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TRIBOLOGIA DE ELEMENTOS E MÁQUINAS

Fretting
Introdução

“Pequeno movimento oscilatório entre duas  Pequena Amplitude


superfícies sólidas em contato” • A partir de (10^-4) µm,
(HUTCHINGS, 1992) com degradação segundo Shaffer e Glaeser.
da superfície. • Entre 1 e 100 µm, conforme
Hutchings.

Fretting damage;
Fretting wear;
Fretting corrosion;
Fretting fatigue.
Introdução
 Fretting – O desgaste ocorre em acoplamento estacionário entre
duas peças em movimento relativo causado por uma vibração ou
outro fator. Pode ser identificado pela aparência corroída da
superfície, presença de ferrugem e pela aspereza da superfície.
Histórico
 Uma das primeiras referências bibliográficas remete para o
trabalho desenvolvido por Eden (1911) que, enquanto fazia ensaios
de fadiga, notou a presença de óxidos nas zonas de aperto dos
corpos de prova (cp). O surgimento destes detritos não era
esperável, pois as amplitudes que o cp estaria sujeito nessa zona
eram muito pequenas.
 Mais tarde Tomlinson, (1927) concebeu máquinas que, com um
movimento rotacional de baixa amplitude, geravam anéis de
desgaste nos cp com formação de detritos compostos por óxido
de ferro, cunhando o termo corrosão por fretting. Além disso,
verificou-se que este fenômeno só se observava com movimentos
de muito pequena amplitude.
Histórico
 A influência deste comportamento mecânico na fadiga foi
observada por Warlow-Davies (1941) quando sujeitou um cp a
solicitações indutoras de fretting. Posteriormente, fazendo um
ensaio à fadiga, verificou que a sua resistência sofria uma
redução considerável, na ordem dos 13-17%. Contudo, a ação
simultânea de fadiga e fretting, que é mais observável na prática e
mais realista, surtia um efeito de redução de resistência
preocupante, diminuindo entre 2 a 5 vezes o seu valor original,
McDowell (1953).
 Posteriormente, Fields et. al. (1958) acrescentou mais uma
consequência deste comportamento; um notável aumento da
velocidade de propagação de trincas.
Fretting
 Quando o deslizamento oscilatório ocorre na forma de pequenos
deslocamentos relativos em uma parte da área de contato,
enquanto as duas superfícies continuam fixas na porção central da
região de contato.
Fretting
 Uma das consequências imediatas do processo em
condições atmosféricas normais é a produção de detritos
de óxido;
 O movimento é geralmente o resultado de vibração
externa, mas em muitos casos é a consequência de um
dos membros do contato ser submetido a tensões cíclicas
(isto é, fadiga), o que dá origem ao início precoce de
fissuras por fadiga (Fretting Fatigue).
Fretting
 Dois corpos pressionados um contra o outro por uma carga estática.
 Deslizamentos oscilatórios de baixa amplitude (< 0,1 mm) podem
ocorrer entre as superfícies. Causas: vibrações, cargas cíclicas ou
temperatura.
 Micro-soldas continuamente se formam e quebram: formação de pites.
 Fragmentos de metal arrancados podem oxidar, formando partículas de
óxidos que, ao ficar aprisionados entre as superfícies, causam desgaste.
 Degradação das superfícies por este conjunto de fenômenos: Fretting.
 Se um meio agressivo está presente: Corrosão por fretting.
 Se carregamentos cíclicos são aplicados: Fadiga por fretting.
Fretting Fatigue x Fretting Corrosion
 Fretting Fatigue:
Movimento oscilatório de pequena amplitude entre duas superfícies.
Geralmente ocorre entre peças para as quais não há previsão de
movimento relativo. O desgaste inicia-se por adesão microscópica.
 Fretting corrosion:
As junções fraturadas reagem com o oxigênio ou ambiente para
formar óxidos ou outros compostos, aumentando taxas de desgaste.

 O ambiente determina se ocorrerá Fretting fatigue ou Fretting


Corrosion.
Fretting Wear
 Pode ser caracterizado de forma similar ao desgaste adesivo, uma vez
que ocorre a microsoldagem. A diferença para o adesivo é que no
“Fretting” as superfícies estão estacionárias umas às outras.
 Entretanto, quando mínimas deflexões elásticas ou pequeno movimento
relativo ocorre, o movimento cíclico de amplitude extremamente
pequena é suficiente para causar a microsoldagem de ambas superfícies.

 Formas de prevenção do Fretting Wear:


- Eliminar ou reduzir a vibração;
- Eliminar ou reduzir o deslizamento na interface;
- Adoção de Elastômero na junta;
- Introdução de tensões residuais compressivas superficiais (Podem ser
realizada a nitretação da superfície).
Por que estudar o Fretting?
 Fator econômico

 Evitar catástrofes gerada por um


fenômeno silencioso.
 Três regimes de fretting distinguem-se com medidas de força
tangencial e de deslocamento (Vingsbo e Soderberg, 1988):

Regime \ Desgaste & Trinca/fratura Sinônimo


característica oxidação

Dano da superfície Não observa-se Low damage


Stick muito limitado pelo formação de trincas de Fretting
desgaste e oxidação fadiga (até 106 ciclos)

Crescimento acelerado
Stick-slip Efeitos do desgaste e da trinca pode resultar Fretting fatigue
misto oxidação são pequenos em forte redução da
resistência à fadiga

Dano severo à superfície Formação de trinca Fretting wear


Gross Slip pelo desgaste, assistido limitada
pela oxidação
Mapas de Fretting com regimes e transição de
mecanismos de desgaste

Zhou et al, 2006.


Análise dos ciclos de fretting:

Fouvry et al, 2003.

Coleta do par Q-δ permite extrair outras variáveis:


• Ed = energia dissipada (área do gráfico)
• δg = amplitude do deslizamento
• δ* = amplitude do deslocamento
• Q* = amplitude da força tangencial
Análise dos ciclos de fretting:

Fouvry et al, 2003.

Ciclos de fretting são sobrepostos em escala logarítmica para


obter uma visão global junto com outras variáveis.
Incidência do Fretting
 Devido sua natureza vibracional, sua incidência é mais danosa em
componentes como: Contatos cubo-roda, alojamento de mancais, chavetas
(1), acoplamentos (3), rolamentos (4), juntas de placas metálicas, eixos
rotativos ou estáticos (2) etc.

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Incidência do Fretting
 Porém o fretting também ocorre em componentes como:
o Cabos de aço: presença de tensões cíclicas de flexão:

o Caldeiras ou trocadores de calor: devido a vibrações causadas pelo


movimento do fluido nas tubulações.
o Em materiais não metálicos como polímeros e cerâmicas: Dentes
submetido a mastigação ou bruxismo.
FRETTING – causas

 Vibração (principal);
reduz 70-80% da
resistência à fadiga
(Neale et al, 1995).
 Tensão cíclica (fretting fatigue).
Consequências do Fretting
 Surgimento de óxidos em condições normais de atmosfera (fretting corrosion).
 Redução da resistência a fadiga do material: De 13 a 17% para materiais
submetido ao fretting damage.

Entre 50 até 70% de materiais são


submetidos ao fretting fatigue.

 Obs: Quando temos um aumento demasiado da amplitude de forma a


exceder as dimensões de contato entre superfícies temos o movimento
alternativo (Reciprocating) que não é caracterizado como fretting.
FRETTING – ocorre em:
• Cabos de aço (sujeitos às trações • Fuselagens de aviões montadas com
frequentes e desgaste nos seus pontos chapas de aço e alumínio, unidas por
de apoio) rebites (o fretting pode ocorrer entre
os painéis rebitados, entre a cabeça do
rebite e o painel, entre o corpo do
rebite e o seu furo de alojamento);
• Acoplamentos flexíveis que conectam eixos • Turbinas a vapor e turbinas a gás
e suportam seus desalinhamentos
• Rotores de geradores elétricos • Feixes de molas de automóveis
• Mancais de rolamento e eixos • Contatos elétricos
• Geradores de vapor e trocadores de calor • No transporte de mercadorias por caminhão
(fluxo que circula induz vibração que resulta ou trem, onde a vibração pode degradar a
em fretting entre os tubos e seus suportes) embalagem e o produto
• Em aparelhos ortopédicos cujas placas • E até mesmo no atrito entre os dentes na
fixam-se ao osso por pinos ou parafusos mastigação que pode contribuir para a
formação de cáries
3. FRETTING – ocorre em:

Turbinas de avião
Parâmetros que o afetam
(até 50 conforme Waterhouse, 1992)

 Amplitude do movimento;
 Carga normal / pressão de contato; principais
 COF
 Condições do ambiente (umidade);
 Tensão residual;
 Dureza;
secundários
 Microestrutura;
 Lubrificante;
FRETTING – Parâmetros que o afetam

 Histórico de carregamento;
 Acabamento superficial;
 Frequência do movimento;
 Natureza do contato; outros
 Tipo de vibração;
 Impacto (intensidade e duração);
 até 36 outros mais.
Estágios do fenômeno
 Para superfícies conformes temos os seguintes estágios de evolução
do fretting ao se aumentar o número de ciclos decorridos:
 Primeiro estágio: poucos milhares de ciclos.
 Segundo estágio: com o avanço do número de ciclos tem-se a formação
de óxidos.
 Terceiro estágio: estabilização do COF e da resistência ao contato.
(Correndo e Estado estacionário)
Ensaios de Fretting

 Shaffer e Glaeser relacionam dois métodos para a determinação da


resistência a fadiga do material submetido ao fretting:

 Método 1) Amostra submetida a um certo número de ciclos de


fretting e depois submetida a um ensaio convencional de fadiga.
Então se retira os dados de ambas situações para a análise.

 Método 2) O material é submetido ao fretting durante todo o ensaio,


com dados da resistência a fadiga plotados num gráfico de tensão
cíclica vs número de ciclos, desde o início do ensaio até a falha da
amostra.
Equipamentos para ensaios de Fretting
 Os equipamentos para ensaios desse fenômeno tem que ser capazes
(segundo Ramalho e Celis) de:

 Gerar uma alta confiabilidade no deslocamento aplicado com relação


a sua amplitude e ao seu ponto médio.
 Dar uma alta precisão nas medidas da força tangencial no contato.
 Realizar com precisão a mensuração das medidas do deslocamento
relativo entre as superfícies durante o ensaio.
FRETTING – Ensaios

A) Ensaios testam a fadiga por fretting:


 Ensaios são limitados em relação aos ensaios mais simples de
fadiga;
 Variáveis principais que controlam o início da falha por fadiga:
- tensão superficial no contato;
- amplitude do movimento;
- coeficiente de atrito (variável mais influente na falha por fadiga).
FRETTING – Ensaios
B) Ensaios determinam volume do desgaste por fretting:
 Ensaios com aplicação de cargas e deslocamentos;
 Utilização de filmes finos de TiN, TiC, etc.  determinar
espessura do filme e quando o substrato será atingido;
 Uso de equipamentos de fretting específicos:
- rotação de um motor gerando deslocamento linear;
- máquinas hidráulicas de tração-compressão;
- atuadores piezoelétricos;
- atuadores eletromagnéticos;
- atuadores magnetostritivos.
FRETTING – Ensaios

Equipamento de ensaio de fretting


proposto por Leonard et al. (2011).
Configuração Cilindro Cruzado

O cilindro do meio está conectado ao atuador magnetostritivo (tem-se o


movimento reciprocating), enquanto os cilindros superior e inferior são
fixos, presos por parafusos.
Contato Esfera-Plano

A configuração do contato esfera-plano em desenho CAD. Chapas de safira


são montadas na plataforma de carga e permitem que o contato seja
observado ao microscópio. A esfera é colada.
Contato Plano-Plano

O alojamento do cilindro reciprocating é preso por um anel e conectado em


linha com uma célula de carga. A posição é medida no final do alojamento
por um sensor. A força normal é aplicada pelo peso morto e braço de apoio
ao contato por fretting.
Ensaio de Fretting
(com máquina hidráulica de tração-compressão)

Fouvry et al, 1997.


Equipamento
Medição de
Agitador Câmara com ambiente deslocamento
Eletrodinâmico controlado óptico

Medição de
força tangencial
(Q)

Fouvry et al, 2003.


Equipamento

Fouvry et al, 2005.


Equipamento
Medição de desgaste por fretting
Waterhouse et al listam alguns métodos da medição do desgaste por
fretting, são eles:

 Perfilometria;
 Interferometria holográfica;
 Ativação de fina camada(TLA);
 Medição da distância axial.
Medição de desgaste por fretting
 Perfilometria - A quantidade muito pequena de material que é removida na
maioria das experiências de fretting torna impraticável o método tradicional de
medir o desgaste por perda de peso. O método por perfilometria, onde o
instrumento pode traçar uma projeção isométrica da superfície e do
computador pode produzir uma figura para o volume abaixo da superfície
original e também o volume acima da superfície original, fornece uma das
melhores avaliações quantitativas e descritivas do dano.
Prevenção
(como reduzí-lo ou eliminá-lo)

 Melhoria do projeto;
 Melhoria do acabamento das superfícies;
 Aplicar filmes finos nas superfícies (e fazer tratamento);
 Utilizar inserções ou enxertos entre os componentes em
contato;
 Fazer uso de lubrificantes.
FIM

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