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TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


TEXTO

Aprenda a chamar a polícia...

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando
1
sorrateiramente no quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma
silhueta passando pela janela do banheiro. Como minha casa era muito segura, com grades
nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu
não ia deixar um ladrão ali, 2espiando tranquilamente. Liguei baixinho para a polícia, informei a
situação e o meu endereço. 3Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no
interior da casa. 4Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto
para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível. Um minuto depois, liguei
de novo e disse com a voz calma: — Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu
quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12,
que tenho guardada em casa para estas situações. 5O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um
helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que
não perderiam isso por nada neste mundo. Eles prenderam o ladrão em 6flagrante, que ficava
olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa
do Comandante da Polícia. 7No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse: —
Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão. Eu respondi: — Pensei que tivesse dito que
não havia ninguém 8disponível.

Luís Fernando Veríssimo


Fonte: http://pensador.uol.com.br. Acessado em 21 Set. 2013.

1 [ 142034 ]. Com relação ao gênero textual, podemos afirmar que o texto


a) é um conto, porque tem como intenção comunicativa informar um fato verídico que
aconteceu na cidade do Rio de Janeiro.
b) é uma crônica, porque relata um fato do cotidiano.
c) é um romance, porque as ações têm locais bem definidos, como uma casa.
d) é uma reportagem jornalística, porque o público alvo são leitores de jornais.
e) é uma piada, porque tem como objetivo provocar riso no leitor através de metáforas.

2 [ 142033 ]. Com base no texto, pode-se afirmar como correto que o texto
a) aborda uma questão que acontece comumente nos grandes centros rurais, que é a invasão
da propriedade pública.
b) relata, com muita precisão, a eficiência da polícia em resolver problemas relacionados à
violência urbana.
c) apresenta, de forma irônica, um fato contraditório que é a falta de polícia para prender
bandidos e o excesso de policiais para prender um cidadão por ele supostamente ter matado
um ladrão.
d) narra um fato comum nos dias de hoje, que é as pessoas fazerem justiça com as próprias
mãos, como fez a personagem principal.
e) discute, com muita certeza, a relação entre autoridade policial, cidadãos, bandidos e direitos
humanos.

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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Vivendo e...

Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola de gude
conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar, quanto mais
jogá-la com a 1precisão que tinha quando era garoto. (...)

Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e


assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme o
posicionamento das mãos. Hoje não sei mais que jeito é esse. Eu sabia a 2fórmula de fazer
cola caseira. Algo envolvendo farinha e água e 3muita confusão na cozinha, de onde éramos
expulsos sob ameaças. Hoje não sei mais. A gente começava a contar depois de ver um
relâmpago e 11o número a que chegasse quando ouvia a trovoada, multiplicado por outro
número, dava a 4distância exata do relâmpago. Não me lembro mais dos números. (...)

12
Lembro o orgulho com que consegui, pela primeira vez, cuspir corretamente pelo espaço
adequado entre os dentes de cima e a ponta da língua de modo que o cuspe ganhasse
distância e pudesse ser mirado. Com prática, conseguia-se controlar a 5trajetória elíptica da
cusparada com uma 6mínima margem de erro. Era 7puro instinto. Hoje o mesmo feito requereria
8
complicados cálculos de balística, e eu provavelmente só acertaria a frente da minha camisa.
Outra 9habilidade perdida.

Na verdade, deve-se revisar aquela antiga frase. É vivendo e .................... . Não falo daquelas
13
coisas que deixamos de fazer porque não temos mais as condições físicas e a coragem de
antigamente, como subir em bonde andando – mesmo porque 14não há mais bondes andando.
Falo da sabedoria desperdiçada, das 10artes que nos abandonaram. Algumas até úteis. Quem
nunca desejou ainda ter o cuspe certeiro de garoto para acertar em algum alvo contemporâneo,
bem no olho, e depois sair correndo? Eu já.

Luís F. Veríssimo, Comédias para se ler na escola.

3 [ 122115 ]. A palavra que o cronista omite no título, substituindo-a por reticências, ele a
emprega no último parágrafo, na posição marcada com pontilhado. Tendo em vista o contexto,
conclui-se que se trata da palavra
a) desanimando.
b) crescendo.
c) inventando.
d) brincando.
e) desaprendendo.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 7 QUESTÕES:


Futebol de rua
Luís Fernando Veríssimo

Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio. (I) Mas existe um tipo de futebol ainda mais
rudimentar do que a pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de rua qualquer pelada é luxo
e qualquer terreno baldio é o Maracanã em jogo noturno. (II) Se você é homem, brasileiro e
criado em cidade, sabe do que eu estou falando. (III) Futebol de rua é tão humilde que chama
pelada de senhora. Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, botou num papel as
regras do futebol de rua. Elas seriam mais ou menos assim:

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DA BOLA – A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol
serve. No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a
merendeira do seu irmão menor, que sairá correndo para se queixar em casa. (...)

DAS GOLEIRAS – As goleiras podem ser feitas com, literalmente, o que estiver à mão. Tijolos,
paralelepípedos, camisas emboladas, os livros da escola, a merendeira do seu irmão menor, e
até o seu irmão menor, apesar dos seus protestos. (IV) Quando o jogo é importante,
recomenda-se o uso de latas de lixo. Cheias, para aguentarem o impacto. (...)

DO CAMPO – O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, calçada, rua e a
calçada do outro lado e – nos clássicos – o quarteirão inteiro. O mais comum é jogar-se só no
meio da rua.

DA DURAÇÃO DO JOGO – (V) Até a mãe chamar ou escurecer, o que vier primeiro. Nos jogos
noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.

DO JUIZ – Não tem juiz.


(...)

DAS SUBSTITUIÇÕES – Só são permitidas substituições:


a) No caso de um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer a lição.
b) Em caso de atropelamento.

DO INTERVALO PARA DESCANSO – Você deve estar brincando.

DA TÁTICA – Joga-se o futebol de rua mais ou menos como o Futebol de Verdade (que é
como, na rua, com reverência, chamam a pelada), mas com algumas importantes variações. O
goleiro só é intocável dentro da sua casa, para onde fugiu gritando por socorro. É permitido
entrar na área adversária tabelando com uma Kombi. Se a bola dobrar a esquina é córner*.

DAS PENALIDADES – A única falta prevista nas regras do futebol de rua é atirar um adversário
dentro do bueiro. É considerada atitude antiesportiva e punida com tiro indireto.

DA JUSTIÇA ESPORTIVA – Os casos de litígio serão resolvidos no tapa.

*córner = escanteio
(Publicado em Para Gostar de Ler. v.7. SP: Ática, 1981)

4 [ 112156 ]. Quanto à pontuação do texto, leia as proposições abaixo.

I. Em “Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, botou num papel as regras do
futebol de rua”, as vírgulas delimitam o adjunto adverbial de tempo e de causa
respectivamente.
II. Em “usa-se qualquer coisa que role”, a ausência de vírgula antes do “que” dá ideia de
explicação.
III. Em “...seu irmão menor, que sairá correndo para se queixar em casa”, a vírgula antes do
“que” restringe, especifica quem é “o irmão menor”.
IV. Em “Tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, os livros da escola, a merendeira do seu
irmão menor”, as vírgulas separam os núcleos do sujeito composto desse período.
V. Em “Se a bola dobrar a esquina é córner”, deveria haver uma vírgula separando a oração
subordinada da principal.

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Estão corretas, apenas:


a) I e II
b) II, III e IV
c) II, IV e V
d) III, IV e V
e) I e V

5 [ 112126 ]. A crônica apresenta uma linguagem leve, com toque humorístico. Assinale a
alternativa cujo enunciado do texto NÃO apresenta humor.
a) Pelada é o futebol de campinho (...). Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar do
que a pelada. É o futebol de rua.
b) DA BOLA – A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol
serve.
c) DAS GOLEIRAS – As goleiras podem ser feitas com (...) a merendeira do seu irmão menor,
e até o seu irmão menor.
d) Só são permitidas substituições: a) No caso de um jogador ser carregado para casa pela
orelha para fazer a lição.
e) DA JUSTIÇA ESPORTIVA – Os casos de litígio serão resolvidos no tapa.

6 [ 112154 ]. Releia o texto e observe os conectivos destacados. Marque a alternativa em que


as relações semânticas estabelecidas no texto estão indicadas corretamente.
a) Em (I), a conjunção “mas” compara a pelada ao futebol de rua.
b) Em (II), a conjunção “se” indica as condições para o conhecimento do fato.
c) Em (III), o conectivo “tão...que” introduz a causa de a pelada ser humilde.
d) Em (IV), a conjunção “quando” dá ideia de temporalidade.
e) Em (V), a conjunção “ou” dá ideia de adição e alternância.

7 [ 112119 ]. A crônica é um gênero literário que trata de uma temática do cotidiano, como o
futebol. Quanto à abordagem dada a esse tema, o texto
a) faz uma comparação entre o futebol de rua e a pelada, depreciando a segunda.
b) informa que é uma prática desportiva exclusiva das cidades do Brasil.
c) retrata a brincadeira e a liberdade das crianças ao jogarem o futebol de rua.
d) afirma que o futebol de rua é o Futebol de Verdade, por ser jogado de forma espontânea.
e) explica por que as mães, os vizinhos e crianças não gostam do futebol de rua.

8 [ 112160 ]. Releia o período a seguir, retirado do texto:

“O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, calçada, rua e a calçada do outro
lado e – nos clássicos – o quarteirão inteiro.”

Quanto aos recursos expressivos desse enunciado, pode-se considerar que


a) há hipérbole no uso do termo “quarteirão”, pois são apenas algumas ruas do bairro.
b) há uma gradação dos espaços utilizados para o futebol de rua, do menor para o maior.
c) há metáfora em “clássicos”, pois se comparam os jogos implicitamente aos famosos autores
da literatura.
d) há ironia na expressão “fio da calçada”, pois é impossível jogar futebol nesse espaço.
e) há uma hipérbole nos termos indicadores de espaço, pois o futebol pode ocupar todo a rua e
o bairro.

9 [ 112124 ]. Considerando o tipo textual d crônica, analise as proposições abaixo.


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I. É um texto descritivo que indica as características e os elementos envolvidos em um jogo de


futebol de rua.
II. Trata-se de um texto injuntivo (instrucional), caracterizado por verbos no modo imperativo,
que indicam como se deve jogar o futebol de rua.
III. Possui sequências narrativas que contam o desenvolvimento de um jogo de futebol de rua.
IV. É um texto predominantemente argumentativo, pois o autor de forma irônica defende uma
opinião sobre o futebol de rua.
V. Apresenta sequências injuntivas, pois se assemelha a um manual de instruções que explica
as regras do futebol de rua.

Estão corretas, apenas:


a) I, II e V
b) I, III e V
c) II e III
d) II e IV
e) III, IV e V

10 [ 112164 ]. Em relação ao registro linguístico usado na crônica, assinale a alternativa


correta.
a) A linguagem é formal, como se verifica pela presença de um termo estrangeiro – córner.
b) A linguagem é informal, visto que o texto é permeado de gírias, como “pelada”.
c) A linguagem é culta, dado o uso de termos jurídicos como “litígio” e “penalidades”.
d) A linguagem é coloquial, uma vez que predomina o vocabulário comum, do dia a dia.
e) A linguagem é rebuscada, dada a presença de termos eruditos - “esférica” e “reverência”.

11 [ 162062 ]. Com base na obra Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, assinale a


alternativa correta que completa as lacunas da frase a seguir.

Trata-se de __________ que retoma elementos contidos em autos medievais e da literatura


__________ para exaltar os humildes e satirizar os poderosos e __________ que se
preocupam apenas com questões materiais.
a) um romance – modernista – cristãos
b) uma peça teatral – de cordel – os religiosos
c) filme – clássica – magistrados
d) um conto – regionalista – políticos

12 [ 135630 ]. Cordel resiste à tecnologia gráfica

O Cariri mantém uma das mais ricas tradições da cultura popular. É a literatura de cordel, que
atravessa os séculos sem ser destruída pela avalanche de modernidade que invade o sertão
lírico e telúrico. Na contramão do progresso, que informatizou a indústria gráfica, a Lira
Nordestina, de Juazeiro do Norte, e a Academia dos Cordelistas do Crato conservam, em suas
oficinas, velhas máquinas para impressão dos seus cordéis.

A chapa para impressão do cordel é feita à mão, letra por letra, um trabalho artesanal que dura
cerca de uma hora para confecção de uma página. Em seguida, a chapa é levada para a
impressora, também manual, para imprimir. A manutenção desse sistema antigo de impressão
faz parte da filosofia do trabalho. A outra etapa é a confecção da xilogravura para a capa do
cordel.

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As xilogravuras são ilustrações populares obtidas por gravuras talhadas em madeira. A origem
da xilogravura nordestina até hoje é ignorada. Acredita-se que os missionários portugueses
tenham ensinado sua técnica aos índios, como uma atividade extra-catequese, partindo do
princípio religioso que defende a necessidade de ocupar as mãos para que a mente não fique
livre, sujeita aos maus pensamentos, ao pecado. A xilogravura antecedeu ao clichê, placa
fotomecanicamente gravada em relevo sobre metal, usualmente zinco, que era utilizada nos
jornais impressos em rotoplanas.

VICELMO, A. Disponível em: www.onordeste.com. Acesso em: 24 fev. 2013 (adaptado).

A estratégia gráfica constituída pela união entre as técnicas da impressão manual e da


confecção da xilogravura na produção de folhetos de cordel
a) realça a importância da xilogravura sobre o clichê.
b) oportuniza a renovação dessa arte na modernidade.
c) demonstra a utilidade desses textos para a catequese.
d) revela a necessidade da busca das origens dessa literatura.
e) auxilia na manutenção da essência identitária dessa tradição popular.

13 [ 123778 ]. A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons
narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou
deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande
inocência. Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de
comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta
como um furador.

(Carta de Pero Vaz de Caminha. www.dominiopublico.com.br. Acesso em: 04.12. 2012.)

O trecho acima pertence a um dos primeiros escritos considerados como pertencentes à


literatura brasileira. Do ponto de vista da evolução histórica, trata-se de literatura
a) de informação.
b) de cordel.
c) naturalista.
d) ambientalista.
e) árcade.

14 [ 131630 ]. O cordelista por ele mesmo

Aos doze anos eu era


forte, esperto e nutrido.
Vinha do Sítio de Piroca
muito alegre e divertido
vender cestos e balaios
que eu mesmo havia tecido.

Passava o dia na feira


e à tarde regressava
levando umas panelas
que minha mãe comprava
e bebendo água salgada
nas cacimbas onde passava.

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BORGES, J. F. Dicionário dos sonhos e outras histórias de cordel. Porto Alegre: LP&M, 2003
(fragmento).

Literatura de cordel é uma criação popular em verso, cuja linguagem privilegia, tematicamente,
histórias de cunho regional, lendas, fatos ocorridos para firmar certas crenças e ações
destacadas nas sociedades locais. A respeito do uso das formas variantes da linguagem no
Brasil, o verso do fragmento que permite reconhecer uma região brasileira é
a) “muito alegre e divertido”.
b) “Passava o dia na feira”.
c) “levando umas panelas”.
d) “que minha mãe comprava”.
e) “nas cacimbas onde passava”.

15 [ 108642 ]. A discussão sobre “o fim do livro de papel” com a chegada da mídia eletrônica
me lembra a discussão idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. Os folhetos talvez
não existam mais daqui a 100 ou 200 anos, mas, mesmo que isso aconteça, os poemas de
Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuarão sendo publicados e lidas
— em CD-ROM, em livro eletrônico, em chips quânticos”, sei lá o quê. O texto é uma espécie
de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos variados: página impressa, livro em Braille,
folheto, “coffee-table book’, cópia manuscrita, arquivo PDF... Qualquer texto pode se reencarnar
nesses (e em outros) formatos, não importa se é Moby Dick ou Viagem a São Saruê, se é
Macbeth ou O livro de piadas de Casseta & Planeta.

TAVARES, B. Disponível em: http://jornaldaparaiba.globo.com

Ao refletir sobre a possível extinção do livro impresso e o surgimento de outros suportes em via
eletrônica, o cronista manifesta seu ponto de vista, defendendo que

a) o cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo, que será extinto com o avanço da
tecnologia.
b) o livro impresso permanecerá como objeto cultural veiculador de impressões e de valores
culturais.
c) o surgimento da mídia eletrônica decretou o fim do prazer de se ler textos em livros e
suportes impressos.
d) os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em novas tecnologias, mesmo que os
livros desapareçam.
e) os livros impressos desaparecerão e, com eles, a possibilidade de se ler obras literárias dos
mais diversos gêneros.

16 [ 172788 ]. Solicito os reparos que se digne dar-me, a mim, servo do senhor, recente
amigo, mas companheiro no amor da ciência, de seus transviados acertos e de seus esbarros
titubeados. Sim?

No trecho final do conto “O espelho”, de João Guimarães Rosa, observa-se a ênfase de um


recurso utilizado em todo o texto.

Esse recurso produz o seguinte efeito:


a) revisão de uma postura
b) insinuação de um segredo
c) confissão de uma fraqueza

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d) encenação de um diálogo

17 [ 177780 ]. Considere o trecho a seguir.

[...]

O menino ouviu a narrativa de um arqueiro que passou anos e anos treinando a arte do arco e
flecha, até se tornar um especialista. Ao chegar a uma reunião com outros arqueiros, encontrou
uma extensa parede com inúmeros alvos – e flechas cravadas bem no centro deles. O arqueiro
ficou impressionado. Não acreditava que uma única pessoa havia feito aquilo. Era uma proeza.
Uma multidão de flechas milimetricamente no centro dos alvos, quem realizou aquele feito?
Havia um garotinho perto dos alvos e o arqueiro perguntou: “Você sabe quem lançou essas
flechas?”. E o garoto disse: “Sim, fui eu”. O arqueiro não conseguia acreditar. Como assim?
Aquele garotinho era o responsável por tamanha façanha? Então o menino contou como fez
aquilo: “Primeiro eu jogo a flecha e depois pinto o alvo ao redor”. [...]

Disponível em: <http://observatoriodasjuventudes.pucpr.br/2015/07/28>. Acesso em: 13/06/17.


(Excerto).

Os ditados populares e provérbios têm a propriedade de sintetizar interpretações sobre fatos da


vida cotidiana, geralmente ilustrados por narrativas que contêm quebras de expectativa.
Considerando essas informações, o possível provérbio que melhor sintetiza o texto é
a) Não adianta chorar sobre o leite derramado.
b) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
c) Cada macaco no seu galho.
d) Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
e) Em terra de cego, quem tem um olho é rei.

18 [ 176161 ]. «Daí a pouco estaria removido o obstáculo. Camilo fechava os olhos, pensava
em outras coisas, mas a voz do marido sussurrava-lhe às orelhas as palavras da carta: “Vem,
já, já…”. E ele via as contorções do drama e tremia. A casa olhava para ele. As pernas queriam
descer e entrar. Camilo achou-se diante de um longo véu opaco… pensou rapidamente no
inexplicável de tantas coisas. A voz da mãe repetia-lhe uma porção de casos extraordinários; e
a mesma frase do príncipe de Dinamarca reboava-lhe dentro: “Há mais coisas no céu e na terra
do que sonha a filosofia…”.

(MACHADO DE ASSIS. Obras completas em quatro volumes, volume 2. São Paulo: Editora
Nova Aguilar, 2015, p. 438)

Considerando a sentença do texto: A casa olhava para ele, assinale a opção em que há
perfeita correspondência de figura de linguagem.
a) Aliteração: repetição ordenada do mesmo som consonantal.
b) Assonância: repetição ordenada do mesmo som vocálico.
c) Personificação: atribuir características humanas a não humanos.
d) Catacrese: nomear algo com um termo tomado de outra coisa.
e) Antítese: aproximação de termos contrários.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


O poder criativo da imperfeição

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Já escrevi sobre como nossas teorias científicas sobre o mundo são aproximações de
uma realidade que podemos compreender apenas em parte. 1Nossos instrumentos de
pesquisa, que tanto ampliam nossa visão de mundo, têm necessariamente limites de precisão.
Não há dúvida de que Galileu, com seu telescópio, viu mais longe do que todos antes dele.
Também não há dúvida de que hoje vemos muito mais longe do que Galileu poderia ter
sonhado em 1610. E certamente, em cem anos, nossa visão cósmica terá sido ampliada de
forma imprevisível.
No avanço do conhecimento científico, vemos um conceito que tem um papel
essencial: simetria. Já desde os tempos de Platão, 2há a noção de que existe uma linguagem
secreta da natureza, uma matemática por trás da ordem que observamos.
Platão – e, com ele, muitos matemáticos até hoje – acreditava que os conceitos
matemáticos existiam em uma espécie de dimensão paralela, acessível apenas através da
razão. Nesse caso, os teoremas da matemática (como o famoso teorema de Pitágoras) existem
como verdades absolutas, que a mente humana, ao menos as mais aptas, pode
ocasionalmente descobrir. Para os platônicos, 3a matemática é uma descoberta, e não uma
invenção humana.
Ao menos no que diz respeito às forças que agem nas partículas fundamentais da
matéria, a busca por uma teoria final da natureza é a encarnação moderna do sonho platônico
de um código secreto da natureza. As teorias de unificação, como são chamadas, visam
justamente a isso, formular todas as forças como manifestações de uma única, com sua
simetria abrangendo as demais.
Culturalmente, é difícil não traçar uma linha entre as fés monoteístas e a busca por
uma unidade da natureza nas ciências. Esse sonho, porém, é impossível de ser realizado.
Primeiro, porque nossas teorias são sempre temporárias, passíveis de ajustes e
revisões futuras. Não existe uma teoria que possamos dizer final, pois 4nossas explicações
mudam de acordo com o conhecimento acumulado que temos das coisas. Um século atrás, um
elétron era algo muito diferente do que é hoje. Em cem anos, será algo muito diferente outra
vez. Não podemos saber se as forças que conhecemos hoje são as únicas que existem.
Segundo, porque nossas teorias e as simetrias que detectamos nos padrões regulares
da natureza são em geral aproximações. Não existe uma perfeição no mundo, apenas em
nossas mentes. De fato, quando analisamos com calma as “unificações” da física, vemos que
são aproximações que funcionam apenas dentro de certas condições.
O que encontramos são assimetrias, imperfeições que surgem desde as descrições
das propriedades da matéria até as das moléculas que determinam a vida, as proteínas e os
ácidos nucleicos (RNA e DNA). Por trás da riqueza que vemos nas formas materiais,
encontramos a força criativa das imperfeições.

MARCELO GLEISER
Adaptado de Folha de São Paulo, 25/08/2013.

19 [ 172786 ]. Marcelo Gleiser, em “O poder criativo da imperfeição”, formula uma tese a


respeito da relação entre ciência e realidade. O narrador do conto “O espelho”, de João
Guimarães Rosa, estabelece reflexões acerca do conhecimento que dialogam com essa tese.

O trecho do conto que melhor sintetiza esse diálogo é:


a) porque vivemos, de modo incorrigível, distraídos das coisas mais importantes.
b) a espécie humana peleja para impor ao latejante mundo um pouco de rotina e lógica,
c) primeiro a humanidade mirou-se nas superfícies de água quieta, lagoas, lameiros, fontes,
d) Vejo que começa a descontar um pouco de sua inicial desconfiança, quanto ao meu são
juízo.

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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


A(s) questão(ões) a seguir refere(m)-se ao trecho inicial do conto “A aranha”, do escritor e
jornalista paulista Orígenes Lessa (1903-1986).

− Quer assunto para um conto? – perguntou o Eneias, cercando-me no corredor.


Sorri.
− Não, obrigado.
− Mas é assunto ótimo, verdadeiro, vivido, acontecido, interessantíssimo!
− Não, não é preciso... Fica para outra vez...
− Você está com pressa?
− Muita!
− Bem, de outra vez será. 1Dá um conto estupendo. E com esta vantagem: aconteceu... É só
florear um pouco.
2
− Está bem...Então...até logo...Tenho que apanhar o elevador...
3
Quando me despedia, surge um terceiro. Prendendo-me à prosa. Desmoralizando-me a
pressa.
− Então, que há de novo?
− Estávamos batendo papo... Eu estava cedendo, de graça, um assunto notável para um
conto. Tão bom, que até comecei a esboçá-lo, 4há tempos. Mas conto não é gênero meu −
continuou o Eneias, os olhos azuis transbordando de generosidade.
5
− Sobre o quê? − perguntou o outro.
Eu estava frio. Não havia remédio. Tinha que ouvir, mais uma vez, o assunto.
− Um caso passado. Conheceu o Melo, que foi dono de uma grande torrefação aqui em São
Paulo, e tinha uma ou várias fazendas pelo interior?
Pergunta dirigida a mim. Era mais fácil concordar.

(In: Omelete em Bombaim, 1946. Disponível em: www.academia.org.br)

20 [ 178961 ]. É correta a seguinte observação:


a) O fragmento transcrito mostra que essa narrativa reproduz uma cena bastante curta como se
fosse captada mecanicamente por um cinegrafista, sem a presença da subjetividade de um
narrador.
b) A narrativa que se caracteriza pelo ritmo acelerado, em decorrência da grande presença da
fala direta entre personagens, conta com a presença de um narrador que, onisciente, faz
algumas intromissões no relato.
c) Em relato realizado estritamente por meio de diálogos, as informações são transmitidas ao
leitor pelo que falam ou fazem as personagens que participam da cena representada.
d) O trecho é metalinguístico, pois uma personagem, Eneias, centra seu interesse em
convencer, com fundamentos, um contista a escrever sobre fatos verídicos; o objetivo da
personagem é legítimo, porque a veracidade do fato narrado é que caracteriza a narrativa
como literária.
e) No conto, os comentários de Eneias permitem compreender o que esta personagem entende
que seja um conto, demonstrando seu desconhecimento de que, numa produção literária, a
forma não constitui simples ornamento, mas produz sentidos.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


A imigrante italiana que se formou em nutrição aos 87 anos escreveu o TCC inteiro à
mão

Os cabelos brancos de Luísa Valencic Ficara contrastaram com a 1juventude dos


colegas durante 2sua formatura. Nascida na 3Itália, Luísa imigrou para a América do Sul durante

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a Segunda Guerra Mundial, viveu em três países sul-americanos e se estabeleceu em Jundiaí,


no interior de São Paulo. Aos 87 anos, ela acaba de se formar em nutrição.
Dona Luísa, como é conhecida, vive na 4cidade há 40 anos. Após o falecimento do
marido e de sua irmã, ela decidiu voltar a estudar para se manter ocupada. Foi assim que
surgiu a ideia de se matricular no curso de nutrição do Centro Universitário Padre Anchieta. A
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graduação foi concluída após seis anos de estudos, com um TCC sobre a cana-de-açúcar no
Brasil. Segundo informações do 6Grupo Anchieta, 7todo o trabalho foi escrito à mão. Colegas,
professores e funcionários da 8instituição ajudaram com a parte da digitação, configuração e
impressão do trabalho, para apoiar Dona Luísa.
Mas a graduação não é o limite para a idosa. Ela, que também frequenta aulas de
alemão, inglês e francês, já está pensando em ingressar em um curso de pós-graduação para
continuar estudando, segundo contou ao G1.

Disponível em: http://www.hypeness.com.br/2017/09/aimigrante-italiana-que-se-formou-em-


nutricaoaos-87-anos-escreveu-o-tcc-inteiro-a-mao/. Acesso: 23/9/17.

21 [ 179260 ]. O texto acima, embora classificado como um gênero jornalístico “notícia”,


apresenta muitas características do
a) gênero biográfico, por narrar eventos históricos da vida de uma pessoa, fazendo um
percurso cronológico dos momentos mais importantes de sua vida.
b) gênero literário “conto”, por se caracterizar por uma estrutura curta, apresentando uma trama
central com narrador, personagens e enredo bem definidos.
c) gênero publicitário “anúncio”, por querer fazer propaganda de instituições de ensino superior
no Brasil que aceitam idosos como aluno.
d) gênero de autoajuda, por procurar aconselhar as pessoas mais velhas a ainda terem
esperança para realizar os seus sonhos a partir do seu esforço e persistência.

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Gabarito:

Resposta da questão 1:
[B]

O texto trata de um assunto cotidiano, que é como a polícia lida com casos de violência nas
cidades. A partir disso, constrói uma crítica baseada na ironia com que narra um desses casos.
Tem-se, portanto, uma crônica.

Resposta da questão 2:
[C]

No texto, vemos alguns diálogos entre um policial e um homem que sofre um assalto. No último
deles, o policial questiona o homem sobre o fato dele ter dito que matou o ladrão. O homem
então rebate, de maneira irônica “pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível˜,
aludindo ao fato de antes o policial ter dito que não havia viaturas disponíveis para conter o
ladrão. Assim, ele ironiza o fato de que quando chama a polícia para prender um ladrão ela não
está disponível, mas quando a chama dizendo que matou este mesmo ladrão, ela passa a
estar disponível com várias viaturas.

Resposta da questão 3:
[E]

Depois de enumerar uma série de habilidades perdidas ao longo do tempo, o cronista sugere a
revisão da frase “vivendo e aprendendo” para substituí-la por “vivendo e desaprendendo” como
se refere em [E].

Resposta da questão 4:
[E]

É inadequado o que se afirma em II, pois a ausência de vírgula antes de “que”, na frase: “usa-
se qualquer coisa que role”, especifica a expressão mencionada anteriormente: “qualquer
coisa”. Também são incorretas as proposições III e IV, já que a vírgula antes de “que”, em: “...
seu irmão menor, que sairá correndo para se queixar em casa” inicia uma oração subordinada
adjetiva com função explicativa, e as vírgulas em “Tijolos, paralelepípedos, camisas
emboladas, os livros da escola, a merendeira do seu irmão menor” separam os núcleos do
adjunto adverbial de instrumento. Assim, é correta a opção [E].

Resposta da questão 5:
[A]

A frase da opção [A] não apresenta humor, pois nela o autor compara objetivamente dois tipos
de jogo de futebol: pelada e futebol de rua. Sugerir que a bola pode ser qualquer coisa
remotamente esférica, as goleiras formadas com a merendeira do irmão ou até mesmo com o
próprio irmão, explicar que as substituições acontecem com a saída forçada do jogador para
fazer a lição de casa e que os litígios são resolvidos à bofetada conferem humor ao texto.

Resposta da questão 6:
[B]

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As relações semânticas estabelecidas pelas conjunções são incorretamente indicadas nas


opções:

[A] – a conjunção “mas” expressa adversidade;


[C] – a locução conjuntiva “tão…que” indica consequência;
[D] – a conjunção “quando”, comumente relacionada com temporalidade, estabelece, no
contexto, relação de condição;
[E] – a conjunção “ou” dá ideia de alternância, não de adição.

Assim, é correta a alternativa [B].

Resposta da questão 7:
[C]

Em linguagem informal e com muito humor, a crônica de Luís Fernando Veríssimo descreve
uma das brincadeiras mais apreciadas dos garotos e a liberdade com que se joga o futebol de
rua.

Resposta da questão 8:
[B]

Depois de afirmar que “Perto do futebol de rua qualquer pelada é luxo e qualquer terreno baldio
é o Maracanã em jogo noturno”, Luís Fernando Veríssimo estabelece uma gradação crescente
ao definir os espaços utilizados para o futebol de rua que podem ser reduzidos (“só até o fio da
calçada”), mais amplos (“calçada e rua, calçada, rua e a calçada do outro lado”) ou até ocupar
uma grande área (“o quarteirão inteiro”).

Resposta da questão 9:
[B]

São incorretas as proposições II e IV, pois nem o texto, apesar de injuntivo (modalidade
discursiva que tem por finalidade instruir acerca de um determinado assunto), apresenta verbos
no imperativo, nem argumentos que referendem a opinião do autor.

Resposta da questão 10:


[D]

O cronista usa linguagem informal e coloquial, mencionadas nas opções [B] e [D]. No entanto,
a palavra “pelada” não é uma gíria, mas, sim, um termo que faz parte da linguagem popular, de
uso comum, para designar uma partida de futebol amador realizada em local improvisado, o
que elimina a opção [B] e valida a [D].

Resposta da questão 11:


[B]

A única alternativa correta é a [B]. A primeira lacuna deve ser preenchida por “peça teatral”, o
que já é sugerido pelo título da obra, que contém a palavra “auto”, isto é, uma composição
teatral de caráter dramático, com personagens geralmente alegóricos. Na segunda lacuna, a
opção correta é “de cordel”, uma literatura tipicamente nordestina. Já a terceira lacuna deve ser
preenchida por “os religiosos”, já que a obra faz uma crítica à moral religiosa.

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Resposta da questão 12:


[E]

[A] O texto só se refere ao clichê para dizer que este é posterior à xilogravura.
[B] O texto fala exatamente o contrário: que o cordel não mudou a sua técnica original.
[C] Alternativa sem correspondência com o contexto apresentado.
[D] Alternativa sem correspondência com o contexto apresentado.
[E] Correta. Ao manter o passo a passo da técnica originalmente utilizada para a confecção do
cordel, manteve-se uma tradição, uma identidade.

Resposta da questão 13:


[A]

A Carta de Pero Vaz de Caminha é o primeiro documento escrito da história do Brasil. Nela, o
autor registrou as suas impressões sobre a nova terra, com a intenção de informar ao rei o
“achamento” e apresentar-lhe o que encontrou, em linguagem objetiva e com grande
quantidade de detalhes sobre fauna, flora e habitantes. Por isso, está vinculada à literatura dos
viajantes ou dos cronistas, também chamada de informação, como mencionado em [A].

Resposta da questão 14:


[E]

Dentre as alternativas apresentadas, “cacimba” é o único vocábulo de cunho regional, de


origem africana; seu significado é “poço”.

Resposta da questão 15:


[D]

Segundo o autor, o texto é eterno (“O texto é uma espécie de alma imortal,”),
independentemente do formato em que é difundido: “página impressa, livro em Braille, folheto,
‘coffee-table book’, cópia manuscrita, arquivo PDF”.

Resposta da questão 16:


[D]

Ao longo de todo o texto, o narrador encena um diálogo com o leitor. Esse recurso também é
visto no trecho final do conto, quando o narrador questiona “Sim?”, como se buscasse uma
confirmação de seu leitor.

Resposta da questão 17:


[E]

Inicialmente, tem-se a impressão de que o menino acertou o alvo perfeitamente, sendo um


arqueiro bastante preciso ao realizar tal proeza. No entanto, ao final do excerto vemos que, na
verdade, ele apenas disparou a flecha e, depois, pintou o alvo ao redor. Assim, em um cenário
em que ninguém consegue enxergar a realidade (que o menino pintou o alvo ao invés de
acertá-lo), o menino acaba tornando-se alguém respeitável e admirável por sua aparente
proeza. O provérbio “em terra de cego, quem tem um olho é rei” também brinca com essa ideia:
coloca que aqueles que têm um olho só, no meio de vários cegos, acabam destacando-se por
conseguirem enxergar.

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Resposta da questão 18:


[C]

Há personificação, pois o objeto “casa” adquire a característica humana de olhar.

Resposta da questão 19:


[B]

No texto, Marcelo Gleiser apresenta a tese de que a ciência é aproximada, ou seja, embora
busque abarcar a realidade, não é capaz de compreendê-la inteiramente, sendo obrigada a
realizar aproximações. A mesma ideia pode ser identificada no trecho “a espécie humana peleja
para impor ao latejante mundo um pouco de rotina e lógica”, uma vez que ele coloca o esforço
dos seres humanos em compreender o mundo (impor um pouco de rotina e lógica) e ressalta o
fato de que isso é apenas uma tentativa: não é possível chegar, com exatidão, à compreensão
do mundo.

Resposta da questão 20:


[E]

As opções [A], [B], [C] e [D] são incorretas, pois

[A] ao mostrar os sentimentos de enfado e impaciência pela atitude de Eneias e de resignação,


quando é novamente impedido de seguir o seu caminho por um terceiro personagem, o
narrador imprime subjetividade ao relato;
[B] trata-se de um conto com narrador em 1ª pessoa;
[C] o relato apresenta diálogos e trechos em discurso indireto;
[D] a narrativa literária independe da veracidade dos fatos relatados.

Assim, é correta a opção [E].

Resposta da questão 21:


[A]

[A] Correto. A notícia está pautada nos eventos biográficos de Dona Luísa.
[B] Incorreto. A notícia tem como elemento central uma pessoa, não um personagem ficcional.
[C] Incorreto. A notícia não pretende, diretamente, divulgar uma instituição de ensino superior,
apesar de esta ser citada.
[D] Incorreto. A notícia tem como elemento central uma idosa que estuda, o que pode vir a
estimular pessoas a tomar a mesma decisão, porém o foco da notícia são os eventos
vividos por Dona Luísa.

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Resumo das questões selecionadas nesta atividade

Data de elaboração: 31/10/2018 às 19:53


Nome do arquivo: Gabriel- Português- Gêneros textuais

Legenda:
Q/Prova = número da questão na prova
Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®

Q/prova Q/DB Grau/Dif. Matéria Fonte Tipo

1.............142034.....Média.............Português......G1 - ifal/2014........................Múltipla escolha

2.............142033.....Média.............Português......G1 - ifal/2014........................Múltipla escolha

3.............122115......Baixa.............Português......Fuvest/2013.........................Múltipla escolha

4.............112156......Elevada.........Português......G1 - ifpe/2012......................Múltipla escolha

5.............112126......Baixa.............Português......G1 - ifpe/2012......................Múltipla escolha

6.............112154......Média.............Português......G1 - ifpe/2012......................Múltipla escolha

7.............112119......Baixa.............Português......G1 - ifpe/2012......................Múltipla escolha

8.............112160......Média.............Português......G1 - ifpe/2012......................Múltipla escolha

9.............112124......Média.............Português......G1 - ifpe/2012......................Múltipla escolha

10...........112164......Baixa.............Português......G1 - ifpe/2012......................Múltipla escolha

11...........162062.....Média.............Português......Acafe/2016...........................Múltipla escolha

12...........135630.....Média.............Português......Enem/2014...........................Múltipla escolha

13...........123778.....Baixa.............Português......Ifsp/2013..............................Múltipla escolha

14...........131630.....Baixa.............Português......Enem PPL/2013...................Múltipla escolha

15...........108642.....Média.............Português......Enem/2011...........................Múltipla escolha

16...........172788.....Média.............Português......Uerj/2018..............................Múltipla escolha

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17...........177780.....Média.............Português......Pucpr/2018...........................Múltipla escolha

18...........176161.....Baixa.............Português......G1 - ifal/2018........................Múltipla escolha

19...........172786.....Média.............Português......Uerj/2018..............................Múltipla escolha

20...........178961.....Elevada.........Português......Puccamp/2018.....................Múltipla escolha

21...........179260.....Média.............Português......Uece/2018............................Múltipla escolha

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Estatísticas - Questões do Enem

Q/prova Q/DB Cor/prova Ano Acerto

12............................135630..........azul.................................2014...................47%

15............................108642..........azul.................................2011....................79%

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