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Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando
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sorrateiramente no quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma
silhueta passando pela janela do banheiro. Como minha casa era muito segura, com grades
nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu
não ia deixar um ladrão ali, 2espiando tranquilamente. Liguei baixinho para a polícia, informei a
situação e o meu endereço. 3Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no
interior da casa. 4Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto
para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível. Um minuto depois, liguei
de novo e disse com a voz calma: — Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu
quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12,
que tenho guardada em casa para estas situações. 5O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um
helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que
não perderiam isso por nada neste mundo. Eles prenderam o ladrão em 6flagrante, que ficava
olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa
do Comandante da Polícia. 7No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse: —
Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão. Eu respondi: — Pensei que tivesse dito que
não havia ninguém 8disponível.
2 [ 142033 ]. Com base no texto, pode-se afirmar como correto que o texto
a) aborda uma questão que acontece comumente nos grandes centros rurais, que é a invasão
da propriedade pública.
b) relata, com muita precisão, a eficiência da polícia em resolver problemas relacionados à
violência urbana.
c) apresenta, de forma irônica, um fato contraditório que é a falta de polícia para prender
bandidos e o excesso de policiais para prender um cidadão por ele supostamente ter matado
um ladrão.
d) narra um fato comum nos dias de hoje, que é as pessoas fazerem justiça com as próprias
mãos, como fez a personagem principal.
e) discute, com muita certeza, a relação entre autoridade policial, cidadãos, bandidos e direitos
humanos.
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Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola de gude
conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar, quanto mais
jogá-la com a 1precisão que tinha quando era garoto. (...)
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Lembro o orgulho com que consegui, pela primeira vez, cuspir corretamente pelo espaço
adequado entre os dentes de cima e a ponta da língua de modo que o cuspe ganhasse
distância e pudesse ser mirado. Com prática, conseguia-se controlar a 5trajetória elíptica da
cusparada com uma 6mínima margem de erro. Era 7puro instinto. Hoje o mesmo feito requereria
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complicados cálculos de balística, e eu provavelmente só acertaria a frente da minha camisa.
Outra 9habilidade perdida.
Na verdade, deve-se revisar aquela antiga frase. É vivendo e .................... . Não falo daquelas
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coisas que deixamos de fazer porque não temos mais as condições físicas e a coragem de
antigamente, como subir em bonde andando – mesmo porque 14não há mais bondes andando.
Falo da sabedoria desperdiçada, das 10artes que nos abandonaram. Algumas até úteis. Quem
nunca desejou ainda ter o cuspe certeiro de garoto para acertar em algum alvo contemporâneo,
bem no olho, e depois sair correndo? Eu já.
3 [ 122115 ]. A palavra que o cronista omite no título, substituindo-a por reticências, ele a
emprega no último parágrafo, na posição marcada com pontilhado. Tendo em vista o contexto,
conclui-se que se trata da palavra
a) desanimando.
b) crescendo.
c) inventando.
d) brincando.
e) desaprendendo.
Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio. (I) Mas existe um tipo de futebol ainda mais
rudimentar do que a pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de rua qualquer pelada é luxo
e qualquer terreno baldio é o Maracanã em jogo noturno. (II) Se você é homem, brasileiro e
criado em cidade, sabe do que eu estou falando. (III) Futebol de rua é tão humilde que chama
pelada de senhora. Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, botou num papel as
regras do futebol de rua. Elas seriam mais ou menos assim:
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DA BOLA – A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol
serve. No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a
merendeira do seu irmão menor, que sairá correndo para se queixar em casa. (...)
DAS GOLEIRAS – As goleiras podem ser feitas com, literalmente, o que estiver à mão. Tijolos,
paralelepípedos, camisas emboladas, os livros da escola, a merendeira do seu irmão menor, e
até o seu irmão menor, apesar dos seus protestos. (IV) Quando o jogo é importante,
recomenda-se o uso de latas de lixo. Cheias, para aguentarem o impacto. (...)
DO CAMPO – O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, calçada, rua e a
calçada do outro lado e – nos clássicos – o quarteirão inteiro. O mais comum é jogar-se só no
meio da rua.
DA DURAÇÃO DO JOGO – (V) Até a mãe chamar ou escurecer, o que vier primeiro. Nos jogos
noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.
DA TÁTICA – Joga-se o futebol de rua mais ou menos como o Futebol de Verdade (que é
como, na rua, com reverência, chamam a pelada), mas com algumas importantes variações. O
goleiro só é intocável dentro da sua casa, para onde fugiu gritando por socorro. É permitido
entrar na área adversária tabelando com uma Kombi. Se a bola dobrar a esquina é córner*.
DAS PENALIDADES – A única falta prevista nas regras do futebol de rua é atirar um adversário
dentro do bueiro. É considerada atitude antiesportiva e punida com tiro indireto.
*córner = escanteio
(Publicado em Para Gostar de Ler. v.7. SP: Ática, 1981)
I. Em “Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, botou num papel as regras do
futebol de rua”, as vírgulas delimitam o adjunto adverbial de tempo e de causa
respectivamente.
II. Em “usa-se qualquer coisa que role”, a ausência de vírgula antes do “que” dá ideia de
explicação.
III. Em “...seu irmão menor, que sairá correndo para se queixar em casa”, a vírgula antes do
“que” restringe, especifica quem é “o irmão menor”.
IV. Em “Tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, os livros da escola, a merendeira do seu
irmão menor”, as vírgulas separam os núcleos do sujeito composto desse período.
V. Em “Se a bola dobrar a esquina é córner”, deveria haver uma vírgula separando a oração
subordinada da principal.
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5 [ 112126 ]. A crônica apresenta uma linguagem leve, com toque humorístico. Assinale a
alternativa cujo enunciado do texto NÃO apresenta humor.
a) Pelada é o futebol de campinho (...). Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar do
que a pelada. É o futebol de rua.
b) DA BOLA – A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol
serve.
c) DAS GOLEIRAS – As goleiras podem ser feitas com (...) a merendeira do seu irmão menor,
e até o seu irmão menor.
d) Só são permitidas substituições: a) No caso de um jogador ser carregado para casa pela
orelha para fazer a lição.
e) DA JUSTIÇA ESPORTIVA – Os casos de litígio serão resolvidos no tapa.
7 [ 112119 ]. A crônica é um gênero literário que trata de uma temática do cotidiano, como o
futebol. Quanto à abordagem dada a esse tema, o texto
a) faz uma comparação entre o futebol de rua e a pelada, depreciando a segunda.
b) informa que é uma prática desportiva exclusiva das cidades do Brasil.
c) retrata a brincadeira e a liberdade das crianças ao jogarem o futebol de rua.
d) afirma que o futebol de rua é o Futebol de Verdade, por ser jogado de forma espontânea.
e) explica por que as mães, os vizinhos e crianças não gostam do futebol de rua.
“O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, calçada, rua e a calçada do outro
lado e – nos clássicos – o quarteirão inteiro.”
O Cariri mantém uma das mais ricas tradições da cultura popular. É a literatura de cordel, que
atravessa os séculos sem ser destruída pela avalanche de modernidade que invade o sertão
lírico e telúrico. Na contramão do progresso, que informatizou a indústria gráfica, a Lira
Nordestina, de Juazeiro do Norte, e a Academia dos Cordelistas do Crato conservam, em suas
oficinas, velhas máquinas para impressão dos seus cordéis.
A chapa para impressão do cordel é feita à mão, letra por letra, um trabalho artesanal que dura
cerca de uma hora para confecção de uma página. Em seguida, a chapa é levada para a
impressora, também manual, para imprimir. A manutenção desse sistema antigo de impressão
faz parte da filosofia do trabalho. A outra etapa é a confecção da xilogravura para a capa do
cordel.
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As xilogravuras são ilustrações populares obtidas por gravuras talhadas em madeira. A origem
da xilogravura nordestina até hoje é ignorada. Acredita-se que os missionários portugueses
tenham ensinado sua técnica aos índios, como uma atividade extra-catequese, partindo do
princípio religioso que defende a necessidade de ocupar as mãos para que a mente não fique
livre, sujeita aos maus pensamentos, ao pecado. A xilogravura antecedeu ao clichê, placa
fotomecanicamente gravada em relevo sobre metal, usualmente zinco, que era utilizada nos
jornais impressos em rotoplanas.
13 [ 123778 ]. A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons
narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou
deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande
inocência. Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de
comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta
como um furador.
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BORGES, J. F. Dicionário dos sonhos e outras histórias de cordel. Porto Alegre: LP&M, 2003
(fragmento).
Literatura de cordel é uma criação popular em verso, cuja linguagem privilegia, tematicamente,
histórias de cunho regional, lendas, fatos ocorridos para firmar certas crenças e ações
destacadas nas sociedades locais. A respeito do uso das formas variantes da linguagem no
Brasil, o verso do fragmento que permite reconhecer uma região brasileira é
a) “muito alegre e divertido”.
b) “Passava o dia na feira”.
c) “levando umas panelas”.
d) “que minha mãe comprava”.
e) “nas cacimbas onde passava”.
15 [ 108642 ]. A discussão sobre “o fim do livro de papel” com a chegada da mídia eletrônica
me lembra a discussão idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. Os folhetos talvez
não existam mais daqui a 100 ou 200 anos, mas, mesmo que isso aconteça, os poemas de
Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuarão sendo publicados e lidas
— em CD-ROM, em livro eletrônico, em chips quânticos”, sei lá o quê. O texto é uma espécie
de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos variados: página impressa, livro em Braille,
folheto, “coffee-table book’, cópia manuscrita, arquivo PDF... Qualquer texto pode se reencarnar
nesses (e em outros) formatos, não importa se é Moby Dick ou Viagem a São Saruê, se é
Macbeth ou O livro de piadas de Casseta & Planeta.
Ao refletir sobre a possível extinção do livro impresso e o surgimento de outros suportes em via
eletrônica, o cronista manifesta seu ponto de vista, defendendo que
a) o cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo, que será extinto com o avanço da
tecnologia.
b) o livro impresso permanecerá como objeto cultural veiculador de impressões e de valores
culturais.
c) o surgimento da mídia eletrônica decretou o fim do prazer de se ler textos em livros e
suportes impressos.
d) os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em novas tecnologias, mesmo que os
livros desapareçam.
e) os livros impressos desaparecerão e, com eles, a possibilidade de se ler obras literárias dos
mais diversos gêneros.
16 [ 172788 ]. Solicito os reparos que se digne dar-me, a mim, servo do senhor, recente
amigo, mas companheiro no amor da ciência, de seus transviados acertos e de seus esbarros
titubeados. Sim?
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d) encenação de um diálogo
[...]
O menino ouviu a narrativa de um arqueiro que passou anos e anos treinando a arte do arco e
flecha, até se tornar um especialista. Ao chegar a uma reunião com outros arqueiros, encontrou
uma extensa parede com inúmeros alvos – e flechas cravadas bem no centro deles. O arqueiro
ficou impressionado. Não acreditava que uma única pessoa havia feito aquilo. Era uma proeza.
Uma multidão de flechas milimetricamente no centro dos alvos, quem realizou aquele feito?
Havia um garotinho perto dos alvos e o arqueiro perguntou: “Você sabe quem lançou essas
flechas?”. E o garoto disse: “Sim, fui eu”. O arqueiro não conseguia acreditar. Como assim?
Aquele garotinho era o responsável por tamanha façanha? Então o menino contou como fez
aquilo: “Primeiro eu jogo a flecha e depois pinto o alvo ao redor”. [...]
18 [ 176161 ]. «Daí a pouco estaria removido o obstáculo. Camilo fechava os olhos, pensava
em outras coisas, mas a voz do marido sussurrava-lhe às orelhas as palavras da carta: “Vem,
já, já…”. E ele via as contorções do drama e tremia. A casa olhava para ele. As pernas queriam
descer e entrar. Camilo achou-se diante de um longo véu opaco… pensou rapidamente no
inexplicável de tantas coisas. A voz da mãe repetia-lhe uma porção de casos extraordinários; e
a mesma frase do príncipe de Dinamarca reboava-lhe dentro: “Há mais coisas no céu e na terra
do que sonha a filosofia…”.
(MACHADO DE ASSIS. Obras completas em quatro volumes, volume 2. São Paulo: Editora
Nova Aguilar, 2015, p. 438)
Considerando a sentença do texto: A casa olhava para ele, assinale a opção em que há
perfeita correspondência de figura de linguagem.
a) Aliteração: repetição ordenada do mesmo som consonantal.
b) Assonância: repetição ordenada do mesmo som vocálico.
c) Personificação: atribuir características humanas a não humanos.
d) Catacrese: nomear algo com um termo tomado de outra coisa.
e) Antítese: aproximação de termos contrários.
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Já escrevi sobre como nossas teorias científicas sobre o mundo são aproximações de
uma realidade que podemos compreender apenas em parte. 1Nossos instrumentos de
pesquisa, que tanto ampliam nossa visão de mundo, têm necessariamente limites de precisão.
Não há dúvida de que Galileu, com seu telescópio, viu mais longe do que todos antes dele.
Também não há dúvida de que hoje vemos muito mais longe do que Galileu poderia ter
sonhado em 1610. E certamente, em cem anos, nossa visão cósmica terá sido ampliada de
forma imprevisível.
No avanço do conhecimento científico, vemos um conceito que tem um papel
essencial: simetria. Já desde os tempos de Platão, 2há a noção de que existe uma linguagem
secreta da natureza, uma matemática por trás da ordem que observamos.
Platão – e, com ele, muitos matemáticos até hoje – acreditava que os conceitos
matemáticos existiam em uma espécie de dimensão paralela, acessível apenas através da
razão. Nesse caso, os teoremas da matemática (como o famoso teorema de Pitágoras) existem
como verdades absolutas, que a mente humana, ao menos as mais aptas, pode
ocasionalmente descobrir. Para os platônicos, 3a matemática é uma descoberta, e não uma
invenção humana.
Ao menos no que diz respeito às forças que agem nas partículas fundamentais da
matéria, a busca por uma teoria final da natureza é a encarnação moderna do sonho platônico
de um código secreto da natureza. As teorias de unificação, como são chamadas, visam
justamente a isso, formular todas as forças como manifestações de uma única, com sua
simetria abrangendo as demais.
Culturalmente, é difícil não traçar uma linha entre as fés monoteístas e a busca por
uma unidade da natureza nas ciências. Esse sonho, porém, é impossível de ser realizado.
Primeiro, porque nossas teorias são sempre temporárias, passíveis de ajustes e
revisões futuras. Não existe uma teoria que possamos dizer final, pois 4nossas explicações
mudam de acordo com o conhecimento acumulado que temos das coisas. Um século atrás, um
elétron era algo muito diferente do que é hoje. Em cem anos, será algo muito diferente outra
vez. Não podemos saber se as forças que conhecemos hoje são as únicas que existem.
Segundo, porque nossas teorias e as simetrias que detectamos nos padrões regulares
da natureza são em geral aproximações. Não existe uma perfeição no mundo, apenas em
nossas mentes. De fato, quando analisamos com calma as “unificações” da física, vemos que
são aproximações que funcionam apenas dentro de certas condições.
O que encontramos são assimetrias, imperfeições que surgem desde as descrições
das propriedades da matéria até as das moléculas que determinam a vida, as proteínas e os
ácidos nucleicos (RNA e DNA). Por trás da riqueza que vemos nas formas materiais,
encontramos a força criativa das imperfeições.
MARCELO GLEISER
Adaptado de Folha de São Paulo, 25/08/2013.
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Gabarito:
Resposta da questão 1:
[B]
O texto trata de um assunto cotidiano, que é como a polícia lida com casos de violência nas
cidades. A partir disso, constrói uma crítica baseada na ironia com que narra um desses casos.
Tem-se, portanto, uma crônica.
Resposta da questão 2:
[C]
No texto, vemos alguns diálogos entre um policial e um homem que sofre um assalto. No último
deles, o policial questiona o homem sobre o fato dele ter dito que matou o ladrão. O homem
então rebate, de maneira irônica “pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível˜,
aludindo ao fato de antes o policial ter dito que não havia viaturas disponíveis para conter o
ladrão. Assim, ele ironiza o fato de que quando chama a polícia para prender um ladrão ela não
está disponível, mas quando a chama dizendo que matou este mesmo ladrão, ela passa a
estar disponível com várias viaturas.
Resposta da questão 3:
[E]
Depois de enumerar uma série de habilidades perdidas ao longo do tempo, o cronista sugere a
revisão da frase “vivendo e aprendendo” para substituí-la por “vivendo e desaprendendo” como
se refere em [E].
Resposta da questão 4:
[E]
É inadequado o que se afirma em II, pois a ausência de vírgula antes de “que”, na frase: “usa-
se qualquer coisa que role”, especifica a expressão mencionada anteriormente: “qualquer
coisa”. Também são incorretas as proposições III e IV, já que a vírgula antes de “que”, em: “...
seu irmão menor, que sairá correndo para se queixar em casa” inicia uma oração subordinada
adjetiva com função explicativa, e as vírgulas em “Tijolos, paralelepípedos, camisas
emboladas, os livros da escola, a merendeira do seu irmão menor” separam os núcleos do
adjunto adverbial de instrumento. Assim, é correta a opção [E].
Resposta da questão 5:
[A]
A frase da opção [A] não apresenta humor, pois nela o autor compara objetivamente dois tipos
de jogo de futebol: pelada e futebol de rua. Sugerir que a bola pode ser qualquer coisa
remotamente esférica, as goleiras formadas com a merendeira do irmão ou até mesmo com o
próprio irmão, explicar que as substituições acontecem com a saída forçada do jogador para
fazer a lição de casa e que os litígios são resolvidos à bofetada conferem humor ao texto.
Resposta da questão 6:
[B]
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Resposta da questão 7:
[C]
Em linguagem informal e com muito humor, a crônica de Luís Fernando Veríssimo descreve
uma das brincadeiras mais apreciadas dos garotos e a liberdade com que se joga o futebol de
rua.
Resposta da questão 8:
[B]
Depois de afirmar que “Perto do futebol de rua qualquer pelada é luxo e qualquer terreno baldio
é o Maracanã em jogo noturno”, Luís Fernando Veríssimo estabelece uma gradação crescente
ao definir os espaços utilizados para o futebol de rua que podem ser reduzidos (“só até o fio da
calçada”), mais amplos (“calçada e rua, calçada, rua e a calçada do outro lado”) ou até ocupar
uma grande área (“o quarteirão inteiro”).
Resposta da questão 9:
[B]
São incorretas as proposições II e IV, pois nem o texto, apesar de injuntivo (modalidade
discursiva que tem por finalidade instruir acerca de um determinado assunto), apresenta verbos
no imperativo, nem argumentos que referendem a opinião do autor.
O cronista usa linguagem informal e coloquial, mencionadas nas opções [B] e [D]. No entanto,
a palavra “pelada” não é uma gíria, mas, sim, um termo que faz parte da linguagem popular, de
uso comum, para designar uma partida de futebol amador realizada em local improvisado, o
que elimina a opção [B] e valida a [D].
A única alternativa correta é a [B]. A primeira lacuna deve ser preenchida por “peça teatral”, o
que já é sugerido pelo título da obra, que contém a palavra “auto”, isto é, uma composição
teatral de caráter dramático, com personagens geralmente alegóricos. Na segunda lacuna, a
opção correta é “de cordel”, uma literatura tipicamente nordestina. Já a terceira lacuna deve ser
preenchida por “os religiosos”, já que a obra faz uma crítica à moral religiosa.
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[A] O texto só se refere ao clichê para dizer que este é posterior à xilogravura.
[B] O texto fala exatamente o contrário: que o cordel não mudou a sua técnica original.
[C] Alternativa sem correspondência com o contexto apresentado.
[D] Alternativa sem correspondência com o contexto apresentado.
[E] Correta. Ao manter o passo a passo da técnica originalmente utilizada para a confecção do
cordel, manteve-se uma tradição, uma identidade.
A Carta de Pero Vaz de Caminha é o primeiro documento escrito da história do Brasil. Nela, o
autor registrou as suas impressões sobre a nova terra, com a intenção de informar ao rei o
“achamento” e apresentar-lhe o que encontrou, em linguagem objetiva e com grande
quantidade de detalhes sobre fauna, flora e habitantes. Por isso, está vinculada à literatura dos
viajantes ou dos cronistas, também chamada de informação, como mencionado em [A].
Segundo o autor, o texto é eterno (“O texto é uma espécie de alma imortal,”),
independentemente do formato em que é difundido: “página impressa, livro em Braille, folheto,
‘coffee-table book’, cópia manuscrita, arquivo PDF”.
Ao longo de todo o texto, o narrador encena um diálogo com o leitor. Esse recurso também é
visto no trecho final do conto, quando o narrador questiona “Sim?”, como se buscasse uma
confirmação de seu leitor.
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No texto, Marcelo Gleiser apresenta a tese de que a ciência é aproximada, ou seja, embora
busque abarcar a realidade, não é capaz de compreendê-la inteiramente, sendo obrigada a
realizar aproximações. A mesma ideia pode ser identificada no trecho “a espécie humana peleja
para impor ao latejante mundo um pouco de rotina e lógica”, uma vez que ele coloca o esforço
dos seres humanos em compreender o mundo (impor um pouco de rotina e lógica) e ressalta o
fato de que isso é apenas uma tentativa: não é possível chegar, com exatidão, à compreensão
do mundo.
[A] Correto. A notícia está pautada nos eventos biográficos de Dona Luísa.
[B] Incorreto. A notícia tem como elemento central uma pessoa, não um personagem ficcional.
[C] Incorreto. A notícia não pretende, diretamente, divulgar uma instituição de ensino superior,
apesar de esta ser citada.
[D] Incorreto. A notícia tem como elemento central uma idosa que estuda, o que pode vir a
estimular pessoas a tomar a mesma decisão, porém o foco da notícia são os eventos
vividos por Dona Luísa.
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Legenda:
Q/Prova = número da questão na prova
Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®
3.............122115......Baixa.............Português......Fuvest/2013.........................Múltipla escolha
11...........162062.....Média.............Português......Acafe/2016...........................Múltipla escolha
12...........135630.....Média.............Português......Enem/2014...........................Múltipla escolha
13...........123778.....Baixa.............Português......Ifsp/2013..............................Múltipla escolha
15...........108642.....Média.............Português......Enem/2011...........................Múltipla escolha
16...........172788.....Média.............Português......Uerj/2018..............................Múltipla escolha
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17...........177780.....Média.............Português......Pucpr/2018...........................Múltipla escolha
19...........172786.....Média.............Português......Uerj/2018..............................Múltipla escolha
20...........178961.....Elevada.........Português......Puccamp/2018.....................Múltipla escolha
21...........179260.....Média.............Português......Uece/2018............................Múltipla escolha
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12............................135630..........azul.................................2014...................47%
15............................108642..........azul.................................2011....................79%
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