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Fretting
Introdução
Fretting damage;
Fretting wear;
Fretting corrosion;
Fretting fatigue.
Introdução
Fretting – O desgaste ocorre em acoplamento estacionário entre
duas peças em movimento relativo causado por uma vibração ou
outro fator. Pode ser identificado pela aparência corroída da
superfície, presença de ferrugem e pela aspereza da superfície.
Histórico
Uma das primeiras referências bibliográficas remete para o
trabalho desenvolvido por Eden (1911) que, enquanto fazia ensaios
de fadiga, notou a presença de óxidos nas zonas de aperto dos
corpos de prova (cp). O surgimento destes detritos não era
esperável, pois as amplitudes que o cp estaria sujeito nessa zona
eram muito pequenas.
Mais tarde Tomlinson, (1927) concebeu máquinas que, com um
movimento rotacional de baixa amplitude, geravam anéis de
desgaste nos cp com formação de detritos compostos por óxido
de ferro, cunhando o termo corrosão por fretting. Além disso,
verificou-se que este fenômeno só se observava com movimentos
de muito pequena amplitude.
Histórico
A influência deste comportamento mecânico na fadiga foi
observada por Warlow-Davies (1941) quando sujeitou um cp a
solicitações indutoras de fretting. Posteriormente, fazendo um
ensaio à fadiga, verificou que a sua resistência sofria uma
redução considerável, na ordem dos 13-17%. Contudo, a ação
simultânea de fadiga e fretting, que é mais observável na prática e
mais realista, surtia um efeito de redução de resistência
preocupante, diminuindo entre 2 a 5 vezes o seu valor original,
McDowell (1953).
Posteriormente, Fields et. al. (1958) acrescentou mais uma
consequência deste comportamento; um notável aumento da
velocidade de propagação de trincas.
Fretting
Quando o deslizamento oscilatório ocorre na forma de pequenos
deslocamentos relativos em uma parte da área de contato,
enquanto as duas superfícies continuam fixas na porção central da
região de contato.
Fretting
Uma das consequências imediatas do processo em
condições atmosféricas normais é a produção de detritos
de óxido;
O movimento é geralmente o resultado de vibração
externa, mas em muitos casos é a consequência de um
dos membros do contato ser submetido a tensões cíclicas
(isto é, fadiga), o que dá origem ao início precoce de
fissuras por fadiga (Fretting Fatigue).
Fretting
Dois corpos pressionados um contra o outro por uma carga estática.
Deslizamentos oscilatórios de baixa amplitude (< 0,1 mm) podem
ocorrer entre as superfícies. Causas: vibrações, cargas cíclicas ou
temperatura.
Micro-soldas continuamente se formam e quebram: formação de pites.
Fragmentos de metal arrancados podem oxidar, formando partículas de
óxidos que, ao ficar aprisionados entre as superfícies, causam desgaste.
Degradação das superfícies por este conjunto de fenômenos: Fretting.
Se um meio agressivo está presente: Corrosão por fretting.
Se carregamentos cíclicos são aplicados: Fadiga por fretting.
Fretting Fatigue x Fretting Corrosion
Fretting Fatigue:
Movimento oscilatório de pequena amplitude entre duas superfícies.
Geralmente ocorre entre peças para as quais não há previsão de
movimento relativo. O desgaste inicia-se por adesão microscópica.
Fretting corrosion:
As junções fraturadas reagem com o oxigênio ou ambiente para
formar óxidos ou outros compostos, aumentando taxas de desgaste.
Crescimento acelerado
Stick-slip Efeitos do desgaste e da trinca pode resultar Fretting fatigue
misto oxidação são pequenos em forte redução da
resistência à fadiga
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Incidência do Fretting
Porém o fretting também ocorre em componentes como:
o Cabos de aço: presença de tensões cíclicas de flexão:
Vibração (principal);
reduz 70-80% da
resistência à fadiga
(Neale et al, 1995).
Tensão cíclica (fretting fatigue).
Consequências do Fretting
Surgimento de óxidos em condições normais de atmosfera (fretting corrosion).
Redução da resistência a fadiga do material: De 13 a 17% para materiais
submetido ao fretting damage.
Turbinas de avião
Parâmetros que o afetam
(até 50 conforme Waterhouse, 1992)
Amplitude do movimento;
Carga normal / pressão de contato; principais
COF
Condições do ambiente (umidade);
Tensão residual;
Dureza;
secundários
Microestrutura;
Lubrificante;
FRETTING – Parâmetros que o afetam
Histórico de carregamento;
Acabamento superficial;
Frequência do movimento;
Natureza do contato; outros
Tipo de vibração;
Impacto (intensidade e duração);
até 36 outros mais.
Estágios do fenômeno
Para superfícies conformes temos os seguintes estágios de evolução
do fretting ao se aumentar o número de ciclos decorridos:
Primeiro estágio: poucos milhares de ciclos.
Segundo estágio: com o avanço do número de ciclos tem-se a formação
de óxidos.
Terceiro estágio: estabilização do COF e da resistência ao contato.
(Correndo e Estado estacionário)
Ensaios de Fretting
Medição de
força tangencial
(Q)
Perfilometria;
Interferometria holográfica;
Ativação de fina camada(TLA);
Medição da distância axial.
Medição de desgaste por fretting
Perfilometria - A quantidade muito pequena de material que é removida na
maioria das experiências de fretting torna impraticável o método tradicional de
medir o desgaste por perda de peso. O método por perfilometria, onde o
instrumento pode traçar uma projeção isométrica da superfície e do
computador pode produzir uma figura para o volume abaixo da superfície
original e também o volume acima da superfície original, fornece uma das
melhores avaliações quantitativas e descritivas do dano.
Prevenção
(como reduzí-lo ou eliminá-lo)
Melhoria do projeto;
Melhoria do acabamento das superfícies;
Aplicar filmes finos nas superfícies (e fazer tratamento);
Utilizar inserções ou enxertos entre os componentes em
contato;
Fazer uso de lubrificantes.
FIM