Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
FATOS
A Autorá, Srá. XXXX, requereu, peránte á Autárquiá Previdenciáá riá, á concessáã o do benefíácio
ássistenciál de prestáçáã o continuádá, que foi indeferido. Conforme expoã e á documentáçáã o ánexá, o
motivo do indeferimento foi o álegádo náã o átendimento do criteá rio de deficieê nciá.
Neste sentido, registre-se que á Demándánte estáá ácometidá de pátologiás pulmonáres, que
lhe impoã em diversás limitáçoã es e impedimentos, de modo á sátisfázer o requisito de “deficieê nciá”
inerente áo benefíácio pretendido.
Não somente a Autora possui grave patologia, mas também vive em situação de
Aliádo á isso, sáliente-se que á Autorá náã o reuá ne condiçoã es de desempenhár átividádes
láborátivás, de formá que o grupo fámiliár náã o possui rendá, contándo, táã o somente, com o áuxíálio
esporáá dico do pái de suá filhá XXXX. Cite-se, támbeá m, que á Srá. XXXX eá sepárádá de fáto do Sr.
XXXX.
Além disso, a Autora referiu que já vendeu outros móveis também, como
o seu roupeiro, para poder adimplir com as contas e comprar alimentos.
(TRECHO PERTÍNENTE)
Aindá:
(TRECHO PERTÍNENTE)
Srá. XXXX reside com suá filhá XXXX (4 ános), num totál de
3. Grupo Fámiliár
2 pessoás.
FUNDAMENTOS JURÍDICOS
De ácordo com á legisláçáã o inerente áà máteá riá, eá devido o benefíácio áà quelás pessoás
deficientes ou idosás (idáde iguál ou superior á 65 ános) que náã o possuem condiçoã es de prover o
proá prio sustento por seus proá prios meios, nem de teê -lo provido pelo nuá cleo fámiliár. No que se
refere áo quesito de deficieê nciá párá ácesso áo benefíácio em comento, fáz-se mister tráçár álguns
comentáá rios ácercá dás significátivás álteráçoã es legislátivás e hermeneê uticás ácercá do temá.
Análisándo á redáçáã o originál do § 2º do árt. 20 dá LOAS, observá-se que o conceito de
pessoá com deficieê nciá, párá ter direito áo benefíácio em questáã o, sofreu dráá sticás mudánçás nos
uá ltimos ános. Anteriormente, á conceituáçáã o dá pessoá com deficieê nciá átendiá á criteá rios
eminentemente meá dicos, consoánte o chámádo modelo biomeá dico dá deficieê nciá:
REDAÇÃO ORIGINAL:
§ 2º Párá efeitos de concessáã o deste benefíácio, á pessoá portádorá de deficieê nciá eá
áquelá incápácitádá párá o trábálho e párá á vidá independente.
Pessoás com deficieê nciá sáã o áquelás que teê m impedimentos de longo prázo de
náturezá fíásicá, mentál, intelectuál ou sensoriál, os quáis, em interáçáã o com
diversás bárreirás, podem obstruir suá párticipáçáã o plená e efetivá ná sociedáde
em iguáldádes de condiçoã es com ás demáis pessoás.
Hájá vistá á clárá incongrueê nciá entre á definiçáã o ácimá, com státus constitucionál, e á
trázidá pelá Lei Orgáê nicá dá Assisteê nciá Sociál em seu ártigo 20, §2º, foi proposta a Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental nº 182 pela Procuradoria Geral da República,
visando a expurgar da ordem jurídica nacional o conceito de pessoa com deficiência
apresentado pela LOAS.
Emborá áindá pendente de julgámento á ADPF, o Estátuto dá Pessoá com Deficieê nciá (Lei nº
13.146/2015) determinou nová redáçáã o áo ártigo 20, § 2º, dá LOAS:
NOVA REDAÇÃO:
§ 2o Párá efeito de concessáã o do benefíácio de prestáçáã o continuádá, considerá-se
pessoá com deficieê nciá áquelá que tem impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com
uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. (Redáçáã o dádá
pelá Lei nº 13.146, de 2015)
Segundo Joáã o Márcelino Soáres, “Tal conceito parte de uma análise multidisciplinar de
deficiência, verificando-se não apenas os aspectos físicos da pessoa mas também como a mesma
interage socialmente com suas limitações, de acordo com um novo panorama [...]” 1.
Logo, náã o máis se conceituá á deficieê nciá que ensejá o ácesso áo BPC-LOAS como áquelá que
incápácitá á pessoá párá á vidá independente e párá o trábálho, más sim aquela que se constitui
em algum tipo de impedimento, que, em interação com uma ou mais barreiras, pode
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as
demais pessoas.
Neste sentido, percebe-se que o legisládor foi minucioso áo estábelecer no árt. 3º, inciso ÍV
do referido diplomá, á conceituáçáã o dás diferentes espeá cies de bárreirás que podem átráváncár á
párticipáçáã o em iguáldáde de condiçoã es dá pessoá com deficieê nciá, vejá-se:
1
SOARES, J. M. Aposentadoria da pessoa com deficiência. 4 ed. Curitibá: Juruáá , 2016, p. 143.
d) barreiras nas comunicações e na informação: quálquer entráve, obstáá culo, átitude ou
comportámento que dificulte ou impossibilite á expressáã o ou o recebimento de menságens
e de informáçoã es por intermeá dio de sistemás de comunicáçáã o e de tecnologiá dá
informáçáã o;
e) barreiras atitudinais: átitudes ou comportámentos que impeçám ou prejudiquem á
párticipáçáã o sociál dá pessoá com deficieê nciá em iguáldáde de condiçoã es e oportunidádes
com ás demáis pessoás;
f) barreiras tecnológicas: ás que dificultám ou impedem o ácesso dá pessoá com
deficieê nciá áà s tecnologiás;
Em gránde nuá mero de cásos, á principál bárreirá á ser enfrentádá pelá pessoá com
deficieê nciá eá á átitudinál, que se mánifestá especiálmente no ácesso áo emprego. Portánto, ná
ánáá lise dá existeê nciá ou náã o de deficieê nciá, o que deve preválecer náã o eá á condiçáã o fíásicá/bioloá gicá
dá pessoá nem á suá (in)cápácidáde láborátivá, más o produto dessá condiçáã o quándo em
interáçáã o com ás diversás bárreirás existentes em seu cotidiáno, em especiál ás bárreirás de
náturezá átitudinál.
Atentándo áo preáê mbulo dá Convençáã o Ínternácionál sobre os Direitos dás Pessoás com
Deficieê nciá, no item ‘e’ depárámo-nos com á seguinte definiçáã o de deficieê nciá:
A pártir dá conjugáçáã o deste criteá rio com o disposto no ártigo 2º do Estátuto dá Pessoá com
Deficieê nciá, que trouxe contribuiçáã o áà redáçáã o dádá pelo ártigo 1º do Pácto de Nová Íorque,
conclui-se que umá pessoá PODE TER DEFICIÊNCIA E, AINDA ASSIM, SER CAPAZ DE
TRABALHAR E DE MANTER UMA VIDA INDEPENDENTE. Se esta pessoa for economicamente
miserável, lhe assiste direito ao Benefício Assistencial, conforme previsáã o do ártigo 203, V dá
CF/88.
De ácordo com á nová conceituáçáã o, tem-se que todá pessoá incápáz párá o trábálho eá pessoá
com deficieê nciá, emborá nem todá pessoá com deficieê nciá encontre-se incápácitádá párá o
trábálho, conforme elucidádo ábáixo:
De fato, não se pode confundir deficiência (artigo 20, § 2º da LOAS) com incapacidade
laborativa, exigindo, para a configuração do direito, a demonstração da “invalidez de longo
prazo”. Isto, pois a consequência prática deste equívoco é a denegação do benefício
assistencial a um numero expressivo de pessoas que têm deficiência e vivem em condições
de absoluta penúria e segregação social, comprometendo as condições materiais básicas
para seu sustento.
Por oá bvio, Nobre Julgádor, o átuál e constitucionál conceito de deficieê nciá náã o exclui do
ácesso áo benefíácio áquelás pessoás que, emborá deficientes, lográm eê xito em trábálhár ou
suportár ás ádversidádes impostás em seu diá á diá. Ínterpretáçáã o diversá eá deverás restritivá, náã o
contempládá pelo Pácto de Nová Íorque, támpouco pelo Estátuto dá Pessoá com deficieê nciá, que
em momento álgum sugerem tál entendimento.
Tánto eá ássim que, áo beneficiáá rio de BPC que pásse á exercer átividáde remunerádá, á
legisláçáã o previu á SUSPENSAÃ O do benefíácio – e náã o o seu cáncelámento – com imediátá
CONTÍNUÍDADE do págámento em cáso de extinçáã o dá reláçáã o trábálhistá, independentemente
de reavaliação da deficiência e do grau de incapacidade (árt. 21-A, caput e § 1º, dá LOAS).
Orá, se á mens legis fosse conceder o benefíácio ápenás áà queles que estáã o incápácitádos párá o
trábálho, á reáváliáçáã o do gráu de incápácidáde seriá imprescindíável párá á continuidáde do
págámento do benefíácio ápoá s víánculo trábálhistá.
No entánto, áindá que o beneficiáá rio com deficieê nciá tenhá cápácidáde láborál, em cáso de
extinçáã o de seu contráto de trábálho, poderáá voltár á usufruir do BPC, POIS A CONCESSÃO DO
BENEFÍCIO NÃO EXIGE INCAPACIDADE LABORAL.
Art. 16. A concessáã o do benefíácio áà pessoá com deficieê nciá ficáráá sujeitá áà avaliação da
deficiência e do grau de impedimento, com base nos princípios da Classificação
Internacional de Funcionalidades, Incapacidade e Saúde - CIF, estabelecida pela
Resolução da Organização Mundial da Saúde n o 54.21, aprovada pela 54a Assembleia
Mundial da Saúde, em 22 de maio de 2001. (Redáçáã o dádá pelo Decreto nº 7.617, de
2011) [...]
§ 2o A avaliação social considerará os fatores ambientais, sociais e pessoais, a
avaliação médica considerará as deficiências nas funções e nas estruturas do corpo, e
ambas considerarão a limitação do desempenho de atividades e a restrição da
participação social, segundo suas especificidades. (Redáçáã o dádá pelo Decreto nº 7.617,
de 2011)
§ 5o A avaliação da deficiência e do grau de impedimento tem por objetivo: (Íncluíádo
pelo Decreto nº 7.617, de 2011)
I - comprovar a existência de impedimentos de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial; e (Íncluíádo pelo Decreto nº 7.617, de 2011)
ÍÍ - aferir o grau de restrição para a participação plena e efetiva da pessoa com
deficiência na sociedade, decorrente da interação dos impedimentos a que se refere
o inciso I com barreiras diversas. (Íncluíádo pelo Decreto nº 7.617, de 2011)
§ 6o O benefício poderá ser concedido nos casos em que não seja possível prever a
duração dos impedimentos a que se refere o inciso I do § 5 o, mas exista a
possibilidade de que se estendam por longo prazo. (Íncluíádo pelo Decreto nº 7.617, de
2011) (grifos ácrescidos)
Portánto, á pártir dá ánáá lise do dispositivo ácimá, verificá-se que á proá priá normá
regulámentádorá do benefíácio prelecioná que o criteá rio á ser observádo – quánto áà deficieê nciá – é
o grau de restrição para a participação plena e efetiva da pessoa com deficiência na
sociedade, não fazendo qualquer referência à incapacidade para o trabalho ou para a vida
independente!
Ademáis, vejá-se que á Turmá Nácionál de Uniformizáçáã o jáá decidiu que párá á concessáã o do
benefíácio ássistenciál DEVEM ser observádos os princíápios dá Classificação Internacional de
Funcionalidades, Incapacidade e Saúde (CIF):
Para além da questão afeta à observância do CIF por ocasião da perícia, giza-se que
também deverá ser feita a avaliação da deficiência da Parte Autora com fundamento no
Índice De Funcionalidade Brasileiro Aplicado Para Fins De Classificação E Concessão Da
Aposentadoria Da Pessoa Com Deficiência (IF-BRA). O referido íándice foi introduzido pelá
Portáriá Ínterministeriál AGU/MPS/MF/SEDH/MP Nº 1 DE 27.01.2014 2, e visá fornecer o meá todo
á ser utilizádo á fim de se áváliár á deficieê nciá do segurádo. E saliente-se que o próprio INSS já se
adequou aos parâmetros do IF-BRA e do CIF na concessão administrativa dos BPC.
Por fim, eá imperioso frisár que por ocásiáã o dá períáciá, deve-se observár náã o somente ás
disposiçoã es ácimá mencionádás, más támbeá m o Párecer nº 10/2012 do Conselho Federál de
Mediciná, que estábeleceu que o meá dico poderáá discordár dos termos de átestádo meá dico emitido
por outro meá dico, desde que justifique está discordáê nciá, ápoá s o devido exáme meá dico do
trábálhádor, ássumindo á responsábilidáde pelás consequeê nciás do seu áto. Assim, cáso o perito
venhá á discordár do que informám os seus colegás meá dicos, deveráá imperiosámente fundámentár
á suá discordáê nciá, sob pená de responsábilizáçáã o peránte o seu respectivo conselho de clásse.
E, á fim de corroborár o áteá áqui dito, pede-se veê niá párá trázer áà báilá os ápontámentos de
Íngo Wolfgáng Sárlet, ácercá dás pessoás com deficieê nciá:
o cáso dás pessoás com deficieê nciá tem sido centrál párá á teoriá e práá ticá do
princíápio dá iguáldáde e dos direitos de iguáldáde, pois se trátá de grupo de pessoás
párticulármente vulneráá vel (em máior ou menor medidá, á depender dá condiçáã o
pessoál) [...], áleá m dá forte átençáã o dispensádá áo temá pelo direito internácionál
dos direitos humános [...]. Aleá m disso, o fáto de á Convençáã o ter sido áprovádá [...] ná
formá do disposto no árt. 5º, § 3º, dá CF, de modo á se trátár de normátivá
equiválente á emendá constitucionál, ássegurá-lhe áindá máior releváê nciá, pois
torna cogente a "releitura" de todo e qualquer norma infraconstitucional que
tenha relação com o tema, seja revogando normas incompatíveis [...]. De
quálquer modo, [...] á CF, fundádá ná dignidáde dá pessoá humáná, ácertádámente se
refere áà pessoá portádorá (hoje háá de ádotár-se á designáçáã o pessoá com
2
Disponíável em: http://www.normáslegáis.com.br/legislácáo/portáriá-Ínterm-águ-mps-mf-sedh-mp-1-2014.htm
3
BÍTTENCOURT, Andre Luiz Moro. Manual dos benefícios por incapacidade laboral e deficiência. Curitibá:
Alteridáde, 2016, p. 338.
deficieê nciá) de deficieê nciá, ou sejá, enfátizá-se á condiçáã o primeirá de pessoá,
deixándo-se de ládo á merá refereê nciá áos deficientes, foá rmulá felizmente superádá
[...]. As áçoã es áfirmátivás destinádás áà integráçáã o dás pessoás com deficieê nciá náã o se
limitám, áo mundo do trábálho, ábárcándo um dever de inclusão (integração e
promoção) em todas as esferas da vida social, econômica, política e cultural, o
que também tem sido alvo das preocupações da CF [...]. A mesmá preocupáçáã o se
erificá no áê mbito do sistemá internácionál de proteçáã o dos direitos humános, dá
legisláçáã o interná [...].4
Reconhecido o presente requisito pelo ÍNSS não cabe ao Poder Judiciário impor mais
rigor do que o próprio instituto previdenciário, ou seja, não cabe ao Estado-Juiz assumir o
papel de legítimo auditor da Previdência Social.5
4
SARLET, Íngo Wolfgáng. Íguáldáde como direito fundámentál ná Constituiçáã o Federál de 1988: áspectos geráis e
álgumás áproximáçoã es áo cáso dás pessoás com deficieê nciá. Ín: FERRAZ, Cároliná Válençá et ál. Mánuál dos direitos dá
pessoá com deficieê nciá. Sáã o Páulo: Sáráivá, 2012. p. 90-93.
5
FERREÍRA, C. W. D. LEMOS, J. E. G. Aposentadoria especial em juízo: áspectos controversos de direito máteriál e de
processo previdenciáá rio. Curitibá: Juruáá , 2017. p. 192.
Nesse áspecto, o Superior Tribunál de Justiçá jáá se posicionou sobre essá problemáá ticá nos
Embárgos de Divergeê nciá em REsp 412.351/RS, de relátoriá do entáã o Min. Páulo Gálloti,
ressáltándo que náã o eá rázoáá vel o Judiciáá rio ser máis rigoroso do que á Administráçáã o
Previdenciáá riá.
Feitás essás consideráçoã es, restá evidenciádo que á Autorá vive em situáçáã o de gránde
precáriedáde e exclusáã o sociál. Suás condiçoã es socioeconoê micás náã o lhe ofertám meios párá que
provejá suás necessidádes báá sicás, támpouco párá se submetá áo trátámento meá dico ádequádo!
Assim, áo longo dá instruçáã o processuál (por meio dá eláboráçáã o dás provás pertinentes áo
cáso) á Srá. XXXX pretende tornár cristálino seu direito áo benefíácio de prestáçáã o continuádá, párá
que venhá o Poder Judiciáá rio á repárár á lesáã o sofridá quándo do indeferimento do pedido
eláborádo ná esferá ádministrátivá.
Considerándo que á prová periciál eá fundámentál párá o deslinde dás questoã es ligádás áo
presente feito e párá umá ádequádá ánáá lise dá pátologiá ápresentádá pelá párte Autorá, fáz-se
mister que o(s) Perito(s) observem o disposto no árt. 16 do Decreto nº 6.214/07, nos árts. 2º e 3º
dá Lei 13.146/15 (Estátuto do Deficiente), no árt. 473 do Coá digo de Processo Civil, áà Portáriá
Ínterministeriál nº 01/2014, bem como áà Resoluçáã o nº 1.488/98 e áo Párecer nº 01/2012 do
Conselho Federál de Mediciná, que dispoã em sobre ás normás especíáficás de áváliáçáã o dá pessoá
com deficieê nciá. Portánto, REQUER á Párte Autorá que, quándo dá reálizáçáã o dá(s) prová(s)
periciál(is), sejám observádás ás referidás disposiçoã es legáis, sob pená de nulidáde do láudo
periciál.
PEDIDOS
2) O deferimento dá Gratuidade da Justiça, por ser á Autorá pobre ná ácepçáã o legál do termo;
3) A citáçáã o do Ínstituto Nácionál do Seguro Sociál – ÍNSS, párá, querendo, ápresentár defesá;
4) A não reálizáçáã o de áudieê nciá de conciliáçáã o ou de mediáçáã o, pelás rázoã es ácimá expostás;
7) O julgámento dá demándá com TOTAL PROCEDÊNCIA, párá que o ÍNSS concedá o benefíácio
ássistenciál áà párte Autorá, págándo ás párcelás vencidás (á pártir do requerimento
ádministrátivo – DER em xx/xx/xxxx) e vincendás, monetáriámente corrigidás desde o
respectivo vencimento e ácrescidás de juros legáis e morátoá rios, incidentes áteá á dátá do
efetivo págámento;
8) Apoá s á sentençá de procedeê nciá, sejá o ÍNSS intimádo á cumprir imediátámente á obrigáçáã o de
implántár o benefíácio, conforme inteligeê nciá do ártigo 43 dá Lei 9.099/95 c/c ártigo 1º dá Lei
10.259/01;
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Locál, dátá.
Advogado
OAB/UF nº
Vem á párte Autorá, com fulcro no ártigo 465, § 1º, ÍÍÍ, do CPC, bem como ártigo 12, § 2º, dá
Lei 10.259/01, ápresentár quesitos proá prios, á serem respondidos pelo Perito Judiciál ná presente
áçáã o.
Neste sentido, cábe destácár que o Perito Judiciál, áo eláborár o párecer teá cnico
competente, deveráá observár os ditámes do Coá digo de EÍ ticá dá cátegoriá, e especiálmente em
reláçáã o áo temá, á Resolução nº 1.488/98 do Conselho Federal de Medicina, norma cogente
que vincula a atividade do profissional. Aleá m disto, áo responder áos quesitos o Perito deve
fundamentar todás ás suás respostás, nos termos do art. 473 do CPC/2015, não podendo
enfrentar os quesitos apenas com respostas do tipo “sim ou não” .
1. EÍ possíável que á Srá. XXXX se enquádre no conceito de deficieê nciá (que náã o se confunde com
incápácidáde láborál) estábelecido pelá Convençáã o Ínternácionál sobre os Direitos dá Pessoá
com Deficieê nciá?
2. Em cáso de respostá negátivá áo quesito ánterior, o Sr. Perito áfirmá que á Periciándá náã o
possui quálquer impedimento de náturezá fíásicá, mentál, intelectuál ou sensoriál, que em
interáçáã o com bárreirás urbáníásticás, árquitetoê nicás, nos tránsportes, nás comunicáçoã es e nás
informáçoã es, átitudináis e tecnoloá gicás, possám obstruir suá párticipáçáã o plená e efetivá ná
sociedáde em iguáldáde de condiçoã es com ás demáis pessoás?
3. Ná áferiçáã o dá existeê nciá dá deficieê nciá, forám seguidos TODOS os páráê metros e
procedimentos estábelecidos pelá Lei nº 13.146/15 e o Decreto nº 6.214/07, áleá m do ÍÍndice
6
Valor da causa = 12 parcelas vincendas (R$ xx.xxx,xx) + parcelas vencidas (R$ x.xxx,xx).
de Funcionálidáde Brásileiro áplicádo párá fins de clássificáçáã o e concessáã o dá áposentádoriá
dá pessoá com deficieê nciá (ÍF-BRA) e dá Clássificáçáã o Ínternácionál de Funcionálidádes,
Íncápácidáde e Sáuá de (CÍF)?