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Nos dias atuais, o gerenciamento integrado da cadeia logística desempenha CADEIA PRODUTIVA E
Gestão
Cadeia Produtiva e
Planejamento do
Suprimento
e Demanda na
Logística
1. Logística. I. Título.
16-33425 CDD: 658.78
CDU: 658.78
FAEL
Carta ao Aluno | 5
3. Logística de Suprimento | 47
4. Logística interna| 63
5. Logística de distribuição | 79
Gabarito | 187
Referências | 195
Carta ao aluno
– 6 –
1
Logística: histórico,
conceito e importância
– 9 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 10 –
Logística: histórico, conceito e importância
– 11 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 12 –
Logística: histórico, conceito e importância
– 13 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 14 –
Logística: histórico, conceito e importância
– 15 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Objetivos estratégicos
Processos empresariais
Processos-chave
Categorias de desempenho
Indicadores de desempenho
– 16 –
Logística: histórico, conceito e importância
ou seja, aquilo que se pretende atingir, que podem estar relacionados, entre
outros, a custo, a qualidade, a tempo, a produtividade e a flexibilidade. Por
sua vez, os indicadores de desempenho correspondem àquilo que efetiva-
mente se mede. Por exemplo, o percentual de pedidos recebidos corretamente
é um indicador de desempenho da categoria de qualidade, e a produtividade
da mão de obra direta é um indicador de desempenho da categoria de produ-
tividade. Assim, conforme visto na figura 1, os indicadores de desempenho
permitem conhecer o verdadeiro comportamento de cada processo, avaliando
inclusive aqueles que não podem falhar, que são os processos-chave, permi-
tindo maior eficácia na gestão.
22 Integração da cadeia de logística – a obtenção da vantagem com-
petitiva está baseada na integração da cadeia a partir do entendi-
mento de que o produto entregue ao cliente final é o resultado do
esforço de cada empresa que forma a cadeia logística ou produtiva.
Assim, podem os fornecedores, transportadores e fabricantes atin-
girem 100% de qualidade em todas as suas atividades, mas se o dis-
tribuidor não atentar para a qualidade ele pode comprometer todo
o esforço desempenhado ao longo da cadeia. Percebe-se então que
a gestão se dá ao longo de toda a cadeia, pois cada vez mais a com-
petição empresarial se caracteriza como sendo entre cadeias e não
necessariamente entre uma empresa e outra. Nessa linha de pen-
samento, a cadeia produtiva do Ponto Frio concorre com a cadeia
do Magazine Luiza, por exemplo. Em resumo, a cadeia mais bem
integrada poderá dispor o produto ao cliente final de forma mais
competitiva com maior capacidade de redução de custo.
22 Cultura e estrutura organizacional – em tempos de competição
global e dinamismo tecnológico a agilidade e a flexibilidade podem
ser excelentes meios para obtenção de vantagem competitiva em
face da velocidade de respostas às demandas dos clientes. Nesse
contexto, adotar uma cultura organizacional com valores adequa-
dos ao atendimento das demandas torna-se uma estratégia para as
empresas. Alinhada a essa necessidade, a estrutura organizacional
deve permitir a efetiva consecução dos valores implícitos na cul-
tura. Assim, se a empresa tem como valor cultural a agilidade e a
flexibilidade no atendimento das demandas, a sua estrutura deve
permitir que isso ocorra.
– 17 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
1.3 Conclusão
Conclui-se com a presente aula que a evolução da Logística está vincu-
lada às atividades militares. Também é certo que o conceito de Logística ainda
está em evolução, deixando para os estudiosos da área um espaço para efetivas
contribuições, de tal modo que a comunidade acadêmica possa dispor de
estudos que favoreçam a contribuição da Logística, tanto para a comunidade
acadêmica quanto empresarial. Conclui-se também que em um ambiente
mercadológico competitivo a aplicação dos fundamentos da Logística quanto
à forma de disponibilização dos produtos aos consumidores finais pode repre-
sentar uma valiosa fonte de vantagem competitiva.
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Logística: histórico, conceito e importância
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Logística: histórico, conceito e importância
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Logística: histórico, conceito e importância
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Conclusões
Embora muitos administradores não tenham reconhecido
o potencial para incorporar valor logístico nas cadeias de
suprimentos de suas companhias, existem muitos outros que
dedicaram uma prioridade para fazer progresso nessa área.
Comentários de alguns respondentes destacam uma visão
de que muitas organizações consideram ainda a Logística um
centro de custo e não uma oportunidade que possa fornecer
valor à cadeia de suprimentos.
A ideia de custo-lucro é um dos temas que podem criar valor
logístico. O estudo identificou três temas-chave de valor logís-
tico: serviço ao cliente, custo-lucro e qualidade. Os respon-
dentes das indústrias destacaram diferentes práticas entre valor
logístico e valor agregado logístico. Os componentes de valor
agregado da Logística incorporaram todas as ideias de valor
logístico e adicionaram alguma combinação de excelentes
expectativas, serviços extra, e/ou ganhar vantagem competitiva.
– 24 –
Logística: histórico, conceito e importância
Atividades
1. O que é valor logístico? Você concorda que a aplicação do valor lo-
gístico na empresa contribui para o seu desenvolvimento?
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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2
Visão sistêmica e
gerenciamento integrado
da cadeia logística
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Empresa
Meio ambiente
Expedição
Almoxarifado
Entradas Saídas
Produto final
Matérias-primas Administração
e insumos
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Visão sistêmica e gerenciamento integrado da cadeia logística
Por sua vez, as saídas são caracterizadas como o resultado final do processo
apresentado em forma de produtos ou serviços, e são destinadas ao ambiente
externo, no caso de empresas, a clientes e/ou usuários. Finalmente, a retro-
-alimentação, que é o retorno das informações que alimentam o sistema para
a sua adequação ao ambiente, fechando dessa forma o ciclo.
Fica evidente que as saídas são o resultado final do sistema e dependem
da integração de todos os subsistemas, logo, dessa forma, o gerenciamento
empresarial deve ser feito considerando essa integração dos subsistemas.
Assim, as organizações são sistemas abertos que necessitam de cuida-
dosa administração para satisfazer e equilibrar as necessidades internas, assim
como se adaptar a circunstâncias ambientais.
Pode-se entender a função logística como um grande sistema complexo,
dinâmico e integrador, que é composto por vários elementos internos e exter-
nos a uma empresa, os quais se interagem formando o que se chama de uma
cadeia logística. Esta cadeia logística pode ser visualizada como a agrupação de
vários “atores” que juntos trabalham, ou deveriam trabalhar, com um objetivo
comum que é agregar valor a todos os interessados, ou seja, ao cliente, ao
acionista, aos fornecedores e outros.
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Atacadista
Estratégico Gerenciamento vertical
Planejamento
Estrutura Estrutura
organizacional organizacional Log. Reversa
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Visão sistêmica e gerenciamento integrado da cadeia logística
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
F
Empresa
O
R Aquisição
N
Transporte
Expedição
E
Manuseio do Almoxarifado
material
C
Controle de
E
qualidade Administração
D
Movimentação
de estoques
O
Armazenagem
R Logística Interna ou de Produção
E
Logística de Suprimento
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Visão sistêmica e gerenciamento integrado da cadeia logística
Atacadista
Expedição
Almoxarifado
Varejista
Administração
Consumidor
Distribuição final
Logística de Distribuição
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Visão sistêmica e gerenciamento integrado da cadeia logística
Mercado Mercado
secundário secundário
Reversos
Reversos
Diretos
Seleção/destino Reciclagem
Consolidação Desmanche
Disposição
Pós-venda Pós-consumo final
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
O Empresa âncora
R Atacadista
Expedição
Almoxarifado
C Varejista
D
Administração
O Consumidor
final
R
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Visão sistêmica e gerenciamento integrado da cadeia logística
Integração paralela
Ambiental
(regulamentação) Demanda do
cliente final
Previsão de pedidos/
lead time
Cadeia Logística Infraestrutura da cadeia
F
e instalações
O Empresa âncora
Suprimentos
R Atacadista
N
E
Expedição
Almoxarifado
C Varejista
E
Mediação de
D Administração
processo/produção
O Consumidor Controle/caos/
R final respostas às
E incertezas
S
Descontinuidade
Características do
TI/informação produto
Organização e
Complexidade do processo cultura
decisório/longo prazo
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
2.3 Conclusão
Pode-se verificar com a presente aula que o gerenciamento integrado da
cadeia logística se apresenta como uma importante fonte de vantagem com-
petitiva, haja vista que pode reduzir o custo, melhorar a qualidade e o nível de
serviço ao cliente final. Todavia, verificou-se que o processo de integração da
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Visão sistêmica e gerenciamento integrado da cadeia logística
Sistemas logísticos
Para facilitar a compreensão dos conceitos abordados sobre
Logística, bem como da sua abrangência, é necessário intro-
duzir o conceito de sistemas logísticos. O sistema logístico
é composto por quatro subsistemas: Logística de Abasteci-
mento, Logística Interna, Logística de Distribuição e Logística
Reversa. Cada um desses sistemas está representado na figura
a seguir
Figura 8 – Sistemas logísticos
Logística
Logística de Interna/ Logística de Logística Logística
Suprimentos Fabril Distribuição Reversa Verde
Material
Financeiro
Informação
Informação
Material
Logística de Infraestrutura
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Visão sistêmica e gerenciamento integrado da cadeia logística
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Visão sistêmica e gerenciamento integrado da cadeia logística
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Visão sistêmica e gerenciamento integrado da cadeia logística
Tipos de Logística
Categorias
de análise Grande
Suprimentos Industrial Distribuição Reversa Logística
Insumos Eficácia Adequação à Infraestrutura
Objetivo Cliente final
produtivos produtiva natureza logística
Muito
Amplitude Extensa Restrita Muito extensa Total
extensa
Agregação
Limitada Grande Limitada Ambiental Social
de valor
Envolvimento
Elevado Restrito Muito elevado Elevado Muito elevado
ambiental
Industrial, Industrial,
Interconexões Distribuição, Industrial Diversas Difuso
Reversa Reversa
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Atividades
1. Um tema que cada vez mais ganha força no cenário empresarial é
fidelização do cliente. Todavia, muitas empresas ainda nem fideliza-
ram seus empregados, ao mesmo tempo em que os departamentos
continuam trabalhando de forma isolada. Nesse contexto, comente
como a integração da cadeia pode contribuir para a fidelização do
cliente final?
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3
Logística de
Suprimento
R • Aquisição
Empresa âncora
N • Transporte
E • Manuseio
de material
C Almoxarifado
• Controle
E de qualidade
D • Movimen- Administração
tação de
O estoques
R • Armazena-
gem
E
Logística de suprimento.
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Logística de Suprimento
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Logística de Suprimento
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
diversos Almoxarifado
Atacadista
Fornecedores
internacionais Administração
Varejista
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Logística de Suprimento
Cerca eletrônica
12.º dia
7.º dia
3.º dia
1.º dia
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Necessidade de Combinados
pessoas e tecnologias adequadamente
Função de
integração dos
estoques
3.2.1 Aquisição
Corresponde às diversas modalidades que a empresa utiliza para obter
os materiais de que necessita para o desempenho de suas atividades. Dentre
as modalidades de aquisição destacam-se: a compra, a permuta e a doação.
Implícitas às modalidades de aquisição ressalta-se a importância da negocia-
ção como componente básico de sucesso e integração da cadeia logística, em
que a busca consiste na negociação do tipo ganha-ganha.
3.2.2 Transporte
Após a aquisição surge a necessidade de se transportar o material. Parte
dessa atividade foi abordada na figura 4. Em geral as empresas estão optando
por terceirizar essa atividade, contratando um operador logístico que pode
desempenhar todas as atividades de gerenciamento de material, incluindo o
transporte, o seguro, a liberação ou desembaraço e a armazenagem ao longo
da cadeia. Em termos de custos o transporte representa o principal com-
ponente do custo logístico total sendo, portanto, uma atividade que requer
atenção especial.
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Logística de Suprimento
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
3.2.5 Recebimento
A atividade de recebimento consiste em receber os produtos adquiridos
pela empresa. Deve ser verificada a quantidade, as condições físicas e a docu-
mentação. Caso haja discrepâncias o produto pode ser devolvido, ou retido e
acionado o seguro, ou aceito e inspecionado para posterior ressarcimento por
parte do fornecedor. Algumas ações podem ser implementadas para aumen-
tar a produtividade no recebimento, entre elas: mecanizar as operações de
descarga; programar horários para o recebimento de uma determinada carga;
planejar a movimentação de carga diretamente do recebimento ao ponto de
estocagem ou mesmo de produção, retirar os materiais do recebimento o mais
rápido possível, desenvolver procedimentos junto com os fornecedores para
eliminar ou reduzir as necessidades de inspeção no recebimento.
3.2.6 Armazenagem
Sabe-se que o planejamento de material deve priorizar o fluxo contínuo e
níveis de estoque zero. Todavia em muitos casos isso não é possível existindo,
portanto, a necessidade da guarda e controle de material nos almoxarifados. Tais
atividades devem ser feitas de forma profissional, e muitas tecnologias estão
disponíveis para auxiliar nessa missão, entre elas o Warehouse Management
System – WMS, que tem como objetivos básicos aumentar a precisão das
informações de estoque, aumentar a velocidade e qualidade das operações do
centro de distribuição, bem como aumentar a produtividade do pessoal e dos
equipamentos do depósito. Permite, portanto, o gerenciamento dos materiais
desde o recebimento até a expedição.
– 58 –
Logística de Suprimento
3.3 Conclusão
Conclui-se então que a Logística de Suprimento desempenha atividades
importantes para o sucesso de uma empresa, na medida em que ela contribui
para o desenvolvimento de fornecedores, a aquisição e o trato de todos os
materiais de que a empresa necessita para seu funcionamento. Esse cenário
impõe novos paradigmas aos profissionais que atuam no setor de compras,
entre eles o gerenciamento integrado dos estoques com a utilização adequada
de TI.
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Logística de Suprimento
Atividades
1. Como a Logística de Suprimento pode contribuir para a obtenção de
vantagem competitiva?
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4
Logística
interna
recepção
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Logística interna
Evitar retrocesso
expedição
Angular Circular
(Fonte: Antônio Jorge Cunha Campos)
O layout adequado é aquele que permite um fluxo retilíneo e constante
de material, evitando, dessa forma, movimentos desnecessários. As instala-
ções influenciam no tipo de layout, mas em qualquer situação deve-se evitar
que os materiais sejam movimentados desnecessariamente, pois estes impac-
tam negativamente no custo operacional.
Quanto ao material recebido na empresa, este pode ser com Qualidade
Assegurada (QA) ou com necessidade de inspeção de entrada. Os materiais
com QA têm em sua gestão a utilização de tecnologias como o Just in Time
(JIT), o Kanban e/ou o Milk Run. Essas tecnologias contribuem para a redu-
ção do nível de estoque, já que o material é fornecido na quantidade certa e
na hora certa, pronto para ser utilizado na produção. Esse tipo de gestão de
material é o mais utilizado e recomendado porque reduz custos com pessoal,
manuseio, espaço físico e com equipamentos para inspeção e movimenta-
ção. Por sua vez, quando o material que não tem QA necessita de inspeção
interna, esse tipo de gestão de material, apesar de muito utilizado, não é reco-
mendado, sendo, portanto, necessário evitar seu uso.
Ocorre que muitas vezes a empresa se vê diante de situações que a obri-
gam a fazer inspeção no recebimento de material. Cita-se, por exemplo, a
capacidade técnica do fornecedor relacionada à sua tecnologia de processo
que não lhe dá condição de fornecedor com 100% (QA) de qualidade, mas o
contrato celebrado entre o setor de compras e o fornecedor aceita um percen-
tual de defeito. Outros exemplos de inspeção de recebimento seria a distância
entre o fornecedor e o cliente, os tipos de veículos e modais de transporte
utilizados e o tipo de embalagem, entre outros. Ressalta-se que em todos os
casos deve-se evitar a inspeção de recebimento.
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Logística interna
Chave aglutinadora
Chave individualizadora
Chave descritiva
01 Cabos
02 Disjuntor
00 Caderno
10 Material de
01 Caneta
expediente
02 Lápis
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Logística interna
Armazém
Piso
Rua
Estante
Prateleira
Escaninho
(Fonte: Antônio Jorge Cunha Campos)
O código alfanumérico identifica sequencialmente o armazém (A), o
piso (1), a rua (B), a estante (2), a prateleira (D) e o escaninho (1).
A figura 4 mostra um layout de almoxarifado com endereçamento.
Figura 4 – Código de endereçamento de material
Layout do almoxarifado 3 – vista superior
Rua “A”
1 3 5
2 4 6
Rua “B”
7 9 11
Estantes
8 10 12
Rua “C”
13 15 17
14 16 18
Rua “D”
19 21 23
20 22 24
Rua “E”
– 69 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Escaninho Estante em
2 D perspectiva
1 2
– 70 –
Logística interna
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Logística interna
4.3 Conclusão
A presente aula abordou parte das atividades desempenhadas na Logística
Interna. O grande foco da gestão dessa parte da cadeia deve recair no fluxo
interno de material que está ora no recebimento, ora no almoxarifado, ora na
produção. É necessário utilizar tecnologias que possibilitem o fluxo adequado
do material em todas essas áreas. Essas tecnologias incluem a elaboração do
layout e de informação, pois o fluxo físico de material deve estar alinhado ao
fluxo contábil, dessa forma perdas de tempo serão reduzidas e as decisões erra-
das quanto à quantidade a ser produzida serão evitadas, pois muitas vezes surge
um pedido e a análise de material é feita somente no sistema de informação.
– 73 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
A técnica ABC
Classicamente uma análise ABC consiste na separação dos
itens de estoque em três grupos de acordo com o valor de
demanda anual, em se tratando de produtos acabados, ou
valor de consumo anual quando se tratarem de produtos em
processo ou matérias-primas e insumos. O valor de consumo
anual ou valor de demanda anual é determinado multipli-
cando-se o preço ou custo unitário de cada item pelo seu
consumo ou sua demanda anual.
Assim sendo, como resultado de uma típica classificação
ABC, surgirão grupos divididos em três classes, como segue:
22 Classe A: itens que possuem alto valor de demanda ou
consumo anual.
22 Classe B: itens que possuem um valor de demanda ou
consumo anual intermediário.
22 Classe C: itens que possuem um valor de demanda ou
consumo anual baixo.
Percentual C
do valor de B
consumo anual
% Número de itens
– 74 –
Logística interna
– 75 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 76 –
Logística interna
Atividades
1. Escreva sobre o surgimento do modo de produção capitalista e enfa-
tize como ele influenciou a área de materiais
– 77 –
5
Logística de distribuição
Em uma cadeia de abastecimento a Logística de Distribuição é
responsável por fazer o produto final chegar ao cliente, conforme as
condições estabelecidas em contrato com o departamento comercial
da empresa, respeitando naturalmente os fundamentos básicos da
Logística, que é o produto certo, na hora certa, no lugar certo, com
a qualidade certa, na quantidade certa e pelo menor custo possível.
A figura 1 mostra uma cadeia de abastecimento e destaca a área de
atuação da Logística de Distribuição.
Figura 1 – A Logística de Distribuição na cadeia logística
Empresa âncora
Atacadista
Expedição
Almoxarifado Varejista
Administração
– 80 –
Logística de distribuição
– 81 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Figura 2 – (a) Canal único no pequeno varejo; (b) canal único, tipo “Avon”;
(c) canal único típico do grande varejo.
Atacadista
Setor de
vendas do Varejo
fabricante
Varejista
– 82 –
Logística de distribuição
Indústria
Função de geração da
Distribuição física Serviços de pós-venda
demanda
Consumidor
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 84 –
Logística de distribuição
Características do produto
Descontinuidade
Organização e cultura
TI/informação Complexidade do processo
decisório/ longo prazo
(Fonte: NOVAES, 2004)
– 85 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
1 Electronic Data Interchange é a estrutura de transmissão de dados entre empresas por meio
eletrônico.
– 86 –
Logística de distribuição
– 87 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Logística de distribuição
Identificação/processamento
Fab “N” Fab“3” Fab “2” Fab “1” Loja Loja Loja
“A” “B” “Z”
– 89 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
5.2 Conclusão
Observa-se que a estruturação de um canal de distribuição corresponde
a uma atividade fundamental na Logística de Distribuição, pois ele é o res-
ponsável pela disposição do produto nos diversos pontos da cadeia, tais como
no atacadista, no varejista e no cliente final. Nesse contexto diversas tecnolo-
gias podem ser utilizadas, entre elas o VMI, o postponement e o cross docking.
Ressalta-se também que a aplicação adequada da tecnologia de informação é
fundamental para a integração da Logística de Distribuição.
– 90 –
Logística de distribuição
– 91 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Características operacionais
22 Estocagem de grandes quantidades de componentes
genéricos e/ou idênticos de produto acabado.
22 Extensa customização ou embalagem própria do produto
para as necessidades específicas do cliente.
– 92 –
Logística de distribuição
Atividades
1. Escolha uma empresa de sua comunidade e descreva como o canal
logístico foi estruturado.
– 93 –
6
Canal de distribuição:
uma visão prática
Tempo
Proposta Trecho Cidades Modal Qtd (t) Valor R$
(dias)
Criciúma-Porto Rodo-
1.º 17 27 6.210,00
Velho-Manaus fluvial
1.ª
Fluvial
2.º Manaus-Belém (balsa)
8 75,00 por tonelada
Tempo
Proposta Trecho Cidades Modal Qtd (t) Valor R$
(dias)
Criciúma-
1.º Marítimo 20 26 3.800,00
Manaus
2.ª
Fluvial
2.º Manaus-Belém (balsa)
8 75,00 por tonelada
Tempo
Proposta Trecho Cidades Modal Qtd (t) Valor R$
(dias)
Criciúma- Ro-
1.º 7 27 4.050,00
Belém doviário
3.ª
2.º Belém-Manaus
Fluvial 11 75,00 por tonelada
(balsa)
(Fonte: Antônio Jorge Cunha Campos)
– 96 –
Canal de distribuição: uma visão prática
0 650 Km
1 A cotação apresentada traz o valor de R$65,00/t para entrega porto a porto. Para porta a
porta o valor é de R$75,00/t.
– 97 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Fluvial
2 - Manaus-Belém Equatorial 8 2.025,00
(balsa)
– 100 –
Canal de distribuição: uma visão prática
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Total 22 8.235,00
1-Criciúma Rodo-
-São F. do Navegação Vale do Rio
marítimo 20 3.800,00
Sul-Itajaí- Doce – Docenave
Manaus (20’)
2.ª
2- Manaus- Fluvial Equatorial Trans-
8 2.025,00
Belém (balsa) portes
Total 28 5.825,00
1-Criciúma-
Rodoviário Fontanella Transportes 7 4.050,00
Belém
3.ª 2-Belém- Fluvial
Equatorial Transportes 11 2.025,00
Manaus (balsa)
Total 18 6.075,00
– 102 –
Canal de distribuição: uma visão prática
– 103 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Centro de
Distribuição Cliente (Manaus)
Delta (Manaus)
– 104 –
Canal de distribuição: uma visão prática
– 105 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 106 –
Canal de distribuição: uma visão prática
6.2 Conclusão
A estruturação de um canal de distribuição exige um estudo detalhado
de todos os fatores responsáveis pela disponibilização do produto ao cliente
final, primando sempre pela máxima satisfação do cliente e pelo menor custo
operacional. Essa dupla perspectiva significa que a empresa deve, a partir do
menor custo possível, maximizar o nível de serviço ao cliente final. Assim, a
escolha e a combinação dos atores do canal – atacadistas, varejistas, opera-
dores logísticos e outros – representa uma atividade fundamental. Dentre os
fatores a serem considerados na estruturação de canal de distribuição pode-se
destacar: as características do produto, o nível de serviço, os modais, o tempo
e o valor de frete e seguro.
Visando dar um sentido prático ao trabalho, foram realizadas visitas à
Portobello, em Tijucas, e à Cecrisa Revestimentos Cerâmicos, em Criciúma.
Os contatos estenderam-se às cidades de Manaus e Belém em busca de infor-
mações reais e confiáveis. Nesse sentido o grande mérito do trabalho reside
no valor agregado em função do caráter prático atribuído em sua elaboração.
Portanto, o trabalho possibilitou uma reflexão mais precisa das atividades e
da importância da elaboração de um canal de distribuição.
Introdução
A fidelização de clientes – e também de empregados, for-
necedores, prestadores de serviços e acionistas – é um tema
– 107 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Canal de distribuição: uma visão prática
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
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Canal de distribuição: uma visão prática
A Logística e a fidelização
Vê-se então que o conceito de fidelização não diz respeito
apenas aos clientes. Ele envolve acionistas e funcionários. E,
se o pensamento for voltado para uma empresa pertencente
a uma cadeia de suprimentos, o conceito pode envolver for-
necedores e prestadores de serviços integrantes dessa cadeia.
De agora em diante falaremos, então, da fidelização de parcei-
ros da cadeia de suprimentos.
No contexto logístico pouco tem sido escrito sobre a fideli-
zação e seus efeitos. Evidentemente todas as considerações
feitas até aqui neste artigo são pertinentes com a atividade
logística, mas é preciso reconhecer que a preocupação com a
fidelização, na maioria das empresas, está distante das ativida-
des do dia a dia logístico.
– 111 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Considerações finais
São os clientes leais e não os clientes meramente satisfeitos
que sustentam a liderança de uma empresa. Para conseguir
a lealdade não é suficiente ter produtos e serviços continu-
– 112 –
Canal de distribuição: uma visão prática
Atividades
1. Descreva a cadeia de distribuição da empresa em que você trabalha
ou da instituição onde você estuda. Apresente sugestões para as etapas
que você considera que necessitam de melhorias.
– 113 –
7
Logística reversa
– 116 –
Logística reversa
– 117 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 118 –
Logística reversa
Sintomas
01 A devolução é mais rápida do que o processamento e distribuição.
02 Grande quantidade de produtos devolvidos no estoque.
03 Devolução nãAntônio Jorge Cunha Camposizada ou não identificada.
04 Demora no processamento de devolução.
05 Desconhecimento do custo total do ciclo de devolução.
06 Falta de confiança dos clientes quanto à reposição do produto.
– 119 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Expedição
Almoxarifado
diversos
Atacadista
Fornecedores Administração
internacionais Varejista
Função de
integração dos
estoques
7.4 Tendências
– 121 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 122 –
Logística reversa
– 123 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
7.7 Conclusão
Verifica-se então que a Logística Reversa tem um potencial muito grande
a ser explorado para contribuir com a lucratividade da empresa. No entanto,
as empresas ainda não despertaram para esse potencial, alguns setores, como
o da produção de embalagens, demonstraram maior sensibilidade e estão uti-
lizando a Logística Reversa de forma mais incisiva. Todavia, observa-se que
a tendência é de crescimento do emprego do potencial da Logística Reversa
por parte das empresas motivadas por diversos fatores, entre eles o potencial
de negócios oferecidos pela reutilização de produtos e pelo próprio apelo à
preservação e conservação do meio ambiente.
– 124 –
Logística reversa
– 125 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Atividades
1. Faça uma pesquisa teórica e escreva sobre a Tecnologia de Informação
(TI) aplicada à Logística Reversa.
– 126 –
8
Logística e sistema
de informação
– 128 –
Logística e sistema de informação
– 129 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Departamento
financeiro
Departamento
de pessoal
Departamento
de produção
Resultados
apresentados
Departamento
de qualidade
Retroalimentação e avaliação
– 130 –
Logística e sistema de informação
– 131 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Almoxarifado
diversos
Administração
Atacadista
Fornecedores
internacionais Varejista
– 132 –
Logística e sistema de informação
Necessidade de Combinados
pessoas e tecnologia adequadamente
Função de
integração dos
estoques
Logística Reversa
(Fonte: Antônio Jorge Cunha Campos)
Logo se ratifica que a rastreabilidade se torna uma atividade estratégica
para a lucratividade da empresa, todavia ela somente é possível por meio da
aplicação adequada da tecnologia de informação. Uma das grandes vantagens
da rastreabilidade se materializa na elaboração de planejamento quer seja no
suprimento de matéria-prima, quer seja na distribuição de produto acabado
devido à obtenção de informação em tempo real.
Nesse sentido uma empresa pode implantar um sistema de informação
que integre o seu setor de gerenciamento de material, por exemplo, compras
ou Planejamento e Controle da Produção (PCP) ao setor de vendas ou de
produção do fornecedor, de tal modo que este possa acompanhar o seu nível
de estoque, tendo como objetivo básico a reposição do estoque sem que haja
– 133 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Estoque
1 000 máximo
D D1 D2 D3
R
Estoque
médio
400 PP
1 Estoque
0 de segurança
2
PR
Tempo
PP – Ponto de pedido D – Demanda
– 134 –
Logística e sistema de informação
– 135 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Satélites GPS
ão
icaç
m un
Co
Cerca eletrônica
Emissão do
pedido de 3.º dia
material (1 dia)
– 136 –
Logística e sistema de informação
– 137 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
A empresa
transforma
as pessoas...
Learning
organization
As pessoas
transformam
a empresa...
8.3 Conclusão
Conclui-se então que a tecnologia de informação desempenha um papel
importante na integração da cadeia logística. Sua aplicação se dá de diversas
formas, a rastreabilidade e o acompanhamento de estoque no cliente pelo
fornecedor são exemplos. A rastreabilidade permite acompanhar toda a tra-
jetória do material desde a origem até o ponto de consumo, possibilitando
a programação de uso do material mesmo antes de chegar à empresa. Além
disso, o fornecedor pode controlar o estoque de seu cliente e fazer a reposição
de forma automática reduzindo com isso custo com pedidos.
– 138 –
Logística e sistema de informação
Introdução
Objetivos
Especialistas em novidades da tecnologia afirmam que mais
cedo ou mais tarde as etiquetas inteligentes estarão nos pro-
dutos que qualquer consumidor vier a comprar. Afirmam que
esses pequenos chips revolucionarão a Logística de Estoque.
Esses especialistas acreditam que essa etiqueta inteligente
revolucionará o rastreamento e o gerenciamento de todo
o processo, desde equipamento industrial até produtos far-
macêuticos. Colocando-se uma etiqueta em uma peça ou uma
embalagem, um objeto “passará informações” sempre que
receber um sinal de rádio de um sensor de rastreio.
Justificativa
A justificativa de tanta importância em torno da identificação
por frequência de rádio deve-se à possibilidade de recon-
hecimento de produtos com potenciais ganhos de eficiên-
cia e novos horizontes de serviços ao longo da cadeia de
abastecimento, trazendo para os dias atuais possibilidades
anteriormente constantes apenas no imaginário dos grandes
empresários. Surgem então notícias de que algumas empresas
estão investindo maciçamente nessa tecnologia. A empresa
norte-americana Gillette encomendou cerca de 500 milhões
de chips RFID, jogando a tecnologia no noticiário popular.
Outra notícia surgiu dizendo que a Boeing e a Airbus – as
duas maiores fabricantes de aviões do planeta – exigirão de
seus mais de 2 mil fornecedores a identificação de peças de
– 139 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 140 –
Logística e sistema de informação
Utilização
A necessidade de captura das informações de produtos que
estivessem em movimento incentivou a utilização da radiofre-
quência em processos produtivos. Juntou--se a isso a neces-
sidade de utilização em ambientes insalubres e em processos
que impediam o uso de código de barras. Essa tecnologia
facilita o controle do fluxo de produtos por toda a cadeia de
suprimentos de uma empresa, permitindo o seu rastreamento
desde a sua fabricação até o ponto final da distribuição. Tal
tecnologia utiliza as etiquetas inteligentes – etiquetas eletrôni-
cas com um microchip instalado – que são colocadas nos
produtos. Esse produto pode ser rastreado por ondas de
radiofrequência utilizando uma resistência de metal ou car-
bono como antena.
Processo de comunicação
As etiquetas inteligentes são capazes de armazenar dados
enviados por transmissores. Elas respondem a sinais de rádio
de um transmissor e enviam de volta informações quanto à
sua localização e identificação. O microchip envia sinais para
as antenas, que capturam os dados e os retransmitem para
leitoras especiais, passando em seguida por uma filtragem de
informações, comunicando-se com os diferentes sistemas da
empresa, tais como Sistema de Gestão, Sistema de Relacio-
namentos com Clientes, Sistemas de Suprimentos, Sistema de
Identificação Eletrônica de Animais, entre outros.
– 141 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Desvantagens do uso de
radiofrequência
Como desvantagens, podemos apresentar os seguintes itens:
a) o custo elevado da tecnologia RFID em relação aos siste-
mas de código de barras é um dos principais obstáculos para
o aumento de sua aplicação comercial. Atualmente, uma eti-
queta inteligente custa nos EUA cerca de 25 centavos de
dólar cada, na compra de um milhão de chips. No Brasil,
segundo a Associação Brasileira de Automação, esse custo
sobe para 80 centavos até 1 dólar a unidade; b) o preço final
dos produtos, pois a tecnologia não se limita ao microchip
anexado ao produto apenas; c) o uso em materiais metálicos
e condutivos relativos ao alcance de transmissão das ante-
– 142 –
Logística e sistema de informação
Conclusão
Supõe-se que em um futuro próximo outros mercados, além
do mercado de Logística, perceberão grande vantagem na
instalação dessa tecnologia, tais como prestadores de serviços,
grandes varejistas e grandes fornecedores. Como a operação
por RFID agrega eficiência, a previsão é de que no futuro
todos os mercados adotarão essa tecnologia, queiram eles ou
não. A agilização dos procedimentos e o incremento no pro-
cessamento dos dados permitem uma melhor visibilidade dos
produtos pertencentes à organização. Isso garante um diag-
nóstico exato, eliminando riscos de falha na previsibilidade e
erros na profilaxia dos negócios, ou seja, maior lucratividade,
menor perda de tempo e mais geração de renda. Há ainda
um longo caminho para ser percorrido, pois a tecnologia de
identificação por radiofrequência não é somente uma questão
tecnológica, mas também uma questão de padronização mun-
dial, o reconhecimento por todos os mercados comuns. As
vantagens virão com certeza, mas para isso é necessário que
todos utilizem o mesmo padrão, que toda a cadeia produtiva
e comercial esteja sintonizada na mesma frequência.
Atividades
1. Faça um estudo teórico enfocando como a tecnologia de informação
pode gerar vantagem competitiva para uma empresa a partir da inte-
gração da cadeia logística.
– 143 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 144 –
9
Aspectos teóricos da
avaliação de desempenho
da cadeia logística
– 146 –
Aspectos teóricos da avaliação de desempenho da cadeia logística
ser orientado para o curto prazo ser orientado para o longo prazo
– 147 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 148 –
Aspectos teóricos da avaliação de desempenho da cadeia logística
Nível tático
Nível operacional
Fornece- (Fabricação) Atacadistas Varejistas Cliente final
dores
– 149 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Empresa âncora
Atacadista
Expedição
Almoxarifado
Varejista
Administração
Terceirizado
Consumidor
final
– 150 –
Aspectos teóricos da avaliação de desempenho da cadeia logística
– 151 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Veja que a empresa Delta definiu como objetivo estratégico fabricar pro-
dutos com alta qualidade a baixo custo, logo as categorias de medidas de
desempenho devem medir e os custos os aspectos relacionados ao produto e à
qualidade. No caso da empresa Alfa, o objetivo consiste em fabricar e entregar
no prazo combinado, logo o sistema de medida deve focar nos custos, no pro-
duto e na entrega de produto. No terceiro caso, a empresa Ômega optou por
qualidade e atendimento a demandas futuras, logo a prioridade do sistema de
medida deve incluir o produto, a qualidade e a flexibilidade.
Ressalta a autora que o uso de recursos, o output e a flexibilidade são
fundamentais para o sucesso de uma cadeia de abastecimento. Por essa razão
os sistemas de medida de desempenho devem incluir essas três categorias de
medidas. O quadro 3 detalha a importância do uso dessas categorias.
Categoria de
medida de Objetivo Propósito
desempenho
Recursos
O gerenciamento eficaz de recursos é crítico
(humanos e Alto nível de eficiência
para a lucratividade.
materiais)
Se as saídas (produtos/serviços etc.) não
Alto nível de serviço ao
Output (saídas) atenderem às expectativas dos clientes, eles
cliente
mudarão para outra cadeia de fornecedores.
– 152 –
Aspectos teóricos da avaliação de desempenho da cadeia logística
– 153 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 154 –
Aspectos teóricos da avaliação de desempenho da cadeia logística
– 155 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 156 –
Aspectos teóricos da avaliação de desempenho da cadeia logística
– 157 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 158 –
Aspectos teóricos da avaliação de desempenho da cadeia logística
Atividades
1. Pesquise na internet ou visite uma empresa de sua cidade, converse
com um gerente e anote o(s) objetivo(s) estratégico(s). Em seguida,
explique quais são as categorias de desempenho que devem ser medi-
das em função dos objetivos estratégicos.
– 159 –
10
Metodologia
para avaliação de
desempenho logístico
– 162 –
Metodologia para avaliação de desempenho logístico
– 163 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 164 –
Metodologia para avaliação de desempenho logístico
– 165 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Quadro de competências
Nível Intelectual Quadrante Técnica
4 - Ter consciência da 5 - Entender e satisfazer as necessi-
mudança como estado dades dos clientes internos.
normal e não como esta-
do patológico. 6 - Ter diálogo otimizado.
5 - Iniciativa para bus- 7 - Capacidade de administrar con-
01 I IV flitos de modo a minimizar os cus-
car formas de ação em
condições de risco e in- tos da mudança.
certezas. 8 - Ter adequado processo de tom-
6 - Aceitar trabalhos em ada de decisão e de estabelecimento
ambiente multicultural. de prioridades.
1 - Pensar estrategica-
mente.
2 - Aptidão em iniciar 1 - Ter conhecimentos para desen-
experiências cujos resul- volver programas voltados para a
02 tados sejam difíceis de II III produtividade.
ser controlados em curto 2 - Estar voltado para o processo de
prazo. inovação.
3 - Ser agente de mu-
danças.
– 166 –
Metodologia para avaliação de desempenho logístico
– 167 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 168 –
Metodologia para avaliação de desempenho logístico
– 169 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
pessoas que participarão do projeto. Sua execução pode ocorrer por meio das
seguintes etapas:
22 apresentação ao corpo diretivo da empresa – pode-se realizar por
meio de workshops;
22 sensibilização e preparação do pessoal de nível tático e opera-
cional – sugere-se realizar essa etapa por meio de seminário e, se
necessário, workshop com o pessoal que atuará no projeto.
Por sua vez, o cronograma de atividades, que está no nível secundário, é
formado pelas atividades de elaboração e aprovação do pré-projeto de cro-
nograma, do diagnóstico estratégico e do diagnóstico operacional (nível ter-
ciário). O cronograma deve ser previamente elaborado pela equipe e, opor-
tunamente, submetido à aprovação. Essa estratégia de trabalho apresenta
como vantagem a capacidade de estimular a participação e, quanto maior for
a participação, mais forte pode se tornar o comprometimento das pessoas.
Ao mesmo tempo, serve para eliminar ou neutralizar possíveis barreiras e
resistências pessoais e departamentais ao projeto.
O diagnóstico estratégico (nível terciário) identifica e registra as questões
relacionadas à visão, à missão, às estratégias e aos objetivos da empresa. Já
o diagnóstico operacional (nível terciário) visa ao levantamento dos proces-
sos organizacionais, dos processos-chave, das categorias e dos indicadores de
desempenho logístico.
A fase de execução (nível primário) representa o momento no qual se coloca
em prática tudo o que foi planejado. Nessa etapa as questões estratégicas do
SIADLog, tais como os objetivos, as vantagens, os desafios e a importância,
deverão ser de pleno conhecimento na empresa. Ressalta-se que nessa etapa o
coordenador e os membros da equipe deverão ter o conhecimento necessário
do quadro geral da empresa quanto às facilidades e dificuldades existentes,
bem como as estratégias adequadas a serem utilizadas. Além disso, o coorde-
nador deverá realizar reuniões sistemáticas para uniformizar as informações e
ajustar possíveis desvios de rota (nível quaternário).
– 170 –
Metodologia para avaliação de desempenho logístico
– 171 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Missão
Estratégias organizacionais
Táticos
Operacionais
– 172 –
Metodologia para avaliação de desempenho logístico
– 173 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 174 –
Metodologia para avaliação de desempenho logístico
Não se pode esquecer que a escolha dos processos-chave deve ser feita
com base nos objetivos e nas estratégias organizacionais. A interpretação cor-
reta dos objetivos e estratégias organizacionais é fundamental para que se
possam definir as operações e processos que a empresa deve executar. Essas
operações funcionam como fatores críticos para o sucesso organizacional,
portanto representam o “fio condutor” para o alcance dos objetivos estratégi-
cos definidos pelos gestores.
Apresentam-se, a seguir, as orientações sobre os dados e informações que
devem constar em cada campo do formulário. Assim, no campo 02 devem
constar as operações e/ou processos-chave. No campo 03, assinalar com um
“X” o departamento responsável pela execução da operação e/ou processo-
-chave descrito no campo 02. Se, porventura, uma operação e/ou processo
for executado por vários departamentos, estes devem ser identificados com
o “X”. Assinalar com um “X” no campo 04, a área da Logística em que se
insere a atividade ou processo-chave descrito no campo 02. Por sua vez, no
campo 05, assinalar com um “X” se a atividade ou processo-chave está no
nível estratégico, tático ou operacional. Por último, o campo 06 se destina às
observações pertinentes.
Figura 6 – Levantamento das operações e/ou processos logísticos
Identificação das operações e/ou Diagnóstico de processos
processos empresariais Folha: / Versão: /
Empresa: Unidade fabril:
Área: Campo 01 Técnico Data: / /
Departamento Logística de: Nível
S Operações e/ou pro-
Operacional
R. Humanos
Distribuição
Manufatura
Suprimento
Engenharia
Estratégico
cesso
Financeiro
Marketing
e
Logística
Interna
empresariais
Outros
q.
Tático
CQ
01
02 Campo 02 03 04 05
03
04
Observações:
Campo 06
(Fonte: Antônio Jorge Cunha Campos)
– 175 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 176 –
Metodologia para avaliação de desempenho logístico
S Processos-chave T
(Preencher o
(Preencher com (Preencher com
e com proces- t
processo-chave) processo-chave) a
q. so-chave)
Categorias l
(Preencher
(Preencher com (Preencher com
01 com indica-
indicadores) indicadores)
dores)
(Preencher
(Preencher com (Preencher com
02 com indica-
indicadores) indicadores)
dores)
Total de indicadores
Observações:
– 177 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
02
TÉCNICA
E MÉTODOS
SISTEMAS
Nome da empresa
MANUAL
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
SISTEMA INTEGRADO DE
SISTEMA INTEGRADO
LOGÍSTICO SIADLog
DE AVALIAÇÃO DE DE-
SEMPENHO LOGÍSTICO
SIADLog
Curitiba, junho de
2009
Ano
2009.
10.3 Conclusão
A elaboração de uma metodologia para avaliar o desempenho logístico
de uma empresa deve considerar a integração interna e externa da empresa.
Esses aspectos consideram, no plano interno, a integração entre os níveis
estratégico, tático e operacional e, no externo, a integração com os outros ato-
res da cadeia logística. Assim medir o comportamento dos processos-chaves
nessas dimensões, ou seja, da cadeia, faculta ao gestor ações eficazes porque
elas atuam onde efetivamente são necessárias.
– 179 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
89% 91%
80%
60%
40%
20%
0%
Brasil* América do Norte** Europa Ocidental**
* Panorama Logístico - Terceirização Logística no Brasil 2003 - CEL/COPPEAD.
** Third-Party Logistics Study Results and Findings 2002; C. Jonh Langley Jr.
– 180 –
Metodologia para avaliação de desempenho logístico
Posicionamento
Integração Agilidade
Mensuração
– 181 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 182 –
Metodologia para avaliação de desempenho logístico
– 183 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 184 –
Metodologia para avaliação de desempenho logístico
Considerações finais
O modelo World Class Logistics apresenta as competências
logísticas a serem perseguidas por organizações que buscam
alcançar um desempenho logístico equivalente ao de empre-
sas de classe mundial. Dentre as competências necessárias,
este artigo destacou a necessidade de um sistema eficaz de
Mensuração de Desempenho, capaz de avaliar a performance
logística das empresas.
A performance logística deve ser medida sob diversas
dimensões e para tanto devem ser utilizados indicadores
– 185 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
Atividades
1. Descreva como a integração entre os objetivos estratégico, tático e
operacional pode contribuir para o sucesso de uma empresa.
– 186 –
Gabarito
Gabarito
– 187 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 188 –
Gabarito
3. Logística de Suprimento
1. A Logística de Suprimento engloba um conjunto de atividades, tais
como: a compra, o transporte e o recebimento de materiais. Se essas
atividades forem desempenhadas de tal forma que o material seja rece-
bido no exato momento de uso, logo se reduz custos com armazena-
mento em termos de nível de estoque, espaço físico e pessoal.
– 189 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
4. Logística Interna
1. O modo de produção capitalista, baseado na produção em série, im-
pactou a área de materiais devido ao aumento da quantidade de mate-
rial em estoque, a diversidade de material e a consequente falta de pes-
soal especializado para lidar com gestão de material no novo contexto.
– 190 –
Gabarito
5. Logística de Distribuição
1. A ideia é verificar se o canal é vertical, híbrido ou múltiplo e também
se usa o postponement, VMI ou cross docking.
– 191 –
Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
7. Logística Reversa
1. Busca-se aprimorar os conhecimentos teóricos relativos à tecnolo-
gia de informação aplicada à Logística Reversa, visando ratificar seus
benefícios para a competitividade da empresa.
– 192 –
Gabarito
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 194 –
Referências
Referências
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 196 –
Referências
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Cadeia Produtiva e Planejamento do Suprimento e Demanda na Logística
– 198 –
Referências
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– 199 –
Antonio Jorge Cunha Campos
Nos dias atuais, o gerenciamento integrado da cadeia logística desempenha CADEIA PRODUTIVA E
Gestão