidade edafoclimática regional  Coastcross foi cerca de 12 a 13% mais digestível e
até 160% mais produtiva que o Coastal em
 Exemplos oriundos do programa de melhoramento condições experimentais
da estação de Tifton:
 Tifton 68 (Burton e Monson, 1984): classificado
como C. nlefuensis, é considerado uma grama-
Cultivares Suwanne (Burton, 1962)
bermuda e constitui um híbrido F1 vigoroso, não

Coastcross-1 (Burton, 1971) rizomatoso, que produz forragem altamente


digestível

 Tifton 44 (Burton; Monson, 1978)

Origem, Distribuição e Adaptação: Origem, Distribuição e Adaptação:

 Tifton 68: cruzamento entre duas linhagens de maior  Tifton 85: híbrido F1 obtido no cruzamento do tifton 68
digestibilidade de toda a coleção da estação (C. nlemfuensis) e C. dactylon (África do Sul)
experimental de Tifton, nos EUA
 Tifton 85: mais alto, colmos maiores, folhas mais largas
 Tifton 78 (1988): melhor híbrido F1 resultante do e com coloração verde mais escura...
cruzamento entre o tifton 44 (+ tolerante às baixas
- Tal descrição gerou confusão, pois o tifton 68 foi confundido com o
temperaturas - paterna) com Callie (usado como tifton 85 (caract. parecidas)
linhagem materna - + vigor) - Produção: 26% + que o Coastal e 20% + que Tifton 68
- Digestibilidade: 11% + que o Coastal e 5% que Tifton 68

Origem, Distribuição e Adaptação: Classificação Botânica:


 Outras cultivares menos utilizadas:
 Cynodon: ampla distribuição geográfica resultado
- cv. McCaleb (C. aethiopicus): + vigor e crescimento da grande variabilidade genotípica e fenotípica

dos estolões  Gramas-bermudas: variam desde tipos de


pequeno porte (altura de 15-20 cm) até de grande
- cv. Ona: + vigorosa e competitiva porte (altura de 1 m ou mais)

- cv. Florico: recebeu registro de cultivar em 1993.  Plantas da variedade dactylon: rizomatosas,
variando de colmos finos e folhas delgadas até
- cv. Florona: Mais persistente que Ona e Florico, colmos grossos e folhas mais largas
registro só em 1993
- cv. Florakirk ou Tifton 35-3: irmão do Tifton 78,
porém, cv. Callie é paterno e cv. Tifton 44 materno,
lançado em 1988

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Classificação Botânica: Classificação Botânica:


Gramas-estrelas: são geralmente mais robustas e  Estabelecidas vegetativamente: parte aérea ou
sistema radicular colhidos manualmente ou

com folhas maiores do que as das bermudas
mecanicamente
 São plantas maiores que podem chegar a 2 m de Plantio: mudas maduras com 100 dias de idade
altura

- 4 a 5 t.ha-1 para plantio a lanço


- 2,5 t.ha-1 para plantio em sucos
 Possuem estolões vigorosos que podem chegar até - 3 t.ha-1 para plantio em covas
10 m de comprimento

 Ausência de rizomas no grupo estrela: Isso parece


conferir menor aptidão para sobreviver em condição
de estresse (inverno ou pisoteio, por exemplo)

Classificação Botânica: Classificação Botânica:


 Estabelecimento: boa fertilidade de solo, época Cortes/Pastejo em capins do gênero Cynodon
correta (início das chuvas), e ...

situam-se na faixa entre 4 a 6 semanas
1) Plantio em solo úmido (melhor que plantio em solo seco
seguido de irrigação)  Gramas-bermuda e estrela: resíduos pós-pastejo
variável, 7 a 8 cm (Florona) e 20 cm (Florico e Ona)
2) Mudas recém-colhidas (o armazenamento, ainda que por
curtos períodos, diminui sua viabilidade e vigor  Colheita mecanizada: intervalo de corte
recomendado entre 4 e 6 semanas, dependendo do
3) Deixar pontas de mudas acima da superfície do solo após o ambiente edafoclimático e do nível de intensificação
plantio (adubação).

4) Controle de plantas invasoras

5) Adubação nitrogenada para estímulo ao perfilhamento e


produção de estolões, garantindo rápido e eficiente fechamento
da área

Produção e Qualidade de Produção e Qualidade de


Cynodons: Cynodons:
Quadro1 - Produção de matéria seca, proteína bruta e digestibilidade “in
vitro” (DIVMO) de alguns Cynodon comerciais*
Produção total de MS
Gramínea Prot. Bruta (%) D.I.V.M.O ** (%)
(MS/ha)
Coastal comum 7,8 10,7 57,3
Coastal cross 1 8,2 10,6 63,2
Tifton 44 5,7 10,8 61,0
Tifton 68 11,4 - 65,6
Tifton 78 12,7 12,3 57,6
Tifton 85 16,7 - 63,8
Florona Stargrass 6,7 12,5 62,2
Florico Stargrass 5,3 - 63,0
Florakirk Stargrass - - 62,5

* Glen W. Burton, Research Geneticist, USDA-ARS. Georgia Coastal. Plain Experimental Station, Tifton,
Georgia, 1967.
** D.I.V.M.O - Digestibilidade "in vitro" da Matéria Orgânica

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Produção e Qualidade de Produção e Qualidade de


Cynodons: Cynodons:
 Produção de massa seca (MS), digestibilidade in vitro da massa seca
(DIVMS) e teor de proteína bruta (PB) de cultivares de Cynodon
Característica Cultivar
Tifton 85 Tifton 68 Tifton 64 Coastal
Produção (t.ha-1) 18,6 15,2 15,7 15,5
DIVMS 60,3 63,6 55,0 54,3

Gramínea Frequência de pastejo (semanas)


2 4 6 8
PB DIVMS PB DIVMS PB DIVMS PB DIVMS
Floralta 11,5 57 7,9 57 7,2 57 4,4 54
Florakirk 15,2 63 10,0 56 9,1 52 6,9 44
Tifton 78 13,1 56 11,2 56 9,8 53 6,3 46

 Produção animal em pastagens de Florakirk, Florico e Florona (em Ona -


Flórida – EUA) Produção e Qualidade de
Característica Gramínea
Cynodons:
Florarkirk Florico Florona
GMD (kg.animal-1) 0,39b 0,55a 0,43b
Híbrido Pressão de pastejo Média
TL (animal.ha-1) 6,4a 7,1a 7,5a
Leve Média leve Média pesada Pesada
PA (kg.ha-1) 541c 812a 667b
GMD(1) (kg.animal-1)
Híbrido Pressão de pastejo Média
Callie 0,90 0,64 0,45 0,40 0,60
Leve Média leve Média pesada Pesada
Coastal 0,63 0,61 0,47 0,30 0,50

TL(1) (animal.ha-1) SS-16 0,80 0,79 0,44 0,37 0,60

Callie 5,8 8,9 11,3 12,7 9,7 S-16 0,94 0,78 0,62 0,49 0,71

Coastal 5,2 7,8 9,6 12,1 8,7 S-54 0,91 0,68 0,43 0,36 0,59

SS-16 4,3 6,2 8,5 11,2 7,5


S-16 3,6 5,3 6,9 8,9 6,2
S-54 3,9 5,9 7,6 10,0 6,9

Fenação de Cynodons: Fenação de Cynodons:


Corte do capim: 25 a 28 dias na primavera/verão Características nutricionais de fenos de cultivares de Cynodon em
diferentes idades ao corte

 Corte do capim: 42 a 63 dias no outono/inverno Cultivar Idade


20 30 40 50 60 70
 Depende da adubação e chuvas MS (%)
Classificação de feno em função da qualidade, do teor de umidade, Coastcross 14,66 17,67 23,39 33,02 36,20 27,60
proteína bruta (PB) e fibra em detergente neutro (FDN) Florakirk 26,14 28,70 30,37 34,88 35,61 40,13
Florico 15,40 18,78 18,81 23,30 21,45 27,42
Tipo Umidade (%) PB (% MS) FDN (% MS)
Florona 21,73 25,91 23,67 27,15 30,08 30,76
A 15 - 12 > 13 < 65
FDN (%)
B 18 - 15 9 – 13 65 - 69 Coastcross 68,70 71,63 75,91 78,42 79,74 80,55
C 18 - 15 <9 > 69 Florakirk 71,51 74,85 78,14 78,31 79,07 77,39
Florico 65,05 71,03 73,09 75,80 76,91 77,16
Fonte: Embrapa Gado de Leite
Florona 65,84 69,29 73,24 74,47 76,27 75,51

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Cultivares mais usados Cultivares mais usados


Coastcross – 1 Cultivares que produzem
Cultivares utilizados nas décadas de 80 e 90
 

 Tifton 85 sementes 

 Common (comum) - Mais na região sul e sudeste


 Tifton 78
Tifton 68  Giant

Cynodon nlenfuensis Vanderyst:
 Wrangler

Florakirk
- Estrela Roxa ou Estrela Africana Roxa

 Florico
Florona Produção de MS: 5 t/ha/ano
Cynodon plectostachyus (K. Schum) Pilger:

- Estrela Branca ou Estrela Africana Branca


Produção de MS (t/ha/ano): Tifton 85 – 12 t

C. dactylon; C. nlemfuensis; C. plectostachyus

Introdução:
 Pennisetum purpureum Schum.
- Capim-elefante

Gênero Pennisetum
 Uma das mais importantes forrageiras, pelo seu elevado
potencial de produção de MS, qualidade, aceitabilidade,
vigor e persistência

 Uma das espécies com maior eficiência fotossintética

 Exigente em fertilidade

 Não adaptada a solos encharcados e alagados

 Rústica, suportando ao pisoteio

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Introdução:
 Capim-elefante
 Crescimento cespitoso

 Colmo ereto, cilíndrico, glabros e cheios vaiando de 3,5


a 6,0 m de altura, com entrenós de 15 a 20 cm e
diâmetro de 2,5 cm

 Raízes grossas e rizomatosas

 Folhas com até 1,25 m e 4 cm de largura

 Nervura central larga e de cor clara

 Bainha fina, lígula curta e ciliada

 Inflorescência = parece espiga, mas é panícula (até 30cm)

Origem e Distribuição:
 Capim-elefante
 Descobrimento/divulgação: coronel Napier

 Inicio: introduzido nos USA pelo Departamento


de Agricultura, em 1913

 Espécie ocorre naturalmente em extensas áreas


do continente africano, em vales férteis com
precipitação acima de 1.000 mm

 Conhecida pelos nomes capim-napier, cameroon

CAPIM-ELEFANTE: e capim-cana → cultivares

Origem e Distribuição: Origem e Distribuição:


 Gênero: mais de 140 spp  Brasil: introdução em 1920 → mudas de Cuba
 5 seções:  Embrapa Gado de Leite possui 120 acessos de
 Eu-pennisetum; Heterostachya; Brevivalvula; Gymnotrix; capim-elefante
Pennisetum
 A nível de exploração comercial, são poucos os
Seção Pennisetum → spp + importantes economicamente
cultivares que apresentam elevado potencial

produtivo e adaptação a diferentes ambientes


- Capim-elefante (Penissetum purpureum)
a seguir...
- Milheto (Penissetum glaucum)
- Capim-quicuio (Penissetum clandestinum)

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Cultivares de Capim-Elefante:
 c.v. Napier:
 Primeiro cultivar introduzido no Brasil
 Responsável pela divulgação alcançada pelo
capim-elefante
 Situa-se entre os de maior área plantada, elevada
produção e boa adaptação ao corte e ao pastejo
 Touceiras com formato semiereto, chegando até a
5m
 Folhas com pelos na face superior
 Diversos cultivares avaliados: um dos melhores
em termos de produção (37 t/ha/ano)

Cultivares de Capim-Elefante: Cultivares de Capim-Elefante:


 c.v. Mineiro:  c.v. Cameroon:
 Oriundo da seleção entre progênies de Napier  Introduzido no Brasil: década de 1960

 É um dos que ocupa maior área cultivada  Alcançou rápida popularidade pelo rendimento,
vigor dos perfilhos basais e adequação para uso em
 Elevada capacidade de produção de MS
capineiras
 Perfilhamento vigoroso, com predominância de
Touceiras com formato semi-ereto, até 3 m
perfilhos aéreos

 Colmos grossos, folhas largas, com pelos na face


superior

 Boa relação folha:colmo com até 60 dias de


crescimento

Cultivares de Capim-Elefante:

 Taiwan:
 Alto rendimento

 Boa adaptação a diversos ambientes,

 Folhas de largura média (2 a 3 cm) e cobertas


com pelos nas duas faces

 Touceiras semi-eretas, como o Napier

 Cultivares: Taiwan A-144, Taiwan A-146 e


Taiwan A-148

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Cultivares de Capim-Elefante:
Capim Elefante cv. Roxo Botucatu

 Roxo Botucatu:
 Cultivar introduzido na república do Togo

 Tem alcançado rápida disseminação devido ao


aspecto atrativo de sua cor

 Maior preferência pelos animais??? Sem


comprovação científica!!!

 Embora sem comprovação científica, acredita-se


que os animais demonstram maior preferência por
esta cultivar

Cultivares de Capim-Elefante:
 Mott:
 cultivar anão, apresenta alta qualidade e boa
produção de massa seca

 Indicado para formação de pastagens

 Boa produção de folhas, semelhantes às dos


cultivares de porte normal

 Manejo mais simples

Cultivares de Capim-Elefante:
 Pioneiro:
 Obtido/lançado pela Embrapa Gado de Leite

 Recomendado para sistema pastejo rotativo

 Boa resposta ao uso de irrigação

 Apresenta touceiras abertas

 Intenso perfilhamento aéreo e basal

 Colmos finos e folhas eretas

 Crescimento cespitoso com boa cobertura do solo

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Cultivares de Capim-Elefante: Formas de Utilização:


 Paraíso:  Capineira:
 Resultado de cruzamento entre o capim-elefante e  Forma mais comum de uso

milheto  Alternativa de volumoso para época seca


- Principalmente em pequenas propriedades
Primeiro cultivar que se propaga por sementes
Maior aproveitamento da forragem


Características agronômicas semelhantes aos
1 ha de capineira = forragem para 10 vacas


demais cultivares de capim-elefante durante 120 dias, com produção de 6 kg/vaca
 Vantagem: propagação por sementes  Extração de nutrientes elevada:
 Semeadura deve ser em solo bem preparado - 30 t de MS/ha: são extraídos 480 kg de N, 117 kg de P 2O5,
368 de K2O e 168 kg de CaO

Adubação da capineira é imprescindível

Formas de Utilização: Formas de Utilização:

 Corte deve ser feito rente ao solo quando a planta  Pastejo:

atingir de 1,50 a 1,80 m  Usado em sistemas de produção de leite: pastejo


rotativo
 Corte pode ser feito a cada 60 dias, no verão, e
quando atingir 1,5 m de altura, no inverno  Pastejo rotativo: 4 a 5 vacas.ha-1 com produção
variando entre 12 a 14 kg/vaca/dia, sem
 Corte da capineira maior que o recomendado, eleva
fornecimento de concentrado
a produção de MS, porém diminui a qualidade,
- adubação com N: 150 a 200 kg/ha
elevando teor de fibra e lignina

 Evitar cultivares muitos pilosos: desconforto  Potencial para produzir anualmente 20.000

causado ao trabalhador durante o corte kg/ha de leite

Formas de Utilização: Formas de Utilização:


Orientação da Embrapa:
Forragem conservada:


Verão: 11 piquetes, 3 dias de ocupação e 30 dias de
Silagem e feno: alternativa para aproveitar

descanso

excesso de forragem produzida no verão


 Inverno: necessário ajuste do período de descanso, ou
uso de suplemento com outra fonte de volumoso  Dificuldades: elevado teor de água quando a

 Dificuldades: manejo – crescimento cespitoso e de porte forragem apresenta alta qualidade


alto  Pré-emurchecimento: de 18-20% para 25-28%
 Cultivares com elevado potencial de perfilhamento aéreo  No caso de feno: dificuldades na secagem
e basal apresentam melhor adaptação ao pastejo
 Silagem: uso de aditivos → fermentação

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Gênero Panicum  Panicum maximum

maximum
 Conhecida mundialmente pela por sua alta
produtividade, qualidade, e adaptação a diferentes
condições edafoclimáticas
 Dentre as espécie que se propaga por sementes,
é uma das a mais produtiva
 Grande produção de folhas longas, porte elevado
e alta aceitabilidade pelos animais (ruminantes,
equideos, etc)

Origem e classificação Cultivar Mombaça


 Centro de origem de P. maximum: leste
da África  Coletado por franceses em 1967, na
Grupos que efetuaram expedições de
Tanzânia

coletas planejadas de Panicum maximum
no seu centro de origem:
Introduzido no Brasil em 1984 (registro:
 Em 1967-1969: primeira expedição -

Franceses e Japoneses BRA-006645)


 Centro específico de origem: Quênia e
Tanzânia  Selecionado pela Embrapa Gado de Corte e
lançado comercialmente em 1993.

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Cultivar Mombaça Cultivar Mombaça

Características morfológicas Características morfológicas

 Cespitosa de porte alto (em torno de 1,70 Características morfológicas de alguns cultivares de P. maximum
m) Característica Tazânia Mombaça Tobiatã Colonião Massai
 Normal = ate 1,20 m Altura da planta (m) 1,2 1,7 1,6 1,4 0,6
 Folhas largas em torno de 3 cm e eretas Largura da folhas (cm) 2,7 3,0 4,6 2,9 0,9
quebrando nas pontas e com pouca Manchas roxas nas muitas poucas muitas média média
pilosidade (bainha e lâmina foliar) espiguetas

 Colmos glabros e sem cerosidade Pilosidade nas folhas ausente pouca pouca ausente média

Inflorescência tipo panícula


Pilosidade nos colmos ausente ausente muita ausente média

Espiguetas glabras
Cerosidade nos colmos ausente ausente ausente presente ausente

Cultivar Mombaça Cultivar Mombaça

Caracterização agronômica Forma de utilização:

Utilização: pastejo (intensivo,


Características agronômicas de alguns cultivares de P. maximum

Característica Tazânia Mombaça Tobiatã Colonião Massai
extensivo???)
Prod. de MV (kg.ha-1) 132.000 165.000 153.000 84.000 59.000

Silagem: inconvenientes – baixo teor de


Prod. de MS de folhas (kg.ha-1) 26.000 33.000 27.000 14.000 15.500

CHOs solúveis e elevado poder tampão,
% de folhas 80 82 81 62 80

fermentações indesejáveis
Rebrotação após corte (nota de 3,0 2,9 2,7 1,7 3,1
0-fraca a 5-máxima)
Prod. de sementes (kg.ha-1) 132 72 40 100 85  Aditivos – PB e MS
% de crescimento na seca 10,5 11 12 3,4 7,2
% de perda na produtividade 21 24 27 50 52
 Feno: não é recomendado devido aos
colmos grosseiros
em adubação
% de perda de produtividade 48 45 54 65 68
no segundo ano

Cultivar Tanzânia
Cultivar Tanzânia
Características morfológicas

 Cespitosa de porte médio (em torno de 1,20 m)


 Coletado por franceses em 1969, na  Folhas médias em torno de 2,6 cm de largura
Tanzânia  Bainha e lâmina são glabras
Colmos sem cerosidade
Introduzido no Brasil em 1984 (registro:

Inflorescência tipo panícula


BRA-007218)

 Espiguetas glabras com muitas machas roxas,


 Selecionado pela Embrapa Gado de Corte e conferindo inflorescência aroxeada

lançado comercialmente em 1991.

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Cultivar Tanzânia Cultivar Tanzânia


Características agronômica (produção
de forragem) Forma de utilização:

Pastejo:
132.000 kg.ha-1.ano de massa verde

Resultados de ganho de peso e produção de leite

33.000 kg.ha-1.ano de massa seca (80% de



 satisfatórios
folhas)
Silagem: devido a alta produção de MS – tendência
Latossolo vermelho-escuro adubado

 de utilização na forma de silagem em substituição à
de milho e sorgo (principalmente pelo custo!!!!)
 Assim como outras forrageiras do mesmo
gênero, possui forte estacionalidade de produção  Resultados promissores com aditivos absorventes
7.441 kg.ha-1 e 2.711 kg.ha-1 de MS em um corte no de umidade na ensilagem de Tanzânia
Fenação: não recomendado

verão (35 dias) e inverno (70 dias), respectivamente 

 Tanzânia desenvolve-se bem em sistemas


Silvipastoris

Cultivar Tanzânia
cv. Massai:
Resultados de pesquisa
 Panicum maximum cv. Massai
Capim Massai
Coletado por franceses em 1969, na Tanzânia
Altura de entrada de animais em pasto: 70


Introduzido no Brasil em 1984 (registro: BRA-007102)
cm

 Altura de saída (30 ou 50 cm): depende  Selecionado pela Embrapa Gado de Corte e lançado

do objetivo com o sistema de produção comercialmente em 2001 - híbrido natural entre

 Vacas em lactação: 10 kg.dia-1 vaca P. maximum x P. infestum


 Ganhos superior a 1 kg.animal-1 .dia

Características Morfológicas: Características Agronômicas:

 Cespitosa de porte baixo (em torno de 0,60 m)  Solo: moderado argiloso → misto acima
 Fertilidade: média a alta...
 Folhas estreitas em torno de 0,9 cm de largura e - Menos exigente em reposição/manutenção
eretas, quebrando nas pontas  59.000 kg.ha-1.ano de massa verde
19.000 kg.ha-1.ano de massa seca (80,4% de folhas)
Bainha e lâmina apresentam média pilosidade,

pelos curtos e duros


Latossolo vermelho-escuro adubado
Colmos sem cerosidade, finos e curtos


15.600 kg.ha-1 .ano de massa seca foliar
Inflorescência tipo intermediária entre uma

Levemente tolerante a alagamento → temporário



panícula e um racemo  Média tolerância ao Al do solo


Saturação de base necessária = 45% (baixa) → calagem
Espiguetas pilosas, pouco aroxeada

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Características Agronômicas: cv. Colonião:


 Pastejo:
 Primeira planta de P. maximum a entrar no Brasil

Ótima para sistemas Silvipastoris  Originária do continente africano → escravos


- Boa produção em sombreamento de 30 a 50%  O bom resultado (produtividade) do colonião


impulsionou as pesquisas de na área de
 Pode ser utilizado em pastejos intensivos e
melhoramento e o desenvolvimento de outros
extensivos
cultivares de P. maximum
 Recomendado para fenação → colmos finos

 Grande abundância de perfilhos confere excelente


cobertura do solo

Características Morfológicas:
 Cespitosa de porte alto (pode atingir 3 m)

 Rizomatosa com intensa capacidade de


perfilhamento, podendo formar touceira de até 2 m
de diâmetro

 Folhas: até 1 m, glabras e ásperas com bordas


serrilhadas

 Colmos desenvolvidos, com pelos nos nós

 Lâmina, bainha e colmo: cera esbranquiçada

 Inflorescência: panícula aberta, em forma de cone

Características Agronômicas: cv. Sempre Verde:


 Solo: de média a alta fertilidade  Originário da África
 Variação do Colonião adaptado a diferente solo/clima
Planta pioneira: rápido estabelecimento
- Adaptado a seca e tolerante a baixa fertilidade

Tolerante ao pisoteio + boa rebrotação pós-queima


Características Morfológicas:


Medianamente tolerante a seca
Crescimento cespitoso e colmos geniculados;


 Estacionalidade de produção bastante definida  Sem cerosidade;
 Não resiste a encharcamento ou alagamento  Intumescimento em nós basais → reservas;
 Altamente resistente a cigarrinhas → cerosidade  Folhas/bainha: muita pilosidade curta e dura
Florescimento no outono
Propagação por sementes → início da estação chuvosa


 Inflorescência: panícula aberta

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cv. Sempre Verde: cv. Aruana:


Origem: África
 Características Agronômicas: 

 Lançamento: Instituto de Zootecnia de Nova Odessa


 Vegeta bem em solos arenosos e profundos; em 1989

 ± Exigente em fertilidade (solo ou reposição)  Características Morfológicas:


 Não tolera encharcamento ou alagamento;  Cespitosa, com touceiras eretas e abertas, entre 0,7 a
0,9 m de altura;
 Boa resistência a seca (até 600 mm);
 Sem cerosidade;
Não tolera geada
Colmos finos e bainha pouco pilosa;

 Propagação via sementes = 3 a 5 kg/ha  Folhas estreitas, verde escura, com pilosidade curta
dando aspecto de aveludada
 Excelente perfilhamento e porte baixo

cv. Aruana:
cv. Aruana:
 Características Agronômicas:
 Vegeta bem em solos arenosos e profundos;

 Exigente em fertilidade (solo ou reposição)

 Não tolera encharcamento ou alagamento;

 Média resistência a seca (até 800 mm);

 Não tolera geada

 Bastante resistente ao pastejo e recuperação pós-


queimada

 Bom consórcio com Estilosantes e Soja perene

cv. Centenário: cv. Centenário:


 Lançado pelo Instituto Agronômico de Campinas Características Agronômicas:
(IAC), em 1987

 Vegeta bem em solos arenosos/profundos


 Características Morfológicas:  Fertilidade dos solos: de média a alta
Cespitosa de porte alto (até 2,2 m)
Não tolera encharcamento ou alagamento


Colmos levemente pilosos (bainhas)
Apresenta boa/baixa resistência à seca

Excelente capacidade de perfilhamento




Resistente a cigarrinhas das pastagens
Folhas: verde-escura, largas e curvadas, com

poucos pelos, curtos e macios na bainha e lâmina  Pode ser utilizado para pastejo e corte

 Não apresenta cerosidade  Propagação por sementes: 12 kg/ha

 Inflorescência: panícula e bastante desenvolvida  Bom consorcio com Estilosantes e Calopogônio

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cv. Centauro: cv. Centauro:


 Lançado pelo Instituto Agronômico de Campinas  Características Agronômicas:
(IAC), em 1988
 Vegeta bem em solos arenosos/profundos

 Características Morfológicas:  Fertilidade dos solos: de média a alta

 Cespitosa de porte baixo (até 1,0 m)  Não tolera encharcamento ou alagamento

 Colmos glabros e bainhas levemente pilosas  Apresenta média resistência à seca e boa a geada

 Folhas: verde-escura e curvadas, com poucos pelos  Resistente a cigarrinhas das pastagens

curtos e macios na bainha e lâmina  Pode ser utilizado para pastejo e fenação

 Não apresenta cerosidade  Propagação por sementes: 12 kg/ha

 Inflorescência tipo panícula  Muito apreciado por equinos

cv. Vencedor: cv. Vencedor:


Origem: África – cruzamentos no CIAT/Colombia
Características Agronômicas:


 Selecionado na Embrapa Cerrados e lançado em
Vegeta bem em solos arenosos/profundos
1990

 Fertilidade dos solos: de média a alta


 Características Morfológicas:  Não tolera encharcamento ou alagamento

 Cespitoso, com altura até 1,60m;  Apresenta média resistência à seca (800 mm) e a

 Colmos sem pilosidade; geada

 Folhas: verde-clara, glabras e largas;  Resistente a cigarrinhas das pastagens

Pode ser utilizado para pastejo


Sem cerosidade;


Propagação por sementes: 12 kg/ha
Inflorescência: panícula bem desenvolvida

cv. Áries e Atlas: Características Morfológicas:


 Origem:  Cespitosa (Áries – 1,5 m e Atlas – 2,0 m)
 Áries: híbrido F1 de plantas assexuadas cruzadas  Colmos finos
com plantas sexuadas, ambas de origem africana
 Áries: folhas verde-escuras, curvadas e glabras
Atlas: híbrido F1 do cruzamento da planta
Atlas: folhas verde-escuras, curvadas e com


sexuadas LST1 com o K68 (Costa do Marfim)
pelos curtos e macios

 Não apresentam cerosidade

 Inflorescência tipo panícula

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Características Agronômicas: cv. Tobiatã:


 Vegeta bem em solos arenosos e profundos  Origem:
 Fertilidade dos solos: de média a alta

 Não tolera encharcamento ou alagamento  1967: Coletado pelos franceses na Tanzânia.

1973: Introduzido no Brasil pela Embrapa Gado de


 Apresenta boa resistência à seca e geada 

Corte
 Resistente a cigarrinhas das pastagens
 1982: Lançado pelo Instituto Agronômico de
Pode ser utilizado para pastejo e fenação
Campinas

 Muito apreciado por ovinos (porte alto)

 Alternativa para o Aruana - ovinos

Características Morfológicas: Características Agronômicas:


 Cespitosa de porte alto (em torno de 2,6 m)  Produziu 153 ton/ha/ano de massa verde
 Folhas largas (até 4,6 cm), eretas quebrando nas - 80% de folhas: 27 ton/ha/ano de MS de folhas
pontas  Produção sem adubação: 27% menor no primeiro
 Folhas com pouca pilosidade e bainha com ano e 54% no segundo ano
muitos pelos curtos e duros - Exigência em adubação de manutenção

 Inflorescência tipo panícula - Grande extração de nutrientes do solo

 Produção na Seca: 12% da produção total anual

 Propagação por sementes: início das chuvas

Andropogon gayanus:
 Características Agronômicas:
 Crescimento cespitoso, perfilhos eretos, possui baixa
capacidade de cobertura do solo;

Outras Gramíneas  Indicado para áreas planas: menor risco de erosão;

Solo: baixa fertilidade e com alto teor de alumínio;

Importantes

 Baixa exigência em fósforo +


 Pequenas doses de N

 Propagação por sementes

 Estabelecimento lento

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03/10/2016

Andropogon gayanus: Andropogon gayanus:


 Produção: 20 a 30 t/ha/ano de MS  Formas de utilização:

 Tolerante ao sombreamento: até 50%  Pastejo: bem aceito por bovinos e equinos

 Resistente a cigarrinhas-das-pastagens  Excelente opção para sistemas de produção com


baixo nível tecnológico, de insumos, extensivo

 Crescimento cespitoso + porte alto:


- eleva rapidamente o meristema apical
- recomendação para sistema de lotação intermitente
- entrada com 60-80 cm e saída com 15-20 cm

 Pastejo sob lotação contínua:


- variabilidade no uso do pasto (sub e superpastejadas)
- boa resistência ao pastejo/pisoteio/categoria animal

Andropogon gayanus: Andropogon gayanus:


 Formas de utilização:

 Produção de feno:
- pode ser utilizado desde que com alta relação
folha:colmo
- Objetivo = conservar forragem – baixa qualidade

 Silagem:
- não recomendado, pois produz silagem de baixo valor
nutritivo

 Boa consorciação com soja-perene e estilosantes

 No Cerrado: pastos consorciados podem manter taxas de


lotação de até 1,2 UA/ha

Andropogon gayanus: Capim-de-rhodes (Chloris gayana Kunth)

 Carvalho e Cruz Filho, 1985: Avaliação de 16 ssp  Origem:


- tolerância à seca: capim-búffel considerado “muito boa”
e o capim-andropógom “boa”  África: mundialmente conhecida como capim-de-
rhodes → Cecil Rhodes, que introduziu o cultivo
 Batista e Godoy, 1985: cv. Planaltina e cv. Baeti na Rodésia, África do Sul, em 1895
 Qualidade: 6,2% de PB, 75% de FDN e 56,6% de DIVMS,
aos 120 dias de crescimento  1902: o capim-de-rhodes foi levado para os EUA
Idade PB FDN LIG DIVMS
(dia)  1953: levado para a Austrália
0 - 30 14,27 64,94 2,52 58,49
31 – 45 10,55 66,28 3,19 52,08  Atualmente cultivado em toda América do Sul,
46 – 60 9,53 72,86 3,56 54,59 Central, Sul da Ásia, Japão e Itália, dentre outros
61 – 90 6,51 71,84 5,11 42,95
91 – 120 6,24 73,88 4,48 49,30

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03/10/2016

Capim-de-rhodes (Chloris gayana Kunth) Capim-de-rhodes (Chloris gayana Kunth)

 Crescimento cespitoso = touceiras baixas

 Grande capacidade de enraizamento de colmos


quando em contato com o solo → estolonífera

 Pode atingir 1,5 m de altura (normal = 70 cm)

 Folhas glabras, finas e longas, com comprimento


entre 40 e 50 cm e largura de 0,6 a 0,7 cm

 Lígula com pelos finos e longos

 Inflorescência em forma de racemo

 Raiz Profunda

Capim-de-rhodes (Chloris gayana Kunth) Capim-de-rhodes (Chloris gayana Kunth)

 Características Agronômicas:

 Desde o nível do mar até 2000 m de altitude

 Capim com boa resistência à seca: 600 mm


 Tolera altas e baixas temperaturas: sobrevive a
zero grau por algum período
 Tolera, ocasionalmente, solos mal drenados

 Não tolera sombreamento

 Exige média a alta fertilidade


 Se multiplica por sementes e por mudas

Capim-de-rhodes (Chloris gayana Kunth) Capim-de-rhodes (Chloris gayana Kunth)

 Formas de Utilização: Pastejo  Formas de Utilização: Feno e Silagem

 Bem aceito por animais, especialmente equinos  Recomendado para fenação: devido aos colmos
 Pouco tolerante a altas intensidades de desfolhação finos e folhas delgadas

 Ainda não existe estudos com definição de manejo  Para produção de feno de boa qualidade, o capim

 Colmos finos e folhas delgadas: recomendado para deve ser colhido antes do florescimento

diferimento  Poucos são os relatos do uso para silagem

 Recomendado para consorciação com estilosantes,  Silagem de boa qualidade, desde que o teor de
alfafa e soja perene MS seja observado no momento do corte

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03/10/2016

Capim-de-rhodes (Chloris gayana Kunth)

 Resultados:

 Produção de 11,5 a 17,2 t/ha/ano

 Produções superiores podem ser obtidas com:


 Menores espaçamentos no plantio e com
adubação em 25 cm
 Adubação nitrogenada, 150 kg por ha

Idade PB FDN LIG DIVMS


(dia)
0 - 30 10,86 71,20 3,42 47,10
31 – 45 9,34 77,37 5,03 48,40
46 – 60 5,76 77,10 5,55 45,10
61 – 90 4,53 75,97 6,08 -

Capim-gordura – Melinis minutiflora Capim-gordura – Melinis minutiflora

 Origem:  Características Morfológicas:


 Leste da África  Crescimento cespitoso

 Introduzida no Brasil na época da colonização  Colmo revestido pela bainha pilosa e geniculada

 Excelente adaptação as condições nacionais,  Emitem raízes nos nós quando em contato com o solo
encontrada de norte a extremo sul do país  Podem atingir altura de 1,2 m (normal = 70 cm)
 Brasil pode ser considerado como centro de  Lâminas foliares medem até 15 cm de comprimento
origem secundário, onde já é naturalizada
(Mitidieri, 1992)  Folhas recobertas por pelos que exsudam substância
viscosa e de cheiro característico - gordura
 Inflorescência é uma panícula arroxeada e fechada
 Sementes leves e pequenas, fácil disseminação

Capim-gordura – Melinis minutiflora

 Características Agronômicas:
 Adaptada às condições tropicais e subtropicais
 Precipitação entre 800 e 4000 mm/ano
 Não tolera seca excessiva e é sensível a geada
 Baixa capacidade de rebrota após a queima
 Mesmo sendo classificado como cespitoso, cobre o
solo, protegendo de erosão
 Propagação por sementes e mudas
 Produz de 4 a 4,5 ton/ha/ano (baixo)

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03/10/2016

Capim-gordura – Melinis minutiflora Capim-gordura – Melinis minutiflora

 Formas de Utilização:  Formas de Utilização:


Predominantemente pastejo
Pasto Diferido:


 Não suporta pastejo intenso/freqüente, devido a - Janeiro → uso em junho
elevação precoce do meristema apical - Março → uso no final da seca
 Rebrota lenta: emissão de perfilhos basilares
 Silagem: poucos relatos na literatura, baixo uso
 Boa aceitabilidade pelos animais (palatável) devido a baixa produção e fermentação inadequada
 Altura de corte: sem estudos científicos
 Feno: não recomendado – não apresenta boa
- recomendação: de 15 a 20 cm rebrotação após o corte, substância viscosa
- período de descanso: 40 a 60 dias secretada nos pelos recobrem a folha e dificulta a
desidratação
 Diferimento: benéfico para sustentabilidade

Capim-gordura – Melinis minutiflora Capim-gordura – Melinis minutiflora

 Resultados de Pesquisas:  Resultados de pesquisas:


Idade PB FDN LIG DMS
(dia)  Capacidade de suporte é baixa:
0 - 30 13,32 82,25 4,30 61,27 - Baixa produtividade
31 – 45 11,73 - 3,70 58,57 - Baixa rebrotação
46 – 60 9,74 83,49 5,54 52,16
61 – 90 9,08 84,04 4,84 57,29  Taxas de lotação de 0,8 UA/ha promoveram
91 – 120 6,40 90,19 7,27 40,61
degradação do pasto
121 – 150 5,19 92,46 7,12 -
 Vilela et al. (1980): vacas suplementadas em
151 – 180 4,20 - 9,30 40,39
pasto de capim-gordura produziram 12 kg de
181 – 240 3,45 - 9,50 36,77
leite
Colmo 6.05 82.25 7,20 -
Folha 13,34 71,00 5,14 52,49

Capim-jaraguá – Hyparrhenia rufa

 Origem:
 52 espécies, sendo 40 perenes
 Maioria: nativas da África - algumas das região
mediterrânea, Índia, Indonésia, Austrália e
Américas
 Brasil: predomina as de origem no continente
africano
 Introduzida no Brasil acidentalmente:
comercialização de escravos
 Grande capacidade de multiplicação
 Considerada naturalizada em vários locais do
Brasil

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Capim-jaraguá – Hyparrhenia rufa

 Características Morfológicas:
 Cespitosa, não rizomatosa, forma touceiras
 Colmos finos e glabros
 Pode chegar até 3 m de altura (normal = 1m)
 Pastejo intenso: pode formar grande gramado
 Folhas: longa e estreita, com pouca pilosidade
 Lígula: bastante desenvolvida, com grande
presença de pelos e coloração verde-clara
 Inflorescência: tipo panícula (forma de espiga)

Capim-jaraguá – Hyparrhenia rufa Capim-jaraguá – Hyparrhenia rufa


Formas de utilização:
Características Agronômicas:


 Bastante utilizado para pastejo
 Desenvolve-se bem até altitudes de 2.000 m
 Recomendado para lotação intermitente, devido
Precipitação média/anual: entre 400 e 4000 mm
ao crescimento cespitoso e de porte alto

 Boa capacidade de rebrotação após a queima  Método de pastejo: recomenda-se a entrada dos
 Desenvolve-se melhor em solos arenosos animais com 60 a 70 cm, e saída com 15 a 30 cm

 Fertilidade: medianamente exigente  Não é indicado para diferimento (baixa qualidade)

 Grande estacionalidade de produção forrageira  Roçadas e queimadas: recomendas para eliminar o


excesso de forragem de baixa qualidade e melhorar
 Propagação por sementes ou mudas
as condições de rebrotação

Capim-jaraguá – Hyparrhenia rufa Capim-jaraguá – Hyparrhenia rufa

 Formas de utilização:  Resultados de pesquisas:

 Silagem: viável, mas pouco utilizada, pois o valor  Mozzer et al. (1974): detectaram produção de
nutritivo do material é ruim e a fermentação é lenta forragem variando de 6 a 10 t/ha

Nascimento Jr e Pinheiro (1975): após 60 a 70 dias


Feno:

 Poucos relatos de uso de feno de jaraguá de crescimento, houve elevação no teor de lignina e
 Viável, pois a forma de crescimento cespitosa redução na digestibilidade da MS e PB
facilita o corte mecânico e os colmos finos,
favorecem a desidratação no campo  Teor de PB: 7,4% nas águas e 1,4% na seca

 Redução dos uso de capim-jaraguá frente a outras


forrageiras mais produtivas

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Capim-pangola – Digitaria decumbens Stent.

Origem:
 Província de Transvala, na África do Sul
 O nome: se deve ao fato de, primeiramente, ter sido
encontrada as margens do rio Pangola, na África
 Brasil: em 1952, constituindo-se opção ao uso do capim-
colonião
 Adaptação: a solos de baixa fertilidade, também foi
relevante para o seu estabelecimento no país
 Quando as primeiras mudas foram introduzidas: “febre
do pangola”
 2 cultivares utilizados no Brasil: Pangola e Transvala

Capim-pangola – Digitaria decumbens Stent. Capim-pangola – Digitaria decumbens Stent.

 Características Morfológicas:  Cultivar Pangola:


 Possui estolões superficiais que cobrem todo o solo
 Estoloníferas, com folhas finas e abundantes
 Colmos eretos que podem alcançar até 60 cm de altura
 Formação de densas “touceiras” (proteção do solo)  Folhas apresentam pouca pilosidade
 Pode atingir até 1,2 m de altura (normal 60-70 cm)
 Cultivar Transvala:
 Inflorescência é composta por 3 a 12 racemos
 Possui folhas mais finas, numerosas e pouco pilosas
arranjadas “digitadamente”  Pelos concentram-se próximo a lígula, sendo o restante
 Morfologicamente, as diferenças entre cultivares glabro
 Colmo do estolão apresenta pelos curtos e finos nos nós
Pangola e Transvala são pouco perceptíveis

Transvala:
Capim-pangola – Digitaria decumbens Stent.

 Características Agronômicas:
 Cultivado: até 800 m de altitude
 Boa resistência a seca e geada
 Boa rebrotação após queimada
 Vegeta bem em solos úmidos, sendo excelente
opção para regiões de baixadas
 Tolera solos de baixa fertilidade natural
 Propagação por mudas (poucas sementes viáveis)
 Produção de 15 t/ha em regimes de corte
 Transvala é mais produtivo que o Pangola,
especialmente sem solos mais férteis

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Capim-pangola – Digitaria decumbens Stent. Capim-pangola – Digitaria decumbens Stent.

 Formas de utilização:  Resultados de Pesquisa:


 Boa aceitabilidade pelos animais
Idade MS PB LIG DMS
 Pode ser manejado sob lotação intermitente ou (dia)
46 – 60 21,60 6,15 5,20 52,43
contínua
91 – 120 30,20 3,90 5,80 47,77
 Resíduo pós-pastejo: 10 a 15 cm 151 – 180 38,50 3,10 8,10 44,22
181 - 240 46,20 3,10 9,40 43,08
 Não há pesquisas para estabelecer manejo
adequado - conhecimento empírico

 Poucos relatos para uso na forma de silagem

 Pode ser utilizado para produção de feno

Capim-setária – Setária anceps Stapf.


Nandi
 Origem:
 Menor parte da África

Maioria: regiões subtropicais e mediterrâneo


Kazungula

 Brasil: spp nativas no RS e MS

 Cultivares mais usados/conhecidos:

- Nandi

- Kazungula

- Narok Narok

Capim-setária – Setária anceps Stapf. Capim-setária – Setária anceps Stapf.

 Características Morfológicas:  Características Morfológicas (cultivares):


Cv. Nandi:
 Planta perene, cespitosa, com rizomas curtos 

- Altura de 1,5m; flor amarronzada com 30 cm;


 Altura: até 2m (normal = 1,0 m)
florescimento tardio (melhor qualidade/tempo)
 Folhas: glabras, compridas e estreita
 cv. Kazungula:
 Bainha: glabra
- Semelhante a Nandi; flor mais amarelada; folhas verde-
 Lígula: bem visível, desenvolvida, pelos superfície azulada
 Inflorescência: panícula contraída (fechada)  Cv. Narok:
- Altura de 1,8m; intermediárias entre Nandi e Kazungula

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Capim-setária – Setária anceps Stapf. Capim-setária – Setária anceps Stapf.

 Características Agronômicas:  Forma de Utilização:


 Boa capacidade de adaptação a diferentes solos;  Bem aceito pelos animais;
- Média fertilidade; responde ao P; tolera acidez  Cultivares usados no BR: predominância de pastejo;
 Bem tolerante a seca e solos mal drenados - várzeas;  Potencial: cortes → feno e silagem
 Desde o nível do mar até 3.000 m  Feno: baixa relação folha:colmo → baixa qualidade
 Nandi: chuvas acima de 250 mm  Silagem: baixa MS e fermentação láctea
 Narok e Kazungula: chuvas acima de 750 mm
 Tolerância média ao frio – forragem de inverno no sul;
 Narok e Kazungula: baixa tolerância ao frio e seca;
 Propagação: mudas e sementes

Capim-quicuio Capim-quicuio
Pennisetum clandestinum Hochst Ex Chiov Pennisetum clandestinum Hochst Ex Chiov

 Origem: África central e oriental  Características Morfológicas:

 Nome: tribo de nativos do Quênia  Perene, numerosos rizomas e estolões que emitem
brotos e raízes
 Brasil: em 1924
 Porte baixo: 40 a 60 cm, colmos curtos e finos
 Cultivares:
 Folha: dobrada (expansão) e aberta (expandida)
cv. Comum
 Folhas pequenas: 3,5 a 5 cm x 0,65 cm (numerosas)
cv. Whittet
 Raiz: profunda (5,5 m), 90% até 60 cm
cv. Breakwell
 Flor: panícula reduzida (2 a 4 espigueta)
- Forma entre colmo e base da folha (oculta)

Capim-quicuio
Pennisetum clandestinum Hochst Ex Chiov

 Características Agronômicas:
 Boa vegetação com mínimo de 660 mm de chuva
 Resistente a seca → raízes profundas
 Temperatura ótima :16 a 21 °C
 Não tolera “calor” e resistente ao frio/geada
 Altamente exigente em fertilidade de solo e MO
 Tolera solos pobres e alcalinos
 Propagação = mudas em covas ou sulcos
 Sementes: difícil colheita
 Sensível a cigarrinha das pastagens

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Capim-quicuio Capim-quicuio
Pennisetum clandestinum Hochst Ex Chiov Pennisetum clandestinum Hochst Ex Chiov

Resultados de Pesquisas:
Forma de Utilização:

 Basicamente pastejo → mais para gado de leite Idade MS PB FB P


(dia)
 Bom para ovinos = porte baixo
0 – 30 21,66 10,06 35,05 0,17
 Flexível: rotacionado ou contínuo 46 – 60 22,15 9,62 36,15 0,15
61 – 90 28,80 7,43 38,48 0,10
 Resistente ao pastejo e pisoteio → rizoma/estolão

 Consórcio: melhora a pastagem  FB = fibra bruta


P = fósforo
Feno/Silagem: pouco utilizada

- Baixa produção, alto custo, menor qualidade

Capim-buffel Capim-buffel
Cenchrus ciliaris L. Cenchrus ciliaris L.
 Origem:
 Características Morfológicas:
 África, mais precisamente no Quênia

 Nome comum = Buffel grass ou capim-bufalo  Planta perene, cespitosa

 Cultivares:  Porte: até 1,5 m (normal 50 a 70 cm)


- Gayndah
Aridus Gayndah  Folhas: finas (2 cm) e lanceolada (30 cm)
- Aridus
 Colmos: finos e eretos

 Raiz: profundas e numerosas

 Flor: racemo de 7 a 8 cm avermelhada

Capim-buffel
Cenchrus ciliaris L.
 Características Agronômicas:
 Boa vegetação entre 400 a 800 mm de chuva
 Resistente a seca → raízes profundas e numerosas
 Temperatura ótima : 30 °C
 Tolerância ao frio = baixa
 Não tolera cigarrinha das pastagens...na seca?!?!?!
 Fertilidade: média/alta
 Tolerância a solo mal drenado = baixa
 Propagação = sementes (1-4 kg/ha) a lanço ou covas

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Capim-buffel
Cenchrus ciliaris L.
 Forma de Utilização:
 Pastejo:

- Resistente ao pisoteio 385 kg/ha 1050 kg/ha

- Pastejo contínuo ou rotacionado

- Animais: bubalino, bovinos, ovinos e caprinos

- Muito utilizado no nordeste brasileiro

 Feno/Silagem:

- Feno = pouco utilizado baixa qualidade

- Silagem = baixa produção/ha e qualidade


1650 kg/ha 2850 kg/ha

4750 kg/ha 7550 kg/ha


Leguminosas Forrageiras
CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO AO CLIMA

Gênero Arachis: Gênero Arachis:


 Arachis pintoi – Amendoim forrageiro
 Origem:

 América do Sul – Centro de origem e de diversidade

 Possui mais de 81 espécies

 Brasil: cerca de 60 espécies selvagens

 Amendoim comum: primeira espécie domesticada

 As espécies A. pintoi e A. repens: exclusivas do


Brasil
 Ocorre nas bacias do rios Jequitinhonha (Minas
Gerais), São Francisco (Bahia) e Paranã (Goiás)

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Gênero Arachis: Gênero Arachis:


 Origem:
 Primeiro genótipo da espécie A. pintoi foi coletada na
Bahia no ano de 1954 por Geraldo Pinto, Pesquisador
da CEPLAC

 Até 1981: único acesso avaliado por várias instituições

 Hoje: catalogados A. pintoi; A. repens e A. glabrata

 Hoje: superada a marca de 150 acessos

Gênero Arachis:
 Características Morfológicas:

 Desenvolvem frutos subterrâneos (geocarpismo)

 São herbáceas e perenes

 Porte baixo (<40 cm) com alta capacidade de


propagação vegetativa

 Raiz pivotante

 Caules cilíndricos e levemente achatados

 Folhas alternas e compostas de quatro folíolos


oblongos

Arachis repens
Gênero Arachis:
 Características Morfológicas:
 Presença de rizomas + estolões

Arachis pintoi
- ausência de estolões no A. glabrata

- Crescimento mais ereto devido a ausência de estolões

 A. pintoi e A. repens possui crescimento mais


prostrado por conta dos estolões

Existem diferenças morfológicas entre cv:

Arachis glabrata

- Forma de folha; produção de semente; porte

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Gênero Arachis: Gênero Arachis:


 Características Agronômicas:  Características Agronômicas:

 Suporta ambientes contrastantes, principalmente em  No primeiro ano produz 50% do potencial máximo

relação aos extremos de temperatura  Possui capacidade de estabelecer combinações estáveis

 Tem influência dos locais de cultivo: qualidade da com gramíneas (Paspalum, Cynodon, Digitaria,

forragem, fixação simbiótica de N Brachiaria, Pennisetum*)

 Elevada persistência em regimes de pastejo mais  Faixa de temp.: de 0 a 32°C

intensivos  Suporta geada e seca* (de 600 a 1000 m)

 Baixa/Média produção de forragem de alta qualidade  Cv. Belmonte lançado na Bahia, Cv. Amarillo em São

 Estabelecimento lento: chega a demorar três anos para Paulo e Cv. Alqueire no Rio Grande do Sul

atingir o máximo potencial produtivo

Gênero Arachis: Gênero Arachis:


 Fixação de N:  Produtividade e Valor nutritivo:
 Associação com bactérias fixadoras do gênero  Produtividade variável com o clima, tipo de solo,
Bradyrhizobium manejo
 Capacidade de fixar até 80% na sua necessidade de N  Forte estacionalidade (chuva), mas com retomada
 Fixação: de 60 a 180 kg/ha (N atmosférico) rápida da produção (A. pintoi)
 Fixação por MO: 50 a 80 kg/ha  Produtividades acima de 6.000 kg/ha/ano ≈ 8.000
kg

 Altos teores de PB (15-22%) e baixos de fibra (40-


55%)

Gênero Arachis: Gênero Arachis:

Local Cultivar PB FDN DIVMO  Formas de Utilização:


% da MS  Pastejo: em pasto consorciado para
Distrito Federal Amarillo 16,5-17,3 - 63,4
cria/recria/engorda
Minas Gerais A. pintoi 14,3 52,5 64,4
Distrito Federal Belmonte 18,5-22,8 - 66,5-67,3 - Banco de proteína e recuperação de pastagens

Brasil A. pintoi 16,5 40,3 68,7 - não possui fatores antinutricionais em nível crítico
Austrália Amarillo 19,7 - 73,3  Feno: não recomendado – porte e estrutura tenra
Colômbia Amarillo folha 13-18 50-51 60-67
Silagem: na consorciação com a gramínea
Colômbia Amarillo caule 9-11 51-55 62-65

EUA-Flórida A glabrata 15,9 51 56 - Para bovino de corte e leite – ovinos e caprinos

 Integração: cereais e frutas (cobertura do solo)

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Gênero Cajanus: Cajanus cajan:


 Cajanus cajan – feijão guandú
Nomes: Feijão andu; andú; guandú; guandeiro

 Origem:
 Originário da Índia, embora alguns autores digam que
é na África

 Largamente cultivado na região Nordeste do Brasil

 Brasil/Venezuela: programas de melhoramento...

- Qualidade da semente e da forragem produzida

 Índia = mais de 90% da produção mundial

Gênero Cajanus: Gênero Cajanus:


Características Morfológicas:
Características Morfológicas:


Disposição dos ramos...
Vargens verdes: verde-claras, verde-claras com

 Eretos: genótipos cujos ramos primários fazem estrias violeta, verde-claro com manchas violeta,
ângulo menor que 60°C com caule violeta, violeta com estrias verdes
 Semi-prostados: aqueles cujos ângulos são entre
60 a 90°C

Gênero Cajanus: Gênero Cajanus:

 Características Morfológicas:  Características Morfológicas:


Vargens maduras: marrom-claras, marrons com
Folhas: são três folíolos inteiros, com pequenas


manchas púrpuras – palha: claras, palha com
manchas na parte de baixo (dorsal)
manchas violetas-escuras, violeta e violeta-escuras
 Folíolos lanceolados, com baixa pilosidade

 Flores amarelas ou laranjadas + vileta

 Vargens achatadas, com quatro a sete sementes

 Sementes arredondadas

 Sistema radicular pivotante (até 2 m)

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Gênero Cajanus: Gênero Cajanus:

 Características Morfológicas:
 Perene, crescimento prostrado*, rizomatosa

 Rizomas: assemelham-se a estolões (5 mm diâm.)

 Produção de broto e raiz nos rizomas

 Folhas: glabra, 3-10 mm largura e 2 a 5 cm comp.

 Colmos eretos

 Inflorescência: 2 rácemos terminais com 5-10 cm

 Coloração variada: amarelo/castanha/avermelhada

Gênero Cajanus: Gênero Cajanus:


 Características Agronômicas:  Formas de Utilização: alimentação animal e
 Não possui grandes exigência de clima e solo humana
 Desenvolve bem em climas tropical, subtropical e  Pastejo: em pasto consorciado para engorda
semiárido
- Banco de proteína e recuperação de pastagens
 Precipitação de 600 a 1400 mm - não possui fatores antinutricionais em nível crítico
 Desenvolve bem em solos de baixa fertilidade, mas  Feno: para alimentação de caprinos, ovinos, suínos e
apresenta boa resposta à adubação aves – Obs.: queda de folhas
 Boa tolerância a seca, boa adaptabilidade a solos  Silagem: na consorciação com a gramínea
arenosos
- Para bovino de corte, leite e equinos
Não tolera o encharcamento
Integração: cereais e frutas (cobertura do solo)

Gênero Leucaena: Leucaena leucocephala

 Leucaena leucocephala – Leucena


 Origem:

 México e a América Central – centro de origem de 22


espécies e híbridos naturais

 Ampla dispersão pelo mundo, teve início com a


colonização espanhola da América

 Na Austrália, país com maior número de cultivares


desenvolvidos, foi introduzida no século XIX

 No mundo: pico de “popularidade” ocorreu nas


décadas de 70 e 80

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Leucaena leucocephala Leucaena leucocephala

 Características Morfológicas:
 Porte arbustivo ou arbóreo (até 20 m)

 Crescimento ereto e perene

 Sistema radicular pivotante e capaz de nodular

 Folhas bicompostas ou bipinadas com até 35 cm

 Classificadas em grupos:

 Comum: porte baixo (< 5 m)

 Gigante ou Salvadorenho: porte alto (até 20 m)

 Peruana: porte alto

Leucaena leucocephala Leucaena leucocephala


 Características Morfológicas:  Características Agronômicas:
 Inflorescência: globosa  Temperatura ótima para crescimento (22 a 30°C)

 Fruto: vagem deiscente, verde → marrom  Não tolera geadas, especialmente novas plantas

 Sementes: oval, rígida, coloração marrom/preta  Tolerante a seca (relatos indicam a sobrevivência durante
8 meses sem ocorrência de chuvas)

 Precipitação de 600 a 3000 mm

 Altitude de até 1800 m

 Não tolera solos encharcados ou alagados

 Plantio por sementes ou mudas

 Plantas jovens atacadas por cupins e formigas

Leucaena leucocephala Leucaena leucocephala

 Formas de Utilização:

 Utilizada em sistema de pasto:

 Cultivos exclusivos (banco de proteína)

 Consórcio com gramíneas (Brachiaria, Panicum,


Pennisetum...etc.)

 Corte: Forragem verde cortada, emurchecida ou


fenada e fornecida no cocho

 Silagem: relatos e poucas pesquisas como aditivo

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Leucaena leucocephala Leucaena leucocephala

 Fixação de N:  Produção de Forragem e Valor nutritivo:

 Fixação simbiótica depende da especificidade entre a  Produção: 1,6 a 9.000 kg/ha/ano de massa de
forragem consumível (folhas + ramos finos) no
estirpe de rhizóbio e o genótipo forrageiro
Nordeste
 Alternativa: uso de inoculantes  Cultivar Cunningham: de 2.000 a 20.000 kg/ha/ano no
Norte, Sudeste, e Sul do Brasil, em regimes de cortes
 Alto potencial de fixação de N:
 Sob pastejo: produtividade menor – freqüência de
- Pode chegar a fixar 560 kg/ha/ano de N desfolhação é maior

 Ganhos: 900 g/animal/dia em pasto de leucena


consorciado

Leucaena leucocephala Medicago sativa - Alfafa

 Produção de Forragem e Valor nutritivo:  Origem

PB: 19,9%; NDT: 63%; Digestibilidade: 56,0%  Natural: territórios da Turquia, Iraque, Irã,
Afeganistão, Paquistão, norte da Índia

Proteína de alto valor biológico


Centro primário: noroeste do Irã e nordeste da


 Boa concentração de vitaminas e minerais Turquia
 Boa opção forrageira para regiões áridas  Europa: introduzida pelos persas ± 490 a.c
América do Sul/Central: espanhóis, na época da
Fator antinutricional!!!!!!!!

colonização

Taninos
Brasil: introduzida no Rio Grande do Sul por

 Mimosina (aminoácido não protéico) imigrantes europeus, provenientes do Uruguai e da


Argentina
 Uso de leucena normalmente é parcial (problemas
Posteriormente para demais estados
atenuados)

Medicago sativa - Alfafa

 Características Morfológicas:
 Planta perene, herbácea, com até 80 cm

 Crescimento semi-ereto, apresenta rizomas

 Folhas trifoliadas, disposta de forma alternada no


caule da planta

 Folíolos de forma ovalada, com borda serrilhada

 Flor: amarela ou violeta em cacho

 Raiz pivotante (profundidades maiores que 9 m)

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Medicago sativa - Alfafa

 Características Agronômicas:
 Espécie exigente em P, K, Ca, Mg, S e Bo

 Produção elevada de MS: + de 26 Ton/ha/ano

 Requer solos de estrutura média (arenoargiloso),


bem drenado, e sem camadas compactadas

 Recomendado: áreas planas, pouco susceptíveis a


erosão

 Alta susceptibilidade a pragas (pulgões, lagartas,


besouros) e doenças: causa da baixa persistência

Medicago sativa - Alfafa Medicago sativa - Alfafa

 Características Agronômicas: Tabela 1. Comportamento agronômico de cultivares de alfafa, em diversos locais nas
regiões Sul e Sudeste do Brasil.

 Geralmente cultivada em região de clima temperado Estado Local Melhores cultivares


RS Guaíba Crioula
- Trabalhos recentes no Sudeste e Centro-Oeste SC Lages Crioula

 Estacionalidade de produção: 35 a 40% da produção PR Bandeirantes Crioula, Moapa


SP São Carlos Crioula, Florida-77, P30
anual de MS é na seca SP Botucatu Crioula, Florida-77, CUF-101, Moapa

 Baixa produção de sementes na maioria das ssp SP Piracicaba Florida-77, Crioula, Moapa
SP Sertãozinho Florida-77, Crioula, Moapa, BR 2
 cv. Crioula = boa produção de sementes RJ Paty do Alferes Crioula, Florida-77, P30

Cultivares adaptados ao Brasil:


MG Coronel Pachedo Crioula

MG Sete Lagoas Crioula, P30
 Crioula; Florida-77; Moapa; P30; BR 2; CUF-101 MG Lavras Crioula, P30

Medicago sativa - Alfafa Medicago sativa - Alfafa

 Composição Nutricional:  Composição Nutricional:

proteína bruta = 22 a 25% e NDT = 60%  Apresenta degradação lenta da PB no rúmen


cálcio = 1,6% e fósforo = 0,26%  Fator antinutricional ... Presença de Saponina


Substância que forma espuma = timpanismo


 muito superiores a outras fontes de alimentos 

habitualmente utilizados em nossa pecuária, como:  Pouca utilização em pastejo = maior ocorrência

- Milho (Zea mays)

- Cana-de-açúcar (Saccharum sp.)

- Capim-elefante (Pennisetum purpureum)

 Alfafa = “Rainha das Forrageiras”

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03/10/2016

Medicago sativa - Alfafa Medicago sativa - Alfafa

 Forma de Utilização:  Forma de Utilização:

 Muito importante e utilizada na alimentação de  Feno: principal forma de utilização no Brasil

rebanhos leiteiros especializados  Ensilagem: pouco difundida devido as dificuldades

 Na Argentina e nos EUA, é a forrageira mais usada de obtenção de silagem de boa qualidade

nos rebanhos leiteiros - Alto teor de proteína e baixo de CHO dificulta a

 Muito utilizado como feno para equinos/bovinos fermentação

 BR: feno mais nobre e cobiçado por criadores - Boa como aditivo na ensilagem

 Usos: Pastejo; Feno; Silagem; Picada/cocho.....  Pastejo: menor custo, mas de difícil controle devido
ao efeito do animal/planta + planta/animal

Medicago sativa - Alfafa Medicago sativa - Alfafa


 Forma de Utilização:  Resultados de Pesquisas:
 Outras formas de uso...  Produção: Cultivar Crioula...
 Pellet - 9.000 a 21.300 kg/ha/ano

 Cubos  Produção de 22.000 kg de MS/ha/ano na região de


 Pré-secada São Carlos, SP
(40-60% de MS)
 Pastejo: pouco estudo no BR

 Vilela (1994): vacas em pastejo produziram média de


20 kg de leite/dia com taxa de lotação de 3,1 U.A,
em pasto de alfafa em Minas Gerais

Medicago sativa - Alfafa Medicago sativa - Alfafa

 Resultados de Pesquisas:  PB: nas águas e secas = 26 e 28%


 No exterior: alto índice de timpanismo quando os  PB nas folhas: 32 a 34%
animais foram manejados a pasto  Teor de PB das folhas foi 64% superior ao colmo
- Uruguai e Argentina
 Proteína da alfafa é maior na seca do que nas
águas
 No Brasil: não foi identificado empanzinamento como
Devido à menor proporção de folhas no período
verificado por pesquisadores no exterior

das águas, ocasionada pela maior incidência de


- Clima tropical → planta = possível explicação !!!
doenças foliares nesta época do ano

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03/10/2016

Gênero Stylosanthes Gênero Stylosanthes

Origem Origem
 Regiões tropicais e subtropicais do continente  S. Capitata: maior ocorrência no Nordeste e Cerrado
Americano - da Argentina (Sul) até EUA (Norte)  S. guianensis: maior distribuição – ARG → MEX
 2 centros principais de diversidade:  S. macrocephala: mais restrito → somente no BR
A) Brasil Central – maior variação fenotípica e 45% das
ssp do gênero

B) México/Caribe – demais spp

● 48 spp catalogada – 43 exclusivas na América

● Brasil = ocorrem 29 spp, sendo 13 exclusivas

● Principais: S. guianensis; S. capitata; S. macrocephala

Gênero Stylosanthes Gênero Stylosanthes

 Características Morfológicas:  Características Morfológicas – S. capitata


 Porte: de herbáceo a arbustivo, podendo ser ereto,  Perene, Subarbustivos, de ereto a prostrado
semiprostrado ou prostrado  Caules/Ramos: pelos curtos e claros
 Capitata, Guianensis e Macrocephala = Perenes***  Folhas: oblongas a obovaladas (arredondadas)
 Folhas: trifoliadas, variando em função da ssp - Tamanho: 2 a 3,2 cm C x 0,7 a 0,9 cm L
 Inflorescência = tipo espiga  Inflorescência: terminais, arredondadas, 5-12 flores
 Flor: amarela ao laranja (algumas: estrias púrpuras)  Florescimento: março a maio
 Sementes: dormência...Endógena ou Exógena  Doenças: antracnose – fungo Colletrochum
 Raiz: pivotantes

Gênero Stylosanthes

 Características Morfológicas – S. macrocephala


 Perene, de Subarbustivos a herbácea

 Caules/Ramos: piloso-setoso, pelos brancos

 Folhas: estreitos, agudo nas extremidades


- glabras, as vezes pubescente na nervura central

 Inflorescência: terminais, 2-4 espigas, 10-18 flores

 Flor: amarela

 Sementes: elipsoide, amarela, as vezes com pequenas


manchas

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Gênero Stylosanthes

 Características Morfológicas – S. guianensis


 Perene, de Subarbustivos a herbácea

 Caules/Ramos: piloso-setoso-viscoso

 Folhas: estreitos, agudo na base, agudo/obtuso na ponta


- pilosa-setosa-viscosa, 3-7 pares de nervuras

 Inflorescência: terminais, 1 ou 2 espigas, 8-30 flores

 Flor: amarela

 Sementes: elipsoide, amarela ou preta

Gênero Stylosanthes

 Características Morfológicas – Campo Grande


 Desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte em 2000

 Mistura física: 80% Capitata + 20% Macrocephala


- Plantas selecionadas por sobrevivência natural

- Resistente a antracnose e vigorosas

 Florescimento: meio de abril

 Maturação das sementes: meio de maio

 Planta Bianual: algumas morrem após sementear

Manutenção: ressemeadura natural / sobressemeadura


0

Gênero Stylosanthes Gênero Stylosanthes

 Produção e Qualidade – Campo Grande  Outros cultivares usados no Brasil:


 Produção de forragem: 14 ton/ha/ano  Stylosanthes guianensis cv. Mineirão
 PB = 12 a 18% e DIVMS = 55 a 60%  Stylosanthes guianensis cv. Bandeirante
 Alta produção de sementes = 200 kg/ha/ano  Stylosanthes macrocephala cv. Pioneiro

Mineirão Bandeirantes Pioneiro

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Gênero Stylosanthes Gênero Stylosanthes

 Características Agronômicas:  Fixação biológica de N:


 Grande maioria se desenvolve bem em solos ácidos  Variação entre 25 a 240 kg/ha
 Tolerante a baixa fertilidade → SB = 35%  Maior parte via indireta = folhas decompostas
- SB acima de 35%: necessidade de micronutrientes  S. capitata e S. Campo Grande = 204 kg/ha
 Maior adaptação e produção em solos arenosos → C.G.  S. guianensis = 117 kg/ha
 P = teores de 3 a 9 ppm, dependendo da argila  S. macrocephala = 107 kg/ha
 K = na implantação e cobertura (1/3 e 2/3)  FBN média = 50 kg/ha
 Gesso agrícola: fonte de S → 250 a 350 kg/ha  Brasil: sem necessidade de inoculante com Rhizobium*
- Quando usa Superfosfato simples = dispensa o Gesso

Gênero Stylosanthes Gênero Stylosanthes

 Formas de utilização:  Formas de utilização:


 Austrália: muito utilizado na consorciação (pastejo)  Brasil: feno, banco de proteína, pasto consorciado

 Mundo: utilizado como cobertura de solo em culturas - Sistema de baixo a médio investimento

- Cortada = fornecida verde a ruminates, suínos e coelhos  Feno: boa alternativa, porém, muita queda de folhas
- Feno = ruminantes - Baixa degradação ruminal, baixa PB, alta fibra

 Farelo de Folhas: colheita verde, seca, triturada - “Embuxamento” no rúmen

- Misturado de 2 a 5% em rações diversas (aves/suínos)  Banco de Proteína: excelente alternativa

 Recuperação de áreas degradas...  Pastejo: manejo → perenidade/ressemeadura

- Consórcio, Silvipastoril, Adubo verde, Corte, etc

Soja Perene:
Soja Perene:

 Origem:
 Originário da África

 Altitude: de 0 a 1750 m

 Origens: Arábia, Índia, Sri Lanka, Indonésia e Malásia

 Encontrada: áreas de vegetação nativa, com


predominância de gramíneas e sombreada por árvores

 Considerada leguminosa natural de região subtropical


da Austrália e outras áreas Tropicais (África)

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Soja Perene:
 Características Morfológicas:
 Perene, herbácea, crescimento semi-trepador

 Caule: 2-3 cm de diâmetro, muito ramificado,


pubescente (pilosidade muito pequena, esbranquiçada ou
marrom-avermelhada)

 Caule principal pastejado = ramificações da coroa

 Folhas: 3 folíolos, 5-15 cm x 3-12 cm (CxL),


pubescente, pecíolo de 5-13 cm

 Inflorescência: racemo denso de 2-35 cm de comp.

 Flor: branca a violeta, 20-150/planta, 4-11 mm

Soja Perene: Soja Perene:


 Características Agronômicas:  Características Agronômicas:
Precipitação = 800 a 1.500 mm
Sementes: dormência física = escarificação/química

 Temperatura = 15 a 30 °C – tolera geada - Plantio: 1,5 a 10 kg/ha – variedade e cultivar


- Folhas/caules + novos morrem → rebrota planta + velha
 Fixação de N: entre 70 e 165 kg/ha
Tolerante a seca*** (algumas cultivares)
Estabelecimento lento: cobertura do solo em 3 meses

Solos bem drenados; pH acima de 6,5; ± salinidade


Consorciação: Brachiaria, Panicum, Pennisetum,

 Tolerante a sombreamento Andropogon, etc


 Florescimento: outono/inverno (dias curtos = 8-11 h)  Produção = 3.000 a 8.000 kg/a de MS
 Produção de sementes = 300 a 1000 kg/ha

Soja Perene: Calopogônio:


 Valor Nutricional:  Calopogonio mucunoides Desv.
Origem:
PB = 20 a 26% e DIVMS = 55 a 65%

América tropical, comum da América do Sul e Central


Ca = 1,46% e P = 0,35%


Nomes comuns no Brasil:
Formas de utilização:

Calopogônio, Marmelada-de-boi, Orelha-de-onça


Pastejo, corte, feno, banco de proteína

 Pastejo = excelente, cuidar com rebrotação (manejo)

 Feno = baixa MS – melhor como aditivo

 Banco de proteína = excelente, cuidar com rebrotação


(manejo)

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Calopogônio: Calopogônio:

 Características Morfológicas:  Características Morfológicas:

 Plantas herbáceas, vigorosas, estoloníferas  Folhas: 3 folíolos, 4-10 cm, cílios nas 2 faces

 Forma massa entrelaçada de folha/caule: 30 a 50 cm  Inflorescência: racemo axilar curto

 Região úmida = perene  Flor: corola azulada

 Região com seca ≥ 4 meses = anual  Vagem: densamente pilosa

 Caule: pilosidade densa e coloração avermelhada  Sementes: amarelo-marron ou marron-escuro

Calopogônio:
 Características Agronômicas:

 De clima quente e úmido, até 2000m de altitude

 Temperatura: 24 a 32 °C

 Não tolera geadas e secas

 Chuva: acima de 1100 mm, adaptada a solos


inundados

 Solo: prefere argiloso, baixa fertilidade e ácido (pH


4,5 a 5,0), tolera alumínio

 Elevada produção de sementes (dormência)

Calopogônio: Centrosema:
 Formas de Utilização:  Espécies mais importantes:
- Centrosema acutifolium Benth.
 Início: cobertura de solo entre árvores...
- Centrosema macrocarpum Benth.
- Importante na redução de erosões - Centrosema molle Mart.
 Depois: adubo verde...
- Excelente na recuperação da fertilidade do solo  Origem:

 Forragem: pasto consorciado ou banco de proteína  Conhecem-se 40 a 50 spp todas nativas dos trópicos

- Parte aérea de forma integral  América do Sul e Central

- Baixa aceitabilidade = excesso de pelos  Comum em pastagens nativas, beira de rios e

- Maior consumo de planta seca (período seco) estradas

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Centrosema:
 Características Morfológicas:

 Plantas herbáceas, vigorosas, estoloníferas

 Estande puro: 40-45 cm

 Caule fino e pubescente, poucos pelos

 Folhas: 3 folíolos, 3 a 13 cm x 2,5 a 5 cm CxL (ssp)

 Inflorescência: racemo axilar curto

 Flor: coloração depende da spp...

- lilás claro; lilás escuro; violeta; branca; etc

Centrosema: Centrosema:
 Características Agronômicas:  Formas de Utilização:
 Do nível do mar até 1600 m de altitude  Cobertura do solo

 Adaptada a local úmido = 1500mm (tolera 750mm)  Adubação verde

 Sistema radicular = resiste 3-5 meses de seca  Forragem:

 Local mais seco = queda de folhas e crescimento lento - Pasto consorciado

 Tolera alagamento = até 2 meses - Colhida e fornecida no cocho

 Solo: textura argilosa ou arenosa (pH 4,9 a 5,5) - Banco de proteína (problema de persistência)

 Boa nodulação em raízes secundárias - Feno: excelente se colhida até florescimento

 Tolerante a sombra = 80% - Silagem: boa como aditivo

Lab-Lab Lablab
 Lablab purpureus (L.) Sweet.  Características Morfológicas:

Possui ssp anual e perene


Origem:

 Crescimento ereto ou trepador, planta vigorosa


 Nome comum: Lab-Lab, feijão-mangalô
 Caule: longo + de 3 m, com pecíolos longos e finos
 Originária da Índia, comum na África e Ásia  Folhas: 3 folíolos em forma mais oval

 Austrália: lançamento em 1962 a cv. Rongai  Inflorescência: 4-20 cm, racemo, muitas flores

 Flor: branca, azul ou púrpura (cv.)


- Passou a ser forrageira e comercializada
 Vagens: 4-5 cm, 2-4 sementes
 Naturalizada em países tropicais e subtropicais

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Lablab
 Características Agronômicas:

 Temperatura: 18 a 30 °C (tolera até 3 °C)

 Altitude: 0 a 2100 mm / Chuva: 500 a 3000 mm

 Tolerante a seca = raiz profundas (2 m)

- Perde folhas no período seco prolongado

 Solo: de arenoso a argiloso, bem drenados

 Não tolera sombreamento

 Dificuldade de nodulação Rhizobium = inoculação

 Sementes: boa produção e baixa dormência

Lablab Puerária:
 Formas de Utilização:  Pueraria phaseoloides (Roxb.) Benth.
 Uso duplo: consumo humano e forrageiro  Origem:
 Cobertura de solo  Nome comum: puerária, kudzu, kudzu tropical
 Adubo verde  Sudeste Ásia: Malásia e Indonésia
 Forragem:  Naturalizada nas regiões tropicais
 Colhida verde e fornecida no cocho (seca)  Brasil: inicialmente para cobertura de solo (1940)
 Pasto consorciado ou banco de proteína - 1970-80: uso forrageiro, principalmente região norte

 Feno: excelente qualidade se preservar folhas - Áreas úmidas e quente do Sudeste e Centro-Oeste

 Silagem: mistura com sorgo/lablab (2:1) ↑ PB

Puerária:
 Características Morfológicas:

 Planta herbácea perene, estolonífera, muito


competitiva, de crescimento decumbente

 Caule: pelos marrom-ferrugem, 6 mm x 10 cm LxC


- Ramificações secundárias surgem dos nós

- Forma densa massa de forragem = 1 m altura***

 Folhas: triangular-ovalada, 2-20 cm x 2-15 cm CxL

 Inflorescência: racemo axilares de 15-30 cm

 Flores: púrpuras ou brancas (pares)

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Puerária: Puerária:
 Características Agronômicas:  Formas de Utilização:

 Altitude: 0 a 1000 m / Chuva: acima de 1500 mm  Cobertura de solo → árvores

 Tolera inundação temporária  Adubo verde

 Tolera curtos períodos de seca, ficando verde  Forrageira:

 Tolera de 4 a 5 meses de seca = perda de folhas  Pasto exclusivo ou consorciado (invasão)

 Solo: de arenoso a argiloso, bem drenado, tolera - Melhor com ssp cespitosa: Panicum, Andropogon, etc

acidez e pH de 3,5 a 5,5  Forragem cortada verde → cocho


 Moderada tolerância a sombra  Feno e Silagem: idem anteriores
 Semeadura = 3 a 6 kg/ha de sementes

Muito obrigado pela atenção!!!

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