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Depto II.IME.UERJ
2018
Sumário
Introdução 1
1 Lógica Proposicional 2
1.1 Linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.1.1 Sintaxe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.1.2 Semântica: Tabelas Verdade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2 Cálculo Proposicional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2.1 Implicações e Equivalências Lógicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2.2 Formas Normais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.2.3 Demonstrações: Direta, Condicional e Redução ao Absurdo . . . . . . . 11
1.3 Solução de alguns exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2 Teoria de Conjuntos 15
2.1 Conceitos Básicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.2 Operações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.3 Propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4 Álgebra de Boole 34
2
4.1 Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.2 Propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.3 Reticulados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.4 Expressões, Formas e Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
4.5 Circuitos Lógicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.6 Minimização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.7 Solução de alguns exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
4.7.1 Álgebra de Boole . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
4.7.2 Reticulados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
4.7.3 Minimização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3
Introdução
• Álgebra de Conjuntos,
• Álgebra de Boole,
1
Capı́tulo 1
Lógica Proposicional
1.1 Linguagem
1.1.1 Sintaxe
Alfabeto
• Sı́mbolos Proposicionais: p, q, r, . . . ou p1 , p2 , p3 , . . . .
• Sı́mbolos Conectivos:
– Unário:
Negação ¬ não
– Binários:
Conjunção ∧ e,
Disjunção ∨ ou,
Condicional → se...então...,
Bicondicional ↔ se e somente se
• Sı́mbolos de parênteses: ( e )
Gramática
Definição de fórmulas bem escritas ou bem formadas (wff - well-formed formula):
2
1.1 Linguagem
Observação 1.1.1
Alfabeto Grego
α alfa η eta ν nü τ tau
β beta θ Θ teta ξ Ξ csi υ Υ úpsilon
γ Γ gama ι iota o omı́cron φ Φ fi
δ ∆ delta κ capa π Π pi χ qui
epsı́lon λ Λ lambda ρ rô ψ Ψ psi
ζ zeta µ mü σ Σ sigma ω Ω ômega
p p q p q r
V V V V V V
F V F V V F
F V V F V
F F V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Os valores lógicos para as wff obtidas a partir dos conectivos estão determinados nas tabelas
verdade a seguir.
α β (α ∧ β) (α ∨ β) (α → β) (α ↔ β)
α ¬α V V V V V V
V F V F F V F F
F V F V F V V F
F F F F V V
α β (α ∨ β)
V V F
V F V
F V V
F F F
3
1.1 Linguagem
Exercı́cio 1.1.2 Faça tabela verdade para cada uma das wff.
1. p ∨ ¬p
2. p ∧ (¬p)
3. ¬(p ∨ q)
4. (¬ p) ∧ (¬ q)
5. (¬ p) → q
6. (p → q) ∧ (q → p)
8. (p → (q → r)) ↔ ((p ∧ q) → r)
9. (p ∨ (q → r)) → ((p → q) ∨ r)
11. (α ∧ β) → α
12. α → (α ∨ β)
13. ((α → β) ∧ α) → β
4
1.2 Cálculo Proposicional
Equivalências Lógicas
Idempotência α∧α⇔α α∨α⇔α
Comutativa α∧β ⇔β∧α α∨β ⇔β∨α
α↔β⇔β↔α α∨β ⇔β∨α
Associativa (α ∧ β) ∧ γ ⇔ α ∧ (β ∧ γ) (α ∨ β) ∨ γ ⇔ α ∨ (β ∨ γ)
(α ↔ β) ↔ γ ⇔ α ↔ (β ↔ γ) (α ∨ β) ∨ γ ⇔ α ∨ (β ∨ γ)
Elemento Neutro α∧V⇔ α α∨F⇔ α
Elemento Zero α∧F⇔F α∨V⇔V
Princı́pio da Não Contradição α ∧ ¬α ⇔F
Princı́pio do Terceiro Excluı́do α ∨ ¬α ⇔V
Dupla Negação ¬¬α ⇔ α
Distributiva (α ∧ β) ∨ γ ⇔ (α ∨ γ) ∧ (β ∨ γ) (α ∨ β) ∧ γ ⇔ (α ∧ γ) ∨ (β ∧ γ)
Absorção (α ∧ β) ∨ α ⇔ α (α ∨ β) ∧ α ⇔ α
α → (α ∧ β) ⇔ α → β
Semiabsorção (¬α ∧ β) ∨ α ⇔ α ∨ β (¬α ∨ β) ∧ α ⇔ α ∧ β
De Morgan ¬(α ∧ β) ⇔ (¬α) ∨ (¬β) ¬(α ∨ β) ⇔ (¬α) ∧ (¬β)
Forma Disjuntiva do Condicional (Lei de Filo) α → β ⇔ ¬α ∨ β
Regra de Clavius ¬α → α ⇔ α
Forma Conjuntiva do Bicondicional α ↔ β ⇔ (α → β) ∧ (β → α)
Forma Conjuntiva do Ou Exclusivo α ∨ β ⇔ (α ∨ β) ∧ ¬(α ∧ β)
Fortalecimento da Hipótese α → (β → γ) ⇔ (α ∧ β) → γ
Redução ao Absurdo α → β ⇔ (α ∧ ¬β) →F
Dada uma wff condicional (α → β), diz-se que a wff (β → α) é sua recı́proca, a wff
(¬β → ¬α) é a contrapositiva e (¬α → ¬β) é a sua contrária. E se relacionam da seguinte
forma:
5
1.2 Cálculo Proposicional
• Tabela Verdade
α β ((α → β) ∧ α) β α β ((α → β) ∧ α) → β
V V V V V V V V V V V V V
V F F F V F ou V F F F V V F
F V V F F V F V V F F V V
F F V F F F F F V F F V F
• Regras de Dedução
wff justificativa
((α → β) ∧ α) → β ⇔ FDC
¬((¬α ∨ β) ∧ α)) ∨ β ⇔ Abs
¬(β ∧ α) ∨ β ⇔ DM
(¬β ∨ ¬α) ∨ β ⇔ Assoc. e Comut. do ∨
¬β ∨ β ∨ ¬α ⇔ PTE
V∨¬α ⇔ EA do ∨
V
2. Usando equivalências e regras de inferência
wff justificativa
(α → β) ∧ α ⇔ FDC
(¬α ∨ β) ∧ α ⇔ Abs
β∧α ⇒ Simpl.
β
Exercı́cios 1.2.1
1. Faça tabela verdade para cada uma das wff bicondicionais associadas às equivalências
lógicas.
(a) α ⇒ β → α
6
1.2 Cálculo Proposicional
(b) α → β ⇒ β → α
(c) α ⇒ ¬α → β
(d) α ∧ β ⇒ α ∨ β
(e) α ∧ β ⇒ α ↔ β
(f) α ↔ β ⇒ α → β
(g) α ↔ β ⇒ β → α
(h) α → β ⇒ (α ∧ γ) → β
(i) α → β ⇔ (α ∨ β) → β
(j) (α → β) ∧ (α → ¬β) ⇔ ¬α
(k) (α → β) ∧ (γ → β) ⇔ (α ∨ γ) → β
(l) (α → β) ∨ (α → γ) ⇔ α → (β ∨ γ)
(m) (α → β) ∨ (γ → δ) ⇔ (α ∧ γ) → (β ∨ δ)
(a) α ∧ ¬α ⇒ β
(b) (α ∨ β) ⇒ ¬α
(c) α ∧ β ⇒ α ∨ β
(d) ¬α → α ⇔ α
(e) α → (α ∧ β) ⇔ α → β
(f) (α → β) → β ⇔ α ∨ β
(g) (α → γ) ∨ (β → γ) ⇔ (α ∧ β) → γ
(h) (α → β) ∧ (α → γ) ⇔ α → (β ∧ γ)
4. Simplifique as fórmulas.
7
1.2 Cálculo Proposicional
5. Relacione as fórmulas (a) e (b) usando manipulação e indicando (⇔), (⇒, ⇍), (⇏, ⇐)
ou (⇏, ⇍).
(a) (b)
(α ∧ ¬α) → β V
(α ∨ β) α
(¬α ∧ ¬β) ↔ (¬α ∨ γ) ¬β ∧ ¬γ
¬( (α ∨ γ) ↔ (β ∨ γ) ) ¬α ∧ β
(α → β) ∨ (¬α → γ) ¬β ∨ ¬ γ
( (α ∨ γ) → ¬(β ∧ γ) ) → (α ↔ β) β∨γ
(α → (α ∧ β)) ∨ γ ¬α ∨ β ∨ γ
(α → β) → β α
(α ↔ (β ↔ γ)) → (φ ↔ ϕ) (α ↔ β) → φ
(¬(¬α ∨ ¬β)) ∧ ((γ ∧ φ ∧ β) → θ) ∧ (¬(α ∨ θ) ∨ (γ ∧ φ)) θ
(α ∨ β) → (α → ¬γ) ⇔
¬((α ∨ β) ∧ ¬(α ∧ β) ∨ (¬α ∨ ¬γ) ⇔
(¬α ∧ ¬β) ∨ (α ∧ β) ∨ ¬α ∨ ¬γ ⇔
(¬α ∧ ¬β) ∨ ¬α ∨ (α ∧ β) ∨ ¬γ ⇔
¬α ∨ (α ∧ β) ∨ ¬γ ⇔
¬α ∨ β ∨ ¬γ
Como, ¬α ∨ β ∨ ¬γ ⇏ α ∧ β.
E, α ∧ β ⇒ ¬α ∨ β ∨ ¬γ.
Temos que, (α ∨ β) → (α → ¬γ) ⇏⇐ α ∧ β.
8
1.2 Cálculo Proposicional
Diz-se que uma wff está na forma normal (FN) quando contem somente os conectivos ¬, ∧
e ∨. Toda wff é logicamente equivalente a um wff na forma normal.
Exemplo 1.2.2 A wff ¬((α → β) → ¬(β → α)) não está na forma normal. Observe que, é
possı́vel obter pelo menos três formas normais equivalentes à wff dada.
Dada uma wfff qualquer é sempre possı́vel obter uma wff logicamente equivalente na FNC,
bastando seguir os seguintes passos.
9
1.2 Cálculo Proposicional
Analogamente, uma wff está na FND quando: Uma wff está na FNC quando:
Obtendo a FND:
Exercı́cios 1.2.3
(a) {¬, ∧}
(b) {¬, ∨}
(c) {¬, →}
(a) α ∧ β ∧ γ
(b) α ∨ β ∨ γ
(c) α → (β → γ)
(d) ¬(¬α → ¬β)
(e) ¬(α ∨ ¬β)
(f) ¬(¬α ∧ β)
(g) ¬(¬α ∨ ¬β)
(h) (α ∨ β) ∧ ¬α)
(i) (α → β) ∧ (¬α → β)
(j) ¬(α ∨ β) ∨ (¬α ∧ β)
(k) α ∧ (α ∨ β) ↔ α
(l) α ∨ (α ∧ β) ↔ α
10
1.2 Cálculo Proposicional
(m) α ∧ (α → β) ∧ (α → ¬β)
(n) α ∨ β
(o) α → β
(p) α ↔ β
(q) (α ∨ β) ↔ α
(r) (¬α ∧ β) ∨ β
(s) ¬(¬α ∨ ¬β)
(t) (α → β) ∧ ¬α
(u) (α → β) ∨ ¬α
(v) α ∨ (β ∨ γ)
(w) α ↔ ¬α
(x) (α → β) → β → (α ∨ β)
(y) (α → γ) ∧ (β ∨ γ) ∧ α ∧ β ∧ γ
(z) (¬(¬α → ¬γ)) ∨ (β → ¬γ)
1. Para todo i = 1, . . . , m,
(a) αi ∈ Γ ou
(b) αi foi obtida por aplicação de alguma das regras de inferência ou equivalência em
certas fórmulas αj , 1 ⩽ j < i, anteriores.
2. αm = β.
11
1.2 Cálculo Proposicional
α1 α → ¬β
α2 β
α3 ¬¬β → ¬α CP1
α4 β → ¬α DN3
α5 ¬α MP2,4
α1 α ∨ (β → γ)
α2 ¬γ
α3 β
α4 α ∨ (¬β ∨ γ) FDC1
α5 (α ∨ ¬β) ∨ γ AssocC4
α6 α ∨ ¬β SD2,5
α7 ¬¬β DN3
α8 α SD6,7
α1 α → ¬β
α2 γ→β
α3 ¬¬(α ∧ γ)
α4 α∧γ DN3
α5 α Simpl4
α6 ¬β MP1,5
α7 γ Simpl4
α8 β MP2,7
α9 ¬β ∧ β Conj6,8
α10 F PNC9
12
1.2 Cálculo Proposicional
Exercı́cios 1.2.7
13
1.2 Cálculo Proposicional
α1 α→β
α1 α→γ α2 β→γ
α2 β→δ α3 γ→δ
α3 ¬γ α4 ¬δ
(u) α4 (α ∨ β) ∧ (γ ∨ δ) (v) α5 α∨ϕ
α5 α∨β Simp 4 α6 α→γ SH 1,2
α6 γ∨δ DC 1, 2 e 5 α7 α→δ SH 3,6
α7 δ SD 3,6 α8 ¬α MT 4,7
α9 ϕ SD 5,8
α1 α→β
α2 β→γ
α3 δ → ¬γ
(x) α4 α
α5 β MP 1,4
α6 γ MP 2,5
α7 ¬δ MT 3,6
14
Capı́tulo 2
Teoria de Conjuntos
15
2.1 Conceitos Básicos
16
2.1 Conceitos Básicos
Exemplos 2.1.3
1. Sendo A = {0, 1, 2}, temos que 2A = {∅, {0}, {1}, {2}, {0, 1}, {0, 2}, {1, 2}, {0, 1, 2}}. Ob-
serve que, ∣A∣ = 3 e ∣2A ∣ = 8.
Números
N naturais
Z inteiros
Q racionais
I irracionais
R reais
C complexos
2.2 Operações
As operações (binárias) clássicas em conjuntos são união, interseção, diferença, complemento
e produto cartesiano.
A união de dois conjuntos A e B é o conjunto A ∪ B que contém todos os elementos do
conjunto A e todos os elementos do conjunto B. Assim, x ∈ A ∪ B quando x ∈ A ou x ∈ B.
A interseção de dois conjuntos A e B é o conjunto A ∩ B que contém todos os elementos
comuns aos conjuntos A e B, isto é, x ∈ A ∩ B quando x ∈ A e x ∈ B. Dois conjuntos A e B
são denominados disjuntos quando sua interseção é o conjunto vazio, ou seja, A ∩ B = ∅.
A diferença entre dois conjuntos A e B é o conjunto A − B que contém os elementos que
pertencem exclusivamente ao conjunto A. Desta forma, x ∈ A − B quando x ∈ A e x ∉ B.
Sejam conjuntos A e B tais que A ⊆ B, o complemento do conjunto A em relação
ao conjunto B é o conjunto ∁B A dos elementos que pertencem ao conjunto B mas não
pertencem ao conjunto A, i.e, x ∈ ∁B A se x ∉ A e x ∈ B.
Todos os conjuntos podem ser considerados como subconjuntos de um certo conjunto
prefixado denominado conjunto universo e denotado por U . Assim, o complemento de
um conjunto A ⊆ U é o conjunto Ā = U − A. Então, x ∈ Ā se e somente se x ∉ A.
O produto cartesiano de dois conjuntos A e B é o conjunto A × B cujos elementos são
todos os pares ordenados tais que a primeira ordenada é um elemento do conjunto A e a
segunda um elemento do conjunto B. Assim, (x, y) ∈ A × B quando x ∈ A e y ∈ B.
Devemos lembrar que dois pares ordenados são iguais quando as primeiras ordenadas são
iguais e as segundas também. Quando temos um produto cartesiano A ×⋅ ⋅ ⋅× A com n fatores
usamos a notação An .
17
2.2 Operações
1. A ∪ B = {a, b, c, d, e}
2. A ∩ B = {b}
3. A − B = {a} e B − A = {c, d, e}
4. B − C = ∅ e C − B = {a, f, g}
5. ∁C A = {c, d, e, f, g}
6. Ā = {c, . . . , z}
P
A=B B A
B
A
A
B
A ⊆ B A ∪ B
U
B
A
B A
B
CBA
A A
A
A ∩ B A -‐ B
18
2.2 Operações
2.3 Propriedades
Teorema 2.3.1 ∅ ⊆ A, para todo conjunto A.
Prova: (RAA) Vamos supor que existem dois conjuntos vazios ∅ ≠ ∅′ . Pelo teorema
anterior, ∅ ⊆ ∅′ e ∅′ ⊆ ∅. Então, ∅ = ∅′ . Contradição. Logo, o conjunto vazio é único.
Teorema 2.3.3 Seja A um conjunto finito com ∣A∣ = n, então ∣2A ∣ = 2n = ∑ni=0 (ni).
(A ∪ B) ∪ C = A ∪ (B ∪ C) e (A ∩ B) ∩ C = A ∩ (B ∩ C)
19
2.3 Propriedades
(A ∪ B) ∩ C = (A ∩ C) ∪ (B ∩ C) e A ∩ (B ∪ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
(A ∩ B) ∪ C = (A ∪ C) ∩ (B ∪ C) e A ∪ (B ∩ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C)
A∪A=A e A∩A=A
(A ∪ B) ∩ A = A e (A ∩ B) ∪ A = A
A ∪ Ā = U e A ∩ Ā = ∅
Ā¯ = A
A ∪ B = Ā ∩ B̄ e A ∩ B = Ā ∪ B̄
Prova:
1. x ∈ (A ∪ B) ∪ C ∴ x ∈ (A ∪ B) ∨ x ∈ C ∴ (x ∈ A ∨ x ∈ B) ∨ x ∈ C ∴ x ∈ A ∨ (x ∈ B ∨ x ∈ C)∴
x ∈ A ∪ (B ∪ C).
x ∈ (A ∩ B) ∩ C ∴ x ∈ (A ∩ B) ∧ x ∈ C ∴ (x ∈ A ∧ x ∈ B) ∧ x ∈ C ∴ x ∈ A ∧ (x ∈ B ∧ x ∈ C)∴
x ∈ A ∩ (B ∩ C).
2. x ∈ A ∪ B ∴ x ∈ A ∨ x ∈ B ∴ x ∈ B ∨ x ∈ A ∴ x ∈ B ∪ A.
x ∈ A ∩ B ∴ x ∈ A ∧ x ∈ B ∴ x ∈ B ∧ x ∈ A ∴ x ∈ B ∩ A.
20
2.3 Propriedades
Exercı́cios 2.3.7
3. Considere A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, B = {4, 5, 6, 7, 8, 9}, C = {2, 4, 6, 8}, D = {4, 5}, E = {5, 6}
e F = {4, 6}. Um conjunto G tal que G ⊆ A, G ⊆ B e G ⊆ C é algum dos conjuntos
dados?
(a) A = {x ∈ Z; x é ı́mpar e x2 = 4}
(b) B = {x ∈ Z; x + 9 = 9}
(c) C = {x ∈ Z; x ⩾ 0 e x2 < 1}
(d) D = {x ∈ Z; x2 < 1}
21
2.3 Propriedades
7. Dê exemplo de um conjunto infinito tal que exista função injetora entre este conjunto
e um de seus subconjuntos próprios.
11. Considere ∣A∣ = n e ∣B∣ = m. Para cada um dos itens, apresente condições para que seja
possı́vel estabelecer uma expressão matemática.
(a) ∣A ∩ B∣
(b) ∣A − B∣
(c) ∣ ∁B A∣
(d) ∣Ā∣
(a) A ⊈ B
(b) A ≠ B
(c) A ∪ B
(d) A ∩ B
(e) A ∪ B
(f) A ∪ B = A ∪ C, mas B ≠ C
(g) A ∪ B ⊂ A ∪ C, mas B ⊈ C
(h) A ∩ B ⊂ A ∩ C, mas B ⊈ C
(i) A ∩ B = A ∩ C, mas B ≠ C
13. Demonstre:
(a) (A ∪ B) ∩ Ā = B ∩ Ā
(b) A ∪ (Ā ∩ B) = A ∪ B
(c) A − B = A se, e somente se, A ∩ B = ∅
(d) A ∩ B = A − (A − B)
(e) A − (B ∩ C) = (A − B) ∪ (A − C)
22
2.3 Propriedades
(f) (A × B) × C = A × (B × C)
(g) (A ∪ B) × C = (A × C) ∪ (B × C)
(h) (A ∩ B) × (C ∩ D) = (A × C) ∩ (B × D)
23
Capı́tulo 3
3.1 Linguagem
3.1.1 Sintaxe
• Alfabeto
– Sı́mbolos de Parênteses: ( e )
– Sı́mbolos Conectivos: ¬, ∧, ∨, → e ↔
– Sı́mbolo de Igualdade: =
– Sı́mbolos de Variáveis: x, y, z, . . .
– Sı́mbolos de Constantes: a, b, c, . . .
– Sı́mbolos de Predicados: Para cada inteiro positivo n, um conjunto de sı́mbolos
denominados sı́mbolos de predicado n-ário, P, Q, R, . . . .
– Sı́mbolos de Funções: Para cada inteiro positivo n, um conjunto de sı́mbolos
denominados sı́mbolos de função n-ário, f, g, h, . . . .
– Sı́mbolos Quantificadores: universal ∀ e existencial ∃.
Exemplos 3.1.1
1. Linguagem de predicados
sı́mbolos de constantes: a, b, c
sı́mbolos de predicados: unário P e binário Q
2. Linguagem de teoria de conjuntos
sı́mbolo de constante: ∅
sı́mbolo de predicado binário: ∈
24
3.1 Linguagem
• Gramática
Uma expressão é qualquer sequência finita de sı́mbolos. Expressões lógicas são os
termos e as fórmulas (wff).
Os termos são os nomes da linguagem, são as expressões que podem ser interpretadas
como nomeando um objeto. Assim, podemos definir os termos da seguinte forma:
Os fórmulas podem ser entendidas como declarações sobre os objetos. Uma fórmula
atômica é uma expressão definida por:
1. a, b e c são termos,
P (a) e Q(a, c) são fórmulas atômicas e
(¬P (b)), (P (a) → Q(b, c)) e ∃xQ(x, a) são wffs.
2. ∅ é um termo,
x = ∅ e x ∈ y são fórmulas atômicas e
∀x∀y∃z∀t(t ∈ z ↔ (t = x ∨ t = y)) é wff.
25
3.1 Linguagem
3.1.2 Semântica
Vamos definir quando uma variável x ocorre livre em (OLE) uma wff γ:
Se um sı́mbolo de variável não ocorre livre na wff γ, diz-se que a variável está ligada ou
amarrada. Quando uma wff não tem sı́mbolos de variável livres, a wff γ é denominada uma
sentença. Devemos observar que os quantificadores têm a propriedade de ligar as variáveis
e deve-se ressaltar a importância da parentetização neste caso, pois eles definem o escopo
do quantificador.
Exemplo 3.1.3 Considere uma linguagem com dois sı́mbolos de predicados unários P e Q.
As wffs ∀x(P (x) → Q(x)) e (∀xP (x)) → (∀y Q(y)) são sentenças.
A variável x OLE (∀xP (x)) → Q(x).
Uma estrutura ou interpretação A para uma dada linguagem de 1a ordem é uma função
que atribui:
26
3.1 Linguagem
s(y) se y ≠ x
s(x∣d)(y) = {
d se y = x
Uma wff é γ é válida quando é verdadeira para todas as estruturas. Um conjunto de wffs
Γ implica logicamente uma wff α, Γ ⊧ α, quando para toda estrutura A para a linguagem
e para toda função s ∶ V → A, se A satisfaz cada elemento de Γ com s então A também
satisfaz α com s.
Exemplo 3.1.4
1. Wffs válidas:
2. Relacionando wffs:
27
3.1 Linguagem
Exercı́cios 3.1.5
1. Para cada uma das especificações, escolha uma linguagem e apresente wffs.
(a) f (f (v3 ))
(b) f (f (c))
(c) P (c, f (v1 ))
(d) ∀v1 P (c, v1 )
(e) ∀v1 P (v2 , v1 )
3. Para cada uma das wffs encontre uma estrutura em que ela é verdadeira e outra em
que é falsa.
28
3.1 Linguagem
(f) ∀x(P (x) ↔ Q(x)), ¬∀x(P (x) ↔ Q(x)) e ∀x¬(P (x) ↔ Q(x))
(g) ∃xP (x), ∃x¬P (x) e ¬∃xP (x)
(h) ∃x(P (x) ∧ Q(x)), ∃x(¬P (x) ∧ Q(x)), ¬∃x(P (x) ∧ Q(x)) e ∃x¬(P (x) ∧ Q(x))
(i) ∃x(P (x) ∨ Q(x)), ∃x(¬P (x) ∨ Q(x)), ¬∃x(P (x) ∨ Q(x)) e ∃x¬(P (x) ∨ Q(x))
(j) ∃x(P (x) ∨ Q(x)), ∃x(¬P (x) ∨ Q(x)), ¬∃x(P (x) ∨ Q(x)) e ∃x¬(P (x) ∨ Q(x))
(k) ∃x(P (x) → Q(x)), ∃x(¬P (x) → Q(x)), ∃x(P (x) → ¬Q(x)), ¬∃x(P (x) → Q(x)) e ∃x¬(P (x) → Q(x))
(l) ∃x(P (x) ↔ Q(x)), ¬∃x(P (x) ↔ Q(x)) e ∃x¬(P (x) ↔ Q(x))
29
3.2 Demonstrações em 1a Ordem
∀xα
α [x∣t] PU
Idéia: Se a wff ∀xα é verdadeira então pode-se substituir o sı́mbolo de variável x por
qualquer termo t que a wff α [x∣t] é também verdadeira.
A estrutura [Z, <] ⊭ ∃yP (y, y) já que a wff ∃y ∈ Z y < y não é verdadeira.
∃xα
α [x∣t] PE
30
3.2 Demonstrações em 1a Ordem
α
∀xα GU
Idéia: Se garantirmos que wff α é verdadeira e que o sı́mbolo de variável x pode ser
qualquer elemento do conjunto A, então podemos inserir um quantificador universal.
α
∀xα GU
Idéia: Se alguma coisa foi nomeada garantindo que a wff α seja verdadeira, então
podemos inserir um quantificador existencial.
Cuidado: A variável x não pode aparecer em α. Por exemplo, a partir da wff P (a, y)
não é possı́vel deduzir ∃yP (y, y), pois o argumento P (a, y) → ∃yP (y, y) não é válido
em qualquer estrutura. A estrutura [Z, 0, <] ⊧ 0 < y mas [Z, 0, <] ⊭ ∃y y < y.
1 ∀xP (x)
2 P (x) PU1
3 ∃xP (x) GE2
31
3.3 Solução de alguns exercı́cios
2. (a) f (f (v3 ))
s̄(f (f (v3 ))) = f A (f A (s̄(v3 ))) = f A (f A (s(v3 ))) = f A (f A (2))) = f A (2 + 1) = 4
3. (a) ∀x((P (x) ∨ Q(x)) ∧ ¬(P (x) ∧ Q(x))) ⊧â ∀x(P (x) ∨ Q(x))
Assim, a fórmula é satisfeita quando P A ∪ QA = A e P A ∩ QA = ∅. Por exemplo,
A = {2, 3, 4, 8, 9} com P A ∶ múltiplo de 2 e QA ∶ múltiplo de 3.
Já para A = N com P A ∶ múltiplo de 2 e QA ∶ múltiplo de 3, a wff não é satisfeita.
32
3.3 Solução de alguns exercı́cios
33
Capı́tulo 4
Álgebra de Boole
4.1 Definição
Uma álgebra de Boole (George Boole 1815-1864) é a estrutura [B, +, ⋅,′ ] sendo
+ 0 1 ⋅ 0 1 x x′
0 0 1 0 0 0 0 1
1 1 1 1 0 1 1 0
34
4.1 Definição
x x′
∅ {a, b}
{a} {b}
{b} {a}
{a, b} ∅
mmc 1 2 3 5 6 10 15 30 mdc 1 2 3 5 6 10 15 30 x x′
1 1 2 3 5 6 10 15 30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 30
2 2 2 6 10 6 10 30 30 2 1 2 1 1 2 2 1 2 2 15
3 3 6 3 15 6 30 15 30 3 1 1 3 1 3 1 3 3 3 10
5 5 10 15 5 30 10 15 30 5 1 1 1 5 1 5 5 5 5 6
6 6 6 6 30 6 30 30 30 6 1 2 3 1 6 2 3 6 6 5
10 10 10 30 10 30 10 30 30 10 1 2 1 5 2 10 1 10 10 3
15 15 30 15 15 30 30 15 30 15 1 1 3 5 1 5 15 15 15 2
30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 1 2 3 5 6 10 15 30 30 1
4.2 Propriedades
A partir dos axiomas da álgebra de Boole é possı́vel demonstrar que:
1. Idempotência: x + x = x
x + x = (x + x) ⋅ 1 = (x + x) ⋅ (x + x′ ) = x + (x ⋅ x′ ) = x + 0 = x
® ® ® ® ®
B3 B4 B5 B4 B3
3. Unicidade do complemento.
(RAA) Supor que x + y = 1 e x ⋅ y = 0 com y ≠ x′ .
y = 1⋅y = (x+x′ )⋅y = (x⋅y)+(x′ ⋅y) = 0+(x′ ⋅y) = (x′ ⋅x)+(x′ ⋅y) = x′ ⋅(x+y) = x′ ⋅1 = x′
® ® ® ® ® ® ® ®
B3 B4 B5 hip. B4 B5 hip. B3
4. Semiabsorção: x + (x′ ⋅ y) = x + y
x + (x′ ⋅ y) = (x + x′ ) ⋅ (x + y) = 1 ⋅ (x + y) = x + y
® ® ®
B5 B4 B3
5. x ⋅ (y + (x ⋅ z)) = (x ⋅ y) + (x ⋅ z)
x ⋅ (y + (x ⋅ z)) = (x ⋅ y) + (x ⋅ (x ⋅ z)) = (x ⋅ y) + (x ⋅ x ⋅ z) = (x ⋅ y) + (x ⋅ z)
® ® ®
B5 B1 Idemp.
35
4.2 Propriedades
1. x ⋅ x = x
2. x ⋅ 0 = 0
3. Involução: (x′ )′ = x
5. Absorção: x + (x ⋅ y) = x e x ⋅ (x + y) = x
6. x ⋅ (x′ + y) = x ⋅ y
7. x + (y ⋅ (x + z)) = (x + y) ⋅ (x + z)
8. (x + y) ⋅ (x′ + y) = y e (x ⋅ y) + (x′ ⋅ y) = y
10. (x + y) ⋅ (x + 1) = x + (x ⋅ y) + y e (x ⋅ y) + (x ⋅ 0) = x ⋅ (x + y) ⋅ y
11. (x + y) + (y ⋅ x′ ) = x + y e (x ⋅ y) ⋅ (y + x′ ) = x ⋅ y
13. ((x ⋅ y) ⋅ z) + (y ⋅ z) = y ⋅ z
36
4.2 Propriedades
14. (y ′ ⋅ x) + x + ((y + x) ⋅ y ′ ) = x
4.3 Reticulados
Um conjunto parcialmente ordenado (poset) [A, ≼] é composto por um conjunto não
vazio A e uma relação binária ≼ em A reflexiva, antissimétrica e transitiva, isto é, para
quaisquer x, y, z ∈ A,
• Reflexiva: x ≼ x.
• Antissimétrica: Se x ≼ y e y ≼ x então x = y.
• Transitiva: Se x ≼ y e y ≼ z então x ≼ z.
37
4.3 Reticulados
S1. x ≼ s e y ≼ s.
S2. se existir algum z ∈ A com x ≼ z e y ≼ z então s ≼ z.
i1. i ≼ x e i ≼ y.
i2. se existir algum z ∈ A com z ≼ x e z ≼ y então z ≼ i.
Notação: s = x ∨ y = x + y
i=x∧y =x⋅y
RD. x + (y ⋅ z) = (x + y) ⋅ (x + z) e x ⋅ (y + z) = (x ⋅ y) + (x ⋅ z).
Exercı́cio 4.3.2 Indique os diagramas de Hasse que representam álgebras de Boole, justifi-
cando.
38
4.4 Expressões, Formas e Funções
Uma função booleana é uma função f ∶ {0, 1}n → {0, 1} para algum n ≥ 1.
As possı́veis representações de uma função booleana são por uma tabela ou por um Mapa
de Karnaugh (Maurice Karnaugh 1924-). O mapa de Karnaugh é uma representação
matricial que armazena somente os valores 1 da função de modo que o produto de variáveis
de entrada que diferem apenas por um fator sejam adjacentes.
39
4.4 Expressões, Formas e Funções
x1 x2 f (x1 , x2 )
1 1 0 x1 x′1
1 0 1 x2 0 1
0 1 1 x′2 1 0
0 0 0
2. Seja a função f ∶ {0, 1}3 → {0, 1} tal que f (1, 1, 1) = f (1, 1, 0) = f (0, 1, 1) = f (0, 0, 1) = 1
e f (1, 0, 1) = f (1, 0, 0) = f (0, 1, 0) = f (0, 0, 0) = 0.
x1 x2 x3 f (x1 , x2 , x3 )
1 1 1 1
1 1 0 1
1 0 1 0 x1 x2 x1 x′2 x′1 x′2 x′1 x2
1 0 0 0 x3 1 1 1
0 1 1 1 x′3 1
0 1 0 0
0 0 1 1
0 0 0 0
Podemos associar a cada função booleana uma expressão. No exemplo anterior item 1, às
linhas 2 e 3 ficam associados os produtos fundamentais x1 x′2 e x′1 x2 , respectivamente. Assim,
a função fica associada à expressão booleana na forma normal
Para funções com um número maior de variáveis, o mapa é a representação mais sintética.
Considere o mapa a seguir.
40
4.4 Expressões, Formas e Funções
x=1 x=0
x1 = 1
x2 = 0
Esta combinação pode ser associada à operação boolena x + y e à porta lógica OU.
x1 x2 x1 + x2
1 1 1 x1 x1+x2
1 0 1
0 1 1 x2
0 0 0
41
4.5 Circuitos Lógicos
x1 = 1 x2 = 0 0
x1 x2 x1 . x2
1 1 1 x1 x1.x2
1 0 0
0 1 0 x2
0 0 0
• Um inversor (negação) corresponde à operação unária booleana ′ .
x1 x'1 x1 x'1
1 0
0 1
Observe que, circuitos podem ser associados a funções booleanas, isto é, a expressões
booleanas.
42
4.5 Circuitos Lógicos
a expressão booleana
fica associada
x1 x′2 x3 x4 + x1 x2 x′3 x′4 + x′1 x2 x′3 x′4 + x1 x′2 x′3 x4 .
4.6 Minimização
Considere a expressão do Exemplo 4.5.1
x1 x′2 x3 x4 + x1 x2 x′3 x′4 + x′1 x2 x′3 x′4 + x1 x′2 x′3 x4
e a manipulação algébrica:
α1 x1 x′2 x3 x4 + x1 x2 x′3 x′4 + x′1 x2 x′3 x′4 + x1 x′2 x′3 x4 = B2
α2 x1 x′2 x3 x4 + x1 x′2 x′3 x4 + x1 x2 x′3 x′4 + x′1 x2 x′3 x′4 = B5
α3 x1 x′2 x4 (x3 + x′3 ) + (x1 + x′1 )x2 x′3 x′4 = B4
α4 x1 x2 x4 1 + 1 x2 x3 x4 =
′ ′ ′
B3
α5 x1 x′2 x4 + x2 x′3 x′4
Cada uma das linhas desta manipulação é uma expressão booleana associada à mesma
função booleana. Tanto α1 quanto α5 estão na forma normal, e α5 é a forma simplificada
ou mı́nima de α1 .
Vamos tratar agora de minimização de circuitos através do mapa de Karnaugh. Devemos
agrupar todas as ocorrências adjacentes contendo uns de forma a obter a maior combinação
possı́vel. Assim reduziremos o número de parcelas na expressão.
43
4.6 Minimização
Observe que, tomar céluas adjacentes corresponde à simplicação algébrica com o uso dos
axiomas da distributividade, complementaridade e elemento neutro.
Finalmente, o circuito de Exemplo 4.5.1 é equivalente a um circuito menor.
x1
x2
x4
x2
x3
x4
Exemplo 4.6.1 Considere o mapa de Karnaugh com oito produtos fundamentais.
x1 x2 x1 x′2 x′1 x′2 x′1 x2
x3 x 4 1 1
x3 x′4 1 1
x′3 x′4 1 1
x′3 x4 1 1
Dois possı́veis agrupamentos de uns.
x′1 x′2 + x1 x′2 x3 x4 + x′1 x2 x3 x′4 + x1 x′2 x′3 x′4 + x′1 x2 x′3 x4
e
x′2 x3 x4 + x′1 x3 x′4 + x′2 x′3 x′4 + x′1 x′3 x4 .
2. Combine as células adjacentes que só podem ser agrupadas de um único modo formando
blocos de tamanho 2, se possı́vel.
3. Combine as células adjacentes que só podem ser agrupadas de um único modo formando
blocos de tamanho 4, se possı́vel.
44
4.6 Minimização
4. Combine as células adjacentes que só podem ser agrupadas de um único modo formando
blocos de tamanho 8, se possı́vel.
Exercı́cio 4.6.2 Indique a expressão boolena mı́nima para cada uma das funções indicadas
nos mapas de Karnaugh.
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1
45
4.7 Solução de alguns exercı́cios
4.7.2 Reticulados
4.7.3 Minimização
1 1 1 1
x3
1 1
x1 x2 x3 + x′1 x′2 + x′2 x′3
1 1
1 1
1 1
x2 x3 x4 + x′2 x′4 + x2 x′3 x4 ou . . .
1 1
1 1
1
1 1 1
x′1 x2 x3 + x′2 x3 x′4 + x1 x′2 x′4 ou . . .
1
1
1 1 1
x1 x′2 + x′2 x′4 + x′1 x3 x′4 + x1 x′3 x′4
1 1 1
1
46