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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Santa Maria, RS
2016
Julia Rücker Brust
Santa Maria, RS
2016
Julia Rücker Brust
_____________________________________________
Rogério Cattelan Antocheves de Lima, Dr. (UFSM)
(Presidente/Orientador)
_____________________________________________
Gihad Mohamad, Dr. (UFSM)
_____________________________________________
José Mário Doleys Soares, Dr. (UFSM)
Santa Maria, RS
2016
RESUMO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................8
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS..........................................................................8
1.2 JUSTIFICATIVA..............................................................................................9
1.3 OBJETIVOS....................................................................................................9
1.3.1 Objetivo Geral................................................................................................9
1.3.2 Objetivos Específicos.................................................................................10
1.4 LIMITAÇÕES DO ESTUDO..........................................................................10
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO......................................................................10
2 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DAS CONTRUÇÕES.........................12
2.1 ORIGEM DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS.....................................12
2.2 DIAGNÓSTICO.............................................................................................14
2.3 ANOMALIAS EM REVESTIMENTO DE ARGAMASSA................................14
2.3.1 Descolamentos............................................................................................15
2.3.1.1 Descolamentos com empoloamentos..........................................................15
2.3.1.2 Descolamentos em placas...........................................................................15
2.3.1.3 Descolamento com pulverulência.................................................................16
2.3.2 Vesículas.....................................................................................................16
2.3.3 Fissuras.......................................................................................................17
2.3.3.1 Fissuras mapeadas......................................................................................17
2.3.3.2 Fissuras horizontais......................................................................................18
2.3.4 Eflorescências............................................................................................19
2.3.5 Criptofloresências......................................................................................20
2.3.6 Umidade......................................................................................................20
2.3.6.1 Devido à construção....................................................................................20
2.3.6.2 Ascencional.................................................................................................21
2.3.6.3 Devido à precipitação..................................................................................22
2.3.6.4 Devido à condensação................................................................................22
2.3.6.5 Devido à higrocospicidade..........................................................................23
2.3.6.6 Devido à causas acidentais.........................................................................23
3 TÉCNICA DE INSPEÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
POR TERMOGRAFIA INFRAVERMELHA................................................24
3.1 RADIAÇÃO INFRAVERMELHA..................................................................24
3.1.1 Corpo negro...............................................................................................25
3.1.2 Corpos reais...............................................................................................25
3.2 TRANSFERÊNCIA DE CALOR...................................................................26
3.2.1 Condução, Convecção e Radiação..........................................................28
3.2.2 Pontes térmicas.........................................................................................28
3.3 TERMOGRAFIA INFRAVERMELHA...........................................................30
3.3.1 Breve histórico..........................................................................................30
3.3.2 Definição....................................................................................................31
3.3.3 Fatores que influenciam a retirada de dados em imagens...................32
3.3.3.1 Emissividade...............................................................................................33
3.3.3.2 Atenuação atmosférica................................................................................33
3.3.3.3 Refletividade................................................................................................33
3.3.3.4 Outros fatores..............................................................................................34
3.3.4 Aplicações da termografia........................................................................34
3.3.4.1 Termografia em edificações........................................................................36
3.3.5 Obtenção de dados...................................................................................37
3.3.5.1 Equipamento...............................................................................................37
3.3.5.2 Ensaios qualitativos.....................................................................................37
3.3.5.3 Ensaios quantitativos...................................................................................38
3.3.5.3.1 Método do refletor.......................................................................................39
3.3.5.3.2 Método da emissividade conhecida............................................................40
4 METODOLOGIA EXPERIMENTAL............................................................43
4.1 EDIFICAÇÃO ESCOLHIDA.........................................................................43
4.2 RETIRADA DE IMAGENS...........................................................................45
4.3 EQUIPAMENTO UTILIZADO......................................................................46
5 RESULTADOS E ANÁLISES.....................................................................48
5.1 IDENTIFICAÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS........................48
5.2 CORRELAÇÕES DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS COM IMAGENS
DE RADIAÇÃO INFRAVERMELHA.........................................................................57
6 CONCLUSÕES...........................................................................................63
6.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS..........................................64
REFERÊNCIAS...........................................................................................65
APÊNDICE A – LEVANTAMENTO TERMOGRÁFICO..............................68
ANEXO A – DADOS DE PRECIPITAÇÃO INMET.....................................92
8
1. INTRODUÇÃO
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 OBJETIVOS
Causa de Problemas
Fonte
Patológicos Porcentagem
Projeto 40%
Execução 28%
Edward B. Grunau, citado
Materiais 18%
por Paulo Lago Helene
Mau uso 10%
Mau planejamento 4%
Tinham origem no projeto 46%
Centre Scientifique et
Tinham origem em falhas de
Technique de la Construction
execução 22%
(Bélgica), citado por Ércio
Tinham origem nos materiais
Thomaz
empregados 15%
Defeitos de execução 52%
Antônio Carmona Filho e
Defeitos de projeto 18%
Arthur Marega da Faculdade
Defeitos de uso 14%
de Engenharia da Fundação
Defeitos dos materiais 6%
Armando Álvares Penteado
Outros 16%
Fonte: (VERÇOZA, 1991, p. 8)
2.2 DIAGNÓSTICO
2.3.1 Descolamentos
2.3.2 Vesículas
Figura 1 – Demonstração de vesícula causada por expansão devido umidade da argila, caracterizada
pelo ponto escuro de argila seca no fundo da cratera
2.3.3 Fissuras
As fissuras mapeadas são desenhos de linhas bem finas, similar à uma teia de
aranha. A comparação foi feita por Verçoza (1991, p. 56), que destaca que esse
desenho é oriundo da expansão e retração da argamassa durante a fase de
endurecimento, sendo a primeira oriunda de quando a cal não foi bem extinta, e a
segunda devido a secagem muito rápida do revestimento. A Figura 2 demonstra o
desenho aproximado desse tipo de fissura:
18
Uma parede de alvenaria, quando rebocada muito cedo, tem a sua velocidade
de evaporação da água da argamassa de assentamento reduzida, ocasionando
fissuras na direção horizontal, como destaca Verçoza (1991, p. 56). O autor sugere
que, após o assentamento das juntas, a parede diminuirá sua altura, causando assim
o esmagamento do reboco.
Cincotto (1988, apud Segat, 2005, p. 58) afirma que as fissuras com essa
direção são ocasionadas pela expansão da argamassa de assentamento por ataque
de sulfatos, por argilo-minerais com propriedades expansivas no agregado ou
hidratação tardia do óxido de magnésio da cal. A Figura 3, encontrada no livro
Patologia das Edificações demonstra como as fissuras encontram-se no revestimento:
2.3.4 Eflorescências
Figura 4 - Estágios que conduzem à eflorescência: a) água da chuva penetra e dissolve sais solúveis
b) Solução de sais são levados para a superfície c) Evaporação da água e depósito de sais na superfície
2.3.5 Criptoflorescências
2.3.6 Umidade
2.3.6.2 Ascencional
Os sais solúveis em água são constituinte da maioria dos materiais. Esses sais,
formarão eflorescências e criptoflorescências se forem sujeitos à umidificação, onde
migrarão para a superfície e cristalizaram, surgindo a anomalia. Os sais serão
denominados higroscópicos quando tiverem à capacidade de absorver à umidade
presente no ar. (Oliveira, 2013, p. 11).
Sendo assim, pode-se destacar os vários ciclos de dissolução-cristalização:
Um corpo negro é aquele que absorve toda a radiação que incide sobre ele
independente da direção ou do comprimento de onda. Para a sua criação é necessário
um revestimento absorvente perfeito, utilizando tratamento de superfície ou pinturas
(para que toda energia absorvida seja refletida) ou então uma praticamente fechada,
criando-se uma cavidade em que o orifício é expressivamente menor (o objetivo é
reter toda a radiação que entra na cavidade). O conhecimento de um corpo negro se
liga a emissão térmica dos sólidos. (BARREIRA, 2004, p. 37).
Barreira (2004, p. 40) atenta para o fato que a maioria dos corpos não se tratam
de corpos negros (que absorvem toda a energia incidente), e sim de corpos reais que
tem uma parcela da radiação absorvida, outra refletida ou transmitida.
Onde:
𝜌(𝜆) - Reflexão espectral, razão entre a radiância refletida pelo objeto e a radiância
total que sobre ele incide, para um dado comprimento de onda
Segundo Valério (2007, p. 11) “as pontes térmicas resultam sempre de uma
heterogeneidade, quer seja de ordem geométrica quer seja de ordem estrutural”. As
Figuras 8 e 9, presentes na dissertação de Valério, trazem exemplos comuns de
pontes térmicas:
Figura 8 – a) Ponte Térmica devido à transição entre diferentes materiais (pilar de concreto) b) Ponte
térmica devido a alterações de espessura
Figura 9 - a) Ponte térmica num cunhal b) Ponte térmica devido à ligação da laje com a fachada
3.3.2 Definição
Segundo Cortizo (2007, p. 38), todo corpo acima do Zero Absoluto emite
radiação térmica, sendo a termografia a percepção dessa temperatura superficial do
corpo (transferida pela radiação). A norma ASTM C 1060 (American Society for
32
Testing and Materials, 1997, p.1, tradução nossa) define a termografia infravermelha
como “o processo de geração de imagens térmicas que representa a variação de
temperatura e emitância sobre a superfície dos objetos”.
3.3.3.1 Emissividade
3.3.3.3 Refletividade
Conforme descrito por Huda, Taib e Ishak (2012, p. 1853, tradução nossa) os
seguintes itens podem ser descritos também como fatores de influência quanto a
retirada de dados em imagens termográficas:
Outro fator abordado por Barreira (2004, p. 58) é a distância entre equipamento
e superfície, uma vez que alterará a resolução dos termogramas.
3.3.5.1 Equipamento
Huda, Taib e Ishak (2012, p. 1852, tradução nossa) afirma que inspeções no
exterior pode ter os diversos fatores influenciando resultados, levando à uma
interpretação errada.
6º - Todos os passos devem ser repetidos 3 vezes para que possa ser feita a
média das medições, diminuindo a probabilidade de erro da temperatura aparente
refletida a ser utilizada.
Outra verificação que deve ser feita, para ambos os métodos, consiste em no
dia do ensaio constatar uma diferença de temperatura de 10 graus Celsius para mais
ou para menos da superfície do objeto a ser analisado para a temperatura ambiente,
aumentando assim a exatidão do ensaio. Mais uma observação que deve ser
considerada, equivale a registrar a emissividade com a temperatura e faixa espectral
da câmera.
4. METODOLOGIA EXPERIMENTAL
Figura 13 – Subdivisão da fachada frontal direita da edificação 09B/UFSM - Captura dia 07/11/2016
46
5. RESULTADOS E ANÁLISES
A parte posterior do edifício conta com mais quatro zonas. Começando pela
zona E, podemos observar, conforme demonstra a Figura 24, manifestações
patológicas como fissuras, umidade, eflorescências e vesículas. A Figura 25 faz a
demonstração dessas anomalias.
53
Na mesma faixa de horários (07:30 – 08:45), pode ser observado (ainda sem
incidência solar) a fachada posterior. A zona E (Figura 33) apresenta umidade
ascencional, visível pela cor azulada demonstrativa de menor temperatura. Na
imagem digital pode-se notar a presença de vesículas e eflorescências na parte do
revestimento argamassado mais próximo ao solo. Esse padrão de cores é mantido
até a segunda etapa de captura fotográfica (Figura 34), quando é possível observar o
aumento de temperatura, repesentado por uma cor mais amarelada, onde
anteriormente estava azulado, demonstrando a mudança de temperatura da umidade.
Notório torna-se a estrutura de concreto (vigas e pilares), passando a ter uma
temperatura inferior em relação as partes vizinhas da edificação.
58
.
61
6. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
FLIR SYSTEMS User’s manual: FLIR T4xx series. Flir Systems INC., 2014.
MÁXIMO, A.; ALVARENGA, B.; Física: Volume Único. 1. ed. São Paulo: Scipione,
1997. p. 341-394.
MEOLA, C.; Infrared Thermography in the Architectural Field. Revista The World
Journal. Ano 2013. Itália: Hindawi Publishing Corporation, 2013.
67
SOMAYAJI, S. Civil Engineering Materials. 2. ed. Upper Saddle River, New Jersey,
USA: Prentice Hall, 2001. p. 271-279.
ZONA A
ZONA B
ZONA C
ZONA D
ZONA E
ZONA F
ZONA G
ZONA H